Revista Coamo Edição de Agosto de 2020
www.coamo.com.br
AGOSTO/2020 ANO 46 EDIÇÃO 505
COOPERATIVISMO
Série mostra mais
quatro histórias de
transformação
GESTOR RURAL
Programa ajuda
planejar e conduzir
atividades agrícolas
Conhecimento
VIRTUAL
Há seis meses os palcos dos eventos realizados pela Coamo passaram a ser
virtuais. Momento exige mudança na maneira de levar informação ao cooperado
EXPEDIENTE
Órgão de divulgação da Coamo
Ano 46 | Edição 505 | Agosto de 2020
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Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte de Campos
Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula
Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte de Campos
Edição de fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima
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(Membros Suplentes).
DIRETORIA EXECUTIVA: Presidente Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin de Mello.
Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor de Logística e Operações: Edenilson Carlos de Oliveira. Diretor de Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles de Oliveira Dias.
Extensão Territorial: 4,5 milhões de hectares. Capacidade Global de Armazenagem: 6,59 milhões de toneladas. Receita Global de 2019: R$ 13,97 bilhões.
Tributos e taxas gerados e recolhidos em 2019: R$ 382,32 milhões. Cooperados: 29.178. Municípios presentes: 71. Unidades: 111.
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3
SUMÁRIO
44
PERFORMANCE QUE
SÓ O MAIS RESPEITADO
LÍDER EM NUTRIÇÃO
DE SAFRAS DO MUNDO
PODE OFERECER.
3,4
sc/ha*
RESULTADOS COMPROVADOS.
SE É MOSAIC FERTILIZANTES,
FAZ TODA A DIFERENÇA:
MAIS DE 10 ANOS DE
PESQUISA E VALIDAÇÃO
QUALIDADE
FÍSICA
MAIOR EFICIÊNCIA
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Coamo antecipa R$ /// em sobras
CONHEÇA OS OUTROS
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DE PERFORMANCE
DA MOSAIC FERTILIZANTES
4 REVISTA
Agosto/2020
*MÉDIA DE INCREMENTO DE PRODUTIVIDADE NA CULTURA DA SOJA OBTIDA COM A UTILIZAÇÃO DO PRODUTO MICROESSENTIALS® NO BRASIL, NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS (17/18/19).
SUMÁRIO
Entrevista
Alcir José Goldoni, presidente Executivo da Credicoamo, é o entrevistado do mês. Segundo ele,
a cooperativa está preparada para contribuir com os cooperados na evolução das suas atividades
Alimentos Coamo
10
14
Como forma de estar sempre presente no dia a dia das pessoas, os Alimentos Coamo estão com perfis
no YouTube e Instagram. Lançamento dos novos canais reforça o trabalho de comunicação das marcas
Vidas transformadas
16
Série de reportagens mostra a evolução dos cooperados e a vida transformada pelo cooperativismo.
Conheça a história de Verner Tehlen, Vilson Francisco Bernard, Arno Dresch e Vimar Pastori
25
Encontro de Inverno virtual
A 14ª edição do Encontro de Inverno da Fazenda Experimental Coamo foi realizada no dia
29 de julho pelo canal da cooperativa no YouTube. O tradicional encontro teve como tema
‘Manejo Inteligente para Agricultura e Pecuária’, e trouxe quatro estações de pesquisa
Credicoamo
35
Um dos pontos fortes da Credicoamo é financiar os custeios das lavouras. Cooperativa tem um importante
trabalho direcionado para o financiamento dessas culturas cultivadas pelos cooperados
Evolução administrativa
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Em cinco décadas, o crescimento e a solidez da Coamo foram sustentados pela participação dos cooperados
e a boa administração, que ao longo dos anos foi evoluindo, acompanhando os passos da cooperativa
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GOVERNANÇA
A safra recorde e a força do agronegócio
O
produtor brasileiro sabe fazer
muito bem a sua parte
com o uso de tudo o que é
moderno para colher altas produtividades,
ajudar o Brasil crescer e alimentar
o nosso país e o mundo.
Com o clima regular, isto
tem sido possível e vem sendo comemorado
ao longo dos últimos
anos pela classe que produz e alimenta
o mundo. Por outro lado, também
positivo, tem o aumento da cotação
do dólar diante do real, o qual
possibilitou mais presença e competitividade
da produção brasileira no
mercado externo.
Nunca, nesses anos todos, o
preço da soja havia sido cotado em um
patamar superior a R$ 110,00 a saca.
Grande safra nunca foi
problema e a deste ano deverá ser
recorde. Os números divulgados
pela Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab) apontam para
uma colheita brasileira de grãos de
278,70 milhões de toneladas na safra
2019/2020, que representa um
crescimento de 8,0% em relação a
produção colhida na safra 2018/19.
Nesses indicadores, as colheitas de
soja e milho respondem por quase
90% da produção total, e a soja deve
contabilizar uma produção de 133
milhões de toneladas, na maior colheita
brasileira da oleaginosa.
A exportação da produção
de grãos do Brasil vem registrando
participação histórica e impulsionando
os resultados da balança comercial
do Brasil, alavancada novamente
pela força do agronegócio, em função
de uma maior competitividade
"Verificamos uma mudança
no comportamento dos
cooperados, que estão
mais atentos e conectados
ao mercado, resultando
na venda escalonada da
produção atual e futura,
para conseguir uma
melhor média de preço."
da nossa produção, que tem origem,
rastreabilidade e sustentabilidade.
O agronegócio não parou neste período
de pandemia, não parou e não
pode parar, pois se isto acontecesse,
haveria sérias consequências não só
para o nosso país, como para o mundo,
pois a população mundial precisa
se alimentar.
Neste ano na Coamo prevemos
o recebimento de nove milhões
de toneladas de grãos entre soja,
milho e trigo, equivalente a 150 milhões
de sacas, o que deve registrar
o maior número, nesses 50 anos da
existência da cooperativa. A previsão
para a próxima safra que começa a
ser semeada nas próximas semanas
são muito positivas com relação a
preços e produtividades.
Verificamos uma mudança
no comportamento dos cooperados,
que estão mais atentos e conectados
ao mercado, resultando na venda
escalonada da produção atual e
futura, para obter uma melhor média
de preço. Esta alteração de atitude
promoveu, por exemplo, por meio
de contrato, a venda futura de 35%
da próxima safra de soja, equivalente
a 32 milhões de sacas, sem contar
um número expressivo de 7,5 milhões
do milho segunda safra a ser
plantado em 2021.
Mais capitalizado e informado,
o cooperado da Coamo está
mais consciente e aproveitando melhor
as oportunidades, as relações
de troca, de custo-benefício e das
modalidades de comercialização
em face da realidade do mercado,
com o apoio, estrutura e profissionalismo
da sua cooperativa. Com este
cenário positivo, o cooperativismo
e o agronegócio fazem a sua parte,
se tornam cada vez mais fortes e colaboram
com o potencial produtivo
para que o nosso país continue crescendo
e registrando resultados expressivos
na balança comercial.
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,
Presidente dos Conselhos de Administração Coamo e Credicoamo
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Agosto/2020
GESTÃO
A sustentabilidade dos nossos cooperados
"O cooperado tem tudo o que necessita,
tem apoio para planejar e implantar com
confiança e segurança as suas safras,
sempre com tecnologias modernas,
sementes e assistência de qualidade."
A
palestra “Construindo valor no agronegócio” com o
professor Marcos Fava Neves promovida no dia 12 de
agosto faz parte do foco da Coamo em agregar valor
às atividades dos cooperados. Além disso, é um dos pilares da
área de Cooperativismo, integrando o programa “+ Gestão”.
Em função da Pandemia, o tradicional “Encontrão”,
como denominamos o Encontro anual das lideranças
da Coamo, com os Jovens Líderes de todas as 24 turmas,
foi virtual, substituindo o evento presencial.
O programa “Jovens Líderes” coordenado pela
Assessoria de Cooperativismo com ênfase em “+ Gestão”
é considerado pela Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB) como referência na educação e formação
cooperativista. Inclusive, neste mês começou a 24ª
Turma com aulas totalmente virtuais.
São mais de 900 jovens líderes formados, desde
a primeira turma iniciada em 1998, que ampliaram seus
conhecimentos e informações para a administração e
gestão da propriedade, pensando na sucessão e continuidade
da Coamo. Prova disso é que na prática, os jovens
líderes já estão há várias gestões integrados como membros
dos conselhos de Administração e Fiscal da Coamo e
da Credicoamo.
Seguimos a premissa e a prática da nossa missão,
que é gerar renda com desenvolvimento sustentável do
agronegócio. Neste contexto, o termo “Sustentabilidade”
não se refere apenas a questão ambiental, mas tem sentido
mais amplo. Consiste na sustentação das atividades
do cooperado como um todo, para a manutenção e apoio
dos seus negócios e do provimento da sua família.
O cooperativismo por meio da sua filosofia e da
prática de valores edificantes, possibilita a todos os cooperados
da Coamo, independentemente do tamanho de
sua área, participar diretamente de um sistema vitorioso,
que oferece conhecimento, estrutura e uma assistência
integral para que possam crescer, evoluir e obter o desenvolvimento
sustentável na sua atividade.
O sucesso da Coamo e dos seus cooperados é motivado
por vários pilares. Um deles é o cumprimento de todas
as regras, normas e leis, observando os aspectos ambiental,
econômico e social, com a correta preservação e manutenção
das suas áreas, pensando na atual e nas futuras gerações.
Desta forma, a forte relação entre o cooperado e
a Coamo é fundamental, sempre com a devida harmonia,
responsabilidade e o sentimento de pertencimento, porque
a Coamo é a casa do cooperado e, portanto, é o lugar
onde ele se sente tranquilo, seguro e feliz.
Na sua casa, o cooperado tem tudo o que necessita,
tem apoio para planejar e implantar, com confiança
e segurança, as suas safras, sempre com tecnologias modernas,
sementes e assistência de qualidade. Depois, colhe
altas produções e entrega nos armazéns da Coamo, e
quando quiser ou precisar, pode fazer a comercialização
da sua produção com absoluta tranquilidade, recebendo
preço justo e pagamento à vista, e transferir diretamente
para sua conta corrente ou poupança na Credicoamo, que
é a sua cooperativa de crédito.
Desta maneira, tudo é realizado com facilidade
e tranquilidade em um mesmo prédio, no mesmo lugar,
ou seja, na mesma casa. Assim, a Coamo vai construindo
valor aos negócios dos cooperados e promovendo a sustentabilidade
com o compromisso coletivo para a conservação
e manutenção das atividades econômicas, sociais e
ambientais, com origem e rastreabilidade, de forma segura
e responsável.
AIRTON GALINARI
Presidente Executivo da Coamo
Agosto/2020 REVISTA
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ENTREVISTA: ALCIR JOSÉ GOLDONI
“Com gestão focada, Credicoamo é o braço financeiro
para impulsionar os negócios dos associados”
“ São 30 anos de uma história
de sucesso e totalmente
voltada para o
desenvolvimento e crescimento
das atividades dos nossos
associados, seguindo os mesmos
valores e a filosofia da
Coamo, que vem dando muito
certo há 50 anos”, afirma Alcir
José Goldoni, presidente Executivo
da Credicoamo Crédito
Rural Cooperativa. Ele é o entrevistado
desta edição da Revista
Coamo e registra mais de
41 anos de atuação no cooperativismo,
tendo sido funcionário
da Coamo e participado da
história das duas cooperativas
(Coamo e Credicoamo).
Em fevereiro, com a
implantação da Governança
Corporativa, Goldoni assumiu
a presidência da diretoria
Executiva. “As mudanças estão
ocorrendo naturalmente e sem
impacto na continuidade da
missão da Credicoamo, e dentro
dos princípios da perpetuação.
Estamos estruturando e
implantando a profissionalização
nos processos de gestão
com base nas diretrizes estabelecidas
pelo Conselho de
Administração.”
A Credicoamo está
preparada para oferecer aos
seus cooperados linhas de financiamento
exclusivas para
agregação de valor e sucesso
nos seus negócios.
Alcir José Goldoni, assumiu dia 19 de fevereiro deste ano como presidente Executivo da Credicoamo.
Mas sua história no cooperativismo iniciou em novembro de 1978, quando foi admitido na Coamo, na
área Financeira, onde permaneceu por 28 anos, dos quais 20 como gerente Financeiro. Na sequência, foi
promovido a superintendente Comercial, onde atuou por 13 anos. Na Credicoamo, também foi coordenador
Técnico, participando dos trabalhos de constituição da cooperativa em 1989. É graduado em Administração de
Empresas, com especialização em Consultoria Econômico-Financeira de Empresas.
10 REVISTA
Agosto/2020
RC: Como se deu a reestruturação
da Credicoamo e os processos
para atender as recomendações
do Banco Central?
Goldoni: Inicialmente se faz
necessário registrar que a Credicoamo
foi constituída pelos
associados da Coamo. Isso foi
fundamental para que os objetivos
de uma mesma atividade
econômica fossem alcançados. E
para continuar crescendo e atender
os anseios dos seus associados,
a cooperativa se adequou as
prerrogativas definidas pela Resolução
4434 do Conselho Monetário
Nacional, que determina
a segregação das funções entre
o Conselho de Administração e
a Diretoria Executiva. Isto iniciou
em 2019, no dia 28 de outubro,
com a aprovação do novo estatuto
durante Assemblei Geral dos
associados onde definiu-se a estrutura
de governança corporativa
da Credicoamo, composta por
um Conselho de Administração e
por uma Diretoria Executiva, a ele
subordinada. Após a homologação
do estatuto social pelo Banco
Central (Bacen), a Diretoria
Executiva apresentou ao Conselho
de Administração a sua proposição
quanto a composição
da Diretoria Executiva que seria
levada para aprovação da AGO
em 19 de fevereiro de 2020, com
aprovação por unanimidade. A
partir dessa data iniciamos os trabalhos
de estruturação com base
na segregação das funções entre
o Conselho de Administração e
Diretoria Executiva.
RC: O Banco Central atribui uma
classificação para cada tipo de
instituição financeira e, com o
seu crescimento, como a Credicoamo
está posicionada junto à
Instituição?
