Órgão de divulgação da Coamo
Ano 46 | Edição 508 | Novembro de 2020
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Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte de Campos
Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula
Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte de Campos
Edição de fotografia: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima e
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SUMÁRIO
44 A UPL se orgulha em
participar dessa história.
Nossa homenagem aos agricultores e suas famílias,
que com seu trabalho construíram a Coamo.
Que venham mais 50 anos repletos de sucesso,
crescimento e parceria!
Coamo antecipa R$ /// em sobras
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História e surgimento da Coamo
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Cooperativa foi fundada em 28 de novembro de 1970 por um grupo de 79 agricultores que
buscavam alternativas para melhorar a sua realidade agrícola em Campo Mourão e região
12
O idealizador
José Aroldo Gallassini chegou em Campo Mourão em 1968 como extensionista da
Acarpa. Ele foi o idealizador e liderou todos os trabalhos para fundação da cooperativa.
Ele iniciou como gerente e em janeiro de 1975 foi eleito presidente da Coamo
Fundadores
26
79 agricultores se reuniram e constituíram a Coamo. Meio século se passou, e esses pioneiros são
referenciados, por terem acreditado no cooperativismo como ferramenta de desenvolvimento
Gestão
52
Em fevereiro deste ano, a Coamo implantou uma nova estrutura de governança corporativa. Com
a alteração, a administração da cooperativa foi reorganizada com foco nos negócios e no futuro
Estrutura
58
A cooperativa cresceu e hoje está em 71 municípios no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do
Sul. Oferece produtos e serviços de qualidade e uma estrutura completa para os cooperados
Perguntas e respostas
92
Confira 50 perguntas e respostas que apresentam a história, estrutura, evolução e a transformação
da Coamo, dos cooperados e do agronegócio, neste meio século de existência da cooperativa
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MEIO SÉCULO INSPIRANDO SONHOS E
CONSTRUINDO HISTÓRIAS DE SUCESSO
UMA HOMENAGEM DA SPRAYTEC PELOS 50 ANOS DA MAIOR COOPERATIVA DA AMÉRICA LATINA
50 anos de evolução e transformação
É um orgulho comemorar
esse jubileu de ouro
de uma cooperativa
próspera e bem-sucedida,
responsável e respeitada,
que reúne cooperados
atuantes e comprometidos.
O
mês de novembro é
duplamente especial
para os cooperados,
funcionários e famílias da Coamo
e da Credicoamo. No dia 17, a
Credicoamo completa 31 anos e
no dia 28 de novembro é a vez
da Coamo festejar 50 anos. Por
isso, os nossos parabéns a todos:
pioneiros, associados, diretoria
e funcionários, pois as cooperativas
são motivos de orgulho e
temos muito a comemorar.
Temos a honra e a graça
de Deus em comemorar os 50
anos da Coamo, fundada por 79
agricultores em 28 de novembro
de 1970. Essa história tive a honra
e a graça divina de poder vivê-
-la passo a passo como idealizador,
e ela faz parte da minha vida.
O trabalho de fundação
da Coamo iniciou em 09 de dezembro
de 1969, com um treinamento
para líderes rurais no
antigo Clube Mourãoense, em
Campo Mourão. Um grupo foi
escolhido para discutir o cooperativismo
e a ideia foi muito bem
recebida. Depois vieram onze reuniões
em diversas comunidades
para formarmos a cooperativa. O
madeireiro Fioravante João Ferri
foi convidado para ser presidente.
Ele aceitou com uma condição
que muito me honrou: desde
que eu me dispusesse a ajudá-lo
em tudo o que fosse necessário
nos trabalhos da cooperativa.
Para mim, foi o início da
realização de um grande sonho
contando com o apoio dos produtores
que compartilhavam da
minha iniciativa. Este sonho está
fazendo 50 anos, de muito sucesso
e uma grande realização. Fruto
de uma participação com responsabilidade,
que representa
uma história com ideias e ideais,
sonhos e propósitos, união e trabalho,
e excelentes resultados.
É um orgulho comemorar
esse jubileu de ouro de uma
cooperativa próspera e bem-
-sucedida, responsável e respeitada,
que reúne cooperados
atuantes e comprometidos com
seus direitos e deveres. Cooperados
que, independentemente
do seu porte e tamanho de área,
são tratados de maneira igualitária.
Assim, juntos, construímos
uma cooperativa com forte espírito
solidário onde todos são beneficiados
com a mesma oportunidade.
O que nos orgulha não
é tão somente sermos uma cooperativa
forte e grande, mas sim
podermos olhar para trás e constatar
nesse meio século que com
a prática da nossa união e força,
contribuímos sobremaneira para
o desenvolvimento dos nossos
quase 30 mil cooperados, com
evolução e transformação, não
só nos campos de produção,
mas também, na qualidade de
vida da família Coamo.
Nesse clima de alegria e festa,
queremos agradecer. Agradecemos
os nossos familiares, a Deus
pela graça concedida da construção
de um futuro para nossas famílias
em bases sólidas, com força e
coragem, irmanados pelo espírito
cooperativista. Agradecemos aos
nossos valorosos diretores, funcionários,
autoridades, clientes e fornecedores
que também contribuíram
para o sucesso da Coamo.
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,
Presidente dos Conselhos de Administração Coamo e Credicoamo
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Jubileu de ouro: do sonho a realidade
O
ato de coragem, inovação e transformação
dos 79 agricultores orientados e liderados
pelo idealizador, então engenheiro agrônomo
extensionista da Acarpa, José Aroldo Gallassini,
foram determinantes para a fundação da Coamo
há 50 anos no dia 28 de novembro de 1970.
A Coamo chega ao seu Jubileu de Ouro
bem estruturada, planejada e organizada para continuar
crescendo e promover o desenvolvimento dos
seus cooperados. Foi assim, pensando no futuro,
que em fevereiro deste ano em Assembleia Geral foi
implantada a estrutura de Governança Corporativa
com José Aroldo Gallassini na presidência do Conselho
de Administração 2020/2024.
Com muita honra e alegria, e sabedor das responsabilidades
aceitei o convite para ser o presidente
Executivo da Coamo, tendo como grande líder e professor
o doutor Aroldo, que é uma referência e contribui
com a missão de dar continuidade ao trabalho de
sucesso desenvolvido desde a fundação. Este período
de transição tem sido de grande aprendizado para todos
os diretores, que juntos não medem esforços para
continuar este trabalho de sucesso da Coamo.
Os cooperados são a razão de ser da Coamo.
Trabalhamos diariamente com entusiasmo e dedicação
para cumprir a missão de gerar renda com
desenvolvimento sustentável do agronegócio. E
sustentabilidade no sentido amplo para o êxito das
atividades dos cooperados, para a manutenção e
apoio aos seus negócios e, também, visando a qualidade
de vida deles e de seus familiares.
Como está escrito na história dos 50 anos da
Coamo, o nosso cooperativismo é praticado para o
presente e para o futuro, pois a Coamo não foi feita
apenas para uma geração, mas para sempre. O nosso
trabalho é realizado para que a nossa cooperativa
seja perpétua e, cada vez mais, atualizada e inovadora,
para difundir tecnologias, evoluir e transformar
nos campos tecnológico, econômico e social.
Com a experiência de 33 anos no cooperativismo,
tenho certeza de que a Coamo é uma
cooperativa administrada com valores e princípios
Um dos motivos de sucesso da Coamo está na
forte relação entre o cooperado e a cooperativa,
sempre com harmonia, responsabilidade e
o sentimento de pertencimento, porque a
Coamo é a casa do cooperado .
bem definidos. É inovadora nos seus processos e
atitudes, para continuar fazendo um trabalho fantástico
em prol do crescimento e desenvolvimento dos
cooperados.
Um dos motivos de sucesso da Coamo está
na forte relação entre o cooperado e a cooperativa,
sempre com harmonia, responsabilidade e o sentimento
de pertencimento, porque a Coamo é a casa
do cooperado, onde ele encontra tudo o que precisa
e na hora certa, para planejar e implantar com
confiança e segurança as suas safras.
Parabéns a todos pelos 50 anos da Coamo.
São cinco décadas de uma missão cumprida com excelência,
fruto dos ideais dos agricultores pioneiros e
do idealizador, que juntos sonharam e acreditaram, e
juntamente com os mais de 29 mil cooperados fizeram
da Coamo uma cooperativa de sucesso.
AIRTON GALINARI
Presidente Executivo da Coamo
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Imagem acima, vista aérea de Campo Mourão, em 1960, e
abaixo, cenário do município com o início da agricultura
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Início da
TRANSFORMAÇÃO
Final da década de 1960.
Fim do ciclo da madeira na
região de Campo Mourão
(Centro-Oeste do Paraná). Uma
região que não contava com tecnologias
agrícolas e contabilizava
na época apenas cinco tratores. O
cenário agrícola registrava algumas
lavouras manuais de arroz, milho
e algodão, mas enfrentava um
grande problema: as terras eram
ácidas (impróprias para o plantio),
fracas e desvalorizadas, e a região
era conhecida como a terra dos “
3S – sapé, samambaia e saúva".
Esta era a realidade da
agricultura na região, período
em que marcou o início da história
da fundação da Coamo. Uma
cooperativa que teve sua constituição
consolidada em 28 de novembro
de 1970, com a união de
79 agricultores que enfrentavam
os mesmos problemas da época
e buscavam soluções para que
pudessem mudar e realidade.
Da região de poucos recursos
e com solo empobrecido,
ela se transformou ao longo dos
anos, em um centro de produtividade
agropecuária, com sucesso
industrial, pujança exportadora e
qualidade de vida. A prosperidade
se alastrou, abraçando outras
áreas do próprio Estado e, depois,
de Estados vizinhos.
Os esforços da Coamo,
liderada há meio século por José
Aroldo Gallassini, o engenheiro
agrônomo que a idealizou, trouxe
para Campo Mourão e para
todas as regiões às quais chegou
ao longo das décadas, técnicas
apropriadas de manejo da terra
e tecnologias avançadas para a
lavoura, além de boas práticas
administrativas, visão estratégica
e respeito à natureza.
Não é à toa que, nesses
50 anos, o que era uma pequena
associação de agricultores de
uma região pouco lembrada do
Brasil se converteu em uma das
maiores potências empresariais
do País, reunindo cerca de 30 mil
cooperados integrados em 71
regiões produtoras nos Estados
do Paraná, Santa Catarina e Mato
Grosso do Sul. Assim, o agricultor
associado, devidamente amparado
e assessorado, e encontrando
na coletividade cooperativista a
força necessária, é capaz de levar
seus sonhos adiante.
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Gallassini com o jipe usado no
trabalho de extensionista
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O idealismo de
um cooperativista
Quando o jovem engenheiro
agrônomo
José Aroldo Gallassini,
chegou em Campo
Mourão em um Jipe, não
imaginava a história que era
guardada para ele. Com 27
anos, ele fazia parte de um
programa da Acarpa (hoje
Instituto Emater) e foi encarregado
pelas autoridades de
levantar a situação do município
e dar assistência aos
agricultores locais. Gallassini,
nascido em Brusque (SC) e
formado na Universidade Federal
do Paraná, em Curitiba,
logo se ocupou de conhecer
a cidade – da qual nunca tinha
ouvido falar – e seu potencial,
tanto agropecuário quanto
humano. Ele foi o idealizador
da Coamo, se tornando uma
das principais lideranças cooperativistas
do Brasil.
Gallassini foi o responsável
pela organização
dos produtores e a sua inserção
no cooperativismo. O
conhecimento sobre cooperativismo
foi adquirido nos
treinamentos realizados no
“Pré-serviço”, que era um estágio
profissional preparando
o funcionário para suas
atividades.
Mesmo sem nunca
ter estado em Campo Mourão,
o atual presidente do
Conselho de Administração
da Coamo, na época mostrava
muito entusiasmo, vontade
e idealismo, e sabendo
dos desafios que teria pela
frente, concluiu o levantamento
da realidade rural do
município que tinha 25 mil
habitantes na cidade e outros
45 mil no campo.
O idealizador também
conduziu os primeiros
experimentos de trigo na região
de Campo Mourão, entre
abril a setembro de 1969,
com trabalho de pesquisa de
variedades, adubação, calagem
e época de plantio, e
logo a seguir, a implantação
da soja na região. Por sua
vez, os agricultores sabiam
que a mecanização agrícola
era a solução para o desenvolvimento
da agricultura,
que aconteceu com o apoio
decisivo da extensão rural
por meio da Acarpa.
José Aroldo Gallassini, num campo
de trigo em Campo Mourão
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A história contada
PELO IDEALIZADOR
O
idealizador e fundador
da Coamo, José Aroldo
Gallassini, chegou
em Campo Mourão em 1968. O
jovem catarinense de Brusque,
recém formado em engenharia
agronômica, pela Universidade
Federal do Paraná (UFPR), quis
trabalhar com extensão rural. Ele
passou no concurso da Acarpa,
atual Emater. “Fiz estágio em Tibagi
e Ibaiti e a empresa queria
me manter por lá, pois eu tinha
desempenhado um bom trabalho.
Eu disse que não queria. Eles
então, me avisaram numa segunda-feira
que eu iria para Campo
Mourão.”
Sem conhecer ou, sequer,
ter ouvido falar em Campo
Mourão, José Aroldo Gallassini
chegou ao município do Centro-Oeste
do Paraná, num jipe,
modelo de 1954. “Comecei a
realizar um levantamento da realidade
rural da cidade. Era o fim
do ciclo da madeira. Comecei a
desenvolver a assistência técnica.
Um ano depois, em 9 de dezembro
de 69, fizemos uma reunião
14 REVISTA
Novembro/2020
Primeira máquina de contabilidade da Coamo
no Clube Mourãoense e um dos
assuntos era cooperativismo”, recorda.
Várias tentativas frustradas
de fundar uma cooperativa
na região deixaram os agricultores
receosos. “Vieram muitas
pessoas de fora que tomaram o
dinheiro dos agricultores e não
voltaram mais. Nada tinha dado
certo. Mas, naquela reunião a
ideia de fundar uma cooperativa
explodiu novamente.”
Gallassini conta que o,
então, prefeito de Campo Mourão,
Horácio Amaral ofereceu um
terreno para a nova cooperativa.
“O prefeito cumpriu a promessa
e nos cedeu o terreno. Fundamos
a Coamo em 28 de novembro
de 1970 com 79 agricultores
e começamos a trabalhar.”
Na época o jovem extensionista
da Acarpa, foi promovido
e ficou responsável por cuidar
da região que ia de Ivaiporã até
Ubiratã, coordenando o trabalho
de vários extensionistas. Nesse
mesmo período, Gallassini lembra
que os cooperados pediram
que ele fosse gerente. “Eu aceitei,
mas desde que eu tivesse um
salário. Porém, eles ainda não poderiam
me pagar. Então, eu disse
que aceitava desde que pudesse
fazer avaliações aos sábados e
domingos pelo Banco do Brasil,
pois era recém casado e precisava
garantir o sustento da minha
família.”
A Coamo então deslanchou.
