Revista Coamo Edição de Novembro de 2020
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Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />
Ano 46 | <strong>Edição</strong> 508 | <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2020</strong><br />
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />
Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos: iduarte@coamo.com.br,<br />
Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br<br />
Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br<br />
Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br<br />
Milena Luiz Corrêa: mlcorrea@coamo.com.br<br />
Raquel Sumie Eishima: raqueleishima@coamo.com.br<br />
Aline Aristi<strong>de</strong>s Bazan: abazan@coamo.com.br<br />
Lucas Otávio Pavão: lpavao@coamo.com.br<br />
Contato: (44) 3599-8129 - comunicacao@coamo.com.br<br />
Colaboração: Entrepostos, Gerências Angulares e Assessorias<br />
Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />
Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula<br />
Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />
<strong>Edição</strong> <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima e<br />
Lucas Otávio Pavão<br />
Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários<br />
Contato: (11) 5092-3305<br />
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É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados<br />
não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />
As fotos <strong>de</strong>sta edição foram produzidas obe<strong>de</strong>cendo os <strong>de</strong>vidos protocolos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Acompanhe a <strong>Coamo</strong> pelas re<strong>de</strong>s sociais<br />
COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />
SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 - Caixa Postal, 460 www.coamo.com.br<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari,<br />
Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, Rogério <strong>de</strong> Mello Barth e Adriano Bartchechen.<br />
CONSELHO FISCAL: Ricieri Zanatta Neto, Diego Rogério Chitolina e Jonathan Henrique Welz Negri (Membros Efetivos). E<strong>de</strong>r Ricci, Clóvis Antonio Brunetta e Jorge Luiz Tonet<br />
(Membros Suplentes).<br />
DIRETORIA EXECUTIVA: Presi<strong>de</strong>nte Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin <strong>de</strong> Mello.<br />
Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor <strong>de</strong> Logística e Operações: E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira. Diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias.<br />
Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,59 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2019: R$ 13,97 bilhões.<br />
Tributos e taxas gerados e recolhidos em 2019: R$ 382,32 milhões. Cooperados: 29.178. Municípios presentes: 71. Unida<strong>de</strong>s: 111.<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
3
SUMÁRIO<br />
44 A UPL se orgulha em<br />
participar <strong>de</strong>ssa história.<br />
Nossa homenagem aos agricultores e suas famílias,<br />
que com seu trabalho construíram a <strong>Coamo</strong>.<br />
Que venham mais 50 anos repletos <strong>de</strong> sucesso,<br />
crescimento e parceria!<br />
<strong>Coamo</strong> antecipa R$ /// em sobras<br />
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4 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
História e surgimento da <strong>Coamo</strong><br />
10<br />
Cooperativa foi fundada em 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1970 por um grupo <strong>de</strong> 79 agricultores que<br />
buscavam alternativas para melhorar a sua realida<strong>de</strong> agrícola em Campo Mourão e região<br />
12<br />
O i<strong>de</strong>alizador<br />
José Aroldo Gallassini chegou em Campo Mourão em 1968 como extensionista da<br />
Acarpa. Ele foi o i<strong>de</strong>alizador e li<strong>de</strong>rou todos os trabalhos para fundação da cooperativa.<br />
Ele iniciou como gerente e em janeiro <strong>de</strong> 1975 foi eleito presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong><br />
Fundadores<br />
26<br />
79 agricultores se reuniram e constituíram a <strong>Coamo</strong>. Meio século se passou, e esses pioneiros são<br />
referenciados, por terem acreditado no cooperativismo como ferramenta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
Gestão<br />
52<br />
Em fevereiro <strong>de</strong>ste ano, a <strong>Coamo</strong> implantou uma nova estrutura <strong>de</strong> governança corporativa. Com<br />
a alteração, a administração da cooperativa foi reorganizada com foco nos negócios e no futuro<br />
Estrutura<br />
58<br />
A cooperativa cresceu e hoje está em 71 municípios no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do<br />
Sul. Oferece produtos e serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e uma estrutura completa para os cooperados<br />
Perguntas e respostas<br />
92<br />
Confira 50 perguntas e respostas que apresentam a história, estrutura, evolução e a transformação<br />
da <strong>Coamo</strong>, dos cooperados e do agronegócio, neste meio século <strong>de</strong> existência da cooperativa<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
5
MEIO SÉCULO INSPIRANDO SONHOS E<br />
CONSTRUINDO HISTÓRIAS DE SUCESSO<br />
UMA HOMENAGEM DA SPRAYTEC PELOS 50 ANOS DA MAIOR COOPERATIVA DA AMÉRICA LATINA
50 anos <strong>de</strong> evolução e transformação<br />
É um orgulho comemorar<br />
esse jubileu <strong>de</strong> ouro<br />
<strong>de</strong> uma cooperativa<br />
próspera e bem-sucedida,<br />
responsável e respeitada,<br />
que reúne cooperados<br />
atuantes e comprometidos.<br />
O<br />
mês <strong>de</strong> novembro é<br />
duplamente especial<br />
para os cooperados,<br />
funcionários e famílias da <strong>Coamo</strong><br />
e da Credicoamo. No dia 17, a<br />
Credicoamo completa 31 anos e<br />
no dia 28 <strong>de</strong> novembro é a vez<br />
da <strong>Coamo</strong> festejar 50 anos. Por<br />
isso, os nossos parabéns a todos:<br />
pioneiros, associados, diretoria<br />
e funcionários, pois as cooperativas<br />
são motivos <strong>de</strong> orgulho e<br />
temos muito a comemorar.<br />
Temos a honra e a graça<br />
<strong>de</strong> Deus em comemorar os 50<br />
anos da <strong>Coamo</strong>, fundada por 79<br />
agricultores em 28 <strong>de</strong> novembro<br />
<strong>de</strong> 1970. Essa história tive a honra<br />
e a graça divina <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r vivê-<br />
-la passo a passo como i<strong>de</strong>alizador,<br />
e ela faz parte da minha vida.<br />
O trabalho <strong>de</strong> fundação<br />
da <strong>Coamo</strong> iniciou em 09 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>de</strong> 1969, com um treinamento<br />
para lí<strong>de</strong>res rurais no<br />
antigo Clube Mourãoense, em<br />
Campo Mourão. Um grupo foi<br />
escolhido para discutir o cooperativismo<br />
e a i<strong>de</strong>ia foi muito bem<br />
recebida. Depois vieram onze reuniões<br />
em diversas comunida<strong>de</strong>s<br />
para formarmos a cooperativa. O<br />
ma<strong>de</strong>ireiro Fioravante João Ferri<br />
foi convidado para ser presi<strong>de</strong>nte.<br />
Ele aceitou com uma condição<br />
que muito me honrou: <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que eu me dispusesse a ajudá-lo<br />
em tudo o que fosse necessário<br />
nos trabalhos da cooperativa.<br />
Para mim, foi o início da<br />
realização <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> sonho<br />
contando com o apoio dos produtores<br />
que compartilhavam da<br />
minha iniciativa. Este sonho está<br />
fazendo 50 anos, <strong>de</strong> muito sucesso<br />
e uma gran<strong>de</strong> realização. Fruto<br />
<strong>de</strong> uma participação com responsabilida<strong>de</strong>,<br />
que representa<br />
uma história com i<strong>de</strong>ias e i<strong>de</strong>ais,<br />
sonhos e propósitos, união e trabalho,<br />
e excelentes resultados.<br />
É um orgulho comemorar<br />
esse jubileu <strong>de</strong> ouro <strong>de</strong> uma<br />
cooperativa próspera e bem-<br />
-sucedida, responsável e respeitada,<br />
que reúne cooperados<br />
atuantes e comprometidos com<br />
seus direitos e <strong>de</strong>veres. Cooperados<br />
que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
do seu porte e tamanho <strong>de</strong> área,<br />
são tratados <strong>de</strong> maneira igualitária.<br />
Assim, juntos, construímos<br />
uma cooperativa com forte espírito<br />
solidário on<strong>de</strong> todos são beneficiados<br />
com a mesma oportunida<strong>de</strong>.<br />
O que nos orgulha não<br />
é tão somente sermos uma cooperativa<br />
forte e gran<strong>de</strong>, mas sim<br />
po<strong>de</strong>rmos olhar para trás e constatar<br />
nesse meio século que com<br />
a prática da nossa união e força,<br />
contribuímos sobremaneira para<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento dos nossos<br />
quase 30 mil cooperados, com<br />
evolução e transformação, não<br />
só nos campos <strong>de</strong> produção,<br />
mas também, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
vida da família <strong>Coamo</strong>.<br />
Nesse clima <strong>de</strong> alegria e festa,<br />
queremos agra<strong>de</strong>cer. Agra<strong>de</strong>cemos<br />
os nossos familiares, a Deus<br />
pela graça concedida da construção<br />
<strong>de</strong> um futuro para nossas famílias<br />
em bases sólidas, com força e<br />
coragem, irmanados pelo espírito<br />
cooperativista. Agra<strong>de</strong>cemos aos<br />
nossos valorosos diretores, funcionários,<br />
autorida<strong>de</strong>s, clientes e fornecedores<br />
que também contribuíram<br />
para o sucesso da <strong>Coamo</strong>.<br />
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />
Presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
7
8 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Jubileu <strong>de</strong> ouro: do sonho a realida<strong>de</strong><br />
O<br />
ato <strong>de</strong> coragem, inovação e transformação<br />
dos 79 agricultores orientados e li<strong>de</strong>rados<br />
pelo i<strong>de</strong>alizador, então engenheiro agrônomo<br />
extensionista da Acarpa, José Aroldo Gallassini,<br />
foram <strong>de</strong>terminantes para a fundação da <strong>Coamo</strong><br />
há 50 anos no dia 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1970.<br />
A <strong>Coamo</strong> chega ao seu Jubileu <strong>de</strong> Ouro<br />
bem estruturada, planejada e organizada para continuar<br />
crescendo e promover o <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />
seus cooperados. Foi assim, pensando no futuro,<br />
que em fevereiro <strong>de</strong>ste ano em Assembleia Geral foi<br />
implantada a estrutura <strong>de</strong> Governança Corporativa<br />
com José Aroldo Gallassini na presidência do Conselho<br />
<strong>de</strong> Administração <strong>2020</strong>/2024.<br />
Com muita honra e alegria, e sabedor das responsabilida<strong>de</strong>s<br />
aceitei o convite para ser o presi<strong>de</strong>nte<br />
Executivo da <strong>Coamo</strong>, tendo como gran<strong>de</strong> lí<strong>de</strong>r e professor<br />
o doutor Aroldo, que é uma referência e contribui<br />
com a missão <strong>de</strong> dar continuida<strong>de</strong> ao trabalho <strong>de</strong><br />
sucesso <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação. Este período<br />
<strong>de</strong> transição tem sido <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> aprendizado para todos<br />
os diretores, que juntos não me<strong>de</strong>m esforços para<br />
continuar este trabalho <strong>de</strong> sucesso da <strong>Coamo</strong>.<br />
Os cooperados são a razão <strong>de</strong> ser da <strong>Coamo</strong>.<br />
Trabalhamos diariamente com entusiasmo e <strong>de</strong>dicação<br />
para cumprir a missão <strong>de</strong> gerar renda com<br />
<strong>de</strong>senvolvimento sustentável do agronegócio. E<br />
sustentabilida<strong>de</strong> no sentido amplo para o êxito das<br />
ativida<strong>de</strong>s dos cooperados, para a manutenção e<br />
apoio aos seus negócios e, também, visando a qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vida <strong>de</strong>les e <strong>de</strong> seus familiares.<br />
Como está escrito na história dos 50 anos da<br />
<strong>Coamo</strong>, o nosso cooperativismo é praticado para o<br />
presente e para o futuro, pois a <strong>Coamo</strong> não foi feita<br />
apenas para uma geração, mas para sempre. O nosso<br />
trabalho é realizado para que a nossa cooperativa<br />
seja perpétua e, cada vez mais, atualizada e inovadora,<br />
para difundir tecnologias, evoluir e transformar<br />
nos campos tecnológico, econômico e social.<br />
Com a experiência <strong>de</strong> 33 anos no cooperativismo,<br />
tenho certeza <strong>de</strong> que a <strong>Coamo</strong> é uma<br />
cooperativa administrada com valores e princípios<br />
Um dos motivos <strong>de</strong> sucesso da <strong>Coamo</strong> está na<br />
forte relação entre o cooperado e a cooperativa,<br />
sempre com harmonia, responsabilida<strong>de</strong> e<br />
o sentimento <strong>de</strong> pertencimento, porque a<br />
<strong>Coamo</strong> é a casa do cooperado .<br />
bem <strong>de</strong>finidos. É inovadora nos seus processos e<br />
atitu<strong>de</strong>s, para continuar fazendo um trabalho fantástico<br />
em prol do crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />
cooperados.<br />
Um dos motivos <strong>de</strong> sucesso da <strong>Coamo</strong> está<br />
na forte relação entre o cooperado e a cooperativa,<br />
sempre com harmonia, responsabilida<strong>de</strong> e o sentimento<br />
<strong>de</strong> pertencimento, porque a <strong>Coamo</strong> é a casa<br />
do cooperado, on<strong>de</strong> ele encontra tudo o que precisa<br />
e na hora certa, para planejar e implantar com<br />
confiança e segurança as suas safras.<br />
Parabéns a todos pelos 50 anos da <strong>Coamo</strong>.<br />
São cinco décadas <strong>de</strong> uma missão cumprida com excelência,<br />
fruto dos i<strong>de</strong>ais dos agricultores pioneiros e<br />
do i<strong>de</strong>alizador, que juntos sonharam e acreditaram, e<br />
juntamente com os mais <strong>de</strong> 29 mil cooperados fizeram<br />
da <strong>Coamo</strong> uma cooperativa <strong>de</strong> sucesso.<br />
AIRTON GALINARI<br />
Presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
9
Imagem acima, vista aérea <strong>de</strong> Campo Mourão, em 1960, e<br />
abaixo, cenário do município com o início da agricultura<br />
10 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Início da<br />
TRANSFORMAÇÃO<br />
Final da década <strong>de</strong> 1960.<br />
Fim do ciclo da ma<strong>de</strong>ira na<br />
região <strong>de</strong> Campo Mourão<br />
(Centro-Oeste do Paraná). Uma<br />
região que não contava com tecnologias<br />
agrícolas e contabilizava<br />
na época apenas cinco tratores. O<br />
cenário agrícola registrava algumas<br />
lavouras manuais <strong>de</strong> arroz, milho<br />
e algodão, mas enfrentava um<br />
gran<strong>de</strong> problema: as terras eram<br />
ácidas (impróprias para o plantio),<br />
fracas e <strong>de</strong>svalorizadas, e a região<br />
era conhecida como a terra dos “<br />
3S – sapé, samambaia e saúva".<br />
Esta era a realida<strong>de</strong> da<br />
agricultura na região, período<br />
em que marcou o início da história<br />
da fundação da <strong>Coamo</strong>. Uma<br />
cooperativa que teve sua constituição<br />
consolidada em 28 <strong>de</strong> novembro<br />
<strong>de</strong> 1970, com a união <strong>de</strong><br />
79 agricultores que enfrentavam<br />
os mesmos problemas da época<br />
e buscavam soluções para que<br />
pu<strong>de</strong>ssem mudar e realida<strong>de</strong>.<br />
Da região <strong>de</strong> poucos recursos<br />
e com solo empobrecido,<br />
ela se transformou ao longo dos<br />
anos, em um centro <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />
agropecuária, com sucesso<br />
industrial, pujança exportadora e<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. A prosperida<strong>de</strong><br />
se alastrou, abraçando outras<br />
áreas do próprio Estado e, <strong>de</strong>pois,<br />
<strong>de</strong> Estados vizinhos.<br />
Os esforços da <strong>Coamo</strong>,<br />
li<strong>de</strong>rada há meio século por José<br />
Aroldo Gallassini, o engenheiro<br />
agrônomo que a i<strong>de</strong>alizou, trouxe<br />
para Campo Mourão e para<br />
todas as regiões às quais chegou<br />
ao longo das décadas, técnicas<br />
apropriadas <strong>de</strong> manejo da terra<br />
e tecnologias avançadas para a<br />
lavoura, além <strong>de</strong> boas práticas<br />
administrativas, visão estratégica<br />
e respeito à natureza.<br />
Não é à toa que, nesses<br />
50 anos, o que era uma pequena<br />
associação <strong>de</strong> agricultores <strong>de</strong><br />
uma região pouco lembrada do<br />
Brasil se converteu em uma das<br />
maiores potências empresariais<br />
do País, reunindo cerca <strong>de</strong> 30 mil<br />
cooperados integrados em 71<br />
regiões produtoras nos Estados<br />
do Paraná, Santa Catarina e Mato<br />
Grosso do Sul. Assim, o agricultor<br />
associado, <strong>de</strong>vidamente amparado<br />
e assessorado, e encontrando<br />
na coletivida<strong>de</strong> cooperativista a<br />
força necessária, é capaz <strong>de</strong> levar<br />
seus sonhos adiante.<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 11
Gallassini com o jipe usado no<br />
trabalho <strong>de</strong> extensionista<br />
12 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
O i<strong>de</strong>alismo <strong>de</strong><br />
um cooperativista<br />
Quando o jovem engenheiro<br />
agrônomo<br />
José Aroldo Gallassini,<br />
chegou em Campo<br />
Mourão em um Jipe, não<br />
imaginava a história que era<br />
guardada para ele. Com 27<br />
anos, ele fazia parte <strong>de</strong> um<br />
programa da Acarpa (hoje<br />
Instituto Emater) e foi encarregado<br />
pelas autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
levantar a situação do município<br />
e dar assistência aos<br />
agricultores locais. Gallassini,<br />
nascido em Brusque (SC) e<br />
formado na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />
do Paraná, em Curitiba,<br />
logo se ocupou <strong>de</strong> conhecer<br />
a cida<strong>de</strong> – da qual nunca tinha<br />
ouvido falar – e seu potencial,<br />
tanto agropecuário quanto<br />
humano. Ele foi o i<strong>de</strong>alizador<br />
da <strong>Coamo</strong>, se tornando uma<br />
das principais li<strong>de</strong>ranças cooperativistas<br />
do Brasil.<br />
Gallassini foi o responsável<br />
pela organização<br />
dos produtores e a sua inserção<br />
no cooperativismo. O<br />
conhecimento sobre cooperativismo<br />
foi adquirido nos<br />
treinamentos realizados no<br />
“Pré-serviço”, que era um estágio<br />
profissional preparando<br />
o funcionário para suas<br />
ativida<strong>de</strong>s.<br />
Mesmo sem nunca<br />
ter estado em Campo Mourão,<br />
o atual presi<strong>de</strong>nte do<br />
Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
da <strong>Coamo</strong>, na época mostrava<br />
muito entusiasmo, vonta<strong>de</strong><br />
e i<strong>de</strong>alismo, e sabendo<br />
dos <strong>de</strong>safios que teria pela<br />
frente, concluiu o levantamento<br />
da realida<strong>de</strong> rural do<br />
município que tinha 25 mil<br />
habitantes na cida<strong>de</strong> e outros<br />
45 mil no campo.<br />
O i<strong>de</strong>alizador também<br />
conduziu os primeiros<br />
experimentos <strong>de</strong> trigo na região<br />
<strong>de</strong> Campo Mourão, entre<br />
abril a setembro <strong>de</strong> 1969,<br />
com trabalho <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong><br />
varieda<strong>de</strong>s, adubação, calagem<br />
e época <strong>de</strong> plantio, e<br />
logo a seguir, a implantação<br />
da soja na região. Por sua<br />
vez, os agricultores sabiam<br />
que a mecanização agrícola<br />
era a solução para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da agricultura,<br />
que aconteceu com o apoio<br />
<strong>de</strong>cisivo da extensão rural<br />
por meio da Acarpa.<br />
José Aroldo Gallassini, num campo<br />
<strong>de</strong> trigo em Campo Mourão<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 13
A história contada<br />
PELO IDEALIZADOR<br />
O<br />
i<strong>de</strong>alizador e fundador<br />
da <strong>Coamo</strong>, José Aroldo<br />
Gallassini, chegou<br />
em Campo Mourão em 1968. O<br />
jovem catarinense <strong>de</strong> Brusque,<br />
recém formado em engenharia<br />
agronômica, pela Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral do Paraná (UFPR), quis<br />
trabalhar com extensão rural. Ele<br />