Goldoni: Esse crescimento constante
que a Credicoamo vem
apresentando está em consonância
com sua gestão, capitalização
e na representatividade
do seu ativo. Desde 2015, pelo
Comunicado do Banco Central,
a Credicoamo foi classificada
como “Cooperativa Plena” – classificação
máxima do Bacen e enquadrada
no segmento S-4 que
vai de S-1 a S-5. Por ser uma cooperativa
singular e independente,
essa classificação do Banco
Central é muito representativa
e, com certeza, de muito orgulho
de todos os associados. O
importante é que temos a plena
consciência de que o crescimento
que a Credicoamo vem tendo
nos últimos anos é resultado do
crescente apoio dos nossos associados,
e as mudanças aprovadas
foram necessárias para garantir a
continuidade e perpetuação das
nossas atividades.
RC: Como o senhor analisa as
mudanças no processo de Governança
da Credicoamo?
Goldoni: Ao nosso ver e por ter
sido funcionário da Coamo por
mais de 41 anos e participado da
história das duas cooperativas,
essas mudanças estão ocorrendo
naturalmente e sem impacto
na continuidade da sua missão.
Dentro dos princípios da perpetuação,
estamos estruturando e
implantando a profissionalização
nos processos de gestão com
base nas diretrizes estabelecidas
pelo Conselho de Administração.
RC: O Dr. Aroldo como presidente
do Conselho de Administração
está presente no dia a dia
da cooperativa. Como analisa
“O trabalho em conjunto
entre a Credicoamo e
a Coamo prima pelo
atendimento integral do
associado, sendo sério e
focado para atender cada
vez melhor o seu dono,
de forma efetiva e eficaz.”
sua participação neste momento
novo da Credicoamo?
Goldoni: Aprendi a viver e exercitar
o cooperativismo junto com
o Dr. Aroldo. Estou vivendo o
cooperativismo há 42 anos, passei
por várias áreas na Coamo e
colaborei para o surgimento da
Credicoamo há 30 anos. Posso
afirmar que é de fundamental
importância a presença e experiência
dele no dia a dia, tendo
um papel preponderante para
orientar e colaborar com o crescimento
planejado e estruturado
da Credicoamo. A vida dele é a
Coamo e a Credicoamo, e a confiança
que ele passa aos cooperados
é algo fantástico, elogiável
e marcante. O Dr. Aroldo representa
muito mais que um idealista
do sistema cooperativista.
Com muita seriedade, equilíbrio
e visão, é um dos principais líderes
do agronegócio e do cooperativismo
brasileiro. Todo o seu
trabalho nos 50 anos de Coamo
e nos 30 anos de Credicoamo
foi feito exclusivamente para
Agosto/2020 REVISTA 11
ENTREVISTA: ALCIR JOSÉ GOLDONI
“A CREDICOAMO ESTÁ PREPARADA PARA ATENDER OS SEUS ASSOCIADOS,
OFERECENDO SOLUÇÕES PARA QUE TENHAM SUCESSO NAS ATIVIDADES”
os associados, para o sucesso e
desenvolvimento integral deles,
das suas famílias e da sociedade
onde vivem. Ele é sinônimo
de confiança, de credibilidade e
profissionalismo. Como sempre
diz, a Coamo e a Credicoamo foram
fundadas não somente para
uma ou duas gerações, mas para
toda a vida. Isso nos emociona
pelo pensar cooperativista que
é trabalhar em conjunto para o
bem de todos.
RC: Os números mostram ano
após ano que a Credicoamo está
bem administrada e em sintonia
com os associados e com o mercado
financeiro.
Goldoni: Os números têm demonstrado
que os associados
sentem orgulho e confiam na
Credicoamo, e isso é fundamental.
O desempenho da cooperativa
reflete a participação deles
nas suas atividades e aliado ao
profissionalismo permitem o
crescimento como o do exercício
de 2019 da ordem de 6,0% sobre
o anterior registrando sobras
líquidas de R$ 98,50 milhões.
O Patrimônio Líquido foi de R$
735,50 milhões representando
um crescimento de 16,52%. Esses
números nos qualificam para
dizer que temos estrutura para
continuar crescendo. A Credicoamo
está na 10ª posição entre as
instituições privadas aplicadoras
de crédito rural, como a 1ª cooperativa
singular independente
de crédito, e a 7ª no ranking geral
das cooperativas singulares, conforme
dados do Banco Central
do Brasil. Estes posicionamentos
são resultado direto de uma gestão
focada nos associados e da
participação ativa deles na sua
cooperativa de crédito.
RC: Qual a importância do seguro
agrícola e a adesão dos associados
a este instrumento de
proteção?
“Todos sabem quantos
anos se levam para ter o
retorno dos investimentos
efetuados e, agora, deixálos
expostos a riscos da
natureza não é um bom
negócio.”
Goldoni: A Credicoamo encerrou
o ano de 2019 com 19.904
associados. Com uma equipe
profissionalizada nas suas 46
agências no Paraná, Santa Catarina
e Mato Grosso do Sul, a Credicoamo
está preparada para oferecer
aos seus associados linhas
de financiamento exclusivas que
permitem aproveitar as oportunidades
de agregação de valor nos
seus negócios. Neste contexto, o
seguro agrícola é um insumo fundamental
para que o associado
possa se sentir seguro e tranquilo
quanto a condução e resultado
da sua lavoura. Estamos crescendo
e vamos crescer muito mais
pela consciência por parte dos
associados que estão aderindo e
incorporando o seguro como um
processo natural e necessário em
suas atividades. Para se ter uma
ideia do que representa o seguro
agrícola, somente em 2019 a
Credicoamo contratou uma importância
segurada de R$ 1,31
bilhão, sendo que na soja a participação
em âmbito nacional é
12 REVISTA
Agosto/2020
superior a 10%, dando a dimensão
da sua importância, em nível
estadual é ainda mais relevante:
no Paraná, 25,89%, em Santa Catarina
20,11% e no Mato Grosso
do Sul 15,78% da importância
segurada.
RC: Então, o seguro pode ser
considerado como um investimento?
Goldoni: Sem dúvida, pois assumir
os riscos da produção
agrícola, sem pensar no seguro,
pode ser determinante para
permanecer na atividade agrícola.
Portanto, o seguro agrícola
deve estar incorporado no planejamento
dos custos de produção
como insumo. Observamos
que os nossos associados estão
mais conscientes de que suas lavouras
precisam estar seguradas
contra qualquer evento climático.
Neste ano contabilizamos um
grande aumento na contratação
de seguros para as lavouras de
milho segunda safra e trigo, e
estamos em plena contratação
do seguro das culturas de soja e
milho verão. É um indicativo de
que eles estão certos de que o
seguro é um investimento e não
custo. Todos sabem quantos
anos se levam para ter o retorno
dos investimentos efetuados e,
agora, deixá-los expostos a riscos
da natureza não é um bom
negócio, ainda mais quando as
condições de seguro agrícola
para os associados da Credicoamo
são estruturadas levando em
consideração as condições do
nosso associado, ou seja, é um
produto personalizado para os
associados da Credicoamo e
Coamo.
RC: Como analisa o trabalho da
Credicoamo em conjunto com a
Coamo?
Goldoni: É um trabalho que prima
pelo atendimento integral do
associado. Sério e focado para
atender cada vez melhor o seu
dono. Há uma grande sintonia
e sinergia dos funcionários e diretorias
das duas cooperativas,
que trabalham para que o atendimento
seja efetivo, eficaz e
eficiente. A integração das atividades
da Coamo e Credicoamo
se complementam em benefício
do seu dono, e não poderia ser
“O Dr. Aroldo tem um
papel preponderante
para orientar e colaborar
com o crescimento
planejado e estruturado
da Credicoamo."
diferente, haja vista que o cooperado
faz todas as suas operações
em um mesmo lugar e no mesmo
horário, ganhando tempo e
dinheiro. Assim como a Coamo
é a casa do cooperado, também
afirmamos que a Credicoamo é a
sua casa, com estruturas eficientes
e profissionalismo para que
ele sinta que as suas duas cooperativas
são as melhores opções
de negócios e de agregação de
valores em suas atividades.
RC: A Credicoamo está preparada
para acompanhar a evolução
tecnológica em benefício dos
seus associados?
Goldoni: Sem dúvida. Está preparada
e acompanhando a evolução
para estar cada vez mais
perto dos seus associados oferecendo
soluções para que ele
possa planejar e agregar valor
e ter sucesso em suas atividades.
Com produtos e serviços
diferenciados percebemos uma
grande utilização dos canais
digitais da cooperativa, por
exemplo do Internet Banking e
Mobile, que de forma simples
e segura, facilitam o acesso e o
uso dos nossos associados. Estamos
executando nosso planejamento
estratégico. No dia 06
de julho a Credicoamo lançou
a sua Poupança Rural, denominada
Credicoamo Poupança
Feliz, que tem apresentado uma
grande aceitação pela família
dos associados, bem acima das
expectativas, por se tratar de
uma opção de investimento de
aplicação fácil e segura, e ajudá-
-los a poupar. Os associados podem
ter a certeza de que a Credicoamo
está preparada para o
futuro e proporciona segurança,
comodidade e rentabilidade nas
aplicações dos associados, com
taxas diferenciadas, linhas de
financiamentos com juros compatíveis
com as suas atividades.
Estamos com vários treinamentos
que visam qualificar, cada
vez mais, nossos colaboradores
para um atendimento profissional
e especializado, como também
estamos em fase final de
estruturação do lançamento da
LCA – Letra de Crédito do Agronegócio
e do credenciamento
junto as fontes oficiais de financiamento
(BNDES/FCO).
Agosto/2020 REVISTA 13
REDES SOCIAIS
Alimentos Coamo está
no Youtube e Instagram
A
Coamo, por meio da
sua linha alimentícia
composta das marcas
de confiança Coamo, Primê,
Anniela, Sollus e Dualis,
busca estar sempre presente
na mesa e no dia a dia das
pessoas. Para se aproximar
ainda mais dos clientes e
consumidores, os Alimentos
Coamo estão com perfis no
YouTube e Instagram.
Segundo o gerente
Comercial dos Alimentos
Coamo, Wagner Schneider,
o lançamento dos novos
canais vem para reforçar o
trabalho de comunicação
das marcas de confiança.
“Entramos nas redes sociais
em 2016 com um perfil no
Facebook, uma mídia social
que está muito presente na
vida das pessoas. Hoje nosso
perfil conta com 508.218
seguidores. Devido a todo
esse sucesso e o crescimento
das outras redes, decidimos
iniciar um trabalho de
relacionamento pelo YouTube
e Instagram”, afirma.
Nessas duas plataformas
virtuais que vêm se
popularizando e crescendo
a cada dia, os Alimentos
Coamo vão trazer vídeos de
receitas, dicas, lançamentos,
ações com influenciadores e
muito mais. “Siga as páginas
dos Alimentos Coamo, dê
seu like, faça aquela sua receita
deliciosa e compartilhe.
Nosso objetivo é interagir e
levar um conteúdo diferente
e atrativo para nossos seguidores”,
convida Schneider.
14 REVISTA
Agosto/2020
Há 50 anos
a Coamo
transforma vidas.
E aqui vamos
conhecer
algumas delas.
Decisão acertada
Escolha certa
A opção de Verner Tehlen pela agricultura
Cooperado de Nova
Santa Rosa, teve a
opção de deixar a
agricultura, mas acabou
ficando no campo e
hoje colhe os frutos em
parceria com a Coamo
Quando chegou ainda menino na
região de Nova Santa Rosa (Oeste
do Paraná), no início da década
de 1970, o cooperado Verner
Tehlen, buscava junto com a família
sobrevivência e desenvolvimento.
O pai, que logo veio a falecer,
foi pioneiro e deixou de herança
os primeiros alqueires que com
passar dos anos e o alicerce de
muito trabalho e parcerias foram
multiplicados.
Seu Verner, conta que dos três
irmãos - ele e mais dois -, foi o
único a permanecer na agricultura,
o que faz até hoje ao lado do filho
e braço direto Maykon. “Optei em
ficar para que meu irmão pudesse
estudar. Fiz a escolha certa, sou
feliz vivendo e trabalhando na
lavoura”, declara o produtor, que
valoriza o cooperativismo e a
parceria com a Coamo, iniciada
logo que a cooperativa se instalou
no Oeste do Paraná, há 25 anos.
“Quando a Coamo chegou havia
uma certa desconfiança porque
havia uma outra cooperativa que
não deu certo. Mas, a Coamo foi
ganhando a confiança de todos e
mostrou que é uma cooperativa séria
e voltada para o cooperado”, diz.
Verner com o filho Maycon, de Nova Santa Rosa (Oeste do Paraná)
Optei em ficar no campo para que meu irmão pudesse
estudar. E acho que fiz a coisa certa, sou feliz vivendo aqui
e trabalhando na lavoura.
Conforme Verner Tehlen, foram
muitas mudanças desde a
chegada da Coamo. “Foi a melhor
coisa que podia ter acontecido.
Mudou o jeito de trabalhar,
plantar e produzir. A Coamo
trouxe investimento, tecnologia e
novidades para a nossa atividade.
Conseguimos melhorar, evoluir,
crescer junto com a cooperativa”,
afirma o cooperado, lembrando
da evolução em produtividade.
“Colhíamos cerca de 80 a 100
sacas de soja por alqueire em
média. Hoje, chegamos a 170
sacas. De milho, colhemos
em média 370 sacas de média
no verão, e era bem menos
antes. Essa evolução é graças
a tecnologia trazida pela
cooperativa como plantio direto,
manejo de solo e de plantas,
máquinas modernas dentre
outros benefícios”, observa.
Agradecido pela evolução
na atividade, Tehlen revela
que cultivava no passado
apenas 20% da área que
trabalha hoje. “Conseguimos
crescer horizontalmente e
verticalmente em termos de
produtividade. A cooperativa
nos ajudou nesse sentido.
Temos muito a celebrar nesses
50 anos da Coamo. Queremos
que continue crescendo junto
com a gente.”
Integrante de uma geração que
vem ajudando a transformar o
campo, o também cooperado
Maykon Tehlen, um dos três
filhos do seu Verner, enxerga
na parceria com a cooperativa
o melhor caminho para o
progresso. “Precisamos olhar
para frente e estar junto da
cooperativa. Fazemos parte
deste crescimento, dessa história
de sucesso. Agora, como futura
geração, vou fazer tudo para
continuar crescendo”, comenta
Maykon, de olho no futuro. “Nossa
ideia é estar sempre melhorando
a tecnologia e os processos
de produção para não parar de
evoluir, não só em números, mas
também em qualidade”, salienta.