A cooperativa, gerenciada
por José Aroldo Gallassini,
iniciou o trabalho que até
hoje não parou. “Começamos
comprando sementes de trigo,
depois de soja. Construímos
o primeiro armazém de fundo
chato, que ainda existe, depois
o primeiro escritório e as coisas
foram funcionando bem. Dali
para frente não paramos mais.
Os cooperados confiaram e foi
dando certo. Hoje com 50 anos
temos uma história que muito
nos orgulha e que vem dando
certo pela dedicação de todos.
Isso é cooperativismo.”
O dia da fundação
A Coamo foi fundada
em 28 de novembro de 1970 na
Associação dos Funcionários do
Banco do Brasil, onde 79 agricultores
assinaram a ata de fundação.
Eles foram chegando e assinando,
sem uma ordem estabelecida.
Dos 79, seis ainda estão ativos, a
maioria já faleceu e outros foram
embora e perdeu-se o contato.
Porém, todos deixaram um legado
de trabalho e união, que há 50
anos é repassado aos mais de 29
mil cooperados.
Do dia da fundação até
a data atual, passa um filme na
mente do idealizador José Aroldo
Gallassini. “Não dava para
imaginar que a Coamo chegaria
até aqui com tanto sucesso.
Essas coisas vão acontecendo.
Mas, eu tinha uma qualidade
que me ajudou. Comecei no
mercado de trabalho aos 13
anos fazendo cobranças da fábrica
de móveis do meu pai, depois
em Curitiba, trabalhei em
dois bancos e ainda fiz cálculo
de topografia para uma empresa.
Essa experiência, me deu
uma boa vivencia para conduzir
o trabalho inicial da cooperativa.
Valorizo o trabalho enquanto
se é novo, pois é onde a pessoa
forma a sua personalidade.”
Novembro/2020 REVISTA 15
16 REVISTA
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/CampoOn
Valores da Coamo
Os valores da Coamo nasceram
com a cooperativa. Foram
influência das pessoas que a fundaram,
pessoas de caráter e honestidade
indiscutíveis. O idealizador,
José Aroldo Gallassini, teve isso em
seu berço e se uniu com pessoas
com os mesmos princípios. “Sempre
ficou claro que ninguém poderia
se valer da Coamo para benefício
próprio. Os próprios princípios
cooperativistas são rígidos neste
sentido. Além disso, no aspecto
financeiro também fica evidente
o caráter de uma pessoa. Pagar
suas contas é uma obrigação, pois
quem não o faz, prejudica outras
pessoas. Sempre levamos isso muito
a sério. Tanto que na Coamo e
na Credicoamo a inadimplência é
quase zero.”
Confiança
A palavra-chave que define
a trajetória da Coamo é confiança.
Algo que precisa ser adquirido
e não se conquista de graça. “A
repetição de ações com seriedade,
definem a confiança. O cooperativismo
depende da credibilidade
junto ao quadro social. O cooperado
precisa sentir que a cooperativa
é sua e está com ele. Esse é um dos
motivos do sucesso da Coamo nestes
50 anos”, enfatiza Gallassini.
A chegada dos 50 anos
A Coamo completa 50 anos muito bem, conforme destaca
o fundador da cooperativa. Mudanças na forma de administração
foram realizadas neste ano, com o único foco de perpetuar
essa prosperidade. “Adotamos o sistema de governança
corporativa, com um Conselho de Administração, no qual fui
eleito presidente para coordenar uma Diretoria Executiva contratada.
Uma forma de gestão que o sistema cooperativismo
brasileiro precisa adotar, pois as cooperativas se tornaram
grandes empresas e para administrar grandes empresas é necessário
o trabalho de profissionais qualificados.”
Para Gallassini, essa forma de gestão é profissional e
garante a perpetuação da cooperativa. “Em outubro de 2019
os associados aprovaram a reforma no Estatuto Social. O conselho
de Administração define as políticas da cooperativa e a
diretoria Executiva toca, seguindo as diretrizes desse conselho.
Essa gestão está indo muito bem.”
A Coamo cresceu e vem apresentando resultados positivos.
“A Coamo é a maior empresa do Paraná. Nunca imaginávamos
que uma cooperativa de 79 agricultores ocuparia esta posição.
Queremos continuar este trabalho e sempre voltados para
o quadro social e funcional, pois nenhuma empresa vai bem se
não tiver uma equipe satisfeita e capaz. Nós podemos envelhecer,
mas a Coamo não, ela sempre precisa ser nova, acompanhando
a economia e as mudanças de mercado.”
O logo "Coamo 50 anos" é resultado do trabalho do
Comitê Coamo 50 anos integrado por funcionários da
cooperativa e foi criado pela designer Raquel Eishima, da
Assessoria de Comunicação.
Fioravante Ferri e Aroldo Gallassini em evento
Gallassini e o fundador Martin Kaiser em momento histórico no lançamento do logo Coamo 50 anos
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O CLUBE AGRO CELEBRA
OS 50 ANOS DA COAMO,
O SONHO DE 79 AGRICULTORES
QUE MUDOU A VIDA DE
MILHARES DE BRASILEIROS.
18 REVISTA
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O agro está em festa. Há 50 anos a semente do cooperativismo foi plantada no Brasil.
Um sonho que saiu do papel para ir ao campo transformar a agricultura nacional e
hoje dá frutos ao redor de todo o país em busca da evolução rural.
Parabéns COAMO, por 50 anos de conquistas e contribuições. É uma honra para o
Clube Agro ter você como associada.
E, como datas especiais não podem passar em branco, o Clube Agro resolveu
comemorar esse aniversário com uma Black Friday especial com a COAMO. Aproveite
um mês inteiro de promoções imperdíveis para quem vive o agronegócio.
Acesse clubeagro-blackfriday.com.br e confira.
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Momento de fundação
da Coamo com a
assinatura da Ata
Surgimento da Coamo
UMA “COOPERATIVA COM AMOR”
Na constituição da Cooperativa Agropecuária
Mourãoense Ltda., a sigla Coamo foi sugerida pelo
cooperado Gelindo Stefanuto, baseado no lema “Com Amor”.
20 REVISTA
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Ata de constituição da Coamo
Em novembro de 1969, em
uma reunião com lideranças
da região, tomou-se a decisão
de estabelecer uma cooperativa
que proporcionasse aos seus
associados melhores condições
de produção e comercialização. O
então prefeito da cidade, Horácio
Amaral, ofereceu apoio, prometendo
que, constituída a cooperativa,
cederia a ela um terreno para
que começassem suas atividades.
Seria necessário escolher
alguém que presidisse a cooperativa.
A pessoa mais indicada
para o cargo era o madeireiro e
agricultor Fioravante João Ferri,
que aceitou a missão, convidando
Aroldo Gallassini para ser o
gerente geral.
Depois de realizada a
assembleia que constituiu a Coamo,
foi necessário cumprir diversas
tarefas burocráticas de formalização,
como o procedimento
de registro. Em agosto de 1971,
Aroldo Gallassini se desligou da
Acarpa para assumir a função de
gerente geral. Com essas etapas
concluídas, a cooperativa passou
a funcionar efetivamente.
Operando em um pequeno
espaço alugado e com
equipamentos – como máquinas
de escrever e calcular – emprestados
ou cedidos por associados,
a Coamo locou armazéns para
receber a safra de trigo daquele
ano. A colheita foi boa e o espaço
arrendado mostrou-se insuficiente.
Em novembro daquele mesmo
ano, os cooperados autorizaram
contratar financiamento para a
construção do seu primeiro armazém
próprio.
Novembro/2020 REVISTA 21
Reuniões constantes com os membros dos comitês educativos abriram um canal de comunicação direto entre diretoria e associados, base para a consolidação da confiança na cooperativa
Primeiros passos
do crescimento
22 REVISTA
Novembro/2020
Em abril de 1972, a Coamo se mudou
do escritório alugado para uma sede
própria. Em maio, foi concluída a construção
do primeiro armazém da cooperativa.
Já se previa que ele não seria suficiente para
armazenar a produção dos associados e, por
isso, foi alugado um segundo armazém, mas
nem assim foi possível acolher toda a safra.
Os resultados com a movimentação dos
produtores e entrega da produção foram
impressionantes, motivando a entrada de
novos associados na cooperativa, que crescia
rapidamente.
Em setembro daquele ano, uma
nova Assembleia Geral Extraordinária aprovou
mais investimentos em infraestrutura.
Solenidade de lançamento da pedra fundamental do primeiro armazém, com a
presença do presidente da Coamo, Fioravante João Ferri, do prefeito municipal Renato
Fernandes Silva, do deputado estadual Armando Queiroz de Moraes e do secretário da
Agricultura do Paraná, Cassiano Gomes dos Reis
Observado por Fioravante João Ferri,
Gallassini mostra a maquete das novas
instalações da Coamo a visitantes
Vista área da estrutura da Coamo nos primeiros anos de atividade
Novembro/2020 REVISTA 23
Transformação
do solo
O aumento da
produção não se deu apenas
como consequência
do número de produtores:
uma das tarefas mais
importantes desenvolvidas
desde o começo dos
esforços da organização
está relacionada a uma
transformação cultural: o
cuidado com a terra.
A cooperativa incentivou
a atividade de
correção do grau de acidez
do solo da região,
que, por ser naturalmente
elevado, não permitia
bons resultados sem
intervenção. Para isso foi
adotado um programa
de aplicação de calcário,
que, na década de 1960,
não era usado por nenhum
dos agricultores da
região, de acordo com levantamento
realizado pela
Acarpa naquela época.
O mesmo estudo revelou
outras deficiências que a
Coamo ajudou a corrigir:
os efeitos de pragas e
doenças; más condições
de armazenagem; baixa
capacidade de armazenamento
e processamento
da produção; pouco uso
do crédito rural e dificuldades
de comercialização.
DESCENTRALIZAÇÃO
A reputação da Coamo como fornecedora de insumos e destino
da produção não demorou a se alastrar. Como resultado do bom
trabalho inicial e o interesse elevado dos produtores em receber os
benefícios da cooperativa, em 1974 foi aprovada a expansão da Coamo
para os municípios de Engenheiro Beltrão e Mamborê, próximos
a Campo Mourão. Esses entrepostos entraram em operação em março
do ano seguinte.
Assim, de 79 agricultores fundadores, a cooperativa encerrou
seus primeiros cinco anos com mais de dois mil associados e, de apenas
um sonho, a Coamo caminhou a passos firmes para um desenvolvimento
expressivo que se consolidaria ao longo dos anos futuros,
constituindo-se como agente de transformação da agricultura, de
pessoas e comunidades.
Primeiras Unidades da Coamo
em Barbosa Ferraz e Palmital
24 REVISTA
Novembro/2020
Entreposto da Coamo em Engenheiro Beltrão
Entreposto da Coamo em Mamborê
MUDANÇA NA HISTÓRIA
Mas, antes que qualquer ação mais concreta
pudesse ser tomada, a Coamo passou por uma grande
perda: o presidente Fioravante João Ferri faleceu subitamente
em novembro de 1974 e o vice-presidente,
Gelindo Stefanuto, assumiu o cargo interinamente. Ferri
foi escolhido presidente em 1970 pelos produtores por
sua credibilidade, idoneidade intocável, dedicação e
honestidade na busca do bem da coletividade, reunindo
as condições necessárias para assumir a função.
Em janeiro de 1975, em votação na Assembleia
Geral, os cooperados elegeram para a presidência
José Aroldo Gallassini, que foi, o responsável
pelo surgimento da Coamo. Uma das primeiras
medidas tomadas pela nova gestão, reconhecendo
a necessidade de ajustes estruturais para lidar com
o crescimento já conquistado e planejar o futuro,
foi preparar uma reorganização administrativa.
Foram estabelecidos inicialmente diversos departamentos
como os de Transportes, Técnico, Produção
Campo Mourão, Produção Entrepostos, Administrativo
e Financeiro, Fornecimento de Insumos,
e Comercial, com o objetivo de oferecer um bom
atendimento aos cooperados e racionalizar os sistemas
de trabalho.
Fioravante João Ferri, primeiro presidente da Coamo
Assembleia de eleição da nova diretoria, em janeiro de 1975,
quando Gallassini foi eleito pela primeira vez presidente
Novembro/2020 REVISTA 25
79 homens com um só objetivo
Quando os 79 agricultores se reuniram e constituíram a Coamo, não
imaginavam que 50 anos depois se tornaria uma das maiores cooperativas
do Brasil. Eles se reuniram em prol de um só objetivo, que era o
de buscar alternativas que pudessem viabilizar a agricultura em Campo Mourão.
Meio século se passou, e hoje esses pioneiros são referenciados por terem acreditado
no cooperativismo como importante ferramenta de desenvolvimento.