passou no concurso da Acarpa,<br />
atual Emater. “Fiz estágio em Tibagi<br />
e Ibaiti e a empresa queria<br />
me manter por lá, pois eu tinha<br />
<strong>de</strong>sempenhado um bom trabalho.<br />
Eu disse que não queria. Eles<br />
então, me avisaram numa segunda-feira<br />
que eu iria para Campo<br />
Mourão.”<br />
Sem conhecer ou, sequer,<br />
ter ouvido falar em Campo<br />
Mourão, José Aroldo Gallassini<br />
chegou ao município do Centro-Oeste<br />
do Paraná, num jipe,<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> 1954. “Comecei a<br />
realizar um levantamento da realida<strong>de</strong><br />
rural da cida<strong>de</strong>. Era o fim<br />
do ciclo da ma<strong>de</strong>ira. Comecei a<br />
<strong>de</strong>senvolver a assistência técnica.<br />
Um ano <strong>de</strong>pois, em 9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>de</strong> 69, fizemos uma reunião<br />
14 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Primeira máquina <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong><br />
no Clube Mourãoense e um dos<br />
assuntos era cooperativismo”, recorda.<br />
Várias tentativas frustradas<br />
<strong>de</strong> fundar uma cooperativa<br />
na região <strong>de</strong>ixaram os agricultores<br />
receosos. “Vieram muitas<br />
pessoas <strong>de</strong> fora que tomaram o<br />
dinheiro dos agricultores e não<br />
voltaram mais. Nada tinha dado<br />
certo. Mas, naquela reunião a<br />
i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fundar uma cooperativa<br />
explodiu novamente.”<br />
Gallassini conta que o,<br />
então, prefeito <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />
Horácio Amaral ofereceu um<br />
terreno para a nova cooperativa.<br />
“O prefeito cumpriu a promessa<br />
e nos ce<strong>de</strong>u o terreno. Fundamos<br />
a <strong>Coamo</strong> em 28 <strong>de</strong> novembro<br />
<strong>de</strong> 1970 com 79 agricultores<br />
e começamos a trabalhar.”<br />
Na época o jovem extensionista<br />
da Acarpa, foi promovido<br />
e ficou responsável por cuidar<br />
da região que ia <strong>de</strong> Ivaiporã até<br />
Ubiratã, coor<strong>de</strong>nando o trabalho<br />
<strong>de</strong> vários extensionistas. Nesse<br />
mesmo período, Gallassini lembra<br />
que os cooperados pediram<br />
que ele fosse gerente. “Eu aceitei,<br />
mas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que eu tivesse um<br />
salário. Porém, eles ainda não po<strong>de</strong>riam<br />
me pagar. Então, eu disse<br />
que aceitava <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que pu<strong>de</strong>sse<br />
fazer avaliações aos sábados e<br />
domingos pelo Banco do Brasil,<br />
pois era recém casado e precisava<br />
garantir o sustento da minha<br />
família.”<br />
A <strong>Coamo</strong> então <strong>de</strong>slanchou.<br />
A cooperativa, gerenciada<br />
por José Aroldo Gallassini,<br />
iniciou o trabalho que até<br />
hoje não parou. “Começamos<br />
comprando sementes <strong>de</strong> trigo,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> soja. Construímos<br />
o primeiro armazém <strong>de</strong> fundo<br />
chato, que ainda existe, <strong>de</strong>pois<br />
o primeiro escritório e as coisas<br />
foram funcionando bem. Dali<br />
para frente não paramos mais.<br />
Os cooperados confiaram e foi<br />
dando certo. Hoje com 50 anos<br />
temos uma história que muito<br />
nos orgulha e que vem dando<br />
certo pela <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> todos.<br />
Isso é cooperativismo.”<br />
O dia da fundação<br />
A <strong>Coamo</strong> foi fundada<br />
em 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1970 na<br />
Associação dos Funcionários do<br />
Banco do Brasil, on<strong>de</strong> 79 agricultores<br />
assinaram a ata <strong>de</strong> fundação.<br />
Eles foram chegando e assinando,<br />
sem uma or<strong>de</strong>m estabelecida.<br />
Dos 79, seis ainda estão ativos, a<br />
maioria já faleceu e outros foram<br />
embora e per<strong>de</strong>u-se o contato.<br />
Porém, todos <strong>de</strong>ixaram um legado<br />
<strong>de</strong> trabalho e união, que há 50<br />
anos é repassado aos mais <strong>de</strong> 29<br />
mil cooperados.<br />
Do dia da fundação até<br />
a data atual, passa um filme na<br />
mente do i<strong>de</strong>alizador José Aroldo<br />
Gallassini. “Não dava para<br />
imaginar que a <strong>Coamo</strong> chegaria<br />
até aqui com tanto sucesso.<br />
Essas coisas vão acontecendo.<br />
Mas, eu tinha uma qualida<strong>de</strong><br />
que me ajudou. Comecei no<br />
mercado <strong>de</strong> trabalho aos 13<br />
anos fazendo cobranças da fábrica<br />
<strong>de</strong> móveis do meu pai, <strong>de</strong>pois<br />
em Curitiba, trabalhei em<br />
dois bancos e ainda fiz cálculo<br />
<strong>de</strong> topografia para uma empresa.<br />
Essa experiência, me <strong>de</strong>u<br />
uma boa vivencia para conduzir<br />
o trabalho inicial da cooperativa.<br />
Valorizo o trabalho enquanto<br />
se é novo, pois é on<strong>de</strong> a pessoa<br />
forma a sua personalida<strong>de</strong>.”<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 15
16 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />
/CampoOn
Valores da <strong>Coamo</strong><br />
Os valores da <strong>Coamo</strong> nasceram<br />
com a cooperativa. Foram<br />
influência das pessoas que a fundaram,<br />
pessoas <strong>de</strong> caráter e honestida<strong>de</strong><br />
indiscutíveis. O i<strong>de</strong>alizador,<br />
José Aroldo Gallassini, teve isso em<br />
seu berço e se uniu com pessoas<br />
com os mesmos princípios. “Sempre<br />
ficou claro que ninguém po<strong>de</strong>ria<br />
se valer da <strong>Coamo</strong> para benefício<br />
próprio. Os próprios princípios<br />
cooperativistas são rígidos neste<br />
sentido. Além disso, no aspecto<br />
financeiro também fica evi<strong>de</strong>nte<br />
o caráter <strong>de</strong> uma pessoa. Pagar<br />
suas contas é uma obrigação, pois<br />
quem não o faz, prejudica outras<br />
pessoas. Sempre levamos isso muito<br />
a sério. Tanto que na <strong>Coamo</strong> e<br />
na Credicoamo a inadimplência é<br />
quase zero.”<br />
Confiança<br />
A palavra-chave que <strong>de</strong>fine<br />
a trajetória da <strong>Coamo</strong> é confiança.<br />
Algo que precisa ser adquirido<br />
e não se conquista <strong>de</strong> graça. “A<br />
repetição <strong>de</strong> ações com serieda<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>finem a confiança. O cooperativismo<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da credibilida<strong>de</strong><br />
junto ao quadro social. O cooperado<br />
precisa sentir que a cooperativa<br />
é sua e está com ele. Esse é um dos<br />
motivos do sucesso da <strong>Coamo</strong> nestes<br />
50 anos”, enfatiza Gallassini.<br />
A chegada dos 50 anos<br />
A <strong>Coamo</strong> completa 50 anos muito bem, conforme <strong>de</strong>staca<br />
o fundador da cooperativa. Mudanças na forma <strong>de</strong> administração<br />
foram realizadas neste ano, com o único foco <strong>de</strong> perpetuar<br />
essa prosperida<strong>de</strong>. “Adotamos o sistema <strong>de</strong> governança<br />
corporativa, com um Conselho <strong>de</strong> Administração, no qual fui<br />
eleito presi<strong>de</strong>nte para coor<strong>de</strong>nar uma Diretoria Executiva contratada.<br />
Uma forma <strong>de</strong> gestão que o sistema cooperativismo<br />
brasileiro precisa adotar, pois as cooperativas se tornaram<br />
gran<strong>de</strong>s empresas e para administrar gran<strong>de</strong>s empresas é necessário<br />
o trabalho <strong>de</strong> profissionais qualificados.”<br />
Para Gallassini, essa forma <strong>de</strong> gestão é profissional e<br />
garante a perpetuação da cooperativa. “Em outubro <strong>de</strong> 2019<br />
os associados aprovaram a reforma no Estatuto Social. O conselho<br />
<strong>de</strong> Administração <strong>de</strong>fine as políticas da cooperativa e a<br />
diretoria Executiva toca, seguindo as diretrizes <strong>de</strong>sse conselho.<br />
Essa gestão está indo muito bem.”<br />
A <strong>Coamo</strong> cresceu e vem apresentando resultados positivos.<br />
“A <strong>Coamo</strong> é a maior empresa do Paraná. Nunca imaginávamos<br />
que uma cooperativa <strong>de</strong> 79 agricultores ocuparia esta posição.<br />
Queremos continuar este trabalho e sempre voltados para<br />
o quadro social e funcional, pois nenhuma empresa vai bem se<br />
não tiver uma equipe satisfeita e capaz. Nós po<strong>de</strong>mos envelhecer,<br />
mas a <strong>Coamo</strong> não, ela sempre precisa ser nova, acompanhando<br />
a economia e as mudanças <strong>de</strong> mercado.”<br />
O logo "<strong>Coamo</strong> 50 anos" é resultado do trabalho do<br />
Comitê <strong>Coamo</strong> 50 anos integrado por funcionários da<br />
cooperativa e foi criado pela <strong>de</strong>signer Raquel Eishima, da<br />
Assessoria <strong>de</strong> Comunicação.<br />
Fioravante Ferri e Aroldo Gallassini em evento<br />
Gallassini e o fundador Martin Kaiser em momento histórico no lançamento do logo <strong>Coamo</strong> 50 anos<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
17
O CLUBE AGRO CELEBRA<br />
OS 50 ANOS DA COAMO,<br />
O SONHO DE 79 AGRICULTORES<br />
QUE MUDOU A VIDA DE<br />
MILHARES DE BRASILEIROS.<br />
18 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
O agro está em festa. Há 50 anos a semente do cooperativismo foi plantada no Brasil.<br />
Um sonho que saiu do papel para ir ao campo transformar a agricultura nacional e<br />
hoje dá frutos ao redor <strong>de</strong> todo o país em busca da evolução rural.<br />
Parabéns COAMO, por 50 anos <strong>de</strong> conquistas e contribuições. É uma honra para o<br />
Clube Agro ter você como associada.<br />
E, como datas especiais não po<strong>de</strong>m passar em branco, o Clube Agro resolveu<br />
comemorar esse aniversário com uma Black Friday especial com a COAMO. Aproveite<br />
um mês inteiro <strong>de</strong> promoções imperdíveis para quem vive o agronegócio.<br />
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<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 19
Momento <strong>de</strong> fundação<br />
da <strong>Coamo</strong> com a<br />
assinatura da Ata<br />
Surgimento da <strong>Coamo</strong><br />
UMA “COOPERATIVA COM AMOR”<br />
Na constituição da Cooperativa Agropecuária<br />
Mourãoense Ltda., a sigla <strong>Coamo</strong> foi sugerida pelo<br />
cooperado Gelindo Stefanuto, baseado no lema “Com Amor”.<br />
20 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Ata <strong>de</strong> constituição da <strong>Coamo</strong><br />
Em novembro <strong>de</strong> 1969, em<br />
uma reunião com li<strong>de</strong>ranças<br />
da região, tomou-se a <strong>de</strong>cisão<br />
<strong>de</strong> estabelecer uma cooperativa<br />
que proporcionasse aos seus<br />
associados melhores condições<br />
<strong>de</strong> produção e comercialização. O<br />
então prefeito da cida<strong>de</strong>, Horácio<br />
Amaral, ofereceu apoio, prometendo<br />
que, constituída a cooperativa,<br />
ce<strong>de</strong>ria a ela um terreno para<br />
que começassem suas ativida<strong>de</strong>s.<br />
Seria necessário escolher<br />
alguém que presidisse a cooperativa.<br />
A pessoa mais indicada<br />
para o cargo era o ma<strong>de</strong>ireiro e<br />
agricultor Fioravante João Ferri,<br />
que aceitou a missão, convidando<br />
Aroldo Gallassini para ser o<br />
gerente geral.<br />
Depois <strong>de</strong> realizada a<br />
assembleia que constituiu a <strong>Coamo</strong>,<br />
foi necessário cumprir diversas<br />
tarefas burocráticas <strong>de</strong> formalização,<br />
como o procedimento<br />
<strong>de</strong> registro. Em agosto <strong>de</strong> 1971,<br />
Aroldo Gallassini se <strong>de</strong>sligou da<br />
Acarpa para assumir a função <strong>de</strong><br />
gerente geral. Com essas etapas<br />
concluídas, a cooperativa passou<br />
a funcionar efetivamente.<br />
Operando em um pequeno<br />
espaço alugado e com<br />
equipamentos – como máquinas<br />
<strong>de</strong> escrever e calcular – emprestados<br />
ou cedidos por associados,<br />
a <strong>Coamo</strong> locou armazéns para<br />
receber a safra <strong>de</strong> trigo daquele<br />
ano. A colheita foi boa e o espaço<br />
arrendado mostrou-se insuficiente.<br />
Em novembro daquele mesmo<br />
ano, os cooperados autorizaram<br />
contratar financiamento para a<br />
construção do seu primeiro armazém<br />
próprio.<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 21
Reuniões constantes com os membros dos comitês educativos abriram um canal <strong>de</strong> comunicação direto entre diretoria e associados, base para a consolidação da confiança na cooperativa<br />
Primeiros passos<br />
do crescimento<br />
22 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Em abril <strong>de</strong> 1972, a <strong>Coamo</strong> se mudou<br />
do escritório alugado para uma se<strong>de</strong><br />
própria. Em maio, foi concluída a construção<br />
do primeiro armazém da cooperativa.<br />
Já se previa que ele não seria suficiente para<br />
armazenar a produção dos associados e, por<br />
isso, foi alugado um segundo armazém, mas<br />
nem assim foi possível acolher toda a safra.<br />
Os resultados com a movimentação dos<br />
produtores e entrega da produção foram<br />
impressionantes, motivando a entrada <strong>de</strong><br />
novos associados na cooperativa, que crescia<br />
rapidamente.<br />
Em setembro daquele ano, uma<br />
nova Assembleia Geral Extraordinária aprovou<br />
mais investimentos em infraestrutura.<br />
Solenida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lançamento da pedra fundamental do primeiro armazém, com a<br />
presença do presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, Fioravante João Ferri, do prefeito municipal Renato<br />
Fernan<strong>de</strong>s Silva, do <strong>de</strong>putado estadual Armando Queiroz <strong>de</strong> Moraes e do secretário da<br />
Agricultura do Paraná, Cassiano Gomes dos Reis<br />
Observado por Fioravante João Ferri,<br />
Gallassini mostra a maquete das novas<br />
instalações da <strong>Coamo</strong> a visitantes<br />
Vista área da estrutura da <strong>Coamo</strong> nos primeiros anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 23
Transformação<br />
do solo<br />
O aumento da<br />
produção não se <strong>de</strong>u apenas<br />
como consequência<br />
do número <strong>de</strong> produtores:<br />
uma das tarefas mais<br />
importantes <strong>de</strong>senvolvidas<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo dos<br />
esforços da organização<br />
está relacionada a uma<br />
transformação cultural: o<br />
cuidado com a terra.<br />
A cooperativa incentivou<br />
a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
correção do grau <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z<br />
do solo da região,<br />
que, por ser naturalmente<br />
elevado, não permitia<br />
bons resultados sem<br />
intervenção. Para isso foi<br />
adotado um programa<br />
<strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> calcário,<br />
que, na década <strong>de</strong> 1960,<br />
não era usado por nenhum<br />
dos agricultores da<br />
região, <strong>de</strong> acordo com levantamento<br />
realizado pela<br />
Acarpa naquela época.<br />
O mesmo estudo revelou<br />
outras <strong>de</strong>ficiências que a<br />
<strong>Coamo</strong> ajudou a corrigir:<br />
os efeitos <strong>de</strong> pragas e<br />
doenças; más condições<br />
<strong>de</strong> armazenagem; baixa<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenamento<br />
e processamento<br />
da produção; pouco uso<br />
do crédito rural e dificulda<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> comercialização.<br />
DESCENTRALIZAÇÃO<br />
A reputação da <strong>Coamo</strong> como fornecedora <strong>de</strong> insumos e <strong>de</strong>stino<br />
da produção não <strong>de</strong>morou a se alastrar. Como resultado do bom<br />
trabalho inicial e o interesse elevado dos produtores em receber os<br />
benefícios da cooperativa, em 1974 foi aprovada a expansão da <strong>Coamo</strong><br />
para os municípios <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão e Mamborê, próximos<br />
a Campo Mourão. Esses entrepostos entraram em operação em março<br />
do ano seguinte.<br />
Assim, <strong>de</strong> 79 agricultores fundadores, a cooperativa encerrou<br />
seus primeiros cinco anos com mais <strong>de</strong> dois mil associados e, <strong>de</strong> apenas<br />
um sonho, a <strong>Coamo</strong> caminhou a passos firmes para um <strong>de</strong>senvolvimento<br />
expressivo que se consolidaria ao longo dos anos futuros,<br />
constituindo-se como agente <strong>de</strong> transformação da agricultura, <strong>de</strong><br />
pessoas e comunida<strong>de</strong>s.<br />
Primeiras Unida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong><br />
em Barbosa Ferraz e Palmital<br />
24 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Entreposto da <strong>Coamo</strong> em Engenheiro Beltrão<br />
Entreposto da <strong>Coamo</strong> em Mamborê<br />
MUDANÇA NA HISTÓRIA<br />
Mas, antes que qualquer ação mais concreta<br />
pu<strong>de</strong>sse ser tomada, a <strong>Coamo</strong> passou por uma gran<strong>de</strong><br />
perda: o presi<strong>de</strong>nte Fioravante João Ferri faleceu subitamente<br />
em novembro <strong>de</strong> 1974 e o vice-presi<strong>de</strong>nte,<br />
Gelindo Stefanuto, assumiu o cargo interinamente. Ferri<br />
foi escolhido presi<strong>de</strong>nte em 1970 pelos produtores por<br />
sua credibilida<strong>de</strong>, idoneida<strong>de</strong> intocável, <strong>de</strong>dicação e<br />
honestida<strong>de</strong> na busca do bem da coletivida<strong>de</strong>, reunindo<br />
as condições necessárias para assumir a função.<br />
Em janeiro <strong>de</strong> 1975, em votação na Assembleia<br />
Geral, os cooperados elegeram para a presidência<br />
José Aroldo Gallassini, que foi, o responsável<br />
pelo surgimento da <strong>Coamo</strong>. Uma das primeiras<br />
medidas tomadas pela nova gestão, reconhecendo<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajustes estruturais para lidar com<br />
o crescimento já conquistado e planejar o futuro,<br />
foi preparar uma reorganização administrativa.<br />
Foram estabelecidos inicialmente diversos <strong>de</strong>partamentos<br />
como os <strong>de</strong> Transportes, Técnico, Produção<br />
Campo Mourão, Produção Entrepostos, Administrativo<br />
e Financeiro, Fornecimento <strong>de</strong> Insumos,<br />
e Comercial, com o objetivo <strong>de</strong> oferecer um bom<br />
atendimento aos cooperados e racionalizar os sistemas<br />
<strong>de</strong> trabalho.<br />
Fioravante João Ferri, primeiro presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong><br />
Assembleia <strong>de</strong> eleição da nova diretoria, em janeiro <strong>de</strong> 1975,<br />
quando Gallassini foi eleito pela primeira vez presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 25
79 homens com um só objetivo<br />
Quando os 79 agricultores se reuniram e constituíram a <strong>Coamo</strong>, não<br />
imaginavam que 50 anos <strong>de</strong>pois se tornaria uma das maiores cooperativas<br />
do Brasil. Eles se reuniram em prol <strong>de</strong> um só objetivo, que era o<br />
<strong>de</strong> buscar alternativas que pu<strong>de</strong>ssem viabilizar a agricultura em Campo Mourão.<br />
Meio século se passou, e hoje esses pioneiros são referenciados por terem acreditado<br />
no cooperativismo como importante ferramenta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
Fundadores por or<strong>de</strong>m numérica<br />
01 - Lourenço Tenório Cavalcanti<br />
02 - Joaldo Saran<br />
03 - Ervalino José Guadagnin<br />
04 - Theodoro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong><br />
05 - João Teodoro <strong>de</strong> Oliveira Sobrinho<br />
06 - Chafik Simão<br />
07 - Alcidio Brignoni<br />
08 - Ermindo Appelt<br />
09 - Sebastião Evangelista Bezerra<br />
10 - Etelvino Eduardo Manfrin<br />
11 - Franz Kaiser<br />
12 - Martin Kaiser<br />
13 - Orlando Palaro<br />
14 - Antoninho Luiz Guadagnin<br />
15 - Pedro Guerreiro<br />
16 - Arnildo Guadagnin<br />
17 - Manoel Geraldo <strong>de</strong> Souza<br />
18 - Atílio Jacob Ferri<br />
19 - Takeshi Ojima<br />
20 - Silvio Gomes<br />
21 - Bruno Gehring<br />
22 - Benedito Rodrigues<br />
23 - Balduino José dos Santos<br />
24 - Elias Semiguem<br />
25 - Créscio Costa<br />
26 - Felipe Costin<br />
27 - João Teodoro <strong>de</strong> Oliveira<br />
28 - Fioravante João Ferri<br />
29 - Il<strong>de</strong>fonso Cezar Ferri<br />
30 - Benito Il<strong>de</strong>fonso Ferri<br />
31 - Victor Alessi<br />
32 - Moacir José Ferri<br />
33 - Luiz Antonio Carolo<br />