Parceria
Incentivador do
desenvolvimento
A parceria de 25 anos no Oeste do Paraná
Vilson Bernardi, de
São Pedro do Iguaçu,
ajudou na organização
das primeiras reuniões
para a apresentação da
Coamo no município.
Parceria se estende
desde o início e está
mais vez mais sólida
Quando recebeu a reportagem
da Revista Coamo em sua
propriedade, o cooperado Vilson
Francisco Bernardi acompanhava
com os dois filhos, Jeferson
e Juliano, o final da colheita
da segunda safra de milho. A
área fica na comunidade São
Francisco, em São Pedro do
Iguaçu (Oeste do Paraná).
Local que a família chegou,
em 1968. A primeira atividade
foi um comércio de secos e
molhados e com o resultado
adquiriram terras e deram início
à agricultura.
Seu Vilson sempre foi defensor
do cooperativismo e ajudou
a convocar os agricultores da
região para as primeiras reuniões
da Coamo no município. “Fui
um dos primeiros associados.
É um trabalho de parceria e que
está completando 25 anos de
história”, diz. De acordo com
ele, a Coamo levou para a região
novas tecnologias e segurança.
“Temos tudo o que precisamos
Vilson Bernardi com os filhos Jeferson e Juliano
Fui um dos primeiros associados
e estou até hoje. É um
trabalho de parceria e que está
completando 25 anos de história.
para a condução das atividades.
Acompanhamos a evolução
da cooperativa e crescemos
juntos”, pondera.
Entre os benefícios oferecidos
pela Coamo, o cooperado
destaca o fornecimento de
insumos de qualidade no
momento que o cooperado
precisa, loja de peças, produtos
veterinários, crédito com a
Credicoamo e recebimento da
produção. “São vários benefícios
e tudo dentro de casa. Sou 100%
Coamo”, frisa.
Seu Vilson ressalta, também,
a importância da assistência
técnica para a condução
das lavouras. Ele revela que
até a chegada da Coamo, a
produtividade de soja era
de 100 sacas de média por
alqueire, e na mais recente safra
fechou com 180 sacas. “Isso
é graças ao investimento e às
novas tecnologias inseridas.
Mudou muito desde a chegada
da cooperativa em nosso
município.”
O cooperado trabalha junto com
os dois filhos, Jeferson e Juliano.
Para ele, manter a família unida
em prol de um mesmo objetivo
é valioso. “O cooperativismo
nos proporciona isso. Temos
a família perto dando todo o
suporte e a Coamo trazendo
mais conhecimento para dentro
da propriedade.”
Jeferson é o filho mais velho do
seu Vilson. Até pouco mais de
dois anos ele estava morando
em Cascavel. Segundo ele, o
retorno para a propriedade foi
para manter a união da família.
“Um dia eu e meu irmão teremos
que cuidar das atividades
agrícolas e já estamos nos
preparando para isso. É muito
bom trabalhar em família”,
pondera.
Trabalho e evolução
Amparado pelo
cooperativismo
O pioneirismo e a evolução de Arno Dresch
Cooperado de Toledo
acompanhou a
chegada e evolução da
Coamo no Oeste do
Paraná
Arno Dresch é agricultor pioneiro
em Toledo e acompanhou de
perto a chegada e evolução
da Coamo no município. A
cooperativa está na região Oeste
do Paraná há 25 anos e mantém
cinco unidades no município,
sendo duas na cidade. As outras
estão instaladas nos distritos de
Dez de Maio, Dois Irmãos e Vila
Nova.
Cooperado há mais de 20 anos,
Dresch diz que a Coamo ajudou
a região a se desenvolver.
“Estávamos precisando de uma
cooperativa igual a Coamo, que
fizesse a diferença e ajudasse a
melhorar a renda e a qualidade
de vida dos cooperados”, diz. De
acordo com ele, a cooperativa
implantou um novo sistema de
trabalho, com mais segurança
e eficiência. “Passamos a ter
assistência técnica, crédito,
peças e insumos de qualidade.
Isso tudo em um só lugar. Esse
trabalho ajudou para a nossa
evolução no campo, elevando
Arno Dresch com um dos netos que o acompanhava no dia da reportagem e ao lado com o filho Ricardo e netos
a produtividade. Além da Coamo, temos a Credicoamo
com toda a estrutura de crédito. Isso facilita, traz mais
tranquilidade. Ganhamos tempo e dinheiro”, diz.
O cooperado planta soja no verão e na segunda safra
cultiva milho e trigo. Conforme ele, a cada ano há uma
nova tecnologia implementada. “Nesses mais de 20 anos
de parceria com a Coamo, posso dizer que a maneira de
trabalhar com a lavoura mudou. Novos investimentos são
realizados e sabemos que podemos confiar, pois só são
recomendados os que realmente tem eficiência”, pondera.
Conforme o cooperado, o fato de a cooperativa ter cinco
unidades no município demonstra a preocupação da
diretoria em estar perto dos agricultores. Dresch ressalta
que as unidades são todas modernas e capazes de receber
grandes safras de forma ágil e com segurança. “Hoje, não
temos mais problemas de filas como no passado. É só o
tempo do caminhão chegar na unidade para descarregar e
retornar para a propriedade.”
Outro ponto destacado pelo cooperado é a segurança
em deixar a safra na cooperativa, pois sabe que quando
precisar comercializar receberá o dinheiro na hora.
“Independente da quantia, recebemos à vista. Antes,
sofríamos com isso, pois a venda era sempre a prazo. O
agricultor precisa levar isso em conta, pois é o resultado
de meses de trabalho”, observa e acrescenta ainda a
distribuição das sobras. “É outro importante benefício
oferecido pela Coamo. Às vezes, têm alguns agricultores
que querem levar vantagem em tudo e não notam que
estão perdendo. O cooperativismo é isso, é a união e
cooperação entre um grupo de pessoas. A cooperativa
nos ajuda e nós à ajudamos a se manter sólida e evoluindo
sempre.”
O cooperado trabalha em parceria com o filho Ricardo e já
conta com a companhia dos netos. Dresch diz que procurar
envolvê-los nas atividades para que possam gostar da
agricultura. “Na verdade, o avô deixa a herança para os
netos, pois os filhos já fazem parte da rotina de trabalho
com o pai. Tomara que eles possam dar continuidade a
esse trabalho.”
A cooperativa trouxe assistência técnica,
crédito, insumos de qualidade e peças. Isso
tudo em um só lugar. Esse trabalho ajudou a
nossa evolução no campo.
Um novo recomeço
Espírito de
cooperação
A mudança de Valdir Pastori
Cooperados de Tupãssi
estão vivenciando o
cooperativismo de
resultado da Coamo
Os cooperados Valdir e Vilmar
Pastori, de Tupãssi (Oeste
do Paraná), conhecem bem o
sistema de trabalho adotado pela
Coamo, que prima pela ética,
transparência e honestidade
de princípios, responsabilidade,
segurança e solidez, além de
qualidade e inovação sustentável,
valores estampados nas diretrizes
corporativas da cooperativa.
Seu Valdir e o filho Vilmar eram
sócios de outra cooperativa da
região Oeste, e descontentes
resolveram em 2012 se associar
a Coamo, onde encontraram,
segundo eles, o verdadeiro espírito
da cooperação. “Sou cooperativista
há pelo menos 40 anos, estou
gostando muito de trabalhar com
a Coamo. Mudei porque não me
identificava com o cooperativismo
Vilmar com o pai Valdir Pastori, de Tupãssi
É uma cooperativa que nos deixa
dormir tranquilos. Temos que tirar
o chapéu para o nosso presidente
e toda diretoria que atua com
muita transparência e seriedade.
praticado pela outra cooperativa
que eu era associado. Na
Coamo é diferente, não
existe favorecimento porque
para ela todos são iguais.
Numa sociedade tem de ser
igual para todos. Isso sim é
cooperativismo”, afirma Valdir
Pastori.
Conforme o cooperado, na
Coamo ele encontrou a solidez
e segurança preconizada
pela cooperativa, graças à
administração de resultados
realizada pela diretoria. “É uma
cooperativa que nos deixa
dormir tranquilos. Temos que
tirar o chapéu para o nosso
presidente e toda diretoria que
atua com muita transparência
e seriedade. Apesar de pouco
tempo associado eu e meu
filho estamos conseguindo
crescer juntos com a Coamo”,
comemora.
Integrante do cooperativismo
desde os 18 anos de idade,
Vilmar Pastori, segue os passos
do pai e, também, classifica a
gestão e a filosofia da Coamo
como a certa a percorrer.
“Estou de acordo com o que o
Dr. Aroldo sempre diz, que o
sócio é o dono da cooperativa.
Eu me sinto como o dono,
mas também na obrigação
de participar e movimentar
o máximo possível, por isso,
somos cooperados cem
por cento. A Coamo é uma
cooperativa que valoriza muito
o associado e nós nos sentimos
muito bem em fazer parte dela.
Que venham mais 50 anos de
progresso”, pede.
EVENTOS VIRTUAIS
ERA DIGITAL NA COAMO
Momento exige
mudança na
maneira de levar
informação ao
cooperado
Há seis meses os palcos dos eventos realizados
pela Coamo passaram a ser virtuais. Muitos encontros
foram transmitidos pelo canal da Coamo
no YouTube, por vídeo conferências, via WhatsApp
e outras ferramentas digitais. Uma mudança aguardada
e esperada pelo mundo, mas que ganhou velocidade
devido a pandemia do novo coronavírus, para evitar
aglomerações e respeitar o distanciamento social.
Neste ano, os eventos virtuais começaram
com uma live da tradicional reunião de campo, depois
vieram os dias de campo nas unidades, o Dia
de Cooperar, treinamentos para funcionários e, mais
recente, a 24ª turma do Curso de Jovens Líderes e
o Encontro de Inverno da Fazenda Experimental.
Além da participação dos presidentes e diretores da
Coamo em diversas lives.
De acordo com o presidente Executivo da
Coamo, Airton Galinari, conhecimento e informação
sempre foram os pilares do cooperativismo de resultados
que a Coamo pratica em sua história. Por
isso, apesar da pandemia o repasse das informações
precisava continuar. “Durante os 50 anos da Coamo,
milhares de reuniões de campo foram realizadas
sempre de forma presencial, porque o Dr. Aroldo
sempre considerou essencial esse contato direto da
diretoria da cooperativa com os seus cooperados.
Contudo, devido a pandemia, tivemos que nos adequar.
Entendemos que esta maneira é a mais adequada
no momento, para que possamos manter a
nossa tradição com segurança para todos”, diz.
Conforme o presidente dos Conselhos de
Administração da Coamo e Credicoamo, José Aroldo
Gallassini, mesmo realizados de uma forma diferente,
os eventos virtuais da Coamo têm cumprido o
objetivo de informar e apoiar os cooperados. “Não
podemos desvalorizar a era analógica que vivemos
e foi muito importante e eficaz. Porém, essa nova era
digital tem sido fundamental para mantermos a comunicação
com o quadro social. O futuro está em
aliar essas duas formas de interação.”
24 REVISTA
Agosto/2020
Encontro de Inverno virtual
A
14ª edição do Encontro
de Inverno da Fazenda
Experimental Coamo foi
realizada no dia 29 de julho pelo
canal da cooperativa no YouTube.
O tradicional encontro teve como
tema ‘Manejo Inteligente para
Agricultura e Pecuária’, e trouxe
quatro estações de pesquisa virtuais.
“A preocupação da diretoria
da Coamo era realizar o evento,
ainda mais no ano em que a Fazenda
Experimental completa 45
anos de história. Preparamos o
encontro com muita dedicação
e empenho. O objetivo é sempre
difundir informação e conhecimento
para os cooperados”, comenta
o engenheiro agrônomo
João Carlos Bonani, chefe da Fazenda
Experimental.
João Carlos Bonani, chefe da Fazenda Experimental
No evento virtual que
contou com a participação de
milhares de cooperados foram
apresentados por técnicos da
Coamo, os temas: Manejo de
plantas daninhas no sistema de
produção; Manejo eficiente na
cultura do milho primeira e segunda
safra; Planejamento estratégico
na produção de bovinos;
e Tecnologia de aplicação de defensivos.
De acordo com Bonani, a
propriedade rural deve ser analisada
de forma integrada. “Podemos
ter recomendações específicas
por cultura, mas precisamos
tratar as propriedades rurais
dentro de um sistema de produção.
As ações sendo executadas
com eficiência pelo cooperado
em parceria com a Coamo e empresas
parceiras. Esses conceitos,
com certeza, são pilares para
o sucesso de uma propriedade
agropecuária”, destaca Bonani.
Segundo o gerente de
Assistência Técnica da Coamo,
Marcelo Sumiya, a informação
não pode parar, porém não se
pode esquecer dos princípios
básicos do trabalho no campo.
“Esse trabalho que realizamos
visa dar condições para o cooperado
fazer o manejo na sua propriedade.
Trabalhamos o sistema
de produção e não a cultura individualmente.
Vivemos num momento
de transformação digital,
mas ainda temos muito a realizar
no manejo básico da propriedade
rural. A essência do nosso encontro
é a mesma, levar ao nosso
cooperado pontos de atenção
de uma forma mais objetiva para
Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica
Agosto/2020 REVISTA 25
ENCONTRO DE INVERNO
ele transformar na propriedade.”
Sumiya acrescenta que
essa foi a primeira experiência on-
-line do Encontro de Inverno e as
unidades também estão se adequando
a este formato. “Os entrepostos
da Coamo estão realizando
os dias de campo virtuais, ajustando
para os temas de cultivares de
milho e trigo. Já estamos, também,
planejando o Encontro de Verão, e
a depender das condições sanitárias
do país, vamos realizar neste
mesmo formato. Uma forma que
aliás, tem a vantagem de ficar disponível
para o cooperado acessar
sempre que quiser.”
Conhecimento
e tecnologia
O presidente do Conselho
de Administração da Coamo,
José Aroldo Gallassini, destaca a
importância do evento para gerar
mais conhecimento e difundir
novas tecnologias aos cooperados.