Fundadores por ordem numérica
01 - Lourenço Tenório Cavalcanti
02 - Joaldo Saran
03 - Ervalino José Guadagnin
04 - Theodoro de Andrade
05 - João Teodoro de Oliveira Sobrinho
06 - Chafik Simão
07 - Alcidio Brignoni
08 - Ermindo Appelt
09 - Sebastião Evangelista Bezerra
10 - Etelvino Eduardo Manfrin
11 - Franz Kaiser
12 - Martin Kaiser
13 - Orlando Palaro
14 - Antoninho Luiz Guadagnin
15 - Pedro Guerreiro
16 - Arnildo Guadagnin
17 - Manoel Geraldo de Souza
18 - Atílio Jacob Ferri
19 - Takeshi Ojima
20 - Silvio Gomes
21 - Bruno Gehring
22 - Benedito Rodrigues
23 - Balduino José dos Santos
24 - Elias Semiguem
25 - Créscio Costa
26 - Felipe Costin
27 - João Teodoro de Oliveira
28 - Fioravante João Ferri
29 - Ildefonso Cezar Ferri
30 - Benito Ildefonso Ferri
31 - Victor Alessi
32 - Moacir José Ferri
33 - Luiz Antonio Carolo
Arthur Rodrigues Tramujas Filho
Henrique Gustavo Salonski
34 - Jorge Gonçalves dos Santos
35 - José Cazusa da Silva
36 - Gedeão de Lima
37 - João Cordeiro da Silva
38 - Olindo Monti
39 - Paulo Costa de Faria
40 - Augusto Angelo Tonello
41 - Raimundo Marques de Souza
42 - Susumu Takassu
43 - Jaime Jovino Vendramin
44 - José Alves Pereira
45 - Emílio Gimenes
46 - Joaquim Alves Feitoza
47 - Lino Weber
48 - Nelson Teodoro de Oliveira
49 - Ewaldo Tierling
50 - Dirceu Sponholz
51 - Paulo Teixeira Duarte
52 - Emenegildo Carlos Dolci
53 - Gelindo Stefanuto
54 - João Antonio Aguirre Lamezon
55 - José Vasilio Moreira
56 - Gustavo Taborda
57 - Milton Coutinho Machado
58 - Waldemar Koblitz
59 - Noé José Monteiro
60 - José Paulino Carvalho
61 - João Batista Vieira Filho
62 - Emenegildo Geraldo da Silva
63 - Juvenal Manoel dos Santos
64 - Adolfo Geraldo da Silva
65 - Waldomiro Alves dos Santos
66 - José Corsato
67 - Romão Martins
68 - Kazuki Yano
69 - Jorge Elizardo Garcia Árias
70 - José Binote
71 - Jakob Baumann
72 - Waldir José Ferri
73 - José Maria Pereira Sobrinho
74 - Joaquim Inácio Pereira
75 - Durval Correia de Souza
76 - Madeireira Clauri Ltda
77 - Industria e Comércio Trombini S/A
78 - Odonel Procópio de Oliveira
79 - Rosalino Mansuetto Salvadori
26 REVISTA
Novembro/2020
01 - Lourenço Tenório Cavalcanti 02 - Joaldo Saran 03 - Ervalino José Guadagnin 04 - Theodoro de Andrade
05 - João Teodoro de Oliveira Sobrinho 06 - Chafik Simão 07 - Alcidio Brignoni 08 - Ermindo Appelt
09 - Sebastião Evangelista Bezerra 10 - Etelvino Eduardo Manfrin 11 - Franz Kaiser 12 - Martin Kaiser
13 - Orlando Palaro 14 - Antoninho Luiz Guadagnin 16 - Arnildo Guadagnin 17 - Manoel Geraldo de Souza
18 - Atílio Jacob Ferri 19 - Takeshi Ojima 21 - Bruno Gehring 24 - Elias Semiguem
Novembro/2020 REVISTA 27
25 - Créscio Costa 26 - Felipe Costin 27 - João Teodoro de Oliveira 28 - Fioravante João Ferri
29 - Ildefonso Cezar Ferri 30 - Benito Ildefonso Ferri 31 - Victor Alessi 32 - Moacir José Ferri
33 - Luiz Antonio Carolo 33 - Arthur Rodrigues Tramujas Filho 33 - Henrique Gustavo Salonski 35 - José Cazusa da Silva
38 - Olindo Monti 39 - Paulo Costa de Faria 40 - Augusto Angelo Tonello 41 - Raimundo Marques de Souza
42 - Susumu Takassu 43 - Jaime Jovino Vendramin 44 - José Alves Pereira 45 - Emílio Gimenes
28 REVISTA
Novembro/2020
47 - Lino Weber 48 - Nelson Teodoro de Oliveira 49 - Ewaldo Tierling 50 - Dirceu Sponholz
51 - Paulo Teixeira Duarte 52 - Emenegildo Carlos Dolci 53 - Gelindo Stefanuto 54 - João Antonio Aguirre Lamezon
56 - Gustavo Taborda 57 - Milton Coutinho Machado 58 - Waldemar Koblitz 60 - José Paulino Carvalho
62 - Emenegildo Geraldo da Silva 64 - Adolfo Geraldo da Silva 65 - Waldomiro Alves dos Santos 66 - José Corsato
67 - Romão Martins 68 - Kazuki Yano 69 - Jorge Elizardo Garcia Árias 70 - José Binote
Novembro/2020 REVISTA 29
Parabéns, Coamo.
50 anos cultivando união, produzindo
trabalho e colhendo desenvolvimento.
A Coamo escreve sua história com cooperação e a força do trabalho. É fazendo
a diferença no campo ao lado dos produtores que ela é hoje a maior cooperativa
agrícola da América Latina.
Dessa semente, continuam nascendo muitos frutos e gerando
desenvolvimento e avanço tecnológico ao agronegócio.
Mais que uma data, essas 5 décadas de trabalho e amor
à terra são um marco para nosso setor.
30 REVISTA
Novembro/2020
71 - Jakob Baumann 72 - Waldir José Ferri 74 - Joaquim Inácio Pereira 76 - Madeireira Clauri Ltda
Teonaldo Siqueira Ribas
77 - Industria e Comércio Trombini S/A
Ivo Mário Trombini
78 - Odonel Procópio de Oliveira 79 - Rosalino Mansuetto Salvadori
Monumento aos agricultores pioneiros da Coamo inaugurado
em novembro de 2000, nos 30 anos da cooperativa
Novembro/2020 REVISTA 31
32 REVISTA
Novembro/2020
PRIMEIRO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
(1970-1974)
presidente
Fioravante João Ferri
vice-presidente
Gelindo Stefanuto
conselho diretor - efetivo
Jorge Elizardo Garcia Árias
conselho diretor - efetivo
Rosalino Mansueto Pazzinato Salvadori
conselho diretor - efetivo
Sussumo Takasu
secretário
Nelson Teodoro de Oliveira
conselho diretor - suplente
Emilio Gimenes
conselho diretor - suplente
Lourenço Tenorio Cavalcanti
conselho diretor - suplente
Ermindo Appelt
PRIMEIRO CONSELHO FISCAL
(1970)
conselho fiscal - efetivo
Odone Procópio de Oliveira
conselho fiscal - efetivo
Joaldo Saran
conselho fiscal - efetivo
Theodoro de Andrade
conselho fiscal - suplente
José Binote
conselho fiscal - suplente
Sebastião Evangelista Bezzera
conselho fiscal - suplente
Martin Kaiser
Novembro/2020 REVISTA 33
“Coamo trouxe
progresso e dignidade”
O agricultor, engenheiro
agrônomo Lourenço Tenório Cavalcanti,
mais conhecido como
“Tenório” é dos fundadores da
Coamo ainda em atividade. Seu
Tenório assinou a ata de fundação
da Coamo com a matrícula
número 01 e está na história entre
os 79 agricultores fundadores
da cooperativa. “Nós estávamos
na reunião e ao final foi formada
uma fila para acatar assinatura
dos agricultores em uma folha de
papel. Foi então que um colega
sentado na mesa ao lado colocou
o meu nome como número 01 e
deu para eu assinar. Fui o número
01, mas poderia ser o número 79.
O importante é estar entre os 79
fundadores que sonharam com a
ideia de uma cooperativa”, lembra
o agricultor que reside atualmente
na região de Maracaju, no
Mato Grosso do Sul.
O cooperado conta que
estudou e se formou na mesma
turma de Agronomia de José
Aroldo Gallassini na Universidade
Federal do Paraná, em Curitiba,
na década de 1960. “Foi
um trabalho muito interessante,
a gente não imaginava que
a Coamo seria o que é, pois na
época não tínhamos a noção da
potencialidade dela. A meu ver a
Coamo trouxe dignidade ao produtor,
e conhecimento que nos
ajuda a progredir.”
“A gente vai melhoran-
do e aprendendo. Me emociono
ao olhar para trás e ver a
evolução que ocorreu nesses
50 anos. O associativismo é
uma coisa muito importante,
assim como a gestão, que é essencial
para continuarmos crescendo
e tendo sucesso”, afirma
seu Tenório.
"A gente não imaginava que a
Coamo seria o que é, pois na
época não tínhamos a noção da
potencialidade dela."
Lourenço Tenório Cavalcanti, cooperado fundador 01
O momento certo
O fundador, Martim kaiser
lembra que a Coamo nasceu
da necessidade dos agricultores.
“Um ano antes de surgir a cooperativa
nos reunimos e queríamos
fundar uma cooperativa, pois estávamos
à mercê de cerealistas.
O Dr. Aroldo teve a ideia e todos
nós acreditamos nele. O trigo foi
a primeira cultura, depois veio a
soja.”
O fundador conta que foi
o 12º a assinar a ata e que estava
buscando agricultores para participar
da fundação. “Eu sou o número
12 porque eu estava cha-
34 REVISTA
Novembro/2020
mando gente para se associar
e o Orlando Palaro, que é o número
13, me perguntou como
é que você quer que eu me associe,
se nem você se associou
ainda. Eu não tinha assinado
ainda, mas estava batalhando
para os outros assinarem. Aí eu
assinei e ele assinou.”
Kaiser se emociona
quando vê o tamanho da Coamo
atualmente. “É inexplicável.
Quando vejo, por exemplo, a indústria
de Dourados, e lembro
que estava junto quando tudo
isso começou, me emociono.
Nosso objetivo era unir pessoas
para trabalhar de uma forma
justa aqui na região e, hoje, estamos
no mundo”, relata.
Ainda segundo Martin,
seu pai e o primeiro presidente
da Coamo, Fioravante João
Ferri, já tinham experiência
com cooperativas. “O seu Fioravante
era de uma cooperativa
de madeiras do Rio Grande do
Sul e meu pai de uma de cereais
na Europa. Somado a isso
tinha o doutor Aroldo liderando
e, então, a Coamo deslanchou.
Penso que nós acertamos tudo.
Fizemos na hora certa e com
gente certa.”
"Nosso objetivo era unir pessoas
para trabalhar de uma forma
justa aqui na região e, hoje,
estamos no mundo."
Martin Kaiser, cooperado fundador 12
De mãos dadas e com honestidade
Antes da Coamo ser
fundada, o cooperativismo não
estava numa boa fase. Segundo
o fundador João Teodoro de
Oliveira Sobrinho, o incentivo
de José Aroldo Gallassini, então
extensionista da Acarpa, foi crucial
para se fundar a cooperativa
mourãoense. “Acreditamos
nessa ideia, pois acreditamos,
também, no Dr. Aroldo. Hoje,
felizmente a Coamo é grande
e respeitada. Ela mudou a imagem
do cooperativismo.”
João Teodoro ressalta
que 50 anos não são 50 dias. Na
história da Coamo, são 50 anos
de uma história inspiradora. “Estamos
marcados para sempre
com essa história. É um orgulho
fazer parte disso, pois foi a união
de várias mãos que ergueram a
Coamo, esse extraordinário estabelecimento.”
Para o fundador número
5, a Coamo é a prova de
que onde há honestidade, há
prosperidade. “A Coamo deu
certo porque aqui não tem corrupção,
não tem ‘marmelada’,
aqui não tem divisão injusta
de recursos. Pelo contrário, se
divide os ganhos entre os cooperados.
A administração é a
mais exemplar que um cidadão
pode ter em sua vida. Sem contar,
que houve uma transformação
na vida de todos os envolvidos”,
destaca.
Novembro/2020 REVISTA 35
Segundo João Teodoro, todos estão de parabéns
por este jubileu de ouro da cooperativa. “Tenho
gratidão por tudo que aconteceu durante esse tempo,
por esse sucesso da Coamo. Parabéns a diretoria,
parabéns para nós fundadores, parabéns aos cooperados
que ajudaram isso aqui crescer dessa forma
magnífica e que Deus nos dê condições de fortalecer
ainda mais a Coamo.”
“Estamos marcados para sempre
com essa história. É um orgulho
fazer parte, pois foi a união
de várias mãos que ergueram
a Coamo, esse extraordinário
estabelecimento.”
João Teodoro de Oliveira Sobrinho, cooperado fundador 05
Família de fundadores
A família de Moacir Ferri era do ramo da madeira.
Eles vieram para Campo Mourão, explorar o
segmento no final da década de 60. Porém, a madeireira
fechou e eles ficaram sem rumo. Foi quando
começaram a mexer com lavoura. Logo em seguida,
começou a movimentação para se fundar a cooperativa.
“Juntamos os agricultores das regiões de Campina
do Amoral e Piquirivaí, e viemos para Campo Mourão.
Nos reunimos na associação do Banco de Brasil e fun-
“A meta sempre foi melhorar a cada dia. Com isso,
fomos crescendo e crescendo. A cada ano, tínhamos
que fazer um armazém novo, e a turma achava
que era demais, mas depois de construído já não
comportava mais a demanda."
Moacir Ferri, cooperado fundador 32
36 REVISTA
Novembro/2020
damos a Coamo. Nossa família
não tinha muita noção sobre a
lida com a lavoura”, recorda o
fundador número 32.
Com diversos membros
da família entre os fundadores,
Moacir não imaginava que a
Coamo se tornaria o que é hoje.
“Entre os fundadores tinham
meu tio, Fioravante João Ferri,
meu pai, Afonso César Ferri,
meu irmão, Benito Ferri, Vitor
Alécio, meu cunhado, todos
falecidos, e eu, que na época
tinha 23 anos. Penso que nem
nos melhores sonhos do Aroldo,
ele imaginou que a Coamo
chegaria aonde chegou. Nossa
intenção era apenas montar um
grupo para ter força nas negociações.”
Para o fundador, um
dos segredos da Coamo foi a
reunião de pessoas coesas e inteligentes.
“A meta sempre foi
melhorar a cada dia. Com isso,
fomos crescendo e crescendo. A
cada ano, tínhamos que fazer um
armazém novo, e a turma achava
que era demais, mas depois de
construído já não comportava
mais a demanda. Já faltava espaço,
de tão acelerado que foi
esse crescimento da Coamo.”
Outro aspecto que Moacir
Ferri destaca é o crescimento
que a Coamo trouxe à Campo
Mourão. “A cooperativa trouxe
um fluxo de dinheiro muito grande
para Campo Mourão. É uma
região essencialmente agrícola,
os madeireiros que tinham foram
embora, sumiram e Campo
Mourão vivia da madeira. Como
a madeira acabou, o dinheiro
também acabou. Está aí a 'olhos
nus', aonde a Coamo se instala,
as coisas melhoram. Ela leva
conhecimento, condições e ensinamentos
para os agricultores
evoluírem.”
Orgulho dessa história
O orgulho de ser fundador é tão grande que
nem cabe no coração de Etelvino Eduardo Manfrin.
Isso porque ele sabe que aquela ideia que surgiu em
1970 deu certo. “A Coamo está indo muito bem. É
uma grande cooperativa e com resultados incríveis.
Quer motivo maior que esse para se sentir tão orgulhoso?!”,
indaga o fundador número 10.
Ao lembrar do início dessa história, Etelvino
conta que não imaginava que a Coamo se tornaria o
que é. “Os cooperados confiaram na Coamo e sempre
participaram da sua cooperativa. Isso fez toda a
diferença. A Coamo é especial. Ela ajuda o cooperado
de verdade, se você precisar, ela está aí. Eu tiro o
chapéu pra Coamo e sempre serei Coamo.”
"A Coamo é especial, ajuda o cooperado
de verdade no que precisar. Eu tiro
o chapéu para a nossa cooperativa e
sempre serei Coamo.”
Etelvino Manfrin, cooperado fundador 10
Novembro/2020 REVISTA 37
Meio século de
trabalho, dedicação
e grandes resultados.
PARABÉNS,
COAMO!
Conte sempre
com a Yara Brasil
nessa história
de sucesso.
38 REVISTA
Novembro/2020
Constante evolução
Claudio Francisco Bianchi
Rizzatto chegou na Coamo
quando a cooperativa
tinha apenas quatro anos.
São 46 anos que o cooperado
acompanha a transformação
realizada pela Coamo. “É um
orgulho muito grande, porque
eu ouvi, presenciei, participei
de todo esse desenvolvimento
da Coamo. Imagina em 1974
quando me mudei para Campo
Mourão, só tinha a Coamo aqui.
Aí começou todo esse desenvolvimento
que pude participar.
Cheguei como assessor de cooperativismo,
onde pude fazer o
trabalho de Comitês Educativos,
desenvolvendo toda a parte de
cooperativismo. Depois, fui chamado
para completar o quadro
técnico da Coamo, aonde fui o
quarto agrônomo a entrar na
cooperativa, depois fui promovido
a superintendente Técnico e
eleito vice-presidente”, recorda
o atual membro do Conselho de
Administração.
Para Rizzatto, o destaque
da Coamo está em propiciar o
desenvolvimento do agricultor.
