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Revista Coamo Edição de Novembro de 2020

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Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />

Ano 46 | <strong>Edição</strong> 508 | <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2020</strong><br />

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />

Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos: iduarte@coamo.com.br,<br />

Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br<br />

Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br<br />

Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br<br />

Milena Luiz Corrêa: mlcorrea@coamo.com.br<br />

Raquel Sumie Eishima: raqueleishima@coamo.com.br<br />

Aline Aristi<strong>de</strong>s Bazan: abazan@coamo.com.br<br />

Lucas Otávio Pavão: lpavao@coamo.com.br<br />

Contato: (44) 3599-8129 - comunicacao@coamo.com.br<br />

Colaboração: Entrepostos, Gerências Angulares e Assessorias<br />

Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula<br />

Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

<strong>Edição</strong> <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima e<br />

Lucas Otávio Pavão<br />

Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários<br />

Contato: (11) 5092-3305<br />

Contato publicitário: Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />

É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados<br />

não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

As fotos <strong>de</strong>sta edição foram produzidas obe<strong>de</strong>cendo os <strong>de</strong>vidos protocolos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Acompanhe a <strong>Coamo</strong> pelas re<strong>de</strong>s sociais<br />

COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />

SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 - Caixa Postal, 460 www.coamo.com.br<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari,<br />

Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, Rogério <strong>de</strong> Mello Barth e Adriano Bartchechen.<br />

CONSELHO FISCAL: Ricieri Zanatta Neto, Diego Rogério Chitolina e Jonathan Henrique Welz Negri (Membros Efetivos). E<strong>de</strong>r Ricci, Clóvis Antonio Brunetta e Jorge Luiz Tonet<br />

(Membros Suplentes).<br />

DIRETORIA EXECUTIVA: Presi<strong>de</strong>nte Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin <strong>de</strong> Mello.<br />

Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor <strong>de</strong> Logística e Operações: E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira. Diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias.<br />

Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,59 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2019: R$ 13,97 bilhões.<br />

Tributos e taxas gerados e recolhidos em 2019: R$ 382,32 milhões. Cooperados: 29.178. Municípios presentes: 71. Unida<strong>de</strong>s: 111.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

3


SUMÁRIO<br />

44 A UPL se orgulha em<br />

participar <strong>de</strong>ssa história.<br />

Nossa homenagem aos agricultores e suas famílias,<br />

que com seu trabalho construíram a <strong>Coamo</strong>.<br />

Que venham mais 50 anos repletos <strong>de</strong> sucesso,<br />

crescimento e parceria!<br />

<strong>Coamo</strong> antecipa R$ /// em sobras<br />

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4 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


História e surgimento da <strong>Coamo</strong><br />

10<br />

Cooperativa foi fundada em 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1970 por um grupo <strong>de</strong> 79 agricultores que<br />

buscavam alternativas para melhorar a sua realida<strong>de</strong> agrícola em Campo Mourão e região<br />

12<br />

O i<strong>de</strong>alizador<br />

José Aroldo Gallassini chegou em Campo Mourão em 1968 como extensionista da<br />

Acarpa. Ele foi o i<strong>de</strong>alizador e li<strong>de</strong>rou todos os trabalhos para fundação da cooperativa.<br />

Ele iniciou como gerente e em janeiro <strong>de</strong> 1975 foi eleito presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong><br />

Fundadores<br />

26<br />

79 agricultores se reuniram e constituíram a <strong>Coamo</strong>. Meio século se passou, e esses pioneiros são<br />

referenciados, por terem acreditado no cooperativismo como ferramenta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

Gestão<br />

52<br />

Em fevereiro <strong>de</strong>ste ano, a <strong>Coamo</strong> implantou uma nova estrutura <strong>de</strong> governança corporativa. Com<br />

a alteração, a administração da cooperativa foi reorganizada com foco nos negócios e no futuro<br />

Estrutura<br />

58<br />

A cooperativa cresceu e hoje está em 71 municípios no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do<br />

Sul. Oferece produtos e serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e uma estrutura completa para os cooperados<br />

Perguntas e respostas<br />

92<br />

Confira 50 perguntas e respostas que apresentam a história, estrutura, evolução e a transformação<br />

da <strong>Coamo</strong>, dos cooperados e do agronegócio, neste meio século <strong>de</strong> existência da cooperativa<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

5


MEIO SÉCULO INSPIRANDO SONHOS E<br />

CONSTRUINDO HISTÓRIAS DE SUCESSO<br />

UMA HOMENAGEM DA SPRAYTEC PELOS 50 ANOS DA MAIOR COOPERATIVA DA AMÉRICA LATINA


50 anos <strong>de</strong> evolução e transformação<br />

É um orgulho comemorar<br />

esse jubileu <strong>de</strong> ouro<br />

<strong>de</strong> uma cooperativa<br />

próspera e bem-sucedida,<br />

responsável e respeitada,<br />

que reúne cooperados<br />

atuantes e comprometidos.<br />

O<br />

mês <strong>de</strong> novembro é<br />

duplamente especial<br />

para os cooperados,<br />

funcionários e famílias da <strong>Coamo</strong><br />

e da Credicoamo. No dia 17, a<br />

Credicoamo completa 31 anos e<br />

no dia 28 <strong>de</strong> novembro é a vez<br />

da <strong>Coamo</strong> festejar 50 anos. Por<br />

isso, os nossos parabéns a todos:<br />

pioneiros, associados, diretoria<br />

e funcionários, pois as cooperativas<br />

são motivos <strong>de</strong> orgulho e<br />

temos muito a comemorar.<br />

Temos a honra e a graça<br />

<strong>de</strong> Deus em comemorar os 50<br />

anos da <strong>Coamo</strong>, fundada por 79<br />

agricultores em 28 <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 1970. Essa história tive a honra<br />

e a graça divina <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r vivê-<br />

-la passo a passo como i<strong>de</strong>alizador,<br />

e ela faz parte da minha vida.<br />

O trabalho <strong>de</strong> fundação<br />

da <strong>Coamo</strong> iniciou em 09 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 1969, com um treinamento<br />

para lí<strong>de</strong>res rurais no<br />

antigo Clube Mourãoense, em<br />

Campo Mourão. Um grupo foi<br />

escolhido para discutir o cooperativismo<br />

e a i<strong>de</strong>ia foi muito bem<br />

recebida. Depois vieram onze reuniões<br />

em diversas comunida<strong>de</strong>s<br />

para formarmos a cooperativa. O<br />

ma<strong>de</strong>ireiro Fioravante João Ferri<br />

foi convidado para ser presi<strong>de</strong>nte.<br />

Ele aceitou com uma condição<br />

que muito me honrou: <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que eu me dispusesse a ajudá-lo<br />

em tudo o que fosse necessário<br />

nos trabalhos da cooperativa.<br />

Para mim, foi o início da<br />

realização <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> sonho<br />

contando com o apoio dos produtores<br />

que compartilhavam da<br />

minha iniciativa. Este sonho está<br />

fazendo 50 anos, <strong>de</strong> muito sucesso<br />

e uma gran<strong>de</strong> realização. Fruto<br />

<strong>de</strong> uma participação com responsabilida<strong>de</strong>,<br />

que representa<br />

uma história com i<strong>de</strong>ias e i<strong>de</strong>ais,<br />

sonhos e propósitos, união e trabalho,<br />

e excelentes resultados.<br />

É um orgulho comemorar<br />

esse jubileu <strong>de</strong> ouro <strong>de</strong> uma<br />

cooperativa próspera e bem-<br />

-sucedida, responsável e respeitada,<br />

que reúne cooperados<br />

atuantes e comprometidos com<br />

seus direitos e <strong>de</strong>veres. Cooperados<br />

que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

do seu porte e tamanho <strong>de</strong> área,<br />

são tratados <strong>de</strong> maneira igualitária.<br />

Assim, juntos, construímos<br />

uma cooperativa com forte espírito<br />

solidário on<strong>de</strong> todos são beneficiados<br />

com a mesma oportunida<strong>de</strong>.<br />

O que nos orgulha não<br />

é tão somente sermos uma cooperativa<br />

forte e gran<strong>de</strong>, mas sim<br />

po<strong>de</strong>rmos olhar para trás e constatar<br />

nesse meio século que com<br />

a prática da nossa união e força,<br />

contribuímos sobremaneira para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento dos nossos<br />

quase 30 mil cooperados, com<br />

evolução e transformação, não<br />

só nos campos <strong>de</strong> produção,<br />

mas também, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida da família <strong>Coamo</strong>.<br />

Nesse clima <strong>de</strong> alegria e festa,<br />

queremos agra<strong>de</strong>cer. Agra<strong>de</strong>cemos<br />

os nossos familiares, a Deus<br />

pela graça concedida da construção<br />

<strong>de</strong> um futuro para nossas famílias<br />

em bases sólidas, com força e<br />

coragem, irmanados pelo espírito<br />

cooperativista. Agra<strong>de</strong>cemos aos<br />

nossos valorosos diretores, funcionários,<br />

autorida<strong>de</strong>s, clientes e fornecedores<br />

que também contribuíram<br />

para o sucesso da <strong>Coamo</strong>.<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />

Presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

7


8 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Jubileu <strong>de</strong> ouro: do sonho a realida<strong>de</strong><br />

O<br />

ato <strong>de</strong> coragem, inovação e transformação<br />

dos 79 agricultores orientados e li<strong>de</strong>rados<br />

pelo i<strong>de</strong>alizador, então engenheiro agrônomo<br />

extensionista da Acarpa, José Aroldo Gallassini,<br />

foram <strong>de</strong>terminantes para a fundação da <strong>Coamo</strong><br />

há 50 anos no dia 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1970.<br />

A <strong>Coamo</strong> chega ao seu Jubileu <strong>de</strong> Ouro<br />

bem estruturada, planejada e organizada para continuar<br />

crescendo e promover o <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />

seus cooperados. Foi assim, pensando no futuro,<br />

que em fevereiro <strong>de</strong>ste ano em Assembleia Geral foi<br />

implantada a estrutura <strong>de</strong> Governança Corporativa<br />

com José Aroldo Gallassini na presidência do Conselho<br />

<strong>de</strong> Administração <strong>2020</strong>/2024.<br />

Com muita honra e alegria, e sabedor das responsabilida<strong>de</strong>s<br />

aceitei o convite para ser o presi<strong>de</strong>nte<br />

Executivo da <strong>Coamo</strong>, tendo como gran<strong>de</strong> lí<strong>de</strong>r e professor<br />

o doutor Aroldo, que é uma referência e contribui<br />

com a missão <strong>de</strong> dar continuida<strong>de</strong> ao trabalho <strong>de</strong><br />

sucesso <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação. Este período<br />

<strong>de</strong> transição tem sido <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> aprendizado para todos<br />

os diretores, que juntos não me<strong>de</strong>m esforços para<br />

continuar este trabalho <strong>de</strong> sucesso da <strong>Coamo</strong>.<br />

Os cooperados são a razão <strong>de</strong> ser da <strong>Coamo</strong>.<br />

Trabalhamos diariamente com entusiasmo e <strong>de</strong>dicação<br />

para cumprir a missão <strong>de</strong> gerar renda com<br />

<strong>de</strong>senvolvimento sustentável do agronegócio. E<br />

sustentabilida<strong>de</strong> no sentido amplo para o êxito das<br />

ativida<strong>de</strong>s dos cooperados, para a manutenção e<br />

apoio aos seus negócios e, também, visando a qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida <strong>de</strong>les e <strong>de</strong> seus familiares.<br />

Como está escrito na história dos 50 anos da<br />

<strong>Coamo</strong>, o nosso cooperativismo é praticado para o<br />

presente e para o futuro, pois a <strong>Coamo</strong> não foi feita<br />

apenas para uma geração, mas para sempre. O nosso<br />

trabalho é realizado para que a nossa cooperativa<br />

seja perpétua e, cada vez mais, atualizada e inovadora,<br />

para difundir tecnologias, evoluir e transformar<br />

nos campos tecnológico, econômico e social.<br />

Com a experiência <strong>de</strong> 33 anos no cooperativismo,<br />

tenho certeza <strong>de</strong> que a <strong>Coamo</strong> é uma<br />

cooperativa administrada com valores e princípios<br />

Um dos motivos <strong>de</strong> sucesso da <strong>Coamo</strong> está na<br />

forte relação entre o cooperado e a cooperativa,<br />

sempre com harmonia, responsabilida<strong>de</strong> e<br />

o sentimento <strong>de</strong> pertencimento, porque a<br />

<strong>Coamo</strong> é a casa do cooperado .<br />

bem <strong>de</strong>finidos. É inovadora nos seus processos e<br />

atitu<strong>de</strong>s, para continuar fazendo um trabalho fantástico<br />

em prol do crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />

cooperados.<br />

Um dos motivos <strong>de</strong> sucesso da <strong>Coamo</strong> está<br />

na forte relação entre o cooperado e a cooperativa,<br />

sempre com harmonia, responsabilida<strong>de</strong> e o sentimento<br />

<strong>de</strong> pertencimento, porque a <strong>Coamo</strong> é a casa<br />

do cooperado, on<strong>de</strong> ele encontra tudo o que precisa<br />

e na hora certa, para planejar e implantar com<br />

confiança e segurança as suas safras.<br />

Parabéns a todos pelos 50 anos da <strong>Coamo</strong>.<br />

São cinco décadas <strong>de</strong> uma missão cumprida com excelência,<br />

fruto dos i<strong>de</strong>ais dos agricultores pioneiros e<br />

do i<strong>de</strong>alizador, que juntos sonharam e acreditaram, e<br />

juntamente com os mais <strong>de</strong> 29 mil cooperados fizeram<br />

da <strong>Coamo</strong> uma cooperativa <strong>de</strong> sucesso.<br />

AIRTON GALINARI<br />

Presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

9


Imagem acima, vista aérea <strong>de</strong> Campo Mourão, em 1960, e<br />

abaixo, cenário do município com o início da agricultura<br />

10 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Início da<br />

TRANSFORMAÇÃO<br />

Final da década <strong>de</strong> 1960.<br />

Fim do ciclo da ma<strong>de</strong>ira na<br />

região <strong>de</strong> Campo Mourão<br />

(Centro-Oeste do Paraná). Uma<br />

região que não contava com tecnologias<br />

agrícolas e contabilizava<br />

na época apenas cinco tratores. O<br />

cenário agrícola registrava algumas<br />

lavouras manuais <strong>de</strong> arroz, milho<br />

e algodão, mas enfrentava um<br />

gran<strong>de</strong> problema: as terras eram<br />

ácidas (impróprias para o plantio),<br />

fracas e <strong>de</strong>svalorizadas, e a região<br />

era conhecida como a terra dos “<br />

3S – sapé, samambaia e saúva".<br />

Esta era a realida<strong>de</strong> da<br />

agricultura na região, período<br />

em que marcou o início da história<br />

da fundação da <strong>Coamo</strong>. Uma<br />

cooperativa que teve sua constituição<br />

consolidada em 28 <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 1970, com a união <strong>de</strong><br />

79 agricultores que enfrentavam<br />

os mesmos problemas da época<br />

e buscavam soluções para que<br />

pu<strong>de</strong>ssem mudar e realida<strong>de</strong>.<br />

Da região <strong>de</strong> poucos recursos<br />

e com solo empobrecido,<br />

ela se transformou ao longo dos<br />

anos, em um centro <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />

agropecuária, com sucesso<br />

industrial, pujança exportadora e<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. A prosperida<strong>de</strong><br />

se alastrou, abraçando outras<br />

áreas do próprio Estado e, <strong>de</strong>pois,<br />

<strong>de</strong> Estados vizinhos.<br />

Os esforços da <strong>Coamo</strong>,<br />

li<strong>de</strong>rada há meio século por José<br />

Aroldo Gallassini, o engenheiro<br />

agrônomo que a i<strong>de</strong>alizou, trouxe<br />

para Campo Mourão e para<br />

todas as regiões às quais chegou<br />

ao longo das décadas, técnicas<br />

apropriadas <strong>de</strong> manejo da terra<br />

e tecnologias avançadas para a<br />

lavoura, além <strong>de</strong> boas práticas<br />

administrativas, visão estratégica<br />

e respeito à natureza.<br />

Não é à toa que, nesses<br />

50 anos, o que era uma pequena<br />

associação <strong>de</strong> agricultores <strong>de</strong><br />

uma região pouco lembrada do<br />

Brasil se converteu em uma das<br />

maiores potências empresariais<br />

do País, reunindo cerca <strong>de</strong> 30 mil<br />

cooperados integrados em 71<br />

regiões produtoras nos Estados<br />

do Paraná, Santa Catarina e Mato<br />

Grosso do Sul. Assim, o agricultor<br />

associado, <strong>de</strong>vidamente amparado<br />

e assessorado, e encontrando<br />

na coletivida<strong>de</strong> cooperativista a<br />

força necessária, é capaz <strong>de</strong> levar<br />

seus sonhos adiante.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 11


Gallassini com o jipe usado no<br />

trabalho <strong>de</strong> extensionista<br />

12 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


O i<strong>de</strong>alismo <strong>de</strong><br />

um cooperativista<br />

Quando o jovem engenheiro<br />

agrônomo<br />

José Aroldo Gallassini,<br />

chegou em Campo<br />

Mourão em um Jipe, não<br />

imaginava a história que era<br />

guardada para ele. Com 27<br />

anos, ele fazia parte <strong>de</strong> um<br />

programa da Acarpa (hoje<br />

Instituto Emater) e foi encarregado<br />

pelas autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

levantar a situação do município<br />

e dar assistência aos<br />

agricultores locais. Gallassini,<br />

nascido em Brusque (SC) e<br />

formado na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

do Paraná, em Curitiba,<br />

logo se ocupou <strong>de</strong> conhecer<br />

a cida<strong>de</strong> – da qual nunca tinha<br />

ouvido falar – e seu potencial,<br />

tanto agropecuário quanto<br />

humano. Ele foi o i<strong>de</strong>alizador<br />

da <strong>Coamo</strong>, se tornando uma<br />

das principais li<strong>de</strong>ranças cooperativistas<br />

do Brasil.<br />

Gallassini foi o responsável<br />

pela organização<br />

dos produtores e a sua inserção<br />

no cooperativismo. O<br />

conhecimento sobre cooperativismo<br />

foi adquirido nos<br />

treinamentos realizados no<br />

“Pré-serviço”, que era um estágio<br />

profissional preparando<br />

o funcionário para suas<br />

ativida<strong>de</strong>s.<br />

Mesmo sem nunca<br />

ter estado em Campo Mourão,<br />

o atual presi<strong>de</strong>nte do<br />

Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

da <strong>Coamo</strong>, na época mostrava<br />

muito entusiasmo, vonta<strong>de</strong><br />

e i<strong>de</strong>alismo, e sabendo<br />

dos <strong>de</strong>safios que teria pela<br />

frente, concluiu o levantamento<br />

da realida<strong>de</strong> rural do<br />

município que tinha 25 mil<br />

habitantes na cida<strong>de</strong> e outros<br />

45 mil no campo.<br />

O i<strong>de</strong>alizador também<br />

conduziu os primeiros<br />

experimentos <strong>de</strong> trigo na região<br />

<strong>de</strong> Campo Mourão, entre<br />

abril a setembro <strong>de</strong> 1969,<br />

com trabalho <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong><br />

varieda<strong>de</strong>s, adubação, calagem<br />

e época <strong>de</strong> plantio, e<br />

logo a seguir, a implantação<br />

da soja na região. Por sua<br />

vez, os agricultores sabiam<br />

que a mecanização agrícola<br />

era a solução para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da agricultura,<br />

que aconteceu com o apoio<br />

<strong>de</strong>cisivo da extensão rural<br />

por meio da Acarpa.<br />

José Aroldo Gallassini, num campo<br />

<strong>de</strong> trigo em Campo Mourão<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 13


A história contada<br />

PELO IDEALIZADOR<br />

O<br />

i<strong>de</strong>alizador e fundador<br />

da <strong>Coamo</strong>, José Aroldo<br />

Gallassini, chegou<br />

em Campo Mourão em 1968. O<br />

jovem catarinense <strong>de</strong> Brusque,<br />

recém formado em engenharia<br />

agronômica, pela Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Paraná (UFPR), quis<br />

trabalhar com extensão rural. Ele<br />

passou no concurso da Acarpa,<br />

atual Emater. “Fiz estágio em Tibagi<br />

e Ibaiti e a empresa queria<br />

me manter por lá, pois eu tinha<br />

<strong>de</strong>sempenhado um bom trabalho.<br />

Eu disse que não queria. Eles<br />

então, me avisaram numa segunda-feira<br />

que eu iria para Campo<br />

Mourão.”<br />

Sem conhecer ou, sequer,<br />

ter ouvido falar em Campo<br />

Mourão, José Aroldo Gallassini<br />

chegou ao município do Centro-Oeste<br />

do Paraná, num jipe,<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> 1954. “Comecei a<br />

realizar um levantamento da realida<strong>de</strong><br />

rural da cida<strong>de</strong>. Era o fim<br />

do ciclo da ma<strong>de</strong>ira. Comecei a<br />

<strong>de</strong>senvolver a assistência técnica.<br />

Um ano <strong>de</strong>pois, em 9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 69, fizemos uma reunião<br />