Arthur Rodrigues Tramujas Filho<br />
Henrique Gustavo Salonski<br />
34 - Jorge Gonçalves dos Santos<br />
35 - José Cazusa da Silva<br />
36 - Ge<strong>de</strong>ão <strong>de</strong> Lima<br />
37 - João Cor<strong>de</strong>iro da Silva<br />
38 - Olindo Monti<br />
39 - Paulo Costa <strong>de</strong> Faria<br />
40 - Augusto Angelo Tonello<br />
41 - Raimundo Marques <strong>de</strong> Souza<br />
42 - Susumu Takassu<br />
43 - Jaime Jovino Vendramin<br />
44 - José Alves Pereira<br />
45 - Emílio Gimenes<br />
46 - Joaquim Alves Feitoza<br />
47 - Lino Weber<br />
48 - Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira<br />
49 - Ewaldo Tierling<br />
50 - Dirceu Sponholz<br />
51 - Paulo Teixeira Duarte<br />
52 - Emenegildo Carlos Dolci<br />
53 - Gelindo Stefanuto<br />
54 - João Antonio Aguirre Lamezon<br />
55 - José Vasilio Moreira<br />
56 - Gustavo Taborda<br />
57 - Milton Coutinho Machado<br />
58 - Wal<strong>de</strong>mar Koblitz<br />
59 - Noé José Monteiro<br />
60 - José Paulino Carvalho<br />
61 - João Batista Vieira Filho<br />
62 - Emenegildo Geraldo da Silva<br />
63 - Juvenal Manoel dos Santos<br />
64 - Adolfo Geraldo da Silva<br />
65 - Waldomiro Alves dos Santos<br />
66 - José Corsato<br />
67 - Romão Martins<br />
68 - Kazuki Yano<br />
69 - Jorge Elizardo Garcia Árias<br />
70 - José Binote<br />
71 - Jakob Baumann<br />
72 - Waldir José Ferri<br />
73 - José Maria Pereira Sobrinho<br />
74 - Joaquim Inácio Pereira<br />
75 - Durval Correia <strong>de</strong> Souza<br />
76 - Ma<strong>de</strong>ireira Clauri Ltda<br />
77 - Industria e Comércio Trombini S/A<br />
78 - Odonel Procópio <strong>de</strong> Oliveira<br />
79 - Rosalino Mansuetto Salvadori<br />
26 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
01 - Lourenço Tenório Cavalcanti 02 - Joaldo Saran 03 - Ervalino José Guadagnin 04 - Theodoro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong><br />
05 - João Teodoro <strong>de</strong> Oliveira Sobrinho 06 - Chafik Simão 07 - Alcidio Brignoni 08 - Ermindo Appelt<br />
09 - Sebastião Evangelista Bezerra 10 - Etelvino Eduardo Manfrin 11 - Franz Kaiser 12 - Martin Kaiser<br />
13 - Orlando Palaro 14 - Antoninho Luiz Guadagnin 16 - Arnildo Guadagnin 17 - Manoel Geraldo <strong>de</strong> Souza<br />
18 - Atílio Jacob Ferri 19 - Takeshi Ojima 21 - Bruno Gehring 24 - Elias Semiguem<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 27
25 - Créscio Costa 26 - Felipe Costin 27 - João Teodoro <strong>de</strong> Oliveira 28 - Fioravante João Ferri<br />
29 - Il<strong>de</strong>fonso Cezar Ferri 30 - Benito Il<strong>de</strong>fonso Ferri 31 - Victor Alessi 32 - Moacir José Ferri<br />
33 - Luiz Antonio Carolo 33 - Arthur Rodrigues Tramujas Filho 33 - Henrique Gustavo Salonski 35 - José Cazusa da Silva<br />
38 - Olindo Monti 39 - Paulo Costa <strong>de</strong> Faria 40 - Augusto Angelo Tonello 41 - Raimundo Marques <strong>de</strong> Souza<br />
42 - Susumu Takassu 43 - Jaime Jovino Vendramin 44 - José Alves Pereira 45 - Emílio Gimenes<br />
28 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
47 - Lino Weber 48 - Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira 49 - Ewaldo Tierling 50 - Dirceu Sponholz<br />
51 - Paulo Teixeira Duarte 52 - Emenegildo Carlos Dolci 53 - Gelindo Stefanuto 54 - João Antonio Aguirre Lamezon<br />
56 - Gustavo Taborda 57 - Milton Coutinho Machado 58 - Wal<strong>de</strong>mar Koblitz 60 - José Paulino Carvalho<br />
62 - Emenegildo Geraldo da Silva 64 - Adolfo Geraldo da Silva 65 - Waldomiro Alves dos Santos 66 - José Corsato<br />
67 - Romão Martins 68 - Kazuki Yano 69 - Jorge Elizardo Garcia Árias 70 - José Binote<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 29
Parabéns, <strong>Coamo</strong>.<br />
50 anos cultivando união, produzindo<br />
trabalho e colhendo <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
A <strong>Coamo</strong> escreve sua história com cooperação e a força do trabalho. É fazendo<br />
a diferença no campo ao lado dos produtores que ela é hoje a maior cooperativa<br />
agrícola da América Latina.<br />
Dessa semente, continuam nascendo muitos frutos e gerando<br />
<strong>de</strong>senvolvimento e avanço tecnológico ao agronegócio.<br />
Mais que uma data, essas 5 décadas <strong>de</strong> trabalho e amor<br />
à terra são um marco para nosso setor.<br />
30 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
71 - Jakob Baumann 72 - Waldir José Ferri 74 - Joaquim Inácio Pereira 76 - Ma<strong>de</strong>ireira Clauri Ltda<br />
Teonaldo Siqueira Ribas<br />
77 - Industria e Comércio Trombini S/A<br />
Ivo Mário Trombini<br />
78 - Odonel Procópio <strong>de</strong> Oliveira 79 - Rosalino Mansuetto Salvadori<br />
Monumento aos agricultores pioneiros da <strong>Coamo</strong> inaugurado<br />
em novembro <strong>de</strong> 2000, nos 30 anos da cooperativa<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 31
32 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
PRIMEIRO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />
(1970-1974)<br />
presi<strong>de</strong>nte<br />
Fioravante João Ferri<br />
vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
Gelindo Stefanuto<br />
conselho diretor - efetivo<br />
Jorge Elizardo Garcia Árias<br />
conselho diretor - efetivo<br />
Rosalino Mansueto Pazzinato Salvadori<br />
conselho diretor - efetivo<br />
Sussumo Takasu<br />
secretário<br />
Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira<br />
conselho diretor - suplente<br />
Emilio Gimenes<br />
conselho diretor - suplente<br />
Lourenço Tenorio Cavalcanti<br />
conselho diretor - suplente<br />
Ermindo Appelt<br />
PRIMEIRO CONSELHO FISCAL<br />
(1970)<br />
conselho fiscal - efetivo<br />
Odone Procópio <strong>de</strong> Oliveira<br />
conselho fiscal - efetivo<br />
Joaldo Saran<br />
conselho fiscal - efetivo<br />
Theodoro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong><br />
conselho fiscal - suplente<br />
José Binote<br />
conselho fiscal - suplente<br />
Sebastião Evangelista Bezzera<br />
conselho fiscal - suplente<br />
Martin Kaiser<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 33
“<strong>Coamo</strong> trouxe<br />
progresso e dignida<strong>de</strong>”<br />
O agricultor, engenheiro<br />
agrônomo Lourenço Tenório Cavalcanti,<br />
mais conhecido como<br />
“Tenório” é dos fundadores da<br />
<strong>Coamo</strong> ainda em ativida<strong>de</strong>. Seu<br />
Tenório assinou a ata <strong>de</strong> fundação<br />
da <strong>Coamo</strong> com a matrícula<br />
número 01 e está na história entre<br />
os 79 agricultores fundadores<br />
da cooperativa. “Nós estávamos<br />
na reunião e ao final foi formada<br />
uma fila para acatar assinatura<br />
dos agricultores em uma folha <strong>de</strong><br />
papel. Foi então que um colega<br />
sentado na mesa ao lado colocou<br />
o meu nome como número 01 e<br />
<strong>de</strong>u para eu assinar. Fui o número<br />
01, mas po<strong>de</strong>ria ser o número 79.<br />
O importante é estar entre os 79<br />
fundadores que sonharam com a<br />
i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> uma cooperativa”, lembra<br />
o agricultor que resi<strong>de</strong> atualmente<br />
na região <strong>de</strong> Maracaju, no<br />
Mato Grosso do Sul.<br />
O cooperado conta que<br />
estudou e se formou na mesma<br />
turma <strong>de</strong> Agronomia <strong>de</strong> José<br />
Aroldo Gallassini na Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, em Curitiba,<br />
na década <strong>de</strong> 1960. “Foi<br />
um trabalho muito interessante,<br />
a gente não imaginava que<br />
a <strong>Coamo</strong> seria o que é, pois na<br />
época não tínhamos a noção da<br />
potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la. A meu ver a<br />
<strong>Coamo</strong> trouxe dignida<strong>de</strong> ao produtor,<br />
e conhecimento que nos<br />
ajuda a progredir.”<br />
“A gente vai melhoran-<br />
do e apren<strong>de</strong>ndo. Me emociono<br />
ao olhar para trás e ver a<br />
evolução que ocorreu nesses<br />
50 anos. O associativismo é<br />
uma coisa muito importante,<br />
assim como a gestão, que é essencial<br />
para continuarmos crescendo<br />
e tendo sucesso”, afirma<br />
seu Tenório.<br />
"A gente não imaginava que a<br />
<strong>Coamo</strong> seria o que é, pois na<br />
época não tínhamos a noção da<br />
potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la."<br />
Lourenço Tenório Cavalcanti, cooperado fundador 01<br />
O momento certo<br />
O fundador, Martim kaiser<br />
lembra que a <strong>Coamo</strong> nasceu<br />
da necessida<strong>de</strong> dos agricultores.<br />
“Um ano antes <strong>de</strong> surgir a cooperativa<br />
nos reunimos e queríamos<br />
fundar uma cooperativa, pois estávamos<br />
à mercê <strong>de</strong> cerealistas.<br />
O Dr. Aroldo teve a i<strong>de</strong>ia e todos<br />
nós acreditamos nele. O trigo foi<br />
a primeira cultura, <strong>de</strong>pois veio a<br />
soja.”<br />
O fundador conta que foi<br />
o 12º a assinar a ata e que estava<br />
buscando agricultores para participar<br />
da fundação. “Eu sou o número<br />
12 porque eu estava cha-<br />
34 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
mando gente para se associar<br />
e o Orlando Palaro, que é o número<br />
13, me perguntou como<br />
é que você quer que eu me associe,<br />
se nem você se associou<br />
ainda. Eu não tinha assinado<br />
ainda, mas estava batalhando<br />
para os outros assinarem. Aí eu<br />
assinei e ele assinou.”<br />
Kaiser se emociona<br />
quando vê o tamanho da <strong>Coamo</strong><br />
atualmente. “É inexplicável.<br />
Quando vejo, por exemplo, a indústria<br />
<strong>de</strong> Dourados, e lembro<br />
que estava junto quando tudo<br />
isso começou, me emociono.<br />
Nosso objetivo era unir pessoas<br />
para trabalhar <strong>de</strong> uma forma<br />
justa aqui na região e, hoje, estamos<br />
no mundo”, relata.<br />
Ainda segundo Martin,<br />
seu pai e o primeiro presi<strong>de</strong>nte<br />
da <strong>Coamo</strong>, Fioravante João<br />
Ferri, já tinham experiência<br />
com cooperativas. “O seu Fioravante<br />
era <strong>de</strong> uma cooperativa<br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras do Rio Gran<strong>de</strong> do<br />
Sul e meu pai <strong>de</strong> uma <strong>de</strong> cereais<br />
na Europa. Somado a isso<br />
tinha o doutor Aroldo li<strong>de</strong>rando<br />
e, então, a <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>slanchou.<br />
Penso que nós acertamos tudo.<br />
Fizemos na hora certa e com<br />
gente certa.”<br />
"Nosso objetivo era unir pessoas<br />
para trabalhar <strong>de</strong> uma forma<br />
justa aqui na região e, hoje,<br />
estamos no mundo."<br />
Martin Kaiser, cooperado fundador 12<br />
De mãos dadas e com honestida<strong>de</strong><br />
Antes da <strong>Coamo</strong> ser<br />
fundada, o cooperativismo não<br />
estava numa boa fase. Segundo<br />
o fundador João Teodoro <strong>de</strong><br />
Oliveira Sobrinho, o incentivo<br />
<strong>de</strong> José Aroldo Gallassini, então<br />
extensionista da Acarpa, foi crucial<br />
para se fundar a cooperativa<br />
mourãoense. “Acreditamos<br />
nessa i<strong>de</strong>ia, pois acreditamos,<br />
também, no Dr. Aroldo. Hoje,<br />
felizmente a <strong>Coamo</strong> é gran<strong>de</strong><br />
e respeitada. Ela mudou a imagem<br />
do cooperativismo.”<br />
João Teodoro ressalta<br />
que 50 anos não são 50 dias. Na<br />
história da <strong>Coamo</strong>, são 50 anos<br />
<strong>de</strong> uma história inspiradora. “Estamos<br />
marcados para sempre<br />
com essa história. É um orgulho<br />
fazer parte disso, pois foi a união<br />
<strong>de</strong> várias mãos que ergueram a<br />
<strong>Coamo</strong>, esse extraordinário estabelecimento.”<br />
Para o fundador número<br />
5, a <strong>Coamo</strong> é a prova <strong>de</strong><br />
que on<strong>de</strong> há honestida<strong>de</strong>, há<br />
prosperida<strong>de</strong>. “A <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>u<br />
certo porque aqui não tem corrupção,<br />
não tem ‘marmelada’,<br />
aqui não tem divisão injusta<br />
<strong>de</strong> recursos. Pelo contrário, se<br />
divi<strong>de</strong> os ganhos entre os cooperados.<br />
A administração é a<br />
mais exemplar que um cidadão<br />
po<strong>de</strong> ter em sua vida. Sem contar,<br />
que houve uma transformação<br />
na vida <strong>de</strong> todos os envolvidos”,<br />
<strong>de</strong>staca.<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 35
Segundo João Teodoro, todos estão <strong>de</strong> parabéns<br />
por este jubileu <strong>de</strong> ouro da cooperativa. “Tenho<br />
gratidão por tudo que aconteceu durante esse tempo,<br />
por esse sucesso da <strong>Coamo</strong>. Parabéns a diretoria,<br />
parabéns para nós fundadores, parabéns aos cooperados<br />
que ajudaram isso aqui crescer <strong>de</strong>ssa forma<br />
magnífica e que Deus nos dê condições <strong>de</strong> fortalecer<br />
ainda mais a <strong>Coamo</strong>.”<br />
“Estamos marcados para sempre<br />
com essa história. É um orgulho<br />
fazer parte, pois foi a união<br />
<strong>de</strong> várias mãos que ergueram<br />
a <strong>Coamo</strong>, esse extraordinário<br />
estabelecimento.”<br />
João Teodoro <strong>de</strong> Oliveira Sobrinho, cooperado fundador 05<br />
Família <strong>de</strong> fundadores<br />
A família <strong>de</strong> Moacir Ferri era do ramo da ma<strong>de</strong>ira.<br />
Eles vieram para Campo Mourão, explorar o<br />
segmento no final da década <strong>de</strong> 60. Porém, a ma<strong>de</strong>ireira<br />
fechou e eles ficaram sem rumo. Foi quando<br />
começaram a mexer com lavoura. Logo em seguida,<br />
começou a movimentação para se fundar a cooperativa.<br />
“Juntamos os agricultores das regiões <strong>de</strong> Campina<br />
do Amoral e Piquirivaí, e viemos para Campo Mourão.<br />
Nos reunimos na associação do Banco <strong>de</strong> Brasil e fun-<br />
“A meta sempre foi melhorar a cada dia. Com isso,<br />
fomos crescendo e crescendo. A cada ano, tínhamos<br />
que fazer um armazém novo, e a turma achava<br />
que era <strong>de</strong>mais, mas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> construído já não<br />
comportava mais a <strong>de</strong>manda."<br />
Moacir Ferri, cooperado fundador 32<br />
36 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
damos a <strong>Coamo</strong>. Nossa família<br />
não tinha muita noção sobre a<br />
lida com a lavoura”, recorda o<br />
fundador número 32.<br />
Com diversos membros<br />
da família entre os fundadores,<br />
Moacir não imaginava que a<br />
<strong>Coamo</strong> se tornaria o que é hoje.<br />
“Entre os fundadores tinham<br />
meu tio, Fioravante João Ferri,<br />
meu pai, Afonso César Ferri,<br />
meu irmão, Benito Ferri, Vitor<br />
Alécio, meu cunhado, todos<br />
falecidos, e eu, que na época<br />
tinha 23 anos. Penso que nem<br />
nos melhores sonhos do Aroldo,<br />
ele imaginou que a <strong>Coamo</strong><br />
chegaria aon<strong>de</strong> chegou. Nossa<br />
intenção era apenas montar um<br />
grupo para ter força nas negociações.”<br />
Para o fundador, um<br />
dos segredos da <strong>Coamo</strong> foi a<br />
reunião <strong>de</strong> pessoas coesas e inteligentes.<br />
“A meta sempre foi<br />
melhorar a cada dia. Com isso,<br />
fomos crescendo e crescendo. A<br />
cada ano, tínhamos que fazer um<br />
armazém novo, e a turma achava<br />
que era <strong>de</strong>mais, mas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
construído já não comportava<br />
mais a <strong>de</strong>manda. Já faltava espaço,<br />
<strong>de</strong> tão acelerado que foi<br />
esse crescimento da <strong>Coamo</strong>.”<br />
Outro aspecto que Moacir<br />
Ferri <strong>de</strong>staca é o crescimento<br />
que a <strong>Coamo</strong> trouxe à Campo<br />
Mourão. “A cooperativa trouxe<br />
um fluxo <strong>de</strong> dinheiro muito gran<strong>de</strong><br />
para Campo Mourão. É uma<br />
região essencialmente agrícola,<br />
os ma<strong>de</strong>ireiros que tinham foram<br />
embora, sumiram e Campo<br />
Mourão vivia da ma<strong>de</strong>ira. Como<br />
a ma<strong>de</strong>ira acabou, o dinheiro<br />
também acabou. Está aí a 'olhos<br />
nus', aon<strong>de</strong> a <strong>Coamo</strong> se instala,<br />
as coisas melhoram. Ela leva<br />
conhecimento, condições e ensinamentos<br />
para os agricultores<br />
evoluírem.”<br />
Orgulho <strong>de</strong>ssa história<br />
O orgulho <strong>de</strong> ser fundador é tão gran<strong>de</strong> que<br />
nem cabe no coração <strong>de</strong> Etelvino Eduardo Manfrin.<br />
Isso porque ele sabe que aquela i<strong>de</strong>ia que surgiu em<br />
1970 <strong>de</strong>u certo. “A <strong>Coamo</strong> está indo muito bem. É<br />
uma gran<strong>de</strong> cooperativa e com resultados incríveis.<br />
Quer motivo maior que esse para se sentir tão orgulhoso?!”,<br />
indaga o fundador número 10.<br />
Ao lembrar do início <strong>de</strong>ssa história, Etelvino<br />
conta que não imaginava que a <strong>Coamo</strong> se tornaria o<br />
que é. “Os cooperados confiaram na <strong>Coamo</strong> e sempre<br />
participaram da sua cooperativa. Isso fez toda a<br />
diferença. A <strong>Coamo</strong> é especial. Ela ajuda o cooperado<br />
<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, se você precisar, ela está aí. Eu tiro o<br />
chapéu pra <strong>Coamo</strong> e sempre serei <strong>Coamo</strong>.”<br />
"A <strong>Coamo</strong> é especial, ajuda o cooperado<br />
<strong>de</strong> verda<strong>de</strong> no que precisar. Eu tiro<br />
o chapéu para a nossa cooperativa e<br />
sempre serei <strong>Coamo</strong>.”<br />
Etelvino Manfrin, cooperado fundador 10<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 37
Meio século <strong>de</strong><br />
trabalho, <strong>de</strong>dicação<br />
e gran<strong>de</strong>s resultados.<br />
PARABÉNS,<br />
COAMO!<br />
Conte sempre<br />
com a Yara Brasil<br />
nessa história<br />
<strong>de</strong> sucesso.<br />
38 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Constante evolução<br />
Claudio Francisco Bianchi<br />
Rizzatto chegou na <strong>Coamo</strong><br />
quando a cooperativa<br />
tinha apenas quatro anos.<br />
São 46 anos que o cooperado<br />
acompanha a transformação<br />
realizada pela <strong>Coamo</strong>. “É um<br />
orgulho muito gran<strong>de</strong>, porque<br />
eu ouvi, presenciei, participei<br />
<strong>de</strong> todo esse <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da <strong>Coamo</strong>. Imagina em 1974<br />
quando me mu<strong>de</strong>i para Campo<br />
Mourão, só tinha a <strong>Coamo</strong> aqui.<br />
Aí começou todo esse <strong>de</strong>senvolvimento<br />
que pu<strong>de</strong> participar.<br />
Cheguei como assessor <strong>de</strong> cooperativismo,<br />
on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong> fazer o<br />
trabalho <strong>de</strong> Comitês Educativos,<br />
<strong>de</strong>senvolvendo toda a parte <strong>de</strong><br />
cooperativismo. Depois, fui chamado<br />
para completar o quadro<br />
técnico da <strong>Coamo</strong>, aon<strong>de</strong> fui o<br />
quarto agrônomo a entrar na<br />
cooperativa, <strong>de</strong>pois fui promovido<br />
a superinten<strong>de</strong>nte Técnico e<br />
eleito vice-presi<strong>de</strong>nte”, recorda<br />
o atual membro do Conselho <strong>de</strong><br />
Administração.<br />
Para Rizzatto, o <strong>de</strong>staque<br />
da <strong>Coamo</strong> está em propiciar o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do agricultor.<br />
“A transformação que os produtores<br />
tiveram nesses 50 anos foi<br />
algo incrível. A <strong>Coamo</strong> chegou<br />
em regiões muito atrasadas, aon<strong>de</strong><br />
não chegava assistência técnica.<br />
Uma coisa que a <strong>Coamo</strong> fez e<br />
é um exemplo para todo o país,<br />
é o <strong>de</strong>senvolvimento da área<br />
técnica. Junto com o <strong>de</strong>senvol-<br />
A <strong>Coamo</strong> chegou em regiões<br />
muito atrasadas, aon<strong>de</strong> não<br />
chegava assistência técnica.<br />
Junto com o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
agronômico, veio o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento sustentável,<br />
on<strong>de</strong> melhorou a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
vida do produtor.”<br />
Claudio Rizzatto, membro do<br />
Conselho <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong><br />
vimento agronômico, veio o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
sustentável, on<strong>de</strong><br />
melhorou a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do<br />
produtor.”<br />
Uma empresa que começou<br />
pequena e, hoje, é a<br />
maior empresa do Paraná, é<br />
motivo <strong>de</strong> orgulho para Rizzatto.<br />
“Me orgulha ver que a<br />
mesma empresa que começou<br />