“A Fazenda Experimental foi
criada para ser uma estação de
experimentos de novos produtos
que chegam no mercado. É um
trabalho que tem uma grande
importância para que possamos
recomendar e orientar os cooperados
com qualidade e precisão,
sobre o uso de novos produtos e
a implementação de novas tecnologias”,
diz.
Gallassini ressalta a importância
dos cooperados terem
uma opção de segunda safra
para que possam agregar mais
renda à propriedade. “Além de
renda, a segunda safra ajuda a
Marcelo Sumiya, Aquiles Dias e José Aroldo Gallassini na abertura do evento virtual
melhorar o sistema de produção.
Precisamos continuar produzindo
bem, e com sustentabilidade”,
ressalta.
O diretor de Suprimentos
e Assistência Técnica, Aquiles
de Oliveira Dias, recorda que a
Coamo comemora 50 anos em
novembro, e que a Fazenda Experimental
está comemorando
45 anos de existência. “Falo isso
para correlacionar o quanto foi
importante o uso das tecnologias
para que pudéssemos ter o lema
na Coamo, ‘A vida é a gente que
transforma.’ A tecnologia e os encontros,
com certeza, contribuíram
para essa evolução.”
De acordo com Dias,
mesmo diante de toda a situação
sanitária causada pela pandemia
do Coronavírus, a Coamo não poderia
deixar de realizar o encontro.
“O formato virtual foi a maneira
encontrada para que pudéssemos
compartilhar as novidades do segmento
com nossos cooperados e
equipe técnica”, frisa.
O presidente Executivo
da Coamo, Airton Galinari, reforça
que a missão da Coamo é
agregar e gerar renda de forma
sustentável aos cooperados. “Os
associados da Coamo são privilegiados
por terem um grupo
técnico que passa as melhores
recomendações e orientações.
A Coamo oferece tudo o que o
cooperado precisa para produzir,
e tem uma estrutura completa
para dar sustentabilidade às atividades
desenvolvidas no campo.
Isso fortalece a cooperativa e
insere o cooperado em um mercado
que, individualmente, ele
não teria condição de participar.
A união dos cooperados faz com
que todos saiam ganhando.”
26 REVISTA
Agosto/2020
Pecuária
estratégica
A produção de bovinos exige planejamento.
Quando o tripé: nutrição, sanidade e genética é estruturado,
há um bom manejo da propriedade. Uma
organização que atende gado de leite e de corte, e
garante ao produtor rural o máximo ganho do rebanho.
Quem falou sobre o assunto no Encontro de
Inverno foi o médico veterinário de Campo Mourão,
Hérico Alexandre Rossetto, que coordenou a estação
de pesquisa com o tema ‘Planejamento estratégico
na produção de bovinos.’
Dentro do conceito deste tripé, cabe ao produtor
rural, juntamente com o departamento técnico,
adequar o manejo de acordo com as categorias
existentes na propriedade. “No decorrer do ano,
em determinados momentos será necessária uma
nutrição específica. No inverno, as intempéries climáticas
interferem na produtividade das forrageiras,
por exemplo. Os pastos têm ciclos definidos, e em
certos períodos, pode haver uma baixa oferta decorrente
do crescimento dessas forragens. Por isso, o
planejamento é fundamental”, orienta Rossetto.
Conhecendo as categorias existentes na
propriedade e o que cada uma precisa, é possível
utilizar as forragens e cereais corretos. “É preciso
saber o que fazer durante o ano, em cada situação
para fechar uma dieta equilibrada e manter os reba-
Hérico Rossetto, médico veterinário da Coamo
nhos de forma correta durante todo o ano. Isso é o
ideal na parte nutricional”, reforça Hérico.
Com relação ao aspecto sanitário, o conhecimento
também é a chave. “O produtor rural precisa
saber quais são as principais doenças infecto conta-
Agosto/2020 REVISTA 27
ENCONTRO DE INVERNO
giosas, parasitárias, que ocorrem na sua região. Assim,
ele sabe quais vacinas e controles parasitários
precisam ser feitos. Além do combate a roedores e
insetos que são vetores de doenças também”, explica
o médico veterinário.
Para que o cooperado tenha suporte neste
planejamento estratégico, Hérico revela que a
Coamo elaborou um calendário para controle de
doenças de acordo com cada região da cooperativa.
“O associado só precisa ir até a unidade em
que é atendido e solicitar o seu calendário, que
está à disposição de todos. De posse do mesmo,
ele vai planejar com o departamento técnico, e
elencar as prioridades para ter o controle profilático
correto das principais doenças que possam
ocorrer e não ter o desempenho dos animais prejudicados.”
Quanto ao aspecto genético, Hérico Rosseto,
destaca que é preciso ter animais com potencial
produtivo. “Esse é um aspecto importante para que
o produtor rural possa dentro do planejamento sanitário
e nutricional dos rebanhos, verticalizar a produção,
ou seja, por área ele produzir muito com uma
bagagem genética de alta produção tanto no gado
de leite quanto de corte. Para isso, ele deve elencar
quais são as bases genéticas dos animais que ele vai
dispor, cada um tem a base ideal para seu melhor
aproveitamento.”
Milho em potencial
O milho é uma das culturas mais importantes no cenário nacional e
internacional. É uma das plantas mais antigas cultivadas no mundo, a produção
mundial deste cereal atualmente é três vezes maior que da soja. Sua
importância econômica é caracterizada pelas diversas formas de sua utilização,
que vai desde a alimentação humana, animal, produção de etanol e até
como componente para a indústria de alta tecnologia, como por exemplo, a
fabricação de plástico.
Este cereal também foi o foco do Encontro de Inverno Virtual. A estação
“Manejo eficiente na cultura do milho primeira e segunda safra”, foi coordenada
pelo engenheiro agrônomo de Campo Mourão, José Petruise Ferrei-
28 REVISTA
Agosto/2020
a Júnior. “O milho é uma das plantas com a maior
eficiência no armazenamento de energia encontrada
na natureza. De uma semente que pesa pouco
mais de 0,3 g irá surgir uma planta geralmente com
mais de 2,0 m de altura, isto dentro de um espaço
de tempo de cerca 60 dias. Nos meses seguintes,
essa planta produz cerca de 600 sementes similares
àquela da qual se originou”, explica.
Neste contexto, Petruise reforça que a cultura
do milho possui um alto potencial produtivo. “Em
concurso realizado pela associação nacional de produtores
de milho dos Estados Unidos, o campeão e
recordista mundial da modalidade livre/irrigado foi
um produtor da cidade de Charles City no Estado da
Virginia, com uma produtividade de 644,62 sacas por
hectare. Isso só evidencia o potencial dessa cultura.”
Para o engenheiro agrônomo, essa produtividade,
contudo, não é atingida comercialmente a
campo devido a diversos aspectos. “A falta de equilíbrio
dos fatores químico, físico e biológico, a falta de
controle direto, ou seja, dos fatores abióticos, como a
água, luminosidade e temperatura. Além dos fatores
bióticos, relacionados às pragas, doenças e plantas
daninhas, aqueles que podemos e devemos monitorar
e caso venham a causar danos aos nossos cultivos
devemos interferir e fazer cessar tais perdas”, orienta.
Para melhorar o manejo é preciso conhecer
bem o sistema produtivo. “Precisamos ter um ambiente
de produção que proporcione à planta, as
melhores condições de expressar seu máximo potencial
produtivo. Com um manejo eficiente é possível.
Para isso, basta atender a legislação, respeitar o
meio ambiente e fazer nada menos do que o necessário.
Manejar o solo com foco no equilíbrio nutricional
e hormonal da planta. Manejar e controlar as
plantas daninhas, pragas e doenças.”
Petruise ainda enfatiza que, o maior desafio
foi e continua sendo fazer com que as tecnologias
sejam empregadas de forma integral e manejadas
corretamente, para que surtam o resultado desejado
e esperado. “Ao abordar este tema, o principal
objetivo da estação foi mudar esta realidade.”
Atenção na aplicação
José Petruise Ferreira Júnior, engenheiro agrônomo
Quando se fala em tecnologia de aplicação,
é preciso entender que o tema é complexo e nunca
fica desatualizado. São inúmeras as variáveis que
podem comprometer uma correta aplicação de defensivos.
Para isso, é preciso dividir o ciclo produtivo
em fases, identificar o foco da aplicação e escolher
a ponta adequada, para ter mais chances de sucesso
nas pulverizações. Quem coordenou esse assunto
no Encontro de Inverno virtual foi o engenheiro
Agosto/2020 REVISTA 29
ENCONTRO DE INVERNO
agrônomo Marcus Vinícius Goda Gimenes, com a
estação, ‘Tecnologia de aplicação de defensivos.’
Marcus Vinícius destaca que é preciso ter certos
cuidados no momento da pulverização. “Essa é a
operação que mais se repete durante o desenvolvimento
da cultura. Por isso, é preciso escolher a ponta
correta, pois não existe uma única opção para fazer
tudo bem feito. Tomando cuidados com as condições,
manutenção de equipamento e escolha correta desta
ponta, é possível realizar a operação da melhor forma
possível, evitando perdas e obtendo um bom retorno.”
O estágio da planta e a praga a ser controlada
também são aspectos que determinam a escolha
da ponta, conforme o engenheiro agrônomo. “Se,
por exemplo, vou fazer a dessecação pré-plantio
com herbicida sistêmico e tenho uma planta daninha
mais exposta, tenho mais facilidade de atingir
com os produtos. Neste caso, posso escolher uma
ponta onde eu vá obter uma gota mais grossa, evitando
a deriva, a perda decorrente do vento.”
De acordo com o agrônomo, o momento
ideal também existe quando o assunto é pulverização.
“Preciso monitorar as questões climáticas, pois o tempo
muda durante o dia. Preciso conhecer a temperatura,
umidade relativa do ar e a velocidade do vento.”
Esse trabalho pode fazer a diferença nos ganhos
e perdas de produtos. “Ao considerar os produtos
utilizados e fazermos a conta por hectare, ao escolher
a ponta correta, evita-se e muito, a perda do produto,
por alguma variação ambiental ou até mesmo, a falha
humana. O valor de uma ponta se paga com a redução
das perdas durante a aplicação, mantendo a produtividade
e obtendo ganho de eficiência”, alerta.
Marcus Vinícius Goda Gimenes, engenheiro agrônomo
Invasoras, porém
controladas
As plantas daninhas têm papel importante
no sistema de produção devido à alta incidência
e, consequente, redução da produtividade. Desde
os primórdios da agricultura esse é um problema.
Num primeiro momento utilizava-se controle mecânico
e, depois, com o advento dos herbicidas, surgiu
uma ferramenta importante para controlar esses
inimigos. Porém, com o tempo, esse aliado, perdeu
a eficácia com a resistência. “No Brasil, a situação se
agravou com o advento da soja RR, que com o uso
30 REVISTA
Agosto/2020
intensivo do glifosato no passar do tempo, selecionou
biótipos resistentes a esse ingrediente ativo”,
afirma o engenheiro agrônomo da Coamo de Campo
Mourão, Roberto Bueno da Silva.
Bueno coordenou a estação de pesquisa
com o tema “Manejo de plantas daninhas no sistema
de produção”. Ele explica que diante da resistência
foi necessário adotar medidas adicionais
para combater as plantas daninhas. Até porque,
no Brasil existem catalogados 52 casos de plantas
daninhas resistentes à herbicidas, 10 resistentes ao
glifosato e oito que além do glifosato são resistentes
a outros mecanismos de ação. “Esse é um problema
muito anterior ao Brasil. Na década de 50,
foram catalogadas no Canadá e Estados Unidos,
plantas tolerantes ao herbicida 2,4-D. Como nossa
agricultura é mais recente que nesses países, o uso
incorreto dos herbicidas, propiciam aparecer esses
biótipos resistentes.”
É uma situação que merece atenção conforme
destaca o engenheiro agrônomo. “Acreditávamos
que o glifosato e o 2,4-D, por exemplo, não
teriam esse tipo de problema. Começou com os inibidores
de ALS. Em três anos vieram o amendoim
bravo e o picão preto, resistentes a esses produtos.
Logo depois começamos a ter problemas com o glifosato
e, atualmente, temos com o 2,4-D.”
Para lidar com esses desafios, o agricultor
precisa ser proativo. “Além do controle químico, precisamos
fazer o controle preventivo com a limpeza
das máquinas. Devemos usar sementes de qualidade,
que vêm livre de plantas daninhas. Existem, também,
os controles culturais, como o solo bem manejado,
adubação adequada, densidade e época de
plantio corretas, para dar condição à cultura fechar
rapidamente e conseguir ter competitividade com a
planta daninha”, frisa Bueno.
Roberto Bueno, engenheiro agrônomo
De acordo com Roberto Bueno, além disso,
o agricultor não pode esquecer do manejo cultural
e do monitoramento. “Sabemos que é difícil fazer
o arranque de plantas daninhas. Mas, é importante,
são técnicas que auxiliam muito. Outro detalhe
importante, é não deixar a área em pousio, pois a
emergência da planta daninha numa área descoberta
pode ser dez vezes maior. Para isso, temos opções
para fechar essas áreas. Em regiões quentes,
por exemplo, o milho segunda safra pode ser consorciado
com a brachiaria ruziziensis. Outra opção
são os adubos verdes no inverno. Por isso, é preciso
se planejar a médio e longo prazo, alternando essas
opções. Isso tudo facilita muito o controle de plantas
daninhas.”
SERVIÇO
Aproxime o celular com leitor QR Code na imagem
Acesse o vídeo do Encontro de Inverno:
https://www.youtube.com/watch?v=_kH4ZNRjank
Agosto/2020 REVISTA 31
NOVA GERAÇÃO
24ª Turma do curso de
JOVENS LÍDERES
COOPERATIVISTAS
A
Coamo iniciou no dia 15 de agosto a 24ª Turma
de Jovens Líderes Cooperativistas. São 45
jovens cooperados de dezenas de Unidades
da cooperativa no Paraná e Santa Catarina, que terão
a oportunidade de se aperfeiçoar sobre a gestão da
propriedade rural. Apesar da pandemia, o curso que é
realizado desde 1998, ininterruptamente, não poderia
parar. Por isso, está sendo realizado por vídeo conferência,
permitindo a continuidade do programa.
