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*Abril:2021 Referência Industrial 228

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MERCADO - E-commerce em alta gera novas oportunidades para setor de móveis e produto final<br />

CRESCIMENTO<br />

INDUSTRIAL<br />

SETOR DE MÁQUINAS ACOMPANHA A<br />

ALTA DO MERCADO DA MADEIRA<br />

INDUSTRIAL GROWTH<br />

MACHINE PRODUCING SEGMENT ACCOMPANIES<br />

THE RISE OF THE FOREST PRODUCT MARKET


• Corte de blocos e semi-bloco de madeira;<br />

• Com 1 ou 2 eixos de serras;<br />

• Magazine Porta-Serra (opcional);<br />

• Rolos de avanço com cromo duro;<br />

• Velocidade até 100 m/min (6 serras).<br />

SOLUÇÕES COMPLETAS PARA INDÚSTRIA DA MADEIRA<br />

Scanners e Softwares de Otimização - Máquinas de Afiação - Correntes Especiais - Picadores - Peneiras - Descascadores - Estufas de Secagem - Mecanizações para Manuseio de Tábuas


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SUMÁRIO<br />

INDUSTRIAL<br />

62<br />

<strong>2021</strong><br />

44<br />

58<br />

54<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Alca Máquinas 11<br />

Auge Metal Mecânica 61<br />

Benecke 09<br />

Cipem 15<br />

Contraco 37<br />

DRV Ferramentas 19<br />

Eletro Izidoro 33<br />

Engecass 17<br />

Gottert do Brasil 31<br />

H Bremer 27<br />

Impacto Máquinas 35<br />

Indumec 41<br />

Lignum Brasil 73<br />

Linck 05<br />

Mafercon 39<br />

Máquinas Águia 69<br />

Máquinas Dudi 43<br />

Mendes Máquinas 02<br />

Metrisa Máquinas 29<br />

Mill Indústrias 76<br />

Montana Química 07<br />

MSM Química 13<br />

Nazzareno 25<br />

Omil 21<br />

Picoloto 53<br />

Prêmio REFERÊNCIA 75<br />

Pole Cola 57<br />

Serf Drytech 23<br />

Tecnovapor 71<br />

XH Mar Bethlehem 65<br />

SUMÁRIO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

14 Notas<br />

32 Aplicação<br />

34 Frases<br />

36 Entrevista<br />

42 Coluna ABIMCI<br />

44 Principal História de sucesso<br />

50 Madeira Tratada<br />

54 Matéria-prima<br />

58 Marcenaria<br />

62 Mercado<br />

66 Artigo<br />

72 Agenda<br />

74 Espaço Aberto<br />

04<br />

referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


TECNOLOGIA DE PONTA PARA SERRARIAS<br />

Curitiba – PR - Brasil<br />

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mais de 150 linhas de perfilagem em uso ao redor do mundo<br />

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serrarias para corte de toras classificadas por dimensão e não classificadas<br />

Inovação. Qualidade.<br />

Economia.<br />

MADE IN GERMANY


EDITORIAL<br />

DE OLHO<br />

NO FUTURO<br />

C<br />

om o fim do primeiro trimestre, a indústria<br />

madeireira começa a pensar nos próximos<br />

meses – de olho em oportunidades para o<br />

crescimento do segmento. Embalada pelas<br />

promessas de <strong>2021</strong>, a REFERÊNCIA INDUS-<br />

TRIAL traz reportagens exclusivas que abordam temas<br />

de interesse da indústria da madeira. Na editoria de Matéria-prima,<br />

falamos da falta de alguns insumos e os problemas<br />

gerados pelas chuvas e pela crise sanitária da<br />

Covid-19. Já na entrevista desta edição, a coordenadora<br />

do Boletim Macro da FGV (Fundação Getúlio Vargas),<br />

Silvia Matos, explica os impactos para o setor produtivo<br />

durante a pandemia. Além disso, o leitor poderá acompanhar<br />

reportagens especiais nas editorias de Madeira<br />

Tratada e Marcenaria, assim como novidades do setor.<br />

Tenha uma ótima leitura!<br />

NA CAPA<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

ESTAMPA A CAPA DESTA<br />

EDIÇÃO DA REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL MONTAGEM<br />

ALUSIVA AOS PRODUTOS E<br />

SERVIÇOS OFERECIDOS PELA<br />

DUDI MÁQUINAS.<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>228</strong> - ABRIL <strong>2021</strong><br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXIII • N°<strong>228</strong> • Abril <strong>2021</strong><br />

MERCADO - E-commerce em alta gera novas oportunidades para setor de móveis e produto final<br />

CRESCIMENTO<br />

INDUSTRIAL<br />

SETOR DE MÁQUINAS ACOMPANHA A<br />

ALTA DO MERCADO DA MADEIRA<br />

INDUSTRIAL GROWTH<br />

MACHINE PRODUCING SEGMENT ACCOMPANIES<br />

THE RISE OF THE FOREST PRODUCT MARKET<br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

06<br />

WITH AN EYE ON<br />

THE FUTURE<br />

A<br />

t the end of the first quarter, the Forest<br />

Product Sector begins to think ahead to<br />

the rest of the year – with an eye on future<br />

opportunities for growth in the Sector.<br />

Packed with the promises for the rest of<br />

<strong>2021</strong>, REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> has exclusive stories that<br />

address topics of interest to the Forest Product Sector.<br />

In the Raw Materials Section, we talk about the lack of<br />

some inputs and the problems generated by the rains,<br />

and the Covid-19 health crisis. In this issue’s interview,<br />

Silvia Matos, Coordinator of the Getúlio Vargas Foundation<br />

Boletim Macro (FGV), explains the Productive<br />

Sector’s impacts during the pandemic. Also, there are<br />

special stories in the Treated Wood and Woodworking<br />

Sections and news from the Sector. Pleasant reading!<br />

referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong><br />

Redação / Writing<br />

Murilo Basso<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo | Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira | Gabriel Faria<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


0 0 2 2<br />

RESIN COMPANY BUILDS MODERN<br />

FORMALDEHYDE FACTORY<br />

ECONOMIA - ESG: uma tendência cada vez mais consistente na indústria de base madeireira<br />

CARTAS<br />

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A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

INVESTIMENTO<br />

DE PRIMEIRA<br />

INDÚSTRIA DE RESINAS CONSTRÓI<br />

MODERNA FÁBRICA DE FORMOL<br />

FIRST CLASS INVESTMENT<br />

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CARTAS<br />

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<br />

<br />

CAPA DA EDIÇÃO 227 DA<br />

<br />

<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE MARÇO DE <strong>2021</strong><br />

<br />

<br />

MADEIRA TRATADA<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXIII • N°227 • Março <strong>2021</strong><br />

9 7 7 2 35 9 4 66 0 3 5 7<br />

MARCENARIA<br />

Por Teodoro Bonamigo –<br />

Indaiatuba (SP)<br />

Por Paulo Rodrigues –<br />

Caçador (SC)<br />

Bela iniciativa da prefeitura de Timbó (SC),<br />

que possui grandes indústrias de madeira.<br />

O ramo da marcenaria é<br />

apaixonante. Obrigado<br />

pelas dicas!<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

Por Higor Souza –<br />

Colombo (PR)<br />

Ótima entrevista com o<br />

economista Paulo Gaia.<br />

MERCADO<br />

Por Paula Machado –<br />

Campinas (SP)<br />

O wood frame abrirá inúmeras<br />

possibilidades para o nosso setor.<br />

<strong>2021</strong> está repleto de boas notícias!<br />

08<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong><br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

Revista Referência <strong>Industrial</strong><br />

@referenciaindustrial


Secador de lâminas<br />

4 pistas<br />

Vantagens:<br />

+ -<br />

produtividade/hora consumo de energia/hora<br />

“Persistência na tecnologia,<br />

obstinação em ser melhor”<br />

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BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

Foto: divulgação<br />

PRESTÍGIO<br />

O DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, FÁBIO MACHADO<br />

(À DIR.), FOI ENTREGAR EM MÃOS A EDIÇÃO DE MARÇO/21 PARA<br />

A BONARDI QUÍMICA, DOS DIRETORES RÓBSON LEMOS (À ESQ.) E<br />

FRANCISCO NARDI (CENTRO).<br />

TODESMADE<br />

O DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, FÁBIO<br />

MACHADO (À DIR.), ESTEVE VISITANDO AS DEPENDÊNCIAS DA<br />

INDÚSTRIA TODESMADE, JUNTO COM OS DIRETORES DA MENDES<br />

MÁQUINAS, ANDRÉ FABRIS, NEWTON FABRIS, DÉBORA MENDES<br />

FABRIS E RODRIGO MENDES FABRIS.<br />

Foto: divulgação<br />

ALTA<br />

NOVIDADE NO IBAMA<br />

O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente<br />

e dos Recursos Naturais Renováveis)<br />

lançou recentemente o Sistema de Gestão<br />

do Licenciamento Ambiental Federal, conhecido<br />

como SisG-LAF. O sistema torna o<br />

procedimento dentro do órgão mais rápido<br />

e transparente, facilitando, assim, a visualização<br />

do andamento das etapas que devem<br />

ser cumpridas, seja pelo IBAMA, pelos<br />

órgãos envolvidos ou pelo próprio empreendedor.<br />

A ferramenta, que foi desenvolvida<br />

em conjunto com o Ministério da Economia,<br />

tem como finalidades: promover a gestão<br />

das demandas dos processos de licenciamento<br />

ambiental em âmbito federal, informatizar<br />

e automatizar os serviços oferecidos.<br />

O responsável pela definição das regras do<br />

negócio e pela prestação final do serviço ao<br />

empreendedor é o IBAMA, mas as participações<br />

de outros órgãos envolvidos também<br />

será contemplada pelo projeto.<br />

BAIXA<br />

QUEDA DO PIB<br />

O PIB (Produto Interno Bruto) do<br />

Brasil caiu 4,1% em 2020, totalizando<br />

R$ 7,4 trilhões. Essa foi a maior<br />

queda anual da série iniciada em<br />

1996, e interrompeu o crescimento<br />

de três anos seguidos, de 2017 a<br />

2019, quando o PIB (a soma de todas<br />

as riquezas produzidas no país)<br />

acumulou alta de 4,6%. O PIB per<br />

capita alcançou R$ 35.172 no ano<br />

passado, recuo recorde de 4,8%.<br />

No quarto trimestre, que fechou o<br />

resultado de 2020, o PIB cresceu<br />

3,2%. Os dados são do Sistema<br />

de Contas Nacionais Trimestrais,<br />

divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro<br />

de Geografia e Estatística).<br />

O estudo salienta que a pandemia<br />

da Covid-19 foi preponderante<br />

para o resultados.<br />

10 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


EVOLUINDO<br />

COM VOCÊ<br />

Marcenaria 4.0<br />

Coladeiras<br />

de bordas<br />

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O impacto da AUTOMAÇÃO no seu processo produtivo<br />

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COLUNA<br />

COM A PALAVRA, O MERCADO!<br />

OS IMPACTOS DA PANDEMIA TÊM SIDO DESIGUAIS PARA A POPULAÇÃO E PARA AS<br />

DIFERENTES REGIÕES DO PLANETA<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