“A transformação que os produtores
tiveram nesses 50 anos foi
algo incrível. A Coamo chegou
em regiões muito atrasadas, aonde
não chegava assistência técnica.
Uma coisa que a Coamo fez e
é um exemplo para todo o país,
é o desenvolvimento da área
técnica. Junto com o desenvol-
A Coamo chegou em regiões
muito atrasadas, aonde não
chegava assistência técnica.
Junto com o desenvolvimento
agronômico, veio o
desenvolvimento sustentável,
onde melhorou a qualidade de
vida do produtor.”
Claudio Rizzatto, membro do
Conselho de Administração da Coamo
vimento agronômico, veio o desenvolvimento
sustentável, onde
melhorou a qualidade de vida do
produtor.”
Uma empresa que começou
pequena e, hoje, é a
maior empresa do Paraná, é
motivo de orgulho para Rizzatto.
“Me orgulha ver que a
mesma empresa que começou
pequena, hoje do tamanho que
ela é, continua com os mesmos
princípios de quando tinha 300
associados. Os cooperados
continuam sendo tratados pelo
nome, não como números. Não
importa se é pequeno, médio
ou grande produtor. Isso é difícil
num mercado competitivo.”
Claudio Rizzatto enfatiza
que a Coamo tem muito mais
para crescer. “Sabemos que é
uma empresa que foi construída
para vida inteira. Isso dá orgulho
na gente, porque não estamos
terminando em 50 anos, mas
estamos apenas começando. A
Coamo é infinita, não tem limite.
Cada dia a gente vai se surpreender
mais. Só sei que daqui
30,50,100 anos a Coamo vai ser
muito maior e muito melhor.”
Novembro/2020 REVISTA 39
40 REVISTA
Novembro/2020
Coração cooperativista
É
um sonho que se tornou
realidade”. Assim, o engenheiro
agrônomo Ricardo
Accioly Calderari define a Coamo.
Associado e membro do Conselho
de Administração, foi Diretor
Secretário da cooperativa durante
36 anos e participou de diversas
decisões importantes para o
crescimento da Coamo. Inclusive,
foi um dos precursores do plantio
direto no Brasil. “Quando me formei,
passei em três testes, e um
deles foi para Campo Mourão. Fui
aconselhado por um primo agrônomo,
a vir para o município, pois
tinha tudo para crescer, pois as
terras aqui eram ácidas e fracas,
uma realidade que eu já vivenciava
na Lapa/PR.”
Ao lembrar como era há
50 anos, ele revela que a situação
do solo era complexa, não tinha
sequer calcário para aplicar.
“Faltava uma cooperativa e com
a fundação da Coamo as terras
“
"Os 79 agricultores que
fundaram a Coamo,
encontraram a pessoa certa,
pois para uma cooperativa dar
certo, o presidente precisa ter o
coração do cooperativismo e o
Dr. Aroldo tem isso."
Ricardo Accioly Calderari, membro do
Conselho de Administração da Coamo
foram corrigidas e começaram a
melhorar as produtividades. Passou
a ser realizado um trabalho
com tecnologia”, destaca Calderari.
Na sua opinião, sem a
Coamo não haveria transformação.
“Ela transformou as terras, as
famílias e reduziu o êxodo rural.
Os agricultores começaram a se
mecanizar, e foi tão forte essa entrada
da Coamo que o segundo
plantio direto do Brasil foi exatamente
aqui. Em seis anos, a Coamo
se tornou a maior referência
na conservação de solos no Brasil.
Tanto que em 1976, foi lançado
o Plano Nacional de Conservação
de Solos (PNCS), e pelo
exemplo dos agricultores, foi
inaugurado um monumento em
Campo Mourão, com a presença
do então ministro de Agricultura,
Alysson Paulinelli”, recorda.
Para Calderari a Coamo
deu certo por diversos fatores,
mas o principal foi a escolha da
pessoa certa para conduzir a fundação
da cooperativa. “Os 79 agricultores
que fundaram a Coamo,
encontraram a pessoa certa, pois
para uma cooperativa dar certo, o
presidente precisa ter o coração
do cooperativismo e o Dr. Aroldo
tem isso. Ele foi a melhor escolha,
pois ele tem princípios que sempre
serão atuais, o que é certo é
certo, e o que é errado é errado.
Não existe meio termo. Pode ser
que o mundo não seja mais assim,
mas na Coamo é.”
Segundo o cooperado,
chegar nos 50 anos de fundação
em harmonia, é algo para se
comemorar. “É fabuloso. Nunca
tivemos nenhum problema, pois
a Coamo sempre teve 'os pés'
no chão, dando passos seguros.
Por isso, ser Coamo é um orgulho.
Um orgulho que se estende
a todos os paranaenses, catarinenses
e sul-mato-grossenses”,
destaca Calderari.
Novembro/2020 REVISTA 41
42 REVISTA
Novembro/2020
Novembro/2020 REVISTA 43
Quando
fazemos juntos,
transformamos
sonhos em
realizações.
ƒ
Em cinco décadas de história, a Coamo transformou
a vida de muita gente. Com a força do trabalho
colaborativo e muita vontade de fazer, a cooperativa
agrícola cresceu, transformando-se em uma das
maiores da América Latina, com mais de 29 mil
agricultores associados no Paraná, em Santa Catarina
e no Mato Grosso do Sul. Histórias como essa inspiram
a STIHL dar o seu melhor todos os dias, oferecendo as
ferramentas certas para que o trabalho cooperado siga
sempre forte e avançando.
Parabéns, Coamo, pelos seus 50 anos.
@STIHLBRASIL
STIHL BRASIL
@STIHLOFICIAL
STIHL BRASIL OFICIAL
STIHL.COM.BR
44 REVISTA
Novembro/2020
29 MIL COAMOS
Cooperado quis, cooperado fez
Unidos pelo mesmo ideal
e com fé na solidariedade
entre os homens, foram
identificados quais eram os
problemas e as necessidades da
época e, juntos, partiram para a
solução: a solução foi a Coamo.
Portanto, cada cooperado é uma
Coamo. Porque a Coamo é exatamente
a vontade de seu cooperado.
Quando os 79 agricultores
se uniram – e hoje são mais
de 29 mil – não foi simplesmente
para ficarem juntos, mas sim
para fazerem alguma coisa juntos.
Como precisavam de armazéns
para guardar seus produtos,
subscreveram capital na
Coamo, financiaram esse capital
Primeiros armazéns da
Coamo na década de 1970
e com o dinheiro do financiamento
construíram os armazéns
que precisavam. E esses armazéns
foram construídos sempre
perto das propriedades dos
cooperados.
Depois concluíram que
precisavam se abastecerem dos
insumos modernos para poderem
plantar e obter uma maior
produtividade. Sementes selecionadas,
adubos e defensivos
de qualidade e a preços justos.
Assim, por meio da Coamo, foi
possível fazer concorrência e
comprarem em conjunto tudo
o que precisavam. E algo muito
importante: esses insumos estão
sempre na hora certa que o cooperado
precisa para plantar.
Departamento
técnico
Como diz o ditado: “uma
coisa puxa a outra”. Na época,
já não bastava mais ter esses
insumos na hora certa, e a preços
justos. Era preciso mais. Era
preciso que tivesse alguém, com
conhecimento técnico agronômico,
que orientasse os cooperados
sobre a melhor forma de
aplicar esses insumos, cultivar a
terra e preservá-la.
Foi então que se criou o
Departamento Técnico, que inicialmente
prestava assistência
técnica agronômica, mas que
hoje, por necessidade dos cooperados,
também presta assistência
médica veterinária.
O departamento Técnico
exerce um papel de muita importância
junto ao quadro social,
principalmente na redução dos
custos de produção, aumento
da produtividade, conservação e
fertilidade do solo.
Novembro/2020 REVISTA 45
Fazenda Experimental
Novas técnicas de plantio,
de conservação de solos,
de combate a doenças e pragas
foram surgindo. Mas, para
cada produtor testar tudo isso
em sua propriedade sairia muito
caro, dificultoso e sem um
resultado confiável. Surgiu então
a necessidade de todos se
unirem e proceder testes em
um só lugar. Foi assim que em
1975 surgiu a Fazenda Experimental
Coamo, onde se desenvolvem
experimentos com
novas variedades de cultivares.
Onde os novos defensivos
e variedades que surgem são
testados, para depois serem
utilizados pelos cooperados.
Além desses serviços, a Fazenda
é uma escola para os cooperados
e um grande ponto de
apoio para a formação da equipe
técnica.
Encontro de cooperados na Fazenda Experimental Coamo
Expansão
Como as coisas foram
dando certo, porque os cooperados,
cada vez mais unidos,
viam, a cada ano que passava, o
seu ideal se concretizar e fortalecer,
a cooperativa foi pegando
corpo e pode contratar técnicos
em outras áreas como comercialização
e administração em geral,
os quais sempre procuraram
melhorar os serviços prestados
aos cooperados, podendo assim
resolver os seus problemas de
forma conjunta.
Desta forma, outras regiões,
vendo que com a união de
Unidade da Coamo em Boa Esperança
todos podiam resolver seus problemas
comuns, pediam que as
experiências dos cooperados da
Coamo fossem transferidas para
outras localidades. Assim, a Coamo
está presente em 71 municípios
do Paraná, Santa Catarina e
Mato Grosso do Sul.
46 REVISTA
Novembro/2020
Programas e educação social
Assim foi acontecendo.
A união de grandes,
médios e pequenos
produtores rurais foi conseguindo
resolver os seus
problemas comuns.
Os pequenos cooperados,
entenderam que
necessitavam ter uma atividade
alternativa em sua
propriedade, que viesse
a ocupar melhor o tempo
disponível em suas atividades
e, ao mesmo tempo,
lhes proporcionasse uma
renda extra.
Pois isto foi possível
de ser concretizado,
por meio da criação de
projetos como Colono,
Suinocultura, Gado Leiteiro
e Café Adensado, entre
outros, os quais, com
uma assistência técnica
personalizada atenderam
as necessidades dos cooperados
em determinado
período desses 50 anos.
Buscando atender
uma necessidade que as
esposas e filhas dos cooperados
tinham, de conhecer
mais sobre economia doméstica,
higiene no lar, artesanato,
fabricação de conservas
e indústria caseira
foi criado o Departamento
Educacional e Social. Atualmente,
este trabalho que
tem foco na gestão é coordenador
pela Assessoria de
Cooperativismo.
Melhoria da qualidade de vida da família cooperada sempre foi objetivo do trabalho da Coamo
Industrialização
Com o crescimento das atividades,
os cooperados foram vendo
que podiam agregar mais valor aos
seus produtos, e, assim, comercializá-
-los melhor, abrindo, inclusive outros
mercados.
Dentro deste espírito de
crescimento industrial, é que os cooperados,
em Assembleias Gerais,
aprovaram a construção de indústrias
em Campo Mourão, Paranaguá
e Dourados.
Os cooperados da Coamo
passaram a pensar como verdadeiros
empresários, não só no campo,
como também no comércio e indústria.
Passaram a entender que se
buscassem diretamente o mercado
consumidor, empacotando seus produtos
e comercializando diretamente
aos supermercados, poderiam ter
uma melhor estabilidade nos preços
dos produtos.
Industrialização na Coamo começou com
Moinho de Trigo, em 1975, antecedendo a
primeira indústria de óleo de soja, em 1981
Novembro/2020 REVISTA 47
Credicoamo e Via Sollus
Os recursos que sobravam em épocas anteriores
eram depositados em bancos, mas nem
sempre esses recursos retornavam em forma de
financiamentos. Então, os cooperados pensaram,
por que não fazer a nossa cooperativa de crédito?
Assim nasceu a Credicoamo, em 1989, a cooperativa
de crédito dos cooperados da Coamo. Desta
forma, os recursos dos cooperados financiam os
próprios cooperados.
Ampliando os benefícios para os cooperados,
em 2008 foi criada a Via Sollus Corretora
de Seguros para fornecer e contratar seguros em
Assembleia de instalação da Credicoamo, em 1989
diversos segmentos, para atender às necessidades dos
segurados cooperados, funcionários e comunidade.
Copa Coamo
Nem só de trabalho vive o cooperado.
Pensando nisso e para que eles pudessem ter
também um divertimento e ao mesmo confraternização
em 1993 foi criada a Copa Coamo
de Futebol Suíço.
A Copa Coamo é a Copa do Mundo
dos Cooperados que junto com a sua família e
companheiros vivem o evento em um ambiente
saudável. O principal objetivo é por meio do esporte
tornar o cooperativismo mais forte, com
elevado espírito de solidariedade e integração.
A casa do cooperado
Administração da Coamo em Campo Mourão na década de 1980
Atualmente, a estrutura de apoio aos entrepostos é realizada na Administração Central
A Coamo é exatamente a vontade do seu cooperado. Quando ele entrega seu produto na Coamo, e
abastece de insumos, está operando com a sua própria empresa, que foi criada para prestar serviços e desenvolvimento
sustentável. Antes dele ser atendido, é acolhido no ambiente da cooperativa.
48 REVISTA
Novembro/2020
FORÇA, SEGURANÇA
E SOLIDEZ SÃO AS PEÇAS PARA
ESSA PARCERIA DE SUCESSO.
A Baldan se orgulha em ser, há mais de 30 anos,
a fornecedora de implementos e máquinas agrícolas
da Coamo, levando à cooperativa o melhor da
tecnologia para o campo.
baldan.com.br
Novembro/2020 REVISTA 49
50 REVISTA
Novembro/2020
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
(GESTÃO 2020-2024)
presidente do conselho
José Aroldo Gallassini
Claudio Francisco Bianchi Rizzatto
Ricardo Accioly Calderari
Joaquim Peres Montans
Anselmo Coutinho Machado
Emílio Magne Guerreiro Júnior
Wilson Pereira de Godoy
Rogério de Mello Barth
Adriano Bartchechen
CONSELHO FISCAL
(GESTÃO 2020)
Efetivos
Ricieri Zanatta Neto
Diego Rogério Chitolina
Jonathan Henrique Welz Negri
Suplentes
Eder Ricci
Clóvis Antonio Bruneta
Jorge Luiz Tonet
Novembro/2020 REVISTA 51
Gestão profissional
Em fevereiro deste ano, a
Coamo implantou a nova
estrutura organizacional.
O processo de reestruturação
foi iniciado em 2017. Com as
mudanças, foi reorganizada
a estrutura administrativa da
cooperativa com foco nos negócios,
o que resultou no desmembramento
de algumas gerências
angulares e criação de
novas gerências.
Conforme o artigo 49
do Estatuto Social da Coamo, "A
Diretoria Executiva é um órgão
subordinado ao Conselho de
Administração e tem por função,
dirigir as atividades organizacionais,
tomar as decisões necessárias
relacionadas com o objetivo
social, com as operações da
cooperativa, exercer as atribuições
e competências atribuídas
no Estatuto Social, Regimento
Interno e as Resoluções do Conselho
de Administração."
A diretoria Executiva
é composta pelo presidente
Executivo Airton Galinari, diretor
Administrativo e Financeiro,
Antonio Sérgio Gabriel,
diretor Comercial, Rogério
Trannin de Mello, diretor Industrial
, Divaldo Corrêa, diretor
de Logística e Operações,
Edenilson Carlos de Oliveira,
e diretor de Suprimentos e Assistência
Técnica, Aquiles de
Oliveira Dias.