14 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Primeira máquina <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong><br />

no Clube Mourãoense e um dos<br />

assuntos era cooperativismo”, recorda.<br />

Várias tentativas frustradas<br />

<strong>de</strong> fundar uma cooperativa<br />

na região <strong>de</strong>ixaram os agricultores<br />

receosos. “Vieram muitas<br />

pessoas <strong>de</strong> fora que tomaram o<br />

dinheiro dos agricultores e não<br />

voltaram mais. Nada tinha dado<br />

certo. Mas, naquela reunião a<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fundar uma cooperativa<br />

explodiu novamente.”<br />

Gallassini conta que o,<br />

então, prefeito <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />

Horácio Amaral ofereceu um<br />

terreno para a nova cooperativa.<br />

“O prefeito cumpriu a promessa<br />

e nos ce<strong>de</strong>u o terreno. Fundamos<br />

a <strong>Coamo</strong> em 28 <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 1970 com 79 agricultores<br />

e começamos a trabalhar.”<br />

Na época o jovem extensionista<br />

da Acarpa, foi promovido<br />

e ficou responsável por cuidar<br />

da região que ia <strong>de</strong> Ivaiporã até<br />

Ubiratã, coor<strong>de</strong>nando o trabalho<br />

<strong>de</strong> vários extensionistas. Nesse<br />

mesmo período, Gallassini lembra<br />

que os cooperados pediram<br />

que ele fosse gerente. “Eu aceitei,<br />

mas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que eu tivesse um<br />

salário. Porém, eles ainda não po<strong>de</strong>riam<br />

me pagar. Então, eu disse<br />

que aceitava <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que pu<strong>de</strong>sse<br />

fazer avaliações aos sábados e<br />

domingos pelo Banco do Brasil,<br />

pois era recém casado e precisava<br />

garantir o sustento da minha<br />

família.”<br />

A <strong>Coamo</strong> então <strong>de</strong>slanchou.<br />

A cooperativa, gerenciada<br />

por José Aroldo Gallassini,<br />

iniciou o trabalho que até<br />

hoje não parou. “Começamos<br />

comprando sementes <strong>de</strong> trigo,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> soja. Construímos<br />

o primeiro armazém <strong>de</strong> fundo<br />

chato, que ainda existe, <strong>de</strong>pois<br />

o primeiro escritório e as coisas<br />

foram funcionando bem. Dali<br />

para frente não paramos mais.<br />

Os cooperados confiaram e foi<br />

dando certo. Hoje com 50 anos<br />

temos uma história que muito<br />

nos orgulha e que vem dando<br />

certo pela <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> todos.<br />

Isso é cooperativismo.”<br />

O dia da fundação<br />

A <strong>Coamo</strong> foi fundada<br />

em 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1970 na<br />

Associação dos Funcionários do<br />

Banco do Brasil, on<strong>de</strong> 79 agricultores<br />

assinaram a ata <strong>de</strong> fundação.<br />

Eles foram chegando e assinando,<br />

sem uma or<strong>de</strong>m estabelecida.<br />

Dos 79, seis ainda estão ativos, a<br />

maioria já faleceu e outros foram<br />

embora e per<strong>de</strong>u-se o contato.<br />

Porém, todos <strong>de</strong>ixaram um legado<br />

<strong>de</strong> trabalho e união, que há 50<br />

anos é repassado aos mais <strong>de</strong> 29<br />

mil cooperados.<br />

Do dia da fundação até<br />

a data atual, passa um filme na<br />

mente do i<strong>de</strong>alizador José Aroldo<br />

Gallassini. “Não dava para<br />

imaginar que a <strong>Coamo</strong> chegaria<br />

até aqui com tanto sucesso.<br />

Essas coisas vão acontecendo.<br />

Mas, eu tinha uma qualida<strong>de</strong><br />

que me ajudou. Comecei no<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho aos 13<br />

anos fazendo cobranças da fábrica<br />

<strong>de</strong> móveis do meu pai, <strong>de</strong>pois<br />

em Curitiba, trabalhei em<br />

dois bancos e ainda fiz cálculo<br />

<strong>de</strong> topografia para uma empresa.<br />

Essa experiência, me <strong>de</strong>u<br />

uma boa vivencia para conduzir<br />

o trabalho inicial da cooperativa.<br />

Valorizo o trabalho enquanto<br />

se é novo, pois é on<strong>de</strong> a pessoa<br />

forma a sua personalida<strong>de</strong>.”<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 15


16 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />

/CampoOn


Valores da <strong>Coamo</strong><br />

Os valores da <strong>Coamo</strong> nasceram<br />

com a cooperativa. Foram<br />

influência das pessoas que a fundaram,<br />

pessoas <strong>de</strong> caráter e honestida<strong>de</strong><br />

indiscutíveis. O i<strong>de</strong>alizador,<br />

José Aroldo Gallassini, teve isso em<br />

seu berço e se uniu com pessoas<br />

com os mesmos princípios. “Sempre<br />

ficou claro que ninguém po<strong>de</strong>ria<br />

se valer da <strong>Coamo</strong> para benefício<br />

próprio. Os próprios princípios<br />

cooperativistas são rígidos neste<br />

sentido. Além disso, no aspecto<br />

financeiro também fica evi<strong>de</strong>nte<br />

o caráter <strong>de</strong> uma pessoa. Pagar<br />

suas contas é uma obrigação, pois<br />

quem não o faz, prejudica outras<br />

pessoas. Sempre levamos isso muito<br />

a sério. Tanto que na <strong>Coamo</strong> e<br />

na Credicoamo a inadimplência é<br />

quase zero.”<br />

Confiança<br />

A palavra-chave que <strong>de</strong>fine<br />

a trajetória da <strong>Coamo</strong> é confiança.<br />

Algo que precisa ser adquirido<br />

e não se conquista <strong>de</strong> graça. “A<br />

repetição <strong>de</strong> ações com serieda<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>finem a confiança. O cooperativismo<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da credibilida<strong>de</strong><br />

junto ao quadro social. O cooperado<br />

precisa sentir que a cooperativa<br />

é sua e está com ele. Esse é um dos<br />

motivos do sucesso da <strong>Coamo</strong> nestes<br />

50 anos”, enfatiza Gallassini.<br />

A chegada dos 50 anos<br />

A <strong>Coamo</strong> completa 50 anos muito bem, conforme <strong>de</strong>staca<br />

o fundador da cooperativa. Mudanças na forma <strong>de</strong> administração<br />

foram realizadas neste ano, com o único foco <strong>de</strong> perpetuar<br />

essa prosperida<strong>de</strong>. “Adotamos o sistema <strong>de</strong> governança<br />

corporativa, com um Conselho <strong>de</strong> Administração, no qual fui<br />

eleito presi<strong>de</strong>nte para coor<strong>de</strong>nar uma Diretoria Executiva contratada.<br />

Uma forma <strong>de</strong> gestão que o sistema cooperativismo<br />

brasileiro precisa adotar, pois as cooperativas se tornaram<br />

gran<strong>de</strong>s empresas e para administrar gran<strong>de</strong>s empresas é necessário<br />

o trabalho <strong>de</strong> profissionais qualificados.”<br />

Para Gallassini, essa forma <strong>de</strong> gestão é profissional e<br />

garante a perpetuação da cooperativa. “Em outubro <strong>de</strong> 2019<br />

os associados aprovaram a reforma no Estatuto Social. O conselho<br />

<strong>de</strong> Administração <strong>de</strong>fine as políticas da cooperativa e a<br />

diretoria Executiva toca, seguindo as diretrizes <strong>de</strong>sse conselho.<br />

Essa gestão está indo muito bem.”<br />

A <strong>Coamo</strong> cresceu e vem apresentando resultados positivos.<br />

“A <strong>Coamo</strong> é a maior empresa do Paraná. Nunca imaginávamos<br />

que uma cooperativa <strong>de</strong> 79 agricultores ocuparia esta posição.<br />

Queremos continuar este trabalho e sempre voltados para<br />

o quadro social e funcional, pois nenhuma empresa vai bem se<br />

não tiver uma equipe satisfeita e capaz. Nós po<strong>de</strong>mos envelhecer,<br />

mas a <strong>Coamo</strong> não, ela sempre precisa ser nova, acompanhando<br />

a economia e as mudanças <strong>de</strong> mercado.”<br />

O logo "<strong>Coamo</strong> 50 anos" é resultado do trabalho do<br />

Comitê <strong>Coamo</strong> 50 anos integrado por funcionários da<br />

cooperativa e foi criado pela <strong>de</strong>signer Raquel Eishima, da<br />

Assessoria <strong>de</strong> Comunicação.<br />

Fioravante Ferri e Aroldo Gallassini em evento<br />

Gallassini e o fundador Martin Kaiser em momento histórico no lançamento do logo <strong>Coamo</strong> 50 anos<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

17


O CLUBE AGRO CELEBRA<br />

OS 50 ANOS DA COAMO,<br />

O SONHO DE 79 AGRICULTORES<br />

QUE MUDOU A VIDA DE<br />

MILHARES DE BRASILEIROS.<br />

18 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


O agro está em festa. Há 50 anos a semente do cooperativismo foi plantada no Brasil.<br />

Um sonho que saiu do papel para ir ao campo transformar a agricultura nacional e<br />

hoje dá frutos ao redor <strong>de</strong> todo o país em busca da evolução rural.<br />

Parabéns COAMO, por 50 anos <strong>de</strong> conquistas e contribuições. É uma honra para o<br />

Clube Agro ter você como associada.<br />

E, como datas especiais não po<strong>de</strong>m passar em branco, o Clube Agro resolveu<br />

comemorar esse aniversário com uma Black Friday especial com a COAMO. Aproveite<br />

um mês inteiro <strong>de</strong> promoções imperdíveis para quem vive o agronegócio.<br />

Acesse clubeagro-blackfriday.com.br e confira.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 19


Momento <strong>de</strong> fundação<br />

da <strong>Coamo</strong> com a<br />

assinatura da Ata<br />

Surgimento da <strong>Coamo</strong><br />

UMA “COOPERATIVA COM AMOR”<br />

Na constituição da Cooperativa Agropecuária<br />

Mourãoense Ltda., a sigla <strong>Coamo</strong> foi sugerida pelo<br />

cooperado Gelindo Stefanuto, baseado no lema “Com Amor”.<br />

20 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Ata <strong>de</strong> constituição da <strong>Coamo</strong><br />

Em novembro <strong>de</strong> 1969, em<br />

uma reunião com li<strong>de</strong>ranças<br />

da região, tomou-se a <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>de</strong> estabelecer uma cooperativa<br />

que proporcionasse aos seus<br />

associados melhores condições<br />

<strong>de</strong> produção e comercialização. O<br />

então prefeito da cida<strong>de</strong>, Horácio<br />

Amaral, ofereceu apoio, prometendo<br />

que, constituída a cooperativa,<br />

ce<strong>de</strong>ria a ela um terreno para<br />

que começassem suas ativida<strong>de</strong>s.<br />

Seria necessário escolher<br />

alguém que presidisse a cooperativa.<br />

A pessoa mais indicada<br />

para o cargo era o ma<strong>de</strong>ireiro e<br />

agricultor Fioravante João Ferri,<br />

que aceitou a missão, convidando<br />

Aroldo Gallassini para ser o<br />

gerente geral.<br />

Depois <strong>de</strong> realizada a<br />

assembleia que constituiu a <strong>Coamo</strong>,<br />

foi necessário cumprir diversas<br />

tarefas burocráticas <strong>de</strong> formalização,<br />

como o procedimento<br />

<strong>de</strong> registro. Em agosto <strong>de</strong> 1971,<br />

Aroldo Gallassini se <strong>de</strong>sligou da<br />

Acarpa para assumir a função <strong>de</strong><br />

gerente geral. Com essas etapas<br />

concluídas, a cooperativa passou<br />

a funcionar efetivamente.<br />

Operando em um pequeno<br />

espaço alugado e com<br />

equipamentos – como máquinas<br />

<strong>de</strong> escrever e calcular – emprestados<br />

ou cedidos por associados,<br />

a <strong>Coamo</strong> locou armazéns para<br />

receber a safra <strong>de</strong> trigo daquele<br />

ano. A colheita foi boa e o espaço<br />

arrendado mostrou-se insuficiente.<br />

Em novembro daquele mesmo<br />

ano, os cooperados autorizaram<br />

contratar financiamento para a<br />

construção do seu primeiro armazém<br />

próprio.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 21


Reuniões constantes com os membros dos comitês educativos abriram um canal <strong>de</strong> comunicação direto entre diretoria e associados, base para a consolidação da confiança na cooperativa<br />

Primeiros passos<br />

do crescimento<br />

22 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Em abril <strong>de</strong> 1972, a <strong>Coamo</strong> se mudou<br />

do escritório alugado para uma se<strong>de</strong><br />

própria. Em maio, foi concluída a construção<br />

do primeiro armazém da cooperativa.<br />

Já se previa que ele não seria suficiente para<br />

armazenar a produção dos associados e, por<br />

isso, foi alugado um segundo armazém, mas<br />

nem assim foi possível acolher toda a safra.<br />

Os resultados com a movimentação dos<br />

produtores e entrega da produção foram<br />

impressionantes, motivando a entrada <strong>de</strong><br />

novos associados na cooperativa, que crescia<br />

rapidamente.<br />

Em setembro daquele ano, uma<br />

nova Assembleia Geral Extraordinária aprovou<br />

mais investimentos em infraestrutura.<br />

Solenida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lançamento da pedra fundamental do primeiro armazém, com a<br />

presença do presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, Fioravante João Ferri, do prefeito municipal Renato<br />

Fernan<strong>de</strong>s Silva, do <strong>de</strong>putado estadual Armando Queiroz <strong>de</strong> Moraes e do secretário da<br />

Agricultura do Paraná, Cassiano Gomes dos Reis<br />

Observado por Fioravante João Ferri,<br />

Gallassini mostra a maquete das novas<br />

instalações da <strong>Coamo</strong> a visitantes<br />

Vista área da estrutura da <strong>Coamo</strong> nos primeiros anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 23


Transformação<br />

do solo<br />

O aumento da<br />

produção não se <strong>de</strong>u apenas<br />

como consequência<br />

do número <strong>de</strong> produtores:<br />

uma das tarefas mais<br />

importantes <strong>de</strong>senvolvidas<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo dos<br />

esforços da organização<br />

está relacionada a uma<br />

transformação cultural: o<br />

cuidado com a terra.<br />

A cooperativa incentivou<br />

a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

correção do grau <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z<br />

do solo da região,<br />

que, por ser naturalmente<br />

elevado, não permitia<br />

bons resultados sem<br />

intervenção. Para isso foi<br />

adotado um programa<br />

<strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> calcário,<br />

que, na década <strong>de</strong> 1960,<br />

não era usado por nenhum<br />

dos agricultores da<br />

região, <strong>de</strong> acordo com levantamento<br />

realizado pela<br />

Acarpa naquela época.<br />

O mesmo estudo revelou<br />

outras <strong>de</strong>ficiências que a<br />

<strong>Coamo</strong> ajudou a corrigir:<br />

os efeitos <strong>de</strong> pragas e<br />

doenças; más condições<br />

<strong>de</strong> armazenagem; baixa<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenamento<br />

e processamento<br />

da produção; pouco uso<br />

do crédito rural e dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> comercialização.<br />

DESCENTRALIZAÇÃO<br />

A reputação da <strong>Coamo</strong> como fornecedora <strong>de</strong> insumos e <strong>de</strong>stino<br />

da produção não <strong>de</strong>morou a se alastrar. Como resultado do bom<br />

trabalho inicial e o interesse elevado dos produtores em receber os<br />

benefícios da cooperativa, em 1974 foi aprovada a expansão da <strong>Coamo</strong><br />

para os municípios <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão e Mamborê, próximos<br />

a Campo Mourão. Esses entrepostos entraram em operação em março<br />

do ano seguinte.<br />

Assim, <strong>de</strong> 79 agricultores fundadores, a cooperativa encerrou<br />

seus primeiros cinco anos com mais <strong>de</strong> dois mil associados e, <strong>de</strong> apenas<br />

um sonho, a <strong>Coamo</strong> caminhou a passos firmes para um <strong>de</strong>senvolvimento<br />

expressivo que se consolidaria ao longo dos anos futuros,<br />

constituindo-se como agente <strong>de</strong> transformação da agricultura, <strong>de</strong><br />

pessoas e comunida<strong>de</strong>s.<br />

Primeiras Unida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong><br />

em Barbosa Ferraz e Palmital<br />

24 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Entreposto da <strong>Coamo</strong> em Engenheiro Beltrão<br />

Entreposto da <strong>Coamo</strong> em Mamborê<br />

MUDANÇA NA HISTÓRIA<br />

Mas, antes que qualquer ação mais concreta<br />

pu<strong>de</strong>sse ser tomada, a <strong>Coamo</strong> passou por uma gran<strong>de</strong><br />

perda: o presi<strong>de</strong>nte Fioravante João Ferri faleceu subitamente<br />

em novembro <strong>de</strong> 1974 e o vice-presi<strong>de</strong>nte,<br />

Gelindo Stefanuto, assumiu o cargo interinamente. Ferri<br />

foi escolhido presi<strong>de</strong>nte em 1970 pelos produtores por<br />

sua credibilida<strong>de</strong>, idoneida<strong>de</strong> intocável, <strong>de</strong>dicação e<br />

honestida<strong>de</strong> na busca do bem da coletivida<strong>de</strong>, reunindo<br />

as condições necessárias para assumir a função.<br />

Em janeiro <strong>de</strong> 1975, em votação na Assembleia<br />

Geral, os cooperados elegeram para a presidência<br />

José Aroldo Gallassini, que foi, o responsável<br />

pelo surgimento da <strong>Coamo</strong>. Uma das primeiras<br />

medidas tomadas pela nova gestão, reconhecendo<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajustes estruturais para lidar com<br />

o crescimento já conquistado e planejar o futuro,<br />

foi preparar uma reorganização administrativa.<br />

Foram estabelecidos inicialmente diversos <strong>de</strong>partamentos<br />

como os <strong>de</strong> Transportes, Técnico, Produção<br />

Campo Mourão, Produção Entrepostos, Administrativo<br />

e Financeiro, Fornecimento <strong>de</strong> Insumos,<br />

e Comercial, com o objetivo <strong>de</strong> oferecer um bom<br />

atendimento aos cooperados e racionalizar os sistemas<br />

<strong>de</strong> trabalho.<br />

Fioravante João Ferri, primeiro presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong><br />

Assembleia <strong>de</strong> eleição da nova diretoria, em janeiro <strong>de</strong> 1975,<br />

quando Gallassini foi eleito pela primeira vez presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 25


79 homens com um só objetivo<br />

Quando os 79 agricultores se reuniram e constituíram a <strong>Coamo</strong>, não<br />

imaginavam que 50 anos <strong>de</strong>pois se tornaria uma das maiores cooperativas<br />

do Brasil. Eles se reuniram em prol <strong>de</strong> um só objetivo, que era o<br />

<strong>de</strong> buscar alternativas que pu<strong>de</strong>ssem viabilizar a agricultura em Campo Mourão.<br />

Meio século se passou, e hoje esses pioneiros são referenciados por terem acreditado<br />

no cooperativismo como importante ferramenta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Fundadores por or<strong>de</strong>m numérica<br />

01 - Lourenço Tenório Cavalcanti<br />

02 - Joaldo Saran<br />

03 - Ervalino José Guadagnin<br />

04 - Theodoro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong><br />

05 - João Teodoro <strong>de</strong> Oliveira Sobrinho<br />

06 - Chafik Simão<br />

07 - Alcidio Brignoni<br />

08 - Ermindo Appelt<br />

09 - Sebastião Evangelista Bezerra<br />

10 - Etelvino Eduardo Manfrin<br />

11 - Franz Kaiser<br />

12 - Martin Kaiser<br />

13 - Orlando Palaro<br />

14 - Antoninho Luiz Guadagnin<br />

15 - Pedro Guerreiro<br />

16 - Arnildo Guadagnin<br />

17 - Manoel Geraldo <strong>de</strong> Souza<br />

18 - Atílio Jacob Ferri<br />

19 - Takeshi Ojima<br />

20 - Silvio Gomes<br />

21 - Bruno Gehring<br />

22 - Benedito Rodrigues<br />

23 - Balduino José dos Santos<br />

24 - Elias Semiguem<br />

25 - Créscio Costa<br />

26 - Felipe Costin<br />

27 - João Teodoro <strong>de</strong> Oliveira<br />

28 - Fioravante João Ferri<br />

29 - Il<strong>de</strong>fonso Cezar Ferri<br />

30 - Benito Il<strong>de</strong>fonso Ferri<br />

31 - Victor Alessi<br />

32 - Moacir José Ferri<br />

33 - Luiz Antonio Carolo<br />

Arthur Rodrigues Tramujas Filho<br />

Henrique Gustavo Salonski<br />

34 - Jorge Gonçalves dos Santos<br />

35 - José Cazusa da Silva<br />

36 - Ge<strong>de</strong>ão <strong>de</strong> Lima<br />

37 - João Cor<strong>de</strong>iro da Silva<br />

38 - Olindo Monti<br />

39 - Paulo Costa <strong>de</strong> Faria<br />

40 - Augusto Angelo Tonello<br />

41 - Raimundo Marques <strong>de</strong> Souza<br />

42 - Susumu Takassu<br />

43 - Jaime Jovino Vendramin<br />

44 - José Alves Pereira<br />

45 - Emílio Gimenes<br />

46 - Joaquim Alves Feitoza<br />

47 - Lino Weber<br />

48 - Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira<br />

49 - Ewaldo Tierling<br />

50 - Dirceu Sponholz<br />

51 - Paulo Teixeira Duarte<br />

52 - Emenegildo Carlos Dolci<br />

53 - Gelindo Stefanuto<br />

54 - João Antonio Aguirre Lamezon<br />

55 - José Vasilio Moreira<br />

56 - Gustavo Taborda<br />

57 - Milton Coutinho Machado<br />

58 - Wal<strong>de</strong>mar Koblitz<br />

59 - Noé José Monteiro<br />

60 - José Paulino Carvalho<br />

61 - João Batista Vieira Filho<br />

62 - Emenegildo Geraldo da Silva<br />

63 - Juvenal Manoel dos Santos<br />

64 - Adolfo Geraldo da Silva<br />

65 - Waldomiro Alves dos Santos<br />

66 - José Corsato<br />

67 - Romão Martins<br />

68 - Kazuki Yano<br />

69 - Jorge Elizardo Garcia Árias<br />

70 - José Binote<br />

71 - Jakob Baumann<br />

72 - Waldir José Ferri<br />

73 - José Maria Pereira Sobrinho<br />

74 - Joaquim Inácio Pereira<br />

75 - Durval Correia <strong>de</strong> Souza<br />

76 - Ma<strong>de</strong>ireira Clauri Ltda<br />

77 - Industria e Comércio Trombini S/A<br />

78 - Odonel Procópio <strong>de</strong> Oliveira<br />

79 - Rosalino Mansuetto Salvadori<br />

26 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


01 - Lourenço Tenório Cavalcanti 02 - Joaldo Saran 03 - Ervalino José Guadagnin 04 - Theodoro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong><br />