U<br />

m interessante estudo conduzido pela empresa<br />

de consultoria McKinsey & Company publicado<br />

em 17 de março, intitulado: The consumer<br />

demand recovery and lasting effects<br />

of Covid-19; reforça o sentimento de choque<br />

sem precedentes causado pela pandemia, que trouxe<br />

drásticas mudanças de hábitos nos mercados de consumo<br />

ao redor do mundo. O fluxo financeiro promovido pelos<br />

consumidores simplesmente colapsou na primeira onda<br />

da pandemia, no início do ano passado. Tudo ocorreu de<br />

forma muito repentina, forçando os consumidores a significativas<br />

mudanças comportamentais. Modelos de negócios<br />

foram transformados e governos precisaram ajustar suas<br />

regulamentações.<br />

Os impactos têm sido desiguais para a população e<br />

para as diferentes regiões do planeta. Aqueles que mantiveram<br />

seus empregos, conseguindo trabalhar em regime<br />

de home office, garantiram seus rendimentos e ainda<br />

puderam reforçar a poupança, pois reduziram as despesas<br />

com viagens, passeios, idas a bares e restaurantes,<br />

combustível, etc. Há também aqueles que perderam seus<br />

empregos, mas não se viram livres de suas despesas obrigatórias<br />

cotidianas.<br />

Os desafios para a condução dos negócios locais<br />

e globais estão voltados exatamente para os impactos<br />

econômicos desiguais, que exigem a identificação de<br />

oportunidades em seus planejamentos, considerando uma<br />

maior distinção dos mercados e categorias de produtos. As<br />

habilidades relacionadas à rápida ambientação em novos<br />

modelos de negócios, assim como aos conhecimentos<br />

sobre segmentação e competitividade, temperados com<br />

boa dose de inovação, nunca foram tão necessárias para as<br />

ofertas de produtos e serviços. É oportuno lembrar que, ao<br />

contrário de outras crises econômicas mundiais, cujo cenário<br />

para recuperação era muito lento, no caso da Covid-19,<br />

Foto: divulgação<br />

pelo menos para alguns segmentos da economia, a recuperação<br />

pós-pandemia será quase que imediata.<br />

Para ilustrar um pouco dessa nova realidade e colocando<br />

o foco no mundo madeireiro, vale mencionar alguns<br />

registros ilustrativos ocorridos nos EUA (Estados Unidos<br />

da América). Ainda que sejam casos pontuais, parecem<br />

retratar a atual realidade no que se refere ao mercado de<br />

madeiras para construção do país.<br />

O canal de televisão News Channel 3, emissora do estado<br />

do Michigan afiliada à CBS, mostrou que na localidade,<br />

assim como em outras partes do país, há uma escassez de<br />

madeira serrada tratada, o que fez com que empreiteiros<br />

e proprietários de edificações em reforma ou construção<br />

ficassem em uma situação difícil. Após consulta a 15 diferentes<br />

lojas de materiais de construção (nos EUA, a madeira<br />

tratada é comercializada em grandes comércios desse<br />

tipo), a informação era de que os estoques estavam muito<br />

baixos ou inexistentes.<br />

Temos, nesse caso, uma clássica situação de baixa oferta<br />

e alta demanda, relacionada diretamente aos impactos<br />

causados pela pandemia. De um lado, os produtores de<br />

madeira serrada tratada reduziram drasticamente a produção<br />

devido às restrições de trabalho. Do outro, os altos<br />

níveis de inatividade por parte da população em geral<br />

deixaram os proprietários com mais tempo disponível para<br />

executarem novos projetos de construção ou reformas.<br />

Outro exemplo: no noroeste norte-americano, região<br />

de forte tradição madeireira, o jornal Capital Press também<br />

alertou a respeito da escassez de madeira. Segundo<br />

a publicação, há um aumento na demanda por madeiras,<br />

especialmente pela necessidade de reformas em imóveis<br />

que sofreram com os devastadores incêndios florestais<br />

ocorridos no ano passado. Somado a isso, tem-se uma<br />

severa escassez no suprimento de madeira serrada devido<br />

à desaceleração significativa na produção em atendimento<br />

aos protocolos de segurança das indústrias.<br />

Essas ocorrências aumentam significativamente o apetite<br />

dos EUA por madeiras, reforçando ainda mais as bases<br />

dos negócios de exportação desse produto do Brasil para<br />

aquele país. Só no Estado do Oregon há registros de perdas<br />

de centenas de milhões de árvores produtivas. Entre<br />

abril e setembro de 2020, a NAHB (National Association of<br />

Home Builders) registrou que os preços da madeira subiram<br />

mais de 170% no estado.<br />

No Brasil, não se tem registros divulgados sobre a queda<br />

na produção e aumento na demanda pelo setor industrial.<br />

Há indícios de que no setor de proteção de madeiras<br />

não houve variações significativas, provavelmente pelo fato<br />

desse mercado estar predominantemente voltado ao meio<br />

rural, onde os impactos da pandemia são menos visíveis.<br />

12 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


CIPERTRIN MD<br />

• Líder no tratamento inseticida de painéis de madeira,<br />

(compensados, aglomerados MDF, OSB e outros) por adição à cola;<br />

• Mais concentrado dos inseticidas, diminui a quantidade de inertes<br />

a serem aplicados na cola, como também a área de estocagem;<br />

• Base água, com baixa toxidade e baixo odor;<br />

• Isento de solventes que atacam as borrachas dos equipamentos<br />

industriais;<br />

• Compatível com resinas de última geração;<br />

• Fácil diluição em água, para tratamento por imersão de madeiras<br />

serradas.<br />

TBP 90<br />

• O primeiro fungicida (antimofo) para madeira a base de<br />

tribromofenol só poderia ser o líder de mercado e a MSM<br />

Química a maior importadora deste ingrediente ativo.<br />

• Produto de fácil aplicação não retirando da madeira<br />

suas características naturais.<br />

• Fácil diluição, não decantando ou criando borras dentro<br />

do tanque de imersão.<br />

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NOTAS<br />

TORRE EÓLICA<br />

A mais recente das inovações na tecnologia da madeira<br />

vem da Suécia, onde pesquisadores do Centro<br />

Sueco de Tecnologia em Energia Eólica se preparam<br />

para construir a primeira torre de turbina eólica inteiramente<br />

de madeira engenheirada. A torre da madeira<br />

de teste, que está sendo construída na localidade<br />

de Bjorko, terá 30m (metros) de altura, será tão forte<br />

quanto as torres de aço e, segundo seus criadores,<br />

tornará a turbina eólica totalmente neutra em carbono.<br />

A expectativa é que o protótipo esteja pronto<br />

ainda este ano. A construção conta com a parceria das<br />

empresas Modvion e Moelven Toreboda e está sendo<br />

feita com painéis de MLC (madeira laminada colada).<br />

“Esse é um grande avanço, que abre caminho para a<br />

próxima geração de turbinas eólicas. A madeira laminada é mais forte do que o aço para o mesmo peso e, sendo construídas<br />

em módulos, as turbinas eólicas podem ser mais altas. Ao construir em madeira, também reduzimos as emissões de dióxido<br />

de carbono na fabricação e, em vez disso, armazenamos dióxido de carbono no projeto”, destaca Otto Lundman, da Modvion.<br />

Foto: divulgação<br />

NOVOS PROFISSIONAIS<br />

Foto: divulgação<br />

Depois de sete meses, o projeto Fimma Inova entra em suas semanas<br />

finais de mentoria para a formação de 115 executivos e empresários da<br />

cadeia produtiva de madeira e móveis. O projeto consiste em uma Escola<br />

de Inovação 100% online que, por meio do IBG (Innovation Business<br />

Game), vem formando profissionais para uma liderança inovadora.<br />

Estão participando desde diretores de empresa até responsáveis pelas<br />

áreas de design, marketing, comercial, RH e produção. Com curadoria<br />

da SBDC (Sociedade Brasileira de Desenvolvimento Comportamental)<br />

e da consultora Eliane Zanluchi, o programa totaliza 140h (horas) divididas<br />

em quatro módulos, que se encerram em abril. O presidente<br />

da FIMMA (Feira Internacional de Fornecedores da Cadeia Produtiva<br />

de Madeira e Móveis), Euclides Rizzi, destaca que o projeto é uma das<br />

iniciativas que compõem a reformulação do evento promovido pela<br />

MOVERGS (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio<br />

Grande do Sul). “A nova proposta da FIMMA, anunciada em 2019, é<br />

torná-la um movimento de inovação aplicada com oportunidades para<br />

seus públicos no intervalo<br />

entre as edições da<br />

feira de negócios, que<br />

ocorre a cada dois anos.<br />

Neste primeiro programa,<br />

é possível perceber<br />

que a maior lição será a<br />

importância da colaboração<br />

multissetorial dentro<br />

das empresas, ou seja,<br />

a cultura da inovação<br />

precisa da coletividade”,<br />

resume.<br />

ARAPONGAS<br />

EM EVIDÊNCIA<br />

O município de Arapongas (PR), tem cerca<br />

de 124 mil habitantes e encontra na indústria<br />

moveleira sua principal força. O segmento é o<br />

que mais emprega no município, fazendo da cidade<br />

a maior produtora de móveis do país. De<br />

acordo com Irineu Munhoz, presidente do SIM<br />

(Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas),<br />

são cerca de 270 empresas do segmento<br />

no município. Juntas, elas empregam cerca de<br />

10 mil pessoas de forma direta. O segmento começou<br />

a se estruturar em Arapongas por volta<br />

da década de 1970, quando a região deixou de<br />

ser produtora de café. As primeiras empresas<br />

do setor começaram a surgir e não tardou para<br />

a vocação se espalhar pelo município e por cidades<br />

do entorno.<br />

Foto: divulgação<br />

14 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


CONTRÁRIO ÀS MEDIDAS DE ZONEAMENTO DIVULGADAS, CIPEM-MT<br />

PROPÕE MAIOR ESTUDO TÉCNICO E REFORÇA QUE PROPOSIÇÕES<br />

DE ZSEE-MT DEVEM ALINHAR CONSERVAÇÃO E PRODUÇÃO<br />

O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras<br />

de Madeira do Estado de Mato Grosso (CIPEM- MT),<br />

enquanto membro da Comissão Estadual de<br />

Zoneamento Socioeconômico Ecológico – CEZSEE e<br />

entidade representativa do Setor Produtivo da Base<br />

Florestal organizada, avaliou como improcedente<br />

algumas proposições de ZSEE elaboradas e<br />

apresentadas neste primeiro trimestre de <strong>2021</strong> e,<br />

portanto, se coloca contrário às ampliações e<br />

criações de Unidades de Conservação previstas no<br />

estudo do ZSEE-MT, nas proposições de número 3.2.1<br />

a 3.2.5.<br />

Um adendo aqui necessário, anterior aos informes<br />

e esclarecimentos prestados pelo Cipem, é a<br />

explicação sobre o que defende o Zoneamento<br />

Socioeconômico e Ecológico. O ZSEE surgiu da<br />

necessidade de se repensar o uso e a ocupação do<br />

solo. Na prática, trata-se de um mecanismo de<br />

planejamento e gestão que concilia a<br />

sustentabilidade ao desenvolvimento socioeconômico.<br />

Desse modo, o ZSEE propõe a divisão do território<br />

em zonas e, com base nas informações sobre as<br />

respectivas potencialidades e limitações, nos âmbitos<br />

socioeconômico e ambiental, define-se que ações<br />

poderão ser desenvolvidas em cada zona.<br />

Apresentadas as primeiras explicações substanciais<br />

sobre a proposta de ZSEE, o Cipem declara que se<br />

opõe aos itens a seguir, extraídos e resumidos a<br />

partir do documento disponibilizado para consulta<br />

pública:<br />

“3.2.1 Ampliação da Reserva Extrativista Guariba<br />

Roosevelt em 50.612 hectares. Justificativa:<br />

Necessidade de adequação nos limites da unidade<br />

de conservação. Existe em seu interior uma área de<br />

difícil acesso.<br />

3.2.2 Ampliação da EC dos Rios Roosevelt e<br />

Madeirinha em 79.582 hectares. Justificativa:<br />

Necessidade de unificação das áreas para facilitar<br />

sua implementação e fortalecer a conservação da<br />

biodiversidade.<br />

3.2.3 Criação de APA no Rio Manissauá-Miçu,<br />

englobando os municípios de Cláudia, Marcelândia e<br />

outros quatro municípios. Justificativa: Apesar da<br />

presença de manejo florestal sustentável, de<br />

assentamentos rurais e de imóveis rurais que<br />

dificultariam a criação de uma unidade de<br />

conservação de proteção integral e de domínio<br />

público, é extremamente importante que se crie uma<br />

unidade de conservação para o uso sustentável dos<br />

produtos da sociobiodiversidade, como a<br />

castanha-do-brasil.<br />

3.2.4 Ampliação dos limites das ECʼs do Rio<br />

Ronuro, de área total de 26.622 hectares, no<br />

município de Nova Ubiratã, com o objetivo de<br />

preservação da natureza e realização de pesquisas<br />

científicas. Justificativa: Necessidade de adequação<br />

dos limites para facilitar a gestão da unidade de<br />

conservação.<br />

3.2.5 Criação de APA no Rio Xingu, nos municípios<br />

de Paranatinga, Nova Ubiratã e Gaúcha do Norte<br />

para proteção de suas nascentes, considerando uma<br />

área total de 1.413.867 hectares. Justificativa:<br />

Conservar processos naturais e da biodiversidade,<br />

como diversos ambientes: florestais, savanas e de<br />

proteção dos rios formadores da bacia do Rio<br />

Xingu.”<br />

Confira o texto na integra em nosso site:<br />

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NOTAS<br />

TAXA EXTERNA<br />

Depois de reduzir em 10% as tarifas de importação de máquinas,<br />

computadores e celulares, o Ministério da Economia quer<br />

estender o benefício aos demais produtos tarifados em conjunto<br />

com os países do Mercosul. Em nota oficial, o Ministério<br />

da Economia informou que a TEC (Tarifa Externa Comum) está<br />

desatualizada e é alta para os padrões atuais. “Trabalhamos<br />

pela redução transversal das nossas tarifas de importação, que<br />

passam pela modernização da TEC do Mercosul, que data de<br />

1995 e não mais reflete a realidade produtiva atual. Estamos<br />

em negociação com nossos parceiros do Mercosul para uma<br />

redução de 10% em todas as alíquotas. A base dessa negociação<br />

são os princípios da transversalidade, previsibilidade e<br />

gradualismo”, informou a pasta. A nota veio após reação de<br />

parte da indústria brasileira, que considerou que a medida<br />

anunciada prejudica diversos fabricantes nacionais de bens de<br />

capital (máquinas e equipamentos usados na produção) e de<br />

bens de informática e de telecomunicações. Segundo o Ministério<br />

da Economia, o país pode iniciar medidas de abertura<br />

comercial, porque o custo Brasil (custo para manter empresas)<br />

diminuiu com uma série de reformas recentes.<br />

Foto: divulgação<br />

ELEVAÇÃO<br />

DE JUROS<br />

Em meio ao aumento da inflação de alimentos que<br />

começa a se estender por outros setores, o BC (Banco<br />

Central) subiu os juros básicos da economia pela<br />

primeira vez em quase 6 anos. Por unanimidade, o<br />

COPOM (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa<br />

Selic de 2% para 2,75% ao ano. A decisão surpreendeu<br />

os analistas financeiros, que esperavam uma elevação<br />

para 2,5% ao ano. Com a decisão, a SELIC subiu pela<br />

primeira vez desde julho de 2015, quando tinha sido<br />

elevada de 13,75% para 14,25% ao ano. A taxa permaneceu<br />

nesse nível até outubro de 2016, quando o<br />

COPOM voltou a reduzir os juros básicos da economia<br />

até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de<br />

2018. Em julho de 2019, a SELIC voltou a ser reduzida<br />

até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada<br />

pela contração econômica gerada pela pandemia<br />

de Covid-19. Esse foi o menor nível da série histórica<br />

iniciada em 1986.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

RUMO AO TOPO<br />

O Estado do Paraná é a segunda unidade da federação que<br />

mais exporta madeira serrada e compensada, atrás somente<br />

de Santa Catarina. É o que indicam dados do MAPA (Ministério<br />

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) coletados<br />

entre janeiro e novembro de 2020 e divulgados nos primeiros<br />

meses de <strong>2021</strong>. Segundo o estudo, o Paraná tem mais de um<br />

milhão de hectares de área plantada de pinus e eucalipto,<br />

sendo que os EUA (Estados Unidos da América) são o principal<br />

cliente da madeira paranaense. De janeiro a novembro<br />

do ano passado, a exportação para o país somou US$ 570<br />

milhões. A qualidade, a quantidade e o preço da madeira plantada no estado são um dos principais diferenciais, já que 100%<br />

do produto é aproveitado. Mesmo assim, empresários do ramo acreditam que a produção poderia ser ainda maior. “A expansão<br />

para áreas de plantio a gente vê como uma dificuldade dentro do estado, hoje, pela concorrência com a agricultura, mas<br />

estamos melhorando muito na parte industrial. Acho que uma coisa vem compensando com a outra. Estamos usando melhor<br />

o produto, tendo um aproveitamento melhor da madeira”, afirmou o empresário Álvaro Scheffer Júnior ao programa: Caminhos<br />

do Campo; da afiliada local da Rede Globo.<br />

16 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

IMPOSTOS<br />

DE IMPORTAÇÃO<br />

O Diário Oficial da União publicou em fevereiro as resoluções<br />

que reduzem e zeram as alíquotas do Imposto de<br />

Importação sobre diversos bens de capital e equipamentos<br />

de informática e telecomunicações. A medida foi anunciada<br />

após ser aprovada pelo GECEX (Comitê Executivo de Gestão),<br />

da CAMEX (Câmara de Comércio Exterior do Ministério<br />

da Economia). Os bens de capital são máquinas e equipamentos usados na produção. Em nota, na ocasião da aprovação<br />

na Camex, o Ministério da Economia informou que a medida vai reduzir custos e aumentar a competitividade de diversos<br />

setores da economia e beneficiar os consumidores, que pagarão menos para comprar itens como computadores e celulares.<br />

Por causa da desvalorização do real no último ano, esses produtos tiveram alta considerável de preços no país. As Resoluções<br />

número 171/21 e número 172/21 especificam os bens de capital, de diversos setores, e equipamentos de informática<br />

e telecomunicações que tiveram as alíquotas zeradas. No caso da Resolução número 173/21, são os produtos que tiveram a<br />

alíquota de importação reduzida. De acordo com o Ministério da Economia, os preços deverão ficar de 2% a 5% mais baratos<br />

para o consumidor e a medida provocará perda de arrecadação de R$ 1,4 bilhão este ano.<br />