DIRETORIA EXECUTIVA DA COAMO
presidente executivo
Airton Galinari
diretor administrativo e
financeiro
Antonio Sérgio Gabriel
diretor comercial
Rogério Trannin de Mello
diretor industrial
Divaldo Corrêa
diretor de logística e
operações
Edenilson Carlos de Oliveira
diretor de suprimentos e
assistência técnica
Aquiles de Oliveira Dias
52 REVISTA
Novembro/2020
Gerências angulares
De acordo com os ângulos de atividades da Coamo, as gerências angulares são subordinadas a Diretoria Executiva.
Por meio de diretrizes e conhecimentos, são responsáveis pelo desenvolvimento de novos produtos e
processos, ou planos operacionais baseados nas estratégias das áreas de negócios da Coamo.
Ademir Gonçalves, gerente
Administrativo Industrial
Ailton de Almeida Queiroz,
gerente de Tecnologia
da Informação
Alexandro Cruzes, gerente
Industrial de Óleo
Antonio Cesar Marini, gerente
de Recursos Humanos
Carlos Eduardo Borsari,
gerente de Fornecimento
Insumos Agrícolas
César Augusto da Silva,
gerente de Compras Bens de
Suprimentos
Emerson Abrahão Mansano,
gerente Industria de Óleo –
Dourados
Fernando Domingues
Bosqueiro, gerente Comercial
Produtos Agrícolas
Jarbas Luiz Kleveston,
gerente de Engenharia
João Ivano Marson, gerente
de Operações Portuárias
Joel Makohin, gerente
Financeiro
José Aparecido Bernardo,
gerente Administrativo
José Carlos de Andrade,
gerente de Produtos Agrícolas
Juscelino Fernandes da Costa,
gerente Jurídico
Lincoln de Negreiros Teixeira,
gerente de Industria de Óleo
– Paranaguá
Lucio Flavio Barboza, gerente
de Logística
Luis Alessandro Volpato
Mereles, gerente de Pesquisa
e Desenvolvimento
Marcelo Bressan, gerente de
Manutenção Operacional
Marcelo Sumiya, gerente de
Assistência Técnica
Mário Lino Arantes, gerente
Organizacional e Gestão da
Qualidade
Novembro/2020 REVISTA 53
54 REVISTA
Novembro/2020
Mario Luiz Pavanelli, gerente
de Fornecimento Bens de
Lojas
Paulo Roberto Bacini,
gerente de Fornecimento
Bens de Lojas - a partir de 01/12
Orlando Melo Júnior, gerente
da Fiação de Algodão
Roberto Destro, gerente de
Sementes
Rodolpho Coletti Gomes
Leite, gerente de Transportes
e Veículos
Romão Ferreira Rodrigues
Neto, gerente Industrial
Moinho Trigo
Valdemiro Nesi, gerente
de Compras Bens de
Fornecimentos
Wagner Arcaro Pescador,
gerente Industria de Óleo –
Campo Mourão
Wagner Schneider, gerente
Comercial Alimentos
Wellington Brianezi
Cavazzani, gerente Industrial
Alimentos
Assessorias
José Carlos Bertipalha,
assessor de Auditória Interna
Paulo Sérgio Mem, assessor
de Planejamento Estratégico
Ilivaldo Duarte de Campos,
assessor de Comunicação
José Ricardo Pedron Romani,
assessor de Cooperativismo
Novembro/2020 REVISTA 55
56 REVISTA
Novembro/2020
Novembro/2020 REVISTA 57
Coamo em Unidades
As unidades responsáveis pelo atendimento
aos cooperados, em 71 municípios do
Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do
Sul, oferecem produtos e serviços de qualidade
garantida, sobretudo no recebimento
de produtos, distribuição de insumos,
serviços administrativos e financeiros. Os
entrepostos estão localizados de forma estratégica
para propiciar mais facilidade no
desenvolvimento de suas atividades.
PARANÁ
56 municípios
93 Unidades
de atendimento ao cooperado
01 terminal portuário
Araruna. Gerente: Anselmo Gonçalves de Almeida
Barbosa Ferraz. Gerente: Eliceu José Aiolfi
58 REVISTA
Novembro/2020
Boa Esperança. Gerente: Adir Pereira Lopes
Boa Ventura de São Roque. Gerente: Reonilso Sebastião Jardim de Melo
Bragantina. Gerente: Jorides Washington Castro Zoratto
Brasilândia do Sul. Gerente: Manoel Antonio dos Santos
Campo Mourão. Gerente: Claudio Nachi
Cândido de Abreu. Gerente: Carlos Pedral Sampaio Cunha
Candói. Gerente: Fernando Americo Valim Sagioneti
Cantagalo. Gerente: Euclécio Miguel da Silva
Novembro/2020 REVISTA 59
Parabéns, COAMO,
pelos 50 anos de excelência.
A DSM se orgulha em ser parceira de longa data da COAMO.
Em todos esses anos, os produtos da marca Tortuga ® , a assistência
técnica da equipe de campo e todo o suporte da Cooperativa têm
colaborado para o desenvolvimento da pecuária dos cooperados,
gerando mais qualidade do produto final, mais lucro e progresso
para todas as regiões onde a COAMO está presente.
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• SUSTAINABLE LIVING
Coronel Vivida. Gerente: Moacir Ferrari
Cruzmaltina. Gerente: Kleber de Prince
Engenheiro Beltrão. Gerente: Antonio Carlos Mazzei
Faxinal. Gerente: Waldeci Schinemann
Fênix. Gerente: Charles Marcelo de Azevedo
Goioerê. Gerente: José Adilson Colaço
Goioxim. Gerente: Marco Aurélio Marques da Silva
Guarapuava. Gerente: Marino Mugnol
Novembro/2020 REVISTA 61
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62 REVISTA
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NOVAS
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Honório Serpa. Gerente: Julcemar Antonio Zanatta
Iretama. Gerente: Renato Dziubate
Ivaiporã. Gerente: Domingos Carlos Fontana
Janiópolis. Gerente: Valderi Furtado Silva De Melo
Juranda. Gerente: Sérgio Bertolla Junior
Luiziana. Gerente: Donizete Alves dos Santos
Mamborê. Gerente: Paulo Nicolau Mocci
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(CLASSE IV). Consulte sempre um profissional habilitado e siga corretamente as instruções recebidas. Venda sob receituário agronômico. Antes de usar o produto, leia o rótulo, a bula e a receita e
faça-o a quem não souber ler. Utilize sempre o EPI (equipamento de proteção individual), aprovado pelo ministério do trabalho e especificado no rótulo e bula do produto.
EMERGÊNCIA: Stoller do Brasil Ltda.(19) 3872-8288 - info@stoller.com.br - www.stoller.com.br
64 REVISTA
Novembro/2020
Manoel Ribas. Gerente: José Roberto Canonicci Piffer
Marilândia do Sul. Gerente: Marcos Leandro Pereira
Moreira Sales. Gerente: José Carlos Farinácio
Nova Santa Rosa. Gerente: Carlos Alberto Ulian
Palmas. Gerente: José Sales Saraiva
Palmital. Gerente: Orlando Sérgio Aparecido da Rocha
Peabiru. Gerente: Evandro Luiz Câmara
Pinhão. Gerente: Mercilo Bertolini
Novembro/2020 REVISTA 65
66 REVISTA
Novembro/2020
Pitanga. Gerente: Valdemir de Paula Barbosa
Quarto Centenário. Gerente: Claudemir Antonio Vendramini
Quinta do Sol. Gerente: Edilson Duarte de Aquino
Reserva. Gerente: Alexandre Soares Weber
Roncador. Gerente: Marlon Costa
São João do Ivaí. Gerente: Ayrton Guilherme Garozi
São Pedro do Iguaçu. Gerente: Elerson Reis Tiburcio
Toledo. Gerente: Celso Luiz Paggi
Novembro/2020 REVISTA 67
Tupãssi. Gerente: Jaime Vieira da Silva
Vila Nova. Gerente: Zacarias Istchuk
09 municípios
MATO GROSSO
DO SUL
14 Unidades
de atendimento ao cooperado
Amambai. Gerente: Delvanei de Souza Droppa
Aral Moreira. Gerente: Fábio Alves
Caarapó. Gerente: Antonio Cezar Gomes
68 REVISTA
Novembro/2020
SANTA CATARINA
06 municípios
Dourados. Gerente: Eduardo Xavier do Nascimento
05 Unidades
de atendimento ao cooperado
01 terminal portuário
Itaporã. Gerente: Zenóbio Francisco Festa
Laguna Carapã. Gerente: Geraldo Biazim
Abelardo Luz. Gerente: Hudson de Almeida
Maracaju. Gerente: Aristides Anastácio Neto
São Domingos. Gerente: Adenilson Zaffari
Sidrolândia. Gerente: Walmir Flavio Ritter
Xanxerê. Gerente: Jorge Rogério Soares
Novembro/2020 REVISTA 69
70 REVISTA
Novembro/2020
Arte e
cooperativismo
Elissena Frolini Berg Von Linde
tem o cooperativismo correndo
em suas veias. Paulista, a cooperada
reside em Quinta do Sol
(Centro-Oeste do Paraná), é professora
de artes e participou de
um programa de difusão do cooperativismo
na Coamo na década
de 1980. Ela ensinou a um grupo
de professores, as técnicas de desenho
para que eles pudessem
trabalhar o cooperativismo com
os alunos no Concurso Escolar de
Cooperativismo. “Minha parte era
ensinar os educadores de escolas
rurais e municipais, a incentivar as
crianças para expressar o cooperativismo
por meio de desenhos.
Isso porque muitas vezes tinham
dificuldade de se expressar verbalmente
e no desenho elas são
muito transparentes.”
A alma de artista e cooperativista
também rendeu um quadro
que atualmente está exposto
na Coamo, onde estão representadas
três etnias. “Morei em São
Carlos (SP), onde me formei, e
minha professora foi convidada a
participar do concurso da Coamo.
Na época ela não pode e pediu
que eu fosse no lugar dela. Eu não
entendia muito bem o cooperativismo
e que desenho eu deveria
fazer. Então, estudei um pouco a
história da arte e quando fui entregar
esse desenho mudei de ideia
e decidi fazer outro, sobre o que
Quadro representa a neutralidade social e racial
do cooperativismo. Ao lado reportagem com dona
Elissena no Jornal Coamo, na década de 1980
Elissena Berg Von Linde é professora de artes
e participou de um programa de difusão do
cooperativismo na década de 1980
eu realmente acreditava o que era
cooperativismo. Então desenhei
três meninas, uma branca, uma japonesa
e uma negra, que na verdade
era eu e minhas amigas, porque
cooperativismo não tem raça
e não tem religião. Fui premiada
com esse quadro e consegui participar
do concurso.”
Para dona Elissena, a Coamo
é uma entidade maravilhosa,
porque ela valorizou o homem do
campo. “Estou na região há mais
de 50 anos. Quando cheguei tinham
pequenos agricultores que
não sabiam como comercializar o
seu produto e estavam reféns de
empresas que muitas vezes aplicavam
golpes neles, e a Coamo chegou
valorizando esses menores.
Trazendo segurança. Na Coamo
você colhe e pode depositar toda
sua produção na cooperativa. Sem
contar que a Coamo mostrou o valor
da mulher do campo. Antes da
Coamo a mulher não aparecia em
lugar nenhum”, revela.
Novembro/2020 REVISTA 71
Com Mobil Delvac Evolution,
proteção e desempenho rodam juntos
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com tecnologia CK-4 que protege os motores a diesel
mais modernos, trazendo segurança e confiabilidade
a quem movimenta a agricultura do Brasil.
Moove e Coamo celebram mais um ano de parceria,
união que impulsiona nossa presença cada vez
maior no segmento agrícola.
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o parceiro
de quem vive
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© 2020*. Todos os direitos reservados a Cosan Lubrificantes e Especialidades S.A. (Moove). A Moove
é a aliança estratégica da ExxonMobil para a produção e comercialização dos lubrificantes Mobil
no Brasil. Proibida reprodução ou distribuição sem autorização. Todas as marcas utilizadas neste
material são marcas ou marcas registradas Novembro/2020
da Exxon Mobil Corporation ou uma de suas subsidiárias,
utilizadas por Cosan Lubrificantes e Especialidades S.A., ou uma de suas subsidiárias, sob licença.
72 REVISTA
O que dizem as lideranças
CARLOS MASSA RATINHO JÚNIOR
Governado do Estado do Paraná
“Com muita alegria e satisfação participo dos 50 anos da história
da nossa querida Coamo, nossa maior empresa privada do
Estado do Paraná e uma das maiores da América Latina, que
tem um papel fundamental na história contemporânea do nosso
Estado e do agronegócio. Foram pessoas que há 50 anos
se reuniram e construíram essa empresa, que ajudou o Paraná
a ser uma potência no agronegócio do Brasil e do mundo,
sendo o maior produtor de alimentos por metro quadrado.
O Paraná é um protagonista no mundo do agronegócio. A
Coamo incentivou outras cooperativas a seguir este modelo
e a consolidar o Paraná nessa grande vocação de produção
de alimentos de qualidade com sustentabilidade. Parabéns
associados, colaboradores e diretoria.
MÁRCIO LOPES DE FREITAS
presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB
“Parabéns a cada um de vocês cooperados que, com confiança construíram
uma cooperativa fantástica nesses 50 anos. Parabéns especiais ao
idealizador e presidente do Conselho de Administração, Aroldo Gallassini,
pelo trabalho espetacular a frente da Coamo e, principalmente, por esse
trabalho de sucessão e profissionalização. Saúdo Airton Galinari, presidente
Executivo que inaugura os novos 50 anos com um modelo de gestão cada
vez mais profissional e preocupado com os resultados dos cooperados.
Parabéns! Vocês são referência para o Brasil e o mundo."
JOSÉ ROBERTO RICKEN,
presidente do Sistema Ocepar
“Saúdo os pioneiros que constituíram a cooperativa no início da
década de 1970 e lembro dos objetivos do cooperativismo, muito
bem difundidos pela Coamo. É um sistema que visa organizar economicamente
as pessoas para que tenham mais renda e conquistem
uma melhor condição social. A Coamo é um exemplo disso, um
exemplo de profissionalismo, liderança, desenvolvimento e geração
de oportunidade. Desejamos sucesso total e vida longa a Coamo.”
Novembro/2020 REVISTA 73
74 REVISTA
Novembro/2020
CELSO RÉGIS
presidente do Sistema OCB/MS
"É momento de celebração da maior cooperativa do Brasil e da América
Latina. E nós do Sistema OCB-MS nos sentimos honrados de comemorar
este momento. Devemos celebrar os números, as conquistas e projetar
um futuro muito promissor e esperançoso, mesmo neste período
de desafios que atravessamos. Essa forma de organização econômica
da sociedade faz toda a diferença nas comunidades e para as pessoas
que dela participam. Estamos demonstrando que a forma cooperativa
de atuar traz bons resultados e eleva os indicadores das comunidades.
Parabenizamos e desejamos sucesso para todos da Coamo."