05 - João Teodoro <strong>de</strong> Oliveira Sobrinho 06 - Chafik Simão 07 - Alcidio Brignoni 08 - Ermindo Appelt<br />

09 - Sebastião Evangelista Bezerra 10 - Etelvino Eduardo Manfrin 11 - Franz Kaiser 12 - Martin Kaiser<br />

13 - Orlando Palaro 14 - Antoninho Luiz Guadagnin 16 - Arnildo Guadagnin 17 - Manoel Geraldo <strong>de</strong> Souza<br />

18 - Atílio Jacob Ferri 19 - Takeshi Ojima 21 - Bruno Gehring 24 - Elias Semiguem<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 27


25 - Créscio Costa 26 - Felipe Costin 27 - João Teodoro <strong>de</strong> Oliveira 28 - Fioravante João Ferri<br />

29 - Il<strong>de</strong>fonso Cezar Ferri 30 - Benito Il<strong>de</strong>fonso Ferri 31 - Victor Alessi 32 - Moacir José Ferri<br />

33 - Luiz Antonio Carolo 33 - Arthur Rodrigues Tramujas Filho 33 - Henrique Gustavo Salonski 35 - José Cazusa da Silva<br />

38 - Olindo Monti 39 - Paulo Costa <strong>de</strong> Faria 40 - Augusto Angelo Tonello 41 - Raimundo Marques <strong>de</strong> Souza<br />

42 - Susumu Takassu 43 - Jaime Jovino Vendramin 44 - José Alves Pereira 45 - Emílio Gimenes<br />

28 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


47 - Lino Weber 48 - Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira 49 - Ewaldo Tierling 50 - Dirceu Sponholz<br />

51 - Paulo Teixeira Duarte 52 - Emenegildo Carlos Dolci 53 - Gelindo Stefanuto 54 - João Antonio Aguirre Lamezon<br />

56 - Gustavo Taborda 57 - Milton Coutinho Machado 58 - Wal<strong>de</strong>mar Koblitz 60 - José Paulino Carvalho<br />

62 - Emenegildo Geraldo da Silva 64 - Adolfo Geraldo da Silva 65 - Waldomiro Alves dos Santos 66 - José Corsato<br />

67 - Romão Martins 68 - Kazuki Yano 69 - Jorge Elizardo Garcia Árias 70 - José Binote<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 29


Parabéns, <strong>Coamo</strong>.<br />

50 anos cultivando união, produzindo<br />

trabalho e colhendo <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

A <strong>Coamo</strong> escreve sua história com cooperação e a força do trabalho. É fazendo<br />

a diferença no campo ao lado dos produtores que ela é hoje a maior cooperativa<br />

agrícola da América Latina.<br />

Dessa semente, continuam nascendo muitos frutos e gerando<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e avanço tecnológico ao agronegócio.<br />

Mais que uma data, essas 5 décadas <strong>de</strong> trabalho e amor<br />

à terra são um marco para nosso setor.<br />

30 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


71 - Jakob Baumann 72 - Waldir José Ferri 74 - Joaquim Inácio Pereira 76 - Ma<strong>de</strong>ireira Clauri Ltda<br />

Teonaldo Siqueira Ribas<br />

77 - Industria e Comércio Trombini S/A<br />

Ivo Mário Trombini<br />

78 - Odonel Procópio <strong>de</strong> Oliveira 79 - Rosalino Mansuetto Salvadori<br />

Monumento aos agricultores pioneiros da <strong>Coamo</strong> inaugurado<br />

em novembro <strong>de</strong> 2000, nos 30 anos da cooperativa<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 31


32 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


PRIMEIRO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />

(1970-1974)<br />

presi<strong>de</strong>nte<br />

Fioravante João Ferri<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

Gelindo Stefanuto<br />

conselho diretor - efetivo<br />

Jorge Elizardo Garcia Árias<br />

conselho diretor - efetivo<br />

Rosalino Mansueto Pazzinato Salvadori<br />

conselho diretor - efetivo<br />

Sussumo Takasu<br />

secretário<br />

Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira<br />

conselho diretor - suplente<br />

Emilio Gimenes<br />

conselho diretor - suplente<br />

Lourenço Tenorio Cavalcanti<br />

conselho diretor - suplente<br />

Ermindo Appelt<br />

PRIMEIRO CONSELHO FISCAL<br />

(1970)<br />

conselho fiscal - efetivo<br />

Odone Procópio <strong>de</strong> Oliveira<br />

conselho fiscal - efetivo<br />

Joaldo Saran<br />

conselho fiscal - efetivo<br />

Theodoro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong><br />

conselho fiscal - suplente<br />

José Binote<br />

conselho fiscal - suplente<br />

Sebastião Evangelista Bezzera<br />

conselho fiscal - suplente<br />

Martin Kaiser<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 33


“<strong>Coamo</strong> trouxe<br />

progresso e dignida<strong>de</strong>”<br />

O agricultor, engenheiro<br />

agrônomo Lourenço Tenório Cavalcanti,<br />

mais conhecido como<br />

“Tenório” é dos fundadores da<br />

<strong>Coamo</strong> ainda em ativida<strong>de</strong>. Seu<br />

Tenório assinou a ata <strong>de</strong> fundação<br />

da <strong>Coamo</strong> com a matrícula<br />

número 01 e está na história entre<br />

os 79 agricultores fundadores<br />

da cooperativa. “Nós estávamos<br />

na reunião e ao final foi formada<br />

uma fila para acatar assinatura<br />

dos agricultores em uma folha <strong>de</strong><br />

papel. Foi então que um colega<br />

sentado na mesa ao lado colocou<br />

o meu nome como número 01 e<br />

<strong>de</strong>u para eu assinar. Fui o número<br />

01, mas po<strong>de</strong>ria ser o número 79.<br />

O importante é estar entre os 79<br />

fundadores que sonharam com a<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> uma cooperativa”, lembra<br />

o agricultor que resi<strong>de</strong> atualmente<br />

na região <strong>de</strong> Maracaju, no<br />

Mato Grosso do Sul.<br />

O cooperado conta que<br />

estudou e se formou na mesma<br />

turma <strong>de</strong> Agronomia <strong>de</strong> José<br />

Aroldo Gallassini na Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, em Curitiba,<br />

na década <strong>de</strong> 1960. “Foi<br />

um trabalho muito interessante,<br />

a gente não imaginava que<br />

a <strong>Coamo</strong> seria o que é, pois na<br />

época não tínhamos a noção da<br />

potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la. A meu ver a<br />

<strong>Coamo</strong> trouxe dignida<strong>de</strong> ao produtor,<br />

e conhecimento que nos<br />

ajuda a progredir.”<br />

“A gente vai melhoran-<br />

do e apren<strong>de</strong>ndo. Me emociono<br />

ao olhar para trás e ver a<br />

evolução que ocorreu nesses<br />

50 anos. O associativismo é<br />

uma coisa muito importante,<br />

assim como a gestão, que é essencial<br />

para continuarmos crescendo<br />

e tendo sucesso”, afirma<br />

seu Tenório.<br />

"A gente não imaginava que a<br />

<strong>Coamo</strong> seria o que é, pois na<br />

época não tínhamos a noção da<br />

potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la."<br />

Lourenço Tenório Cavalcanti, cooperado fundador 01<br />

O momento certo<br />

O fundador, Martim kaiser<br />

lembra que a <strong>Coamo</strong> nasceu<br />

da necessida<strong>de</strong> dos agricultores.<br />

“Um ano antes <strong>de</strong> surgir a cooperativa<br />

nos reunimos e queríamos<br />

fundar uma cooperativa, pois estávamos<br />

à mercê <strong>de</strong> cerealistas.<br />

O Dr. Aroldo teve a i<strong>de</strong>ia e todos<br />

nós acreditamos nele. O trigo foi<br />

a primeira cultura, <strong>de</strong>pois veio a<br />

soja.”<br />

O fundador conta que foi<br />

o 12º a assinar a ata e que estava<br />

buscando agricultores para participar<br />

da fundação. “Eu sou o número<br />

12 porque eu estava cha-<br />

34 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


mando gente para se associar<br />

e o Orlando Palaro, que é o número<br />

13, me perguntou como<br />

é que você quer que eu me associe,<br />

se nem você se associou<br />

ainda. Eu não tinha assinado<br />

ainda, mas estava batalhando<br />

para os outros assinarem. Aí eu<br />

assinei e ele assinou.”<br />

Kaiser se emociona<br />

quando vê o tamanho da <strong>Coamo</strong><br />

atualmente. “É inexplicável.<br />

Quando vejo, por exemplo, a indústria<br />

<strong>de</strong> Dourados, e lembro<br />

que estava junto quando tudo<br />

isso começou, me emociono.<br />

Nosso objetivo era unir pessoas<br />

para trabalhar <strong>de</strong> uma forma<br />

justa aqui na região e, hoje, estamos<br />

no mundo”, relata.<br />

Ainda segundo Martin,<br />

seu pai e o primeiro presi<strong>de</strong>nte<br />

da <strong>Coamo</strong>, Fioravante João<br />

Ferri, já tinham experiência<br />

com cooperativas. “O seu Fioravante<br />

era <strong>de</strong> uma cooperativa<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras do Rio Gran<strong>de</strong> do<br />

Sul e meu pai <strong>de</strong> uma <strong>de</strong> cereais<br />

na Europa. Somado a isso<br />

tinha o doutor Aroldo li<strong>de</strong>rando<br />

e, então, a <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>slanchou.<br />

Penso que nós acertamos tudo.<br />

Fizemos na hora certa e com<br />

gente certa.”<br />

"Nosso objetivo era unir pessoas<br />

para trabalhar <strong>de</strong> uma forma<br />

justa aqui na região e, hoje,<br />

estamos no mundo."<br />

Martin Kaiser, cooperado fundador 12<br />

De mãos dadas e com honestida<strong>de</strong><br />

Antes da <strong>Coamo</strong> ser<br />

fundada, o cooperativismo não<br />

estava numa boa fase. Segundo<br />

o fundador João Teodoro <strong>de</strong><br />

Oliveira Sobrinho, o incentivo<br />

<strong>de</strong> José Aroldo Gallassini, então<br />

extensionista da Acarpa, foi crucial<br />

para se fundar a cooperativa<br />

mourãoense. “Acreditamos<br />

nessa i<strong>de</strong>ia, pois acreditamos,<br />

também, no Dr. Aroldo. Hoje,<br />

felizmente a <strong>Coamo</strong> é gran<strong>de</strong><br />

e respeitada. Ela mudou a imagem<br />

do cooperativismo.”<br />

João Teodoro ressalta<br />

que 50 anos não são 50 dias. Na<br />

história da <strong>Coamo</strong>, são 50 anos<br />

<strong>de</strong> uma história inspiradora. “Estamos<br />

marcados para sempre<br />

com essa história. É um orgulho<br />

fazer parte disso, pois foi a união<br />

<strong>de</strong> várias mãos que ergueram a<br />

<strong>Coamo</strong>, esse extraordinário estabelecimento.”<br />

Para o fundador número<br />

5, a <strong>Coamo</strong> é a prova <strong>de</strong><br />

que on<strong>de</strong> há honestida<strong>de</strong>, há<br />

prosperida<strong>de</strong>. “A <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>u<br />

certo porque aqui não tem corrupção,<br />

não tem ‘marmelada’,<br />

aqui não tem divisão injusta<br />

<strong>de</strong> recursos. Pelo contrário, se<br />

divi<strong>de</strong> os ganhos entre os cooperados.<br />

A administração é a<br />

mais exemplar que um cidadão<br />

po<strong>de</strong> ter em sua vida. Sem contar,<br />

que houve uma transformação<br />

na vida <strong>de</strong> todos os envolvidos”,<br />

<strong>de</strong>staca.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 35


Segundo João Teodoro, todos estão <strong>de</strong> parabéns<br />

por este jubileu <strong>de</strong> ouro da cooperativa. “Tenho<br />

gratidão por tudo que aconteceu durante esse tempo,<br />

por esse sucesso da <strong>Coamo</strong>. Parabéns a diretoria,<br />

parabéns para nós fundadores, parabéns aos cooperados<br />

que ajudaram isso aqui crescer <strong>de</strong>ssa forma<br />

magnífica e que Deus nos dê condições <strong>de</strong> fortalecer<br />

ainda mais a <strong>Coamo</strong>.”<br />

“Estamos marcados para sempre<br />

com essa história. É um orgulho<br />

fazer parte, pois foi a união<br />

<strong>de</strong> várias mãos que ergueram<br />

a <strong>Coamo</strong>, esse extraordinário<br />

estabelecimento.”<br />

João Teodoro <strong>de</strong> Oliveira Sobrinho, cooperado fundador 05<br />

Família <strong>de</strong> fundadores<br />

A família <strong>de</strong> Moacir Ferri era do ramo da ma<strong>de</strong>ira.<br />

Eles vieram para Campo Mourão, explorar o<br />

segmento no final da década <strong>de</strong> 60. Porém, a ma<strong>de</strong>ireira<br />

fechou e eles ficaram sem rumo. Foi quando<br />

começaram a mexer com lavoura. Logo em seguida,<br />

começou a movimentação para se fundar a cooperativa.<br />

“Juntamos os agricultores das regiões <strong>de</strong> Campina<br />

do Amoral e Piquirivaí, e viemos para Campo Mourão.<br />

Nos reunimos na associação do Banco <strong>de</strong> Brasil e fun-<br />

“A meta sempre foi melhorar a cada dia. Com isso,<br />

fomos crescendo e crescendo. A cada ano, tínhamos<br />

que fazer um armazém novo, e a turma achava<br />

que era <strong>de</strong>mais, mas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> construído já não<br />

comportava mais a <strong>de</strong>manda."<br />

Moacir Ferri, cooperado fundador 32<br />

36 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


damos a <strong>Coamo</strong>. Nossa família<br />

não tinha muita noção sobre a<br />

lida com a lavoura”, recorda o<br />

fundador número 32.<br />

Com diversos membros<br />

da família entre os fundadores,<br />

Moacir não imaginava que a<br />

<strong>Coamo</strong> se tornaria o que é hoje.<br />

“Entre os fundadores tinham<br />

meu tio, Fioravante João Ferri,<br />

meu pai, Afonso César Ferri,<br />

meu irmão, Benito Ferri, Vitor<br />

Alécio, meu cunhado, todos<br />

falecidos, e eu, que na época<br />

tinha 23 anos. Penso que nem<br />

nos melhores sonhos do Aroldo,<br />

ele imaginou que a <strong>Coamo</strong><br />

chegaria aon<strong>de</strong> chegou. Nossa<br />

intenção era apenas montar um<br />

grupo para ter força nas negociações.”<br />

Para o fundador, um<br />

dos segredos da <strong>Coamo</strong> foi a<br />

reunião <strong>de</strong> pessoas coesas e inteligentes.<br />

“A meta sempre foi<br />

melhorar a cada dia. Com isso,<br />

fomos crescendo e crescendo. A<br />

cada ano, tínhamos que fazer um<br />

armazém novo, e a turma achava<br />

que era <strong>de</strong>mais, mas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

construído já não comportava<br />

mais a <strong>de</strong>manda. Já faltava espaço,<br />

<strong>de</strong> tão acelerado que foi<br />

esse crescimento da <strong>Coamo</strong>.”<br />

Outro aspecto que Moacir<br />

Ferri <strong>de</strong>staca é o crescimento<br />

que a <strong>Coamo</strong> trouxe à Campo<br />

Mourão. “A cooperativa trouxe<br />

um fluxo <strong>de</strong> dinheiro muito gran<strong>de</strong><br />

para Campo Mourão. É uma<br />

região essencialmente agrícola,<br />

os ma<strong>de</strong>ireiros que tinham foram<br />

embora, sumiram e Campo<br />

Mourão vivia da ma<strong>de</strong>ira. Como<br />

a ma<strong>de</strong>ira acabou, o dinheiro<br />

também acabou. Está aí a 'olhos<br />

nus', aon<strong>de</strong> a <strong>Coamo</strong> se instala,<br />

as coisas melhoram. Ela leva<br />

conhecimento, condições e ensinamentos<br />

para os agricultores<br />

evoluírem.”<br />

Orgulho <strong>de</strong>ssa história<br />

O orgulho <strong>de</strong> ser fundador é tão gran<strong>de</strong> que<br />

nem cabe no coração <strong>de</strong> Etelvino Eduardo Manfrin.<br />

Isso porque ele sabe que aquela i<strong>de</strong>ia que surgiu em<br />

1970 <strong>de</strong>u certo. “A <strong>Coamo</strong> está indo muito bem. É<br />

uma gran<strong>de</strong> cooperativa e com resultados incríveis.<br />

Quer motivo maior que esse para se sentir tão orgulhoso?!”,<br />

indaga o fundador número 10.<br />

Ao lembrar do início <strong>de</strong>ssa história, Etelvino<br />

conta que não imaginava que a <strong>Coamo</strong> se tornaria o<br />

que é. “Os cooperados confiaram na <strong>Coamo</strong> e sempre<br />

participaram da sua cooperativa. Isso fez toda a<br />

diferença. A <strong>Coamo</strong> é especial. Ela ajuda o cooperado<br />

<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, se você precisar, ela está aí. Eu tiro o<br />

chapéu pra <strong>Coamo</strong> e sempre serei <strong>Coamo</strong>.”<br />

"A <strong>Coamo</strong> é especial, ajuda o cooperado<br />

<strong>de</strong> verda<strong>de</strong> no que precisar. Eu tiro<br />

o chapéu para a nossa cooperativa e<br />

sempre serei <strong>Coamo</strong>.”<br />

Etelvino Manfrin, cooperado fundador 10<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 37


Meio século <strong>de</strong><br />

trabalho, <strong>de</strong>dicação<br />

e gran<strong>de</strong>s resultados.<br />

PARABÉNS,<br />

COAMO!<br />

Conte sempre<br />

com a Yara Brasil<br />

nessa história<br />

<strong>de</strong> sucesso.<br />

38 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Constante evolução<br />

Claudio Francisco Bianchi<br />

Rizzatto chegou na <strong>Coamo</strong><br />

quando a cooperativa<br />

tinha apenas quatro anos.<br />

São 46 anos que o cooperado<br />

acompanha a transformação<br />

realizada pela <strong>Coamo</strong>. “É um<br />

orgulho muito gran<strong>de</strong>, porque<br />

eu ouvi, presenciei, participei<br />

<strong>de</strong> todo esse <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da <strong>Coamo</strong>. Imagina em 1974<br />

quando me mu<strong>de</strong>i para Campo<br />

Mourão, só tinha a <strong>Coamo</strong> aqui.<br />

Aí começou todo esse <strong>de</strong>senvolvimento<br />

que pu<strong>de</strong> participar.<br />

Cheguei como assessor <strong>de</strong> cooperativismo,<br />

on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong> fazer o<br />

trabalho <strong>de</strong> Comitês Educativos,<br />

<strong>de</strong>senvolvendo toda a parte <strong>de</strong><br />

cooperativismo. Depois, fui chamado<br />

para completar o quadro<br />

técnico da <strong>Coamo</strong>, aon<strong>de</strong> fui o<br />

quarto agrônomo a entrar na<br />

cooperativa, <strong>de</strong>pois fui promovido<br />

a superinten<strong>de</strong>nte Técnico e<br />

eleito vice-presi<strong>de</strong>nte”, recorda<br />

o atual membro do Conselho <strong>de</strong><br />

Administração.<br />

Para Rizzatto, o <strong>de</strong>staque<br />

da <strong>Coamo</strong> está em propiciar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do agricultor.<br />

“A transformação que os produtores<br />

tiveram nesses 50 anos foi<br />

algo incrível. A <strong>Coamo</strong> chegou<br />

em regiões muito atrasadas, aon<strong>de</strong><br />

não chegava assistência técnica.<br />

Uma coisa que a <strong>Coamo</strong> fez e<br />

é um exemplo para todo o país,<br />

é o <strong>de</strong>senvolvimento da área<br />

técnica. Junto com o <strong>de</strong>senvol-<br />

A <strong>Coamo</strong> chegou em regiões<br />

muito atrasadas, aon<strong>de</strong> não<br />

chegava assistência técnica.<br />

Junto com o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

agronômico, veio o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento sustentável,<br />

on<strong>de</strong> melhorou a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida do produtor.”<br />