MICRO E<br />

PEQUENAS EMPRESAS<br />

As micro e pequenas empresas lideraram a geração de empregos<br />

em janeiro no país, criando aproximadamente 195,6<br />

mil vagas, o que corresponde a cerca de 75% do total de<br />

260.353 empregos formais registrado no mês. Os números<br />

constam de relatório elaborado pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro<br />

de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), com base<br />

nos dados de janeiro do CAGED (Cadastro Geral de Empregados<br />

e Desempregados). O resultado também é quase o<br />

dobro do número de empregados gerado pelo segmento<br />

no mesmo mês do ano passado. Este é o sétimo mês consecutivo<br />

em que os pequenos negócios lideraram a geração<br />

de postos de trabalho no país. O relatório mostra ainda que<br />

as médias e grandes empresas também registraram saldo<br />

positivo na geração de empregos. Foram 668.257 admissões<br />

contra 626.653 desligamentos, resultando em um saldo positivo<br />

de 41.604 empregos. Esse número equivale a 15,9% do<br />

total de empregos gerados no Brasil.<br />

Foto: divulgação<br />

ATIVIDADE<br />

ECONÔMICA<br />

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da<br />

Economia manteve a projeção para o crescimento da<br />

economia este ano e elevou a estimativa para a inflação,<br />

por influência da alta nos preços dos alimentos.<br />

As projeções estão no Boletim MacroFiscal. A estimativa<br />

para o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) foi<br />

mantida em 3,2%, em relação ao boletim divulgado<br />

em novembro do ano passado. O PIB é a soma de todos<br />

os bens e serviços produzidos no país. “As incertezas<br />

são elevadas com os desafios de enfrentamento<br />

à pandemia, mas deve-se considerar os indicadores<br />

no primeiro bimestre que apontam continuidade da<br />

recuperação da atividade econômica”, informou a<br />

SPE. “Contudo, o desempenho da economia no mês<br />

de março ainda é incerto, devido a novos fatores que<br />

estão surgindo em decorrência da pandemia, como a<br />

maior rigidez das regras de distanciamento, e afetam a<br />

atividade econômica”, acrescentou.<br />

Foto: divulgação Foto: divulgação<br />

18 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


10 anos de muitas histórias,<br />

10 anos de conquistas e<br />

10 anos de muita paixão<br />

pelo setor madeireiro


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

MERCADO AMERICANO<br />

Em meio às adversidades de um período que restringiu a economia,<br />

a produção e a mobilidade em todos os mercados ao redor<br />

do mundo, a indústria brasileira de móveis e colchões mostrou,<br />

mais do que nunca, sua força e potencial de expansão. Dando<br />

sequência à trajetória positiva do último ano, as exportações moveleiras<br />

em janeiro de <strong>2021</strong> apresentaram crescimento de 36,9%<br />

comparando-se a igual mês de 2020. Os dados atualizados são do<br />

estudo: Monitoramento das Exportações; parte do conjunto de<br />

ações mensais de inteligência comercial e competitiva do Projeto<br />

Brazilian Furniture, realizado pela ABIMÓVEL (Associação Brasileira<br />

das Indústrias do Mobiliário) em parceria com a APEX-Brasil<br />

(Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).<br />

Destaque para a exportação de estofados, que no primeiro mês<br />

do ano cresceu 47,4% na comparação com janeiro de 2020. Nas<br />

demais categorias monitoradas pelo estudo, os números também<br />

são animadores: colchões, 44,2%; móveis de madeira, 36%; e<br />

móveis de metal, 27,2%, demonstrando, assim, oportunidades de<br />

internacionalização em todos os segmentos.<br />

SETOR<br />

INDUSTRIAL<br />

A ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de<br />

Madeira Processada Mecanicamente) passa a<br />

ter mais uma importante representação institucional<br />

para apresentar as demandas do setor<br />

industrial madeireiro. A Associação integra<br />

desde fevereiro o Grupo de Trabalho da OCDE<br />

(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento<br />

Econômico). A entidade atuará ao lado<br />

da Diretoria de Desenvolvimento <strong>Industrial</strong> e<br />

Economia da CNI (Confederação Nacional da<br />

Indústria). O objetivo é contribuir para a pauta<br />

de temas de interesse da indústria brasileira<br />

e elaborar estudos que apoiem a adesão do<br />

Brasil à OCDE. A participação do país na Organização<br />

é considerada pelo setor industrial uma<br />

conquista importante que poderá contribuir<br />

para a modernização regulatória e das estruturas<br />

brasileiras de governança.<br />

Foto: divulgação<br />

CONFIANÇA<br />

NA INDÚSTRIA<br />

O ICEI (Índice de Confiança do Empresário <strong>Industrial</strong>), da CNI<br />

(Confederação Nacional da Indústria), mostra que o empresário<br />

está confiante. No entanto, o indicador recuou 5,1 pontos em março<br />

em relação a fevereiro deste ano, quando caiu de 59,5 pontos<br />

para 54,4 pontos. O índice está acima da linha divisória dos 50<br />

pontos, que separa confiança da falta de confiança. De acordo<br />

com o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, essa é a<br />

terceira maior queda mensal da série, inferior somente às registradas<br />

em junho de 2018, logo após a paralisação dos caminhoneiros, e em abril de 2020, devido à pandemia do novo coronavírus.<br />

“Quando olhamos o índice, ele mostra confiança do empresário. Esse valor de 54,4 pontos está, inclusive, acima da<br />

média histórica do ICEI. Mas a queda expressiva na passagem de fevereiro para março nos faz um alerta. A confiança existe,<br />

mas já foi maior e está caindo rapidamente. Mostra que os empresários estão percebendo uma piora nas condições atuais<br />

dos seus negócios e nas perspectivas futuras da economia”, explica o economista.<br />

Foto: divulgação<br />

20 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

PRODUÇÃO<br />

INDUSTRIAL<br />

Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de<br />

Geografia e Estatística) na segunda semana de abril<br />

indicam que na passagem de janeiro para fevereiro<br />

deste ano a produção industrial recuou em 10 de 15 locais<br />

pesquisados pelo órgão. As maiores quedas foram<br />

registradas nos Estados do Ceará (-7,7%), Pará (-7,4%)<br />

e Bahia (-5,8%). Paraná (-2,5%), Santa Catarina (-1,5%),<br />

São Paulo (-1,3%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Pernambuco<br />

(-1,1%) e Amazonas (-0,9%) também apresentaram<br />

recuos na produção. Por outro lado, altas foram observadas no Mato Grosso (7,3%), Espírito Santo (4,6%), Goiás (2%), Rio de<br />

Janeiro (1,9%) e Minas Gerais (0,5%). Na comparação com fevereiro do ano passado, também houve quedas em 10 dos 15<br />

locais estudados pelo IBGE, com destaque para Bahia (-20,9%), Pará (-11,4%) e Espírito Santo (-10,1%). Dos cinco locais que<br />

tiveram alta, destacam-se Santa Catarina (8,1%) e Rio Grande do Sul (7,9%).<br />

IMPACTOS<br />

DA COVID-19<br />

O agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil interrompeu<br />

uma sequência de nove altas na atividade industrial<br />

nacional, informou a CNI (Confederação Nacional da Indústria)<br />

no dia 8 de abril. De acordo com a organização, o número de<br />

horas trabalhadas no setor registrou queda de 0,5% em fevereiro<br />

deste ano em comparação com janeiro. Ao mesmo tempo, em<br />

relação a fevereiro de 2020, antes do início da pandemia no país,<br />

foi acumulada alta de 3,5%. Já nos dois primeiros meses de <strong>2021</strong><br />

o indicador teve alta de 4% quanto ao mesmo período do ano<br />

passado. O faturamento da indústria caiu 3,3% em fevereiro, retornando<br />

aos níveis do último mês de novembro. O indicador de<br />

emprego, porém, manteve a sequência de altas, tendo subido<br />

0,4% no segundo mês do ano. Trata-se do sétimo mês consecutivo<br />

de alta do indicador, que ultrapassou o nível pré-pandemia e<br />

está 1,1% acima do registrado em fevereiro de 2020.<br />

Foto: divulgação<br />

AVANÇO<br />

NAS REFORMAS<br />

Em reunião virtual do G20, grupo formado pelos ministros<br />

de finanças e chefes dos bancos centrais das 19<br />

maiores economias do mundo mais a União Europeia,<br />

realizada em 7 de abril, o ministro da Economia do<br />

Brasil, Paulo Guedes, afirmou que o país avança nas<br />

reformas econômicas que têm como objetivo gerar<br />

uma recuperação sustentada. No encontro, Guedes<br />

citou medidas aprovadas recentemente pelos parlamentares<br />

brasileiros, como a autonomia do Banco<br />

Central e a liberalização dos setores de saneamento e<br />

gás natural, além do leilão de 22 aeroportos, que arrecadou<br />

R$ 3,3 bilhões. O ministro também comentou<br />

sobre a intenção de privatizar os Correios e a Eletrobras.<br />

Ainda, Guedes voltou a defender a vacinação em<br />

massa contra a Covid-19 e disse que a recuperação<br />

nacional e global depende da imunização e do avanço<br />

de reformas.<br />

Foto: divulgação Foto: Marcos Corrêa<br />

22 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

BOAS EXPECTATIVAS<br />

O avanço do projeto da Nova Ferroeste, ligação que vai unir<br />

os estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul por trilhos, está<br />

gerando boas expectativas no setor produtivo paranaense. O<br />

estudo preliminar de demanda e traçado elaborado pelo Governo<br />

do Paraná já foi concluído. “Finalmente um governo fez<br />

o caminho certo: contratar um estudo de viabilidade para detalhar<br />

a ferrovia. É um projeto importantíssimo, cercado de muita<br />

expectativa, e que há anos era aguardado por quem produz no<br />

Paraná”, afirmou João Arthur Mohr, gerente de Assuntos Estratégicos<br />

da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná).<br />

Segundo Mohr, para grandes deslocamentos, a ferrovia é mais<br />

econômica e também mais amigável do ponto de vista ambiental,<br />

vez que gera uma emissão de carbono menor na atmosfera.<br />

O PIB (Produto Interno Bruto) industrial do Paraná em 2018, último<br />

dado disponível, foi de R$ 93,7 bilhões, 7,1% do PIB industrial<br />

nacional. Trata-se do quarto maior do País, atrás apenas de<br />

São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.<br />

Foto: divulgação<br />

DÓLAR NAS<br />

ALTURAS<br />

Depois dos movimentos do dólar em março, mês<br />

marcado por um quadro mais favorável da economia<br />

norte-americana, o BTG Pactual elevou suas<br />

projeções da moeda para o fim de <strong>2021</strong> e 2022.<br />

Segundo o banco, num cenário de maior gasto público<br />

e alta forte do risco-país, a cotação do dólar<br />

poderia encerrar o ano em R$ 6,40. “O principal risco<br />

negativo para o nosso cenário de câmbio é uma<br />

sinalização de deterioração adicional das contas<br />

públicas do país”, pontuou, em nota, o banco. De<br />

acordo com os especialistas, dentre os fatores locais<br />

que levaram à revisão dos números estão o agravamento<br />

da crise sanitária, maiores riscos fiscais e uma<br />

maior percepção de intervencionismo na economia,<br />

desencadeada pela troca de comando da Petrobras.<br />

“Enquanto a pandemia do novo coronavírus não<br />

for controlada e a incerteza permanecer elevada, é<br />

possível que a taxa de câmbio alcance patamares<br />

ainda mais depreciados antes de iniciar trajetória de<br />

apreciação sugerida pelos fundamentos”, completou<br />

a instituição.<br />

Foto: divulgação<br />

IMPULSIONANDO<br />

O COMÉRCIO EXTERIOR<br />

Durante o lançamento da Agenda Internacional da Indústria<br />

<strong>2021</strong>, representantes da indústria, do governo federal e do<br />

Congresso Nacional defenderam a implementação de ações<br />

que contribuam para a recuperação do comércio exterior.<br />

Entre elas está a abertura comercial por meio de acordos<br />

equilibrados e do aprofundamento da agenda econômica do<br />

Mercosul. O documento, lançado pela Confederação Nacional<br />

da Indústria, reúne 111 ações distribuídas em quatro eixos de<br />

atuação: política comercial; serviços de apoio à internacionalização; ações em mercados estratégicos, e cooperação internacional.<br />

O superintendente de Desenvolvimento <strong>Industrial</strong> da CNI, João Emilio Gonçalves, afirmou que o cenário é de queda<br />

no comércio exterior, o que demanda uma série de ações coordenadas para aumentar a competitividade da indústria. “A<br />

agenda apresenta várias frentes de trabalho, desde acordos comerciais, passando pela competitividade do comércio até<br />

o cumprimento de regras justas nessa área”, disse o superintendente. “Enfatizo que a CNI é historicamente defensora da<br />

abertura comercial por meio de acordos importantes para o desenvolvimento do nosso país”, ressaltou.<br />

Foto: divulgação<br />

24 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

CRESCIMENTO<br />

EXPONENCIAL<br />

A madeira é uma das principais responsáveis pelo crescimento<br />

exponencial que vem sendo registrado pela indústria paranaense.<br />

De acordo com dados divulgados em março pelo IBGE (Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial<br />

paranaense cresceu pelo nono mês consecutivo e fechou janeiro<br />

de <strong>2021</strong> com um acréscimo de 1,5% em relação a dezembro<br />

de 2020. Quando comparado com janeiro de 2020, o resultado<br />

obtido no primeiro mês deste ano é ainda mais impactante, com<br />

evolução de 11,5%, a maior da região sul e a segunda maior do<br />

país no período. Os setores da indústria que mais se sobressaíram<br />

no estado foram a fabricação de máquinas, aparelhos e<br />

materiais elétricos, máquinas e equipamentos em geral, veículos<br />

automotores, reboques e carrocerias e produtos de madeira.<br />

“O resultado demonstra que o Paraná é muito forte. A indústria<br />

conseguiu crescer mesmo em meio à maior crise de saúde pública<br />

dos últimos 100 anos. Mais de 11% em relação a janeiro de<br />

2020. Ou seja, em relação a um período em que o coronavírus<br />

ainda não havia sido identificado em nosso Estado, o que torna<br />

o resultado ainda mais relevante”, destacou o governador Carlos<br />

Massa Ratinho Junior. Para o chefe do executivo estadual, os<br />

saldos positivos obtidos pelo setor industrial de forma consecutiva<br />

demonstram que o Paraná conseguiu equilibrar economia e<br />

saúde durante a pandemia.<br />

Foto: divulgação<br />

COMBATE À PRAGA<br />

A EMBRAPA Florestas disponibilizou, recentemente, a<br />

versão atualizada de seu material - Vespa-da-madeira:<br />

monitoramento, detecção e controle -, com novas<br />

informações sobre o manejo integrado da praga,<br />

considerada um dos maiores problemas dos plantios<br />

de pinus no Brasil. O uso de agentes de controle<br />

biológico, associado ao manejo florestal adequado,<br />

tem permitido a redução dos danos provocados pela<br />

vespa-da-madeira (Sirex noctilio). Utilizando-se corretamente<br />

as medidas de prevenção e controle existentes,<br />

é possível reduzir as perdas em pelo menos 70% e<br />

manter a praga sob controle. O material é, então, um<br />

apoio aos produtores de pinus no país para todas as<br />

atividades relacionadas ao manejo integrado do bicho.<br />

A EMBRAPA Florestas também está divulgando pequenos<br />

vídeos com lembretes sobre as práticas mais<br />

importantes de controle à vespa-da-madeira. A ideia é<br />

reforçar mensagens e lembretes sobre práticas importantes<br />

a cada época do ano. O programa de manejo<br />

integrado do inseto preconiza o uso de tecnologias<br />

ambientalmente corretas, visto que recomenda o uso<br />

de técnicas silviculturais para a prevenção e o controle<br />

biológico que não provocam qualquer contaminação<br />

ambiental. Os vídeos de ações de combate à praga<br />

podem ser acessados no site oficial da EMBRAPA:<br />

www.embrapa.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

BOAS PRÁTICAS<br />

Cerca de 95% dos trabalhadores da indústria paranaense têm orgulho<br />

de dizer que trabalham nas respectivas empresas. No último<br />

ano, 100% das lideranças das indústrias se envolveram nas ações<br />

de promoção à saúde. Esses foram apenas dois dos índices obtidos<br />

por meio dos questionários aplicados às empresas inscritas no<br />

Troféu Sesi 2020, que avalia as melhores práticas em segurança,<br />

saúde e bem-estar, realizado em parceria com o GPTW (Great Place<br />

to Work). Divididas em três categorias, oito indústrias do Estado<br />

receberam o Troféu Sesi e mais de 40 empresas receberam a Certificação<br />

do Troféu Sesi, reconhecendo suas boas práticas ao longo<br />

de 2020. Em sua segunda edição, o Troféu reforçou o compromisso do Sesi no Paraná de incentivar e promover a gestão preventiva<br />

da segurança e saúde nas indústrias, evitando ônus futuros para as empresas e para os próprios colaboradores.<br />

