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Jornal Paraná Abril 2021

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ARTIGO<br />

Maioridade do carro flex e<br />

responsabilidade ambiental<br />

Em 2000 registravam-se em São Paulo 60 microgramas de partículas<br />

por metro cúbico de ar; hoje, são 19, abaixo do índice de 20<br />

recomendado pela OMS, apesar de a frota ter crescido 80%<br />

Por João Guilherme<br />

Sabino Ometto (*)<br />

Há dezoito anos, em<br />

24 de março de<br />

2003, era apresentado<br />

o automóvel flex,<br />

uma revolucionária tecnologia<br />

brasileira que, pela primeira vez<br />

no mundo, possibilitava o<br />

abastecimento de um veículo<br />

com etanol, gasolina ou a mistura<br />

de ambos em qualquer<br />

proporção. Hoje, mais de 85%<br />

da frota nacional conta com<br />

esse tipo de motor, cuja contribuição<br />

é imensa para a redução<br />

das emissões de poluentes<br />

locais e de gases de<br />

efeito estufa, com benefícios<br />

significativos para a saúde e a<br />

luta contra as mudanças climáticas.<br />

O carro flex atinge sua maioridade<br />

sendo responsável. Sim,<br />

ambientalmente responsável,<br />

como se pode comprovar com<br />

clareza nos índices de poluição<br />

da capital paulista nas últimas<br />

duas décadas. Dados sobre o<br />

consumo de combustíveis divulgados<br />

pela Agência Nacional<br />

de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis<br />

(ANP) mostram<br />

que em 2020, considerando o<br />

anidro misturado à gasolina, e<br />

o hidratado utilizado nos motores,<br />

o etanol substituiu 47% de<br />

toda a gasolina consumida no<br />

Brasil; em São Paulo, a substituição<br />

foi de 64%. Estes índices,<br />

inigualados em todo o<br />

mundo, são resultado da opção<br />

dos consumidores propiciada<br />

pela tecnologia do carro flex.<br />

O impacto positivo é inconteste.<br />

Dentre outras qualidades<br />

ambientais e à saúde, o etanol<br />

gera emissão zero de material<br />

particulado. O resultado é que,<br />

segundo especialistas do Conselho<br />

Superior do Agronegócio<br />

da Federação das Indústrias do<br />

Estado de São Paulo (FIESP),<br />

em 2000 registravam-se na capital<br />

paulista 60 microgramas<br />

de partículas por metro cúbico<br />

de ar; hoje, são 19, abaixo do<br />

índice de 20 recomendado pela<br />

Organização Mundial de Saúde<br />

(OMS). Cabe salientar que,<br />

nesses 20 anos, a frota existente<br />

no município cresceu<br />

80%. Fica muito claro como o<br />

etanol, somado à disruptiva<br />

tecnologia criada pela engenharia<br />

automotiva desenvolvida<br />

no Brasil, contribui de modo<br />

significativo para que tenhamos<br />

um ar muito mais limpo, o que<br />

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