Claudio Rizzatto, membro do<br />

Conselho <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong><br />

vimento agronômico, veio o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável, on<strong>de</strong><br />

melhorou a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do<br />

produtor.”<br />

Uma empresa que começou<br />

pequena e, hoje, é a<br />

maior empresa do Paraná, é<br />

motivo <strong>de</strong> orgulho para Rizzatto.<br />

“Me orgulha ver que a<br />

mesma empresa que começou<br />

pequena, hoje do tamanho que<br />

ela é, continua com os mesmos<br />

princípios <strong>de</strong> quando tinha 300<br />

associados. Os cooperados<br />

continuam sendo tratados pelo<br />

nome, não como números. Não<br />

importa se é pequeno, médio<br />

ou gran<strong>de</strong> produtor. Isso é difícil<br />

num mercado competitivo.”<br />

Claudio Rizzatto enfatiza<br />

que a <strong>Coamo</strong> tem muito mais<br />

para crescer. “Sabemos que é<br />

uma empresa que foi construída<br />

para vida inteira. Isso dá orgulho<br />

na gente, porque não estamos<br />

terminando em 50 anos, mas<br />

estamos apenas começando. A<br />

<strong>Coamo</strong> é infinita, não tem limite.<br />

Cada dia a gente vai se surpreen<strong>de</strong>r<br />

mais. Só sei que daqui<br />

30,50,100 anos a <strong>Coamo</strong> vai ser<br />

muito maior e muito melhor.”<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 39


40 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Coração cooperativista<br />

É<br />

um sonho que se tornou<br />

realida<strong>de</strong>”. Assim, o engenheiro<br />

agrônomo Ricardo<br />

Accioly Cal<strong>de</strong>rari <strong>de</strong>fine a <strong>Coamo</strong>.<br />

Associado e membro do Conselho<br />

<strong>de</strong> Administração, foi Diretor<br />

Secretário da cooperativa durante<br />

36 anos e participou <strong>de</strong> diversas<br />

<strong>de</strong>cisões importantes para o<br />

crescimento da <strong>Coamo</strong>. Inclusive,<br />

foi um dos precursores do plantio<br />

direto no Brasil. “Quando me formei,<br />

passei em três testes, e um<br />

<strong>de</strong>les foi para Campo Mourão. Fui<br />

aconselhado por um primo agrônomo,<br />

a vir para o município, pois<br />

tinha tudo para crescer, pois as<br />

terras aqui eram ácidas e fracas,<br />

uma realida<strong>de</strong> que eu já vivenciava<br />

na Lapa/PR.”<br />

Ao lembrar como era há<br />

50 anos, ele revela que a situação<br />

do solo era complexa, não tinha<br />

sequer calcário para aplicar.<br />

“Faltava uma cooperativa e com<br />

a fundação da <strong>Coamo</strong> as terras<br />

“<br />

"Os 79 agricultores que<br />

fundaram a <strong>Coamo</strong>,<br />

encontraram a pessoa certa,<br />

pois para uma cooperativa dar<br />

certo, o presi<strong>de</strong>nte precisa ter o<br />

coração do cooperativismo e o<br />

Dr. Aroldo tem isso."<br />

Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, membro do<br />

Conselho <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong><br />

foram corrigidas e começaram a<br />

melhorar as produtivida<strong>de</strong>s. Passou<br />

a ser realizado um trabalho<br />

com tecnologia”, <strong>de</strong>staca Cal<strong>de</strong>rari.<br />

Na sua opinião, sem a<br />

<strong>Coamo</strong> não haveria transformação.<br />

“Ela transformou as terras, as<br />

famílias e reduziu o êxodo rural.<br />

Os agricultores começaram a se<br />

mecanizar, e foi tão forte essa entrada<br />

da <strong>Coamo</strong> que o segundo<br />

plantio direto do Brasil foi exatamente<br />

aqui. Em seis anos, a <strong>Coamo</strong><br />

se tornou a maior referência<br />

na conservação <strong>de</strong> solos no Brasil.<br />

Tanto que em 1976, foi lançado<br />

o Plano Nacional <strong>de</strong> Conservação<br />

<strong>de</strong> Solos (PNCS), e pelo<br />

exemplo dos agricultores, foi<br />

inaugurado um monumento em<br />

Campo Mourão, com a presença<br />

do então ministro <strong>de</strong> Agricultura,<br />

Alysson Paulinelli”, recorda.<br />

Para Cal<strong>de</strong>rari a <strong>Coamo</strong><br />

<strong>de</strong>u certo por diversos fatores,<br />

mas o principal foi a escolha da<br />

pessoa certa para conduzir a fundação<br />

da cooperativa. “Os 79 agricultores<br />

que fundaram a <strong>Coamo</strong>,<br />

encontraram a pessoa certa, pois<br />

para uma cooperativa dar certo, o<br />

presi<strong>de</strong>nte precisa ter o coração<br />

do cooperativismo e o Dr. Aroldo<br />

tem isso. Ele foi a melhor escolha,<br />

pois ele tem princípios que sempre<br />

serão atuais, o que é certo é<br />

certo, e o que é errado é errado.<br />

Não existe meio termo. Po<strong>de</strong> ser<br />

que o mundo não seja mais assim,<br />

mas na <strong>Coamo</strong> é.”<br />

Segundo o cooperado,<br />

chegar nos 50 anos <strong>de</strong> fundação<br />

em harmonia, é algo para se<br />

comemorar. “É fabuloso. Nunca<br />

tivemos nenhum problema, pois<br />

a <strong>Coamo</strong> sempre teve 'os pés'<br />

no chão, dando passos seguros.<br />

Por isso, ser <strong>Coamo</strong> é um orgulho.<br />

Um orgulho que se esten<strong>de</strong><br />

a todos os paranaenses, catarinenses<br />

e sul-mato-grossenses”,<br />

<strong>de</strong>staca Cal<strong>de</strong>rari.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 41


42 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 43


Quando<br />

fazemos juntos,<br />

transformamos<br />

sonhos em<br />

realizações.<br />

ƒ<br />

Em cinco décadas <strong>de</strong> história, a <strong>Coamo</strong> transformou<br />

a vida <strong>de</strong> muita gente. Com a força do trabalho<br />

colaborativo e muita vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer, a cooperativa<br />

agrícola cresceu, transformando-se em uma das<br />

maiores da América Latina, com mais <strong>de</strong> 29 mil<br />

agricultores associados no Paraná, em Santa Catarina<br />

e no Mato Grosso do Sul. Histórias como essa inspiram<br />

a STIHL dar o seu melhor todos os dias, oferecendo as<br />

ferramentas certas para que o trabalho cooperado siga<br />

sempre forte e avançando.<br />

Parabéns, <strong>Coamo</strong>, pelos seus 50 anos.<br />

@STIHLBRASIL<br />

STIHL BRASIL<br />

@STIHLOFICIAL<br />

STIHL BRASIL OFICIAL<br />

STIHL.COM.BR<br />

44 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


29 MIL COAMOS<br />

Cooperado quis, cooperado fez<br />

Unidos pelo mesmo i<strong>de</strong>al<br />

e com fé na solidarieda<strong>de</strong><br />

entre os homens, foram<br />

i<strong>de</strong>ntificados quais eram os<br />

problemas e as necessida<strong>de</strong>s da<br />

época e, juntos, partiram para a<br />

solução: a solução foi a <strong>Coamo</strong>.<br />

Portanto, cada cooperado é uma<br />

<strong>Coamo</strong>. Porque a <strong>Coamo</strong> é exatamente<br />

a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu cooperado.<br />

Quando os 79 agricultores<br />

se uniram – e hoje são mais<br />

<strong>de</strong> 29 mil – não foi simplesmente<br />

para ficarem juntos, mas sim<br />

para fazerem alguma coisa juntos.<br />

Como precisavam <strong>de</strong> armazéns<br />

para guardar seus produtos,<br />

subscreveram capital na<br />

<strong>Coamo</strong>, financiaram esse capital<br />

Primeiros armazéns da<br />

<strong>Coamo</strong> na década <strong>de</strong> 1970<br />

e com o dinheiro do financiamento<br />

construíram os armazéns<br />

que precisavam. E esses armazéns<br />

foram construídos sempre<br />

perto das proprieda<strong>de</strong>s dos<br />

cooperados.<br />

Depois concluíram que<br />

precisavam se abastecerem dos<br />

insumos mo<strong>de</strong>rnos para po<strong>de</strong>rem<br />

plantar e obter uma maior<br />

produtivida<strong>de</strong>. Sementes selecionadas,<br />

adubos e <strong>de</strong>fensivos<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e a preços justos.<br />

Assim, por meio da <strong>Coamo</strong>, foi<br />

possível fazer concorrência e<br />

comprarem em conjunto tudo<br />

o que precisavam. E algo muito<br />

importante: esses insumos estão<br />

sempre na hora certa que o cooperado<br />

precisa para plantar.<br />

Departamento<br />

técnico<br />

Como diz o ditado: “uma<br />

coisa puxa a outra”. Na época,<br />

já não bastava mais ter esses<br />

insumos na hora certa, e a preços<br />

justos. Era preciso mais. Era<br />

preciso que tivesse alguém, com<br />

conhecimento técnico agronômico,<br />

que orientasse os cooperados<br />

sobre a melhor forma <strong>de</strong><br />

aplicar esses insumos, cultivar a<br />

terra e preservá-la.<br />

Foi então que se criou o<br />

Departamento Técnico, que inicialmente<br />

prestava assistência<br />

técnica agronômica, mas que<br />

hoje, por necessida<strong>de</strong> dos cooperados,<br />

também presta assistência<br />

médica veterinária.<br />

O <strong>de</strong>partamento Técnico<br />

exerce um papel <strong>de</strong> muita importância<br />

junto ao quadro social,<br />

principalmente na redução dos<br />

custos <strong>de</strong> produção, aumento<br />

da produtivida<strong>de</strong>, conservação e<br />

fertilida<strong>de</strong> do solo.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 45


Fazenda Experimental<br />

Novas técnicas <strong>de</strong> plantio,<br />

<strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> solos,<br />

<strong>de</strong> combate a doenças e pragas<br />

foram surgindo. Mas, para<br />

cada produtor testar tudo isso<br />

em sua proprieda<strong>de</strong> sairia muito<br />

caro, dificultoso e sem um<br />

resultado confiável. Surgiu então<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos se<br />

unirem e proce<strong>de</strong>r testes em<br />

um só lugar. Foi assim que em<br />

1975 surgiu a Fazenda Experimental<br />

<strong>Coamo</strong>, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolvem<br />

experimentos com<br />

novas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cultivares.<br />

On<strong>de</strong> os novos <strong>de</strong>fensivos<br />

e varieda<strong>de</strong>s que surgem são<br />

testados, para <strong>de</strong>pois serem<br />

utilizados pelos cooperados.<br />

Além <strong>de</strong>sses serviços, a Fazenda<br />

é uma escola para os cooperados<br />

e um gran<strong>de</strong> ponto <strong>de</strong><br />

apoio para a formação da equipe<br />

técnica.<br />

Encontro <strong>de</strong> cooperados na Fazenda Experimental <strong>Coamo</strong><br />

Expansão<br />

Como as coisas foram<br />

dando certo, porque os cooperados,<br />

cada vez mais unidos,<br />

viam, a cada ano que passava, o<br />

seu i<strong>de</strong>al se concretizar e fortalecer,<br />

a cooperativa foi pegando<br />

corpo e po<strong>de</strong> contratar técnicos<br />

em outras áreas como comercialização<br />

e administração em geral,<br />

os quais sempre procuraram<br />

melhorar os serviços prestados<br />

aos cooperados, po<strong>de</strong>ndo assim<br />

resolver os seus problemas <strong>de</strong><br />

forma conjunta.<br />

Desta forma, outras regiões,<br />

vendo que com a união <strong>de</strong><br />

Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Boa Esperança<br />

todos podiam resolver seus problemas<br />

comuns, pediam que as<br />

experiências dos cooperados da<br />

<strong>Coamo</strong> fossem transferidas para<br />

outras localida<strong>de</strong>s. Assim, a <strong>Coamo</strong><br />

está presente em 71 municípios<br />

do Paraná, Santa Catarina e<br />

Mato Grosso do Sul.<br />

46 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Programas e educação social<br />

Assim foi acontecendo.<br />

A união <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s,<br />

médios e pequenos<br />

produtores rurais foi conseguindo<br />

resolver os seus<br />

problemas comuns.<br />

Os pequenos cooperados,<br />

enten<strong>de</strong>ram que<br />

necessitavam ter uma ativida<strong>de</strong><br />

alternativa em sua<br />

proprieda<strong>de</strong>, que viesse<br />

a ocupar melhor o tempo<br />

disponível em suas ativida<strong>de</strong>s<br />

e, ao mesmo tempo,<br />

lhes proporcionasse uma<br />

renda extra.<br />

Pois isto foi possível<br />

<strong>de</strong> ser concretizado,<br />

por meio da criação <strong>de</strong><br />

projetos como Colono,<br />

Suinocultura, Gado Leiteiro<br />

e Café A<strong>de</strong>nsado, entre<br />

outros, os quais, com<br />

uma assistência técnica<br />

personalizada aten<strong>de</strong>ram<br />

as necessida<strong>de</strong>s dos cooperados<br />

em <strong>de</strong>terminado<br />

período <strong>de</strong>sses 50 anos.<br />

Buscando aten<strong>de</strong>r<br />

uma necessida<strong>de</strong> que as<br />

esposas e filhas dos cooperados<br />

tinham, <strong>de</strong> conhecer<br />

mais sobre economia doméstica,<br />

higiene no lar, artesanato,<br />

fabricação <strong>de</strong> conservas<br />

e indústria caseira<br />

foi criado o Departamento<br />

Educacional e Social. Atualmente,<br />

este trabalho que<br />

tem foco na gestão é coor<strong>de</strong>nador<br />

pela Assessoria <strong>de</strong><br />

Cooperativismo.<br />

Melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da família cooperada sempre foi objetivo do trabalho da <strong>Coamo</strong><br />

Industrialização<br />

Com o crescimento das ativida<strong>de</strong>s,<br />

os cooperados foram vendo<br />

que podiam agregar mais valor aos<br />

seus produtos, e, assim, comercializá-<br />

-los melhor, abrindo, inclusive outros<br />

mercados.<br />

Dentro <strong>de</strong>ste espírito <strong>de</strong><br />

crescimento industrial, é que os cooperados,<br />

em Assembleias Gerais,<br />

aprovaram a construção <strong>de</strong> indústrias<br />

em Campo Mourão, Paranaguá<br />

e Dourados.<br />

Os cooperados da <strong>Coamo</strong><br />

passaram a pensar como verda<strong>de</strong>iros<br />

empresários, não só no campo,<br />

como também no comércio e indústria.<br />

Passaram a enten<strong>de</strong>r que se<br />

buscassem diretamente o mercado<br />

consumidor, empacotando seus produtos<br />

e comercializando diretamente<br />

aos supermercados, po<strong>de</strong>riam ter<br />

uma melhor estabilida<strong>de</strong> nos preços<br />

dos produtos.<br />

Industrialização na <strong>Coamo</strong> começou com<br />

Moinho <strong>de</strong> Trigo, em 1975, antece<strong>de</strong>ndo a<br />

primeira indústria <strong>de</strong> óleo <strong>de</strong> soja, em 1981<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 47


Credicoamo e Via Sollus<br />

Os recursos que sobravam em épocas anteriores<br />

eram <strong>de</strong>positados em bancos, mas nem<br />

sempre esses recursos retornavam em forma <strong>de</strong><br />

financiamentos. Então, os cooperados pensaram,<br />

por que não fazer a nossa cooperativa <strong>de</strong> crédito?<br />

Assim nasceu a Credicoamo, em 1989, a cooperativa<br />

<strong>de</strong> crédito dos cooperados da <strong>Coamo</strong>. Desta<br />

forma, os recursos dos cooperados financiam os<br />

próprios cooperados.<br />

Ampliando os benefícios para os cooperados,<br />

em 2008 foi criada a Via Sollus Corretora<br />

<strong>de</strong> Seguros para fornecer e contratar seguros em<br />

Assembleia <strong>de</strong> instalação da Credicoamo, em 1989<br />

diversos segmentos, para aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s dos<br />

segurados cooperados, funcionários e comunida<strong>de</strong>.<br />

Copa <strong>Coamo</strong><br />

Nem só <strong>de</strong> trabalho vive o cooperado.<br />

Pensando nisso e para que eles pu<strong>de</strong>ssem ter<br />

também um divertimento e ao mesmo confraternização<br />

em 1993 foi criada a Copa <strong>Coamo</strong><br />

<strong>de</strong> Futebol Suíço.<br />

A Copa <strong>Coamo</strong> é a Copa do Mundo<br />

dos Cooperados que junto com a sua família e<br />

companheiros vivem o evento em um ambiente<br />

saudável. O principal objetivo é por meio do esporte<br />

tornar o cooperativismo mais forte, com<br />

elevado espírito <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e integração.<br />

A casa do cooperado<br />

Administração da <strong>Coamo</strong> em Campo Mourão na década <strong>de</strong> 1980<br />

Atualmente, a estrutura <strong>de</strong> apoio aos entrepostos é realizada na Administração Central<br />

A <strong>Coamo</strong> é exatamente a vonta<strong>de</strong> do seu cooperado. Quando ele entrega seu produto na <strong>Coamo</strong>, e<br />

abastece <strong>de</strong> insumos, está operando com a sua própria empresa, que foi criada para prestar serviços e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável. Antes <strong>de</strong>le ser atendido, é acolhido no ambiente da cooperativa.<br />

48 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


FORÇA, SEGURANÇA<br />

E SOLIDEZ SÃO AS PEÇAS PARA<br />

ESSA PARCERIA DE SUCESSO.<br />

A Baldan se orgulha em ser, há mais <strong>de</strong> 30 anos,<br />

a fornecedora <strong>de</strong> implementos e máquinas agrícolas<br />

da <strong>Coamo</strong>, levando à cooperativa o melhor da<br />

tecnologia para o campo.<br />

baldan.com.br<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 49


50 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />

(GESTÃO <strong>2020</strong>-2024)<br />

presi<strong>de</strong>nte do conselho<br />

José Aroldo Gallassini<br />

Claudio Francisco Bianchi Rizzatto<br />

Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari<br />

Joaquim Peres Montans<br />

Anselmo Coutinho Machado<br />

Emílio Magne Guerreiro Júnior<br />

Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy<br />

Rogério <strong>de</strong> Mello Barth<br />

Adriano Bartchechen<br />

CONSELHO FISCAL<br />

(GESTÃO <strong>2020</strong>)<br />

Efetivos<br />

Ricieri Zanatta Neto<br />

Diego Rogério Chitolina<br />

Jonathan Henrique Welz Negri<br />

Suplentes<br />

E<strong>de</strong>r Ricci<br />

Clóvis Antonio Bruneta<br />

Jorge Luiz Tonet<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 51


Gestão profissional<br />

Em fevereiro <strong>de</strong>ste ano, a<br />

<strong>Coamo</strong> implantou a nova<br />

estrutura organizacional.<br />

O processo <strong>de</strong> reestruturação<br />

foi iniciado em 2017. Com as<br />

mudanças, foi reorganizada<br />

a estrutura administrativa da<br />

cooperativa com foco nos negócios,<br />

o que resultou no <strong>de</strong>smembramento<br />

<strong>de</strong> algumas gerências<br />

angulares e criação <strong>de</strong><br />

novas gerências.<br />

Conforme o artigo 49<br />

do Estatuto Social da <strong>Coamo</strong>, "A<br />

Diretoria Executiva é um órgão<br />

subordinado ao Conselho <strong>de</strong><br />

Administração e tem por função,<br />

dirigir as ativida<strong>de</strong>s organizacionais,<br />

tomar as <strong>de</strong>cisões necessárias<br />

relacionadas com o objetivo<br />

social, com as operações da<br />

cooperativa, exercer as atribuições<br />

e competências atribuídas<br />

no Estatuto Social, Regimento<br />

Interno e as Resoluções do Conselho<br />

<strong>de</strong> Administração."<br />

A diretoria Executiva<br />

é composta pelo presi<strong>de</strong>nte<br />

Executivo Airton Galinari, diretor<br />

Administrativo e Financeiro,<br />

Antonio Sérgio Gabriel,<br />

diretor Comercial, Rogério<br />

Trannin <strong>de</strong> Mello, diretor Industrial<br />

, Divaldo Corrêa, diretor<br />

<strong>de</strong> Logística e Operações,<br />

E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira,<br />

e diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência<br />

Técnica, Aquiles <strong>de</strong><br />

Oliveira Dias.<br />

DIRETORIA EXECUTIVA DA COAMO<br />

presi<strong>de</strong>nte executivo<br />

Airton Galinari<br />

diretor administrativo e<br />

financeiro<br />

Antonio Sérgio Gabriel<br />

diretor comercial<br />

Rogério Trannin <strong>de</strong> Mello<br />

diretor industrial<br />

Divaldo Corrêa<br />

diretor <strong>de</strong> logística e<br />

operações<br />

E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira<br />

diretor <strong>de</strong> suprimentos e<br />

assistência técnica<br />

Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias<br />

52 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Gerências angulares<br />

De acordo com os ângulos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong>, as gerências angulares são subordinadas a Diretoria Executiva.<br />

Por meio <strong>de</strong> diretrizes e conhecimentos, são responsáveis pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e<br />

processos, ou planos operacionais baseados nas estratégias das áreas <strong>de</strong> negócios da <strong>Coamo</strong>.<br />