A aula inaugural foi realizada pelo presidente
do Conselho de Administração da Coamo,
José Aroldo Gallassini e o superintendente do Serviço
Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo
(Sescoop-PR), Leonardo Boesch. O curso será ministrado
por profissionais da Universidade Federal do
Paraná em cinco módulos com um total de 36 aulas,
sempre as quartas e sextas-feiras e com término previsto
para dezembro deste ano. A coordenação do
evento é da Assessoria de Cooperativismo da Coamo
e integra o Programa + Jovens Líderes.
Gallassini que idealizou o programa de educação
cooperativista, destacou na abertura que o
curso já formou 880 jovens nas 23 turmas. “A preocupação
da Coamo é formar os seus cooperados
para a perpetuação da cooperativa. A Coamo não
foi feita para uma ou duas gerações, mas para vida
toda e esse curso é muito importante porque vocês
vão ter noções de administração e gestão para atuarem
como empreendedores no agronegócio.”
O presidente do Conselho de Administração
da Coamo também destacou a importância dos
jovens associados para a cooperativa. “A participa-
ção dos cooperados têm que ser 100% na vida da
cooperativa, seja no fornecimento dos insumos ou
na entrega de produção, porque a cooperativa é
voltada totalmente para eles. Quanto mais o cooperado
participar da cooperativa mais forte e seguro
ele fica e ela também.”
O superintendente do Sescoop-PR, Leonardo
Boesch elogiou o trabalho da Coamo na área de
cooperativismo e os resultados conquistados ao longo
dos anos. “Com experiência nesses anos todos
na área, é muito bom ouvir o Dr. Aroldo, que com
serenidade e competência falou muito bem sobre o
que significa o cooperativismo. Parabéns à Coamo
e aos jovens cooperados que foram selecionados
para iniciar esse programa de formação. É uma alegria
para o Sescoop, como o “S” do Cooperativismo,
apoiar esta formação, pois o nosso papel é difundir
o cooperativismo.”
Divaldo Corrêa, diretor Industrial, durante fala com os participantes do curso
32 REVISTA
Agosto/2020
PALESTRA VIRTUAL
Construindo valor no agronegócio
Outro evento virtual que
marcou a era digital na
Coamo foi a palestra
“Construindo Valor no Agronegócio”,
realizada no dia 12 de agosto.
Quem participou do evento foi o
presidente Executivo da Coamo
Airton Galinari, e o professor/doutor
Marcos Fava Neves, da Fundação
Getúlio Vargas (FGV) e Universidade
Estadual de São Paulo
(USP), criador da plataforma Doutor
Agro. Tradicionalmente, em
julho, a Coamo realiza o Encontro
de Jovens Líderes Cooperativistas,
reunindo todas as turmas que
participaram desde 1998. Nesse
“encontrão”, palestravam grandes
nomes do agronegócio. “Temos
925 associados formados nesse
curso que foca em formar líderes
para a continuidade da cooperativa.
Desenvolvemos lideranças que
ocupam posições importantes na
governança da Coamo e da Credicoamo.
Temos jovens líderes conselheiros
fiscais e administrativos”,
afirma Galinari.
Para construir valor no
agronegócio Airton Galinari afirma
que é preciso fazer exatamente
o que está na missão da Coamo,
‘gerar renda aos cooperados com
desenvolvimento sustentável do
agronegócio’. “Quando falamos
em sustentabilidade deixamos
bem claro que não estamos falando
apenas da sustentação ambiental,
mas também, da sustentação
da atividade do cooperado. Independente
do tamanho do coope-
Marcos Fava Neves, professor e palestrante, e Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo
rado, levamos conhecimento, assistência
técnica e infraestrutura para
ele desenvolver sua atividade e se
sustentar.”
O presidente Executivo
da Coamo reiterou na live que a
cooperativa é a casa do cooperado.
“Nessa casa ele encontra tudo
que ele precisa. O entreposto é
um local único no mundo.”
O palestrante Marcos
Fava Neves destacou que o agro
se fortaleceu mesmo no momento
da pandemia. “Passamos por um
período crítico, principalmente
no mês de março, onde vivemos
um novo momento. O cenário era
preocupante. Mas, hoje quando
olhamos, vemos que o agro teve
uma performance que ninguém
esperaria. O agro está crescendo,
as exportações estão gigantescas.
Temos uma safra recorde, e boa
parte, pelo excelente trabalho da
região da Coamo. O agro vai ajudar
a tirar o Brasil do buraco.”
Segundo Neves a manchete
deveria ser ‘O cooperado
da Coamo é o presente de Natal
dos brasileiros esse ano.’ “Com
a produção que os agricultores
fizeram, o esforço e risco que tomaram,
deixaram o Brasil com alicerce
melhor para sair dessa crise.
Hoje é possível vender soja e milho
que será produzido daqui dois
anos. Se comparar a safra passada
com essa, a área de produção aumentou
mais de dois milhões de
hectares. Perceba quantas famílias
ganharam oportunidades de trabalho
por esse investimento. Não
esperávamos que seria algo tão
bom. É uma grata surpresa.”
Acesse a palestra:
Agosto/2020 REVISTA 33
34 REVISTA
Agosto/2020
CRÉDITO RURAL
Credicoamo orienta
sobre custeio de verão
Os cooperados garantiram
os insumos durante
o Plano Safra de Verão
promovido pela Coamo, agora
é hora de realizar o custeio das
lavouras que em breve serão implantadas.
“Um dos pontos fontes
da Credicoamo é financiar os
custeios das lavouras. Temos um
trabalho muito direcionado para
o financiamento dessas culturas.
Acompanhamos o plano safra
de todos os associados. Mantemos
essa sinergia com a Coamo,
essa intercooperação, olhando
sempre o associado que é dono
das duas cooperativas, para ver
o que se pode fazer de melhor”,
comenta o presidente executivo
da Credicoamo, Alcir José
Goldoni.
Ele acrescenta que para
demonstrar que a Credicoamo
olha para o seu associado diariamente,
as taxas de juros estão
mais atrativas. “Para essa cultura
de verão as taxas do custeio para
os demais produtores é 6%, enquanto
na Credicoamo é 5,6%.
No Pronamp que é 5%, a Credicoamo
está trabalhando com
4,6%, e para o Pronaf está trabalhando
3,9%, perante uma taxa de
4%”, revela o presidente Executivo,
acrescentando que a cooperativa
de crédito vem buscando
alternativas para redução na taxa
de juros nos financiamentos. Pedimos
para que os associados
façam o financiamento das suas
lavouras e que façam seguro agrícola
com a Credicoamo para que
tenham segurança na condução
das atividades agrícolas .”
Conforme o presidente,
a Credicoamo está negociando
com as instituições parceiras volumes
de recursos que possam atender
todos os cooperados. “É de
suma importância que o cooperado
utilize esse benefício para que
possamos fazer um ‘colchão’, uma
base maior de crédito rural, para
que no próximo ano possamos ter
mais recursos. Isso é importante
porque conforme aumenta a movimentação,
aumenta também a
disponibilidade de recursos.”
O cooperado Blacardini
Fritz Gadotti, de Cantagalo
(Centro-Sul do Paraná), utiliza o
custeio de verão e diz que entre
as vantagens de contratar a operação
com a Credicoamo têm a
Alcir José Goldoni, presidente executivo da Credicoamo
agilidade e taxas diferenciadas.
“Somos favorecidos todos os
anos e temos a possibilidade de
pagar os insumos com antecipação
e seguro agrícola com garantia
de subvenção federal”, diz. Ele
acrescenta que o crédito destinado
ao custeio de lavouras de soja
e milho tem ajudado a fortalecer
ao agronegócio na região de forma
sustentável.
Blacardini e a esposa Marcia, de Cantagalo: Custeio de Verão é um grande benefício oferecido pela Credicoamo
Agosto/2020 REVISTA 35
36 REVISTA
Agosto/2020
DICA DA VIA SOLLUS
DIREÇÃO DEFENSIVA:
coloque em prática no dia a dia
O trânsito é feito pelas pessoas. E, como nas outras
atividades humanas, quatro princípios são importantes
para o relacionamento e a convivência social no trânsito.
O primeiro deles é a dignidade da pessoa humana. O
segundo princípio é a igualdade de direitos. Um outro
é o da participação, que fundamenta a mobilização da
sociedade para organizar-se em torno dos problemas
de trânsito e de suas consequências. Finalmente, o
princípio da corresponsabilidade pela vida social, que diz
respeito à formação de atitudes e ao aprender a valorizar
comportamentos necessários à segurança no trânsito
Os acidentes de trânsito resultam em danos aos veículos
e suas cargas e geram lesões em pessoas. Nem é preciso
dizer que eles são sempre ruins para todos. Mas, é
possível ajudar a evitá-los e colaborar para diminuir.
Direção defensiva, ou direção segura, é a melhor maneira
de dirigir e de se comportar no trânsito, porque ajuda a
preservar a vida, a saúde e o meio ambiente.
Mas, o que é a direção defensiva?
É a forma de dirigir, que permite
reconhecer antecipadamente as
situações de perigo e prever o
que pode acontecer com você,
seus acompanhantes, com o seu
veículo e com os outros usuários
da via.
A primeira coisa a aprender é que
acidente não acontece por acaso,
por obra do destino ou por azar.
Na grande maioria dos acidentes,
o fator humano está presente,
ou seja, cabe aos condutores e
aos pedestres uma boa dose de
responsabilidade. Toda ocorrência
trágica, quando previsível, é
evitável.
Os riscos e os perigos a que estamos
sujeitos no trânsito estão
relacionados com:
- Veículos;
- Condutores;
- Vias de Trânsito;
- Ambiente;
- Comportamento das pessoas.
Constante aperfeiçoamento
O ato de dirigir apresenta riscos
e pode gerar grandes consequências,
tanto físicas, como
financeiras. Por isso, dirigir exige
aperfeiçoamento e atualização
constantes, para a melhoria do
desempenho e dos resultados.
Você dirige um veículo que
exige conhecimento e habilidade,
passa por lugares diversos e
complexos, nem sempre conhecidos,
onde também circulam
outros veículos, pessoas e
animais. Por isso, você tem muita
responsabilidade sobre tudo o
que faz no volante.
É muito importante conhecer as
regras de trânsito, a técnica de
dirigir com segurança e saber
como agir em situações de risco.
Procure sempre revisar e aperfeiçoar
seus conhecimentos sobre
tudo isso.
Fonte: Denatran
Agosto/2020 REVISTA 37
EVOLUÇÃO ADMINISTRATIVA
Foco na organização e na administração
O
crescimento e a solidez
da Coamo em cinco
décadas foram sustentados
pela participação dos
cooperados e eficiente administração,
que ao longo dos anos
foi evoluindo, acompanhando os
passos da cooperativa. A Coamo
completará 50 anos, no próximo
dia 28 de novembro, mas desde
a sua fundação houve uma
grande transformação não só de
pessoas, mas de toda a estrutura
administrativa.
O diretor Administrativo
e Financeiro da Coamo, Antonio
Sérgio Gabriel, foi admitido em
1975 como assessor Jurídico,
em face do seu conhecimento
nas áreas Tributária, Comercial e
Trabalhista. Posteriormente, assumiu
as funções de gerente Administrativo
e superintendente
Administrativo, e desde fevereiro
de 2020 devido a implantação
da Governança Corporativa está
exercendo a nova função.
Antonio Sérgio conta que
as diversas áreas da cooperativa
trabalham de forma integrada para
o bom atendimento aos cooperados,
razão da existência da Coamo.
“A cooperativa nasceu para suprir
uma necessidade da época, que
era unir os agricultores em busca
de alternativas para o desenvolvimento
do setor. Desde 1970, a
administração é realizada de forma
transparente com foco no aprimoramento
e na evolução”, diz. Ele informa
que a área Administrativa foi
Antonio Sergio Gabriel: administração é realizada de forma transparente com foco no aprimoramento e evolução
uma das primeiras a ser criada na
cooperativa, já que administração
e organização são premissas para
o surgimento de uma empresa.
GERÊNCIAS - A primeira organização
administrativa da Coamo
foi em 1975 com a criação de
departamentos, com setores e
subsetores – entre eles estavam
os de Transportes, Crédito e Assistência
Técnica, Produção de
Campo Mourão; Administrativo
Financeiro; Fornecimento de Insumos;
Produção e Administração
de Entrepostos, e Comercialização
Interna.
Para readequar a estrutura
à funcionalidade, após o surgimento
dos departamentos foram
criadas gerências angulares - Administrativa,
Financeira, Operacional,
Insumos, Crédito e Assistência
Técnica, além das assessorias Jurídica
e Imprensa. “A Coamo optou
pela criação das gerências angu-
"A inteligência da
cooperativa é a soma
de conhecimento de
cada um dos seus
colaboradores e da
diretoria, cada um na sua
área. A Coamo é formada
pelo trabalho de todos e
quando entregamos um
serviço, não é a área x ou
y que está entregando, é
a Coamo."
38 REVISTA
Agosto/2020
lares. Foi uma iniciativa importante
com foco mais direcionado e
ângulo no seu trabalho, ou seja,
na abrangência maior das respectivas
atividades”, explica.
CULTURA - Este período consolidou
a “Cultura Coamo”, com a
definição informal das regras de
comportamento no relacionamento
interno e externo com os funcionários,
cooperados e sociedade,
que tiveram influência no futuro
da cooperativa. Os executivos com
mais experiência empresarial deram
sua contribuição para moldar
outros profissionais, em início de
carreira, à cultura da Coamo.
Nesse período, as reuniões
dos dirigentes da Coamo
eram realizadas aos sábados
com a finalidade de avaliar os resultados
da semana. “Ao mesmo
tempo se analisava a performance
das chefias de departamentos
que serviam de base para a definição
dos colaboradores que
iriam assumir as futuras gerências
angulares”, conta o diretor
Administrativo Financeiro.
FOCO NOS NEGÓCIOS – Ao
longo dos anos, com a expansão
da Coamo, novas gerências
e departamentos foram criados e
setores reestruturados para acompanhar
a evolução da cooperativa.
“Estamos sempre atentos em
organizar a cooperativa para que
as atividades sejam realizadas da
melhor forma possível. A Coamo
cresceu sólida e atualizada, com
um sistema de administração que
deu certo”, explica Antonio Sérgio.