NORBERTO ORTIGARA
Secretário da Agricultura do Paraná
"São 50 anos de uma bela e rica trajetória. Eu sou testemunha
de que o sonho de 79 cooperados foram realizados,
cresceram e se multiplicaram em condições inóspitas do
tipo sapé, samambaia e saúva, para se tornar a maior cooperativa
da América Latina. Quero parabenizar as famílias
dos 30 mil cooperados, aos dirigentes e funcionários da
Coamo, pela capacidade de produzir a riqueza no campo e
na indústria. Desejo que os próximos 50 anos sejam muito
profícuos, sob um novo modelo de governança.”
ROBERTO RODRIGUES
ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da
OCB e da Aliança Cooperativa Internacional (ACI)
"A Coamo está comemorando 50 anos de existência e eficiência, de
trabalho, tecnologia e gestão, com programas e projetos vitoriosos.
Mas, é preciso olhar para as origens. Uma cooperativa dá certo por
ter três coisas: tem que ser necessária, ser viável economicamente
com princípios e valores, e o terceiro é liderança. O que aconteceu
na Coamo foi que 79 produtores rurais visionários viram que era necessária
uma cooperativa, projetaram a ideia e criaram a instituição
economicamente viável. E encontraram um líder extraordinário José
Aroldo Gallassini, que comanda de forma maravilhosa e com vigor,
com uma equipe maravilhosa, um corpo associativo participativo,
juntando pequenos, médios e grandes produtores numa grande
cooperativa, que é exemplo para o Brasil e o mundo.”
Novembro/2020 REVISTA 75
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76 REVISTA
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JOÃO PAULO KOSLOVSKI
ex-presidente do Sistema Ocepar
"São 50 anos e uma data para se comemorar, com resultados
que beneficiaram milhares de cooperados em diversas atividades,
nas áreas técnica, social e econômica. Além disso, a Coamo
envolveu a família com informação, educação e treinamento
para milhares de pessoas. Por tudo isso, parabéns aos colaboradores
e cooperados, verdadeiros artífices, principais na construção
dessa história, pois a Coamo desenvolveu em todas as suas
regiões."
WILSON THIESEN,
ex-presidente da Ocepar
"A Coamo sempre agiu com honestidade e é um grande exemplo
de administração, com seus princípios de profissionalismo
e transparência. Reúne profissionais comprometidos com o
desenvolvimento da cooperativa e dos cooperados. Sou grato por
ter convivido com o presidente José Aroldo Gallassini durante mais
de 50 anos e ser testemunha de como os associados da Coamo têm
orgulho da sua cooperativa. Acredito que a agropecuária brasileira
e o cooperativismo têm uma dívida de gratidão com a Coamo,
pelo trabalho desenvolvido nas comunidades que atua. Parabéns
colaboradores, diretores e associados.”
ALYSSON PAOLINELLI
ex-ministro da Agricultura e presidente da
Associação Brasileira de Milho (Abramilho)
"A minha história com a Coamo tem mais de 46 anos. Lembro
que quando era ministro da Agricultura estive em Campo Mourão
para lançar, em setembro de 1976, o Programa Nacional de
Conservação de Solos (PNCS), que foi um marco na agricultura
brasileira e promoveu o desenvolvimento dos nossos agricultores.
A Coamo está de parabéns, pois desde o seu surgimento
foi bem administrada pelo Gallassini, com uma visão extraordinária.
Por isso, saúdo a todos da Coamo, que tem um trabalho
muito importante na conservação de solos com o plantio direto
e cuidados com o meio ambiente produtivo. O cooperativismo
é uma forma racional e inteligente de promover a integração e
participação de pequenos, médios e grandes produtores, em
clima de integração para competir nos mercados nacional e internacional.
Fico entusiasmado com o cooperativismo do Paraná,
que tem a Coamo como um exemplo para o Brasil e o mundo".
Novembro/2020 REVISTA 77
A missão continua
A
Coamo chega ao jubileu
de ouro. O fruto de um
sonho de 79 agricultores,
surgiu de uma necessidade individual
de diversas pessoas que
tinham um problema em comum,
e juntos encontraram uma solução
comum: se unir. Conforme o
presidente Executivo da Coamo,
Airton Galinari, eles escolheram
o cooperativismo, por ser uma
forma equilibrada de união. “Foi
um grupo que teve uma solução
inovadora e que deu um grande
resultado. Não havia ninguém
para ajudá-los, nenhum outro
agente, cooperativa, empresa,
enfim, nada para desenvolver a
região. Eles precisaram tomar
uma iniciativa própria.”
Essa iniciativa resultou
em 50 anos de uma grande empresa
que trouxe transformação
para diversas regiões. “A Coamo
transformou comunidades e a
vida das pessoas gerando oportunidades
em mais de 70 municípios,
levando progresso, conhecimento
e desenvolvimento”,
destaca Galinari.
Airton Galinari ressalta
que a Coamo tem grandes
desafios pela frente. “Estamos
passando por um momento de
transformação, uma mudança
no modelo de gestão. Esse é um
grande desafio, é um modelo
pensado para a sucessão e perpetuação
da cooperativa, e com
a responsabilidade de manter os
seus princípios. Temos esse compromisso
com os cooperados,
capitaneado pelo Dr. Aroldo, que
foi quem escolheu um modelo
profissional, para dar flexibilidade
à essa gestão.”
Outro desafio, conforme
o presidente Executivo, é manter
o desenvolvimento da cooperativa.
“A diretoria Executiva precisa
manter o compromisso de continuar
transformando as comunidades
e a vida das pessoas, levando
produtos de qualidade e
tecnologia para os cooperados.
Precisamos manter a Coamo moderna
e atualizada.”
Galinari acrescenta que
a Coamo deu certo por causa
dos seus valores, implantados
e enraizados desde a fundação.
“Seguramente os valores da
cooperativa são o seu grande
patrimônio. A Coamo sempre
foi conduzida com seriedade,
responsabilidade, honestidade
e, com isso, acumulamos um patrimônio
moral, que hoje é um
dos grandes alicerces da cooperativa.
O cooperado, o cliente
e o funcionário, estão ligados
diretamente e precisam saber o
que é a Coamo. Quando se fala
da Coamo seja qual for o agente
que se relaciona, ele sabe que
está falando de compromisso.
“Estamos passando
por um momento de
transformação, uma
mudança no modelo
de gestão. Esse é um
grande desafio, é
um modelo pensado
para a sucessão e
perpetuação, e com a
responsabilidade de
manter o princípio
da fundação da
cooperativa."
78 REVISTA
Novembro/2020
Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo
Aqui, cumprimos e fazemos
muito mais do que se promete”,
assegura.
De acordo com Galinari,
a Coamo oferece ao
cooperado algo único no
âmbito mundial. “Quando
vamos à uma unidade da
Coamo, o que encontramos
lá não se encontra em lugar
nenhum no mundo. Temos
uma assistência técnica de
qualidade, uma loja de peças
onde ele pode adquirir
tudo o que ele precisa no
segmento de máquinas, peças,
insumos de qualidade
dentro do prazo e com um
preço justo. Tem uma cooperativa
de crédito dos cooperados
da Coamo, a Credicoamo.
Tem uma instalação
operacional para entregar a
sua produção com segurança.
Esse pacote não existe no
mundo. Por isso, a Coamo é
a casa do cooperado.”
Esse pacote de serviços
gera uma relação de
união, conforme o presidente
Executivo. “Com o modelo
cooperativista, ele se une e faz
melhor. Por isso dizemos que
a Coamo é a extensão da casa
do cooperado. É uma relação
de confiança e segurança que
a Coamo oferece e, com isso,
ela tem a contrapartida do
cooperado na operação integral
na sua cooperativa”, diz
Galinari.
HISTÓRIA - Sobre a
sua história na Coamo, Airton
Galinari conta que a cooperativa
representa toda a sua vida
profissional. “Estou há quase
34 anos na cooperativa, passei
por diversas áreas, onde
conheci muito bem como a
Coamo opera, e quais são
suas áreas de atuação e como
que ela chega até seu cooperado.
É muito gratificante, porque
é uma história social, mas
é um social que, claro, tem
que ter resultado, porque ela
faz a parte social do cooperado
e transfere resultados para
a atividade do cooperado.”
Ele enfatiza que a
Coamo é uma extensão da
atividade do cooperado, daquilo
que ele faria com dificuldade
sozinho e que unido
a sua cooperativa consegue
fazer diferente. “Ele consegue
acessar mercados internacionais
e industrializados,
algo que sozinho não faria.
É muito gratificante ver essa
transformação que é levada
até as comunidades que a
Coamo participa e, principalmente,
para seu cooperado.”
Novembro/2020 REVISTA 79
80 REVISTA
Novembro/2020
Futuro da cooperação
São 50 anos construídos
que consolidaram a Coamo
no cooperativismo
e no agronegócio. Mas, como
sempre diz o idealizador, José
Aroldo Gallassini, a Coamo não
foi feita para uma geração, e sim
para sempre. Todos podem envelhecer,
mas a Coamo precisa
continuar nova e moderna. Por
esta razão, a cooperativa desenvolve
diversos programas de capacitação
de jovens associados,
que serão o futuro dessa história.
Muitos já são o presente e
se sentem entusiasmados com a
missão de continuar escrevendo
as páginas desta história.
Ana Maria de Araújo Santim,
de Campo Mourão (Centro-
-Oeste do Paraná), é uma jovem
cooperada da Coamo. Ela é associada
há nove anos e chegou na
cooperativa motivada por uma
Ana Maria Santim integrou o programa de Formação de Jovens Líderes
Ana Maria de Araújo Santim
necessidade. “Quando meu pai
faleceu eu precisava continuar os
negócios da família com segurança.
Como eu não tinha experiência,
precisava de um amparo. Eu
decidi assumir, mas precisava de
um lugar que me desse solidez
e competência. Foi quando me
cooperei na Coamo em 2011.”
Na ânsia de sempre fazer
um trabalho de qualidade, Ana
Maria revela que com a Coamo
conquistou esse objetivo. “Eu
queria fazer as coisas bem feitas
e apesar de ser formada em
agronomia, sozinha não conseguiria,
pois gerenciar uma propriedade
é bem diferente, e eu
não tinha mais a experiência do
meu pai ao meu lado.”
Para a cooperada que
também participou do curso
de formação de Jovens Líderes
Cooperativistas, a Coamo ajudou
a transformar a sua vida.
“Aqui também tem um pouco da
minha história. O trabalho com
a Coamo transformou a minha
propriedade, pois em todos os
projetos que eu realizei, tive o suporte
da cooperativa. Inclusive,
tenho mais projetos em desenvolvimento
com a Coamo.”
Ana Maria Santim acredita
que os jovens associados da
Coamo têm muita vontade de
trabalhar e continuar a construir
essa história. “Temos sede de
conhecimento e informações. As
tecnologias estão sempre evoluindo
e queremos acompanhar
essa mudança. O melhor de tudo
isso, é que a Coamo acompanha
essa evolução e nos apresenta
essas novidades. Então, o futuro
para nós não tem limite, queremos
trabalhar e produzir cada
vez mais, e continuar construindo
a nossa história, das nossas famílias
e da cooperativa.”
Novembro/2020 REVISTA 81
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82 REVISTA
Novembro/2020
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Mantendo origem e princípios
Emílio Magne Guerreiro Júnior,
de Farol (Centro-Oeste
do Paraná) é um jovem cooperado
engajado nos assuntos
da cooperativa. Ele é associado
há 12 anos e membro do conselho
de Administração. Seu avô e
seu pai também são cooperados
e eles vivem na família a prática
de que o cooperativismo transforma
vidas. “A Coamo é algo bem
família. Eu era criança e vinha na
Coamo com meu pai. Hoje, assumindo
mais os negócios, vejo
que isso foi acontecendo naturalmente.
A Coamo faz parte da nossa
vida e não me vejo trabalhando
sem a cooperativa.”
O cooperado lembra
que a Coamo esteve durante
toda a trajetória da família. “Começou
com meu avô que saiu do
café e começou a trabalhar com
o algodão. Depois, veio a soja, e
o tempo inteiro a Coamo estava
junto. Ela trazia o conhecimento
técnico, nos ensinando as novas
tecnologias e, assim, crescemos
Emílio com a esposa Stefhany participam ativamente da cooperativa
juntos com a Coamo, no mesmo
caminho. Por isso, que eu falo
que é família, está o tempo todo
junto.”
O jovem associado ressalta
a importância da relação
de confiança que existe entre os
associados e a cooperativa. “A
Coamo confia na gente, ela compra
os melhores insumos para
nós utilizarmos a melhor tecnologia.
Nós usamos, produzimos
e entregamos com a certeza de
que a cooperativa fará o melhor
comércio para nós. É tudo junto
e ligado, um faz parte do outro”,
destaca.
Para Emílio Júnior o cooperativismo
permite que o pequeno
produtor se torne grande.
“Confiamos na cooperativa,
pois ela trabalha para nós. É um
crescimento com foco no associado.
Eu aprendi o cooperativismo
aqui e eu acredito muito
nesse modelo de gestão. São 29
mil cooperados puxando para o
mesmo lado, trabalhando com o
Emílio Magne Guerreiro Júnior
mesmo objetivo, buscando produtividade
e desenvolvimento,
e a Coamo dá esse suporte para
nós. Ela nos representa. Quantas
safras eu teria que colher para
encher um navio? Juntando todos
nós, realizamos um comércio
direto e sem riscos.”
Os jovens associados são
o futuro da cooperativa e têm a
missão de continuar essa história.
“Temos um exemplo de gestão
e gerenciamento que não existe
no mundo. Se mantermos os nossos
princípios e os ensinamentos
que aprendemos, conseguiremos
crescer. Temos o respaldo
da nova diretoria executiva, com
profissionais treinados dentro da
cooperativa. Isso nos dá tranquilidade,
pois podemos fazer o que
sabemos de melhor que é plantar
e colher, e deixamos a diretoria
para fazer o que sabe de melhor,
que é negociar e administrar a
cooperativa”, avalia.
Novembro/2020 REVISTA 83
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Com mais tempo de casa
Duas vidas
e um só
destino
Djalma Cândido de Godoy ingressou na Coamo como aprendiz de escritório, em 1974
O
funcionário com mais
tempo de casa na Coamo
é Djalma Cândido de
Godoy. Ele é chefe do departamento
de Logística e Operações
de Alimentos, mas ingressou na
cooperativa como aprendiz de
escritório, em 1974, quando tinha
18 anos. “A Coamo não tinha
a vaga de auxiliar na época e me
deram essa oportunidade. A Coamo
estava começando, mas, mesmo
assim já percebia que o crescimento
seria muito rápido.”
Djalma acompanhou
toda a evolução da Coamo e
fez parte da construção dessa
história. “Todo ano era visível o
crescimento interno e externo,
com novos entrepostos e mais
cooperados, aumentando gradativamente
a sua credibilidade”,
recorda.
Segundo Djalma, os valores
da Coamo de 1974 e de 2020
se separam apenas pelo tempo.
“A Coamo sempre se baseou em
honestidade, trabalho, seriedade,
dinamismo e com foco para
atender os cooperados com qualidade.”