pequena, hoje do tamanho que<br />
ela é, continua com os mesmos<br />
princípios <strong>de</strong> quando tinha 300<br />
associados. Os cooperados<br />
continuam sendo tratados pelo<br />
nome, não como números. Não<br />
importa se é pequeno, médio<br />
ou gran<strong>de</strong> produtor. Isso é difícil<br />
num mercado competitivo.”<br />
Claudio Rizzatto enfatiza<br />
que a <strong>Coamo</strong> tem muito mais<br />
para crescer. “Sabemos que é<br />
uma empresa que foi construída<br />
para vida inteira. Isso dá orgulho<br />
na gente, porque não estamos<br />
terminando em 50 anos, mas<br />
estamos apenas começando. A<br />
<strong>Coamo</strong> é infinita, não tem limite.<br />
Cada dia a gente vai se surpreen<strong>de</strong>r<br />
mais. Só sei que daqui<br />
30,50,100 anos a <strong>Coamo</strong> vai ser<br />
muito maior e muito melhor.”<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 39
40 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Coração cooperativista<br />
É<br />
um sonho que se tornou<br />
realida<strong>de</strong>”. Assim, o engenheiro<br />
agrônomo Ricardo<br />
Accioly Cal<strong>de</strong>rari <strong>de</strong>fine a <strong>Coamo</strong>.<br />
Associado e membro do Conselho<br />
<strong>de</strong> Administração, foi Diretor<br />
Secretário da cooperativa durante<br />
36 anos e participou <strong>de</strong> diversas<br />
<strong>de</strong>cisões importantes para o<br />
crescimento da <strong>Coamo</strong>. Inclusive,<br />
foi um dos precursores do plantio<br />
direto no Brasil. “Quando me formei,<br />
passei em três testes, e um<br />
<strong>de</strong>les foi para Campo Mourão. Fui<br />
aconselhado por um primo agrônomo,<br />
a vir para o município, pois<br />
tinha tudo para crescer, pois as<br />
terras aqui eram ácidas e fracas,<br />
uma realida<strong>de</strong> que eu já vivenciava<br />
na Lapa/PR.”<br />
Ao lembrar como era há<br />
50 anos, ele revela que a situação<br />
do solo era complexa, não tinha<br />
sequer calcário para aplicar.<br />
“Faltava uma cooperativa e com<br />
a fundação da <strong>Coamo</strong> as terras<br />
“<br />
"Os 79 agricultores que<br />
fundaram a <strong>Coamo</strong>,<br />
encontraram a pessoa certa,<br />
pois para uma cooperativa dar<br />
certo, o presi<strong>de</strong>nte precisa ter o<br />
coração do cooperativismo e o<br />
Dr. Aroldo tem isso."<br />
Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, membro do<br />
Conselho <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong><br />
foram corrigidas e começaram a<br />
melhorar as produtivida<strong>de</strong>s. Passou<br />
a ser realizado um trabalho<br />
com tecnologia”, <strong>de</strong>staca Cal<strong>de</strong>rari.<br />
Na sua opinião, sem a<br />
<strong>Coamo</strong> não haveria transformação.<br />
“Ela transformou as terras, as<br />
famílias e reduziu o êxodo rural.<br />
Os agricultores começaram a se<br />
mecanizar, e foi tão forte essa entrada<br />
da <strong>Coamo</strong> que o segundo<br />
plantio direto do Brasil foi exatamente<br />
aqui. Em seis anos, a <strong>Coamo</strong><br />
se tornou a maior referência<br />
na conservação <strong>de</strong> solos no Brasil.<br />
Tanto que em 1976, foi lançado<br />
o Plano Nacional <strong>de</strong> Conservação<br />
<strong>de</strong> Solos (PNCS), e pelo<br />
exemplo dos agricultores, foi<br />
inaugurado um monumento em<br />
Campo Mourão, com a presença<br />
do então ministro <strong>de</strong> Agricultura,<br />
Alysson Paulinelli”, recorda.<br />
Para Cal<strong>de</strong>rari a <strong>Coamo</strong><br />
<strong>de</strong>u certo por diversos fatores,<br />
mas o principal foi a escolha da<br />
pessoa certa para conduzir a fundação<br />
da cooperativa. “Os 79 agricultores<br />
que fundaram a <strong>Coamo</strong>,<br />
encontraram a pessoa certa, pois<br />
para uma cooperativa dar certo, o<br />
presi<strong>de</strong>nte precisa ter o coração<br />
do cooperativismo e o Dr. Aroldo<br />
tem isso. Ele foi a melhor escolha,<br />
pois ele tem princípios que sempre<br />
serão atuais, o que é certo é<br />
certo, e o que é errado é errado.<br />
Não existe meio termo. Po<strong>de</strong> ser<br />
que o mundo não seja mais assim,<br />
mas na <strong>Coamo</strong> é.”<br />
Segundo o cooperado,<br />
chegar nos 50 anos <strong>de</strong> fundação<br />
em harmonia, é algo para se<br />
comemorar. “É fabuloso. Nunca<br />
tivemos nenhum problema, pois<br />
a <strong>Coamo</strong> sempre teve 'os pés'<br />
no chão, dando passos seguros.<br />
Por isso, ser <strong>Coamo</strong> é um orgulho.<br />
Um orgulho que se esten<strong>de</strong><br />
a todos os paranaenses, catarinenses<br />
e sul-mato-grossenses”,<br />
<strong>de</strong>staca Cal<strong>de</strong>rari.<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 41
42 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 43
Quando<br />
fazemos juntos,<br />
transformamos<br />
sonhos em<br />
realizações.<br />
ƒ<br />
Em cinco décadas <strong>de</strong> história, a <strong>Coamo</strong> transformou<br />
a vida <strong>de</strong> muita gente. Com a força do trabalho<br />
colaborativo e muita vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer, a cooperativa<br />
agrícola cresceu, transformando-se em uma das<br />
maiores da América Latina, com mais <strong>de</strong> 29 mil<br />
agricultores associados no Paraná, em Santa Catarina<br />
e no Mato Grosso do Sul. Histórias como essa inspiram<br />
a STIHL dar o seu melhor todos os dias, oferecendo as<br />
ferramentas certas para que o trabalho cooperado siga<br />
sempre forte e avançando.<br />
Parabéns, <strong>Coamo</strong>, pelos seus 50 anos.<br />
@STIHLBRASIL<br />
STIHL BRASIL<br />
@STIHLOFICIAL<br />
STIHL BRASIL OFICIAL<br />
STIHL.COM.BR<br />
44 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
29 MIL COAMOS<br />
Cooperado quis, cooperado fez<br />
Unidos pelo mesmo i<strong>de</strong>al<br />
e com fé na solidarieda<strong>de</strong><br />
entre os homens, foram<br />
i<strong>de</strong>ntificados quais eram os<br />
problemas e as necessida<strong>de</strong>s da<br />
época e, juntos, partiram para a<br />
solução: a solução foi a <strong>Coamo</strong>.<br />
Portanto, cada cooperado é uma<br />
<strong>Coamo</strong>. Porque a <strong>Coamo</strong> é exatamente<br />
a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu cooperado.<br />
Quando os 79 agricultores<br />
se uniram – e hoje são mais<br />
<strong>de</strong> 29 mil – não foi simplesmente<br />
para ficarem juntos, mas sim<br />
para fazerem alguma coisa juntos.<br />
Como precisavam <strong>de</strong> armazéns<br />
para guardar seus produtos,<br />
subscreveram capital na<br />
<strong>Coamo</strong>, financiaram esse capital<br />
Primeiros armazéns da<br />
<strong>Coamo</strong> na década <strong>de</strong> 1970<br />
e com o dinheiro do financiamento<br />
construíram os armazéns<br />
que precisavam. E esses armazéns<br />
foram construídos sempre<br />
perto das proprieda<strong>de</strong>s dos<br />
cooperados.<br />
Depois concluíram que<br />
precisavam se abastecerem dos<br />
insumos mo<strong>de</strong>rnos para po<strong>de</strong>rem<br />
plantar e obter uma maior<br />
produtivida<strong>de</strong>. Sementes selecionadas,<br />
adubos e <strong>de</strong>fensivos<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e a preços justos.<br />
Assim, por meio da <strong>Coamo</strong>, foi<br />
possível fazer concorrência e<br />
comprarem em conjunto tudo<br />
o que precisavam. E algo muito<br />
importante: esses insumos estão<br />
sempre na hora certa que o cooperado<br />
precisa para plantar.<br />
Departamento<br />
técnico<br />
Como diz o ditado: “uma<br />
coisa puxa a outra”. Na época,<br />
já não bastava mais ter esses<br />
insumos na hora certa, e a preços<br />
justos. Era preciso mais. Era<br />
preciso que tivesse alguém, com<br />
conhecimento técnico agronômico,<br />
que orientasse os cooperados<br />
sobre a melhor forma <strong>de</strong><br />
aplicar esses insumos, cultivar a<br />
terra e preservá-la.<br />
Foi então que se criou o<br />
Departamento Técnico, que inicialmente<br />
prestava assistência<br />
técnica agronômica, mas que<br />
hoje, por necessida<strong>de</strong> dos cooperados,<br />
também presta assistência<br />
médica veterinária.<br />
O <strong>de</strong>partamento Técnico<br />
exerce um papel <strong>de</strong> muita importância<br />
junto ao quadro social,<br />
principalmente na redução dos<br />
custos <strong>de</strong> produção, aumento<br />
da produtivida<strong>de</strong>, conservação e<br />
fertilida<strong>de</strong> do solo.<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 45
Fazenda Experimental<br />
Novas técnicas <strong>de</strong> plantio,<br />
<strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> solos,<br />
<strong>de</strong> combate a doenças e pragas<br />
foram surgindo. Mas, para<br />
cada produtor testar tudo isso<br />
em sua proprieda<strong>de</strong> sairia muito<br />
caro, dificultoso e sem um<br />
resultado confiável. Surgiu então<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos se<br />
unirem e proce<strong>de</strong>r testes em<br />
um só lugar. Foi assim que em<br />
1975 surgiu a Fazenda Experimental<br />
<strong>Coamo</strong>, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolvem<br />
experimentos com<br />
novas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cultivares.<br />
On<strong>de</strong> os novos <strong>de</strong>fensivos<br />
e varieda<strong>de</strong>s que surgem são<br />
testados, para <strong>de</strong>pois serem<br />
utilizados pelos cooperados.<br />
Além <strong>de</strong>sses serviços, a Fazenda<br />
é uma escola para os cooperados<br />
e um gran<strong>de</strong> ponto <strong>de</strong><br />
apoio para a formação da equipe<br />
técnica.<br />
Encontro <strong>de</strong> cooperados na Fazenda Experimental <strong>Coamo</strong><br />
Expansão<br />
Como as coisas foram<br />
dando certo, porque os cooperados,<br />
cada vez mais unidos,<br />
viam, a cada ano que passava, o<br />
seu i<strong>de</strong>al se concretizar e fortalecer,<br />
a cooperativa foi pegando<br />
corpo e po<strong>de</strong> contratar técnicos<br />
em outras áreas como comercialização<br />
e administração em geral,<br />
os quais sempre procuraram<br />
melhorar os serviços prestados<br />
aos cooperados, po<strong>de</strong>ndo assim<br />
resolver os seus problemas <strong>de</strong><br />
forma conjunta.<br />
Desta forma, outras regiões,<br />
vendo que com a união <strong>de</strong><br />
Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Boa Esperança<br />
todos podiam resolver seus problemas<br />
comuns, pediam que as<br />
experiências dos cooperados da<br />
<strong>Coamo</strong> fossem transferidas para<br />
outras localida<strong>de</strong>s. Assim, a <strong>Coamo</strong><br />
está presente em 71 municípios<br />
do Paraná, Santa Catarina e<br />
Mato Grosso do Sul.<br />
46 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Programas e educação social<br />
Assim foi acontecendo.<br />
A união <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s,<br />
médios e pequenos<br />
produtores rurais foi conseguindo<br />
resolver os seus<br />
problemas comuns.<br />
Os pequenos cooperados,<br />
enten<strong>de</strong>ram que<br />
necessitavam ter uma ativida<strong>de</strong><br />
alternativa em sua<br />
proprieda<strong>de</strong>, que viesse<br />
a ocupar melhor o tempo<br />
disponível em suas ativida<strong>de</strong>s<br />
e, ao mesmo tempo,<br />
lhes proporcionasse uma<br />
renda extra.<br />
Pois isto foi possível<br />
<strong>de</strong> ser concretizado,<br />
por meio da criação <strong>de</strong><br />
projetos como Colono,<br />
Suinocultura, Gado Leiteiro<br />
e Café A<strong>de</strong>nsado, entre<br />
outros, os quais, com<br />
uma assistência técnica<br />
personalizada aten<strong>de</strong>ram<br />
as necessida<strong>de</strong>s dos cooperados<br />
em <strong>de</strong>terminado<br />
período <strong>de</strong>sses 50 anos.<br />
Buscando aten<strong>de</strong>r<br />
uma necessida<strong>de</strong> que as<br />
esposas e filhas dos cooperados<br />
tinham, <strong>de</strong> conhecer<br />
mais sobre economia doméstica,<br />
higiene no lar, artesanato,<br />
fabricação <strong>de</strong> conservas<br />
e indústria caseira<br />
foi criado o Departamento<br />
Educacional e Social. Atualmente,<br />
este trabalho que<br />
tem foco na gestão é coor<strong>de</strong>nador<br />
pela Assessoria <strong>de</strong><br />
Cooperativismo.<br />
Melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da família cooperada sempre foi objetivo do trabalho da <strong>Coamo</strong><br />
Industrialização<br />
Com o crescimento das ativida<strong>de</strong>s,<br />
os cooperados foram vendo<br />
que podiam agregar mais valor aos<br />
seus produtos, e, assim, comercializá-<br />
-los melhor, abrindo, inclusive outros<br />
mercados.<br />
Dentro <strong>de</strong>ste espírito <strong>de</strong><br />
crescimento industrial, é que os cooperados,<br />
em Assembleias Gerais,<br />
aprovaram a construção <strong>de</strong> indústrias<br />
em Campo Mourão, Paranaguá<br />
e Dourados.<br />
Os cooperados da <strong>Coamo</strong><br />
passaram a pensar como verda<strong>de</strong>iros<br />
empresários, não só no campo,<br />
como também no comércio e indústria.<br />
Passaram a enten<strong>de</strong>r que se<br />
buscassem diretamente o mercado<br />
consumidor, empacotando seus produtos<br />
e comercializando diretamente<br />
aos supermercados, po<strong>de</strong>riam ter<br />
uma melhor estabilida<strong>de</strong> nos preços<br />
dos produtos.<br />
Industrialização na <strong>Coamo</strong> começou com<br />
Moinho <strong>de</strong> Trigo, em 1975, antece<strong>de</strong>ndo a<br />
primeira indústria <strong>de</strong> óleo <strong>de</strong> soja, em 1981<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 47
Credicoamo e Via Sollus<br />
Os recursos que sobravam em épocas anteriores<br />
eram <strong>de</strong>positados em bancos, mas nem<br />
sempre esses recursos retornavam em forma <strong>de</strong><br />
financiamentos. Então, os cooperados pensaram,<br />
por que não fazer a nossa cooperativa <strong>de</strong> crédito?<br />
Assim nasceu a Credicoamo, em 1989, a cooperativa<br />
<strong>de</strong> crédito dos cooperados da <strong>Coamo</strong>. Desta<br />
forma, os recursos dos cooperados financiam os<br />
próprios cooperados.<br />
Ampliando os benefícios para os cooperados,<br />
em 2008 foi criada a Via Sollus Corretora<br />
<strong>de</strong> Seguros para fornecer e contratar seguros em<br />
Assembleia <strong>de</strong> instalação da Credicoamo, em 1989<br />
diversos segmentos, para aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s dos<br />
segurados cooperados, funcionários e comunida<strong>de</strong>.<br />
Copa <strong>Coamo</strong><br />
Nem só <strong>de</strong> trabalho vive o cooperado.<br />
Pensando nisso e para que eles pu<strong>de</strong>ssem ter<br />
também um divertimento e ao mesmo confraternização<br />
em 1993 foi criada a Copa <strong>Coamo</strong><br />
<strong>de</strong> Futebol Suíço.<br />
A Copa <strong>Coamo</strong> é a Copa do Mundo<br />
dos Cooperados que junto com a sua família e<br />
companheiros vivem o evento em um ambiente<br />
saudável. O principal objetivo é por meio do esporte<br />
tornar o cooperativismo mais forte, com<br />
elevado espírito <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e integração.<br />
A casa do cooperado<br />
Administração da <strong>Coamo</strong> em Campo Mourão na década <strong>de</strong> 1980<br />
Atualmente, a estrutura <strong>de</strong> apoio aos entrepostos é realizada na Administração Central<br />
A <strong>Coamo</strong> é exatamente a vonta<strong>de</strong> do seu cooperado. Quando ele entrega seu produto na <strong>Coamo</strong>, e<br />
abastece <strong>de</strong> insumos, está operando com a sua própria empresa, que foi criada para prestar serviços e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
sustentável. Antes <strong>de</strong>le ser atendido, é acolhido no ambiente da cooperativa.<br />
48 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
FORÇA, SEGURANÇA<br />
E SOLIDEZ SÃO AS PEÇAS PARA<br />
ESSA PARCERIA DE SUCESSO.<br />
A Baldan se orgulha em ser, há mais <strong>de</strong> 30 anos,<br />
a fornecedora <strong>de</strong> implementos e máquinas agrícolas<br />
da <strong>Coamo</strong>, levando à cooperativa o melhor da<br />
tecnologia para o campo.<br />
baldan.com.br<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 49
50 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />
(GESTÃO <strong>2020</strong>-2024)<br />
presi<strong>de</strong>nte do conselho<br />
José Aroldo Gallassini<br />
Claudio Francisco Bianchi Rizzatto<br />
Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari<br />
Joaquim Peres Montans<br />
Anselmo Coutinho Machado<br />
Emílio Magne Guerreiro Júnior<br />
Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy<br />
Rogério <strong>de</strong> Mello Barth<br />
Adriano Bartchechen<br />
CONSELHO FISCAL<br />
(GESTÃO <strong>2020</strong>)<br />
Efetivos<br />
Ricieri Zanatta Neto<br />
Diego Rogério Chitolina<br />
Jonathan Henrique Welz Negri<br />
Suplentes<br />
E<strong>de</strong>r Ricci<br />
Clóvis Antonio Bruneta<br />
Jorge Luiz Tonet<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 51
Gestão profissional<br />
Em fevereiro <strong>de</strong>ste ano, a<br />
<strong>Coamo</strong> implantou a nova<br />
estrutura organizacional.<br />
O processo <strong>de</strong> reestruturação<br />
foi iniciado em 2017. Com as<br />
mudanças, foi reorganizada<br />
a estrutura administrativa da<br />
cooperativa com foco nos negócios,<br />
o que resultou no <strong>de</strong>smembramento<br />
<strong>de</strong> algumas gerências<br />
angulares e criação <strong>de</strong><br />
novas gerências.<br />
Conforme o artigo 49<br />
do Estatuto Social da <strong>Coamo</strong>, "A<br />
Diretoria Executiva é um órgão<br />
subordinado ao Conselho <strong>de</strong><br />
Administração e tem por função,<br />
dirigir as ativida<strong>de</strong>s organizacionais,<br />
tomar as <strong>de</strong>cisões necessárias<br />
relacionadas com o objetivo<br />
social, com as operações da<br />
cooperativa, exercer as atribuições<br />
e competências atribuídas<br />
no Estatuto Social, Regimento<br />
Interno e as Resoluções do Conselho<br />
<strong>de</strong> Administração."<br />
A diretoria Executiva<br />
é composta pelo presi<strong>de</strong>nte<br />
Executivo Airton Galinari, diretor<br />
Administrativo e Financeiro,<br />
Antonio Sérgio Gabriel,<br />
diretor Comercial, Rogério<br />
Trannin <strong>de</strong> Mello, diretor Industrial<br />
, Divaldo Corrêa, diretor<br />
<strong>de</strong> Logística e Operações,<br />
E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira,<br />
e diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência<br />
Técnica, Aquiles <strong>de</strong><br />
Oliveira Dias.<br />
DIRETORIA EXECUTIVA DA COAMO<br />
presi<strong>de</strong>nte executivo<br />
Airton Galinari<br />
diretor administrativo e<br />
financeiro<br />
Antonio Sérgio Gabriel<br />
diretor comercial<br />
Rogério Trannin <strong>de</strong> Mello<br />
diretor industrial<br />
Divaldo Corrêa<br />
diretor <strong>de</strong> logística e<br />
operações<br />
E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira<br />
diretor <strong>de</strong> suprimentos e<br />
assistência técnica<br />
Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias<br />
52 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Gerências angulares<br />
De acordo com os ângulos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong>, as gerências angulares são subordinadas a Diretoria Executiva.<br />
Por meio <strong>de</strong> diretrizes e conhecimentos, são responsáveis pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e<br />
processos, ou planos operacionais baseados nas estratégias das áreas <strong>de</strong> negócios da <strong>Coamo</strong>.<br />
A<strong>de</strong>mir Gonçalves, gerente<br />
Administrativo Industrial<br />
Ailton <strong>de</strong> Almeida Queiroz,<br />
gerente <strong>de</strong> Tecnologia<br />
da Informação<br />
Alexandro Cruzes, gerente<br />
Industrial <strong>de</strong> Óleo<br />
Antonio Cesar Marini, gerente<br />
<strong>de</strong> Recursos Humanos<br />
Carlos Eduardo Borsari,<br />
gerente <strong>de</strong> Fornecimento<br />
Insumos Agrícolas<br />
César Augusto da Silva,<br />
gerente <strong>de</strong> Compras Bens <strong>de</strong><br />
Suprimentos<br />
Emerson Abrahão Mansano,<br />
gerente Industria <strong>de</strong> Óleo –<br />
Dourados<br />
Fernando Domingues<br />
Bosqueiro, gerente Comercial<br />
Produtos Agrícolas<br />
Jarbas Luiz Kleveston,<br />
gerente <strong>de</strong> Engenharia<br />
João Ivano Marson, gerente<br />