Foto: divulgação<br />

26 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

NOVAS<br />

POSSIBILIDADES<br />

Recentemente, a Coalizão Brasil Clima,<br />

Florestas e Agricultura e o governo<br />

do Estado do Espírito Santo firmaram<br />

uma parceria a favor da silvicultura<br />

de espécies nativas. O objetivo é<br />

cultivar espécies nativas, enriquecer a<br />

biodiversidade, proporcionar segurança<br />

hídrica e expandir a fonte de renda<br />

do produtor. Além de gerar uma nova<br />

fonte de renda, o reconhecimento do<br />

plantio de árvores nativas como atividade<br />

econômica aproxima o Brasil da<br />

meta do Acordo do Clima de Paris de<br />

recuperar 12 milhões de ha (hectares)<br />

de terras degradadas. Líder da Coalizão,<br />

Miguel Calmon, afirmou à Revista<br />

Globo Rural que deseja que o Brasil<br />

supere a fama de produtor de madeira<br />

ilegal da Amazônia e passe a ser conhecido como produtor de madeira legal em áreas degradadas. Ele explicou que o foco<br />

do projeto são produtores de pequeno porte e da agricultura familiar. “Você precisa registrar o seu plantio, ter um cadastro,<br />

para quando cortar a árvore para vender, tenha segurança e possa provar que aquela madeira veio de uma procedência legal.<br />

Esse é o nosso objetivo principal”, pontuou. Para tanto, é preciso esclarecer a legislação sobre esse tipo de cultivo ao pequeno<br />

produtor, para que ele esteja seguro em relação à legalidade da atividade.<br />

Foto: divulgação<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

SUSTENTÁVEL<br />

Foto: divulgação<br />

Para o presidente Jair Bolsonaro, ainda que o setor público seja<br />

decisivo no processo de desenvolvimento sustentável da Amazônia,<br />

os investimentos da iniciativa privada são fundamentais<br />

para a realização prática dos projetos. Foi o que o mandatário<br />

brasileiro afirmou no lançamento da Iniciativa Amazônia, em<br />

meados de março, durante a 61ª Reunião Anual do Conselho de<br />

Governadores do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).<br />

A afirmação foi reforçada pelo ministro da Economia, Paulo<br />

Guedes, que disse: “o aproveitamento sustentável dos recursos<br />

florestais, seja para produção de madeira, seja para o turismo,<br />

gera renda e emprego para as comunidades locais e traz novos<br />

aliados para o combate ao desmatamento ilegal.” Guedes citou<br />

o processo de regularização fundiária e destinação de terras da<br />

União, a aprovação do novo marco do saneamento básico e a<br />

política nacional para pagamento por serviços ambientais, que permite a remuneração de iniciativas individuais e coletivas<br />

que favorecem a manutenção e recuperação, além da melhoria dos serviços ecossistêmicos, estimula a conservação dos ecossistemas,<br />

dos recursos hídricos, do solo, da biodiversidade, do patrimônio genético e do conhecimento tradicional associado<br />

a essas atividades.<br />

28 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

MATÉRIA-PRIMA<br />

EM FALTA<br />

Pesquisa divulgada na segunda semana de abril pela<br />

CNI (Confederação Nacional da Indústria), realizada<br />

com 1,8 mil empresas, apontou que a escassez de insumos<br />

e matérias-primas nacionais para a produção<br />

atingiu 73% das companhias nacionais da indústria<br />

geral (extrativa e de transformação) e 72% da indústria<br />

da construção no mês de fevereiro. Com a<br />

escassez de insumos, muitas companhias declararam<br />

dificuldade para atender clientes. Entre os setores<br />

com maior dificuldade para atender às demandas<br />

da clientela estão metalurgia, veículos automotores,<br />

máquinas e equipamentos, móveis, têxteis, celulose<br />

e papel, madeira, máquinas e materiais elétricos,<br />

produtos de metal e material plástico. As dificuldades<br />

atuais, informou a CNI, ainda são resultado<br />

das incertezas que a economia brasileira atravessou<br />

durante a primeira onda da pandemia de Covid-19<br />

em 2020. Na ocasião, muitas empresas cancelaram<br />

a compra de insumos. “A rápida retomada da economia<br />

no segundo semestre de 2020 não pode ser<br />

acompanhada no mesmo ritmo por todas as empresas,<br />

o que gerou dificuldades nos diversos elos<br />

da cadeia”, explicou a entidade. Fora a escassez de<br />

insumos nacionais, as empresas também enfrentam<br />

dificuldades para conseguir matérias-primas importadas,<br />

independentemente do preço dos produtos.<br />

Foto: divulgação<br />

GESTÃO FLORESTAL<br />

As empresas do setor de base florestal têm recebido<br />

visitas técnicas dos representantes do SINDUSMAD (Sindicato<br />

das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de<br />

Mato Grosso) para atualização das mudanças de legislação<br />

que regula a atividade. Ainda, a organização também<br />

tem coletado as reivindicações do segmento para aprimorar<br />

os procedimentos e inovar a gestão florestal. No<br />

primeiro trimestre de <strong>2021</strong>, foram realizadas mais de 180<br />

visitas em empresas em 12 municípios onde o sindicato<br />

tem representatividade. O SINDUSMAD busca esclarecer<br />

dúvidas quanto à modernização do licenciamento ambiental<br />

e reforçar o protocolo de biossegurança para evitar<br />

a propagação da Covid-19. O resultado da ação, até o<br />

momento, foi a filiação de 22 novas empresas ao sindicato.<br />

Diretor executivo do SINDUSMAD, Felliphe Marinho,<br />

ressalta a importância desse trabalho para conhecer as<br />

necessidades de cada indústria e direcionar os trabalhos<br />

de acordo com cada particularidade. “Mesmo trabalhando<br />

de forma remota, sempre tivemos a preocupação de<br />

manter os empresários atualizados quanto às legislações<br />

e os decretos municipais, estaduais e federais, a fim de<br />

passar um posicionamento do que deve ser feito. Isso<br />

traz uma segurança maior aos nossos associados. Mas<br />

quando vamos até o escritório da empresa, verificando a<br />

forma de trabalhar e conhecendo a indústria, é diferente.<br />

É essa aproximação e valorização que o SINDUSMAD<br />

quer proporcionar ao seu associado”, disse Marinho.<br />

Foto: divulgação<br />

30 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


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APLICAÇÃO<br />

TECNOLOGIA<br />

E MADEIRA<br />

Foto: divulgação<br />

Pensa que a madeira não pode se<br />

juntar à tecnologia de smartphones e<br />

tablets? Quem responde a pergunta<br />

é a Flinders, empresa norte-americana<br />

que traz ao mercado peças que<br />

protegem os gadgets e aumentam<br />

sua vida útil. “A madeira é um material<br />

sustentável, que não agride a natureza<br />

e, ainda por cima, protege de<br />

forma única aparelhos eletrônicos.<br />

Foi por isso que escolhemos lançar<br />

nossa coleção By Nature”, defende<br />

a empresa em seu site oficial. O suporte<br />

para iPad custa R$ 120 e está<br />

disponível no portal da empresa na<br />

internet (www.flinders.com.ua).<br />

ESTILO<br />

RÚSTICO<br />

O estilo rústico é uma tendência nos<br />

salões de decoração e design de todo<br />

o mundo. A mesa de centro Slit, confeccionada<br />

pela arquiteta e designer Vivian<br />

Coser, é mais uma peça pensada para<br />

ambientes com esse estilo. A mesa, retangular,<br />

é confeccionada em madeira<br />

mesclada e funciona muito bem na decoração,<br />

aliada com a figuração de livros<br />

coloridos e demais artigos decorativos.<br />

Lançando mão do conceito minimalista,<br />

Coser buscou inspiração nas dobraduras<br />

do origami para desenhar linhas retas<br />

e ousadas, a fim de dar vida a um novo<br />

material, permitindo uma sobreposição<br />

de níveis do tampo, conferindo à peça<br />

movimento e elegância.<br />

Foto: divulgação<br />

32 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


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FRASES<br />

“AS EMPRESAS QUE SE DERAM BEM FORAM ALÉM DA QUEDA DOS<br />

PREÇOS, BUSCANDO CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS. AQUELAS QUE<br />

USARAM A REDUÇÃO DE PREÇOS AFUNDARAM NA CRISE, VEZ QUE<br />

PIORARAM SUA MATÉRIA-PRIMA E O SEU ATENDIMENTO. OS PLAYERS<br />

QUE BUSCAM A QUEDA DOS PREÇOS EM CRISES TENDEM A PERDER<br />

ESPAÇO NA INDÚSTRIA, POIS PERDEM CREDIBILIDADE, JÁ QUE TENDEM<br />

A ENTREGAR PRODUTOS DE PIOR QUALIDADE. QUEM BUSCOU FOCAR<br />

NOS MERCADOS DE NICHO, HOJE EM EXPANSÃO NO SETOR DE MÓVEIS<br />

BRASILEIRO, VENCEU A DISPUTA”<br />

“A<br />

FABRICAÇÃO<br />

DE MÓVEIS É<br />

UMA VOCAÇÃO<br />

DO PARANÁ<br />

E É MUITO<br />

IMPORTANTE QUE O<br />

PARANAENSE SAIBA<br />

DISSO. PRODUZIMOS<br />

NO ESTADO MÓVEIS<br />

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APURADO. MAS ARAPONGAS,<br />

INDIVIDUALMENTE, É O<br />

MUNICÍPIO QUE MAIS FABRICA<br />

MÓVEIS NO PAÍS. ISSO FAZ COM<br />

QUE A CIDADE SEJA A CAPITAL<br />

MOVELEIRA DO BRASIL”<br />

MARCELO VILLIN PRADO, DIRETOR DO IEMI (INTELIGÊNCIA<br />

DE MERCADO), SOBRE COMO A INDÚSTRIA TEM SE<br />

READEQUADO DURANTE A PANDEMIA<br />

“A COISA MAIS IMPORTANTE PARA FAZER<br />

AGORA É A VACINAÇÃO EM MASSA. ISSO TRAZ DOIS<br />

EFEITOS IMPORTANTES. DERRUBAMOS O DESEMPREGO<br />

E A TAXA DE MORTALIDADE RÁPIDO. ASSIM, TODOS<br />

NÓS VOLTAMOS AO TRABALHO. SE A RESULTANTE FOR<br />

NEGATIVA, OU VOU SER DEMITIDO, OU ME DEMITIR”<br />

PAULO GUEDES, MINISTRO DA ECONOMIA<br />

IRINEU MUNHOZ,<br />

PRESIDENTE DO<br />

SIMA (SINDICATO<br />

DAS INDÚSTRIAS<br />

DE MÓVEIS DE<br />

ARAPONGAS)<br />

“O SIMOVALE TEM FEITO O<br />

POSSÍVEL E O IMPOSSÍVEL PARA<br />

REVERTER OS PROBLEMAS GERADOS<br />

PELA PANDEMIA. TODOS ESTÃO<br />

SOFRENDO OS IMPACTOS E ESTAMOS<br />

BUSCANDO RECURSOS COM O<br />

PODER PÚBLICO PARA SOCORRER AS<br />

NECESSIDADES DE TODOS”<br />

Foto: divulgação<br />

ILSON RAFAELI, PRESIDENTE DO<br />

SIMOVALE (SINDICATO PATRONAL DA<br />

INDÚSTRIA MADEIREIRA E MOVELEIRA)<br />

34 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


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ENTREVISTA<br />

ANO<br />

DA RETOMADA<br />

YEAR OF<br />

RESUMPTION<br />

M<br />

esmo com a retração da economia brasileira<br />

em 2020, a coordenadora do Boletim<br />

Macro do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia),<br />

da FGV (Fundação Getúlio Vargas),<br />

Silvia Matos, acredita que com o avanço da<br />

vacinação, a recuperação da atividade econômica deve se<br />

acelerar e o PIB (Produto Interno Bruto) pode fechar <strong>2021</strong><br />

com um crescimento de 3,5%. Em entrevista, a especialista<br />

traz seu ponto de vista sobre o atual cenário e prevê um importante<br />

segundo semestre para o Brasil. Confira:<br />

ENTREVISTA<br />

E<br />

ven with the downturn in the Brazilian economy in<br />

2020, Silvia Matos, Coordinator of the Brazilian Institute<br />

of Economic’s Boletim Macro (Ibre), Getúlio<br />

Vargas Foundation (FGV), believes that with the<br />

advance of vaccination, the recovery of economic<br />

activity should accelerate and GDP can end <strong>2021</strong> with a growth<br />

of 3.5%. The specialist gives us her perspective on the current<br />

scenario and predicts an excellent second semester for Brazil in<br />

the interview. Check out below:<br />

SILVIA MATOS<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: DOUTORA E MESTRE<br />