A<strong>de</strong>mir Gonçalves, gerente<br />

Administrativo Industrial<br />

Ailton <strong>de</strong> Almeida Queiroz,<br />

gerente <strong>de</strong> Tecnologia<br />

da Informação<br />

Alexandro Cruzes, gerente<br />

Industrial <strong>de</strong> Óleo<br />

Antonio Cesar Marini, gerente<br />

<strong>de</strong> Recursos Humanos<br />

Carlos Eduardo Borsari,<br />

gerente <strong>de</strong> Fornecimento<br />

Insumos Agrícolas<br />

César Augusto da Silva,<br />

gerente <strong>de</strong> Compras Bens <strong>de</strong><br />

Suprimentos<br />

Emerson Abrahão Mansano,<br />

gerente Industria <strong>de</strong> Óleo –<br />

Dourados<br />

Fernando Domingues<br />

Bosqueiro, gerente Comercial<br />

Produtos Agrícolas<br />

Jarbas Luiz Kleveston,<br />

gerente <strong>de</strong> Engenharia<br />

João Ivano Marson, gerente<br />

<strong>de</strong> Operações Portuárias<br />

Joel Makohin, gerente<br />

Financeiro<br />

José Aparecido Bernardo,<br />

gerente Administrativo<br />

José Carlos <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>,<br />

gerente <strong>de</strong> Produtos Agrícolas<br />

Juscelino Fernan<strong>de</strong>s da Costa,<br />

gerente Jurídico<br />

Lincoln <strong>de</strong> Negreiros Teixeira,<br />

gerente <strong>de</strong> Industria <strong>de</strong> Óleo<br />

– Paranaguá<br />

Lucio Flavio Barboza, gerente<br />

<strong>de</strong> Logística<br />

Luis Alessandro Volpato<br />

Mereles, gerente <strong>de</strong> Pesquisa<br />

e Desenvolvimento<br />

Marcelo Bressan, gerente <strong>de</strong><br />

Manutenção Operacional<br />

Marcelo Sumiya, gerente <strong>de</strong><br />

Assistência Técnica<br />

Mário Lino Arantes, gerente<br />

Organizacional e Gestão da<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 53


54 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Mario Luiz Pavanelli, gerente<br />

<strong>de</strong> Fornecimento Bens <strong>de</strong><br />

Lojas<br />

Paulo Roberto Bacini,<br />

gerente <strong>de</strong> Fornecimento<br />

Bens <strong>de</strong> Lojas - a partir <strong>de</strong> 01/12<br />

Orlando Melo Júnior, gerente<br />

da Fiação <strong>de</strong> Algodão<br />

Roberto Destro, gerente <strong>de</strong><br />

Sementes<br />

Rodolpho Coletti Gomes<br />

Leite, gerente <strong>de</strong> Transportes<br />

e Veículos<br />

Romão Ferreira Rodrigues<br />

Neto, gerente Industrial<br />

Moinho Trigo<br />

Val<strong>de</strong>miro Nesi, gerente<br />

<strong>de</strong> Compras Bens <strong>de</strong><br />

Fornecimentos<br />

Wagner Arcaro Pescador,<br />

gerente Industria <strong>de</strong> Óleo –<br />

Campo Mourão<br />

Wagner Schnei<strong>de</strong>r, gerente<br />

Comercial Alimentos<br />

Wellington Brianezi<br />

Cavazzani, gerente Industrial<br />

Alimentos<br />

Assessorias<br />

José Carlos Bertipalha,<br />

assessor <strong>de</strong> Auditória Interna<br />

Paulo Sérgio Mem, assessor<br />

<strong>de</strong> Planejamento Estratégico<br />

Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos,<br />

assessor <strong>de</strong> Comunicação<br />

José Ricardo Pedron Romani,<br />

assessor <strong>de</strong> Cooperativismo<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 55


56 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 57


<strong>Coamo</strong> em Unida<strong>de</strong>s<br />

As unida<strong>de</strong>s responsáveis pelo atendimento<br />

aos cooperados, em 71 municípios do<br />

Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do<br />

Sul, oferecem produtos e serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

garantida, sobretudo no recebimento<br />

<strong>de</strong> produtos, distribuição <strong>de</strong> insumos,<br />

serviços administrativos e financeiros. Os<br />

entrepostos estão localizados <strong>de</strong> forma estratégica<br />

para propiciar mais facilida<strong>de</strong> no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s.<br />

PARANÁ<br />

56 municípios<br />

93 Unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> atendimento ao cooperado<br />

01 terminal portuário<br />

Araruna. Gerente: Anselmo Gonçalves <strong>de</strong> Almeida<br />

Barbosa Ferraz. Gerente: Eliceu José Aiolfi<br />

58 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Boa Esperança. Gerente: Adir Pereira Lopes<br />

Boa Ventura <strong>de</strong> São Roque. Gerente: Reonilso Sebastião Jardim <strong>de</strong> Melo<br />

Bragantina. Gerente: Jori<strong>de</strong>s Washington Castro Zoratto<br />

Brasilândia do Sul. Gerente: Manoel Antonio dos Santos<br />

Campo Mourão. Gerente: Claudio Nachi<br />

Cândido <strong>de</strong> Abreu. Gerente: Carlos Pedral Sampaio Cunha<br />

Candói. Gerente: Fernando Americo Valim Sagioneti<br />

Cantagalo. Gerente: Euclécio Miguel da Silva<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 59


Parabéns, COAMO,<br />

pelos 50 anos <strong>de</strong> excelência.<br />

A DSM se orgulha em ser parceira <strong>de</strong> longa data da COAMO.<br />

Em todos esses anos, os produtos da marca Tortuga ® , a assistência<br />

técnica da equipe <strong>de</strong> campo e todo o suporte da Cooperativa têm<br />

colaborado para o <strong>de</strong>senvolvimento da pecuária dos cooperados,<br />

gerando mais qualida<strong>de</strong> do produto final, mais lucro e progresso<br />

para todas as regiões on<strong>de</strong> a COAMO está presente.<br />

0800 11 6262<br />

www.tortuga.com.br<br />

/tortugadsm<br />

@tortuga.dsm<br />

/TortugaDSM<br />

60 NUTRITION REVISTA<br />

• HEALTH <strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />

• SUSTAINABLE LIVING


Coronel Vivida. Gerente: Moacir Ferrari<br />

Cruzmaltina. Gerente: Kleber <strong>de</strong> Prince<br />

Engenheiro Beltrão. Gerente: Antonio Carlos Mazzei<br />

Faxinal. Gerente: Wal<strong>de</strong>ci Schinemann<br />

Fênix. Gerente: Charles Marcelo <strong>de</strong> Azevedo<br />

Goioerê. Gerente: José Adilson Colaço<br />

Goioxim. Gerente: Marco Aurélio Marques da Silva<br />

Guarapuava. Gerente: Marino Mugnol<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 61


#NovosTempos #NovasSoluções<br />

50 ANOS DE PIONEIRISMO,<br />

INOVAÇÃO E DEDICAÇÃO<br />

AO AGRO BRASILEIRO.<br />

A Jacto parabeniza a <strong>Coamo</strong> pelo meio século contribuindo<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> seus cooperados e também do país.<br />

Que venham ainda mais!<br />

2dcb.com.br<br />

62 REVISTA<br />

jacto.com<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />

NOVOS<br />

TEMPOS,<br />

NOVAS<br />

SOLUÇÕES.


Honório Serpa. Gerente: Julcemar Antonio Zanatta<br />

Iretama. Gerente: Renato Dziubate<br />

Ivaiporã. Gerente: Domingos Carlos Fontana<br />

Janiópolis. Gerente: Val<strong>de</strong>ri Furtado Silva De Melo<br />

Juranda. Gerente: Sérgio Bertolla Junior<br />

Luiziana. Gerente: Donizete Alves dos Santos<br />

Mamborê. Gerente: Paulo Nicolau Mocci<br />

Mangueirinha. Gerente: Wagner Custodio<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 63


POR QUE STIMULATE<br />

É DIFERENTE?<br />

MILHO<br />

Porque ele é pioneiro<br />

no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> equilíbrio hormonal<br />

<strong>de</strong> plantas, trazendo<br />

benefícios e inovação<br />

aos produtores ao<br />

longo <strong>de</strong> 25 anos.<br />

Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação:<br />

po<strong>de</strong> ser usado em várias fases<br />

do ciclo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da cultura.<br />

Consistência <strong>de</strong> resultados:<br />

+ 1.000 campos <strong>de</strong>monstrativos<br />

e + 400 trabalhos <strong>de</strong> pesquisa.<br />

Tranquilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso: segurança<br />

na aplicação e ao meio ambiente.<br />

Formulação perfeita:<br />

Combinação <strong>de</strong> reguladores vegetais.<br />

é diferente.<br />

Consulte sempre o<br />

rótulo e/ou bula dos<br />

produtos para maiores<br />

informações <strong>de</strong> uso.<br />

STIMULATE - ATENÇÃO<br />

Produto <strong>de</strong> uso exclusivamente agrícola. Classificação toxicológica – CATEGORIA 5 – PRODUTO IMPROVÁVEL DE CAUSAR DANO AGUDO, produto POUCO PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE<br />

(CLASSE IV). Consulte sempre um profissional habilitado e siga corretamente as instruções recebidas. Venda sob receituário agronômico. Antes <strong>de</strong> usar o produto, leia o rótulo, a bula e a receita e<br />

faça-o a quem não souber ler. Utilize sempre o EPI (equipamento <strong>de</strong> proteção individual), aprovado pelo ministério do trabalho e especificado no rótulo e bula do produto.<br />

EMERGÊNCIA: Stoller do Brasil Ltda.(19) 3872-8288 - info@stoller.com.br - www.stoller.com.br<br />

64 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Manoel Ribas. Gerente: José Roberto Canonicci Piffer<br />

Marilândia do Sul. Gerente: Marcos Leandro Pereira<br />

Moreira Sales. Gerente: José Carlos Farinácio<br />

Nova Santa Rosa. Gerente: Carlos Alberto Ulian<br />

Palmas. Gerente: José Sales Saraiva<br />

Palmital. Gerente: Orlando Sérgio Aparecido da Rocha<br />

Peabiru. Gerente: Evandro Luiz Câmara<br />

Pinhão. Gerente: Mercilo Bertolini<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 65


66 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Pitanga. Gerente: Val<strong>de</strong>mir <strong>de</strong> Paula Barbosa<br />

Quarto Centenário. Gerente: Clau<strong>de</strong>mir Antonio Vendramini<br />

Quinta do Sol. Gerente: Edilson Duarte <strong>de</strong> Aquino<br />

Reserva. Gerente: Alexandre Soares Weber<br />

Roncador. Gerente: Marlon Costa<br />

São João do Ivaí. Gerente: Ayrton Guilherme Garozi<br />

São Pedro do Iguaçu. Gerente: Elerson Reis Tiburcio<br />

Toledo. Gerente: Celso Luiz Paggi<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 67


Tupãssi. Gerente: Jaime Vieira da Silva<br />

Vila Nova. Gerente: Zacarias Istchuk<br />

09 municípios<br />

MATO GROSSO<br />

DO SUL<br />

14 Unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> atendimento ao cooperado<br />

Amambai. Gerente: Delvanei <strong>de</strong> Souza Droppa<br />

Aral Moreira. Gerente: Fábio Alves<br />

Caarapó. Gerente: Antonio Cezar Gomes<br />

68 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


SANTA CATARINA<br />

06 municípios<br />

Dourados. Gerente: Eduardo Xavier do Nascimento<br />

05 Unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> atendimento ao cooperado<br />

01 terminal portuário<br />

Itaporã. Gerente: Zenóbio Francisco Festa<br />

Laguna Carapã. Gerente: Geraldo Biazim<br />

Abelardo Luz. Gerente: Hudson <strong>de</strong> Almeida<br />

Maracaju. Gerente: Aristi<strong>de</strong>s Anastácio Neto<br />

São Domingos. Gerente: A<strong>de</strong>nilson Zaffari<br />

Sidrolândia. Gerente: Walmir Flavio Ritter<br />

Xanxerê. Gerente: Jorge Rogério Soares<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 69


70 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Arte e<br />

cooperativismo<br />

Elissena Frolini Berg Von Lin<strong>de</strong><br />

tem o cooperativismo correndo<br />

em suas veias. Paulista, a cooperada<br />

resi<strong>de</strong> em Quinta do Sol<br />

(Centro-Oeste do Paraná), é professora<br />

<strong>de</strong> artes e participou <strong>de</strong><br />

um programa <strong>de</strong> difusão do cooperativismo<br />

na <strong>Coamo</strong> na década<br />

<strong>de</strong> 1980. Ela ensinou a um grupo<br />

<strong>de</strong> professores, as técnicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho<br />

para que eles pu<strong>de</strong>ssem<br />

trabalhar o cooperativismo com<br />

os alunos no Concurso Escolar <strong>de</strong><br />

Cooperativismo. “Minha parte era<br />

ensinar os educadores <strong>de</strong> escolas<br />

rurais e municipais, a incentivar as<br />

crianças para expressar o cooperativismo<br />

por meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos.<br />

Isso porque muitas vezes tinham<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se expressar verbalmente<br />

e no <strong>de</strong>senho elas são<br />

muito transparentes.”<br />

A alma <strong>de</strong> artista e cooperativista<br />

também ren<strong>de</strong>u um quadro<br />

que atualmente está exposto<br />

na <strong>Coamo</strong>, on<strong>de</strong> estão representadas<br />

três etnias. “Morei em São<br />

Carlos (SP), on<strong>de</strong> me formei, e<br />

minha professora foi convidada a<br />

participar do concurso da <strong>Coamo</strong>.<br />

Na época ela não po<strong>de</strong> e pediu<br />

que eu fosse no lugar <strong>de</strong>la. Eu não<br />

entendia muito bem o cooperativismo<br />

e que <strong>de</strong>senho eu <strong>de</strong>veria<br />

fazer. Então, estu<strong>de</strong>i um pouco a<br />

história da arte e quando fui entregar<br />

esse <strong>de</strong>senho mu<strong>de</strong>i <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia<br />

e <strong>de</strong>cidi fazer outro, sobre o que<br />

Quadro representa a neutralida<strong>de</strong> social e racial<br />

do cooperativismo. Ao lado reportagem com dona<br />

Elissena no Jornal <strong>Coamo</strong>, na década <strong>de</strong> 1980<br />

Elissena Berg Von Lin<strong>de</strong> é professora <strong>de</strong> artes<br />

e participou <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> difusão do<br />

cooperativismo na década <strong>de</strong> 1980<br />

eu realmente acreditava o que era<br />

cooperativismo. Então <strong>de</strong>senhei<br />

três meninas, uma branca, uma japonesa<br />

e uma negra, que na verda<strong>de</strong><br />

era eu e minhas amigas, porque<br />

cooperativismo não tem raça<br />

e não tem religião. Fui premiada<br />

com esse quadro e consegui participar<br />

do concurso.”<br />

Para dona Elissena, a <strong>Coamo</strong><br />

é uma entida<strong>de</strong> maravilhosa,<br />

porque ela valorizou o homem do<br />

campo. “Estou na região há mais<br />

<strong>de</strong> 50 anos. Quando cheguei tinham<br />

pequenos agricultores que<br />

não sabiam como comercializar o<br />

seu produto e estavam reféns <strong>de</strong><br />

empresas que muitas vezes aplicavam<br />

golpes neles, e a <strong>Coamo</strong> chegou<br />

valorizando esses menores.<br />

Trazendo segurança. Na <strong>Coamo</strong><br />

você colhe e po<strong>de</strong> <strong>de</strong>positar toda<br />

sua produção na cooperativa. Sem<br />

contar que a <strong>Coamo</strong> mostrou o valor<br />

da mulher do campo. Antes da<br />

<strong>Coamo</strong> a mulher não aparecia em<br />

lugar nenhum”, revela.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 71


Com Mobil Delvac Evolution,<br />

proteção e <strong>de</strong>sempenho rodam juntos<br />

Mobil Delvac Evolution 15W-40 é o lubrificante<br />

com tecnologia CK-4 que protege os motores a diesel<br />

mais mo<strong>de</strong>rnos, trazendo segurança e confiabilida<strong>de</strong><br />

a quem movimenta a agricultura do Brasil.<br />

Moove e <strong>Coamo</strong> celebram mais um ano <strong>de</strong> parceria,<br />

união que impulsiona nossa presença cada vez<br />

maior no segmento agrícola.<br />

Mobil Delvac,<br />

o parceiro<br />

<strong>de</strong> quem vive<br />

em movimento.<br />

Saiba mais em moovelub.com/mobil<br />

© <strong>2020</strong>*. Todos os direitos reservados a Cosan Lubrificantes e Especialida<strong>de</strong>s S.A. (Moove). A Moove<br />

é a aliança estratégica da ExxonMobil para a produção e comercialização dos lubrificantes Mobil<br />

no Brasil. Proibida reprodução ou distribuição sem autorização. Todas as marcas utilizadas neste<br />

material são marcas ou marcas registradas <strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />

da Exxon Mobil Corporation ou uma <strong>de</strong> suas subsidiárias,<br />

utilizadas por Cosan Lubrificantes e Especialida<strong>de</strong>s S.A., ou uma <strong>de</strong> suas subsidiárias, sob licença.<br />

72 REVISTA


O que dizem as li<strong>de</strong>ranças<br />

CARLOS MASSA RATINHO JÚNIOR<br />

Governado do Estado do Paraná<br />

“Com muita alegria e satisfação participo dos 50 anos da história<br />

da nossa querida <strong>Coamo</strong>, nossa maior empresa privada do<br />

Estado do Paraná e uma das maiores da América Latina, que<br />

tem um papel fundamental na história contemporânea do nosso<br />

Estado e do agronegócio. Foram pessoas que há 50 anos<br />

se reuniram e construíram essa empresa, que ajudou o Paraná<br />

a ser uma potência no agronegócio do Brasil e do mundo,<br />

sendo o maior produtor <strong>de</strong> alimentos por metro quadrado.<br />

O Paraná é um protagonista no mundo do agronegócio. A<br />

<strong>Coamo</strong> incentivou outras cooperativas a seguir este mo<strong>de</strong>lo<br />

e a consolidar o Paraná nessa gran<strong>de</strong> vocação <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> alimentos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> com sustentabilida<strong>de</strong>. Parabéns<br />

associados, colaboradores e diretoria.<br />

MÁRCIO LOPES DE FREITAS<br />

presi<strong>de</strong>nte da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB<br />

“Parabéns a cada um <strong>de</strong> vocês cooperados que, com confiança construíram<br />

uma cooperativa fantástica nesses 50 anos. Parabéns especiais ao<br />

i<strong>de</strong>alizador e presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração, Aroldo Gallassini,<br />

pelo trabalho espetacular a frente da <strong>Coamo</strong> e, principalmente, por esse<br />

trabalho <strong>de</strong> sucessão e profissionalização. Saúdo Airton Galinari, presi<strong>de</strong>nte<br />

Executivo que inaugura os novos 50 anos com um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão cada<br />

vez mais profissional e preocupado com os resultados dos cooperados.<br />

Parabéns! Vocês são referência para o Brasil e o mundo."<br />

JOSÉ ROBERTO RICKEN,<br />

presi<strong>de</strong>nte do Sistema Ocepar<br />

“Saúdo os pioneiros que constituíram a cooperativa no início da<br />

década <strong>de</strong> 1970 e lembro dos objetivos do cooperativismo, muito<br />

bem difundidos pela <strong>Coamo</strong>. É um sistema que visa organizar economicamente<br />

as pessoas para que tenham mais renda e conquistem<br />

uma melhor condição social. A <strong>Coamo</strong> é um exemplo disso, um<br />

exemplo <strong>de</strong> profissionalismo, li<strong>de</strong>rança, <strong>de</strong>senvolvimento e geração<br />

<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>. Desejamos sucesso total e vida longa a <strong>Coamo</strong>.”<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 73


74 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


CELSO RÉGIS<br />

presi<strong>de</strong>nte do Sistema OCB/MS<br />

"É momento <strong>de</strong> celebração da maior cooperativa do Brasil e da América<br />

Latina. E nós do Sistema OCB-MS nos sentimos honrados <strong>de</strong> comemorar<br />

este momento. Devemos celebrar os números, as conquistas e projetar<br />

um futuro muito promissor e esperançoso, mesmo neste período<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>safios que atravessamos. Essa forma <strong>de</strong> organização econômica<br />

da socieda<strong>de</strong> faz toda a diferença nas comunida<strong>de</strong>s e para as pessoas<br />

que <strong>de</strong>la participam. Estamos <strong>de</strong>monstrando que a forma cooperativa<br />

<strong>de</strong> atuar traz bons resultados e eleva os indicadores das comunida<strong>de</strong>s.<br />

Parabenizamos e <strong>de</strong>sejamos sucesso para todos da <strong>Coamo</strong>."<br />

NORBERTO ORTIGARA<br />

Secretário da Agricultura do Paraná<br />

"São 50 anos <strong>de</strong> uma bela e rica trajetória. Eu sou testemunha<br />

<strong>de</strong> que o sonho <strong>de</strong> 79 cooperados foram realizados,<br />

cresceram e se multiplicaram em condições inóspitas do<br />

tipo sapé, samambaia e saúva, para se tornar a maior cooperativa<br />

da América Latina. Quero parabenizar as famílias<br />

dos 30 mil cooperados, aos dirigentes e funcionários da<br />

<strong>Coamo</strong>, pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir a riqueza no campo e<br />

na indústria. Desejo que os próximos 50 anos sejam muito<br />

profícuos, sob um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governança.”<br />