Em fevereiro deste ano,
a cooperativa começou uma
nova etapa com a implantação
da nova estrutura organizacional,
cujo processo de reestruturação
iniciou em 2017. “Reorganizamos
a estrutura com foco
nos negócios, o que resultou no
desmembramento de algumas
gerências angulares, criação de
novas gerências e novas áreas de
administração, fazendo parte do
ATIVO HUMANO
nosso Planejamento Estratégico
que propicia à Administração
um posicionamento abrangente
de todas as atividades de cada
área”, diz o diretor.
CONHECIMENTO – A Coamo
conta com uma ferramenta importante
em todos os processos
que é o capital humano. “A inteligência
da cooperativa é a soma
de conhecimento de cada um
dos seus colaboradores e da diretoria,
cada um na sua área. Os funcionários
são uma unidade e cada
um com a sua atividade completa
todo o trabalho. A Coamo é formada
pelo trabalho de todos e
quando entregamos um serviço,
não é a área x ou y que está entregando,
é a Coamo.”
As políticas administrativas da Coamo, pilares do direcionamento da administração,
foram baseadas na citação de Claurence Francis, que assim
se expressou: “Acreditamos que o maior ativo de nossa empresa é seu
ativo humano. E que o incremento do seu valor é, ao mesmo tempo, questão
de vantagens materiais e obrigações morais. Portanto, cremos que os
nossos funcionários devem ser retribuídos com justiça, encorajados no
seu progresso, previamente informados, designados adequadamente e
acreditamos que suas vidas devem possuir significado e dignidade, dentro
e fora do trabalho.”
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Agosto/2020 REVISTA 39
EVOLUÇÃO ADMINISTRATIVA
Gerad: atendimento de qualidade
A gerência Administrativa
(Gerad) caminha lado a lado com a
evolução e transformação da Coamo.
O foco é o atendimento aos
cooperados, na gestão e controles
administrativos, na prestação de
serviços na administração central,
na coordenação e orientação aos
entrepostos. “A nossa prestação de
serviços visa evoluir no atendimento
ao cooperado e nos processos”,
avalia o gerente Administrativo,
José Aparecido Bernardo, há mais
de 40 anos na cooperativa.
Ele acompanhou de perto
toda a evolução na administração e
no atendimento aos cooperados,
e recorda bem da época em que
existia uma grande área chamada
Liquidação de Safra, a “Lisa”. Por
muitos anos, o cooperado tinha
uma única ficha que registrava
toda a sua movimentação. “O cooperado
retirava os insumos e o que
precisava para sua propriedade, e
a produção entregue era anotada
nesta ficha. No final, fazíamos a liquidação
de safra, que era o acerto
final, e o cálculo era feito manualmente
para saber quanto o cooperado
receberia em dinheiro”, conta.
ADIANTAMENTO - Uma
grande evolução surgiu com o
CPD (Centro de Processamento
de Dados) fazendo com que os
débitos passassem a serem lançados
por um sistema que imprimia
as informações em uma
ficha, bem menor do que a anterior.
Outro fato relevante na história
foi a definição de um índice
de 25% de desconto sobre o
montante entregue e a autorização
de adiantar 75% do valor ao
cooperado. “O cooperado recebia
no mesmo dia. Melhorou ainda
mais a partir do momento que
Filas para pagamento de sobras é coisa do passado; hoje é mais ágil e facilita a vida dos cooperados
Prestação de serviços da Coamo visa o melhor atendimento as necessidades dos cooperados, diz Aparecido
o CPD passou a fazer os cálculos
e as tabelas de índices ajudaram
muito na produtividade”, frisa.
SOBRAS - As tradicionais
sobras são distribuídas pela
Coamo desde a sua fundação. A
contabilidade era realizada manualmente
e envolvia dezenas de
funcionários. “No dia do pagamento
das sobras, tínhamos filas
e alguns cooperados chegavam
na noite anterior, situação bem
diferente dos dias atuais, onde
tudo é muito fácil e o pagamento
é no ato”, recorda Aparecido Bernardo.
SAÚDE - Entre os vários benefícios
disponibilizados aos cooperados,
está a preocupação da
Coamo com a saúde dos associados
e famílias, motivando a criação
do Plano Unimed Rural. “Quando
eles precisavam de atendimento
médico, principalmente na UTI, os
gastos eram altos e alguns precisavam
até vender parte da propriedade
para custear o tratamento.
40 REVISTA
Agosto/2020
Com o Unimed Rural, o cooperado
ficou mais seguro e tranquilo”,
comemora.
TECNOLOGIA - O “Cooperado
On-line” é uma ferramenta
criada em 2005, que facilitou a
vida dos cooperados, com serviços
como fixação e pagamento
de débitos, de contratos e
acompanhamento das cotações
do dólar e da bolsa. “Houve uma
grande transformação nos processos
e serviços de atendimento
aos cooperados”, garante o
gerente Administrativo.
GRH: formação de gente para
melhor atender os cooperados
A Coamo nasceu como
solução para os problemas de
cultivo e comercialização da produção
dos seus cooperados. Para
que isso se tornasse realidade foi
necessário investir na formação
e desenvolvimento de pessoas,
dos próprios cooperados e das
equipes administrativas.
O gerente de Recursos
Humanos da Coamo, Antonio César
Marini, enfatiza que a maneira
de trabalhar com as pessoas e a
importância que os funcionários
têm para a Coamo não mudaram
ao longo dos anos, mas houve
A maneira de trabalhar
com as pessoas e a
importância que os
funcionários têm para a
Coamo não mudaram ao
longo dos anos.
Marini afirma que a Coamo é uma empresa-escola que forma e desenvolve pessoas
uma grande evolução nas ferramentas
utilizadas.
DNA COAMO - Marini ressalta
que a Coamo sempre
priorizou a contratação dos profissionais
de acordo com a especificidade
do cargo, levando em
consideração a habilidade e qualificação
profissional. “A Coamo
nasceu assim, com profissionais
específicos para as áreas, é uma
empresa-escola, que forma e desenvolve
pessoas, e isso está no
DNA da cooperativa”, considera.
Outro ponto importante
desde o início é o processo de
sucessão, com aproveitamento
dos profissionais “Pratas da casa”
para ocupar cargos de gestão,
sendo a escolha realizada com
base nas informações e avaliações
de desempenho realizadas
anualmente na cooperativa.
APERFEIÇOAMENTO - O programa
de formação na Coamo é
estruturado e busca aperfeiçoar
e capacitar os funcionários para
os cargos. Para alguns profissionais
assumirem suas funções nas
unidades, eles são treinados e
conhecem a estrutura e as políticas
da cooperativa. “Isso é necessário
para os novatos terem mais
segurança para prestar atendimento
de qualidade. E isso vai
passar tranquilidade e confiança
aos associados”, frisa o gerente
de Recursos Humanos.
Agosto/2020 REVISTA 41
EVOLUÇÃO ADMINISTRATIVA
EAD - A Coamo realiza
muitos cursos há mais de três
anos por meio da plataforma
de Ensino à Distância (EAD),
que nesse tempo de pandemia,
tornou-se ainda mais importante
para a continuidade dos cursos
de aperfeiçoamento profissional.
Vários treinamentos que
eram realizados de forma presencial,
passaram a ser realizados
via EAD. “Entre os benefícios
estão a redução de custo e
permanência do funcionário no
seu local de trabalho. O EAD já
vinha sendo realizado, mas teve
sua frequência aumentada após
a pandemia”, diz Marini.
GTI: tecnologia facilita processos e operações
O antes CPD (Centro de
Processamento de Dados), agora
Gerência de Tecnologia da Informação
(GTI), teve participação essencial
na evolução tecnológica
da Coamo. No início em 1977 informatizou
os processos utilizando
as tecnologias da época e desde
então, vários sistemas foram implementados
para atender as demandas
e necessidades da cooperativa.
Até 1976 todo o processamento da
cooperativa era feito manualmente
ou por sistemas mecanizados.
MODERNIDADE - Nos anos
1980, a cooperativa fez um grande
investimento, adquirindo o que
havia de mais moderno. As máquinas
Mainframes deram um grande
salto na informatização, gerindo as
funções internas da cooperativa.
Esse modelo de sistema seguiu
até 1997, quando foi implantado
o Uniface, que atuou em paralelo
com o Mainframe até 2001, momento
que a Coamo incorporou o
Uniface como sistema padrão.
De acordo com Ailton de
Almeida Queiroz, gerente de Tecnologia
da Informação da Coamo,
existe um conjunto de aplicações
para atender os setores
da cooperativa, nas áreas interna
ou externa. “Com a evolução da
internet o cooperado passou a
acessar o banco de dados que ele
tem na Coamo, por meio de um
aplicativo web chamado ´Cooperado
Online´. Ele pode gerenciar
a sua atividade e realizar transações
digitais”, afirma.
NOVAS FERRAMENTAS – Ailton
Queiroz informa que outras
ferramentas como o Mobilidade
Agronômica e Veterinária, e o
Gestor Rural foram desenvolvidos
dentro da própria Coamo para
aprimorar o trabalho da cooperativa
com o cooperado. “Todas
as informações são sincronizadas
para agilizar o trabalho. Temos
também o ´Coamo Fretes´ que
tem a interação da cooperativa
com transportadoras. Atuamos
também na Credicoamo, onde o
cooperado realiza todas as transações
bancárias por meio do Internet
Banking/Mobile.”
SUPORTE E SEGURANÇA - O
conjunto de tecnologias está armazenado
de forma segura permitindo
que as informações sejam
acessadas a qualquer momento e
as atividades não parem. “Por trás
do atendimento em todas as unidades
da Coamo há um suporte
de tecnologia da informação. Isso
dá condições para que as transações
sejam realizadas de forma
rápida e segura. Temos dois grandes
datas centers instalados em
Campo Mourão e estamos construindo
um outro mais moderno.
Esse aparato tecnológico dará
tempo para que a Coamo possa
projetar o sistema em uma versão
Cloud [armazenamento em nuvem]”
explica.
FUTURO – Para o gerente
de Tecnologia de Informação,
as tecnologias utilizadas ajuda-
Conjunto de tecnologias está armazenado de
forma segura para o desenvolvimento das
atividades aos cooperados, destaca Ailton Queiroz
42 REVISTA
Agosto/2020
am a encaminhar a Coamo para
a posição em que se encontra
atualmente. Porém, há um grande
trabalho em andamento para
projetar a cooperativa rumo ao
futuro. “A interação entre cooperado
e Coamo será ainda maior
por meio de aplicativos. Novos
serviços serão incluídos para
ele acessar tudo que precisa de
qualquer lugar”, prevê.
Área de Tecnologia da Informação teve grande evolução; imagem da década de 1980
Georq: Qualidade em processos e organização
Quem chega em uma unidade
da Coamo logo percebe que
há uma organização e padronização,
com um ambiente adequado
para o atendimento ao cooperado.
Esse trabalho faz parte do
portfólio de serviços da gerência
Organizacional e Gestão de Qualidade
(Georq), que tem também
atividades como mapeamento de
processos administrativos e de negócios,
comunicação normativa,
sistemas de gestão da qualidade
dos alimentícios, commodities e
sementes; rastreabilidade de produtos
alimentícios e commodities,
além da sustentabilidade da
cadeia produtiva com certificação
dos cooperados e o canal de atendimento
ao cliente e consumidor.
O gerente Organizacional
e Gestão de Qualidade,
Mario Lino Arantes, explica que
a Coamo preza pelo ambiente
de trabalho para que o fluxo de
atendimento ao cooperado seja
ágil e de fácil acesso.
SISTEMA DE GESTÃO - A gestão
de Qualidade está relacionada
a produção nas indústrias da
Coamo. “O sistema de gestão da
qualidade com as certificações
é a garantia que a cooperativa
atende todas as legislações necessárias
sobre o produto. Com o
processo de rastreabilidade, por
exemplo, é possível saber a origem
do produto desde a propriedade
e isso agrega valor e mais
renda ao cooperado.”
CANAL DE ATENDIMENTO -
Outro serviço importante é o Canal
de Atendimento ao Cliente e
Consumidor (CAC), que atua de
forma estratégica. “É o momento
Coamo preza pelo
ambiente de trabalho
para que o fluxo
de atendimento ao
cooperado seja ágil e
de fácil acesso
de ouvirmos o cliente e o consumidor
sobre os nossos produtos”,
informa Mário Arantes.
Sistema de gestão da qualidade é um das atribuições da gerência Organizacional e Gestão da Qualidade
Agosto/2020 REVISTA 43
EVOLUÇÃO ADMINISTRATIVA
Gefin: liquidez garante pagamento à vista e no ato
Entre todos os serviços
realizados pela gerência Financeira
(Gefin) está a importância
e a obrigação de manter a liquidez
na Coamo. “Liquidez é ter o
dinheiro no momento certo para
uma determinada operação,
como, por exemplo, no pagamento
ao cooperado quando ele
comercializa sua produção. Se o
cooperado entrar em qualquer
unidade, entregar o produto e
quiser levar o dinheiro na hora,
ele consegue. Então, na prática,
liquidez é isso”, explica o gerente
Financeiro, Joel Makohin.
O gerente Financeiro observa
que é preciso deixar o caixa
suficiente para atender às necessidades
de pagamento, mas que
isso não aconteça em excesso,
pois terá custo. “Esse balanço
nem sempre é fácil. Algumas decisões
são levadas em conta com
base em índices e, também, pela
experiência dos profissionais da
área que conhecem o processo
financeiro da Coamo.”
AGILIDADE - O desafio da
área é fazer com que os serviços
sejam, cada vez mais, automatizados
e que dessa forma o
trabalho tenha reflexo positivo.
Conforme Joel Makohin, a ideia
é reverter a parte burocrática em
atendimento ágil ao produtor.
Ele acrescenta que os
trabalhos estão automatizados e
que a inserção das tecnologias
na atividade financeira é um caminho
sem volta, promovendo
racionalidade e produtividade.
Área financeira trabalha para garantia de caixa para pagamento das operações dos cooperados
“A grande transformação foi fazer
com que o funcionário pense
mais, e uma parte do trabalho
fique com as máquinas. As pessoas
participam do processo,
mas com o foco na conferência e
análise”, pondera.
INADIMPLÊNCIA – Outro
destaque é o fato de que há vários
anos a Coamo mantém a carteira
“zerada”. Isto significa que o índice
de inadimplência é praticamente
zero, fruto do trabalho da cooperativa
e conscientização dos cooperados.