EM ECONOMIA PELA EPGE-FGV (ESCOLA DE PÓS-<br />

GRADUAÇÃO EM ECONOMIA)<br />

CARGO: COORDENADORA DO BOLETIM MACRO DO<br />

IBRE (INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA) DA FGV<br />

(FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS)<br />

Foto: divulgação<br />

PROFESSIONAL EDUCATION: M.SC. AND PH.D., GRADUATE SCHOOL<br />

OF ECONOMICS, GETÚLIO VARGAS FOUNDATION (FGV)<br />

FUNCTION: COORDINATOR OF THE BRAZILIAN INSTITUTE OF<br />

ECONOMICS’ BOLETIM MACRO (IBRE), GETÚLIO VARGAS FOUNDATION<br />

(FGV)<br />

36 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


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ENTREVISTA<br />

QUAIS FORAM OS PRINCIPAIS IMPACTOS DA<br />

PANDEMIA NO SETOR PRODUTIVO EM 2020?<br />

Foi um ano atípico para qualquer país e, sem dúvidas,<br />

ainda mais desafiador para o Brasil. Aqui, a pandemia<br />

ocorreu em um momento ainda de muitas fragilidades.<br />

Essa é uma questão importante. O Brasil tinha<br />

passado por uma recessão muito dura, que teve início<br />

em 2014 e durou até 2016, mas foi uma saída atípica,<br />

de baixo crescimento. Algo muito estranho ocorreu na<br />

economia brasileira. É natural ter um crescimento rápido<br />

ao sair da recessão, mas o que tivemos foram anos<br />

de baixo crescimento e produtividade, com o mercado<br />

de trabalho ruim e de informalidade, além de desafios<br />

fiscais. Então veio a pandemia, que exige muito do<br />

setor público. Diferentemente de uma crise financeira,<br />

na qual você faz políticas monetárias e consegue se<br />

recuperar, é necessária a transferência de renda. Nesse<br />

aspecto, o Brasil teve um choque atenuado por investir<br />

fortemente em políticas fiscais, similar aos países ricos,<br />

tanto que o resultado do PIB no segundo trimestre<br />

foi uma queda menor do que a registrada em outras<br />

nações. Tivemos uma queda menor por gastar mais.<br />

Naturalmente, depois de o Brasil fazer políticas fiscais<br />

fortes, veio a recuperação.<br />

E NA INDÚSTRIA, DE FORMA GERAL?<br />

Com protocolos rígidos, foi possível conviver com<br />

a pandemia. A indústria sofreu no início pelo lockdown<br />

severo, e as cadeias de produção pararam, mas com a<br />

normalização das cadeias, a indústria pode funcionar<br />

com a pandemia. É difícil de entender, mas é interessante<br />

do ponto de vista da organização produtiva. Outro<br />

fato é que as pessoas receberam renda e não puderam<br />

consumir serviços, então a poupança aumentou<br />

e a renda foi para o consumo de bens. Alguns setores<br />

da indústria foram muito favorecidos, como os de bens<br />

não duráveis e de bens farmacêuticos, relacionados à<br />

saúde. A indústria de bens também demanda um intermediário<br />

produzido pela própria indústria, então criou-<br />

-se esse ciclo virtuoso. Isso é um padrão dos países e<br />

isso é muito bom. Nem todos os setores se beneficiam<br />

tão rapidamente.<br />

QUAIS SÃO AS PERSPECTIVAS PARA <strong>2021</strong>?<br />

É um desafio grande. Poderíamos imaginar uma<br />

recuperação muito rápida com a vacinação. Muitos<br />

países já estão em ritmo rápido de vacinação. Começamos<br />

<strong>2021</strong> com uma onda mais forte de novos casos<br />

da doença. Caso tivéssemos a vacinação acontecendo<br />

muito rápido, poderíamos ter perspectivas melhores.<br />

Os EUA (Estados Unidos da América) vão crescer muito<br />

esse ano, porque têm espaço para crescer com políticas<br />

expansionistas e fiscais. O Brasil não, porque gastamos<br />

muito no ano passado e não temos orçamento.<br />

WHAT WERE THE SIGNIFICANT IMPACTS OF<br />

THE PANDEMIC ON THE PRODUCTIVE SECTOR IN<br />

2020?<br />

It was an atypical year for any country and undoubtedly<br />

even more challenging for Brazil. Here, the pandemic<br />

still occurred at a time of several weak economic<br />

activities. That’s an important issue. Brazil had gone<br />

through a brutal recession, which began in 2014 and<br />

lasted until 2016, but recovery was atypical, with low<br />

growth. Something extraordinary had occurred in the<br />

Brazilian economy. It is natural to have rapid growth coming<br />

out of recession, but we had years of low growth<br />

and productivity with a bad labor market, much informality,<br />

and fiscal challenges. Then came the pandemic,<br />

which required a lot from the Public Sector. Unlike a<br />

financial crisis, in which you create monetary policies<br />

and recover, income transfer is necessary. In this respect,<br />

Brazil had a shock mitigated by investing heavily<br />

in fiscal policies, similar to rich countries, so much so<br />

that the resulting GDP in the second quarter of 2020<br />

fell less than that recorded in other countries. We had a<br />

lower fall due to spending more. Naturally, after Brazil<br />

created solid fiscal policies, recovery came.<br />

AND IN INDUSTRY IN GENERAL?<br />

With strict protocols, it was possible to live with the<br />

pandemic. Industry suffered at first from the severe lockdowns,<br />

and production chains were broken, but with<br />

the normalization of the chains, industry began to work<br />

with the pandemic. It’s hard to understand, but it’s interesting<br />

from the point of view of the productive organization.<br />

Another fact is that people received income but<br />

could not consume services, so savings increased while<br />

the added income went to the consumption of goods.<br />

Some <strong>Industrial</strong> Sectors have been highly favored, such<br />

as non-durable goods and health-related pharmaceuticals.<br />

The goods industry also demands intermediary<br />

inputs produced by industry itself, so this virtuous cycle<br />

was created. That’s a country standard, and that’s very<br />

good. But not all sectors benefited so quickly.<br />

ACHO QUE É POSSÍVEL<br />

CRESCER EM TORNO DE<br />

3,5% EM <strong>2021</strong>, MAS É UM ANO<br />

MUITO DESBALANCEADO: UM<br />

PRIMEIRO SEMESTRE MUITO RUIM E<br />

O SEGUNDO MUITO BOM<br />

38 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


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ENTREVISTA<br />

Temos que criar esse espaço para poder estender<br />

benefícios.<br />

E A QUESTÃO FISCAL?<br />

De um lado, a economia pede mais benefícios -<br />

porque é uma demanda legítima, uma vez que ainda<br />

temos fragilidades -; do outro, o fiscal, ainda não há<br />

equilíbrio. Não só não nos preparamos para uma vacinação<br />

em massa como também não discutimos sobre<br />

o orçamento para eventual extensão dos benefícios.<br />

Criam-se duas incertezas: como vamos vacinar e como<br />

vamos discutir mais auxílio e sustentabilidade fiscal? A<br />

palavra é incerteza, e incerteza é algo péssimo para a<br />

recuperação econômica.<br />

O QUE PODEMOS ESPERAR PARA O PIB?<br />

Acreditamos que o PIB do primeiro trimestre vai<br />

contrair pouco, em torno de 0,5%. À medida que<br />

avançarmos e conseguirmos superar a questão da<br />

vacinação, vamos recuperar bastante no segundo semestre.<br />

Acho que é possível crescer em torno de 3,5%<br />

em <strong>2021</strong>, mas é um ano muito desbalanceado: um<br />

primeiro semestre muito ruim e o segundo muito bom.<br />

Depois da vacina, vamos ver a retomada, com pessoas<br />

consumindo serviços e emprego e renda voltando.<br />

QUE OUTRAS MEDIDAS PODERIAM SER APRO-<br />

VADAS PARA MELHORAR O AMBIENTE DE NEGÓ-<br />

CIOS?<br />

Uma discussão que permeia a pandemia é o controle<br />

dos gastos obrigatórios. A PEC do teto é muito<br />

importante, mas sozinha é uma muleta, um atalho para<br />

conseguir sustentabilidade. Não se sustenta a longo<br />

prazo porque é preciso reduzir os gastos obrigatórios.<br />

Nós conseguimos reduzir os gastos da Previdência,<br />

mas essa é a primeira etapa. Quais são os outros gastos<br />

obrigatórios? Primeiro: funcionalismo público. Nós<br />

temos espaço para redução de gastos com funcionários<br />

públicos e com políticas que entram nos gastos<br />

chamados de tributários.<br />

DIFERENTEMENTE DE UMA<br />

CRISE FINANCEIRA, NA QUAL<br />

VOCÊ FAZ POLÍTICAS MONETÁRIAS E<br />

CONSEGUE SE RECUPERAR, [EM UMA<br />

PANDEMIA] É NECESSÁRIA A<br />

TRANSFERÊNCIA DE RENDA<br />

WHAT ARE THE PROSPECTS FOR <strong>2021</strong>?<br />

There will be immense challenges. We can imagine<br />

a very rapid recovery with vaccinations, and many<br />

countries have already in a rapid rate of immunization.<br />

We started <strong>2021</strong> with a more substantial wave of new<br />

cases of the virus. If we had a faster vaccination rate,<br />

we might have better prospects. The United States will<br />

grow a lot this year because it has room to grow with<br />

expansionary and fiscal policies. Brazil can’t because<br />

we spent a lot last year and we don’t have the funds.<br />

We have to create space in the budget to be able to<br />

extend benefits.<br />

THEN IT IS A FISCAL QUESTION?<br />

On the one hand, the economy demands more benefits<br />

— because it is a legitimate demand, but we still<br />

have weaknesses; on the other, on the fiscal side, there<br />

is still no balance between tax receipts and expenditures.<br />

Not only are we not prepared for mass vaccination,<br />

but we also have not discussed the way for the possible<br />

extension of benefits. Two uncertainties are created:<br />

how are we going to vaccinate, and how are we going<br />

to provide more aid and fiscal sustainability? The word<br />

is “uncertainty,” and uncertainty is a bad thing for economic<br />

recovery.<br />

WHAT CAN WE EXPECT FOR GDP?<br />

We believe that first-quarter GDP will contract little,<br />

around 0.5%. As we move forward and get over the<br />

issue of vaccination, we will recover a lot in the second<br />

half of the year. I think it is possible to grow around<br />

3.5% in <strong>2021</strong>, but it will be a very unbalanced year: a<br />

terrible first half and an excellent second half. After the<br />

vaccine, we will see a resumption, with people consuming<br />

services and jobs and income coming back.<br />

WHAT OTHER MEASURES COULD BE USED TO<br />

IMPROVE THE BUSINESS ENVIRONMENT?<br />

One discussion that permeates the pandemic is<br />

the control of mandatory spending. The Proposed<br />

Amendment to the Constitution (PEC) calling for a Government<br />

expenditure ceiling is significant, but alone<br />

is just a crutch, a shortcut to achieve sustainability. It<br />

is not sustainable in the long term because it will be<br />

necessary to reduce compulsory spending. We have<br />

managed to reduce social security spending, but this<br />

is just the first step. What about the other mandatory<br />

expenses? First: public service. We have room to reduce<br />

spending on public officials and politicians, which is<br />

classified as the so-called “rates.”<br />

40 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


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A PANDEMIA TROUXE UM NOVO COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES NA BUSCA POR MELHORIAS DAS<br />