ROBERTO RODRIGUES<br />

ex-ministro da Agricultura e ex-presi<strong>de</strong>nte da<br />

OCB e da Aliança Cooperativa Internacional (ACI)<br />

"A <strong>Coamo</strong> está comemorando 50 anos <strong>de</strong> existência e eficiência, <strong>de</strong><br />

trabalho, tecnologia e gestão, com programas e projetos vitoriosos.<br />

Mas, é preciso olhar para as origens. Uma cooperativa dá certo por<br />

ter três coisas: tem que ser necessária, ser viável economicamente<br />

com princípios e valores, e o terceiro é li<strong>de</strong>rança. O que aconteceu<br />

na <strong>Coamo</strong> foi que 79 produtores rurais visionários viram que era necessária<br />

uma cooperativa, projetaram a i<strong>de</strong>ia e criaram a instituição<br />

economicamente viável. E encontraram um lí<strong>de</strong>r extraordinário José<br />

Aroldo Gallassini, que comanda <strong>de</strong> forma maravilhosa e com vigor,<br />

com uma equipe maravilhosa, um corpo associativo participativo,<br />

juntando pequenos, médios e gran<strong>de</strong>s produtores numa gran<strong>de</strong><br />

cooperativa, que é exemplo para o Brasil e o mundo.”<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 75


Comprove que<br />

produtivida<strong>de</strong><br />

não é sorte.<br />

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JOÃO PAULO KOSLOVSKI<br />

ex-presi<strong>de</strong>nte do Sistema Ocepar<br />

"São 50 anos e uma data para se comemorar, com resultados<br />

que beneficiaram milhares <strong>de</strong> cooperados em diversas ativida<strong>de</strong>s,<br />

nas áreas técnica, social e econômica. Além disso, a <strong>Coamo</strong><br />

envolveu a família com informação, educação e treinamento<br />

para milhares <strong>de</strong> pessoas. Por tudo isso, parabéns aos colaboradores<br />

e cooperados, verda<strong>de</strong>iros artífices, principais na construção<br />

<strong>de</strong>ssa história, pois a <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>senvolveu em todas as suas<br />

regiões."<br />

WILSON THIESEN,<br />

ex-presi<strong>de</strong>nte da Ocepar<br />

"A <strong>Coamo</strong> sempre agiu com honestida<strong>de</strong> e é um gran<strong>de</strong> exemplo<br />

<strong>de</strong> administração, com seus princípios <strong>de</strong> profissionalismo<br />

e transparência. Reúne profissionais comprometidos com o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da cooperativa e dos cooperados. Sou grato por<br />

ter convivido com o presi<strong>de</strong>nte José Aroldo Gallassini durante mais<br />

<strong>de</strong> 50 anos e ser testemunha <strong>de</strong> como os associados da <strong>Coamo</strong> têm<br />

orgulho da sua cooperativa. Acredito que a agropecuária brasileira<br />

e o cooperativismo têm uma dívida <strong>de</strong> gratidão com a <strong>Coamo</strong>,<br />

pelo trabalho <strong>de</strong>senvolvido nas comunida<strong>de</strong>s que atua. Parabéns<br />

colaboradores, diretores e associados.”<br />

ALYSSON PAOLINELLI<br />

ex-ministro da Agricultura e presi<strong>de</strong>nte da<br />

Associação Brasileira <strong>de</strong> Milho (Abramilho)<br />

"A minha história com a <strong>Coamo</strong> tem mais <strong>de</strong> 46 anos. Lembro<br />

que quando era ministro da Agricultura estive em Campo Mourão<br />

para lançar, em setembro <strong>de</strong> 1976, o Programa Nacional <strong>de</strong><br />

Conservação <strong>de</strong> Solos (PNCS), que foi um marco na agricultura<br />

brasileira e promoveu o <strong>de</strong>senvolvimento dos nossos agricultores.<br />

A <strong>Coamo</strong> está <strong>de</strong> parabéns, pois <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu surgimento<br />

foi bem administrada pelo Gallassini, com uma visão extraordinária.<br />

Por isso, saúdo a todos da <strong>Coamo</strong>, que tem um trabalho<br />

muito importante na conservação <strong>de</strong> solos com o plantio direto<br />

e cuidados com o meio ambiente produtivo. O cooperativismo<br />

é uma forma racional e inteligente <strong>de</strong> promover a integração e<br />

participação <strong>de</strong> pequenos, médios e gran<strong>de</strong>s produtores, em<br />

clima <strong>de</strong> integração para competir nos mercados nacional e internacional.<br />

Fico entusiasmado com o cooperativismo do Paraná,<br />

que tem a <strong>Coamo</strong> como um exemplo para o Brasil e o mundo".<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 77


A missão continua<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> chega ao jubileu<br />

<strong>de</strong> ouro. O fruto <strong>de</strong> um<br />

sonho <strong>de</strong> 79 agricultores,<br />

surgiu <strong>de</strong> uma necessida<strong>de</strong> individual<br />

<strong>de</strong> diversas pessoas que<br />

tinham um problema em comum,<br />

e juntos encontraram uma solução<br />

comum: se unir. Conforme o<br />

presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong>,<br />

Airton Galinari, eles escolheram<br />

o cooperativismo, por ser uma<br />

forma equilibrada <strong>de</strong> união. “Foi<br />

um grupo que teve uma solução<br />

inovadora e que <strong>de</strong>u um gran<strong>de</strong><br />

resultado. Não havia ninguém<br />

para ajudá-los, nenhum outro<br />

agente, cooperativa, empresa,<br />

enfim, nada para <strong>de</strong>senvolver a<br />

região. Eles precisaram tomar<br />

uma iniciativa própria.”<br />

Essa iniciativa resultou<br />

em 50 anos <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> empresa<br />

que trouxe transformação<br />

para diversas regiões. “A <strong>Coamo</strong><br />

transformou comunida<strong>de</strong>s e a<br />

vida das pessoas gerando oportunida<strong>de</strong>s<br />

em mais <strong>de</strong> 70 municípios,<br />

levando progresso, conhecimento<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento”,<br />

<strong>de</strong>staca Galinari.<br />

Airton Galinari ressalta<br />

que a <strong>Coamo</strong> tem gran<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>safios pela frente. “Estamos<br />

passando por um momento <strong>de</strong><br />

transformação, uma mudança<br />

no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão. Esse é um<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, é um mo<strong>de</strong>lo<br />

pensado para a sucessão e perpetuação<br />

da cooperativa, e com<br />

a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter os<br />

seus princípios. Temos esse compromisso<br />

com os cooperados,<br />

capitaneado pelo Dr. Aroldo, que<br />

foi quem escolheu um mo<strong>de</strong>lo<br />

profissional, para dar flexibilida<strong>de</strong><br />

à essa gestão.”<br />

Outro <strong>de</strong>safio, conforme<br />

o presi<strong>de</strong>nte Executivo, é manter<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento da cooperativa.<br />

“A diretoria Executiva precisa<br />

manter o compromisso <strong>de</strong> continuar<br />

transformando as comunida<strong>de</strong>s<br />

e a vida das pessoas, levando<br />

produtos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e<br />

tecnologia para os cooperados.<br />

Precisamos manter a <strong>Coamo</strong> mo<strong>de</strong>rna<br />

e atualizada.”<br />

Galinari acrescenta que<br />

a <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>u certo por causa<br />

dos seus valores, implantados<br />

e enraizados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação.<br />

“Seguramente os valores da<br />

cooperativa são o seu gran<strong>de</strong><br />

patrimônio. A <strong>Coamo</strong> sempre<br />

foi conduzida com serieda<strong>de</strong>,<br />

responsabilida<strong>de</strong>, honestida<strong>de</strong><br />

e, com isso, acumulamos um patrimônio<br />

moral, que hoje é um<br />

dos gran<strong>de</strong>s alicerces da cooperativa.<br />

O cooperado, o cliente<br />

e o funcionário, estão ligados<br />

diretamente e precisam saber o<br />

que é a <strong>Coamo</strong>. Quando se fala<br />

da <strong>Coamo</strong> seja qual for o agente<br />

que se relaciona, ele sabe que<br />

está falando <strong>de</strong> compromisso.<br />

“Estamos passando<br />

por um momento <strong>de</strong><br />

transformação, uma<br />

mudança no mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> gestão. Esse é um<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, é<br />

um mo<strong>de</strong>lo pensado<br />

para a sucessão e<br />

perpetuação, e com a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

manter o princípio<br />

da fundação da<br />

cooperativa."<br />

78 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Airton Galinari, presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />

Aqui, cumprimos e fazemos<br />

muito mais do que se promete”,<br />

assegura.<br />

De acordo com Galinari,<br />

a <strong>Coamo</strong> oferece ao<br />

cooperado algo único no<br />

âmbito mundial. “Quando<br />

vamos à uma unida<strong>de</strong> da<br />

<strong>Coamo</strong>, o que encontramos<br />

lá não se encontra em lugar<br />

nenhum no mundo. Temos<br />

uma assistência técnica <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>, uma loja <strong>de</strong> peças<br />

on<strong>de</strong> ele po<strong>de</strong> adquirir<br />

tudo o que ele precisa no<br />

segmento <strong>de</strong> máquinas, peças,<br />

insumos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ntro do prazo e com um<br />

preço justo. Tem uma cooperativa<br />

<strong>de</strong> crédito dos cooperados<br />

da <strong>Coamo</strong>, a Credicoamo.<br />

Tem uma instalação<br />

operacional para entregar a<br />

sua produção com segurança.<br />

Esse pacote não existe no<br />

mundo. Por isso, a <strong>Coamo</strong> é<br />

a casa do cooperado.”<br />

Esse pacote <strong>de</strong> serviços<br />

gera uma relação <strong>de</strong><br />

união, conforme o presi<strong>de</strong>nte<br />

Executivo. “Com o mo<strong>de</strong>lo<br />

cooperativista, ele se une e faz<br />

melhor. Por isso dizemos que<br />

a <strong>Coamo</strong> é a extensão da casa<br />

do cooperado. É uma relação<br />

<strong>de</strong> confiança e segurança que<br />

a <strong>Coamo</strong> oferece e, com isso,<br />

ela tem a contrapartida do<br />

cooperado na operação integral<br />

na sua cooperativa”, diz<br />

Galinari.<br />

HISTÓRIA - Sobre a<br />

sua história na <strong>Coamo</strong>, Airton<br />

Galinari conta que a cooperativa<br />

representa toda a sua vida<br />

profissional. “Estou há quase<br />

34 anos na cooperativa, passei<br />

por diversas áreas, on<strong>de</strong><br />

conheci muito bem como a<br />

<strong>Coamo</strong> opera, e quais são<br />

suas áreas <strong>de</strong> atuação e como<br />

que ela chega até seu cooperado.<br />

É muito gratificante, porque<br />

é uma história social, mas<br />

é um social que, claro, tem<br />

que ter resultado, porque ela<br />

faz a parte social do cooperado<br />

e transfere resultados para<br />

a ativida<strong>de</strong> do cooperado.”<br />

Ele enfatiza que a<br />

<strong>Coamo</strong> é uma extensão da<br />

ativida<strong>de</strong> do cooperado, daquilo<br />

que ele faria com dificulda<strong>de</strong><br />

sozinho e que unido<br />

a sua cooperativa consegue<br />

fazer diferente. “Ele consegue<br />

acessar mercados internacionais<br />

e industrializados,<br />

algo que sozinho não faria.<br />

É muito gratificante ver essa<br />

transformação que é levada<br />

até as comunida<strong>de</strong>s que a<br />

<strong>Coamo</strong> participa e, principalmente,<br />

para seu cooperado.”<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 79


80 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Futuro da cooperação<br />

São 50 anos construídos<br />

que consolidaram a <strong>Coamo</strong><br />

no cooperativismo<br />

e no agronegócio. Mas, como<br />

sempre diz o i<strong>de</strong>alizador, José<br />

Aroldo Gallassini, a <strong>Coamo</strong> não<br />

foi feita para uma geração, e sim<br />

para sempre. Todos po<strong>de</strong>m envelhecer,<br />

mas a <strong>Coamo</strong> precisa<br />

continuar nova e mo<strong>de</strong>rna. Por<br />

esta razão, a cooperativa <strong>de</strong>senvolve<br />

diversos programas <strong>de</strong> capacitação<br />

<strong>de</strong> jovens associados,<br />

que serão o futuro <strong>de</strong>ssa história.<br />

Muitos já são o presente e<br />

se sentem entusiasmados com a<br />

missão <strong>de</strong> continuar escrevendo<br />

as páginas <strong>de</strong>sta história.<br />

Ana Maria <strong>de</strong> Araújo Santim,<br />

<strong>de</strong> Campo Mourão (Centro-<br />

-Oeste do Paraná), é uma jovem<br />

cooperada da <strong>Coamo</strong>. Ela é associada<br />

há nove anos e chegou na<br />

cooperativa motivada por uma<br />

Ana Maria Santim integrou o programa <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res<br />

Ana Maria <strong>de</strong> Araújo Santim<br />

necessida<strong>de</strong>. “Quando meu pai<br />

faleceu eu precisava continuar os<br />

negócios da família com segurança.<br />

Como eu não tinha experiência,<br />

precisava <strong>de</strong> um amparo. Eu<br />

<strong>de</strong>cidi assumir, mas precisava <strong>de</strong><br />

um lugar que me <strong>de</strong>sse soli<strong>de</strong>z<br />

e competência. Foi quando me<br />

cooperei na <strong>Coamo</strong> em 2011.”<br />

Na ânsia <strong>de</strong> sempre fazer<br />

um trabalho <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, Ana<br />

Maria revela que com a <strong>Coamo</strong><br />

conquistou esse objetivo. “Eu<br />

queria fazer as coisas bem feitas<br />

e apesar <strong>de</strong> ser formada em<br />

agronomia, sozinha não conseguiria,<br />

pois gerenciar uma proprieda<strong>de</strong><br />

é bem diferente, e eu<br />

não tinha mais a experiência do<br />

meu pai ao meu lado.”<br />

Para a cooperada que<br />

também participou do curso<br />

<strong>de</strong> formação <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res<br />

Cooperativistas, a <strong>Coamo</strong> ajudou<br />

a transformar a sua vida.<br />

“Aqui também tem um pouco da<br />

minha história. O trabalho com<br />

a <strong>Coamo</strong> transformou a minha<br />

proprieda<strong>de</strong>, pois em todos os<br />

projetos que eu realizei, tive o suporte<br />

da cooperativa. Inclusive,<br />

tenho mais projetos em <strong>de</strong>senvolvimento<br />

com a <strong>Coamo</strong>.”<br />

Ana Maria Santim acredita<br />

que os jovens associados da<br />

<strong>Coamo</strong> têm muita vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trabalhar e continuar a construir<br />

essa história. “Temos se<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

conhecimento e informações. As<br />

tecnologias estão sempre evoluindo<br />

e queremos acompanhar<br />

essa mudança. O melhor <strong>de</strong> tudo<br />

isso, é que a <strong>Coamo</strong> acompanha<br />

essa evolução e nos apresenta<br />

essas novida<strong>de</strong>s. Então, o futuro<br />

para nós não tem limite, queremos<br />

trabalhar e produzir cada<br />

vez mais, e continuar construindo<br />

a nossa história, das nossas famílias<br />

e da cooperativa.”<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 81


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82 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />

NOVOS<br />

TEMPOS,<br />

NOVAS<br />

SOLUÇÕES.


Mantendo origem e princípios<br />

Emílio Magne Guerreiro Júnior,<br />

<strong>de</strong> Farol (Centro-Oeste<br />

do Paraná) é um jovem cooperado<br />

engajado nos assuntos<br />

da cooperativa. Ele é associado<br />

há 12 anos e membro do conselho<br />

<strong>de</strong> Administração. Seu avô e<br />

seu pai também são cooperados<br />

e eles vivem na família a prática<br />

<strong>de</strong> que o cooperativismo transforma<br />

vidas. “A <strong>Coamo</strong> é algo bem<br />

família. Eu era criança e vinha na<br />

<strong>Coamo</strong> com meu pai. Hoje, assumindo<br />

mais os negócios, vejo<br />

que isso foi acontecendo naturalmente.<br />

A <strong>Coamo</strong> faz parte da nossa<br />

vida e não me vejo trabalhando<br />

sem a cooperativa.”<br />

O cooperado lembra<br />

que a <strong>Coamo</strong> esteve durante<br />

toda a trajetória da família. “Começou<br />

com meu avô que saiu do<br />

café e começou a trabalhar com<br />

o algodão. Depois, veio a soja, e<br />

o tempo inteiro a <strong>Coamo</strong> estava<br />

junto. Ela trazia o conhecimento<br />

técnico, nos ensinando as novas<br />

tecnologias e, assim, crescemos<br />

Emílio com a esposa Stefhany participam ativamente da cooperativa<br />

juntos com a <strong>Coamo</strong>, no mesmo<br />

caminho. Por isso, que eu falo<br />

que é família, está o tempo todo<br />

junto.”<br />

O jovem associado ressalta<br />

a importância da relação<br />

<strong>de</strong> confiança que existe entre os<br />

associados e a cooperativa. “A<br />

<strong>Coamo</strong> confia na gente, ela compra<br />

os melhores insumos para<br />

nós utilizarmos a melhor tecnologia.<br />

Nós usamos, produzimos<br />

e entregamos com a certeza <strong>de</strong><br />

que a cooperativa fará o melhor<br />

comércio para nós. É tudo junto<br />

e ligado, um faz parte do outro”,<br />

<strong>de</strong>staca.<br />

Para Emílio Júnior o cooperativismo<br />

permite que o pequeno<br />

produtor se torne gran<strong>de</strong>.<br />

“Confiamos na cooperativa,<br />

pois ela trabalha para nós. É um<br />

crescimento com foco no associado.<br />

Eu aprendi o cooperativismo<br />

aqui e eu acredito muito<br />

nesse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão. São 29<br />

mil cooperados puxando para o<br />

mesmo lado, trabalhando com o<br />

Emílio Magne Guerreiro Júnior<br />

mesmo objetivo, buscando produtivida<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

e a <strong>Coamo</strong> dá esse suporte para<br />

nós. Ela nos representa. Quantas<br />

safras eu teria que colher para<br />

encher um navio? Juntando todos<br />

nós, realizamos um comércio<br />

direto e sem riscos.”<br />

Os jovens associados são<br />

o futuro da cooperativa e têm a<br />

missão <strong>de</strong> continuar essa história.<br />

“Temos um exemplo <strong>de</strong> gestão<br />

e gerenciamento que não existe<br />

no mundo. Se mantermos os nossos<br />

princípios e os ensinamentos<br />

que apren<strong>de</strong>mos, conseguiremos<br />

crescer. Temos o respaldo<br />

da nova diretoria executiva, com<br />

profissionais treinados <strong>de</strong>ntro da<br />

cooperativa. Isso nos dá tranquilida<strong>de</strong>,<br />

pois po<strong>de</strong>mos fazer o que<br />

sabemos <strong>de</strong> melhor que é plantar<br />

e colher, e <strong>de</strong>ixamos a diretoria<br />

para fazer o que sabe <strong>de</strong> melhor,<br />

que é negociar e administrar a<br />

cooperativa”, avalia.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 83


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84 REVISTA<br />

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Com mais tempo <strong>de</strong> casa<br />

Duas vidas<br />

e um só<br />

<strong>de</strong>stino<br />

Djalma Cândido <strong>de</strong> Godoy ingressou na <strong>Coamo</strong> como aprendiz <strong>de</strong> escritório, em 1974<br />

O<br />

funcionário com mais<br />

tempo <strong>de</strong> casa na <strong>Coamo</strong><br />

é Djalma Cândido <strong>de</strong><br />

Godoy. Ele é chefe do <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> Logística e Operações<br />

<strong>de</strong> Alimentos, mas ingressou na<br />

cooperativa como aprendiz <strong>de</strong><br />

escritório, em 1974, quando tinha<br />

18 anos. “A <strong>Coamo</strong> não tinha<br />

a vaga <strong>de</strong> auxiliar na época e me<br />

<strong>de</strong>ram essa oportunida<strong>de</strong>. A <strong>Coamo</strong><br />

estava começando, mas, mesmo<br />

assim já percebia que o crescimento<br />

seria muito rápido.”<br />

Djalma acompanhou<br />

toda a evolução da <strong>Coamo</strong> e<br />

fez parte da construção <strong>de</strong>ssa<br />

história. “Todo ano era visível o<br />

crescimento interno e externo,<br />

com novos entrepostos e mais<br />

cooperados, aumentando gradativamente<br />

a sua credibilida<strong>de</strong>”,<br />

recorda.<br />

Segundo Djalma, os valores<br />

da <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> 1974 e <strong>de</strong> <strong>2020</strong><br />

se separam apenas pelo tempo.<br />

“A <strong>Coamo</strong> sempre se baseou em<br />

honestida<strong>de</strong>, trabalho, serieda<strong>de</strong>,<br />

dinamismo e com foco para<br />

aten<strong>de</strong>r os cooperados com qualida<strong>de</strong>.”<br />

De acordo com o funcionário,<br />

um dos pontos fortes<br />

da <strong>Coamo</strong> foi sempre investir na<br />

capacitação dos funcionários.<br />

“O treinamento é um dos gran<strong>de</strong>s<br />

segredos da <strong>Coamo</strong> para ter<br />

uma equipe funcional qualificada.<br />

O foco foi investir na equipe<br />

para que todos pu<strong>de</strong>ssem<br />

sempre se aperfeiçoar na sua<br />

ativida<strong>de</strong> profissional <strong>de</strong>ntro da<br />

cooperativa.”<br />

Para Djalma, ser funcionário<br />

da <strong>Coamo</strong> é motivo <strong>de</strong> orgulho.<br />

“Aqui iniciei minha vida<br />

profissional, consegui crescer na<br />

empresa acompanhando essa<br />

evolução. Me sinto honrado e<br />

emocionado <strong>de</strong> estar há 46 anos<br />

na empresa, ser o funcionário mais<br />

antigo e fazer parte <strong>de</strong>ssa equipe,<br />

sendo uma testemunha viva <strong>de</strong>ssa<br />

evolução da <strong>Coamo</strong>.”<br />

O<br />

casamento entre<br />

os profissionais da<br />

área <strong>de</strong> Tecnologia<br />

da Informação Edilson e<br />

Geni Suetomi completou 30<br />

anos em maio <strong>de</strong> <strong>2020</strong>, mas<br />

a parceria com a <strong>Coamo</strong> vai<br />

mais longe. Suas famílias<br />

têm origem no Norte do Paraná<br />

e eles se formaram na<br />

mesma universida<strong>de</strong> (UEM)<br />

mas em turmas diferentes.<br />

Após a graduação voltaram<br />

a se encontrar em uma cida<strong>de</strong><br />

do Centro-Oeste do<br />

Paraná, e anos mais tar<strong>de</strong> estavam<br />

laborando na mesma<br />

cooperativa.<br />

Como analista <strong>de</strong><br />

Sistemas, Geni foi admitida<br />

na <strong>Coamo</strong> em janeiro <strong>de</strong><br />

1988 na então gerência <strong>de</strong><br />

Processamento <strong>de</strong> Dados,<br />

atual gerência <strong>de</strong> Tecnologia<br />

da Informação e a história<br />

<strong>de</strong> Edilson com a cooperativa<br />

começou um ano e meio<br />

<strong>de</strong>pois, em junho <strong>de</strong> 1989.<br />

“Trabalhando na coopera-<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 85


