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Coletânea Digital Cinema e Memória

O Projeto Cineclube nas Escolas promoveu uma coletânea de textos de Profissionais da Secretaria Municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro. A coletânea trazem memórias afetivas surgidas através de filmes e telas de cinema.

O Projeto Cineclube nas Escolas promoveu uma coletânea de textos de Profissionais da Secretaria Municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro.
A coletânea trazem memórias afetivas surgidas através de filmes e telas de cinema.

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Nome: Monica Alves de Lima.

Função: Professor I – Língua Portuguesa

Unidade de Lotação: (02.09.025) Escola Municipal Francisco Campos

Título do Filme: Procurando Nemo

Procurando Nemo, achei a mim mesma

Em 2003, foi lançado o filme Finding Nemo, mais conhecido como Procurando Nemo, uma

belíssima produção da Disney. O personagem principal é um peixe-palhaço, Nemo, que é capturado

por um mergulhador, quando está na escolinha, naquele que seria seu primeiro dia de aula. Longe de

seu pai, que tanto o advertiu quanto aos perigos dos mares, Nemo se torna amigo dos companheiros de

“cativeiro”, um aquário no consultório de um dentista. Marlin, o pai de Nemo, então, começa uma

busca incansável por seu filho.

Bem, todas as crianças queriam ver esse filme, e a minha filha não era diferente. Manoela, nesta

época, tinha 6 anos. Preciso contemplar que minha filha nascera com uma doença rara: Epidermólise

Bolhosa. Uma doença genética que provoca a formação de bolhas na pele e se manifesta já no

nascimento. As crianças com Epidermólise Bolhosa são conhecidas como “Crianças Borboletas”,

pois a pele é tão fina e frágil como as asas de uma borboleta.

Dito isso, voltemos à sala de cinema. Naquele dia, estávamos ansiosas, ela mais ainda, pois

não era sempre que podíamos sair, não só pelas bolhas, mas também porque financeiramente era

inviável, uma vez que os curativos eram bastante caros. Assim que começou a história, fui

surpreendida pela excitação da minha borboletinha, pois ela percebeu que Nemo possuía uma

nadadeira menor do que a outra, o que o fazia diferente dos demais peixinhos. Ela gritou: “Mamãe,

eu tenho um pé menor igual ao dele!!!!!! Também poderei nadar!!!!!!!!!!

Durante alguns segundos, emudeci. Minha filha ficou com o pé direito atrofiado, pois àquela

época, os curativos formavam botas que apesar de protetoras, impediam o correto crescimento dos

pés. As lágrimas caíam sem que eu conseguisse me controlar. Manoela me abraçava como se

tivéssemos ganhado um prêmio e repetia aquela frase várias vezes. Foi inesquecível. Conversamos

sobre o filme durante alguns dias e pudemos absorver dele tantas lições de amor e cumplicidade nas

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