De acordo com o funcionário,
um dos pontos fortes
da Coamo foi sempre investir na
capacitação dos funcionários.
“O treinamento é um dos grandes
segredos da Coamo para ter
uma equipe funcional qualificada.
O foco foi investir na equipe
para que todos pudessem
sempre se aperfeiçoar na sua
atividade profissional dentro da
cooperativa.”
Para Djalma, ser funcionário
da Coamo é motivo de orgulho.
“Aqui iniciei minha vida
profissional, consegui crescer na
empresa acompanhando essa
evolução. Me sinto honrado e
emocionado de estar há 46 anos
na empresa, ser o funcionário mais
antigo e fazer parte dessa equipe,
sendo uma testemunha viva dessa
evolução da Coamo.”
O
casamento entre
os profissionais da
área de Tecnologia
da Informação Edilson e
Geni Suetomi completou 30
anos em maio de 2020, mas
a parceria com a Coamo vai
mais longe. Suas famílias
têm origem no Norte do Paraná
e eles se formaram na
mesma universidade (UEM)
mas em turmas diferentes.
Após a graduação voltaram
a se encontrar em uma cidade
do Centro-Oeste do
Paraná, e anos mais tarde estavam
laborando na mesma
cooperativa.
Como analista de
Sistemas, Geni foi admitida
na Coamo em janeiro de
1988 na então gerência de
Processamento de Dados,
atual gerência de Tecnologia
da Informação e a história
de Edilson com a cooperativa
começou um ano e meio
depois, em junho de 1989.
“Trabalhando na coopera-
Novembro/2020 REVISTA 85
86 REVISTA
Novembro/2020
tiva, começamos a namorar e nos casamos um
ano depois da minha admissão na Coamo. Não
imaginava que o nosso destino fosse selado juntos
na mesma empresa”, conta Edilson Suetomi.
Filha de sitiante, Geni não conhecia de
cooperativa, mas tinha vontade de um dia trabalhar
em uma. “Realizei meu sonho, estou feliz na
Coamo, uma cooperativa voltada para os cooperados,
que valoriza os funcionários e nos dá
segurança e tranquilidade para realizarmos um
bom trabalho.”
Edilson lembra que na década de 1980,
as cooperativas tinham a melhor estrutura de
processamento de dados e isso chamava a atenção
dos estudantes. “Nesses 50 anos de Coamo
houve muita evolução e na nossa área a velocidade
foi muito grande nas últimas décadas”,
lembra Geni, cujo primeiro trabalho foi desenvolver
um sistema de almoxarifado.
“O meu sentimento é de alegria por participar
desses anos todos na história da Coamo.
Antes era tudo manual e hoje é tudo informatizado,
mas o que não mudou ao longo dos anos
foi o comprometimento e profissionalismo dos
funcionários para desenvolver sistemas em prol
da melhoria do atendimento dos cooperados” diz
Edilson Suetomi.
Edilson e Geni Suetomi se conheceram na Coamo e estão casados há 30 anos
Neto de dois fundadores
Orgulhoso de fazer
parte desta história,
Ilivaldo Duarte de
Campos, assessor de Comunicação,
além de funcionário há
36 anos, é neto de dois fundadores.
“Eu tenho orgulho de
ser cooperativista e um orgulho
maior quando vejo os meu
s avôs paterno Romão Martins
e materno Paulo Teixeira Duarte,
entre os 79 fundadores da
Coamo. Quando eu olho para
Coamo tenho esta felicidade
de ver uma cooperativa que
ao longo de seus 50 anos,
ajudou a transformar a vida
de milhares de pessoas, da
comunidades e do ambiente
produtivo rural”, considera.
Ilivaldo tem a agricultura
e a cooperação marcadas
na sua memória e história. “Tenho
lembranças de quando
pequeno com meus avôs. Meu
vô Paulo tinha café na época,
e lembro quando ia na fazenda
e via aquele terreirão de
café, era uma alegria só. Meu
vô Romão é pioneiro no Município
de Luiziana, tinha uma
propriedade cheia de samambaia,
normal naquela época,
nos anos 1970. Eu tenho orgulho
de ser cooperativista e
uma emoção muito grande de
Novembro/2020 REVISTA 87
88 REVISTA
Novembro/2020
ter esse privilégio de ser neto de
dois fundadores da Coamo.”
Para o jornalista, a Coamo
é a melhor universidade em todos
os sentidos. “Com seus propósitos
e filosofia, ela tem a confiança
dos cooperados, funcionários e
da diretoria, que fizeram com que
surgisse esta grande cooperativa.
A Coamo faz um cooperativismo
completo e é exemplo, baseado
em valores, onde tudo é feito com
muita paixão e amor. É uma soma
de todos, do mesmo lado com
trabalho, dedicação e uma vontade
enorme de crescer. Isso faz a
Coamo ser uma empresa admirada,
de confiança e que nos enche
de orgulho.”
O assessor de Comunicação
parabeniza todos os envolvidos
nesta história. “A cada
dia venho trabalhar e me emociono
quando vejo o monumento
em homenagem aqueles que
sonharam, acreditaram e inicia-
Ilivaldo Duarte aponta os nomes dos avôs,
Paulo Teixeira Duarte e Romão Martins (fotos
ao lado), no Monumento dos Pioneiros
ram tudo isso. Evoluindo e transformando,
a Coamo é cada vez
mais forte e respeitada.”
Chegada no momento certo
Há quase 20 anos trabalhado na área Industrial,
dos quais 12 na Coamo, o paulista Antonio
Luis Maioli Clara, chefe do departamento de
Envase em Campo Mourão, conheceu a Coamo por
meio de um colega que já trabalhava na cooperativa.
“Estava no interior da Bahia em uma grande planta
de uma empresa renomada, soube da Coamo e, em
setembro de 2008, vim para conhecê-la. Gostei tanto
que nunca mais fui embora e se depender de mim e
da minha família nunca iremos”, afirma Maiolli.
A satisfação com os produtos da Coamo é
grande no mercado e o crescimento verificado nesses
anos da atividade industrial é expressivo. “Os
resultados foram bons, sempre com eficiência e produtividade,
e recentemente a cooperativa expandiu
a refinaria e envase com atividades na fábrica de
Dourados. A Coamo é uma jovem empresa, que nos
dá muito orgulho de nela trabalhar e colaborar para
produzir alimentos com qualidade”
Novembro/2020 REVISTA 89
Oportunidade
A
Coamo conta com 401 jovens aprendizes em toda
a área de ação no Paraná, Santa Catarina e Mato
Grosso do Sul. O Programa Jovem Aprendiz, proporciona
uma formação dentro dos conceitos de aprendizagem
profissional, com conteúdo teórico e prático que
promovem o desenvolvimento pessoal e profissional do
adolescente, possibilitando o ingresso no mercado formal
de trabalho, na condição de aprendiz. O programa é realizado
pela Coamo em parceria com instituições de ensino.
A cada ano centenas de Jovens Aprendizes, têm a
oportunidade de continuar a trajetória profissional dentro
da cooperativa. Muitos, atualmente já ocupam cargos de
chefia, como é o caso de Nivaldo Ildebrando Moreira. Ele
iniciou com 17 anos na Coamo e está há exatos 17, na cooperativa.
Hoje é chefe do departamento Administrativo de
Transportes. “Essa oportunidade deu um direcionamento
na minha vida. Na Coamo aprendemos de tudo, além das
atividades inerentes a função, aprendemos os valores coo-
Nivaldo Idelbrando Moreira e Sara da Silva Nascimento
perativistas, a valorizar as pessoas e, consequentemente, a
formamos um mundo melhor.”
Sara da Silva Nascimento, tem 16 anos e é jovem
aprendiz. Ela revela que se trata de uma experiência
única. “O contato direto com a teoria e a prática de
uma empresa, está contribuindo com o meu futuro. Minha
visão não é mais a mesma.”
Retenção de talentos e integração dos funcionários
Na década de 70 quando do surgimento da Coamo,
a cidade de Campo Mourão oferecia pouca estrutura
para as pessoas se encontrarem. Foi então que
um grupo de 30 funcionários se reuniram e fundaram a Associação
Recreativa dos Funcionários da Coamo (Arcam).
"Foi um período onde levamos nossas famílias
para se divertir e se integrar. E a Arcam como importante
benefício, foi decisiva para que pudéssemos contratar novos
profissionais e promover a retenção desses talentos na
cooperativa. Na associação também fazíamos reuniões aos
sábados para avaliar os resultados da semana e ao mesmo
tempo analisar a performance das chefias de departamentos
que serviam de base para a definição dos futuros gerentes
angulares”, conta o diretor Administrativo Financeiro
Antônio Sérgio Gabriel, que foi presidente da Associação
em 1981 e está há 45 anos na Coamo.
Segundo Antônio Sérgio, com o passar dos anos,
mais funcionários foram sendo contratados e aumentando
o grupo de associados que se encontravam na Arcam com
os mesmos ideais da Coamo e focados no esporte e na
integração das pessoas.
A participação dos funcionários na Arcam contribuiu
para consolidar a “Cultura Coamo”, que possui regras
de comportamento no relacionamento interno e externo
com os funcionários, cooperados e sociedade, e teve influência
no futuro da cooperativa.
Antonio Sergio Gabriel, diretor Administrativo e Financeiro da Coamo
Novembro/2020 REVISTA 91
50
Perguntas e respostas
sobre a Coamo
1Como era a realidade
agrícola na década de
1960 na região de Campo
Mourão?
A região contava com terras impróprias
para a exploração devido
à acidez do solo. Os agricultores
desconheciam a tecnologia
agrícola, tanto que só existiam
cinco tratores na época e apenas
algumas lavouras manuais de arroz,
milho e algodão.
2Qual era o ciclo na época
e como ficou conhecida a
região?
O ciclo da madeira estava chegando
ao fim e a região era conhecida
como terra dos "três Esses”,
com muito sapé, samambaia
e saúva, que fizeram a fama das
terras recém-desbravadas.
3
O Estado do Paraná era o
maior produtor brasileiro
de quais culturas?
A agricultura paranaense tinha
o café como grande carro-chefe
com produção de 1.004 toneladas.
Em 1968 o Paraná era o
maior produtor brasileiro de
café, algodão, feijão, milho e batata
inglesa. E o segundo maior
de trigo com 114 mil toneladas e
soja com 163 mil toneladas.
4Qual o percentual de indústrias
no Paraná na década
de 1960?
Era grande o esforço para implantação
de indústrias, mas cerca de
90% da renda gerada no Estado
era proveniente da agricultura.
5
Como foi o desbravamento
das terras pelos
agricultores?
As terras eram desbravadas a
foice, machado e fogo. Nas safras
seguintes entraram o arado
de tração animal e plantadeiras
manuais, os agricultores tiravam
tocos e troncos que resistiam ao
fogo. E logo após as primeiras safras
eles constataram que o solo
não respondia por causa da sua
alta acidez.
6
Quanto custava cada alqueire
de terras?
A agricultura parecia não ter futuro,
haja vista que o valor das terras
era de apenas Cr$ 100,0 por
alqueire. As terras apresentavam
alta acidez e não havia interesse
em adquiri-las pois não produziam.
7
Qual era um grande problema
para os agricultores?
Já se falava em mecanização
agrícola, expansão do trigo e da
soja e, também, da correção da
acidez do solo. Mas os produtores
de café, menta, arroz, milho e
algodão tinham um problema sério
fora da porteira: a comercialização.
Compradores “anoiteciam
mas não amanheciam” e os produtores
perdiam safras inteiras.
8
Como era feita a venda
da produção?
A comercialização dos produtos
agrícolas na época, era realizada
por 58,8% dos agricultores
na propriedade, 36,2% no co-
92 REVISTA
Novembro/2020
mércio de Campo Mourão e 5%
em outros centros comerciais. As
vendas eram feitas para intermediários
e o gargalo era a comercialização.
9
A solução então foi o surgimento
de cooperativa?
Haviam notícias de cooperativas
atuando no Rio Grande do Sul e
outras iniciando no Paraná. Em
Campo Mourão grupos de agricultores
fizeram cinco tentativas
para fundar uma cooperativa de
milho, três agropecuárias e uma
de latícinios, sem sucesso, pela
falta de conscientização junto aos
agricultores.
10 começou a mudar
Quando a situação
para os agricultores?
Com a chegada em maio de 1968
do engenheiro agrônomo recém-
-formado José Aroldo Gallassini,
que como funcionário da extinta
Acarpa (que antecedeu a Emater)
foi enviado a Campo Mourão
com a missão de levantar a realidade
rural da região.
11 da Acarpa faziam
Os extensionistas
pré-serviço?
Sim, era uma espécie de treinamento
intensivo preparatório ao
serviço de extensão rural. Eles conheciam
um pouco da realidade
sobre a agricultura paranaense.
Nesses treinamentos, Gallassini
teve noções mais concretas sobre
cooperativismo e em estágio
na cidade de Imbituva, foi a Irati
e conheceu uma cooperativa de
erva-mate.
E quanto aos pri-
12 meiros experimentos
agrícolas na região?
O engenheiro agrônomo José
Aroldo Gallassini realizou o levantamento
da realidade rural
em Campo Mourão e planejou
as atividades como extensionista.
Um dos trabalhos importantes
mais importantes foi a implantação
do experimento de trigo , do
Ipeas – Instituto de Pesquisa- do
Ministério da Agricultura.
O trigo teve grande
13 importância econômica?
Sim, nos anos 1960, era lavoura
de maior importância na economia
da região com a adesão de
muitos produtores e a agricultura
se desenvolvia com o apoio da
Acarpa.
Qual era a popula-
14 ção rural no Município
de Campo Mourão?
A expectativa era por uma nova
fronteira agrícola. Campo Mourão
mostrava sinais de crescimento
e contava com uma população
de 70 mil habitantes, dos quais
45 mil na área rural.
15 um problema para
A escolaridade era
os agricultores?
Os colonos tinham baixa escolaridade,
haja vista que apenas 2% tinham
o primário completo e 50%
eram analfabetos. E isso repercutia
negativamente também em
outros aspectos como conforto e
cuidados com a saúde – doenças,
água, banheiros e construção de
privadas. Apenas 20% dos agricultores
tinham privadas e outros
26% tinham chuveiros para banho.
Houve tentativas
16 fracassadas de criação
de cooperativas na região?
Várias, e uma delas após várias
reuniões, foi a criação de uma
cooperativa em dezembro de
1969 na localidade de Campina
do Amoral, distante pouco mais
de 30 km de Campo Mourão,
quando o agrônomo Gallassini
havia saído em férias.
Por quê a coopera-
17 tiva em Campina do
Amoral não era viável?
A ideia era formar uma cooperativa
regional e assim Gallassini teve
que convencer os produtores líderes
a desativar a cooperativa,
porque ela não era viável por ser
em um lugar pequeno que nem,
energia elétrica tinha. Mas eles
se renderam a sugestão de que
deveria ser em Campo Mourão e
não se pensava em uma cooperativa
para a cidade apenas, mas
para a região, com 15 municípios.
Como foi a consti-
18 tuição da cooperativa
Coamo?