“Praticamente 100% do
que fornecemos ao cooperado é
recebido no vencimento. Essa é
uma cultura implantada com sucesso
há muitos anos em todas as
unidades”, comemora Makohin.
Gejur: decisões com segurança
em processos e projetos
A área Jurídica própria
da Coamo nasceu praticamente
junto com a Coamo há 50 anos.
O posicionamento foi sempre dar
à administração da cooperativa
direção nos processos e projetos
constituídos ao longo dos anos.
De acordo com gerente
Jurídico, Juscelino Fernandes
da Costa, a área atua com uma
visão não só de processos judiciais,
mas de acompanhar todos
os projetos que a empresa está
desenvolvendo. “É uma forma
proativa de não deixar passivos
que possam ser discutidos
posteriormente. Desta forma,
garante-se que os trabalhos da
empresa não tragam prejuízos,
porque se acontecer, irão refletir
diretamente nos cooperados.”
PREVENÇÃO – Juscelino
44 REVISTA
Agosto/2020
Costa reforça que o trabalho mais
efetivo na gerência Jurídica é o
de prevenção. “Acompanhamos
as leis e resoluções existentes,
seja nas esferas federal, estadual
ou municipal, e com isso, a cooperativa
tem segurança em seus
processos. Esse trabalho reflete
nos cooperados que podem ficar
tranquilos, pois as atividades têm
o amparo das leis.”
DEMANDAS - Para atender
as diversas demandas da Coamo
e da Credicoamo, a gerência Jurídica
conta com os trabalhos dos
departamentos Administrativo e
Jurídica: nasceu praticamente junto com a Coamo, há 50 anos, e proporciona segurança nas atividades
Meio Ambiente, Trabalhista, Civil e
Tributário. “A área Comercial, com
suas transações e a área de Direito
Regulatório que trata da constituição
e construção de novas unidades,
além de assuntos ligados ao
meio ambiente, são atividades da
cooperativa que estão amparadas
e regulamentadas juridicamente”
explica o gerente Jurídico.
Assecom: divulgação de produtos, serviços e marca
A educação, formação e
a informação é o quinto princípio
do cooperativismo para promover
o desenvolvimento dos cooperados
e funcionários da cooperativa.
Desde a fundação da Coamo
sempre foi tradição a propagação
da transparência e a realização
das reuniões coordenadas
pela diretoria para melhor informar
os cooperados. Mas com
o crescimento e a expansão da
cooperativa, foi necessário organizar
os processos de comunicação
para facilitar a integração e a
divulgação das notícias da Coamo
junto aos associados e a comunidade.
Em novembro de 1974,
foi lançada a primeira publicação
impressa com o nome de “Informativo
Coamo”, que mais tarde
virou “Jornal Coamo” e “Revista
Coamo”, nas versões impressa e
eletrônica.
Para agilizar a comunicação,
em 1977 foi criado um canal
de comunicação – programa de
rádio “Informativo Coamo”, para
divulgar mais rapidamente as informações
aos cooperados. Produzido
em um estúdio próprio, o
programa é transmitido por uma
rede de 30 emissoras de rádio e
alcança os cooperados em todas
as regiões da cooperativa.
Em 1999, com avanço da
tecnologia, os cooperados tiveram
acesso à página da Coamo
na Internet (www.coamo.com.br).
“A Comunicação é uma função
empresarial muito importante na
vida da Coamo, que está cada
vez mais perto dos seus cooperados.
É uma ferramenta para
divulgação dos trabalhos, produtos
e serviços, valorização da
marca e promoção da integração
da cooperativa junto aos seus diversos
públicos”, explica Ilivaldo
Duarte de Campos, assessor de
Comunicação da Coamo.
Comunicação: fonte de conteúdo para divulgação aos cooperados e comunidade
Agosto/2020 REVISTA 45
#NovosTempos #NovasSoluções
TRILHAR NOVOS CAMINHOS
PARA ESTAR CADA VEZ MAIS
PERTO DE VOCÊ, AGRICULTOR.
Na nossa tradição de pioneirismo e inovação,
seguimos com a determinação e coragem que
nos guia há mais de 70 anos e nos motiva
rumo aos 100 anos.
46 REVISTA
jacto.com
Agosto/2020
LANÇAMENTO 2020
MERIDIA 200
Plantadeira articulada com
benefícios em plantabilidade.
Excelente uniformidade na
distribuição e profundidade
de sementes, com ótimo
acabamento de plantio.
11 e 13 linhas de plantio, com
fluxo de palha eficiente para
reduzir paradas e maior tempo
disponível para o trabalho, com
maior autonomia e agilidade.
UNIPORT PLANTER 500
A primeira plantadeira
automotriz e híbrida
do Brasil.
49 e 61 linhas de plantio,
com reservatório central de
8.700 litros e transmissão
híbrida inovadora com
controle automático de
escorregamento.
LUMINA 400
Plantadeira
autotransportável,
para maior rendimento
e agilidade no trabalho.
29, 33 ou 37 linhas de
plantio, com reservatório
central de 8.700 litros
para maior autonomia.
2dcb.com.br
HOVER 500
Colhedora de cana
para duas linhas.
Colhe até o dobro de
cana por hora, com
redução de até 35%
de litros de combustível
por tonelada colhida.
ARBUS 4000 JAV
Solução autônoma
para pulverização na
cultura de citros.
Controle autônomo
de operações, com
monitoramento remoto
e pulverização inteligente.
Trabalho cooperativo, com
ganho de rendimento
operacional.
JACTO CONNECT
Ferramenta integrada, com
acesso direto a todos os
serviços da Jacto: Abertura
e acompanhamento de
chamadas, simulação de
financiamentos e muito mais.
NOVOS
TEMPOS,
NOVAS
Agosto/2020 REVISTA 47
SOLUÇÕES.
Cinco décadas de histórias, conquistas e transformações
Terceira década – 1991 a 2000
A
Revista Coamo continua a série sobre
a evolução e transformação da Coamo
em cinco décadas. E nesta edição,
o registro da terceira década entre os anos
de 1991 e 2000, com alguns fatos e fotos,
retrata a prática de um cooperativismo de
resultados para satisfação de milhares de
produtores associados. Os resultados obtidos
pela Coamo foram expressivos ao longo
de suas cinco décadas.
1992
CONFIANÇA: Cooperados dão apoio maciço à administração da
cooperativa e em Assembleia Geral Ordinária, no início da de década
de 1990, reelegem à presidência da Coamo o líder cooperativista
José Aroldo Gallassini, consolidando o cooperativismo de resultados.
“A Coamo é um grande orgulho e faz sempre o melhor para os cooperados”,
disse o presidente reeleito.
1991
EXPORTAÇÃO: Os produtos dos cooperados Coamo (óleo, farelo
de soja, café, algodão em pluma e fio de algodão) passam a ser
exportados para diversos países do mundo, por meio do terminal
portuário da cooperativa em Paranaguá.
DIVERSIFICAÇÃO: Para incentivar a diversificação da propriedade
agrícola, bem como contribuir à fixação do homem à terra, a
Coamo criou projetos específicos de apoio aos seus cooperados,
como os Projetos Colono, Calcário, Fertilidade do Solo, Gado de Leite,
Suinocultura e Assistência Técnica Integral.
48 REVISTA Agosto/2020
1993
COPA COAMO:
Realizada a primeira edição
da Copa Coamo de
Cooperados-Futebol Suíço,
considerado o maior
evento esportivo rural do
País com a participação
de mais de 7 mil atletas e
dirigentes integrando 500
equipes de toda a área de
ação da cooperativa.
VISITA: O presidente do Banco do Brasil, Paulo Cezar Ximenes, visita,
em fevereiro, Encontro de Cooperados na Fazenda Experimental
e elogia atuação da Coamo.
1998
EXPANSÃO: Coamo amplia atuação no Vale do Ivaí, iniciando
atividades nos municípios de Ivaiporã, Jardim Alegre e Lunardeli.
SOLO: Coamo lança Projeto de Fertilidade do Solo e Nutrição de
Plantas, para aumentar a produtividade e a renda dos cooperados.
1994
OESTE DO PR: Em
dezembro, a Coamo inicia
suas atividades na região Oeste do Paraná nos entrepostos de Toledo,
Dez de Maio, Vila Nova, Nova Santa Rosa, Bragantina, Tupãssi,
Ouro Verde do Oeste e São Pedro do Iguaçu.
1995
CERTIFICAÇÃO: Laboratório de Análise de Sementes da Coamo
obtém conceito máximo da Claspar – Empresa Paranaense de
Classificação de Produtos- pelo segundo ano consecutivo.
COODETEC: Entra em funcionamento a Cooperativa de Desenvolvimento
Tecnológico e Econômico Ltda. (Coodetec), em Cascavel
– PR, tendo a Coamo como uma das suas cooperativas associadas
1996
REFINARIA: Inaugurada a Refinaria de Óleo de Soja, uma das
mais modernas do País.
TECNOLOGIA: Trado da Coamo, para coleta de amostras do
solo, faz sucesso em Congresso Brasileiro de Soja.
JOVENS LÍDERES: Coamo inicia Programa na educação cooperativista
brasileira: Programa Coamo de Formação de Jovens Líderes Cooperativistas,
promovendo no ano as duas primeiras turmas com a participação
de 90 cooperados de várias regiões da área de ação da cooperativa.
1999
EXPANSÃO: Ampliada atuação da Coamo na região Centro-Sul
do Paraná, iniciando atividades em Guarapuava, Pinhão e Candói.
2000
MARGARINA: Fábrica de margarina, a primeira do País com garantia
de inviolabilidade, é inaugurada no dia do 30º aniversário da
Coamo, 28 de novembro.
CERTIFICAÇÃO: Coamo conquista o ISO 9003 para o seu Laboratório
da Fiação de Algodão.
LABORATÓRIO: Coamo inaugura laboratório de análise de
qualidade de trigo, no seu parque industrial em Campo Mourão.
1997
AQUISIÇÃO: Em dezembro, a Coamo adquire definitivamente diversos
entrepostos na região Oeste do Paraná, através de carta de arrematação
em leilão judicial.
VISITA: Presidente da Aliança Cooperativa Mundial, Roberto Rodrigues,
visita à Coamo.
SOLO: Com apoio da Coamo, a Associação dos Engenheiros Agrônomos
de Campo Mourão, em parceria com a Fecilcam (Faculdade
Estadual de Ciência e Letras de Campo Mourão), inicia o curso de
Pós-graduação em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas.
Agosto/2020 REVISTA
49
50 REVISTA Julho/2020
Agosto/2020
EXPORTAÇÃO
Coamo: novo embarque recorde em Paranaguá
Um novo embarque recorde
foi realizado no Corredor
de Exportação do Porto
de Paranaguá, em julho. O navio
E.R Bayonne carregou 104,2 mil
toneladas de farelo de soja e foi o
maior volume de granel de exportação
já movimentado pelo porto,
sendo 85,2 mil toneladas da Coamo.
É o segundo carregamento
do ano, e da história, que passa
das 100 mil toneladas. O outro foi
o navio Pacific South que, em junho,
carregou pouco mais de 103
mil toneladas, com 84 mil toneladas
da Coamo.
“Os dois navios juntos
levaram 80 mil hectares de soja
de cooperados da Coamo. Nesse
último, o transporte foi de farelo
e são cerca de 29,5 mil hectares,
pensando em uma média de 60
sacas por hectare. Em um mesmo
navio foi produção de pequenos,
médios e grandes cooperados.
Essa é a essência do cooperativismo,
já que sozinho um agricultor
não teria condições de fazer esse
trabalho”, comenta Edenilson
Carlos de Oliveira, diretor de Logística
e Operações da Coamo.
Oliveira ressalta que o momento,
também, é histórico para a
cooperativa que vem aumentando
o volume de exportação. “Para
atender esse carregamento houve
um grande esforço evolvendo as
três indústrias de esmagamento de
soja – Campo Mourão, Dourados e
Paranaguá –, e a equipe de logística
da cooperativa para transportar
o farelo até o Porto”, salienta.
O farelo de soja foi levado
para o porto de Amsterdã, na Holanda.
O E.R Bayonne tem bandeira
da Libéria. Assim como o Pacific
South que, em junho, carregou
pouco mais de 103 mil toneladas,
este navio também mede 292 metros
de comprimento e 45,05 metros
de largura e tem nove porões
(dois a mais que as embarcações
que normalmente carregam graneis
pelos portos do Paraná).
"Em um mesmo
navio foi produção de
pequenos, médios e
grandes cooperados.
Essa é a essência do
cooperativismo, já que
sozinho um agricultor não
teria condições de fazer
esse trabalho”
CARREGAMENTO DA COAMO
Carregamento em julho: 104,2 mil toneladas
de farelo de soja, sendo 85,2 mil
toneladas da Coamo
Carregamento em junho: 103 mil toneladas,
sendo 84 mil toneladas da Coamo
Os dois navios juntos levaram 80 mil
hectares de soja de cooperados da Coamo
Agosto/2020 REVISTA 51
GESTOR RURAL
Cleber Mercial, de Rancho Alegre do Oeste, diz que o Gestor Rural melhorou a eficiência na administração
No comando da gestão
Gestão é sinônimo de comando, direção.
Quem quer ter as rédeas do seu negócio
precisa saber administrar, enfim, gerir os
custos e ganhos. É preciso ter todas as entradas e
saídas na ponta do lápis ou, melhor dizendo, na memória
do Gestor Rural. Lançado em 2017 pela Coamo,
é um programa exclusivo para os cooperados
gerirem a propriedade de forma simples e rápida.
Os associados que utilizam a ferramenta aprovam,
como Cleber Mercial, de Rancho Alegre do Oeste
(Centro-Oeste do Paraná).
Logo que a Coamo lançou o Gestor Rural,
ele procurou a área técnica para conhecer mais.
“Em nossa unidade tivemos bastante respaldo para
aprender. Valeu a pena migrar para o Gestor Rural,
pois antes controlávamos os custos, com planilhas
no excel ou, até mesmo, com a caneta e o papel. Assim,
deixávamos muita coisa sem lançar.”
Mercial explica que antes do Gestor Rural, as
informações da sua propriedade não eram tão precisas.
“Não tínhamos acesso a tantas informações
quanto o sistema do gestor oferece. Quem ainda
não utiliza só precisa começar, pois não é difícil.