<strong>de</strong> Operações Portuárias<br />
Joel Makohin, gerente<br />
Financeiro<br />
José Aparecido Bernardo,<br />
gerente Administrativo<br />
José Carlos <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>,<br />
gerente <strong>de</strong> Produtos Agrícolas<br />
Juscelino Fernan<strong>de</strong>s da Costa,<br />
gerente Jurídico<br />
Lincoln <strong>de</strong> Negreiros Teixeira,<br />
gerente <strong>de</strong> Industria <strong>de</strong> Óleo<br />
– Paranaguá<br />
Lucio Flavio Barboza, gerente<br />
<strong>de</strong> Logística<br />
Luis Alessandro Volpato<br />
Mereles, gerente <strong>de</strong> Pesquisa<br />
e Desenvolvimento<br />
Marcelo Bressan, gerente <strong>de</strong><br />
Manutenção Operacional<br />
Marcelo Sumiya, gerente <strong>de</strong><br />
Assistência Técnica<br />
Mário Lino Arantes, gerente<br />
Organizacional e Gestão da<br />
Qualida<strong>de</strong><br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 53
54 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Mario Luiz Pavanelli, gerente<br />
<strong>de</strong> Fornecimento Bens <strong>de</strong><br />
Lojas<br />
Paulo Roberto Bacini,<br />
gerente <strong>de</strong> Fornecimento<br />
Bens <strong>de</strong> Lojas - a partir <strong>de</strong> 01/12<br />
Orlando Melo Júnior, gerente<br />
da Fiação <strong>de</strong> Algodão<br />
Roberto Destro, gerente <strong>de</strong><br />
Sementes<br />
Rodolpho Coletti Gomes<br />
Leite, gerente <strong>de</strong> Transportes<br />
e Veículos<br />
Romão Ferreira Rodrigues<br />
Neto, gerente Industrial<br />
Moinho Trigo<br />
Val<strong>de</strong>miro Nesi, gerente<br />
<strong>de</strong> Compras Bens <strong>de</strong><br />
Fornecimentos<br />
Wagner Arcaro Pescador,<br />
gerente Industria <strong>de</strong> Óleo –<br />
Campo Mourão<br />
Wagner Schnei<strong>de</strong>r, gerente<br />
Comercial Alimentos<br />
Wellington Brianezi<br />
Cavazzani, gerente Industrial<br />
Alimentos<br />
Assessorias<br />
José Carlos Bertipalha,<br />
assessor <strong>de</strong> Auditória Interna<br />
Paulo Sérgio Mem, assessor<br />
<strong>de</strong> Planejamento Estratégico<br />
Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos,<br />
assessor <strong>de</strong> Comunicação<br />
José Ricardo Pedron Romani,<br />
assessor <strong>de</strong> Cooperativismo<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 55
56 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 57
<strong>Coamo</strong> em Unida<strong>de</strong>s<br />
As unida<strong>de</strong>s responsáveis pelo atendimento<br />
aos cooperados, em 71 municípios do<br />
Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do<br />
Sul, oferecem produtos e serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
garantida, sobretudo no recebimento<br />
<strong>de</strong> produtos, distribuição <strong>de</strong> insumos,<br />
serviços administrativos e financeiros. Os<br />
entrepostos estão localizados <strong>de</strong> forma estratégica<br />
para propiciar mais facilida<strong>de</strong> no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s.<br />
PARANÁ<br />
56 municípios<br />
93 Unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> atendimento ao cooperado<br />
01 terminal portuário<br />
Araruna. Gerente: Anselmo Gonçalves <strong>de</strong> Almeida<br />
Barbosa Ferraz. Gerente: Eliceu José Aiolfi<br />
58 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Boa Esperança. Gerente: Adir Pereira Lopes<br />
Boa Ventura <strong>de</strong> São Roque. Gerente: Reonilso Sebastião Jardim <strong>de</strong> Melo<br />
Bragantina. Gerente: Jori<strong>de</strong>s Washington Castro Zoratto<br />
Brasilândia do Sul. Gerente: Manoel Antonio dos Santos<br />
Campo Mourão. Gerente: Claudio Nachi<br />
Cândido <strong>de</strong> Abreu. Gerente: Carlos Pedral Sampaio Cunha<br />
Candói. Gerente: Fernando Americo Valim Sagioneti<br />
Cantagalo. Gerente: Euclécio Miguel da Silva<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 59
Parabéns, COAMO,<br />
pelos 50 anos <strong>de</strong> excelência.<br />
A DSM se orgulha em ser parceira <strong>de</strong> longa data da COAMO.<br />
Em todos esses anos, os produtos da marca Tortuga ® , a assistência<br />
técnica da equipe <strong>de</strong> campo e todo o suporte da Cooperativa têm<br />
colaborado para o <strong>de</strong>senvolvimento da pecuária dos cooperados,<br />
gerando mais qualida<strong>de</strong> do produto final, mais lucro e progresso<br />
para todas as regiões on<strong>de</strong> a COAMO está presente.<br />
0800 11 6262<br />
www.tortuga.com.br<br />
/tortugadsm<br />
@tortuga.dsm<br />
/TortugaDSM<br />
60 NUTRITION REVISTA<br />
• HEALTH <strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />
• SUSTAINABLE LIVING
Coronel Vivida. Gerente: Moacir Ferrari<br />
Cruzmaltina. Gerente: Kleber <strong>de</strong> Prince<br />
Engenheiro Beltrão. Gerente: Antonio Carlos Mazzei<br />
Faxinal. Gerente: Wal<strong>de</strong>ci Schinemann<br />
Fênix. Gerente: Charles Marcelo <strong>de</strong> Azevedo<br />
Goioerê. Gerente: José Adilson Colaço<br />
Goioxim. Gerente: Marco Aurélio Marques da Silva<br />
Guarapuava. Gerente: Marino Mugnol<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 61
#NovosTempos #NovasSoluções<br />
50 ANOS DE PIONEIRISMO,<br />
INOVAÇÃO E DEDICAÇÃO<br />
AO AGRO BRASILEIRO.<br />
A Jacto parabeniza a <strong>Coamo</strong> pelo meio século contribuindo<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> seus cooperados e também do país.<br />
Que venham ainda mais!<br />
2dcb.com.br<br />
62 REVISTA<br />
jacto.com<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />
NOVOS<br />
TEMPOS,<br />
NOVAS<br />
SOLUÇÕES.
Honório Serpa. Gerente: Julcemar Antonio Zanatta<br />
Iretama. Gerente: Renato Dziubate<br />
Ivaiporã. Gerente: Domingos Carlos Fontana<br />
Janiópolis. Gerente: Val<strong>de</strong>ri Furtado Silva De Melo<br />
Juranda. Gerente: Sérgio Bertolla Junior<br />
Luiziana. Gerente: Donizete Alves dos Santos<br />
Mamborê. Gerente: Paulo Nicolau Mocci<br />
Mangueirinha. Gerente: Wagner Custodio<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 63
POR QUE STIMULATE<br />
É DIFERENTE?<br />
MILHO<br />
Porque ele é pioneiro<br />
no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> equilíbrio hormonal<br />
<strong>de</strong> plantas, trazendo<br />
benefícios e inovação<br />
aos produtores ao<br />
longo <strong>de</strong> 25 anos.<br />
Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação:<br />
po<strong>de</strong> ser usado em várias fases<br />
do ciclo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da cultura.<br />
Consistência <strong>de</strong> resultados:<br />
+ 1.000 campos <strong>de</strong>monstrativos<br />
e + 400 trabalhos <strong>de</strong> pesquisa.<br />
Tranquilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso: segurança<br />
na aplicação e ao meio ambiente.<br />
Formulação perfeita:<br />
Combinação <strong>de</strong> reguladores vegetais.<br />
é diferente.<br />
Consulte sempre o<br />
rótulo e/ou bula dos<br />
produtos para maiores<br />
informações <strong>de</strong> uso.<br />
STIMULATE - ATENÇÃO<br />
Produto <strong>de</strong> uso exclusivamente agrícola. Classificação toxicológica – CATEGORIA 5 – PRODUTO IMPROVÁVEL DE CAUSAR DANO AGUDO, produto POUCO PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE<br />
(CLASSE IV). Consulte sempre um profissional habilitado e siga corretamente as instruções recebidas. Venda sob receituário agronômico. Antes <strong>de</strong> usar o produto, leia o rótulo, a bula e a receita e<br />
faça-o a quem não souber ler. Utilize sempre o EPI (equipamento <strong>de</strong> proteção individual), aprovado pelo ministério do trabalho e especificado no rótulo e bula do produto.<br />
EMERGÊNCIA: Stoller do Brasil Ltda.(19) 3872-8288 - info@stoller.com.br - www.stoller.com.br<br />
64 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Manoel Ribas. Gerente: José Roberto Canonicci Piffer<br />
Marilândia do Sul. Gerente: Marcos Leandro Pereira<br />
Moreira Sales. Gerente: José Carlos Farinácio<br />
Nova Santa Rosa. Gerente: Carlos Alberto Ulian<br />
Palmas. Gerente: José Sales Saraiva<br />
Palmital. Gerente: Orlando Sérgio Aparecido da Rocha<br />
Peabiru. Gerente: Evandro Luiz Câmara<br />
Pinhão. Gerente: Mercilo Bertolini<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 65
66 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Pitanga. Gerente: Val<strong>de</strong>mir <strong>de</strong> Paula Barbosa<br />
Quarto Centenário. Gerente: Clau<strong>de</strong>mir Antonio Vendramini<br />
Quinta do Sol. Gerente: Edilson Duarte <strong>de</strong> Aquino<br />
Reserva. Gerente: Alexandre Soares Weber<br />
Roncador. Gerente: Marlon Costa<br />
São João do Ivaí. Gerente: Ayrton Guilherme Garozi<br />
São Pedro do Iguaçu. Gerente: Elerson Reis Tiburcio<br />
Toledo. Gerente: Celso Luiz Paggi<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 67
Tupãssi. Gerente: Jaime Vieira da Silva<br />
Vila Nova. Gerente: Zacarias Istchuk<br />
09 municípios<br />
MATO GROSSO<br />
DO SUL<br />
14 Unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> atendimento ao cooperado<br />
Amambai. Gerente: Delvanei <strong>de</strong> Souza Droppa<br />
Aral Moreira. Gerente: Fábio Alves<br />
Caarapó. Gerente: Antonio Cezar Gomes<br />
68 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
SANTA CATARINA<br />
06 municípios<br />
Dourados. Gerente: Eduardo Xavier do Nascimento<br />
05 Unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> atendimento ao cooperado<br />
01 terminal portuário<br />
Itaporã. Gerente: Zenóbio Francisco Festa<br />
Laguna Carapã. Gerente: Geraldo Biazim<br />
Abelardo Luz. Gerente: Hudson <strong>de</strong> Almeida<br />
Maracaju. Gerente: Aristi<strong>de</strong>s Anastácio Neto<br />
São Domingos. Gerente: A<strong>de</strong>nilson Zaffari<br />
Sidrolândia. Gerente: Walmir Flavio Ritter<br />
Xanxerê. Gerente: Jorge Rogério Soares<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 69
70 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Arte e<br />
cooperativismo<br />
Elissena Frolini Berg Von Lin<strong>de</strong><br />
tem o cooperativismo correndo<br />
em suas veias. Paulista, a cooperada<br />
resi<strong>de</strong> em Quinta do Sol<br />
(Centro-Oeste do Paraná), é professora<br />
<strong>de</strong> artes e participou <strong>de</strong><br />
um programa <strong>de</strong> difusão do cooperativismo<br />
na <strong>Coamo</strong> na década<br />
<strong>de</strong> 1980. Ela ensinou a um grupo<br />
<strong>de</strong> professores, as técnicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho<br />
para que eles pu<strong>de</strong>ssem<br />
trabalhar o cooperativismo com<br />
os alunos no Concurso Escolar <strong>de</strong><br />
Cooperativismo. “Minha parte era<br />
ensinar os educadores <strong>de</strong> escolas<br />
rurais e municipais, a incentivar as<br />
crianças para expressar o cooperativismo<br />
por meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos.<br />
Isso porque muitas vezes tinham<br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se expressar verbalmente<br />
e no <strong>de</strong>senho elas são<br />
muito transparentes.”<br />
A alma <strong>de</strong> artista e cooperativista<br />
também ren<strong>de</strong>u um quadro<br />
que atualmente está exposto<br />
na <strong>Coamo</strong>, on<strong>de</strong> estão representadas<br />
três etnias. “Morei em São<br />
Carlos (SP), on<strong>de</strong> me formei, e<br />
minha professora foi convidada a<br />
participar do concurso da <strong>Coamo</strong>.<br />
Na época ela não po<strong>de</strong> e pediu<br />
que eu fosse no lugar <strong>de</strong>la. Eu não<br />
entendia muito bem o cooperativismo<br />
e que <strong>de</strong>senho eu <strong>de</strong>veria<br />
fazer. Então, estu<strong>de</strong>i um pouco a<br />
história da arte e quando fui entregar<br />
esse <strong>de</strong>senho mu<strong>de</strong>i <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia<br />
e <strong>de</strong>cidi fazer outro, sobre o que<br />
Quadro representa a neutralida<strong>de</strong> social e racial<br />
do cooperativismo. Ao lado reportagem com dona<br />
Elissena no Jornal <strong>Coamo</strong>, na década <strong>de</strong> 1980<br />
Elissena Berg Von Lin<strong>de</strong> é professora <strong>de</strong> artes<br />
e participou <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> difusão do<br />
cooperativismo na década <strong>de</strong> 1980<br />
eu realmente acreditava o que era<br />
cooperativismo. Então <strong>de</strong>senhei<br />
três meninas, uma branca, uma japonesa<br />
e uma negra, que na verda<strong>de</strong><br />
era eu e minhas amigas, porque<br />
cooperativismo não tem raça<br />
e não tem religião. Fui premiada<br />
com esse quadro e consegui participar<br />
do concurso.”<br />
Para dona Elissena, a <strong>Coamo</strong><br />
é uma entida<strong>de</strong> maravilhosa,<br />
porque ela valorizou o homem do<br />
campo. “Estou na região há mais<br />
<strong>de</strong> 50 anos. Quando cheguei tinham<br />
pequenos agricultores que<br />
não sabiam como comercializar o<br />
seu produto e estavam reféns <strong>de</strong><br />
empresas que muitas vezes aplicavam<br />
golpes neles, e a <strong>Coamo</strong> chegou<br />
valorizando esses menores.<br />
Trazendo segurança. Na <strong>Coamo</strong><br />
você colhe e po<strong>de</strong> <strong>de</strong>positar toda<br />
sua produção na cooperativa. Sem<br />
contar que a <strong>Coamo</strong> mostrou o valor<br />
da mulher do campo. Antes da<br />
<strong>Coamo</strong> a mulher não aparecia em<br />
lugar nenhum”, revela.<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 71
Com Mobil Delvac Evolution,<br />
proteção e <strong>de</strong>sempenho rodam juntos<br />
Mobil Delvac Evolution 15W-40 é o lubrificante<br />
com tecnologia CK-4 que protege os motores a diesel<br />
mais mo<strong>de</strong>rnos, trazendo segurança e confiabilida<strong>de</strong><br />
a quem movimenta a agricultura do Brasil.<br />
Moove e <strong>Coamo</strong> celebram mais um ano <strong>de</strong> parceria,<br />
união que impulsiona nossa presença cada vez<br />
maior no segmento agrícola.<br />
Mobil Delvac,<br />
o parceiro<br />
<strong>de</strong> quem vive<br />
em movimento.<br />
Saiba mais em moovelub.com/mobil<br />
© <strong>2020</strong>*. Todos os direitos reservados a Cosan Lubrificantes e Especialida<strong>de</strong>s S.A. (Moove). A Moove<br />
é a aliança estratégica da ExxonMobil para a produção e comercialização dos lubrificantes Mobil<br />
no Brasil. Proibida reprodução ou distribuição sem autorização. Todas as marcas utilizadas neste<br />
material são marcas ou marcas registradas <strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />
da Exxon Mobil Corporation ou uma <strong>de</strong> suas subsidiárias,<br />
utilizadas por Cosan Lubrificantes e Especialida<strong>de</strong>s S.A., ou uma <strong>de</strong> suas subsidiárias, sob licença.<br />
72 REVISTA
O que dizem as li<strong>de</strong>ranças<br />
CARLOS MASSA RATINHO JÚNIOR<br />
Governado do Estado do Paraná<br />
“Com muita alegria e satisfação participo dos 50 anos da história<br />
da nossa querida <strong>Coamo</strong>, nossa maior empresa privada do<br />
Estado do Paraná e uma das maiores da América Latina, que<br />
tem um papel fundamental na história contemporânea do nosso<br />
Estado e do agronegócio. Foram pessoas que há 50 anos<br />
se reuniram e construíram essa empresa, que ajudou o Paraná<br />
a ser uma potência no agronegócio do Brasil e do mundo,<br />
sendo o maior produtor <strong>de</strong> alimentos por metro quadrado.<br />
O Paraná é um protagonista no mundo do agronegócio. A<br />
<strong>Coamo</strong> incentivou outras cooperativas a seguir este mo<strong>de</strong>lo<br />
e a consolidar o Paraná nessa gran<strong>de</strong> vocação <strong>de</strong> produção<br />
<strong>de</strong> alimentos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> com sustentabilida<strong>de</strong>. Parabéns<br />
associados, colaboradores e diretoria.<br />
MÁRCIO LOPES DE FREITAS<br />
presi<strong>de</strong>nte da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB<br />
“Parabéns a cada um <strong>de</strong> vocês cooperados que, com confiança construíram<br />
uma cooperativa fantástica nesses 50 anos. Parabéns especiais ao<br />
i<strong>de</strong>alizador e presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração, Aroldo Gallassini,<br />
pelo trabalho espetacular a frente da <strong>Coamo</strong> e, principalmente, por esse<br />
trabalho <strong>de</strong> sucessão e profissionalização. Saúdo Airton Galinari, presi<strong>de</strong>nte<br />
Executivo que inaugura os novos 50 anos com um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão cada<br />
vez mais profissional e preocupado com os resultados dos cooperados.<br />
Parabéns! Vocês são referência para o Brasil e o mundo."<br />
JOSÉ ROBERTO RICKEN,<br />
presi<strong>de</strong>nte do Sistema Ocepar<br />
“Saúdo os pioneiros que constituíram a cooperativa no início da<br />
década <strong>de</strong> 1970 e lembro dos objetivos do cooperativismo, muito<br />
bem difundidos pela <strong>Coamo</strong>. É um sistema que visa organizar economicamente<br />
as pessoas para que tenham mais renda e conquistem<br />
uma melhor condição social. A <strong>Coamo</strong> é um exemplo disso, um<br />
exemplo <strong>de</strong> profissionalismo, li<strong>de</strong>rança, <strong>de</strong>senvolvimento e geração<br />
<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>. Desejamos sucesso total e vida longa a <strong>Coamo</strong>.”<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 73
74 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
CELSO RÉGIS<br />
presi<strong>de</strong>nte do Sistema OCB/MS<br />
"É momento <strong>de</strong> celebração da maior cooperativa do Brasil e da América<br />
Latina. E nós do Sistema OCB-MS nos sentimos honrados <strong>de</strong> comemorar<br />
este momento. Devemos celebrar os números, as conquistas e projetar<br />
um futuro muito promissor e esperançoso, mesmo neste período<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>safios que atravessamos. Essa forma <strong>de</strong> organização econômica<br />
da socieda<strong>de</strong> faz toda a diferença nas comunida<strong>de</strong>s e para as pessoas<br />
que <strong>de</strong>la participam. Estamos <strong>de</strong>monstrando que a forma cooperativa<br />
<strong>de</strong> atuar traz bons resultados e eleva os indicadores das comunida<strong>de</strong>s.<br />
Parabenizamos e <strong>de</strong>sejamos sucesso para todos da <strong>Coamo</strong>."<br />
NORBERTO ORTIGARA<br />
Secretário da Agricultura do Paraná<br />
"São 50 anos <strong>de</strong> uma bela e rica trajetória. Eu sou testemunha<br />
<strong>de</strong> que o sonho <strong>de</strong> 79 cooperados foram realizados,<br />
cresceram e se multiplicaram em condições inóspitas do<br />
tipo sapé, samambaia e saúva, para se tornar a maior cooperativa<br />
da América Latina. Quero parabenizar as famílias<br />
dos 30 mil cooperados, aos dirigentes e funcionários da<br />
<strong>Coamo</strong>, pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir a riqueza no campo e<br />
na indústria. Desejo que os próximos 50 anos sejam muito<br />
profícuos, sob um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governança.”<br />
ROBERTO RODRIGUES<br />
ex-ministro da Agricultura e ex-presi<strong>de</strong>nte da<br />
OCB e da Aliança Cooperativa Internacional (ACI)<br />
"A <strong>Coamo</strong> está comemorando 50 anos <strong>de</strong> existência e eficiência, <strong>de</strong><br />
trabalho, tecnologia e gestão, com programas e projetos vitoriosos.<br />
Mas, é preciso olhar para as origens. Uma cooperativa dá certo por<br />
ter três coisas: tem que ser necessária, ser viável economicamente<br />
com princípios e valores, e o terceiro é li<strong>de</strong>rança. O que aconteceu<br />
na <strong>Coamo</strong> foi que 79 produtores rurais visionários viram que era necessária<br />
uma cooperativa, projetaram a i<strong>de</strong>ia e criaram a instituição<br />
economicamente viável. E encontraram um lí<strong>de</strong>r extraordinário José<br />
Aroldo Gallassini, que comanda <strong>de</strong> forma maravilhosa e com vigor,<br />
com uma equipe maravilhosa, um corpo associativo participativo,<br />
juntando pequenos, médios e gran<strong>de</strong>s produtores numa gran<strong>de</strong><br />
cooperativa, que é exemplo para o Brasil e o mundo.”<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 75
Comprove que<br />
produtivida<strong>de</strong><br />
não é sorte.<br />
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76 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />
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® Marcas registradas da Corteva Agriscience e<br />
<strong>de</strong> suas companhias afiliadas. ©<strong>2020</strong> Corteva.