RESIDÊNCIAS E POR NOVOS PROJETOS DE EXPANSÃO<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

U<br />

ma indústria que abastece segmentos como<br />

construção civil, embalagens, moveleiro,<br />

energia, infraestrutura, entre outros. Os produtos<br />

processados mecanicamente, entre<br />

eles a madeira serrada, compensados, lâminas,<br />

painéis, molduras, pisos, portas, pellets e biomassa,<br />

fazem parte do cotidiano do mercado interno de forma<br />

expressiva. E para um universo muito grande de empresas,<br />

o consumo do mercado interno é a base de seus negócios<br />

em praticamente todos os estados do país.<br />

Ainda que as exportações representem grande parte<br />

do destino de alguns produtos madeireiros do Brasil, a<br />

diversidade de usos para os produtos, o tamanho e a<br />

capilaridade do mercado nacional são características relevantes.<br />

A grande base produtiva do setor madeireiro nacional<br />

é composta por pequenas e médias empresas, que<br />

se adaptam aos diversos nichos existentes no mercado,<br />

tanto de produtos como em suas áreas de atuação e regionalização<br />

ao redor do país. As condições de demanda<br />

que o mercado interno oferece, indiferentemente da<br />

origem, região e qualidade da madeira, são amplas e<br />

transversais, reforçando o jargão de que há oportunidades<br />

para todos.<br />

Atualmente, estamos presenciando uma recuperação<br />

da confiança do setor em relação às demandas existentes,<br />

que por muito tempo estiveram reprimidas, o que levou<br />

o segmento a enfrentar dificuldades quanto à sustentabilidade<br />

e quanto às tímidas taxas de crescimento nos<br />

últimos anos. O momento é oportuno para o segmento<br />

recuperar perdas e se preparar para um futuro promissor.<br />

Com tanto potencial, as oportunidades em território<br />

nacional tendem a crescer. A retomada da construção civil<br />

brasileira – um dos carros-chefes da economia e grande<br />

Foto: divulgação<br />

consumidora dos produtos madeireiros – já vem sendo<br />

notada em diversas regiões do país e é uma aposta das<br />

empresas. O nível de estoque de produtos de madeira,<br />

tanto nas revendas como na indústria, precisa ser reposto<br />

e realinhado, assim como o segmento de embalagens<br />

industriais de madeira tem mostrado recuperação. Vale<br />

destacar, ainda, que as taxas de inadimplência do setor<br />

estão diminuindo.<br />

A pandemia trouxe um novo comportamento dos<br />

consumidores na busca por melhorias das residências e<br />

por novos projetos de expansão, bem como em relação<br />

a novas construções. O trabalho remoto virou realidade<br />

para vários segmentos e está gerando novas demandas<br />

por otimização de espaços e melhor conforto – e, consequentemente,<br />

em demanda por produtos. Em resumo,<br />

vemos um círculo econômico e de consumo positivo e de<br />

recuperação no mercado interno.<br />

Além disso, o crescimento do uso de produtos de<br />

madeira em sistemas construtivos como o wood frame e<br />

o avanço no desenvolvimento da norma técnica brasileira<br />

para esse modelo são mudanças reais de cenário que<br />

devem impulsionar esse nicho. Com a possibilidade de<br />

aumentar o consumo de produtos para esse fim, muitas<br />

indústrias têm investido no desenvolvimento de novas soluções<br />

e buscado conhecimento sobre a possibilidade de<br />

industrialização de outros produtos que atendam a esse<br />

promissor mercado.<br />

Obviamente, ainda temos muitos desafios. Os custos<br />

logísticos são um fator determinante para o segmento<br />

madeireiro e sempre são avaliados com especial atenção<br />

e critério, por quem produz e pelo comprador. Em muitas<br />

situações, o frete é um fator inibidor para o fechamento<br />

de negócios em um país com a extensão territorial do<br />

Brasil. Preços de combustíveis e de pedágios também<br />

impactam diretamente nos negócios. O atual e complexo<br />

regramento do ICMS (Imposto Sobre Circulação de<br />

Mercadorias e Serviços), com muitos estados praticando<br />

regras distintas, é outro enorme desafio tributário e de<br />

custos para as indústrias produtoras. Outros fatores como<br />

a melhoria em infraestrutura, acesso a crédito e renovação<br />

tecnológica do setor também são urgentes e necessários<br />

para alavancar o desempenho da indústria.<br />

Há muito para melhorar no ambiente de negócios!<br />

Mas a questão fundamental e básica é a manutenção<br />

da demanda e do consumo. Estamos em um momento<br />

positivo, mas todos precisam dar o melhor de si para que<br />

avanços reais aconteçam.<br />

42 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


MÁQUINAS QUE VALORIZAM A MADEIRA!<br />

Br 116, km 140, Santa Cecília, SC vendas@maqdudi.com (49) 3244-2535<br />

/Dudi Máquinas<br />

@dudimaquinas<br />

/Máquinas Dudi


PRINCIPAL<br />

HISTÓRIA<br />

DE SUCESSO<br />

COM INÍCIO COMO PEQUENA<br />

MECÂNICA FAMILIAR, INDÚSTRIA<br />

DE MÁQUINAS PARA MADEIRA<br />

CRESCE E GANHA ESPAÇO NO<br />

MERCADO SUL-AMERICANO<br />

Fotos: divulgação<br />

A SUCCESS STORY<br />

A FOREST PRODUCT MACHINE MANUFACTURER, WHICH<br />

GREW OUT OF A SMALL FAMILY MACHINE SHOP, GAINS<br />

GROUND IN THE SOUTH AMERICAN MARKET<br />

F<br />

undada em agosto de 1995, na cidade de Santa<br />

Cecília, interior de Santa Catarina, por Romeu<br />

Schneider, a Dudi – Máquinas e Equipamentos<br />

começou como uma pequena empresa familiar,<br />

que no início atendia apenas clientes do ramo<br />

madeireiro na manutenção industrial e serviços de torno<br />

e soldas. O bom serviço mostrado pela companhia, que<br />

começou funcionando em uma instalação de apenas 42<br />

m² (metros quadrados), em uma garagem, fez com que a<br />

Dudi Máquinas ascendesse de forma rápida, movimento<br />

que segue firme há 26 anos.<br />

Com o auxílio de seus dois filhos, Rodrigo e Duio, Schneider<br />

chegou a enfrentar dificuldades no começo, assim<br />

como ocorre com vários negócios, mas não tardou para<br />

que a empresa fosse reconhecida por seu atendimento<br />

próximo e seu serviço qualificado.<br />

F<br />

ounded in August 1995, in Santa Cecilia, in<br />

the interior of the State of Santa Catarina,<br />

Dudi - Máquinas e Equipamentos started as<br />

a small family business, which met the needs<br />

of only forest product producers with industrial<br />

maintenance and lathe and welding services. The<br />

Company’s excellent service, which began operations<br />

in a 42 m² facility in the garage of its founder, Romeo<br />

Schneider, led Dudi Máquinas to grow rapidly, a move<br />

that has been going strong for 26 years.<br />

With his two sons, Rodrigo and Duio, Schneider<br />

faced difficulties initially, as happens with many businesses.<br />

Still, it was not long before the Company was<br />

recognized for its being nearby and qualified service.<br />

“Early as September 1997, we acquired a new land,<br />

600 m², to expand our operations. From this moment<br />

44 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


ABRIL <strong>2021</strong> 45


PRINCIPAL<br />

“Logo em setembro de 1997 adquirimos um novo terreno,<br />

de 600 m², para que as operações fossem ampliadas.<br />

A partir deste momento, demos um salto de qualidade<br />

e de produtividade”, relembra Rodrigo Schneider, hoje<br />

diretor da Dudi Máquinas.<br />

Cinco anos depois, com o crescimento da procura por<br />

soluções, a companhia ampliou sua sede e iniciou a fabricação<br />

de máquinas próprias para o segmento industrial<br />

madeireiro. Em abril de 2006, após mais de uma década<br />

de atuação, a empresa já possuía uma estrutura com 2.800<br />

m², sendo 750 deles de área construída.<br />

“A partir daí, a Mecânica Dudi, nosso antigo nome,<br />

transformou-se na Dudi Máquinas e passou a se aprofundar<br />

na fabricação de equipamentos para diversos setores,<br />

principalmente o madeireiro. Desde então, seguimos<br />

ampliando nossas estruturas”, orgulha-se Rodrigo.<br />

Atualmente, a Dudi conta com uma área de 19.200 m²,<br />

localizada às margens da BR-116, um dos principais eixos<br />

rodoviários do país.<br />

Romeu Schneider e os filhos, Duio e<br />

Rodrigo, no início da Dudi Máquinas<br />

on, we have leaped quality and productivity,” recalls<br />

Rodrigo Schneider, CEO of Dudi Máquinas.<br />

Five years later, with the growing demand for solutions,<br />

the Company expanded its operations and<br />

began manufacturing machines for the industrial timber<br />

segment. In April 2006, after more than a decade in<br />

operation, the Company already had a 2.8 thousand m²<br />

industrial area with 750 of them constructed.<br />

“From then on, Mecânica Dudi, our old name,<br />

became Dudi Máquinas and began to manufacture<br />

equipment for various segments, especially harvesting.<br />

Since then, we have continued to expand our structure,”<br />

says CEO Rodrigo. Dudi currently has 19.2 thousand<br />

m², located on the margins of the BR-116, one of the<br />

main highway axes in Brazil.<br />

MAIN PRODUCTS<br />

With an eye on the constant innovations in the<br />

market, Dudi has as one of its main products, the rotary<br />

peeler. The Company also has a line of transporters,<br />

conveyors, moving floors, lift tables, chippers, hoods,<br />

edgers, and graders. In addition to all these, Dudi Máquinas<br />

also manufactures special designs, such as the<br />

recent stacker, a modern vacuum veneer stacker. “Our<br />

commitment is to product quality. My brother and I now<br />

run the Company without being able to count on my<br />

father’s presence, who, unfortunately, has passed away.<br />

It is being run with a family management style, close<br />

to customers, and always with Dudi’s ideals in mind:<br />

responsibility, seriousness, and loyalty to the customer.<br />

These are our big differentials, and these are values we<br />

won’t give up,” says Duio Schneider.<br />

OPERATIONS<br />

With extensive experience in the Forest Product and<br />

Machine Sector, Dudi Máquinas maintains a meaningful<br />

relationship with suppliers and customers in the indus-<br />

46 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


ATUALMENTE, A DUDI<br />

CONTA COM UMA<br />

ÁREA DE 19.200 M²,<br />

LOCALIZADA ÀS MARGENS DA<br />

BR-116, UM DOS PRINCIPAIS<br />

EIXOS RODOVIÁRIOS DO PAÍS<br />

PRINCIPAIS PRODUTOS<br />

De olho nas constantes inovações do mercado, a Dudi<br />

possui entre seus principais produtos a guilhotina rotativa.<br />

A empresa também conta com uma linha de transportadores,<br />

esteiras, pistas transportadoras, mesas elevadoras,<br />

picadores, exaustores, refiladeiras e gradeador de tábuas.<br />

Além de todas essas soluções, a Dudi Máquinas também<br />

não mede esforços para realizar alguns projetos especiais,<br />

caso do recente stacker, moderno empilhador de lâminas<br />

a vácuo.<br />

“Nosso comprometimento é com a qualidade do<br />

produto. Mesmo sem podermos contar com a presença<br />

do meu pai, que já faleceu, infelizmente, meu irmão e<br />

eu seguimos administrando a empresa com uma gestão<br />

familiar e próxima dos clientes, sempre com os ideais da<br />

Dudi na cabeça: responsabilidade, seriedade e lealdade<br />

ao consumidor. Esse é o nosso grande diferencial, pois<br />

são valores dos quais não abrimos mão”, enaltece Duio<br />

Schneider, outro dos proprietários da Dudi Máquinas.<br />

ATUAÇÃO<br />

Com larga experiência no setor madeireiro e metal<br />

mecânico, a Dudi Máquinas tem importantes parceiros e<br />

trial segment. Its product mix also has about 30 solutions<br />

for the timber processing segment, emphasizing veneer<br />

and plywood factories.<br />

Today, the Company operates in the States of Santa<br />

Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de<br />

Janeiro, Mato Grosso, Rondônia, and Minas Gerais,<br />

besides having customers in Argentina and Paraguay.<br />

“We believe in the growth of the Forest Product Sector,<br />

which has occurred in recent years, and that this growth<br />

will continue in the coming years, which will benefit us<br />

even more, because we have solid foundations, always<br />

monitoring the market and its demands,” states Duio.<br />

MARKET RECOGNITION<br />

One of the most traditional MDF producers in the<br />

State of Santa Catarina, Karikal – Soluções Sustentáveis<br />

arrived in Brazil two decades ago and soon became a<br />

Dudi Máquinas customer. The foreign Company sought<br />

technical knowledge from Dudi to manufacture machines<br />

for its first structure on Brazilian soil.<br />

“In the beginning, Dudi Máquinas provided us with<br />

only maintenance services, but over the years, we had<br />

new product ideas to be manufactured by Karikal in<br />

ABRIL <strong>2021</strong> 47


PRINCIPAL<br />

clientes no ramo industrial. Além disso, possui em seu mix<br />

de produtos cerca de 30 soluções para o ramo da madeira,<br />

com ênfase para laminadoras e fábricas de compensados.<br />

Hoje, a companhia atua nos Estados de Santa Catarina,<br />

Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro,<br />

Mato Grosso, Rondônia e Minas Gerais, além de possuir<br />

consumidores na Argentina e no Paraguai.<br />

“Acreditamos que o crescimento do setor madeireiro,<br />

que vem ocorrendo nos últimos anos e deve continuar nos<br />

próximos, vai nos beneficiar ainda mais, pois possuímos<br />

bases sólidas, sempre acompanhando o mercado e suas<br />

demandas”, prospecta Duio.<br />

RECONHECIMENTO DO MERCADO<br />

Uma das mais tradicionais empresas produtoras de<br />

MDF de Santa Catarina, a Karikal – Soluções Sustentáveis<br />

chegou ao Brasil há duas décadas e, desde então, virou<br />

cliente da Dudi Máquinas. A empresa estrangeira buscou<br />

na Dudi o conhecimento técnico para a montagem de<br />

máquinas em sua primeira estrutura em solo brasileiro.<br />

“No princípio, a Dudi Máquinas nos prestava somente<br />

serviços de manutenção, mas, com o passar dos anos,<br />

fomos tendo ideias de produtos a serem fabricados pela<br />

Karikal no Brasil e, como sempre, eram produtos especiais,<br />

então precisávamos de equipamentos especiais”, explica<br />

Jackson Viapiana, CEO da Karikal no Brasil.<br />

Segundo Viapiana, a Karikal fazia o rascunho do que era<br />

necessário e a Dudi produzia. De acordo com o executivo,<br />

eles possuem máquinas que estão funcionando há mais<br />

de 15 anos sem nunca terem apresentado qualquer tipo<br />

de problema, além de produtos que foram fabricados pela<br />

Dudi para a Karikal que fica na Argentina.<br />

“Conheço a história da Dudi, as lutas e os problemas<br />

que enfrentaram no percurso. São pessoas simples, mas<br />

muito obstinadas. A empresa passou de uma oficina para<br />

Brazil and, as always, they were special products, so we<br />

needed special equipment,” explains Jackson Viapiana,<br />

CEO of Karikal in Brazil.<br />

According to Viapiana, Karikal outlined what was<br />

needed, and Dudi manufactured it. According to the<br />

executive, they have machines operating for more than<br />

15 years without ever having presented any problem, in<br />

addition to products manufactured by Dudi for Karikal<br />

in Argentina.<br />

“I know Dudi’s history, the struggles, and the<br />

problems they faced along the way. They are simple<br />

people but very obstinate. Their Company went from<br />

a workshop to a large machine producer due to their<br />

professionalization while establishing important relationships.<br />

Starting in <strong>2021</strong>, over the next ten years, Dudi<br />

Máquinas is undergoing the transformation that seeks<br />

to make the Company the leading machine solution<br />

for the forest product industry,” says the Karikal CEO.<br />

In <strong>2021</strong>, Empresa Laminadora Centenário celebrates<br />

50 years of existence. João Marcos Bobato, CEO,<br />

accredits Centenário’s performance, in part, to a very<br />

DUDI MÁQUINAS POSSUI<br />

EM SEU MIX DE PRODUTOS<br />

CERCA DE 30 SOLUÇÕES PARA O<br />

RAMO DA MADEIRA, COM ÊNFASE<br />

PARA LAMINADORAS E FÁBRICAS DE<br />

COMPENSADOS<br />

48 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


uma ótima fábrica de máquinas. Houve uma maior profissionalização<br />

e parcerias importantes foram firmadas. Em<br />

<strong>2021</strong>, a Dudi Máquinas está passando por uma transformação<br />

que busca, nos próximos 10 anos, colocar a empresa<br />

como a principal solução em máquinas para a indústria<br />

madeireira”, projeta o CEO da Karikal.<br />

Em <strong>2021</strong>, a Centenário completa 50 anos de existência.<br />

O diretor da empresa, João Marcos Bobato, comemora a<br />

atuação da companhia com uma parceria muito próxima<br />

com a da Dudi Máquinas. Bobato comenta que há três<br />

anos o relacionamento entre as duas empresas tem sido<br />

muito frutífero e produtivo.<br />

“Começamos a fazer modificações em nossa laminadora<br />

e eles foram nosso contato para solucionar o problema.<br />

Conhecemos a história da Dudi no mercado e sabíamos<br />

que se tratava de uma escolha muito acertada”, explica<br />

Bobato. “Atualmente, contamos uma linha stacker e uma<br />

linha completa de transporte até a guilhotina, e estamos<br />

muito satisfeitos com a produtividade dos equipamentos.<br />

Por se tratar de uma empresa com gestão familiar, a Dudi<br />

Máquinas nos fornece um atendimento diferenciado,<br />

com atenção aos problemas e, principalmente, soluções<br />

rápidas. Estamos muito satisfeitos”, completa o diretor<br />

da Centenário.<br />

Desde 2005 como cliente da Dudi Máqunas, a Guararapes,<br />

uma das maiores indústrias de painéis de MDF e<br />

compensados da América Latina, explica que, na experiência<br />

da empresa, outro grande diferencial da Dudi é a<br />

disponibilidade e vontade de criar novos projetos. “A Dudi<br />

Máquinas tem uma parceria de longa data com a Guararapes,<br />

pois sempre nos atendeu com atenção e eficiência.<br />

Eles também são muito competentes no desenvolvimento<br />

de novos projetos, pois possuem um atendimento próximo<br />

ao cliente e possuem uma área técnica de desenvolvimento<br />

com muita credibilidade. Agradecemos desde sempre<br />

esta parceria e parabenizamos a Dudi Máquinas pelos 25<br />

anos, completados em 2020”, afirma Diorgenes Bertolin,<br />

diretor industrial da Guararapes.<br />

close relationship with Dudi Máquinas. Bobato comments<br />

that the two companies’ relationship, which started three<br />

