Coletânea Digital Cinema e Memória
O Projeto Cineclube nas Escolas promoveu uma coletânea de textos de Profissionais da Secretaria Municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro. A coletânea trazem memórias afetivas surgidas através de filmes e telas de cinema.
O Projeto Cineclube nas Escolas promoveu uma coletânea de textos de Profissionais da Secretaria Municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro.
A coletânea trazem memórias afetivas surgidas através de filmes e telas de cinema.
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Nome: Tânia Regina Pinto de Almeida.
Função: Professor I – Língua Portuguesa
Unidade de Lotação: (01.23.004) EMOC II Juan Antonio Samaranch
Título do Filme: A Família de DIONTI
A Família Dionti
“E, se a gente pudesse pedalar para trás?”. Um filme sensível e verdadeiro sobre a vida e nossas
escolhas. Com roteiro e direção de Alan Minas, o filme “A Família Dionti”, do gênero realismo
fantástico, nos conta a história de um pai que cria seus filhos sozinho depois que a mãe, de forma
misteriosa, abandona-os. O cenário se confunde com a própria narrativa e as inferências estão presentes
a todo momento na trama.
O pai, que trabalha em uma olaria, transformando barro em tijolo, espera pelo retorno da esposa
todas as noites vestido de branco e olhando a lua. O filho mais velho Serino, castigado pela triste
realidade da vida e pela ausência da mãe, não consegue sonhar “sonhos bonitos” e, quando chora, suas
lágrimas são transformadas em areia barrenta. Mesma areia que forma o cenário de “Angustura” lugar
onde vive a família Dionti. O irmão caçula, vive a idade da descoberta do amor pela decidida Sofia.
Ela vive em um circo que chega à cidade e acampa em “Dores da Vitória”. “Angustura” e “Dores da
Vitória” são placas do cruzamento da cidade que separa o casal.
Kelton, o personagem principal da trama, é um menino criativo, sonhador e questionador que
desde o início da narrativa, derrete de amor pela jovem Sofia. Os dois se encontram na escola, local
em que sentam lado a lado. Muitas aventuras e histórias os dois vivem juntos. Desde o estranho
derretimento de Kelton, que o suposto “médico” da cidade não consegue resolver, até a notícia da
partida de Sofia, que acaba, literalmente, por derretê-lo.
As duas cenas finais afetaram-me bastante. São intensas e muito emocionantes. A primeira é a
que Serino ao ver o irmão derretido, tira sua blusa e tentar revivê-lo juntando o barro (da terra) e a água
que estão rodeando a bicicleta e seus pertences. Já a segunda, é a nuvem de chuva que acompanha
Sofia no caminho de volta para o circo e faz com que a menina sinta a presença de Kelton na chuva
que cai só sobre ela.
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