JOÃO PAULO KOSLOVSKI<br />
ex-presi<strong>de</strong>nte do Sistema Ocepar<br />
"São 50 anos e uma data para se comemorar, com resultados<br />
que beneficiaram milhares <strong>de</strong> cooperados em diversas ativida<strong>de</strong>s,<br />
nas áreas técnica, social e econômica. Além disso, a <strong>Coamo</strong><br />
envolveu a família com informação, educação e treinamento<br />
para milhares <strong>de</strong> pessoas. Por tudo isso, parabéns aos colaboradores<br />
e cooperados, verda<strong>de</strong>iros artífices, principais na construção<br />
<strong>de</strong>ssa história, pois a <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>senvolveu em todas as suas<br />
regiões."<br />
WILSON THIESEN,<br />
ex-presi<strong>de</strong>nte da Ocepar<br />
"A <strong>Coamo</strong> sempre agiu com honestida<strong>de</strong> e é um gran<strong>de</strong> exemplo<br />
<strong>de</strong> administração, com seus princípios <strong>de</strong> profissionalismo<br />
e transparência. Reúne profissionais comprometidos com o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da cooperativa e dos cooperados. Sou grato por<br />
ter convivido com o presi<strong>de</strong>nte José Aroldo Gallassini durante mais<br />
<strong>de</strong> 50 anos e ser testemunha <strong>de</strong> como os associados da <strong>Coamo</strong> têm<br />
orgulho da sua cooperativa. Acredito que a agropecuária brasileira<br />
e o cooperativismo têm uma dívida <strong>de</strong> gratidão com a <strong>Coamo</strong>,<br />
pelo trabalho <strong>de</strong>senvolvido nas comunida<strong>de</strong>s que atua. Parabéns<br />
colaboradores, diretores e associados.”<br />
ALYSSON PAOLINELLI<br />
ex-ministro da Agricultura e presi<strong>de</strong>nte da<br />
Associação Brasileira <strong>de</strong> Milho (Abramilho)<br />
"A minha história com a <strong>Coamo</strong> tem mais <strong>de</strong> 46 anos. Lembro<br />
que quando era ministro da Agricultura estive em Campo Mourão<br />
para lançar, em setembro <strong>de</strong> 1976, o Programa Nacional <strong>de</strong><br />
Conservação <strong>de</strong> Solos (PNCS), que foi um marco na agricultura<br />
brasileira e promoveu o <strong>de</strong>senvolvimento dos nossos agricultores.<br />
A <strong>Coamo</strong> está <strong>de</strong> parabéns, pois <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu surgimento<br />
foi bem administrada pelo Gallassini, com uma visão extraordinária.<br />
Por isso, saúdo a todos da <strong>Coamo</strong>, que tem um trabalho<br />
muito importante na conservação <strong>de</strong> solos com o plantio direto<br />
e cuidados com o meio ambiente produtivo. O cooperativismo<br />
é uma forma racional e inteligente <strong>de</strong> promover a integração e<br />
participação <strong>de</strong> pequenos, médios e gran<strong>de</strong>s produtores, em<br />
clima <strong>de</strong> integração para competir nos mercados nacional e internacional.<br />
Fico entusiasmado com o cooperativismo do Paraná,<br />
que tem a <strong>Coamo</strong> como um exemplo para o Brasil e o mundo".<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 77
A missão continua<br />
A<br />
<strong>Coamo</strong> chega ao jubileu<br />
<strong>de</strong> ouro. O fruto <strong>de</strong> um<br />
sonho <strong>de</strong> 79 agricultores,<br />
surgiu <strong>de</strong> uma necessida<strong>de</strong> individual<br />
<strong>de</strong> diversas pessoas que<br />
tinham um problema em comum,<br />
e juntos encontraram uma solução<br />
comum: se unir. Conforme o<br />
presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong>,<br />
Airton Galinari, eles escolheram<br />
o cooperativismo, por ser uma<br />
forma equilibrada <strong>de</strong> união. “Foi<br />
um grupo que teve uma solução<br />
inovadora e que <strong>de</strong>u um gran<strong>de</strong><br />
resultado. Não havia ninguém<br />
para ajudá-los, nenhum outro<br />
agente, cooperativa, empresa,<br />
enfim, nada para <strong>de</strong>senvolver a<br />
região. Eles precisaram tomar<br />
uma iniciativa própria.”<br />
Essa iniciativa resultou<br />
em 50 anos <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> empresa<br />
que trouxe transformação<br />
para diversas regiões. “A <strong>Coamo</strong><br />
transformou comunida<strong>de</strong>s e a<br />
vida das pessoas gerando oportunida<strong>de</strong>s<br />
em mais <strong>de</strong> 70 municípios,<br />
levando progresso, conhecimento<br />
e <strong>de</strong>senvolvimento”,<br />
<strong>de</strong>staca Galinari.<br />
Airton Galinari ressalta<br />
que a <strong>Coamo</strong> tem gran<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>safios pela frente. “Estamos<br />
passando por um momento <strong>de</strong><br />
transformação, uma mudança<br />
no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão. Esse é um<br />
gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, é um mo<strong>de</strong>lo<br />
pensado para a sucessão e perpetuação<br />
da cooperativa, e com<br />
a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter os<br />
seus princípios. Temos esse compromisso<br />
com os cooperados,<br />
capitaneado pelo Dr. Aroldo, que<br />
foi quem escolheu um mo<strong>de</strong>lo<br />
profissional, para dar flexibilida<strong>de</strong><br />
à essa gestão.”<br />
Outro <strong>de</strong>safio, conforme<br />
o presi<strong>de</strong>nte Executivo, é manter<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento da cooperativa.<br />
“A diretoria Executiva precisa<br />
manter o compromisso <strong>de</strong> continuar<br />
transformando as comunida<strong>de</strong>s<br />
e a vida das pessoas, levando<br />
produtos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e<br />
tecnologia para os cooperados.<br />
Precisamos manter a <strong>Coamo</strong> mo<strong>de</strong>rna<br />
e atualizada.”<br />
Galinari acrescenta que<br />
a <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>u certo por causa<br />
dos seus valores, implantados<br />
e enraizados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação.<br />
“Seguramente os valores da<br />
cooperativa são o seu gran<strong>de</strong><br />
patrimônio. A <strong>Coamo</strong> sempre<br />
foi conduzida com serieda<strong>de</strong>,<br />
responsabilida<strong>de</strong>, honestida<strong>de</strong><br />
e, com isso, acumulamos um patrimônio<br />
moral, que hoje é um<br />
dos gran<strong>de</strong>s alicerces da cooperativa.<br />
O cooperado, o cliente<br />
e o funcionário, estão ligados<br />
diretamente e precisam saber o<br />
que é a <strong>Coamo</strong>. Quando se fala<br />
da <strong>Coamo</strong> seja qual for o agente<br />
que se relaciona, ele sabe que<br />
está falando <strong>de</strong> compromisso.<br />
“Estamos passando<br />
por um momento <strong>de</strong><br />
transformação, uma<br />
mudança no mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> gestão. Esse é um<br />
gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, é<br />
um mo<strong>de</strong>lo pensado<br />
para a sucessão e<br />
perpetuação, e com a<br />
responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
manter o princípio<br />
da fundação da<br />
cooperativa."<br />
78 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Airton Galinari, presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />
Aqui, cumprimos e fazemos<br />
muito mais do que se promete”,<br />
assegura.<br />
De acordo com Galinari,<br />
a <strong>Coamo</strong> oferece ao<br />
cooperado algo único no<br />
âmbito mundial. “Quando<br />
vamos à uma unida<strong>de</strong> da<br />
<strong>Coamo</strong>, o que encontramos<br />
lá não se encontra em lugar<br />
nenhum no mundo. Temos<br />
uma assistência técnica <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong>, uma loja <strong>de</strong> peças<br />
on<strong>de</strong> ele po<strong>de</strong> adquirir<br />
tudo o que ele precisa no<br />
segmento <strong>de</strong> máquinas, peças,<br />
insumos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ntro do prazo e com um<br />
preço justo. Tem uma cooperativa<br />
<strong>de</strong> crédito dos cooperados<br />
da <strong>Coamo</strong>, a Credicoamo.<br />
Tem uma instalação<br />
operacional para entregar a<br />
sua produção com segurança.<br />
Esse pacote não existe no<br />
mundo. Por isso, a <strong>Coamo</strong> é<br />
a casa do cooperado.”<br />
Esse pacote <strong>de</strong> serviços<br />
gera uma relação <strong>de</strong><br />
união, conforme o presi<strong>de</strong>nte<br />
Executivo. “Com o mo<strong>de</strong>lo<br />
cooperativista, ele se une e faz<br />
melhor. Por isso dizemos que<br />
a <strong>Coamo</strong> é a extensão da casa<br />
do cooperado. É uma relação<br />
<strong>de</strong> confiança e segurança que<br />
a <strong>Coamo</strong> oferece e, com isso,<br />
ela tem a contrapartida do<br />
cooperado na operação integral<br />
na sua cooperativa”, diz<br />
Galinari.<br />
HISTÓRIA - Sobre a<br />
sua história na <strong>Coamo</strong>, Airton<br />
Galinari conta que a cooperativa<br />
representa toda a sua vida<br />
profissional. “Estou há quase<br />
34 anos na cooperativa, passei<br />
por diversas áreas, on<strong>de</strong><br />
conheci muito bem como a<br />
<strong>Coamo</strong> opera, e quais são<br />
suas áreas <strong>de</strong> atuação e como<br />
que ela chega até seu cooperado.<br />
É muito gratificante, porque<br />
é uma história social, mas<br />
é um social que, claro, tem<br />
que ter resultado, porque ela<br />
faz a parte social do cooperado<br />
e transfere resultados para<br />
a ativida<strong>de</strong> do cooperado.”<br />
Ele enfatiza que a<br />
<strong>Coamo</strong> é uma extensão da<br />
ativida<strong>de</strong> do cooperado, daquilo<br />
que ele faria com dificulda<strong>de</strong><br />
sozinho e que unido<br />
a sua cooperativa consegue<br />
fazer diferente. “Ele consegue<br />
acessar mercados internacionais<br />
e industrializados,<br />
algo que sozinho não faria.<br />
É muito gratificante ver essa<br />
transformação que é levada<br />
até as comunida<strong>de</strong>s que a<br />
<strong>Coamo</strong> participa e, principalmente,<br />
para seu cooperado.”<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 79
80 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Futuro da cooperação<br />
São 50 anos construídos<br />
que consolidaram a <strong>Coamo</strong><br />
no cooperativismo<br />
e no agronegócio. Mas, como<br />
sempre diz o i<strong>de</strong>alizador, José<br />
Aroldo Gallassini, a <strong>Coamo</strong> não<br />
foi feita para uma geração, e sim<br />
para sempre. Todos po<strong>de</strong>m envelhecer,<br />
mas a <strong>Coamo</strong> precisa<br />
continuar nova e mo<strong>de</strong>rna. Por<br />
esta razão, a cooperativa <strong>de</strong>senvolve<br />
diversos programas <strong>de</strong> capacitação<br />
<strong>de</strong> jovens associados,<br />
que serão o futuro <strong>de</strong>ssa história.<br />
Muitos já são o presente e<br />
se sentem entusiasmados com a<br />
missão <strong>de</strong> continuar escrevendo<br />
as páginas <strong>de</strong>sta história.<br />
Ana Maria <strong>de</strong> Araújo Santim,<br />
<strong>de</strong> Campo Mourão (Centro-<br />
-Oeste do Paraná), é uma jovem<br />
cooperada da <strong>Coamo</strong>. Ela é associada<br />
há nove anos e chegou na<br />
cooperativa motivada por uma<br />
Ana Maria Santim integrou o programa <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res<br />
Ana Maria <strong>de</strong> Araújo Santim<br />
necessida<strong>de</strong>. “Quando meu pai<br />
faleceu eu precisava continuar os<br />
negócios da família com segurança.<br />
Como eu não tinha experiência,<br />
precisava <strong>de</strong> um amparo. Eu<br />
<strong>de</strong>cidi assumir, mas precisava <strong>de</strong><br />
um lugar que me <strong>de</strong>sse soli<strong>de</strong>z<br />
e competência. Foi quando me<br />
cooperei na <strong>Coamo</strong> em 2011.”<br />
Na ânsia <strong>de</strong> sempre fazer<br />
um trabalho <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, Ana<br />
Maria revela que com a <strong>Coamo</strong><br />
conquistou esse objetivo. “Eu<br />
queria fazer as coisas bem feitas<br />
e apesar <strong>de</strong> ser formada em<br />
agronomia, sozinha não conseguiria,<br />
pois gerenciar uma proprieda<strong>de</strong><br />
é bem diferente, e eu<br />
não tinha mais a experiência do<br />
meu pai ao meu lado.”<br />
Para a cooperada que<br />
também participou do curso<br />
<strong>de</strong> formação <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res<br />
Cooperativistas, a <strong>Coamo</strong> ajudou<br />
a transformar a sua vida.<br />
“Aqui também tem um pouco da<br />
minha história. O trabalho com<br />
a <strong>Coamo</strong> transformou a minha<br />
proprieda<strong>de</strong>, pois em todos os<br />
projetos que eu realizei, tive o suporte<br />
da cooperativa. Inclusive,<br />
tenho mais projetos em <strong>de</strong>senvolvimento<br />
com a <strong>Coamo</strong>.”<br />
Ana Maria Santim acredita<br />
que os jovens associados da<br />
<strong>Coamo</strong> têm muita vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
trabalhar e continuar a construir<br />
essa história. “Temos se<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
conhecimento e informações. As<br />
tecnologias estão sempre evoluindo<br />
e queremos acompanhar<br />
essa mudança. O melhor <strong>de</strong> tudo<br />
isso, é que a <strong>Coamo</strong> acompanha<br />
essa evolução e nos apresenta<br />
essas novida<strong>de</strong>s. Então, o futuro<br />
para nós não tem limite, queremos<br />
trabalhar e produzir cada<br />
vez mais, e continuar construindo<br />
a nossa história, das nossas famílias<br />
e da cooperativa.”<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 81
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82 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />
NOVOS<br />
TEMPOS,<br />
NOVAS<br />
SOLUÇÕES.
Mantendo origem e princípios<br />
Emílio Magne Guerreiro Júnior,<br />
<strong>de</strong> Farol (Centro-Oeste<br />
do Paraná) é um jovem cooperado<br />
engajado nos assuntos<br />
da cooperativa. Ele é associado<br />
há 12 anos e membro do conselho<br />
<strong>de</strong> Administração. Seu avô e<br />
seu pai também são cooperados<br />
e eles vivem na família a prática<br />
<strong>de</strong> que o cooperativismo transforma<br />
vidas. “A <strong>Coamo</strong> é algo bem<br />
família. Eu era criança e vinha na<br />
<strong>Coamo</strong> com meu pai. Hoje, assumindo<br />
mais os negócios, vejo<br />
que isso foi acontecendo naturalmente.<br />
A <strong>Coamo</strong> faz parte da nossa<br />
vida e não me vejo trabalhando<br />
sem a cooperativa.”<br />
O cooperado lembra<br />
que a <strong>Coamo</strong> esteve durante<br />
toda a trajetória da família. “Começou<br />
com meu avô que saiu do<br />
café e começou a trabalhar com<br />
o algodão. Depois, veio a soja, e<br />
o tempo inteiro a <strong>Coamo</strong> estava<br />
junto. Ela trazia o conhecimento<br />
técnico, nos ensinando as novas<br />
tecnologias e, assim, crescemos<br />
Emílio com a esposa Stefhany participam ativamente da cooperativa<br />
juntos com a <strong>Coamo</strong>, no mesmo<br />
caminho. Por isso, que eu falo<br />
que é família, está o tempo todo<br />
junto.”<br />
O jovem associado ressalta<br />
a importância da relação<br />
<strong>de</strong> confiança que existe entre os<br />
associados e a cooperativa. “A<br />
<strong>Coamo</strong> confia na gente, ela compra<br />
os melhores insumos para<br />
nós utilizarmos a melhor tecnologia.<br />
Nós usamos, produzimos<br />
e entregamos com a certeza <strong>de</strong><br />
que a cooperativa fará o melhor<br />
comércio para nós. É tudo junto<br />
e ligado, um faz parte do outro”,<br />
<strong>de</strong>staca.<br />
Para Emílio Júnior o cooperativismo<br />
permite que o pequeno<br />
produtor se torne gran<strong>de</strong>.<br />
“Confiamos na cooperativa,<br />
pois ela trabalha para nós. É um<br />
crescimento com foco no associado.<br />
Eu aprendi o cooperativismo<br />
aqui e eu acredito muito<br />
nesse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão. São 29<br />
mil cooperados puxando para o<br />
mesmo lado, trabalhando com o<br />
Emílio Magne Guerreiro Júnior<br />
mesmo objetivo, buscando produtivida<strong>de</strong><br />
e <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
e a <strong>Coamo</strong> dá esse suporte para<br />
nós. Ela nos representa. Quantas<br />
safras eu teria que colher para<br />
encher um navio? Juntando todos<br />
nós, realizamos um comércio<br />
direto e sem riscos.”<br />
Os jovens associados são<br />
o futuro da cooperativa e têm a<br />
missão <strong>de</strong> continuar essa história.<br />
“Temos um exemplo <strong>de</strong> gestão<br />
e gerenciamento que não existe<br />
no mundo. Se mantermos os nossos<br />
princípios e os ensinamentos<br />
que apren<strong>de</strong>mos, conseguiremos<br />
crescer. Temos o respaldo<br />
da nova diretoria executiva, com<br />
profissionais treinados <strong>de</strong>ntro da<br />
cooperativa. Isso nos dá tranquilida<strong>de</strong>,<br />
pois po<strong>de</strong>mos fazer o que<br />
sabemos <strong>de</strong> melhor que é plantar<br />
e colher, e <strong>de</strong>ixamos a diretoria<br />
para fazer o que sabe <strong>de</strong> melhor,<br />
que é negociar e administrar a<br />
cooperativa”, avalia.<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 83
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84 REVISTA<br />
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Com mais tempo <strong>de</strong> casa<br />
Duas vidas<br />
e um só<br />
<strong>de</strong>stino<br />
Djalma Cândido <strong>de</strong> Godoy ingressou na <strong>Coamo</strong> como aprendiz <strong>de</strong> escritório, em 1974<br />
O<br />
funcionário com mais<br />
tempo <strong>de</strong> casa na <strong>Coamo</strong><br />
é Djalma Cândido <strong>de</strong><br />
Godoy. Ele é chefe do <strong>de</strong>partamento<br />
<strong>de</strong> Logística e Operações<br />
<strong>de</strong> Alimentos, mas ingressou na<br />
cooperativa como aprendiz <strong>de</strong><br />
escritório, em 1974, quando tinha<br />
18 anos. “A <strong>Coamo</strong> não tinha<br />
a vaga <strong>de</strong> auxiliar na época e me<br />
<strong>de</strong>ram essa oportunida<strong>de</strong>. A <strong>Coamo</strong><br />
estava começando, mas, mesmo<br />
assim já percebia que o crescimento<br />
seria muito rápido.”<br />
Djalma acompanhou<br />
toda a evolução da <strong>Coamo</strong> e<br />
fez parte da construção <strong>de</strong>ssa<br />
história. “Todo ano era visível o<br />
crescimento interno e externo,<br />
com novos entrepostos e mais<br />
cooperados, aumentando gradativamente<br />
a sua credibilida<strong>de</strong>”,<br />
recorda.<br />
Segundo Djalma, os valores<br />
da <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> 1974 e <strong>de</strong> <strong>2020</strong><br />
se separam apenas pelo tempo.<br />
“A <strong>Coamo</strong> sempre se baseou em<br />
honestida<strong>de</strong>, trabalho, serieda<strong>de</strong>,<br />
dinamismo e com foco para<br />
aten<strong>de</strong>r os cooperados com qualida<strong>de</strong>.”<br />
De acordo com o funcionário,<br />
um dos pontos fortes<br />
da <strong>Coamo</strong> foi sempre investir na<br />
capacitação dos funcionários.<br />
“O treinamento é um dos gran<strong>de</strong>s<br />
segredos da <strong>Coamo</strong> para ter<br />
uma equipe funcional qualificada.<br />
O foco foi investir na equipe<br />
para que todos pu<strong>de</strong>ssem<br />
sempre se aperfeiçoar na sua<br />
ativida<strong>de</strong> profissional <strong>de</strong>ntro da<br />
cooperativa.”<br />
Para Djalma, ser funcionário<br />
da <strong>Coamo</strong> é motivo <strong>de</strong> orgulho.<br />
“Aqui iniciei minha vida<br />
profissional, consegui crescer na<br />
empresa acompanhando essa<br />
evolução. Me sinto honrado e<br />
emocionado <strong>de</strong> estar há 46 anos<br />
na empresa, ser o funcionário mais<br />
antigo e fazer parte <strong>de</strong>ssa equipe,<br />
sendo uma testemunha viva <strong>de</strong>ssa<br />
evolução da <strong>Coamo</strong>.”<br />
O<br />
casamento entre<br />