Após trabalho intenso de cons-
Novembro/2020 REVISTA 93
94 REVISTA
Novembro/2020
cientização com reuniões e grupos
de trabalho, aconteceu a
esperada assembleia de constituição
no sábado, 28 de novembro
de 1970, na Associação
Atlética banco do Brasil (AABB),
reunindo 79 agricultores que
subscreveram Cr$ 37.540,00 de
capital, equivalente a 200 salários
mínimos (valor de R$ 119.479,03
atualizado em 2009).
Quem foi escolhido
19 primeiro presidente?
O primeiro presidente foi Fioravante
João Ferri, que era um madeireiro
com conhecimento de
uma cooperativa de madeiras no
Rio Grande do Sul. Foi escolhido
como presidente da Coamo devido
ao prestígio na comunidade e
intocável idoneidade. Ele aceitou
o desafio, com a condição de que
o engenheiro agrônomo José
Aroldo Gallassini fosse o seu gerente
geral, pela sua experiência
como extensionista funcionário
da Acarpa.
20 Coamo?
Como surgiu a sigla
Em 28 de novembro de 1970,
nasceu a Cooperativa Agropecuária
Mourãoense Ltda, cuja
sigla “Coamo” foi sugerida pelo
cooperado e posteriormente vice-presidente,
Gelindo Stefanuto.
21 para receber trigo?
A Coamo nasceu
A primeira sede da Coamo foi em
um escritório com 50 m2 e com
ela veio o crescimento da produção
de trigo na região, o que obrigou
a cooperativa a alugar armazéns
para receber a produção.
Naquela época ha-
22 viam sobras?
A Coamo foi fundada em 28 de
novembro de 1970 e já nos primeiros
anos haviam sobras do
exercício, o que se tornou uma
tradição ao longo dos 50 anos da
cooperativa.
Quantos associa-
23 dos tinha quando a
cooperativa começou a funcionar?
A Coamo funcionou inicialmente
no centro de Campo Mourão em
um pequeno escritório alugado,
com máquinas de escrever e calculadoras
emprestadas. Em setembro
de 1971 tinha 148 associados
e em armazéns alugados
recebeu 209 mil sacas de trigo. A
safra de trigo foi tão expressiva,
que provocou a contratação de
financiamento para o surgimento
do primeiro armazém próprio.
A partir de que ano
24 a Coamo teve atividades
em sede própria?
A Coamo começou a funcionar
efetivamente em abril de 1972,
quando mudou do escritório alugado
e provisório de 50 m², para
as instalações próprias numa
área construída de 130 m², com
salas para contabilidade, administração,
escritório geral e assistência
técnica.
25 primeiro armazém
Quando surgiu o
e entrepostos?
Em 1º de setembro de 1972 foi
inaugurado o primeiro armazém
da cooperativa para 80 mil sacas
com máquinas de secagem
e limpeza, financiado pelo BRDE
– Banco Regional de Desenvolvimento
do Extremo-Sul. A segunda
etapa entregue em maio do
ano seguinte foi de um armazém
graneleiro para 500 mil sacas e
um armazém de sementes para
60 mil sacas.
Quais foram os pri-
26 meiros entrepostos
além da Sede?
Foram os entrepostos de Engenheiro
Beltrão e Mamborê aprovados
em Assembleia Geral no
ano de 1974. E depois nesta mesma
década, já era uma potência
regional atuando também nas
regiões de Fênix, Boa Esperança,
Peabiru, Iretama, Roncador, Juranda
e Barbosa Ferraz, além da
expansão para as regiões de Pitanga
no Centro, e Mangueirnha
e Palmas no Sul do Paraná.
27
Qual fato mudou a
história da Coamo
na década de 1970?
Foi em dezembro de 1974 com o
falecimento do presidente Fioravante
João Ferri. Em seu lugar assumiu
o vice-presidente Gelindo
Stefanuto que administrou a cooperativa
até o término do mandato
na assembleia geral em 1975.
Novembro/2020 REVISTA 95
96 REVISTA
Novembro/2020
Quem foi eleito
28 presidente da Coamo
em 1975?
Em janeiro de 1975 por meio de
Assembléia Geral, os cooperados
elegeram o engenheiro agrônomo
José Aroldo Gallassini presidente
da Coamo, que iniciava o
seu primeiro mandato a frente
da administração da Coamo. Foi
um reconhecimento pelo trabalho
que ele realizou como idealizador
desde as reuniões que
deram origem à cooperativa até
os quatro anos em que ele atuou
como gerente geral da Coamo.
Ao seu lado na gestão1978/1978
estiveram Getúlio Ferrari (Vice-
-presidente), Sérgio Luiz Panceri
(Secretário), e como membros
Efetivos Luiz Antonio Carolo, Gelindo
Stefanuto, Nelson Teodoro
de Oliveira, e membros Suplentes
Egildi Primo Mignoso, Gabriel
Cândido Borsato e Dante Salvadori.
Como conselheiros Fiscais
Luiz Massaretto, Antonio Maluff
e Zair Jorger Assad (Efetivos), e
Nivando Antonio Simionato, Ivo
Brunetta e Silvino Scarabelot (Suplentes).
Qual era o perfil do
29 presidente Gallassini,
eleito em 1975?
O engenheiro agrônomo José
Aroldo Gallassini plantou em
Campo Mourão a semente do
cooperativismo, exemplo para
todo o país. Desde jovem ele
sempre foi um entusiasta pelo
movimento e como idealizador,
acreditou que estava no cooperativismo
a solução para os problemas
e o desenvolvimento da agricultura,
com a organização, união
e participação dos cooperados.
30 qual era o papel da
Para Gallassini
cooperativa?
Para ele, a cooperativa era e é um
importante agente de desenvolvimento
por meio de compromisso
com os cooperados, que oferece
benefícios como assistência
técnica para difusão da pesquisa
e tecnologia, visando o aumento
da produtividade, diversificação
e renda da propriedade, além de
promover a melhoria da qualidade
de vida e do meio ambiente
produtivo.
31
Em
1975 quais foram
importantes
investimentos?
No ano de 1975, a Coamo instalou
sua Fazenda Experimental,
loja de peças e implantou o seu
moinho de trigo – primeira indústria
na história da Coamo. A partir
dos anos 1980 o setor agroindustrial
teve grande impulso com o
surgimento de outras indústrias,
como de óleo de soja e fiação de
algodão.
Era possível nos
32 primeiros anos prever
o crescimento da cooperativa?
Sim, porque foi um período marcado
pela consolidação da ‘Cultura
Coamo’, com a definição das
regras de comportamento no relacionamento
interno e externo
com os funcionários, cooperados
e a sociedade. Os primeiros cinco
anos foram encerrados com mais
de dois mil associados e vários
entrepostos.
A integração e a co-
33 municação com os
cooperados foram estratégicas
desde o início?
Sim, em novembro de 1974 surgiu
a versão impressa do “Informativo
Coamo” que antecedeu
ao “Jornal Coamo” e a “Revista
Coamo”. E partir de 1977, a Coamo
inovou com o programa de
rádio “Informativo Coamo” para
levar informações da cooperativa
de forma mais rápida aos cooperados.
Foi na década de
341980 que a cooperativa
expandiu sua atuação
para Santa Catarina?
Mais precisamente em 10 de
agosto de 1984 é data em que a
Coamo “fincou os pés” em Santa
Catarina, com a incorporação da
Cooperal - Cooperativa de Abelardo
Luz, comemorada pelos
agricultores pela aprovação nas
duas assembleias. Após 60 dias,
os catarinenses já contavam com
uma loja de peças da cooperativa
para ampliar o leque dos benefícios.
Com planejamen-
35 to, quando se deu
a expansão da estrutura na Administração
Central?
Com visão para crescimento planejado
com a necessidade de dar
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98 REVISTA
Novembro/2020
suporte as atividades das unidades,
foi em 1984, então com 14
anos de existência, que a cooperativa
inaugurou a primeira etapa da
conclusão do prédio da Administração
Central com três pavimentos.
Uma estrutura moderna que
facilitaria o desenvolvimento das
suas operações em diversas áreas.
A segunda etapa foi encerrada no
final da década de 1990 resultando
na organização atual que recebe
os trabalhos das cooperativas
Coamo e Credicoamo, além da Via
Sollus Corretora de Seguros.
O início da década
36 de 1990 foi promissor?
Sem dúvida, logo em 1990 a cooperativa
adquiriu a Indústria de
Óleo de Soja e um Terminal Portuário
em Paranaguá, o que colaborou
significativamente para
o escoamento e a exportação da
produção dos cooperados para o
mercado internacional.
37 a Copa Coamo de
Quando começou
Cooperados Futebol Suíço?
Em 1993 foi realizada a primeira
edição da Copa Coamo de Cooperados-Futebol
Suíço - o maior
evento esportivo rural do Paíscom
a participação de mais de 7
mil atletas e dirigentes, integrando
500 equipes de toda a área de
ação da cooperativa. O esporte e
lazer promoveram maior integração
entre a família Coamo e a
cooperativa.
A presença da Coa-
38 mo na região Oeste
foi iniciada em que ano?
Em dezembro de 1994 e as primeiras
reuniões foram em janeiro
de 1995. O início das atividades
na região Oeste do Paraná para
atender os produtores de Toledo,
Dez de Maio, Vila Nova, Nova
Santa Rosa, Bragantina, Tupãssi,
Ouro Verde do Oeste e São Pedro
do Iguaçu.
Difusão de tecnolo-
39 gias e boas práticas
sempre estiveram no foco da
assistência técnica?
Sim, por exemplo, em 1998 a
Coamo lançou o Projeto de Fertilidade
do Solo e Nutrição de
Plantas, para aumentar a produtividade
e a renda dos cooperados.
E nesse mesmo ano o Trado
Coamo para coleta de amostras
do solo, fez sucesso no Congresso
Brasileiro de Soja.
Como é a preocu-
40 pação e planejamento
com os futuros cooperados?
É muito grande, tanto que em
1998 a Coamo iniciou um programa
na educação cooperativista
brasileira com o Programa
Coamo de Formação de Jovens
Líderes Cooperativistas, que já
tem 24 turmas e foi premiado
em nível nacional. O programa
vem despertando e promovendo
a melhoria na visão geral do
gerenciamento e empreendedorismo
da atividade agropecuária.
41
Desde
quando a
cooperativa está
atuando no Mato Grosso do
Sul?
Desde o ano de 2004, inicialmente
em Amambai e no ano seguinte
em Caarapó, Laguna Carapã e
Aral Moreira. Posteriormente vieram
os entrepostos de Maracaju,
Dourados e Sidrolândia.
No aspecto am-
42 biental houve reconhecimento
do trabalho da
Coamo ao longo desses anos?
Sim, a sociedade reconhece o trabalho
da Coamo. Exemplo disso
foi em 2005 o recebimento dos
prêmios da Andef – Associação
Nacional de Defesa Vegetal, nas
categorias “Empresa” e “profissional”.
A cooperativa foi premiada
por realizar ações estratégicas
na educação e treinamento sobre
o uso correto e seguro de produtos
fitossanitários.
A gestão dos coo-
43 perados foi incentivada
por meio de difusão tecnológica
e programas?
Sim, tanto que em 20 de junho
de 2006 a cooperativa lançou por
exemplo o Programa de Aperfeiçoamento
em Gerenciamento Rural,
conhecido como “Na Ponta do
Lápis”, que mudou a vida de um
grande número de cooperados.
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www.alimentoscoamo.com.br
44
Como foi a participação
na difusão
do Plantio Direto?
Muito grande, haja vista que
Campo Mourão foi a segunda
cidade do Brasil a implantar esta
tecnologia, que além de conservar
e proteger o ambiente produtivo,
com o uso da rotação de
culturas melhora a estrutura e
aumenta a matéria orgânica no
solo. Sistema está presente na
região há 47 anos, sempre com
apoio da assistência técnica da
Coamo.
A inovação faz par-
45 te da atuação da
Coamo no apoio aos cooperados?
Sem dúvida, o Cooperado On-
-Line é um exemplo de inovação,
sendo uma ferramenta
que oferece serviços para que
os cooperados façam operações
e obtenham informações
de onde estiverem por meio
do computador pessoal, smartphone
ou tablet.
46
Quando entrou em
operação o novo
moinho de trigo?
O início das operações do novo
Moinho de Trigo da Coamo aconteceu
em 2015 e superou todas
as previsões iniciais atingindo em
poucos meses a capacidade máxima
de produção.
47
O fim de 2006 foi
um marco da industrialização
da cooperativa?
Sim, pois em dezembro desse
ano a Coamo lançou a pedra fundamental
de suas unidades de
processamento de soja e refinaria
de óleo de soja em Dourados
(MS), cuja entrada em operação
se deu em novembro de 2019.
48
Qual é o objetivo
das diretrizes corporativas
da Coamo?
Em 2016, cumprindo com seus
objetivos de disponibilizar benefícios
para o desenvolvimento
dos seus cooperados, a Coamo
apresentou oficialmente suas Diretrizes
Corporativas, presente
em todas as unidades da cooperativa
para conhecimento de cooperados,
funcionários, clientes,
parceiros, fornecedores e comunidades,
com “Missão”, “Visão” e
os “Valores” da Coamo.
Quando foi con-
49 cluído o processo
de instalação de Governança
na Coamo?
Em fevereiro de 2020, quando
o engenheiro agrônomo
e idealizador da cooperativa,
José Aroldo Gallassini foi eleito
presidente do Conselho de Administração
2020/2024 e na assembleia
geral foi apresentada
a Diretoria Executiva, que tem
como presidente Airton Galinari
e o apoio direto de cinco diretorias
para execução do plano de
atividades da cooperativa.
50
O que significa a
marca e o slogan
Coamo 50 anos?
A marca do jubileu de ouro é resultado
de ideias e representa o
conceito ´Aliança´, sendo exploradas
as ideias de união e eternidade.
O símbolo do infinito e
o formato circular de anéis foram
usados como base para a construção
do número 50 e o desenho
também procurou transmitir a solidez
e confiança desses 50 anos,
através do peso dos elementos,
e o logotipo reforça o espírito de
constante evolução e crescimento
da cooperativa. O slogan é “A
vida é a gente que transforma”.
Ele está alinhado com o que acreditamos
e os novos tempos em
que vivemos, e traduz bem o propósito
da Coamo e os desafios
de ir mais além, crescer e prosperar.
O logo "Coamo 50 anos" é
resulta do do trabalho do Comitê
Coamo 50 anos integrado por
funcionários da cooperativa.
Fonte: Edições do Jornal e Revista Coamo
Novembro/2020 REVISTA 101
SAIBA MAIS SOBRE
OS 50 ANOS DA COAMO!
Acesse: http://www.coamo.com.br/coamo50anos/
ou
aponte o celular com o leitor de QR Code na imagem ao lado.
102 REVISTA
Novembro/2020
É olhando para
o futuro que,
há 50 anos,
transformamos
o presente em
sucesso.
Mais do que comemorar, esta é uma data para agradecer.
À dedicação e ao trabalho sério de cada cooperado e
funcionário. Aos parceiros que sempre estiveram ao
nosso lado. A cada cliente que escolhe o produto Coamo.
Nessas cinco décadas de transformação constante, as
únicas coisas que sempre foram as mesmas são a nossa
gratidão e admiração por vocês.
A vida é a gente que transforma.