86 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


tiva, começamos a namorar e nos casamos um<br />

ano <strong>de</strong>pois da minha admissão na <strong>Coamo</strong>. Não<br />

imaginava que o nosso <strong>de</strong>stino fosse selado juntos<br />

na mesma empresa”, conta Edilson Suetomi.<br />

Filha <strong>de</strong> sitiante, Geni não conhecia <strong>de</strong><br />

cooperativa, mas tinha vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> um dia trabalhar<br />

em uma. “Realizei meu sonho, estou feliz na<br />

<strong>Coamo</strong>, uma cooperativa voltada para os cooperados,<br />

que valoriza os funcionários e nos dá<br />

segurança e tranquilida<strong>de</strong> para realizarmos um<br />

bom trabalho.”<br />

Edilson lembra que na década <strong>de</strong> 1980,<br />

as cooperativas tinham a melhor estrutura <strong>de</strong><br />

processamento <strong>de</strong> dados e isso chamava a atenção<br />

dos estudantes. “Nesses 50 anos <strong>de</strong> <strong>Coamo</strong><br />

houve muita evolução e na nossa área a velocida<strong>de</strong><br />

foi muito gran<strong>de</strong> nas últimas décadas”,<br />

lembra Geni, cujo primeiro trabalho foi <strong>de</strong>senvolver<br />

um sistema <strong>de</strong> almoxarifado.<br />

“O meu sentimento é <strong>de</strong> alegria por participar<br />

<strong>de</strong>sses anos todos na história da <strong>Coamo</strong>.<br />

Antes era tudo manual e hoje é tudo informatizado,<br />

mas o que não mudou ao longo dos anos<br />

foi o comprometimento e profissionalismo dos<br />

funcionários para <strong>de</strong>senvolver sistemas em prol<br />

da melhoria do atendimento dos cooperados” diz<br />

Edilson Suetomi.<br />

Edilson e Geni Suetomi se conheceram na <strong>Coamo</strong> e estão casados há 30 anos<br />

Neto <strong>de</strong> dois fundadores<br />

Orgulhoso <strong>de</strong> fazer<br />

parte <strong>de</strong>sta história,<br />

Ilivaldo Duarte <strong>de</strong><br />

Campos, assessor <strong>de</strong> Comunicação,<br />

além <strong>de</strong> funcionário há<br />

36 anos, é neto <strong>de</strong> dois fundadores.<br />

“Eu tenho orgulho <strong>de</strong><br />

ser cooperativista e um orgulho<br />

maior quando vejo os meu<br />

s avôs paterno Romão Martins<br />

e materno Paulo Teixeira Duarte,<br />

entre os 79 fundadores da<br />

<strong>Coamo</strong>. Quando eu olho para<br />

<strong>Coamo</strong> tenho esta felicida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ver uma cooperativa que<br />

ao longo <strong>de</strong> seus 50 anos,<br />

ajudou a transformar a vida<br />

<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> pessoas, da<br />

comunida<strong>de</strong>s e do ambiente<br />

produtivo rural”, consi<strong>de</strong>ra.<br />

Ilivaldo tem a agricultura<br />

e a cooperação marcadas<br />

na sua memória e história. “Tenho<br />

lembranças <strong>de</strong> quando<br />

pequeno com meus avôs. Meu<br />

vô Paulo tinha café na época,<br />

e lembro quando ia na fazenda<br />

e via aquele terreirão <strong>de</strong><br />

café, era uma alegria só. Meu<br />

vô Romão é pioneiro no Município<br />

<strong>de</strong> Luiziana, tinha uma<br />

proprieda<strong>de</strong> cheia <strong>de</strong> samambaia,<br />

normal naquela época,<br />

nos anos 1970. Eu tenho orgulho<br />

<strong>de</strong> ser cooperativista e<br />

uma emoção muito gran<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 87


88 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


ter esse privilégio <strong>de</strong> ser neto <strong>de</strong><br />

dois fundadores da <strong>Coamo</strong>.”<br />

Para o jornalista, a <strong>Coamo</strong><br />

é a melhor universida<strong>de</strong> em todos<br />

os sentidos. “Com seus propósitos<br />

e filosofia, ela tem a confiança<br />

dos cooperados, funcionários e<br />

da diretoria, que fizeram com que<br />

surgisse esta gran<strong>de</strong> cooperativa.<br />

A <strong>Coamo</strong> faz um cooperativismo<br />

completo e é exemplo, baseado<br />

em valores, on<strong>de</strong> tudo é feito com<br />

muita paixão e amor. É uma soma<br />

<strong>de</strong> todos, do mesmo lado com<br />

trabalho, <strong>de</strong>dicação e uma vonta<strong>de</strong><br />

enorme <strong>de</strong> crescer. Isso faz a<br />

<strong>Coamo</strong> ser uma empresa admirada,<br />

<strong>de</strong> confiança e que nos enche<br />

<strong>de</strong> orgulho.”<br />

O assessor <strong>de</strong> Comunicação<br />

parabeniza todos os envolvidos<br />

nesta história. “A cada<br />

dia venho trabalhar e me emociono<br />

quando vejo o monumento<br />

em homenagem aqueles que<br />

sonharam, acreditaram e inicia-<br />

Ilivaldo Duarte aponta os nomes dos avôs,<br />

Paulo Teixeira Duarte e Romão Martins (fotos<br />

ao lado), no Monumento dos Pioneiros<br />

ram tudo isso. Evoluindo e transformando,<br />

a <strong>Coamo</strong> é cada vez<br />

mais forte e respeitada.”<br />

Chegada no momento certo<br />

Há quase 20 anos trabalhado na área Industrial,<br />

dos quais 12 na <strong>Coamo</strong>, o paulista Antonio<br />

Luis Maioli Clara, chefe do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />

Envase em Campo Mourão, conheceu a <strong>Coamo</strong> por<br />

meio <strong>de</strong> um colega que já trabalhava na cooperativa.<br />

“Estava no interior da Bahia em uma gran<strong>de</strong> planta<br />

<strong>de</strong> uma empresa renomada, soube da <strong>Coamo</strong> e, em<br />

setembro <strong>de</strong> 2008, vim para conhecê-la. Gostei tanto<br />

que nunca mais fui embora e se <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mim e<br />

da minha família nunca iremos”, afirma Maiolli.<br />

A satisfação com os produtos da <strong>Coamo</strong> é<br />

gran<strong>de</strong> no mercado e o crescimento verificado nesses<br />

anos da ativida<strong>de</strong> industrial é expressivo. “Os<br />

resultados foram bons, sempre com eficiência e produtivida<strong>de</strong>,<br />

e recentemente a cooperativa expandiu<br />

a refinaria e envase com ativida<strong>de</strong>s na fábrica <strong>de</strong><br />

Dourados. A <strong>Coamo</strong> é uma jovem empresa, que nos<br />

dá muito orgulho <strong>de</strong> nela trabalhar e colaborar para<br />

produzir alimentos com qualida<strong>de</strong>”<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 89


Oportunida<strong>de</strong><br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> conta com 401 jovens aprendizes em toda<br />

a área <strong>de</strong> ação no Paraná, Santa Catarina e Mato<br />

Grosso do Sul. O Programa Jovem Aprendiz, proporciona<br />

uma formação <strong>de</strong>ntro dos conceitos <strong>de</strong> aprendizagem<br />

profissional, com conteúdo teórico e prático que<br />

promovem o <strong>de</strong>senvolvimento pessoal e profissional do<br />

adolescente, possibilitando o ingresso no mercado formal<br />

<strong>de</strong> trabalho, na condição <strong>de</strong> aprendiz. O programa é realizado<br />

pela <strong>Coamo</strong> em parceria com instituições <strong>de</strong> ensino.<br />

A cada ano centenas <strong>de</strong> Jovens Aprendizes, têm a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar a trajetória profissional <strong>de</strong>ntro<br />

da cooperativa. Muitos, atualmente já ocupam cargos <strong>de</strong><br />

chefia, como é o caso <strong>de</strong> Nivaldo Il<strong>de</strong>brando Moreira. Ele<br />

iniciou com 17 anos na <strong>Coamo</strong> e está há exatos 17, na cooperativa.<br />

Hoje é chefe do <strong>de</strong>partamento Administrativo <strong>de</strong><br />

Transportes. “Essa oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>u um direcionamento<br />

na minha vida. Na <strong>Coamo</strong> apren<strong>de</strong>mos <strong>de</strong> tudo, além das<br />

ativida<strong>de</strong>s inerentes a função, apren<strong>de</strong>mos os valores coo-<br />

Nivaldo I<strong>de</strong>lbrando Moreira e Sara da Silva Nascimento<br />

perativistas, a valorizar as pessoas e, consequentemente, a<br />

formamos um mundo melhor.”<br />

Sara da Silva Nascimento, tem 16 anos e é jovem<br />

aprendiz. Ela revela que se trata <strong>de</strong> uma experiência<br />

única. “O contato direto com a teoria e a prática <strong>de</strong><br />

uma empresa, está contribuindo com o meu futuro. Minha<br />

visão não é mais a mesma.”<br />

Retenção <strong>de</strong> talentos e integração dos funcionários<br />

Na década <strong>de</strong> 70 quando do surgimento da <strong>Coamo</strong>,<br />

a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campo Mourão oferecia pouca estrutura<br />

para as pessoas se encontrarem. Foi então que<br />

um grupo <strong>de</strong> 30 funcionários se reuniram e fundaram a Associação<br />

Recreativa dos Funcionários da <strong>Coamo</strong> (Arcam).<br />

"Foi um período on<strong>de</strong> levamos nossas famílias<br />

para se divertir e se integrar. E a Arcam como importante<br />

benefício, foi <strong>de</strong>cisiva para que pudéssemos contratar novos<br />

profissionais e promover a retenção <strong>de</strong>sses talentos na<br />

cooperativa. Na associação também fazíamos reuniões aos<br />

sábados para avaliar os resultados da semana e ao mesmo<br />

tempo analisar a performance das chefias <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentos<br />

que serviam <strong>de</strong> base para a <strong>de</strong>finição dos futuros gerentes<br />

angulares”, conta o diretor Administrativo Financeiro<br />

Antônio Sérgio Gabriel, que foi presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

em 1981 e está há 45 anos na <strong>Coamo</strong>.<br />

Segundo Antônio Sérgio, com o passar dos anos,<br />

mais funcionários foram sendo contratados e aumentando<br />

o grupo <strong>de</strong> associados que se encontravam na Arcam com<br />

os mesmos i<strong>de</strong>ais da <strong>Coamo</strong> e focados no esporte e na<br />

integração das pessoas.<br />

A participação dos funcionários na Arcam contribuiu<br />

para consolidar a “Cultura <strong>Coamo</strong>”, que possui regras<br />

<strong>de</strong> comportamento no relacionamento interno e externo<br />

com os funcionários, cooperados e socieda<strong>de</strong>, e teve influência<br />

no futuro da cooperativa.<br />

Antonio Sergio Gabriel, diretor Administrativo e Financeiro da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 91


50<br />

Perguntas e respostas<br />

sobre a <strong>Coamo</strong><br />

1Como era a realida<strong>de</strong><br />

agrícola na década <strong>de</strong><br />

1960 na região <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão?<br />

A região contava com terras impróprias<br />

para a exploração <strong>de</strong>vido<br />

à aci<strong>de</strong>z do solo. Os agricultores<br />

<strong>de</strong>sconheciam a tecnologia<br />

agrícola, tanto que só existiam<br />

cinco tratores na época e apenas<br />

algumas lavouras manuais <strong>de</strong> arroz,<br />

milho e algodão.<br />

2Qual era o ciclo na época<br />

e como ficou conhecida a<br />

região?<br />

O ciclo da ma<strong>de</strong>ira estava chegando<br />

ao fim e a região era conhecida<br />

como terra dos "três Esses”,<br />

com muito sapé, samambaia<br />

e saúva, que fizeram a fama das<br />

terras recém-<strong>de</strong>sbravadas.<br />

3<br />

O Estado do Paraná era o<br />

maior produtor brasileiro<br />

<strong>de</strong> quais culturas?<br />

A agricultura paranaense tinha<br />

o café como gran<strong>de</strong> carro-chefe<br />

com produção <strong>de</strong> 1.004 toneladas.<br />

Em 1968 o Paraná era o<br />

maior produtor brasileiro <strong>de</strong><br />

café, algodão, feijão, milho e batata<br />

inglesa. E o segundo maior<br />

<strong>de</strong> trigo com 114 mil toneladas e<br />

soja com 163 mil toneladas.<br />

4Qual o percentual <strong>de</strong> indústrias<br />

no Paraná na década<br />

<strong>de</strong> 1960?<br />

Era gran<strong>de</strong> o esforço para implantação<br />

<strong>de</strong> indústrias, mas cerca <strong>de</strong><br />

90% da renda gerada no Estado<br />

era proveniente da agricultura.<br />

5<br />

Como foi o <strong>de</strong>sbravamento<br />

das terras pelos<br />

agricultores?<br />

As terras eram <strong>de</strong>sbravadas a<br />

foice, machado e fogo. Nas safras<br />

seguintes entraram o arado<br />

<strong>de</strong> tração animal e planta<strong>de</strong>iras<br />

manuais, os agricultores tiravam<br />

tocos e troncos que resistiam ao<br />

fogo. E logo após as primeiras safras<br />

eles constataram que o solo<br />

não respondia por causa da sua<br />

alta aci<strong>de</strong>z.<br />

6<br />

Quanto custava cada alqueire<br />

<strong>de</strong> terras?<br />

A agricultura parecia não ter futuro,<br />

haja vista que o valor das terras<br />

era <strong>de</strong> apenas Cr$ 100,0 por<br />

alqueire. As terras apresentavam<br />

alta aci<strong>de</strong>z e não havia interesse<br />

em adquiri-las pois não produziam.<br />

7<br />

Qual era um gran<strong>de</strong> problema<br />

para os agricultores?<br />

Já se falava em mecanização<br />

agrícola, expansão do trigo e da<br />

soja e, também, da correção da<br />

aci<strong>de</strong>z do solo. Mas os produtores<br />

<strong>de</strong> café, menta, arroz, milho e<br />

algodão tinham um problema sério<br />

fora da porteira: a comercialização.<br />

Compradores “anoiteciam<br />

mas não amanheciam” e os produtores<br />

perdiam safras inteiras.<br />

8<br />

Como era feita a venda<br />

da produção?<br />

A comercialização dos produtos<br />

agrícolas na época, era realizada<br />

por 58,8% dos agricultores<br />

na proprieda<strong>de</strong>, 36,2% no co-<br />

92 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


mércio <strong>de</strong> Campo Mourão e 5%<br />

em outros centros comerciais. As<br />

vendas eram feitas para intermediários<br />

e o gargalo era a comercialização.<br />

9<br />

A solução então foi o surgimento<br />

<strong>de</strong> cooperativa?<br />

Haviam notícias <strong>de</strong> cooperativas<br />

atuando no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e<br />

outras iniciando no Paraná. Em<br />

Campo Mourão grupos <strong>de</strong> agricultores<br />

fizeram cinco tentativas<br />

para fundar uma cooperativa <strong>de</strong><br />

milho, três agropecuárias e uma<br />

<strong>de</strong> latícinios, sem sucesso, pela<br />

falta <strong>de</strong> conscientização junto aos<br />

agricultores.<br />

10 começou a mudar<br />

Quando a situação<br />

para os agricultores?<br />

Com a chegada em maio <strong>de</strong> 1968<br />

do engenheiro agrônomo recém-<br />

-formado José Aroldo Gallassini,<br />

que como funcionário da extinta<br />

Acarpa (que antece<strong>de</strong>u a Emater)<br />

foi enviado a Campo Mourão<br />

com a missão <strong>de</strong> levantar a realida<strong>de</strong><br />

rural da região.<br />

11 da Acarpa faziam<br />

Os extensionistas<br />

pré-serviço?<br />

Sim, era uma espécie <strong>de</strong> treinamento<br />

intensivo preparatório ao<br />

serviço <strong>de</strong> extensão rural. Eles conheciam<br />

um pouco da realida<strong>de</strong><br />

sobre a agricultura paranaense.<br />

Nesses treinamentos, Gallassini<br />

teve noções mais concretas sobre<br />

cooperativismo e em estágio<br />

na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Imbituva, foi a Irati<br />

e conheceu uma cooperativa <strong>de</strong><br />

erva-mate.<br />

E quanto aos pri-<br />

12 meiros experimentos<br />

agrícolas na região?<br />

O engenheiro agrônomo José<br />

Aroldo Gallassini realizou o levantamento<br />

da realida<strong>de</strong> rural<br />

em Campo Mourão e planejou<br />

as ativida<strong>de</strong>s como extensionista.<br />

Um dos trabalhos importantes<br />

mais importantes foi a implantação<br />

do experimento <strong>de</strong> trigo , do<br />

Ipeas – Instituto <strong>de</strong> Pesquisa- do<br />

Ministério da Agricultura.<br />

O trigo teve gran<strong>de</strong><br />

13 importância econômica?<br />

Sim, nos anos 1960, era lavoura<br />

<strong>de</strong> maior importância na economia<br />

da região com a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong><br />

muitos produtores e a agricultura<br />

se <strong>de</strong>senvolvia com o apoio da<br />

Acarpa.<br />

Qual era a popula-<br />

14 ção rural no Município<br />

<strong>de</strong> Campo Mourão?<br />

A expectativa era por uma nova<br />

fronteira agrícola. Campo Mourão<br />

mostrava sinais <strong>de</strong> crescimento<br />

e contava com uma população<br />

<strong>de</strong> 70 mil habitantes, dos quais<br />

45 mil na área rural.<br />

15 um problema para<br />

A escolarida<strong>de</strong> era<br />

os agricultores?<br />

Os colonos tinham baixa escolarida<strong>de</strong>,<br />

haja vista que apenas 2% tinham<br />

o primário completo e 50%<br />

eram analfabetos. E isso repercutia<br />

negativamente também em<br />

outros aspectos como conforto e<br />

cuidados com a saú<strong>de</strong> – doenças,<br />

água, banheiros e construção <strong>de</strong><br />

privadas. Apenas 20% dos agricultores<br />

tinham privadas e outros<br />

26% tinham chuveiros para banho.<br />

Houve tentativas<br />

16 fracassadas <strong>de</strong> criação<br />

<strong>de</strong> cooperativas na região?<br />

Várias, e uma <strong>de</strong>las após várias<br />

reuniões, foi a criação <strong>de</strong> uma<br />

cooperativa em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

1969 na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campina<br />

do Amoral, distante pouco mais<br />

<strong>de</strong> 30 km <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />

quando o agrônomo Gallassini<br />

havia saído em férias.<br />

Por quê a coopera-<br />

17 tiva em Campina do<br />

Amoral não era viável?<br />

A i<strong>de</strong>ia era formar uma cooperativa<br />

regional e assim Gallassini teve<br />

que convencer os produtores lí<strong>de</strong>res<br />

a <strong>de</strong>sativar a cooperativa,<br />

porque ela não era viável por ser<br />

em um lugar pequeno que nem,<br />

energia elétrica tinha. Mas eles<br />

se ren<strong>de</strong>ram a sugestão <strong>de</strong> que<br />

<strong>de</strong>veria ser em Campo Mourão e<br />

não se pensava em uma cooperativa<br />

para a cida<strong>de</strong> apenas, mas<br />

para a região, com 15 municípios.<br />

Como foi a consti-<br />

18 tuição da cooperativa<br />

<strong>Coamo</strong>?<br />

Após trabalho intenso <strong>de</strong> cons-<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 93


94 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


cientização com reuniões e grupos<br />

<strong>de</strong> trabalho, aconteceu a<br />

esperada assembleia <strong>de</strong> constituição<br />

no sábado, 28 <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 1970, na Associação<br />