os profissionais da<br />
área <strong>de</strong> Tecnologia<br />
da Informação Edilson e<br />
Geni Suetomi completou 30<br />
anos em maio <strong>de</strong> <strong>2020</strong>, mas<br />
a parceria com a <strong>Coamo</strong> vai<br />
mais longe. Suas famílias<br />
têm origem no Norte do Paraná<br />
e eles se formaram na<br />
mesma universida<strong>de</strong> (UEM)<br />
mas em turmas diferentes.<br />
Após a graduação voltaram<br />
a se encontrar em uma cida<strong>de</strong><br />
do Centro-Oeste do<br />
Paraná, e anos mais tar<strong>de</strong> estavam<br />
laborando na mesma<br />
cooperativa.<br />
Como analista <strong>de</strong><br />
Sistemas, Geni foi admitida<br />
na <strong>Coamo</strong> em janeiro <strong>de</strong><br />
1988 na então gerência <strong>de</strong><br />
Processamento <strong>de</strong> Dados,<br />
atual gerência <strong>de</strong> Tecnologia<br />
da Informação e a história<br />
<strong>de</strong> Edilson com a cooperativa<br />
começou um ano e meio<br />
<strong>de</strong>pois, em junho <strong>de</strong> 1989.<br />
“Trabalhando na coopera-<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 85
86 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
tiva, começamos a namorar e nos casamos um<br />
ano <strong>de</strong>pois da minha admissão na <strong>Coamo</strong>. Não<br />
imaginava que o nosso <strong>de</strong>stino fosse selado juntos<br />
na mesma empresa”, conta Edilson Suetomi.<br />
Filha <strong>de</strong> sitiante, Geni não conhecia <strong>de</strong><br />
cooperativa, mas tinha vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> um dia trabalhar<br />
em uma. “Realizei meu sonho, estou feliz na<br />
<strong>Coamo</strong>, uma cooperativa voltada para os cooperados,<br />
que valoriza os funcionários e nos dá<br />
segurança e tranquilida<strong>de</strong> para realizarmos um<br />
bom trabalho.”<br />
Edilson lembra que na década <strong>de</strong> 1980,<br />
as cooperativas tinham a melhor estrutura <strong>de</strong><br />
processamento <strong>de</strong> dados e isso chamava a atenção<br />
dos estudantes. “Nesses 50 anos <strong>de</strong> <strong>Coamo</strong><br />
houve muita evolução e na nossa área a velocida<strong>de</strong><br />
foi muito gran<strong>de</strong> nas últimas décadas”,<br />
lembra Geni, cujo primeiro trabalho foi <strong>de</strong>senvolver<br />
um sistema <strong>de</strong> almoxarifado.<br />
“O meu sentimento é <strong>de</strong> alegria por participar<br />
<strong>de</strong>sses anos todos na história da <strong>Coamo</strong>.<br />
Antes era tudo manual e hoje é tudo informatizado,<br />
mas o que não mudou ao longo dos anos<br />
foi o comprometimento e profissionalismo dos<br />
funcionários para <strong>de</strong>senvolver sistemas em prol<br />
da melhoria do atendimento dos cooperados” diz<br />
Edilson Suetomi.<br />
Edilson e Geni Suetomi se conheceram na <strong>Coamo</strong> e estão casados há 30 anos<br />
Neto <strong>de</strong> dois fundadores<br />
Orgulhoso <strong>de</strong> fazer<br />
parte <strong>de</strong>sta história,<br />
Ilivaldo Duarte <strong>de</strong><br />
Campos, assessor <strong>de</strong> Comunicação,<br />
além <strong>de</strong> funcionário há<br />
36 anos, é neto <strong>de</strong> dois fundadores.<br />
“Eu tenho orgulho <strong>de</strong><br />
ser cooperativista e um orgulho<br />
maior quando vejo os meu<br />
s avôs paterno Romão Martins<br />
e materno Paulo Teixeira Duarte,<br />
entre os 79 fundadores da<br />
<strong>Coamo</strong>. Quando eu olho para<br />
<strong>Coamo</strong> tenho esta felicida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ver uma cooperativa que<br />
ao longo <strong>de</strong> seus 50 anos,<br />
ajudou a transformar a vida<br />
<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> pessoas, da<br />
comunida<strong>de</strong>s e do ambiente<br />
produtivo rural”, consi<strong>de</strong>ra.<br />
Ilivaldo tem a agricultura<br />
e a cooperação marcadas<br />
na sua memória e história. “Tenho<br />
lembranças <strong>de</strong> quando<br />
pequeno com meus avôs. Meu<br />
vô Paulo tinha café na época,<br />
e lembro quando ia na fazenda<br />
e via aquele terreirão <strong>de</strong><br />
café, era uma alegria só. Meu<br />
vô Romão é pioneiro no Município<br />
<strong>de</strong> Luiziana, tinha uma<br />
proprieda<strong>de</strong> cheia <strong>de</strong> samambaia,<br />
normal naquela época,<br />
nos anos 1970. Eu tenho orgulho<br />
<strong>de</strong> ser cooperativista e<br />
uma emoção muito gran<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 87
88 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
ter esse privilégio <strong>de</strong> ser neto <strong>de</strong><br />
dois fundadores da <strong>Coamo</strong>.”<br />
Para o jornalista, a <strong>Coamo</strong><br />
é a melhor universida<strong>de</strong> em todos<br />
os sentidos. “Com seus propósitos<br />
e filosofia, ela tem a confiança<br />
dos cooperados, funcionários e<br />
da diretoria, que fizeram com que<br />
surgisse esta gran<strong>de</strong> cooperativa.<br />
A <strong>Coamo</strong> faz um cooperativismo<br />
completo e é exemplo, baseado<br />
em valores, on<strong>de</strong> tudo é feito com<br />
muita paixão e amor. É uma soma<br />
<strong>de</strong> todos, do mesmo lado com<br />
trabalho, <strong>de</strong>dicação e uma vonta<strong>de</strong><br />
enorme <strong>de</strong> crescer. Isso faz a<br />
<strong>Coamo</strong> ser uma empresa admirada,<br />
<strong>de</strong> confiança e que nos enche<br />
<strong>de</strong> orgulho.”<br />
O assessor <strong>de</strong> Comunicação<br />
parabeniza todos os envolvidos<br />
nesta história. “A cada<br />
dia venho trabalhar e me emociono<br />
quando vejo o monumento<br />
em homenagem aqueles que<br />
sonharam, acreditaram e inicia-<br />
Ilivaldo Duarte aponta os nomes dos avôs,<br />
Paulo Teixeira Duarte e Romão Martins (fotos<br />
ao lado), no Monumento dos Pioneiros<br />
ram tudo isso. Evoluindo e transformando,<br />
a <strong>Coamo</strong> é cada vez<br />
mais forte e respeitada.”<br />
Chegada no momento certo<br />
Há quase 20 anos trabalhado na área Industrial,<br />
dos quais 12 na <strong>Coamo</strong>, o paulista Antonio<br />
Luis Maioli Clara, chefe do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />
Envase em Campo Mourão, conheceu a <strong>Coamo</strong> por<br />
meio <strong>de</strong> um colega que já trabalhava na cooperativa.<br />
“Estava no interior da Bahia em uma gran<strong>de</strong> planta<br />
<strong>de</strong> uma empresa renomada, soube da <strong>Coamo</strong> e, em<br />
setembro <strong>de</strong> 2008, vim para conhecê-la. Gostei tanto<br />
que nunca mais fui embora e se <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mim e<br />
da minha família nunca iremos”, afirma Maiolli.<br />
A satisfação com os produtos da <strong>Coamo</strong> é<br />
gran<strong>de</strong> no mercado e o crescimento verificado nesses<br />
anos da ativida<strong>de</strong> industrial é expressivo. “Os<br />
resultados foram bons, sempre com eficiência e produtivida<strong>de</strong>,<br />
e recentemente a cooperativa expandiu<br />
a refinaria e envase com ativida<strong>de</strong>s na fábrica <strong>de</strong><br />
Dourados. A <strong>Coamo</strong> é uma jovem empresa, que nos<br />
dá muito orgulho <strong>de</strong> nela trabalhar e colaborar para<br />
produzir alimentos com qualida<strong>de</strong>”<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 89
Oportunida<strong>de</strong><br />
A<br />
<strong>Coamo</strong> conta com 401 jovens aprendizes em toda<br />
a área <strong>de</strong> ação no Paraná, Santa Catarina e Mato<br />
Grosso do Sul. O Programa Jovem Aprendiz, proporciona<br />
uma formação <strong>de</strong>ntro dos conceitos <strong>de</strong> aprendizagem<br />
profissional, com conteúdo teórico e prático que<br />
promovem o <strong>de</strong>senvolvimento pessoal e profissional do<br />
adolescente, possibilitando o ingresso no mercado formal<br />
<strong>de</strong> trabalho, na condição <strong>de</strong> aprendiz. O programa é realizado<br />
pela <strong>Coamo</strong> em parceria com instituições <strong>de</strong> ensino.<br />
A cada ano centenas <strong>de</strong> Jovens Aprendizes, têm a<br />
oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar a trajetória profissional <strong>de</strong>ntro<br />
da cooperativa. Muitos, atualmente já ocupam cargos <strong>de</strong><br />
chefia, como é o caso <strong>de</strong> Nivaldo Il<strong>de</strong>brando Moreira. Ele<br />
iniciou com 17 anos na <strong>Coamo</strong> e está há exatos 17, na cooperativa.<br />
Hoje é chefe do <strong>de</strong>partamento Administrativo <strong>de</strong><br />
Transportes. “Essa oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>u um direcionamento<br />
na minha vida. Na <strong>Coamo</strong> apren<strong>de</strong>mos <strong>de</strong> tudo, além das<br />
ativida<strong>de</strong>s inerentes a função, apren<strong>de</strong>mos os valores coo-<br />
Nivaldo I<strong>de</strong>lbrando Moreira e Sara da Silva Nascimento<br />
perativistas, a valorizar as pessoas e, consequentemente, a<br />
formamos um mundo melhor.”<br />
Sara da Silva Nascimento, tem 16 anos e é jovem<br />
aprendiz. Ela revela que se trata <strong>de</strong> uma experiência<br />
única. “O contato direto com a teoria e a prática <strong>de</strong><br />
uma empresa, está contribuindo com o meu futuro. Minha<br />
visão não é mais a mesma.”<br />
Retenção <strong>de</strong> talentos e integração dos funcionários<br />
Na década <strong>de</strong> 70 quando do surgimento da <strong>Coamo</strong>,<br />
a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campo Mourão oferecia pouca estrutura<br />
para as pessoas se encontrarem. Foi então que<br />
um grupo <strong>de</strong> 30 funcionários se reuniram e fundaram a Associação<br />
Recreativa dos Funcionários da <strong>Coamo</strong> (Arcam).<br />
"Foi um período on<strong>de</strong> levamos nossas famílias<br />
para se divertir e se integrar. E a Arcam como importante<br />
benefício, foi <strong>de</strong>cisiva para que pudéssemos contratar novos<br />
profissionais e promover a retenção <strong>de</strong>sses talentos na<br />
cooperativa. Na associação também fazíamos reuniões aos<br />
sábados para avaliar os resultados da semana e ao mesmo<br />
tempo analisar a performance das chefias <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentos<br />
que serviam <strong>de</strong> base para a <strong>de</strong>finição dos futuros gerentes<br />
angulares”, conta o diretor Administrativo Financeiro<br />
Antônio Sérgio Gabriel, que foi presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />
em 1981 e está há 45 anos na <strong>Coamo</strong>.<br />
Segundo Antônio Sérgio, com o passar dos anos,<br />
mais funcionários foram sendo contratados e aumentando<br />
o grupo <strong>de</strong> associados que se encontravam na Arcam com<br />
os mesmos i<strong>de</strong>ais da <strong>Coamo</strong> e focados no esporte e na<br />
integração das pessoas.<br />
A participação dos funcionários na Arcam contribuiu<br />
para consolidar a “Cultura <strong>Coamo</strong>”, que possui regras<br />
<strong>de</strong> comportamento no relacionamento interno e externo<br />
com os funcionários, cooperados e socieda<strong>de</strong>, e teve influência<br />
no futuro da cooperativa.<br />
Antonio Sergio Gabriel, diretor Administrativo e Financeiro da <strong>Coamo</strong><br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 91
50<br />
Perguntas e respostas<br />
sobre a <strong>Coamo</strong><br />
1Como era a realida<strong>de</strong><br />
agrícola na década <strong>de</strong><br />
1960 na região <strong>de</strong> Campo<br />
Mourão?<br />
A região contava com terras impróprias<br />
para a exploração <strong>de</strong>vido<br />
à aci<strong>de</strong>z do solo. Os agricultores<br />
<strong>de</strong>sconheciam a tecnologia<br />
agrícola, tanto que só existiam<br />
cinco tratores na época e apenas<br />
algumas lavouras manuais <strong>de</strong> arroz,<br />
milho e algodão.<br />
2Qual era o ciclo na época<br />
e como ficou conhecida a<br />
região?<br />
O ciclo da ma<strong>de</strong>ira estava chegando<br />
ao fim e a região era conhecida<br />
como terra dos "três Esses”,<br />
com muito sapé, samambaia<br />
e saúva, que fizeram a fama das<br />
terras recém-<strong>de</strong>sbravadas.<br />
3<br />
O Estado do Paraná era o<br />
maior produtor brasileiro<br />
<strong>de</strong> quais culturas?<br />
A agricultura paranaense tinha<br />
o café como gran<strong>de</strong> carro-chefe<br />
com produção <strong>de</strong> 1.004 toneladas.<br />
Em 1968 o Paraná era o<br />
maior produtor brasileiro <strong>de</strong><br />
café, algodão, feijão, milho e batata<br />
inglesa. E o segundo maior<br />
<strong>de</strong> trigo com 114 mil toneladas e<br />
soja com 163 mil toneladas.<br />
4Qual o percentual <strong>de</strong> indústrias<br />
no Paraná na década<br />
<strong>de</strong> 1960?<br />
Era gran<strong>de</strong> o esforço para implantação<br />
<strong>de</strong> indústrias, mas cerca <strong>de</strong><br />
90% da renda gerada no Estado<br />
era proveniente da agricultura.<br />
5<br />
Como foi o <strong>de</strong>sbravamento<br />
das terras pelos<br />
agricultores?<br />
As terras eram <strong>de</strong>sbravadas a<br />
foice, machado e fogo. Nas safras<br />
seguintes entraram o arado<br />
<strong>de</strong> tração animal e planta<strong>de</strong>iras<br />
manuais, os agricultores tiravam<br />
tocos e troncos que resistiam ao<br />
fogo. E logo após as primeiras safras<br />
eles constataram que o solo<br />
não respondia por causa da sua<br />
alta aci<strong>de</strong>z.<br />
6<br />
Quanto custava cada alqueire<br />
<strong>de</strong> terras?<br />
A agricultura parecia não ter futuro,<br />
haja vista que o valor das terras<br />
era <strong>de</strong> apenas Cr$ 100,0 por<br />
alqueire. As terras apresentavam<br />
alta aci<strong>de</strong>z e não havia interesse<br />
em adquiri-las pois não produziam.<br />
7<br />
Qual era um gran<strong>de</strong> problema<br />
para os agricultores?<br />
Já se falava em mecanização<br />
agrícola, expansão do trigo e da<br />
soja e, também, da correção da<br />
aci<strong>de</strong>z do solo. Mas os produtores<br />
<strong>de</strong> café, menta, arroz, milho e<br />
algodão tinham um problema sério<br />
fora da porteira: a comercialização.<br />
Compradores “anoiteciam<br />
mas não amanheciam” e os produtores<br />
perdiam safras inteiras.<br />
8<br />
Como era feita a venda<br />
da produção?<br />
A comercialização dos produtos<br />
agrícolas na época, era realizada<br />
por 58,8% dos agricultores<br />
na proprieda<strong>de</strong>, 36,2% no co-<br />
92 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
mércio <strong>de</strong> Campo Mourão e 5%<br />
em outros centros comerciais. As<br />
vendas eram feitas para intermediários<br />
e o gargalo era a comercialização.<br />
9<br />
A solução então foi o surgimento<br />
<strong>de</strong> cooperativa?<br />
Haviam notícias <strong>de</strong> cooperativas<br />
atuando no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e<br />
outras iniciando no Paraná. Em<br />
Campo Mourão grupos <strong>de</strong> agricultores<br />
fizeram cinco tentativas<br />
para fundar uma cooperativa <strong>de</strong><br />
milho, três agropecuárias e uma<br />
<strong>de</strong> latícinios, sem sucesso, pela<br />
falta <strong>de</strong> conscientização junto aos<br />
agricultores.<br />
10 começou a mudar<br />
Quando a situação<br />
para os agricultores?<br />
Com a chegada em maio <strong>de</strong> 1968<br />
do engenheiro agrônomo recém-<br />
-formado José Aroldo Gallassini,<br />
que como funcionário da extinta<br />
Acarpa (que antece<strong>de</strong>u a Emater)<br />
foi enviado a Campo Mourão<br />
com a missão <strong>de</strong> levantar a realida<strong>de</strong><br />
rural da região.<br />
11 da Acarpa faziam<br />
Os extensionistas<br />
pré-serviço?<br />
Sim, era uma espécie <strong>de</strong> treinamento<br />
intensivo preparatório ao<br />
serviço <strong>de</strong> extensão rural. Eles conheciam<br />
um pouco da realida<strong>de</strong><br />
sobre a agricultura paranaense.<br />
Nesses treinamentos, Gallassini<br />
teve noções mais concretas sobre<br />
cooperativismo e em estágio<br />
na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Imbituva, foi a Irati<br />
e conheceu uma cooperativa <strong>de</strong><br />
erva-mate.<br />
E quanto aos pri-<br />
12 meiros experimentos<br />
agrícolas na região?<br />
O engenheiro agrônomo José<br />
Aroldo Gallassini realizou o levantamento<br />
da realida<strong>de</strong> rural<br />
em Campo Mourão e planejou<br />
as ativida<strong>de</strong>s como extensionista.<br />
Um dos trabalhos importantes<br />
mais importantes foi a implantação<br />
do experimento <strong>de</strong> trigo , do<br />
Ipeas – Instituto <strong>de</strong> Pesquisa- do<br />
Ministério da Agricultura.<br />
O trigo teve gran<strong>de</strong><br />
13 importância econômica?<br />
Sim, nos anos 1960, era lavoura<br />
<strong>de</strong> maior importância na economia<br />
da região com a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong><br />
muitos produtores e a agricultura<br />
se <strong>de</strong>senvolvia com o apoio da<br />
Acarpa.<br />
Qual era a popula-<br />
14 ção rural no Município<br />
<strong>de</strong> Campo Mourão?<br />
A expectativa era por uma nova<br />
fronteira agrícola. Campo Mourão<br />
mostrava sinais <strong>de</strong> crescimento<br />
e contava com uma população<br />
<strong>de</strong> 70 mil habitantes, dos quais<br />
45 mil na área rural.<br />
15 um problema para<br />
A escolarida<strong>de</strong> era<br />
os agricultores?<br />
Os colonos tinham baixa escolarida<strong>de</strong>,<br />
haja vista que apenas 2% tinham<br />
o primário completo e 50%<br />
eram analfabetos. E isso repercutia<br />
negativamente também em<br />
outros aspectos como conforto e<br />
cuidados com a saú<strong>de</strong> – doenças,<br />
água, banheiros e construção <strong>de</strong><br />
privadas. Apenas 20% dos agricultores<br />
tinham privadas e outros<br />
26% tinham chuveiros para banho.<br />
Houve tentativas<br />
16 fracassadas <strong>de</strong> criação<br />
<strong>de</strong> cooperativas na região?<br />
Várias, e uma <strong>de</strong>las após várias<br />
reuniões, foi a criação <strong>de</strong> uma<br />
cooperativa em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
1969 na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campina<br />
do Amoral, distante pouco mais<br />
<strong>de</strong> 30 km <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />
quando o agrônomo Gallassini<br />
havia saído em férias.<br />
Por quê a coopera-<br />
17 tiva em Campina do<br />
Amoral não era viável?<br />
A i<strong>de</strong>ia era formar uma cooperativa<br />
regional e assim Gallassini teve<br />
que convencer os produtores lí<strong>de</strong>res<br />
a <strong>de</strong>sativar a cooperativa,<br />
porque ela não era viável por ser<br />
em um lugar pequeno que nem,<br />
energia elétrica tinha. Mas eles<br />
se ren<strong>de</strong>ram a sugestão <strong>de</strong> que<br />
<strong>de</strong>veria ser em Campo Mourão e<br />
não se pensava em uma cooperativa<br />
para a cida<strong>de</strong> apenas, mas<br />
para a região, com 15 municípios.<br />
Como foi a consti-<br />
18 tuição da cooperativa<br />
<strong>Coamo</strong>?<br />
Após trabalho intenso <strong>de</strong> cons-<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 93
94 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
cientização com reuniões e grupos<br />
<strong>de</strong> trabalho, aconteceu a<br />
esperada assembleia <strong>de</strong> constituição<br />
no sábado, 28 <strong>de</strong> novembro<br />
<strong>de</strong> 1970, na Associação<br />
Atlética banco do Brasil (AABB),<br />
reunindo 79 agricultores que<br />
subscreveram Cr$ 37.540,00 <strong>de</strong><br />
capital, equivalente a 200 salários<br />
mínimos (valor <strong>de</strong> R$ 119.479,03<br />
atualizado em 2009).<br />
Quem foi escolhido<br />
19 primeiro presi<strong>de</strong>nte?<br />
O primeiro presi<strong>de</strong>nte foi Fioravante<br />
