Nº 137 – Março 2021 Nº 137 – Março 2021 Mais uma crise bate à porta Não bastassem os impactos econômicos da pandemia, intervenção na Petrobras e paralisação de tanqueiros tornam ainda mais complicada a vida de donos de postos 14
Jair Bolsonaro nunca fez questão de esconder que pouco sabe sobre o funcionamento da economia. Ele próprio o admitiu, quando ainda candidato a presidente, em 2018. Por isso, para auxiliá-lo, convocou o economista Paulo Guedes, a quem passou a se referir em entrevistas, usando um jargão do nosso setor, “pergunta lá no Posto Ipiranga”, como se o seu futuro braço direito encarnasse a solução para as mais variadas mazelas enfrentadas pelo país. Com discurso liberal, Guedes, por sua vez, fez muitas promessas ao ter o seu nome confirmado para o ministério. Pouco mais de dois anos depois, no entanto, têm faltado ações práticas ao governo. Sem entrar no mérito se as medidas propostas naquela época eram positivas para o país, fato é que, com exceção da reforma da Previdência, as demais – administrativa e tributária – ainda patinam, as prometidas privatizações não saíram do papel, e o relacionamento com os demais Poderes tem sido pontuado por aproximações e recuos que, invariavelmente, resultam em ruídos que repercutem na economia. Mais recentemente, na esteira do que fizeram outros presidentes, Bolsonaro não se furtou a intervir na Petrobras, diferentemente de Dilma que imputou prejuízos bilionários à estatal, Bolsonaro, ao seu estilo, disse que não interviu, mas afasta seu presidente. Se Lula aparelhou a empresa para servir a seus interesses políticos, Dilma congelou preços para mascarar a inflação e se manter eleitoralmente competitiva e Temer propôs medidas atabalhoadas, como verticalização e tabelamento de preços, para dar fim à greve dos caminhoneiros, o atual mandatário não fez diferente. “Não é possível que a Petrobras esteja livre de ingerências políticas, uma vez que o Estado é dono de metade dela. É normal, portanto, que haja uma tensão permanente entre os interesses do país e os dos acionistas particulares”, explica o economista Paulo Gala (confira a entrevista completa com o especialista nas páginas 20 e 21). A crise que desencadeou a mais recente intervenção começou com a ameaça dos caminhoneiros de parar novamente o país, a exemplo que fizeram em 2018. Acuado e pressionado a baixar o preço do diesel, Bolsonaro zerou os impostos federais que incidem sobre o diesel por 60 dias e não hesitou em trocar o presidente da estatal, colocando no posto um general. E o mercado, como já era esperado, acusou o golpe. Em poucas horas, a maior estatal do país viu os preços de suas ações despencarem e teve seu valor de mercado reduzido em mais de R$ 100 bilhões tão logo foi anunciada a troca de 15
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