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Especial Inovação Maio 2020

O mundo reinventa-se em cada crise. Neste especial, produzido em parceria com a EY e o FNB, destacamos os passos que as organizações devem considerar para maximizar a eficiência do tele trabalho e mostramos algumas inovações a nível global no sentido da cura e da convivência com a Pandemia.

O mundo reinventa-se em cada crise. Neste especial, produzido em parceria com a EY e o FNB, destacamos os passos que as organizações devem considerar para maximizar a eficiência do tele trabalho e mostramos algumas inovações a nível global no sentido da cura e da convivência com a Pandemia.

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ESPECIAL INOVAÇÃO<br />

AGENDA PARA<br />

O TELETRABALHO<br />

A EY apresenta a sua visão para<br />

o desenvolvimento do trabalho remoto,<br />

propondo cinco blocos de construção para<br />

difundir “formas inteligentes de trabalho”<br />

UMA VISÃO COMUM<br />

*Propósito*<br />

Liderança Inteligente<br />

UMA NOVA MENTALIDADE<br />

*Pessoas*<br />

Foco interior &<br />

Pensamento positivo<br />

… COM NOVAS APTIDÕES<br />

*Plataformas*<br />

Digitalmente<br />

pessoas experientes<br />

E REGRAS CLARAS<br />

*Práticas*<br />

Legal & Regulatório<br />

… PARA CONSTRUIR UM MELHOR<br />

MUNDO DE TRABALHO<br />

*Locais*<br />

Flexibilidade como é “usual”<br />

Apandemia do novo coronavírus<br />

colocou uma boa<br />

parte do mundo em casa.<br />

Como evitar que a vida pare<br />

completamente quando a<br />

população está confinada? A solução foi<br />

recorrer, com base nas tecnologias disponíveis,<br />

ao trabalho à distância. O teletrabalho<br />

já existia antes do vírus devorar o<br />

mundo, mas era encarado apenas como<br />

algo a ter em conta no futuro. Até agora,<br />

quase que se resumia a um privilégio<br />

reservado a uns poucos eleitos, normalmente<br />

quadros superiores. Só que, o que<br />

até agora era visto como “futurista”, experimental<br />

ou elitista, tornou-se, com a pandemia,<br />

vital, o único modo de continuar<br />

a assegurar o fluxo normal de trabalho.<br />

Mas como conciliar, dentro do mesmo<br />

espaço, trabalho e outras tarefas da vida<br />

doméstica? Em várias reportagens e debates<br />

na televisão e na Internet surgiram<br />

pais, quase desesperados, queixando-<br />

-se da dificuldade em conjugar, dentro<br />

de portas, o trabalho, a atenção exigida<br />

pelos filhos, as tarefas domésticas e ainda<br />

arranjar tempo para falar com os amigos<br />

na Internet e relaxar. Acontece que este<br />

inesperado empurrão para dentro de casa<br />

dado às pessoas pelo vírus reveste-se de<br />

um dramatismo único. Não se vive habitualmente<br />

sob o espectro de se ser contagiado<br />

por uma doença desconhecida<br />

que pode ter uma evolução terrível e que<br />

submete a vida à incerteza. Mas quando<br />

o surto de contágio for debelado, o modo<br />

como trabalhamos, aprendemos e desenvolvemos<br />

outras actividades será outro.<br />

Ainda trabalhávamos e aprendíamos, assinalam<br />

alguns autores, de forma analógica<br />

num mundo cada vez mais digitalizado.<br />

Na verdade, as soluções encontradas<br />

para o distanciamento ditado pela pandemia<br />

que causou disrupções fazem com<br />

que as coisas não voltem a ser como antes.<br />

As empresas não mais largarão a possibilidade<br />

do teletrabalho, em inglês home<br />

office. Já em 2016, um estudo da Universidade<br />

Stanford mostrava que trabalhar<br />

em casa pode aumentar em 13% a produtividade<br />

de determinados grupos de trabalhadores.<br />

A análise tinha como base a<br />

experiência de uma agência chinesa de<br />

turismo, a Ctrip, que testou durante nove<br />

meses o home office com 249 funcionários<br />

da área de atendimento, com resultados<br />

surpreendentes: aumentou o número de<br />

minutos trabalhados e o número de chamadas<br />

atendidas, o que se traduziu numa<br />

economia de 2 mil dólares por colaborador.<br />

Os ganhos foram óbvios, mas dois<br />

terços dos funcionários que participaram<br />

no ensaio pediram para voltar ao escritório<br />

por sentirem saudades dos colegas.<br />

A adopção do teletrabalho não é linear,<br />

as empresas têm de seguir uma estratégia<br />

para interiorizar esta disrupção laboral<br />

que está, seguramente, inscrita no futuro<br />

pós-pandémico. Por outro lado, não se<br />

trata de um modelo generalizável a toda a<br />

actividade empresarial. Há muitos trabalhadores<br />

que, devido à natureza das suas<br />

funções, quer na área industrial como na<br />

dos serviços, não as podem exercer fora<br />

da empresa. A oportunidade inovadora<br />

do trabalho à distância ultrapassará a<br />

ansiedade da pandemia e tornar-se-á uma<br />

importante peça do puzzle da organização<br />

empresarial. Grandes empresas dão<br />

exemplos de que assim acontecerá. O Facebook<br />

deu aos 45 mil empregados que tem<br />

espalhados pelo mundo um bónus de mil<br />

dólares para que equipem as suas casas<br />

para trabalharem remotamente. Também<br />

a Apple, Google, Amazon e Microsoft<br />

estão a apoiar financeiramente os<br />

seus colaboradores na montagem do seu<br />

posto de trabalho residencial.<br />

A consultora EY concebeu uma nova<br />

abordagem ao trabalho desenvolvido<br />

remotamente, ajudando os clientes a lidarem<br />

com a crise e a impulsionarem a<br />

“rápida transformação digital”. Para a<br />

EY, só conseguiremos lidar com o sentimento<br />

invulgar de isolamento se acelerarmos<br />

a revolução digital. Trata-se,<br />

76 | Exame Moçambique

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