João Ferri, que era um ma<strong>de</strong>ireiro<br />
com conhecimento <strong>de</strong><br />
uma cooperativa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras no<br />
Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Foi escolhido<br />
como presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>vido<br />
ao prestígio na comunida<strong>de</strong> e<br />
intocável idoneida<strong>de</strong>. Ele aceitou<br />
o <strong>de</strong>safio, com a condição <strong>de</strong> que<br />
o engenheiro agrônomo José<br />
Aroldo Gallassini fosse o seu gerente<br />
geral, pela sua experiência<br />
como extensionista funcionário<br />
da Acarpa.<br />
20 <strong>Coamo</strong>?<br />
Como surgiu a sigla<br />
Em 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1970,<br />
nasceu a Cooperativa Agropecuária<br />
Mourãoense Ltda, cuja<br />
sigla “<strong>Coamo</strong>” foi sugerida pelo<br />
cooperado e posteriormente vice-presi<strong>de</strong>nte,<br />
Gelindo Stefanuto.<br />
21 para receber trigo?<br />
A <strong>Coamo</strong> nasceu<br />
A primeira se<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> foi em<br />
um escritório com 50 m2 e com<br />
ela veio o crescimento da produção<br />
<strong>de</strong> trigo na região, o que obrigou<br />
a cooperativa a alugar armazéns<br />
para receber a produção.<br />
Naquela época ha-<br />
22 viam sobras?<br />
A <strong>Coamo</strong> foi fundada em 28 <strong>de</strong><br />
novembro <strong>de</strong> 1970 e já nos primeiros<br />
anos haviam sobras do<br />
exercício, o que se tornou uma<br />
tradição ao longo dos 50 anos da<br />
cooperativa.<br />
Quantos associa-<br />
23 dos tinha quando a<br />
cooperativa começou a funcionar?<br />
A <strong>Coamo</strong> funcionou inicialmente<br />
no centro <strong>de</strong> Campo Mourão em<br />
um pequeno escritório alugado,<br />
com máquinas <strong>de</strong> escrever e calculadoras<br />
emprestadas. Em setembro<br />
<strong>de</strong> 1971 tinha 148 associados<br />
e em armazéns alugados<br />
recebeu 209 mil sacas <strong>de</strong> trigo. A<br />
safra <strong>de</strong> trigo foi tão expressiva,<br />
que provocou a contratação <strong>de</strong><br />
financiamento para o surgimento<br />
do primeiro armazém próprio.<br />
A partir <strong>de</strong> que ano<br />
24 a <strong>Coamo</strong> teve ativida<strong>de</strong>s<br />
em se<strong>de</strong> própria?<br />
A <strong>Coamo</strong> começou a funcionar<br />
efetivamente em abril <strong>de</strong> 1972,<br />
quando mudou do escritório alugado<br />
e provisório <strong>de</strong> 50 m², para<br />
as instalações próprias numa<br />
área construída <strong>de</strong> 130 m², com<br />
salas para contabilida<strong>de</strong>, administração,<br />
escritório geral e assistência<br />
técnica.<br />
25 primeiro armazém<br />
Quando surgiu o<br />
e entrepostos?<br />
Em 1º <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1972 foi<br />
inaugurado o primeiro armazém<br />
da cooperativa para 80 mil sacas<br />
com máquinas <strong>de</strong> secagem<br />
e limpeza, financiado pelo BRDE<br />
– Banco Regional <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
do Extremo-Sul. A segunda<br />
etapa entregue em maio do<br />
ano seguinte foi <strong>de</strong> um armazém<br />
graneleiro para 500 mil sacas e<br />
um armazém <strong>de</strong> sementes para<br />
60 mil sacas.<br />
Quais foram os pri-<br />
26 meiros entrepostos<br />
além da Se<strong>de</strong>?<br />
Foram os entrepostos <strong>de</strong> Engenheiro<br />
Beltrão e Mamborê aprovados<br />
em Assembleia Geral no<br />
ano <strong>de</strong> 1974. E <strong>de</strong>pois nesta mesma<br />
década, já era uma potência<br />
regional atuando também nas<br />
regiões <strong>de</strong> Fênix, Boa Esperança,<br />
Peabiru, Iretama, Roncador, Juranda<br />
e Barbosa Ferraz, além da<br />
expansão para as regiões <strong>de</strong> Pitanga<br />
no Centro, e Mangueirnha<br />
e Palmas no Sul do Paraná.<br />
27<br />
Qual fato mudou a<br />
história da <strong>Coamo</strong><br />
na década <strong>de</strong> 1970?<br />
Foi em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1974 com o<br />
falecimento do presi<strong>de</strong>nte Fioravante<br />
João Ferri. Em seu lugar assumiu<br />
o vice-presi<strong>de</strong>nte Gelindo<br />
Stefanuto que administrou a cooperativa<br />
até o término do mandato<br />
na assembleia geral em 1975.<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 95
96 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
Quem foi eleito<br />
28 presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong><br />
em 1975?<br />
Em janeiro <strong>de</strong> 1975 por meio <strong>de</strong><br />
Assembléia Geral, os cooperados<br />
elegeram o engenheiro agrônomo<br />
José Aroldo Gallassini presi<strong>de</strong>nte<br />
da <strong>Coamo</strong>, que iniciava o<br />
seu primeiro mandato a frente<br />
da administração da <strong>Coamo</strong>. Foi<br />
um reconhecimento pelo trabalho<br />
que ele realizou como i<strong>de</strong>alizador<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> as reuniões que<br />
<strong>de</strong>ram origem à cooperativa até<br />
os quatro anos em que ele atuou<br />
como gerente geral da <strong>Coamo</strong>.<br />
Ao seu lado na gestão1978/1978<br />
estiveram Getúlio Ferrari (Vice-<br />
-presi<strong>de</strong>nte), Sérgio Luiz Panceri<br />
(Secretário), e como membros<br />
Efetivos Luiz Antonio Carolo, Gelindo<br />
Stefanuto, Nelson Teodoro<br />
<strong>de</strong> Oliveira, e membros Suplentes<br />
Egildi Primo Mignoso, Gabriel<br />
Cândido Borsato e Dante Salvadori.<br />
Como conselheiros Fiscais<br />
Luiz Massaretto, Antonio Maluff<br />
e Zair Jorger Assad (Efetivos), e<br />
Nivando Antonio Simionato, Ivo<br />
Brunetta e Silvino Scarabelot (Suplentes).<br />
Qual era o perfil do<br />
29 presi<strong>de</strong>nte Gallassini,<br />
eleito em 1975?<br />
O engenheiro agrônomo José<br />
Aroldo Gallassini plantou em<br />
Campo Mourão a semente do<br />
cooperativismo, exemplo para<br />
todo o país. Des<strong>de</strong> jovem ele<br />
sempre foi um entusiasta pelo<br />
movimento e como i<strong>de</strong>alizador,<br />
acreditou que estava no cooperativismo<br />
a solução para os problemas<br />
e o <strong>de</strong>senvolvimento da agricultura,<br />
com a organização, união<br />
e participação dos cooperados.<br />
30 qual era o papel da<br />
Para Gallassini<br />
cooperativa?<br />
Para ele, a cooperativa era e é um<br />
importante agente <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
por meio <strong>de</strong> compromisso<br />
com os cooperados, que oferece<br />
benefícios como assistência<br />
técnica para difusão da pesquisa<br />
e tecnologia, visando o aumento<br />
da produtivida<strong>de</strong>, diversificação<br />
e renda da proprieda<strong>de</strong>, além <strong>de</strong><br />
promover a melhoria da qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vida e do meio ambiente<br />
produtivo.<br />
31<br />
Em<br />
1975 quais foram<br />
importantes<br />
investimentos?<br />
No ano <strong>de</strong> 1975, a <strong>Coamo</strong> instalou<br />
sua Fazenda Experimental,<br />
loja <strong>de</strong> peças e implantou o seu<br />
moinho <strong>de</strong> trigo – primeira indústria<br />
na história da <strong>Coamo</strong>. A partir<br />
dos anos 1980 o setor agroindustrial<br />
teve gran<strong>de</strong> impulso com o<br />
surgimento <strong>de</strong> outras indústrias,<br />
como <strong>de</strong> óleo <strong>de</strong> soja e fiação <strong>de</strong><br />
algodão.<br />
Era possível nos<br />
32 primeiros anos prever<br />
o crescimento da cooperativa?<br />
Sim, porque foi um período marcado<br />
pela consolidação da ‘Cultura<br />
<strong>Coamo</strong>’, com a <strong>de</strong>finição das<br />
regras <strong>de</strong> comportamento no relacionamento<br />
interno e externo<br />
com os funcionários, cooperados<br />
e a socieda<strong>de</strong>. Os primeiros cinco<br />
anos foram encerrados com mais<br />
<strong>de</strong> dois mil associados e vários<br />
entrepostos.<br />
A integração e a co-<br />
33 municação com os<br />
cooperados foram estratégicas<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início?<br />
Sim, em novembro <strong>de</strong> 1974 surgiu<br />
a versão impressa do “Informativo<br />
<strong>Coamo</strong>” que antece<strong>de</strong>u<br />
ao “Jornal <strong>Coamo</strong>” e a “<strong>Revista</strong><br />
<strong>Coamo</strong>”. E partir <strong>de</strong> 1977, a <strong>Coamo</strong><br />
inovou com o programa <strong>de</strong><br />
rádio “Informativo <strong>Coamo</strong>” para<br />
levar informações da cooperativa<br />
<strong>de</strong> forma mais rápida aos cooperados.<br />
Foi na década <strong>de</strong><br />
341980 que a cooperativa<br />
expandiu sua atuação<br />
para Santa Catarina?<br />
Mais precisamente em 10 <strong>de</strong><br />
agosto <strong>de</strong> 1984 é data em que a<br />
<strong>Coamo</strong> “fincou os pés” em Santa<br />
Catarina, com a incorporação da<br />
Cooperal - Cooperativa <strong>de</strong> Abelardo<br />
Luz, comemorada pelos<br />
agricultores pela aprovação nas<br />
duas assembleias. Após 60 dias,<br />
os catarinenses já contavam com<br />
uma loja <strong>de</strong> peças da cooperativa<br />
para ampliar o leque dos benefícios.<br />
Com planejamen-<br />
35 to, quando se <strong>de</strong>u<br />
a expansão da estrutura na Administração<br />
Central?<br />
Com visão para crescimento planejado<br />
com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 97
98 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
suporte as ativida<strong>de</strong>s das unida<strong>de</strong>s,<br />
foi em 1984, então com 14<br />
anos <strong>de</strong> existência, que a cooperativa<br />
inaugurou a primeira etapa da<br />
conclusão do prédio da Administração<br />
Central com três pavimentos.<br />
Uma estrutura mo<strong>de</strong>rna que<br />
facilitaria o <strong>de</strong>senvolvimento das<br />
suas operações em diversas áreas.<br />
A segunda etapa foi encerrada no<br />
final da década <strong>de</strong> 1990 resultando<br />
na organização atual que recebe<br />
os trabalhos das cooperativas<br />
<strong>Coamo</strong> e Credicoamo, além da Via<br />
Sollus Corretora <strong>de</strong> Seguros.<br />
O início da década<br />
36 <strong>de</strong> 1990 foi promissor?<br />
Sem dúvida, logo em 1990 a cooperativa<br />
adquiriu a Indústria <strong>de</strong><br />
Óleo <strong>de</strong> Soja e um Terminal Portuário<br />
em Paranaguá, o que colaborou<br />
significativamente para<br />
o escoamento e a exportação da<br />
produção dos cooperados para o<br />
mercado internacional.<br />
37 a Copa <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong><br />
Quando começou<br />
Cooperados Futebol Suíço?<br />
Em 1993 foi realizada a primeira<br />
edição da Copa <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Cooperados-Futebol<br />
Suíço - o maior<br />
evento esportivo rural do Paíscom<br />
a participação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 7<br />
mil atletas e dirigentes, integrando<br />
500 equipes <strong>de</strong> toda a área <strong>de</strong><br />
ação da cooperativa. O esporte e<br />
lazer promoveram maior integração<br />
entre a família <strong>Coamo</strong> e a<br />
cooperativa.<br />
A presença da Coa-<br />
38 mo na região Oeste<br />
foi iniciada em que ano?<br />
Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1994 e as primeiras<br />
reuniões foram em janeiro<br />
<strong>de</strong> 1995. O início das ativida<strong>de</strong>s<br />
na região Oeste do Paraná para<br />
aten<strong>de</strong>r os produtores <strong>de</strong> Toledo,<br />
Dez <strong>de</strong> Maio, Vila Nova, Nova<br />
Santa Rosa, Bragantina, Tupãssi,<br />
Ouro Ver<strong>de</strong> do Oeste e São Pedro<br />
do Iguaçu.<br />
Difusão <strong>de</strong> tecnolo-<br />
39 gias e boas práticas<br />
sempre estiveram no foco da<br />
assistência técnica?<br />
Sim, por exemplo, em 1998 a<br />
<strong>Coamo</strong> lançou o Projeto <strong>de</strong> Fertilida<strong>de</strong><br />
do Solo e Nutrição <strong>de</strong><br />
Plantas, para aumentar a produtivida<strong>de</strong><br />
e a renda dos cooperados.<br />
E nesse mesmo ano o Trado<br />
<strong>Coamo</strong> para coleta <strong>de</strong> amostras<br />
do solo, fez sucesso no Congresso<br />
Brasileiro <strong>de</strong> Soja.<br />
Como é a preocu-<br />
40 pação e planejamento<br />
com os futuros cooperados?<br />
É muito gran<strong>de</strong>, tanto que em<br />
1998 a <strong>Coamo</strong> iniciou um programa<br />
na educação cooperativista<br />
brasileira com o Programa<br />
<strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Jovens<br />
Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas, que já<br />
tem 24 turmas e foi premiado<br />
em nível nacional. O programa<br />
vem <strong>de</strong>spertando e promovendo<br />
a melhoria na visão geral do<br />
gerenciamento e empreen<strong>de</strong>dorismo<br />
da ativida<strong>de</strong> agropecuária.<br />
41<br />
Des<strong>de</strong><br />
quando a<br />
cooperativa está<br />
atuando no Mato Grosso do<br />
Sul?<br />
Des<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 2004, inicialmente<br />
em Amambai e no ano seguinte<br />
em Caarapó, Laguna Carapã e<br />
Aral Moreira. Posteriormente vieram<br />
os entrepostos <strong>de</strong> Maracaju,<br />
Dourados e Sidrolândia.<br />
No aspecto am-<br />
42 biental houve reconhecimento<br />
do trabalho da<br />
<strong>Coamo</strong> ao longo <strong>de</strong>sses anos?<br />
Sim, a socieda<strong>de</strong> reconhece o trabalho<br />
da <strong>Coamo</strong>. Exemplo disso<br />
foi em 2005 o recebimento dos<br />
prêmios da An<strong>de</strong>f – Associação<br />
Nacional <strong>de</strong> Defesa Vegetal, nas<br />
categorias “Empresa” e “profissional”.<br />
A cooperativa foi premiada<br />
por realizar ações estratégicas<br />
na educação e treinamento sobre<br />
o uso correto e seguro <strong>de</strong> produtos<br />
fitossanitários.<br />
A gestão dos coo-<br />
43 perados foi incentivada<br />
por meio <strong>de</strong> difusão tecnológica<br />
e programas?<br />
Sim, tanto que em 20 <strong>de</strong> junho<br />
<strong>de</strong> 2006 a cooperativa lançou por<br />
exemplo o Programa <strong>de</strong> Aperfeiçoamento<br />
em Gerenciamento Rural,<br />
conhecido como “Na Ponta do<br />
Lápis”, que mudou a vida <strong>de</strong> um<br />
gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> cooperados.<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 99
100 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />
www.alimentoscoamo.com.br
44<br />
Como foi a participação<br />
na difusão<br />
do Plantio Direto?<br />
Muito gran<strong>de</strong>, haja vista que<br />
Campo Mourão foi a segunda<br />
cida<strong>de</strong> do Brasil a implantar esta<br />
tecnologia, que além <strong>de</strong> conservar<br />
e proteger o ambiente produtivo,<br />
com o uso da rotação <strong>de</strong><br />
culturas melhora a estrutura e<br />
aumenta a matéria orgânica no<br />
solo. Sistema está presente na<br />
região há 47 anos, sempre com<br />
apoio da assistência técnica da<br />
<strong>Coamo</strong>.<br />
A inovação faz par-<br />
45 te da atuação da<br />
<strong>Coamo</strong> no apoio aos cooperados?<br />
Sem dúvida, o Cooperado On-<br />
-Line é um exemplo <strong>de</strong> inovação,<br />
sendo uma ferramenta<br />
que oferece serviços para que<br />
os cooperados façam operações<br />
e obtenham informações<br />
<strong>de</strong> on<strong>de</strong> estiverem por meio<br />
do computador pessoal, smartphone<br />
ou tablet.<br />
46<br />
Quando entrou em<br />
operação o novo<br />
moinho <strong>de</strong> trigo?<br />
O início das operações do novo<br />
Moinho <strong>de</strong> Trigo da <strong>Coamo</strong> aconteceu<br />
em 2015 e superou todas<br />
as previsões iniciais atingindo em<br />
poucos meses a capacida<strong>de</strong> máxima<br />
<strong>de</strong> produção.<br />
47<br />
O fim <strong>de</strong> 2006 foi<br />
um marco da industrialização<br />
da cooperativa?<br />
Sim, pois em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>sse<br />
ano a <strong>Coamo</strong> lançou a pedra fundamental<br />
<strong>de</strong> suas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
processamento <strong>de</strong> soja e refinaria<br />
<strong>de</strong> óleo <strong>de</strong> soja em Dourados<br />
(MS), cuja entrada em operação<br />
se <strong>de</strong>u em novembro <strong>de</strong> 2019.<br />
48<br />
Qual é o objetivo<br />
das diretrizes corporativas<br />
da <strong>Coamo</strong>?<br />
Em 2016, cumprindo com seus<br />
objetivos <strong>de</strong> disponibilizar benefícios<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
dos seus cooperados, a <strong>Coamo</strong><br />
apresentou oficialmente suas Diretrizes<br />
Corporativas, presente<br />
em todas as unida<strong>de</strong>s da cooperativa<br />
para conhecimento <strong>de</strong> cooperados,<br />
funcionários, clientes,<br />
parceiros, fornecedores e comunida<strong>de</strong>s,<br />
com “Missão”, “Visão” e<br />
os “Valores” da <strong>Coamo</strong>.<br />
Quando foi con-<br />
49 cluído o processo<br />
<strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> Governança<br />
na <strong>Coamo</strong>?<br />
Em fevereiro <strong>de</strong> <strong>2020</strong>, quando<br />
o engenheiro agrônomo<br />
e i<strong>de</strong>alizador da cooperativa,<br />
José Aroldo Gallassini foi eleito<br />
presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
<strong>2020</strong>/2024 e na assembleia<br />
geral foi apresentada<br />
a Diretoria Executiva, que tem<br />
como presi<strong>de</strong>nte Airton Galinari<br />
e o apoio direto <strong>de</strong> cinco diretorias<br />
para execução do plano <strong>de</strong><br />
ativida<strong>de</strong>s da cooperativa.<br />
50<br />
O que significa a<br />
marca e o slogan<br />
<strong>Coamo</strong> 50 anos?<br />
A marca do jubileu <strong>de</strong> ouro é resultado<br />
<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e representa o<br />
conceito ´Aliança´, sendo exploradas<br />
as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> união e eternida<strong>de</strong>.<br />
O símbolo do infinito e<br />
o formato circular <strong>de</strong> anéis foram<br />
usados como base para a construção<br />
do número 50 e o <strong>de</strong>senho<br />
também procurou transmitir a soli<strong>de</strong>z<br />
e confiança <strong>de</strong>sses 50 anos,<br />
através do peso dos elementos,<br />
e o logotipo reforça o espírito <strong>de</strong><br />
constante evolução e crescimento<br />
da cooperativa. O slogan é “A<br />
vida é a gente que transforma”.<br />
Ele está alinhado com o que acreditamos<br />
e os novos tempos em<br />
que vivemos, e traduz bem o propósito<br />
da <strong>Coamo</strong> e os <strong>de</strong>safios<br />
<strong>de</strong> ir mais além, crescer e prosperar.<br />
O logo "<strong>Coamo</strong> 50 anos" é<br />
resulta do do trabalho do Comitê<br />
<strong>Coamo</strong> 50 anos integrado por<br />
funcionários da cooperativa.<br />
Fonte: Edições do Jornal e <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong><br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 101
SAIBA MAIS SOBRE<br />
OS 50 ANOS DA COAMO!<br />
Acesse: http://www.coamo.com.br/coamo50anos/<br />
ou<br />
aponte o celular com o leitor <strong>de</strong> QR Co<strong>de</strong> na imagem ao lado.<br />
102 REVISTA<br />
<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>
É olhando para<br />
o futuro que,<br />
há 50 anos,<br />
transformamos<br />
o presente em<br />
sucesso.<br />
Mais do que comemorar, esta é uma data para agra<strong>de</strong>cer.<br />
À <strong>de</strong>dicação e ao trabalho sério <strong>de</strong> cada cooperado e<br />
funcionário. Aos parceiros que sempre estiveram ao<br />
nosso lado. A cada cliente que escolhe o produto <strong>Coamo</strong>.<br />
Nessas cinco décadas <strong>de</strong> transformação constante, as<br />
únicas coisas que sempre foram as mesmas são a nossa<br />
gratidão e admiração por vocês.<br />
A vida é a gente que transforma.