Com poucas vezes de uso, já dá para pegar o jeito e
os agrônomos da Coamo nos ensinam”, motiva.
O associado ainda declara que depois de começar
a usar o Gestor Rural, observou que a sua forma
antiga de gestão estava com déficit. “Ele traz várias informações
que são úteis, inclusive para tomada de decisão.
Não é só para você conhecer os seus custos, que
já é muito importante, mas também apresenta gráficos
com a proporção de cada custo no total. Isso é interessante
para acompanhar cada parte do processo. Você
pode observar um custo que ficou muito acima do que
nos anos anteriores, por exemplo, e a partir dessa informação,
investigar o que aconteceu.”
Para Cleber, o agricultor não pode correr
das tecnologias. “A agricultura está tecnológica, começando
pelo maquinário. Além disso, os custos de
produção vêm subindo e é importante saber onde
você pode trabalhar. Essa ferramenta ajuda muito
nesse sentido, pois se tem acesso aos números da
safra atual, e vai te ajudar no planejamento da próxima.
É possível ver onde gastou mais, e talvez não
obteve o resultado esperado. Você começa a estudar
se tem alguma margem, e se pode investir mais.”
52 REVISTA
Agosto/2020
Simples e intuitivo
Adriano Bartchechen, de Araruna, utiliza o Gestor Rural desde o lançamento
Poupando tempo
Adriano Bartchechen, de Araruna (Centro-Oeste do Paraná),
também passou a usar o Gestor Rural assim que a ferramenta foi lançada.
Na época ele estava cursando o ‘Jovens Líderes Cooperativistas’
e obteve o primeiro contato. “Assim que foi lançado já sabia utilizar
um pouco. A partir de então, abandonei outras ferramentas que eram
complicadas e tinha muita dificuldade. Inclusive cheguei a comprar ferramentas
de gestão que atrasavam meu trabalho, pois precisava lançar
todas as informações.”
O associado revela que seu pai também percebeu a facilidade
do Gestor Rural. “Eu e meu pai somos associados da Coamo e todos
nossos custos são com a cooperativa. Então, está tudo ali, na palma
da nossa mão e sem dificuldade. O que falta para eu acrescentar é
muito pouco, como o diesel, por exemplo, pois nossa movimentação
é 100% na Coamo.”
No final da safra, Adriano comemora que o Gestor Rural traz
tudo pronto. “Tenho o meu custo de produção, sei onde estou tendo
mais custo, o que sobrou por área, qual foi a rentabilidade real daquela
área. É uma ferramenta excelente e com uma facilidade incrível. Sem
contar, que já consigo dar o primeiro passo para a próxima safra.”
Muitos empreendedores do
agro pagam para obter uma ferramenta
de gestão que faz exatamente o mesmo
que o Gestor Rural, e os cooperados da
Coamo têm esse benefício sem custo algum.
“É um sistema web que sincroniza
toda a movimentação que o associado
tem na Coamo. Basta criar a conta no site
da Coamo - www.coamo.com.br - e o sistema
busca as informações e movimentações
que o associado têm na cooperativa.
Então, ele gera o custo automaticamente.
Não precisa inserir manualmente as notas
fiscais”, explica coordenador de Suporte
Técnico e Assistência Técnica da Coamo,
Fabrício Bueno Correa.
Outro diferencial do Gestor Rural
é o sigilo das informações, conforme
garante Fabrício Correa. “O cooperado
pode aprimorar o custo, alimentando a
plataforma com outros dados pessoais
que não passam pela cooperativa, como
salário de funcionários, combustível. Ele
pode fazer isso com tranquilidade, pois ao
contratar o Gestor Rural, uma das cláusulas
estabelece que a Coamo não terá acesso a
nenhuma informação pessoal do usuário.
Só terá acesso às informações quem o cooperado
permitir e colocar como usuário da
sua conta ”, explica Correa.
O coordenador Técnico ressalta
que o produtor rural que quiser obter
mais informações, deve procurar o departamento
técnico da sua unidade. “É um
sistema web de gerenciamento de propriedade
rural desenvolvido totalmente
pela Coamo, e bem intuitivo, para que
de forma prática os cooperados consigam
fazer a gestão da propriedade rural. O custo
de produção se forma automaticamente e o
sistema já entende qual é a movimentação
que o agricultor está fazendo, para qual safra
e cultura ele está retirando o insumo, e
vai atribuindo esses insumos no custo de
produção, daquele ano agrícola.”
Agosto/2020 REVISTA 53
Podem até dizer que foi sorte,
mas você sabe que é Brevant TM Sementes.
Confira os resultados da Safrinha 2020:
353,0
sc/alq
21,7 ha
346,0
sc/alq
2,0 ha
Moacir Batista Bertoli
Farol - PR
Vinicius Amaral Costa
Nova Tebas - PR
317,0
315,0
sc/alq
38,0 ha
sc/alq
31,5 ha
Frederico Stellato Farias
Campo Mourão - PR
Getúlio Ferrari Jr.
Peabiru - PR
359,0
Airton Spilka
Mamborê - PR
349,0
sc/alq
1,7 ha
José Antonio Romagnoli
Campo Mourão - PR
sc/alq
2,0 ha
329,0
327,0
sc/alq
1,8 ha
sc/alq
2,0 ha
Renato Sergio Malaguti Leal
Quinta do Sol - PR
Irmãos Zanin
Engenheiro Beltrão - PR
POWERCORE® é uma tecnologia desenvolvida pela Dow AgroSciences e Monsanto. POWERCORE® e Roundup Ready são marcas da Monsanto LLC.
Agrisure Viptera® é marca registrada e utilizada sob licença da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é
comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. YieldGard® e o logotipo YieldGard são marcas registradas utilizadas sob a licença da
Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. Herculex® e o logo HX são
marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo da gota de água são marcas da BASF.
54 REVISTA
Agosto/2020
www.brevant.com.br | 0800 772 2492
®
, Marcas registradas da Dow AgroSciences, DuPont ou Pioneer e de suas
companhias afiliadas ou de seus respectivos proprietários. ©2020 CORTEVA
SISTEMA
protegido
Manejo adotado faz
toda a diferença ao
final de cada ciclo
A
adoção de boas práticas de
produção é um dos principais
fatores para o bom resultado
da produtividade de grãos.
Um manejo de solo adequado e,
sobretudo, com plantas, garante
o equilíbrio do sistema e contribui
diretamente com a diminuição de
riscos associados às intempéries
climáticas.
É com este pensamento
que o cooperado Frederico Stellado
Farias, conduz as atividades na
fazenda Nova, localizada na região
de Alto Cafezal, em Campo Mourão
(Centro-Oeste do Paraná). Engenheiro
agrônomo por formação,
ele conhece os benefícios do investimento
na adubação de sistema e,
por isso, a cada entressafra cobre
parte da área com plantas importantes
para o enriquecimento do solo.
“Não podemos pensar em culturas
isoladas e sim no sistema todo. Estamos
sempre executando uma cultura
de olho nas próximas. Por isso,
temos de tomar muito cuidado com
o planejamento porque o sucesso
das próximas culturas depende das
ações do momento”, observa Farias,
que colhe o milho de segunda safra
de olho do cultivo da soja no verão.
Cooperado Frederico Stellado Farias, de
Campo Mourão, conhece os benefícios
do investimento na adubação de sistema
O trigo é outra cultura explorada
e que neste ano, conforme
o cooperado, deve gerar bons resultados
tanto para o bolso como para
o sistema produtivo. “Até o momento
está sendo um dos melhores anos
para a cultura. A lavoura está sobre
áreas de rotação e o desenvolvimento
está surpreendendo”, conta.
Adubação verde
é o segredo
Conforme o cooperado,
o manejo adotado na propriedade
faz toda diferença ao final de cada
ciclo, contribuindo para o sucesso
da atividade. “Dividimos a fazenda
no inverno em três partes: em uma,
cultivamos milho segunda safra, na
outra trigo, e na terceira fazemos
adubação verde misturando várias
espécies como nabo, aveia, centeio
e ervilhaca, ou mesmo com uma cultura
solteira de aveia. Depois essas
áreas são manejadas para receber
as culturas de verão”, revela informando
que a diversificação do sistema
tem gerado bons resultados.
“Isso oferece mais estabilidade ao
sistema produtivo. Conseguimos
fazer uma boa palhada, diminuímos
o uso de herbicidas e os problemas
com plantas invasoras e ainda otimizamos
nossa adubação”, afirma.
Manejo adotado na propriedade faz toda diferença ao final de cada ciclo, contribuindo para o sucesso da atividade
Agosto/2020 REVISTA 55
O HÍBRIDO CERTO
PARA A SUA REGIÃO
LANÇAMENTO
FS575
PWU
FS500
PWU
FS512
PWU
POWERCORE Ultra contém tecnologia licenciada da Dow AgroSciences, Monsanto e Syngenta. Agrisure® é marca registrada da Syngenta Group Company.
PLANTIO
Para começar bem a safra de verão
A
instalação da lavoura de soja
requer um planejamento adequado,
pois é uma etapa que
determina o início de um ciclo produtivo
de aproximadamente 130 a 140
dias. Sabe-se que o sucesso está diretamente
ligado ao plantio. A gerência
de Sementes da Coamo elaborou algumas
recomendações técnicas que devem
ser levadas em consideração para
uma boa semeadura.
Observa-se em nível de campo
que pequenas variações de população
não afetam significativamente
o rendimento das lavouras, visto que
os próprios obtentores recomendam
uma densidade de semeadura com
intervalo de aproximadamente 20%
em média, desde que as plantas estejam
bem distribuídas e sem muitas
falhas.
Todas as cultivares apresentam
uma época tolerada e outra preferencial
de plantio para que respondam
com todo potencial produtivo.
A temperatura média do solo
para uma emergência rápida e uniforme
das plântulas de soja vai de
20 a 30º C, sendo o ideal 25º C. Temperaturas
inferiores a 18º C tornam o
processo de germinação e emergência
mais lento, podendo resultar em
drástica redução do estande. Ocorre
predominantemente, onde a semeadura
é realizada anteriormente a época
preferencial.
A umidade ideal para germinação
e emergência da semente da
soja requer absorção de água de pelo
menos 50% do seu peso seco para
iniciar o processo. Além da umidade,
as condições físicas do solo também
são importantes para que ocorra o
melhor contato entre solo e semente.
Vale lembrar que semeadura realizada
com insuficiência hídrica, é extremamente
prejudicial ao processo de
germinação.
SEMENTES de QUALIDADE
A Coamo é produtora e certificadora da produção própria
de sementes seguindo rigorosamente a legislação e normas
vigentes. A cooperativa conta com Laboratório de
Análise de Sementes Credenciado pelo Ministério da Agricultura.
Os lotes passam por diversos testes oficiais como
pureza, determinação de outras sementes por número,
teste de germinação e realiza testes para controle interno
de qualidade. Antes da entrega da semente ao cooperado,
a Coamo realiza internamente o teste de solo como controle
interno de qualidade, garantindo assim segurança e
confiabilidade aos agricultores.
Aliado a todas estas práticas e cuidados relacionados, vale
ressaltar a prática do tratamento de sementes, a qual traz
muitos benefícios ao cooperado.
CUIDADOS A SEREM
OBSERVADOS
Cada agricultor deve estar
atento aos mecanismos do
seu equipamento de plantio.
Dentre eles, o tipo de dosador
de semente, o limitador de profundidade
e o compactador de
sulco, onde os mesmos devem
estar em boas condições.
A velocidade ideal de plantio
é de 4 a 6 km/h para que não
haja interferência na uniformidade
de distribuição ou cause
dano mecânico à semente.
A profundidade ideal oscila de
3 a 5 cm, com cuidado para posição
semente e adubo, o qual
deve ficar abaixo da semente,
evitando o contato direto, pois a
salinização do fertilizante prejudica
a germinação e emergência
das plântulas de soja.
Um item de extrema importância
é a densidade de semeadura,
pois para cada cultivar
existe uma recomendação de
população de plantas por hectare.
Para se obter um estande
ideal, deve-se calcular o número
de sementes a serem distribuídas.
Para isso, se faz necessário
conhecer o percentual de germinação
do lote de semente.
O padrão brasileiro para produção
e comercialização de semente
de soja é de no mínimo
75% para categoria Básica e
mínimo 80% para as categorias
C1, C2, S1 e S2.
Agosto/2020 REVISTA 57
RECEITA
Bolo
vulcão de
cenoura
INGREDIENTES
Massa
20 fatias (aproximadamente)
2 xícaras (chá) de FARINHA DE TRIGO COAMO
TRADICIONAL
1 e ½ xícara (chá) de açúcar
1 colher (sopa) de fermento químico em pó
¾ de xícara (chá) de ÓLEO DE SOJA COAMO
4 ovos
1 e ½ xícara (chá) de cenoura picada
MARGARINA COAMO FAMÍLIA e farinha para untar
Cobertura
200 g de chocolate ao leite picado
1 lata de creme de leite com o soro
MODO DE PREPARO
Massa
Misture a farinha com o açúcar e o fermento.
No liquidificador, bata o óleo com os ovos
e com a cenoura. Despeje sobre a mistura da farinha
e mexa até que fique homogêneo.
Coloque em uma forma redonda, com cone central
(23 cm), untada com margarina e polvilhada com a
farinha. Asse até que, ao espetar um palito, ele saia seco.
Desenforme morno. Depois de frio, cubra com toda
a cobertura até encher a cavidade central.
Cobertura
No micro-ondas, na potência média, derreta o chocolate
por 1 minuto e 30 segundos. Misture bem. Adicione
o creme de leite e mexa até obter um creme liso
e brilhante. Mantenha em temperatura ambiente até
o momento de usar.
DICA
Este bolo deve ser servido em temperatura ambiente.
Não leve à geladeira.
www.alimentoscoamo.com.br
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AF01 COI001120K Bolo Vulca Cenoura 175x225 cm.indd 1 23/03/20 15:21
58 REVISTA
Agosto/2020
A QUALIDADE QUE
BROTA DA TERRA!
As sementes Coamo são sinônimo de
excelência em qualidade. Todo o trabalho
para a produção do principal insumo
depositado na terra obedece padrões
rigorosos. Com isso os cooperados têm o
que de melhor existe no mercado, com
qualidade, alto vigor e germinação.
www.coamo.com.br