Atlética banco do Brasil (AABB),<br />

reunindo 79 agricultores que<br />

subscreveram Cr$ 37.540,00 <strong>de</strong><br />

capital, equivalente a 200 salários<br />

mínimos (valor <strong>de</strong> R$ 119.479,03<br />

atualizado em 2009).<br />

Quem foi escolhido<br />

19 primeiro presi<strong>de</strong>nte?<br />

O primeiro presi<strong>de</strong>nte foi Fioravante<br />

João Ferri, que era um ma<strong>de</strong>ireiro<br />

com conhecimento <strong>de</strong><br />

uma cooperativa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras no<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Foi escolhido<br />

como presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>vido<br />

ao prestígio na comunida<strong>de</strong> e<br />

intocável idoneida<strong>de</strong>. Ele aceitou<br />

o <strong>de</strong>safio, com a condição <strong>de</strong> que<br />

o engenheiro agrônomo José<br />

Aroldo Gallassini fosse o seu gerente<br />

geral, pela sua experiência<br />

como extensionista funcionário<br />

da Acarpa.<br />

20 <strong>Coamo</strong>?<br />

Como surgiu a sigla<br />

Em 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1970,<br />

nasceu a Cooperativa Agropecuária<br />

Mourãoense Ltda, cuja<br />

sigla “<strong>Coamo</strong>” foi sugerida pelo<br />

cooperado e posteriormente vice-presi<strong>de</strong>nte,<br />

Gelindo Stefanuto.<br />

21 para receber trigo?<br />

A <strong>Coamo</strong> nasceu<br />

A primeira se<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> foi em<br />

um escritório com 50 m2 e com<br />

ela veio o crescimento da produção<br />

<strong>de</strong> trigo na região, o que obrigou<br />

a cooperativa a alugar armazéns<br />

para receber a produção.<br />

Naquela época ha-<br />

22 viam sobras?<br />

A <strong>Coamo</strong> foi fundada em 28 <strong>de</strong><br />

novembro <strong>de</strong> 1970 e já nos primeiros<br />

anos haviam sobras do<br />

exercício, o que se tornou uma<br />

tradição ao longo dos 50 anos da<br />

cooperativa.<br />

Quantos associa-<br />

23 dos tinha quando a<br />

cooperativa começou a funcionar?<br />

A <strong>Coamo</strong> funcionou inicialmente<br />

no centro <strong>de</strong> Campo Mourão em<br />

um pequeno escritório alugado,<br />

com máquinas <strong>de</strong> escrever e calculadoras<br />

emprestadas. Em setembro<br />

<strong>de</strong> 1971 tinha 148 associados<br />

e em armazéns alugados<br />

recebeu 209 mil sacas <strong>de</strong> trigo. A<br />

safra <strong>de</strong> trigo foi tão expressiva,<br />

que provocou a contratação <strong>de</strong><br />

financiamento para o surgimento<br />

do primeiro armazém próprio.<br />

A partir <strong>de</strong> que ano<br />

24 a <strong>Coamo</strong> teve ativida<strong>de</strong>s<br />

em se<strong>de</strong> própria?<br />

A <strong>Coamo</strong> começou a funcionar<br />

efetivamente em abril <strong>de</strong> 1972,<br />

quando mudou do escritório alugado<br />

e provisório <strong>de</strong> 50 m², para<br />

as instalações próprias numa<br />

área construída <strong>de</strong> 130 m², com<br />

salas para contabilida<strong>de</strong>, administração,<br />

escritório geral e assistência<br />

técnica.<br />

25 primeiro armazém<br />

Quando surgiu o<br />

e entrepostos?<br />

Em 1º <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1972 foi<br />

inaugurado o primeiro armazém<br />

da cooperativa para 80 mil sacas<br />

com máquinas <strong>de</strong> secagem<br />

e limpeza, financiado pelo BRDE<br />

– Banco Regional <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

do Extremo-Sul. A segunda<br />

etapa entregue em maio do<br />

ano seguinte foi <strong>de</strong> um armazém<br />

graneleiro para 500 mil sacas e<br />

um armazém <strong>de</strong> sementes para<br />

60 mil sacas.<br />

Quais foram os pri-<br />

26 meiros entrepostos<br />

além da Se<strong>de</strong>?<br />

Foram os entrepostos <strong>de</strong> Engenheiro<br />

Beltrão e Mamborê aprovados<br />

em Assembleia Geral no<br />

ano <strong>de</strong> 1974. E <strong>de</strong>pois nesta mesma<br />

década, já era uma potência<br />

regional atuando também nas<br />

regiões <strong>de</strong> Fênix, Boa Esperança,<br />

Peabiru, Iretama, Roncador, Juranda<br />

e Barbosa Ferraz, além da<br />

expansão para as regiões <strong>de</strong> Pitanga<br />

no Centro, e Mangueirnha<br />

e Palmas no Sul do Paraná.<br />

27<br />

Qual fato mudou a<br />

história da <strong>Coamo</strong><br />

na década <strong>de</strong> 1970?<br />

Foi em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1974 com o<br />

falecimento do presi<strong>de</strong>nte Fioravante<br />

João Ferri. Em seu lugar assumiu<br />

o vice-presi<strong>de</strong>nte Gelindo<br />

Stefanuto que administrou a cooperativa<br />

até o término do mandato<br />

na assembleia geral em 1975.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 95


96 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


Quem foi eleito<br />

28 presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong><br />

em 1975?<br />

Em janeiro <strong>de</strong> 1975 por meio <strong>de</strong><br />

Assembléia Geral, os cooperados<br />

elegeram o engenheiro agrônomo<br />

José Aroldo Gallassini presi<strong>de</strong>nte<br />

da <strong>Coamo</strong>, que iniciava o<br />

seu primeiro mandato a frente<br />

da administração da <strong>Coamo</strong>. Foi<br />

um reconhecimento pelo trabalho<br />

que ele realizou como i<strong>de</strong>alizador<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> as reuniões que<br />

<strong>de</strong>ram origem à cooperativa até<br />

os quatro anos em que ele atuou<br />

como gerente geral da <strong>Coamo</strong>.<br />

Ao seu lado na gestão1978/1978<br />

estiveram Getúlio Ferrari (Vice-<br />

-presi<strong>de</strong>nte), Sérgio Luiz Panceri<br />

(Secretário), e como membros<br />

Efetivos Luiz Antonio Carolo, Gelindo<br />

Stefanuto, Nelson Teodoro<br />

<strong>de</strong> Oliveira, e membros Suplentes<br />

Egildi Primo Mignoso, Gabriel<br />

Cândido Borsato e Dante Salvadori.<br />

Como conselheiros Fiscais<br />

Luiz Massaretto, Antonio Maluff<br />

e Zair Jorger Assad (Efetivos), e<br />

Nivando Antonio Simionato, Ivo<br />

Brunetta e Silvino Scarabelot (Suplentes).<br />

Qual era o perfil do<br />

29 presi<strong>de</strong>nte Gallassini,<br />

eleito em 1975?<br />

O engenheiro agrônomo José<br />

Aroldo Gallassini plantou em<br />

Campo Mourão a semente do<br />

cooperativismo, exemplo para<br />

todo o país. Des<strong>de</strong> jovem ele<br />

sempre foi um entusiasta pelo<br />

movimento e como i<strong>de</strong>alizador,<br />

acreditou que estava no cooperativismo<br />

a solução para os problemas<br />

e o <strong>de</strong>senvolvimento da agricultura,<br />

com a organização, união<br />

e participação dos cooperados.<br />

30 qual era o papel da<br />

Para Gallassini<br />

cooperativa?<br />

Para ele, a cooperativa era e é um<br />

importante agente <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

por meio <strong>de</strong> compromisso<br />

com os cooperados, que oferece<br />

benefícios como assistência<br />

técnica para difusão da pesquisa<br />

e tecnologia, visando o aumento<br />

da produtivida<strong>de</strong>, diversificação<br />

e renda da proprieda<strong>de</strong>, além <strong>de</strong><br />

promover a melhoria da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida e do meio ambiente<br />

produtivo.<br />

31<br />

Em<br />

1975 quais foram<br />

importantes<br />

investimentos?<br />

No ano <strong>de</strong> 1975, a <strong>Coamo</strong> instalou<br />

sua Fazenda Experimental,<br />

loja <strong>de</strong> peças e implantou o seu<br />

moinho <strong>de</strong> trigo – primeira indústria<br />

na história da <strong>Coamo</strong>. A partir<br />

dos anos 1980 o setor agroindustrial<br />

teve gran<strong>de</strong> impulso com o<br />

surgimento <strong>de</strong> outras indústrias,<br />

como <strong>de</strong> óleo <strong>de</strong> soja e fiação <strong>de</strong><br />

algodão.<br />

Era possível nos<br />

32 primeiros anos prever<br />

o crescimento da cooperativa?<br />

Sim, porque foi um período marcado<br />

pela consolidação da ‘Cultura<br />

<strong>Coamo</strong>’, com a <strong>de</strong>finição das<br />

regras <strong>de</strong> comportamento no relacionamento<br />

interno e externo<br />

com os funcionários, cooperados<br />

e a socieda<strong>de</strong>. Os primeiros cinco<br />

anos foram encerrados com mais<br />

<strong>de</strong> dois mil associados e vários<br />

entrepostos.<br />

A integração e a co-<br />

33 municação com os<br />

cooperados foram estratégicas<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início?<br />

Sim, em novembro <strong>de</strong> 1974 surgiu<br />

a versão impressa do “Informativo<br />

<strong>Coamo</strong>” que antece<strong>de</strong>u<br />

ao “Jornal <strong>Coamo</strong>” e a “<strong>Revista</strong><br />

<strong>Coamo</strong>”. E partir <strong>de</strong> 1977, a <strong>Coamo</strong><br />

inovou com o programa <strong>de</strong><br />

rádio “Informativo <strong>Coamo</strong>” para<br />

levar informações da cooperativa<br />

<strong>de</strong> forma mais rápida aos cooperados.<br />

Foi na década <strong>de</strong><br />

341980 que a cooperativa<br />

expandiu sua atuação<br />

para Santa Catarina?<br />

Mais precisamente em 10 <strong>de</strong><br />

agosto <strong>de</strong> 1984 é data em que a<br />

<strong>Coamo</strong> “fincou os pés” em Santa<br />

Catarina, com a incorporação da<br />

Cooperal - Cooperativa <strong>de</strong> Abelardo<br />

Luz, comemorada pelos<br />

agricultores pela aprovação nas<br />

duas assembleias. Após 60 dias,<br />

os catarinenses já contavam com<br />

uma loja <strong>de</strong> peças da cooperativa<br />

para ampliar o leque dos benefícios.<br />

Com planejamen-<br />

35 to, quando se <strong>de</strong>u<br />

a expansão da estrutura na Administração<br />

Central?<br />

Com visão para crescimento planejado<br />

com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 97


98 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


suporte as ativida<strong>de</strong>s das unida<strong>de</strong>s,<br />

foi em 1984, então com 14<br />

anos <strong>de</strong> existência, que a cooperativa<br />

inaugurou a primeira etapa da<br />

conclusão do prédio da Administração<br />

Central com três pavimentos.<br />

Uma estrutura mo<strong>de</strong>rna que<br />

facilitaria o <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

suas operações em diversas áreas.<br />

A segunda etapa foi encerrada no<br />

final da década <strong>de</strong> 1990 resultando<br />

na organização atual que recebe<br />

os trabalhos das cooperativas<br />

<strong>Coamo</strong> e Credicoamo, além da Via<br />

Sollus Corretora <strong>de</strong> Seguros.<br />

O início da década<br />

36 <strong>de</strong> 1990 foi promissor?<br />

Sem dúvida, logo em 1990 a cooperativa<br />

adquiriu a Indústria <strong>de</strong><br />

Óleo <strong>de</strong> Soja e um Terminal Portuário<br />

em Paranaguá, o que colaborou<br />

significativamente para<br />

o escoamento e a exportação da<br />

produção dos cooperados para o<br />

mercado internacional.<br />

37 a Copa <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong><br />

Quando começou<br />

Cooperados Futebol Suíço?<br />

Em 1993 foi realizada a primeira<br />

edição da Copa <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Cooperados-Futebol<br />

Suíço - o maior<br />

evento esportivo rural do Paíscom<br />

a participação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 7<br />

mil atletas e dirigentes, integrando<br />

500 equipes <strong>de</strong> toda a área <strong>de</strong><br />

ação da cooperativa. O esporte e<br />

lazer promoveram maior integração<br />

entre a família <strong>Coamo</strong> e a<br />

cooperativa.<br />

A presença da Coa-<br />

38 mo na região Oeste<br />

foi iniciada em que ano?<br />

Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1994 e as primeiras<br />

reuniões foram em janeiro<br />

<strong>de</strong> 1995. O início das ativida<strong>de</strong>s<br />

na região Oeste do Paraná para<br />

aten<strong>de</strong>r os produtores <strong>de</strong> Toledo,<br />

Dez <strong>de</strong> Maio, Vila Nova, Nova<br />

Santa Rosa, Bragantina, Tupãssi,<br />

Ouro Ver<strong>de</strong> do Oeste e São Pedro<br />

do Iguaçu.<br />

Difusão <strong>de</strong> tecnolo-<br />

39 gias e boas práticas<br />

sempre estiveram no foco da<br />

assistência técnica?<br />

Sim, por exemplo, em 1998 a<br />

<strong>Coamo</strong> lançou o Projeto <strong>de</strong> Fertilida<strong>de</strong><br />

do Solo e Nutrição <strong>de</strong><br />

Plantas, para aumentar a produtivida<strong>de</strong><br />

e a renda dos cooperados.<br />

E nesse mesmo ano o Trado<br />

<strong>Coamo</strong> para coleta <strong>de</strong> amostras<br />

do solo, fez sucesso no Congresso<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Soja.<br />

Como é a preocu-<br />

40 pação e planejamento<br />

com os futuros cooperados?<br />

É muito gran<strong>de</strong>, tanto que em<br />

1998 a <strong>Coamo</strong> iniciou um programa<br />

na educação cooperativista<br />

brasileira com o Programa<br />

<strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Jovens<br />

Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas, que já<br />

tem 24 turmas e foi premiado<br />

em nível nacional. O programa<br />

vem <strong>de</strong>spertando e promovendo<br />

a melhoria na visão geral do<br />

gerenciamento e empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

da ativida<strong>de</strong> agropecuária.<br />

41<br />

Des<strong>de</strong><br />

quando a<br />

cooperativa está<br />

atuando no Mato Grosso do<br />

Sul?<br />

Des<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 2004, inicialmente<br />

em Amambai e no ano seguinte<br />

em Caarapó, Laguna Carapã e<br />

Aral Moreira. Posteriormente vieram<br />

os entrepostos <strong>de</strong> Maracaju,<br />

Dourados e Sidrolândia.<br />

No aspecto am-<br />

42 biental houve reconhecimento<br />

do trabalho da<br />

<strong>Coamo</strong> ao longo <strong>de</strong>sses anos?<br />

Sim, a socieda<strong>de</strong> reconhece o trabalho<br />

da <strong>Coamo</strong>. Exemplo disso<br />

foi em 2005 o recebimento dos<br />

prêmios da An<strong>de</strong>f – Associação<br />

Nacional <strong>de</strong> Defesa Vegetal, nas<br />

categorias “Empresa” e “profissional”.<br />

A cooperativa foi premiada<br />

por realizar ações estratégicas<br />

na educação e treinamento sobre<br />

o uso correto e seguro <strong>de</strong> produtos<br />

fitossanitários.<br />

A gestão dos coo-<br />

43 perados foi incentivada<br />

por meio <strong>de</strong> difusão tecnológica<br />

e programas?<br />

Sim, tanto que em 20 <strong>de</strong> junho<br />

<strong>de</strong> 2006 a cooperativa lançou por<br />

exemplo o Programa <strong>de</strong> Aperfeiçoamento<br />

em Gerenciamento Rural,<br />

conhecido como “Na Ponta do<br />

Lápis”, que mudou a vida <strong>de</strong> um<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> cooperados.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 99


100 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong><br />

www.alimentoscoamo.com.br


44<br />

Como foi a participação<br />

na difusão<br />

do Plantio Direto?<br />

Muito gran<strong>de</strong>, haja vista que<br />

Campo Mourão foi a segunda<br />

cida<strong>de</strong> do Brasil a implantar esta<br />

tecnologia, que além <strong>de</strong> conservar<br />

e proteger o ambiente produtivo,<br />

com o uso da rotação <strong>de</strong><br />

culturas melhora a estrutura e<br />

aumenta a matéria orgânica no<br />

solo. Sistema está presente na<br />

região há 47 anos, sempre com<br />

apoio da assistência técnica da<br />

<strong>Coamo</strong>.<br />

A inovação faz par-<br />

45 te da atuação da<br />

<strong>Coamo</strong> no apoio aos cooperados?<br />

Sem dúvida, o Cooperado On-<br />

-Line é um exemplo <strong>de</strong> inovação,<br />

sendo uma ferramenta<br />

que oferece serviços para que<br />

os cooperados façam operações<br />

e obtenham informações<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> estiverem por meio<br />

do computador pessoal, smartphone<br />

ou tablet.<br />

46<br />

Quando entrou em<br />

operação o novo<br />

moinho <strong>de</strong> trigo?<br />

O início das operações do novo<br />

Moinho <strong>de</strong> Trigo da <strong>Coamo</strong> aconteceu<br />

em 2015 e superou todas<br />

as previsões iniciais atingindo em<br />

poucos meses a capacida<strong>de</strong> máxima<br />

<strong>de</strong> produção.<br />

47<br />

O fim <strong>de</strong> 2006 foi<br />

um marco da industrialização<br />

da cooperativa?<br />

Sim, pois em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>sse<br />

ano a <strong>Coamo</strong> lançou a pedra fundamental<br />

<strong>de</strong> suas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

processamento <strong>de</strong> soja e refinaria<br />

<strong>de</strong> óleo <strong>de</strong> soja em Dourados<br />

(MS), cuja entrada em operação<br />

se <strong>de</strong>u em novembro <strong>de</strong> 2019.<br />

48<br />

Qual é o objetivo<br />

das diretrizes corporativas<br />

da <strong>Coamo</strong>?<br />

Em 2016, cumprindo com seus<br />

objetivos <strong>de</strong> disponibilizar benefícios<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos seus cooperados, a <strong>Coamo</strong><br />

apresentou oficialmente suas Diretrizes<br />

Corporativas, presente<br />

em todas as unida<strong>de</strong>s da cooperativa<br />

para conhecimento <strong>de</strong> cooperados,<br />

funcionários, clientes,<br />

parceiros, fornecedores e comunida<strong>de</strong>s,<br />

com “Missão”, “Visão” e<br />

os “Valores” da <strong>Coamo</strong>.<br />

Quando foi con-<br />

49 cluído o processo<br />

<strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> Governança<br />

na <strong>Coamo</strong>?<br />

Em fevereiro <strong>de</strong> <strong>2020</strong>, quando<br />

o engenheiro agrônomo<br />

e i<strong>de</strong>alizador da cooperativa,<br />

José Aroldo Gallassini foi eleito<br />

presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

<strong>2020</strong>/2024 e na assembleia<br />

geral foi apresentada<br />

a Diretoria Executiva, que tem<br />

como presi<strong>de</strong>nte Airton Galinari<br />

e o apoio direto <strong>de</strong> cinco diretorias<br />

para execução do plano <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s da cooperativa.<br />

50<br />

O que significa a<br />

marca e o slogan<br />

<strong>Coamo</strong> 50 anos?<br />

A marca do jubileu <strong>de</strong> ouro é resultado<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e representa o<br />

conceito ´Aliança´, sendo exploradas<br />

as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> união e eternida<strong>de</strong>.<br />

O símbolo do infinito e<br />

o formato circular <strong>de</strong> anéis foram<br />

usados como base para a construção<br />

do número 50 e o <strong>de</strong>senho<br />

também procurou transmitir a soli<strong>de</strong>z<br />

e confiança <strong>de</strong>sses 50 anos,<br />

através do peso dos elementos,<br />

e o logotipo reforça o espírito <strong>de</strong><br />

constante evolução e crescimento<br />

da cooperativa. O slogan é “A<br />

vida é a gente que transforma”.<br />

Ele está alinhado com o que acreditamos<br />

e os novos tempos em<br />

que vivemos, e traduz bem o propósito<br />

da <strong>Coamo</strong> e os <strong>de</strong>safios<br />

<strong>de</strong> ir mais além, crescer e prosperar.<br />

O logo "<strong>Coamo</strong> 50 anos" é<br />

resulta do do trabalho do Comitê<br />

<strong>Coamo</strong> 50 anos integrado por<br />

funcionários da cooperativa.<br />

Fonte: Edições do Jornal e <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 101


SAIBA MAIS SOBRE<br />

OS 50 ANOS DA COAMO!<br />

Acesse: http://www.coamo.com.br/coamo50anos/<br />

ou<br />

aponte o celular com o leitor <strong>de</strong> QR Co<strong>de</strong> na imagem ao lado.<br />

102 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2020</strong>


É olhando para<br />

o futuro que,<br />

há 50 anos,<br />

transformamos<br />

o presente em<br />

sucesso.<br />

Mais do que comemorar, esta é uma data para agra<strong>de</strong>cer.<br />

À <strong>de</strong>dicação e ao trabalho sério <strong>de</strong> cada cooperado e<br />

funcionário. Aos parceiros que sempre estiveram ao<br />

nosso lado. A cada cliente que escolhe o produto <strong>Coamo</strong>.<br />

Nessas cinco décadas <strong>de</strong> transformação constante, as<br />

únicas coisas que sempre foram as mesmas são a nossa<br />

gratidão e admiração por vocês.<br />

A vida é a gente que transforma.

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