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Revista VOi 175

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Não penso em<br />

vender. Não<br />

consigo<br />

me desapegar<br />

dele<br />

A partida é feita por um botão no assoalho e o câmbio<br />

possui três marchas, mais a ré.<br />

Um detalhe interessante do veículo é o marcador<br />

de temperatura da água do radiador. Em vez de ficar no<br />

painel, como nos veículos modernos, ele está instalado no<br />

ponta do capô e mais parece uma mira.<br />

O diminuto quadro de instrumentos na porção central<br />

do painel exibe os mostradores de quilometragem e velocidade,<br />

medida em milhas por hora (MPH) e dos níveis de<br />

combustível e da carga da bateria.<br />

“O meu carro está bem completo. São pouquíssimas<br />

coisas que não são originais, algumas porque não existiam<br />

na época, como pisca-pisca e bateria de 12V. A original<br />

era de 6V, difícil de encontrar, assim como lâmpadas com<br />

a mesma voltagem”, ressalta o proprietário.<br />

DE POPULAR A ALVO DE COLECIONADORES<br />

O apelido baratinha surgiu no Brasil pelo fato dessa<br />

versão do Ford A ser a mais barata à época. “O Roadster<br />

era bastante popular, muito usado por vendedores por ser<br />

compacto, básico e fácil de dirigir. Acabou virando um<br />

dos antigos da Ford mais procurados por colecionadores”,<br />

salienta.<br />

Sebastião revela que teve dificuldades para encontrar<br />

um à venda, garimpo que vinha fazendo muito antes de<br />

achá-lo na oficina de restauração. “Quem tem, dificilmente<br />

quer vender. Até encontrei alguns, mas eram caros para<br />

mim”, relata.<br />

A linha A também herdou da linha T o apelido de<br />

Ford Bigode. A referência se deu pelas duas alavancas em<br />

posição opostas atrás do volante que formavam a figura de<br />

um bigode.<br />

ENCONTROS DE ANTIGOS<br />

O comerciante faz questão de exibir seu Roadster<br />

sempre que pode. Participa de quase todos os eventos de<br />

antigos que acontece em Curitiba, e até fora do Estado.<br />

“Fui e voltei ao Sul-Brasileiro em Porto Alegre em 2018,<br />

sem que o carro apresentasse qualquer problema. A não<br />

ser uma luz do conjunto do alternador que queimou”,<br />

lembra.<br />

A próxima aventura seria uma viagem para Cusco, no<br />

Peru, no segundo semestre deste ano. Porém, o problema<br />

da pandemia do coronavírus adiou os planos. Ele faz parte<br />

do Clube do Fordinho de Curitiba e pegaria a estrada com<br />

outros parceiros do grupo.<br />

Sebastião é frequentador assíduo das exposições aos<br />

sábados na Praça da Espanha, e aos domingos, na Feirinha<br />

do Largo da Ordem – momentaneamente suspensas<br />

devido ao Covid-19.<br />

E ainda cai na estrada pelo menos duas vezes ao ano<br />

para visitar a família em Santo Antônio da Platina (são 360<br />

km de distância), sua cidade natal.<br />

Além do Ford A 1928 e do Essex Super 6 1930, a coleção<br />

de Sebastião inclui também dois Impalas, da Chevrolet,<br />

um 1958 e outro 1959.<br />

MERCADO, CURIOSIDADES<br />

E BASTIDORES.<br />

trovaomotor<br />

JUNHO 2020 51

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