years ago, has been very fruitful and productive.<br />

“We started making modifications to our composer,<br />

and they were our contact to solve the problem. We know<br />

Dudi’s history in the market, and we knew it was the right<br />

choice,” explains Centenário CEO Bobato. “Currently,<br />

we have a stacker line and a complete transport line for<br />

the peeler, and we are delighted with the productivity of<br />

the equipment. Because it is a family-run company, Dudi<br />

Máquinas provides us with a differentiated service, with<br />

attention to problems and, mainly, quick solutions. We are<br />

very pleased,” adds the Centenário CEO.<br />

Since 2005, Guararapes has been a Dudi Máquinas<br />

customer. It is one of the largest MDF and plywood panel<br />

producers in Latin America. Guararapes explains that,<br />

in its experience, another significant Dudi differential is<br />

the availability and willingness to create new designs.<br />

“Dudi Máquinas has a long-standing relationship with<br />

Guararapes, as it has always served us with attention and<br />

efficiency. They are also very competent in developing new<br />

designs because they maintain a close customer service<br />

relationship and have a very creditable technical development<br />

area. We have always thanked this relationship and<br />

congratulate Dudi Máquinas for the 25 years, completed<br />

in 2020,” says Diorgenes Bertolin, <strong>Industrial</strong> Director of<br />

Guararapes.<br />

ABRIL <strong>2021</strong> 49


MADEIRA TRATADA<br />

50 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


CIDADE<br />

ECOLÓGICA<br />

COM GESTÃO SUSTENTÁVEL, MUNICÍPIO INVESTE NA CONSTRUÇÃO<br />

E REFORMA DE PONTES E PASSARELAS DE MADEIRA TRATADA<br />

Fotos: divulgação<br />

C<br />

onhecida mundialmente como: capital<br />

ecológica; Curitiba (PR) sempre se mostrou<br />

amiga de práticas sustentáveis e de<br />

políticas públicas que visam a manutenção<br />

do meio-ambiente. Na década de<br />

1990, por exemplo, com seus diversos programas de<br />

reciclagens e de incentivo a parques e áreas verdes,<br />

a capital dos paranaenses saiu na frente no quesito<br />

sustentabilidade antes que o assunto entrasse em<br />

pauta em todo o país.<br />

Em <strong>2021</strong>, o legado da cidade continua vivo. Nos<br />

últimos 5 anos, o município construiu e reformou<br />

cerca de 15 pontes e passarelas de madeira, sem<br />

utilizar concreto ou materiais danosos à natureza.<br />

Ao todo, Curitiba possui 52 pontes de madeira,<br />

além de 250 passarelas que utilizam esse material<br />

como base para construção.<br />

A mais nova empreitada foi inaugurada recentemente<br />

na Rua Ângelo Tozim, no bairro Campo<br />

do Santana. O local termina em uma área de mata<br />

e, para que os moradores tenham passagem para<br />

a Rua Alda Bassete Bertholdi e demais partes do<br />

bairro, foram construídas duas passarelas de madeira:<br />

uma com cinco metros de extensão e outra com<br />

36m (metros) de extensão. Vandalizadas, as estruturas<br />

receberam serviços de manutenção realizados<br />

pela Secretaria Municipal de Obras Públicas. O eucalipto<br />

tratado foi utilizado para a reforma de ambas<br />

as estruturas.<br />

Peças danificadas do tablado e do corrimão<br />

foram substituídas, garantindo mais segurança à<br />

população. Também alvo costumeiro de vândalos,<br />

luminárias quebradas do sistema de iluminação pública<br />

da região igualmente foram trocadas.<br />

Gaúcho de Bento Gonçalves, o aposentado Vicente<br />

Câmara rodou por cidades da região sul do<br />

Brasil e, há nove anos, escolheu fixar residência em<br />

Curitiba, na Rua Augusto Bertholdi. Construtor de<br />

barragens, o senhor simples e esclarecido, de aparência<br />

humilde, simpatia que transborda, conversa<br />

fácil e sincera, com memória de dar inveja aos mais<br />

jovens, declarou estar realizado.<br />

“A prefeitura sempre faz manutenção aqui, e<br />

essas passarelas vão ajudar muitas pessoas que utilizam<br />

essas estruturas para fazer compras, passear e<br />

até ir ao trabalho”, defendeu Vicente.<br />

ESTUDO EM ANDAMENTO<br />

O secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo<br />

Rodrigues, apontou que foi iniciado um estudo<br />

para saber da viabilidade de se instalar uma ponte<br />

que comporte inclusive o peso de veículos, ligando<br />

ABRIL <strong>2021</strong> 51


MADEIRA TRATADA<br />

o final da Rua Ângelo Tozim à Rua Alda Bassete<br />

Bertholdi. Porém, já se sabe de antemão que o<br />

local tem uma área de proteção ambiental, linhas<br />

de transmissão de energia e tubulação da rede de<br />

saneamento.<br />

“Conhecemos as dificuldades de substituir<br />

definitivamente as passarelas por uma ponte de<br />

grande porte. A região tem particularidades e impõe<br />

exigências que podem não ser superadas. Mas,<br />

mesmo assim, iniciamos o estudo para estabelecer<br />

a melhor solução de engenharia para o local neste<br />

momento”, ressalva Rodrigues.<br />

AO TODO,<br />

CURITIBA POSSUI<br />

52 PONTES DE MADEIRA,<br />

ALÉM DE 250 PASSARELAS<br />

QUE UTILIZAM ESSE<br />

MATERIAL COMO PEDRA<br />

ANGULAR<br />

52 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


TORNO ROLETEIRO<br />

HIGH SPEED Série 5TD<br />

máquinas robustas aliadas<br />

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velocidade de lâminação<br />

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MATÉRIA-PRIMA<br />

CENÁRIO DA<br />

MATÉRIA-PRIMA<br />

Fotos: divulgação<br />

FATORES EXTERNOS E<br />

INTERNOS, COMO A PANDEMIA<br />

E O AUMENTO DE CHUVAS,<br />

TÊM GERADO PROBLEMAS NO<br />

ABASTECIMENTO DE MADEIRA<br />

NO BRASIL<br />

54 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


U<br />

m ano após o início da pandemia da<br />

Covid-19 no Brasil, o setor madeireiro,<br />

assim como outros segmentos industriais,<br />

começa a sofrer com a falta de oferta de<br />

matéria-prima para diversos setores de<br />

sua cadeia. Novas culturas de home office e de olhar<br />

para o próprio lar fizeram com que consumidores investissem<br />

na reforma e na modernização de suas casas – e<br />

passaram a utilizar a madeira como protagonista deste<br />

movimento, seja na compra de móveis, pisos ou de peças<br />

brutas que serviram como instrumento para o DIY<br />

(do it yourself, ou faça você mesmo) de novos e amadores<br />

marceneiros em seus refúgios caseiros.<br />

É o que acredita o CEO da TWBrazil, Leonardo Puppi,<br />

que revela que o setor tem sofrido com o aumento<br />

da demanda por madeira e, por consequência, com os<br />

preços mais salgados de toras de pinus e eucalipto, por<br />

exemplo.<br />

“Infelizmente, é uma reação em cadeia. Houve um<br />

incremento nos preços da matéria-prima florestal sem<br />

precedentes. Aliado a isso, o preço dos insumos na indústria<br />

madeireira também cresceram muito além dos<br />

índices de inflação. Aço e produtos químicos de origem<br />

mineral, como o cobre, cromo e arsênio, tiveram um<br />

reajuste de quase 50% em um período de um ano, e<br />

impactam diretamente na indústria de preservação da<br />

madeira”, explica Leandro.<br />

Ele ressalta, inclusive, que outros fatores, que independem<br />

da vontade do produtor, também têm influenciado<br />

no aumento do preço da madeira. “Felizmente,<br />

durante a pandemia, houve pouco fechamento de<br />

indústrias madeireiras por contaminação dos trabalhadores.<br />

Mas houve alguns. Além disso, o que tem ocorrido<br />

nos últimos meses é o excesso de chuvas, que tem<br />

dificultado a extração de toras nas florestas. Mas isso faz<br />

parte do negócio em determinadas épocas e o setor já<br />

está acostumado com isso”, acrescenta.<br />

O CEO da TWBrazil também salienta que o preço<br />

defasado das florestas de pinus mais antigas também<br />

gerou um desbalanceamento do mercado brasileiro.<br />

“Além disso, com a indústria da construção civil no<br />

Brasil arrefecida nos últimos anos, a tora mais grossa<br />

destinada às serrarias não estava tão demandada. Mas<br />

com a previsão de aquecimento da economia, por moti-<br />

ABRIL <strong>2021</strong> 55


MATÉRIA-PRIMA<br />

vações políticas e de saúde pública, aliada à publicação<br />

da ABNT NBR 16936 – Edificações em light wood frame,<br />

o preço da tora grossa de pinus voltou a ser atrativo. Os<br />

investimentos florestais em pinus tendem a ter uma valorização<br />

muito grande nas próximas décadas”, projeta.<br />

Por outro lado, Juliano Vieira de Araújo, presidente<br />

da ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente), não concorda que<br />

os preços de produtos de madeira subiram durante a<br />

pandemia. Ele afirma que o mercado está estável e que<br />

apenas houve uma readequação de preços em toda a<br />

cadeia produtiva.<br />

“O mercado madeireiro está estável e a expectativa<br />

é de que, ao longo do <strong>2021</strong>, o viés de recuperação<br />

e consolidação do consumo, aliado ao aumento da<br />

confiança do consumidor, permaneça. A maioria dos<br />

produtos de madeira é de commodities, e o mercado<br />

é autorregulável na demanda x preços. É notória a consolidação<br />

das exportações brasileiras nos últimos anos,<br />

fato que se reforçou em 2020 com o crescimento importante<br />

dos volumes embarcados pelo Brasil, além da<br />

recuperação da demanda no mercado interno”, explica<br />

o presidente da ABIMCI.<br />

Sobre a possível falta de madeira no mercado, o presidente<br />

da ABIMCI admite que o crescimento do segmento<br />

de base florestal poderia ter sido maior na última<br />

década. “Se olharmos para os últimos 10 anos, o crescimento<br />

da base florestal plantada foi muito pequeno<br />

em relação às potencialidades existentes. Certamente<br />

poderá crescer muito nos próximos anos. A consolidação<br />

de políticas públicas e uma maior participação e<br />

investimentos por parte do setor produtivo serão fatores<br />

decisivos para esse avanço”, acrescenta.<br />

O empresário Marcos Flores, diretor geral da Terra<br />

Sol – Madeiras Ecológicas, também destaca os problemas<br />

meteorológicos sofridos pelo setor em 2020, além<br />

dos atrasos gerados pela pandemia.<br />

“Na nossa região, por exemplo, choveu por três<br />

semanas sem parar e tivemos também um ciclone que<br />

destruiu muitas indústrias de pinus. Aliado a isso, a alta<br />

demanda de matéria-prima também fez com que o preço<br />

aumentasse muito. No nosso caso, que trabalhamos<br />

com madeira pinus, o preço médio subiu de R$ 400 para<br />

cerca de R$ 650. É uma grande diferença”, completa.<br />

NOVAS<br />

CULTURAS DE<br />

HOME OFFICE E DE<br />

“OLHAR PARA O PRÓPRIO<br />

LAR” FIZERAM COM QUE<br />

CONSUMIDORES<br />

INVESTISSEM NA<br />

REFORMA E NA<br />

MODERNIZAÇÃO DE<br />

SUAS CASAS<br />

56 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


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58 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


A ECONOMIA<br />

DA MADEIRA<br />

PARA EQUILIBRAR AS CONTAS, PREFEITURA GAÚCHA INVESTIU<br />

EM SUA PRÓPRIA FABRICA DE MÓVEIS PARA ABASTECER<br />

PRÉDIOS PÚBLICOS<br />

Fotos: divulgação<br />

ABRIL <strong>2021</strong> 59


MARCENARIA<br />

Asituação econômica no Brasil não<br />

abriu brechas para erros nos últimos<br />

anos. A crise de 2014, o impeachment<br />

da presidente Dilma Rousseff e as diversas<br />

instabilidades políticas fizeram<br />

com que os gestores públicos precisassem buscar<br />

alternativas para não estourar o orçamento de municípios<br />

e Estados em todo o país.<br />

A criatividade de uma das prefeituras chamou a<br />

atenção ao propor uma alternativa econômica e sustentável<br />

em uma importante área da gestão pública.<br />

Prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida explica que<br />

a cidade investiu em sua própria marcenaria, responsável<br />

pela compra de matéria-prima, fabricação<br />

de móveis e acessórios e pela entrega dessas peças<br />

a edifícios públicos do município gaúcho.<br />

“Não é algo inédito no Brasil, mas essa é uma<br />

iniciativa ousada, que poderia não dar certo, devido<br />

à falta de experiência nesse segmento de móveis de<br />

madeira. E tem mostrado resultados muito positivos.<br />

Conseguimos suprir diversas necessidades dos<br />

funcionários da prefeitura e acredito que esse projeto<br />

tende a crescer ainda mais, independentemente<br />

de qual gestão esteja à frente da marcenaria de<br />

Passo Fundo”, afirma Almeida, orgulhoso do legado<br />

deixado aos moradores.<br />

Secretário de obras de Passo Fundo, Rubens Astolfi<br />

ressalta que, além da economia no orçamento,<br />

a marcenaria também tem auxiliado na sustentabilidade<br />

e no fomento às indústrias da região sul.<br />

“Temos diversas indústrias madeireiras no Rio<br />

Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, então esse<br />

é um incentivo a mais na hora de comprar madeira<br />

para nossa marcenaria. Além disso, trata-se de um<br />

material renovável e que não agride à natureza”,<br />

explica o secretário.<br />

ECONOMIA<br />

“A fabricação própria de móveis, conforme a<br />

necessidade das escolas e secretarias municipais,<br />

garante economia aos cofres públicos. Isso é possível<br />

através do funcionamento da marcenaria da Prefeitura<br />

de Passo Fundo. Com o serviço, é possível<br />

fabricar até 20 itens de móveis por semana, o que<br />

60 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


gera uma economia de 60% nos gastos com a compra<br />

desses materiais”, compara Astolfi.<br />

Segundo ele, as principais demandas vêm das<br />

escolas municipais, especialmente as que passam<br />

pelo programa Minha Escola de Cara Nova. Recentemente,<br />

ganharam móveis novos as escolas Professor<br />

Arno Otto Khiel (Ensino Fundamental), José<br />

Laudário, Margarida e Santa Teresinha (as três de<br />

Educação Infantil). Também estão sendo feitos os<br />

móveis que serão utilizados na Escola Municipal de<br />

Ensino Fundamental Santa Marta, no bairro de mesmo<br />

nome, que está em fase final de construção.<br />

Para que os móveis sejam fabricados, as secretarias<br />

enviam as demandas até a marcenaria, que faz<br />

armários, bancadas, balcões para pia, birôs, mesas<br />

de reunião, mesas e bancos de refeitórios, entre<br />

outros. E, além da economia, existe um ganho em<br />

agilidade, uma vez que os móveis começam a ser<br />

fabricados tão logo chegam os pedidos. Também<br />

ficam alguns itens, dos mais pedidos, em estoque<br />

para cobrir eventuais necessidades.<br />

A FABRICAÇÃO<br />

PRÓPRIA DE<br />

MÓVEIS, CONFORME A<br />

NECESSIDADE DAS ESCOLAS<br />

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ABRIL <strong>2021</strong> 61


MERCADO<br />

E-COMMERCE<br />

EM ALTA<br />

Fotos: divulgação<br />

COM PROBLEMAS GERADOS PELA PANDEMIA,<br />

VENDA ONLINE E TELETRABALHO DERAM NOVAS<br />

OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE MÓVEIS<br />

62 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


ABRIL <strong>2021</strong> 63


MERCADO<br />

Ao final de um ano marcado pela<br />

pandemia do novo coronavírus, que<br />

impactou os segmentos econômicos<br />

mundiais de forma negativa, poucos<br />

poderiam imaginar que 2020 sinalizaria<br />

uma nova tendência. A indústria moveleira nunca<br />

havia vendido tanto por meios digitais, um formato<br />

que tem demonstrado, mesmo em outros segmentos,<br />

franca expansão no Brasil. Com a necessidade<br />

de distanciamento e de realizar transações de forma<br />

remota, o segmento viu seus números explodirem<br />

nos últimos 12 meses.<br />

Em dezembro de 2020, por exemplo, a alta<br />

registrada foi de 53,83%, em relação ao mesmo<br />

período de 2019, de acordo com o Comitê de Métricas<br />

da Câmara Brasileira da Economia Digital.<br />

Considerando-se separadamente as regiões brasileiras,<br />

o nordeste foi aquela que obteve os melhores<br />

índices em dezembro, com aumento de 77,63% nas<br />

vendas do varejo eletrônico. Em seguida, aparecem<br />

a região sul (66,22%), sudeste (48,32%), centro-oeste<br />

SEGUNDO A<br />

RECEITA FEDERAL,<br />

O CRESCIMENTO REAL DE<br />

41,2% DO COMÉRCIO<br />

ELETRÔNICO EM 2020<br />

MOSTRA O POTENCIAL DO<br />

SETOR PARA O FUTURO<br />

64 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


(46,99%) e norte (39,25%). No ano, o destaque foi<br />

novamente o nordeste (100,34%), também seguido<br />

pelo sul, com 79,22% de alta.<br />

TELETRABALHO RENDE NOVO FÔLEGO<br />

AO SETOR MOVELEIRO<br />

O isolamento imposto para conter o avanço da<br />

Covid-19 fez com que as pessoas passassem mais<br />

tempo em suas casas, e as empresas – de acordo<br />

com suas atividades – começaram a aderir ao teletrabalho,<br />

rendendo fôlego à indústria moveleira.<br />

As boas experiências também contribuíram para<br />

que o consumidor confiasse mais no comércio pela<br />

web, quebrando barreiras psicológicas em algumas<br />

categorias, como a moveleira, quando as pessoas<br />

queriam ver o material de perto antes de efetivar a<br />

compra.<br />

Cada vez mais a venda digital, realizada pela<br />

primeira vez para atender às necessidades, deve<br />

continuar, independentemente do fim da pandemia.<br />

A necessidade de permanecer um tempo a mais em<br />

casa, de forma mais confortável, obrigou o consumidor<br />

a realizar melhorias em ambientes como escritórios<br />

e salas de estar.<br />

“Aconteceu uma mudança de hábitos, fazendo<br />

com que as pessoas observassem melhor o espaço<br />

onde se encontram, desejando torná-lo mais confortável<br />

sem perder a praticidade. O home office teve<br />

boa parcela de responsabilidade nisso”, defende<br />

Rogério Francio, presidente da MOVERGS (Associação<br />

das Indústrias de Móveis do Estado do Rio<br />

Grande do Sul).<br />

O e-commerce que, antes da crise sanitária e<br />

econômica, não era muito comum, tornou-se um canal<br />

adicional de vendas para a indústria de móveis.<br />

“As empresas mais preparadas para atuar nesse<br />

formato foram aquelas que obtiveram, e seguem registrando,<br />

os melhores resultados”, reitera Francio.<br />

Esse cenário corrobora a realidade transformada<br />

pelo mundo digital: basta verificar o crescimento<br />

real de 41,2% do comércio eletrônico em 2020,<br />

em comparação com o ano anterior, conforme o<br />

boletim sobre notas fiscais eletrônicas da Receita<br />

Federal.


