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Hippocampus Edição 37

Edição 37

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EDITORIAL

Estimados Sócios,

CHEGADOS ÀS PORTAS DO INVERNO, E COM O OUTONO A TERMINAR, TRATAREI NESTE EDITORIAL DE FAZER

UM SUMÁRIO DO NOSSO ANO DE 2020, O ANO DA FAMIGERADA PANDEMIA.

Como referi no editorial da pretérita edição da Hippocampus, ninguém

imaginaria que 2020 viria a ser o ano que foi. Tudo se transfigurou

e tudo foi desigual. Aqui, no nosso Clube Naval de Cascais, apesar da

inexistência dos campeonatos internacionais, que, desde o início deste

século, passaram a ser uma realidade permanente no nosso clube, tentámos

manter a actividade em todas as frentes possíveis desde o início

do desconfinamento.

Com as limitações adequadas à nossa recente realidade, o CNCascais

desfrutou de um Verão e de uma campanha da Escola de Vela como

há muitos anos não acontecia. Como consequência das limitações das

famílias em viajar, tivemos a Escola de Vela do CNC totalmente ocupada

durante onze semanas, contando esta, este ano, com os serviços não só

dos indispensáveis Optimist, mas também dos Laser Pico, dos Laser

Bahia, dos Hobbie Cat, dos Sprintos, das pranchas à vela, das pranchas

de paddle, dos caiaques e dos novíssimos Sunfish, que amavelmente nos

foram emprestados pelo nosso sócio Andre Grey, representante desta

classe em Portugal. Foi, sem qualquer dúvida, uma festa da vela.

Só com uma equipa absolutamente fantástica, em que incluo todo o

nosso staff sem excepção, dos treinadores ao pessoal de apoio, passando

pelos incansáveis voluntários, foi possível levar a cabo estas onze semanas

da forma como as mesmas decorreram – e com tão notável adesão e

participação. Onze semanas durante as quais tudo correu na perfeição,

e decerto que as 750 crianças e 100 adultos que passaram pela nossa

escola de vela neste período irão guardar como memória perpétua a

experiência náutica que viveram neste Verão de 2020, tão particular e

limitativo. Também não podia deixar de destacar, e por escrito, uma

nota especial para a coordenadora da Escola de Vela, Fernanda Hoffmann,

que comandou uma vasta equipa de profissionais durante estas

inesquecíveis onze semanas.

Por outro lado, foi durante o mês de Setembro que se realizou o Jantar

dos Comodoros, momento em que a Comissão Executiva que acompanhou

o segundo e terceiro mandatos do Comodoro Horta e Costa teve

a oportunidade de o acarinhar com um jantar de despedida, no qual

sessenta sócios e convidados puderam assistir à cerimónia de entrega da

bandeira. Tal como prevêm os nossos estatutos, o Comodoro do Clube

Naval de Cascais, bem como o seu Vice-Comodoro, usufruem do

privilégio de ter uma bandeira especial, onde os cavalos marinhos que

dão nome a esta revista se encontram acompanhados por três estrelas

douradas, no caso do Comodoro, e duas, no caso do Vice-Comodoro.

Foi uma cerimónia memorável, brindada ainda por uma noite magnifica,

em que as palavras de agradecimento e reconhecimento por parte

dos três presidentes que o Comodoro Horta e Costa acompanhou,

Presidente Magalhães, Presidente Matoso e eu, bem como os discursos

do Presidente da Assembleia Geral. Vasco Pinto Basto, e do Comodoro

Honorário, Patrick Monteiro de Barros, ambos lidos por mim próprio

devido à ausência de ambos por motivos pessoais, foram muito fortemente

sentidas não apenas pelo comodoro Horta e Costa, bem como pela

sua família, presente em grande número e em três gerações. Tal como

tive oportunidade de referir na noite da cerimónia, muito agradeço ao

Comodoro Horta e Costa tudo o que fez pelo nosso clube, e desejo um

excelente mandato ao Comodoro Matoso.

Convido, também, os sócios do CNC a lerem a entrevista publicada

nesta edição com o nosso sócio Gastão Brum, uma lenda viva da vela,

e da história da vela brasileira e sul americana, e muito nos orgulha em

poder contar com ele nas nossas fileiras já de há uns anos a esta parte.

O Gastão Brun, e a sua mulher Ângela, não só marcam presença assídua

do nosso clube, como são excelentes embaixadores do Clube Naval de

Cascais no Rio de Janeiro.

A emoção de ver de novo a classe Dragão em Cascais foi muito grande.

Após mais de uma década de regatas de altíssimo nível em Cascais, por

diversos motivos, a classe Dragão deixou de ser uma presença assídua no

nosso clube. Por via de uma renovação geracional, e da opção por parte

da classe em fazer regatas em locais de menor intensidade de vento e de

mar, levou a que Cascais e o Clube Naval de Cascais deixassem de ser

uma primeira opção para esta classe.

O XXV Troféu Sua Majestade Rei Juan Carlos de Espanha trouxe de

novo a Cascais alguns dos melhores velejadores da classe da actualidade.

Foi com enorme júbilo que vimos o nosso colega da Comissão Executiva,

Pedro Mendes Leal, acompanhado dos nossos sócios Pedro Andrade e

Jorge Ferlov, ser apenas o quarto português a vencer este troféu em vinte

e cinco anos, depois do nosso saudoso António Mardel Correia (Noni), e

dos comodoros Patrick Monteiro de Barros e José Sotto Mayor Matoso.

Uma nota, igualmente, para a classe 49er! Sendo a nossa única classe

apurada para os próximos Jogos Olímpicos, através dos nossos atleta Jorge

Lima e José Costa, congregando ainda as esperanças olímpicas Tomás

Barreto e Afonso Prieto, para além das já praticamente Portuguesas

Kim e Ceci, a classe 49er foi capaz de reunir em Cascais um enorme

número de equipas Olímpicas e Pré-Olímpicas, que fizeram do Centro

de Treinos de Alto Rendimento do CNC o centro mundial de treino

da classe. E foi assim que desfrutámos do privilégio de ter em Cascais

equipadas dos Estados Unidos da América, Brasil, Peru, Uruguai, Argentina,

Reino Unido, Alemanha, Espanha, Singapura, França… Foi

uma enorme honra para Cascais e para o CNC poder acolher tantos

atletas de alta competição.

Por fim, nota de destaque para os melhores resultados alcançados pelos

velejadores do nosso clube: Francisco Uva Sancho foi Campeão de

Portugal de Juvenis; Augusto Castelo Branco é o novo Vice-Campeão

de Portugal de Juvenis; Pedro e Sofia Barreto sagraram-se Campeões

Nacionais da Classe Snipe; Pedro Rebelo de Andrade, Manuel Durães

Rocha e Charles Nankin foram os vencedores do Marblehead Trophy;

Bernardo Freitas venceu o Portugal Dragon Grand Prix; Frederico Melo

sagrou-se Campeão Europeu da Classe Star; Pedro Rebelo de Andrade

e Afonso Domingos venceam a Dragon European Cup; e Filipe Silva é

Vice-Campeão Eeuropeu Master em Finn. A todos, parabéns!

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