ARTIGO<br />

AVALIAÇÃO DO<br />

RENDIMENTO DA<br />

MATÉRIA-PRIMA<br />

NO PROCESSO<br />

PRODUTIVO DE PEÇAS<br />

CLEAR BLOCKS<br />

Fotos: divulgação<br />

ALEXSANDRO BAYESTORFF DA CUNHA<br />

UDESC (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA<br />

CATARINA)<br />

BRUNA LAÍS LONGO<br />

UDESC (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA<br />

CATARINA)<br />

GHISLAINE MIRANDA BONDUELLE<br />

UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />

66 referenciaindustrial.com.br MARÇO <strong>2021</strong>


RESUMO<br />

O<br />

setor madeireiro é caracterizado por ser<br />

uma grande fonte de geração de desperdícios.<br />

Assim, o efetivo controle das atividades<br />

produtivas é condição indispensável<br />

para que qualquer empresa possa<br />

competir no mercado. O objetivo do estudo foi avaliar<br />

o rendimento da matéria-prima em termos percentuais<br />

e financeiros de uma indústria de Clear Blocks, com o<br />

intuito de definir as melhores variáveis para fornecedor,<br />

bitola e destopadeira. A metodologia envolveu a<br />

seleção das variáveis de interesse: fornecedor (interno<br />

e externo); bitola - 67 e 92 mm (milímetros) - e destopadeira<br />

(corte de baixo para cima e de cima para baixo);<br />

a determinação do rendimento percentual total e por<br />

classe de qualidade por meio do balanço de material<br />

e o financeiro através do custo da matéria-prima, custo<br />

de produção e preço de venda.<br />

Os resultados foram submetidos à análise de variância<br />

multifatorial e teste de Tukey. O rendimento de<br />

matéria-prima em termos percentuais encontrado no<br />

estudo demonstrou a superioridade da bitola 92 mm<br />

frente à de 67 mm, em virtude do maior aproveitamento<br />

das peças. Quanto ao fornecedor, observou-se melhor<br />

desempenho do externo frente ao interno devido<br />

à qualidade da madeira. Mas em termos financeiros,<br />

a situação foi inversa, em função do menor custo da<br />

matéria-prima do fornecedor interno. Para a forma de<br />

processamento da destopadeira, não foi verificada diferença<br />

estatística entre os dois sistemas de corte.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A PMVA (Produção de Itens de Maior Valor Agregado)<br />

é fragmentada e diversificada no Brasil, sendo este<br />

setor dividido em quatro grandes segmentos: portas,<br />

molduras, pisos e painéis EGP (Edge Glued Panel). As<br />

molduras são peças perfiladas empregadas quase sempre<br />

para acabamentos interiores com propósito decorativo<br />

na construção civil. Essas peças são manufaturadas<br />

a partir da obtenção de peças denominadas Clear Blocks,<br />

processo que gera grandes perdas de matéria-prima<br />

ao longo do fluxo de produção, sendo necessárias<br />

avaliações de qualidade contínuas para monitorar e/ou<br />

realizar ações preventivas. No Brasil, as molduras são<br />

fabricadas em sua maior parcela em madeira de pinus e<br />

normalmente são produtos para exportação. Há inúmeros<br />

perfis de molduras, associados às suas aplicações.<br />

Desta forma, as molduras assumem diferentes denominações,<br />

como: meia-cana, rodapé, batente, vista de<br />

porta e janela.<br />

O segmento de molduras mostrou constante evolução<br />

quanto ao volume produzido, como pode ser<br />

observado no período compreendido entre 1998 e<br />

2007, no qual houve crescimento na produção interna<br />

de 530,8%, representando crescimento médio anual de<br />

22,7%. Em se tratando de consumo, somente em 2004<br />

foram obtidos valores significativos (65 mil m³), alcançando,<br />

em 2007, o volume de 212 mil m³. A partir deste<br />

fato, constata-se que a maior parte da produção desse<br />

produto é voltada ao mercado externo (Associação<br />

Brasileira da Indústria da Madeira Processada Mecanicamente,<br />

2009).<br />

Em termos de processo, constata-se que o baixo<br />

rendimento nas empresas do setor de base florestal,<br />

como serrarias e unidades de beneficiamento, tem dificultado<br />

a competição, principalmente na exportação,<br />

pois ainda utilizam tecnologias ultrapassadas e maquinários<br />

que não proporcionam bons rendimentos, por<br />

estarem desgastados ou mesmo utilizando ferramentas<br />

de corte com espessuras elevadas (Ribas, 1989).<br />

Desta forma, pode-se afirmar que, atualmente, o<br />

efetivo das atividades produtivas é condição indispensável<br />

para que qualquer empresa possa competir em<br />

igualdade de condições com seus concorrentes. Sem<br />

este controle, ou seja, sem a capacidade de avaliar o<br />

desempenho de suas atividades e de intervir rapidamente<br />

para a correção e melhoria dos processos, a empresa<br />

estará em desvantagem frente à competição mais<br />

eficiente (Bornia, 1995). Isso tem levado as empresas a<br />

buscarem ferramentas que as auxiliem a melhorar sua<br />

produtividade, eficiência, aumentar fatias de mercado<br />

e lucratividade através da redução de custos, visando<br />

sempre atingir a satisfação total de seus clientes (Coral,<br />

1996).<br />

De acordo com Cunha (2001), a contínua busca da<br />

qualidade pelas empresas se deve também à exigência<br />

dos mercados interno e, principalmente, externo, que<br />

têm buscado certificados para seus produtos, processos<br />

e florestas, como os das séries ISO 9000, ISO 14000,<br />

FSC (Forest Stewardship Council). A certificação da qualidade,<br />

porém, é apenas o início de um longo caminho<br />

para a obtenção da excelência em processos e serviços.<br />

Por sua vez, os clientes estão se tornando cada vez<br />

mais exigentes com relação à qualidade do produto e<br />

do seu processo produtivo, mesmo que isso ainda não<br />

seja caracterizado. O controle de qualidade se refere<br />

a um processo ou conjunto de atividades e técnicas<br />

operacionais que são empregadas para cumprir os requerimentos<br />

de qualidade. Essa definição implica em<br />

qualquer operação que sirva para melhorar, dirigir ou<br />

assegurar a qualidade (Robert, 2011).<br />

A quantificação da má qualidade e eficiência de<br />

processo é um ponto importante e serve como base<br />

para a implantação de qualquer programa de melhoria<br />

para se chegar a um nível ótimo de qualidade. A má<br />

qualidade está presente nos processos produtivos,<br />

especialmente nos que não possuem sistemas de qua-<br />

ABRIL <strong>2021</strong> 67


ARTIGO<br />

lidade. Em muitos casos, entretanto, não aparece nos<br />

sistemas contábeis, ficando embutida nos custos globais<br />

de produção.<br />

O objetivo do presente estudo foi avaliar o rendimento<br />

da matéria-prima de uma Indústria de Clear Blocks,<br />

de modo a definir o melhor fornecedor de madeira<br />

serrada e o produto (bitola) que agrega maior valor no<br />

processo. Desta forma, buscou-se a obtenção de informações<br />

que melhorassem o aproveitamento dos recursos<br />

produtivos do setor e a qualidade da produção.<br />

Para tanto, foram definidas as seguintes metas: quantificar<br />

e caracterizar o rendimento total de matéria-prima<br />

em termos percentuais e financeiros ao longo de todo<br />

o processo; determinar o rendimento de matéria-prima<br />

por classe de qualidade (Clear Blocks A, B e provenientes<br />

de retrabalho); avaliar as principais variáveis que<br />

afetam o beneficiamento das peças de Clear Blocks<br />

(destopadeira, bitola e fornecedor) e determinar quais<br />

são os melhores níveis dentro dessas variáveis.<br />

produto principal peças de Clear Blocks para os mercados<br />

americano e europeu, sendo que a matéria-prima<br />

utilizada na produção era proveniente exclusivamente<br />

de reflorestamentos de Pinus taeda e Pinus elliottii.<br />

A produção das peças se iniciava com o desdobro<br />

das toras, passando pela secagem, pré-destopo e<br />

beneficiamento, em que as peças de madeira serrada<br />

passavam por uma plaina quatro faces que realizava a<br />

calibração em largura e espessura. Na sequência, as<br />

peças aplainadas eram destopadas com o objetivo de<br />

eliminar os defeitos naturais da madeira e os causados<br />

pelas operações anteriores (desdobro e secagem). O<br />

processo de classificação adotado para as peças era visual,<br />

por ser um método simples e eficiente na identificação<br />

de defeitos como nós, desvio de grã, rachaduras<br />

e presença de medula, os quais afetam negativamente<br />

MATERIAL E MÉTODO<br />

O estudo foi desenvolvido em uma empresa situada<br />

no planalto norte de Santa Catarina, a qual tinha como<br />

O MELHOR DESEMPENHO<br />

DA MADEIRA DO<br />

FORNECEDOR EXTERNO ERA<br />

ESPERADO, POIS VISUALMENTE<br />

ERAM PERCEPTÍVEIS AS DIFERENÇAS<br />

DE QUALIDADE ENTRE AS PEÇAS DE<br />

MADEIRA<br />

68 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


as propriedades mecânicas da madeira (Fiorelli; Dias;<br />

Coiado, 2009). A qualificação dos defeitos era realizada<br />

nas seis faces das peças, sendo separadas em bitolas<br />

(larguras) homogêneas, em Clear Blocks A e B, retrabalho<br />

e rejeitos. Após a classificação, os funcionários<br />

direcionavam as peças de qualidade A e B para o encaixotamento/embalagem<br />

e as demais para as operações<br />

de retrabalho. As classes de qualidade utilizadas na<br />

empresa eram as seguintes:<br />

● Clear Blocks A: peças de madeira totalmente<br />

livres de defeitos;<br />

● Clear Blocks B: peças que admitiam defeitos<br />

pouco significativos e toleráveis como azulamento,<br />

medula superficial em uma das faces, marca de plaina,<br />

bolsa de resina;<br />

● Retrabalho: peças que possuíam defeitos passíveis<br />

de eliminação por redução da largura da peça,<br />

como: largura 92 mm, que tinha o defeito eliminado no<br />

retrabalho, podendo ser utilizada como 67 ou 48 mm,<br />

dependendo da extensão do defeito;<br />

● Rejeitos: peças de madeira com comprimento<br />

insuficiente ou com defeitos significativos (exemplo: nós<br />

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ARTIGO<br />

soltos, gravata e medula nas duas faces da peça), que<br />

inviabilizam as suas utilizações. Estas eram utilizadas nas<br />

caldeiras para geração de energia.<br />

As peças que necessitavam ser retrabalhadas passavam<br />

por um refiladeira com o intuito de reduzir a<br />

largura, aumentando o aproveitamento das peças e<br />

reduzindo as perdas. Após a passagem pela refiladeira,<br />

as peças seguiam para a destopadeira de retrabalho e<br />

novamente para a classificação.<br />

O ESTUDO FOI<br />

DESENVOLVIDO EM UMA<br />

EMPRESA SITUADA NO PLANALTO<br />

NORTE DE SANTA CATARINA, A<br />

QUAL TINHA COMO PRODUTO<br />

PRINCIPAL PEÇAS DE CLEAR<br />

BLOCKS PARA OS MERCADOS<br />

AMERICANO E EUROPEU<br />

IMPLANTAÇÃO DO EXPERIMENTO<br />

As variáveis selecionadas para o estudo foram<br />

fornecedor, bitola e destopadeira. Na seleção dos<br />

fornecedores, procurou-se comparar o fornecedor interno<br />

(serraria da empresa), que apresentava qualidade<br />

inferior aos demais, mas em contrapartida possuía um<br />

custo menor, com um fornecedor que apresentasse<br />

uma melhor qualidade de madeira (poucos defeitos e,<br />

consequentemente, maior rendimento), mesmo com<br />

um custo mais elevado, deste modo selecionou-se um<br />

fornecedor denominado externo.<br />

As larguras (bitolas) utilizadas na produção de Clear<br />

Blocks variam de empresa para empresa, conforme a<br />

necessidade do mercado. A empresa estudada trabalhava<br />

com 11 bitolas, sendo as bitolas 92 mm e 67 mm<br />

as mais produzidas, devido à demanda do mercado<br />

internacional. Desta forma, fez-se a análise das duas no<br />

presente estudo.<br />

O processo de beneficiamento das peças era composto<br />

por duas plainas e sete destopadeiras. Com relação<br />

às plainas, utilizou-se durante a coleta de dados somente<br />

uma delas, cuja capacidade produtiva era de 18<br />

mil metros lineares por dia. Já quanto às destopadeiras,<br />

três trabalhavam com corte no sentido inferior-superior<br />

e as demais trabalhavam no sentido oposto, necessitando<br />

de uma análise para verificação da eficiência das<br />

máquinas e dos funcionários. Assim, selecionou-se uma<br />

destopadeira com cada sentido de corte. Cabe destacar<br />

que durante a coleta de dados, trabalhou-se com os<br />

mesmos funcionários nas máquinas, para evitar diferenças<br />

com relação à mão de obra.<br />

O delineamento utilizado no experimento foi o<br />

delineamento inteiramente casualizado com arranjo<br />

fatorial, por meio do qual foi possível verificar os efeitos<br />

não somente das variáveis isoladas, mas também das<br />

suas interações.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Rendimento total de matéria-prima<br />

A partir da análise, foi possível observar que os<br />

melhores rendimentos médios totais (%) pertencem à<br />

matéria-prima do fornecedor externo, à bitola 92 mm<br />

e à destopadeira A (destopa de cima para baixo). A<br />

verificação foi realizada somente isolando cada uma<br />

das variáveis, restando ainda as interações entre elas<br />

que são possíveis pela análise da variância com arranjo<br />

multifatorial. Tal análise permite ainda confirmar se as<br />

conclusões retiradas somente pelo cálculo da média<br />

são verdadeiras.<br />

O rendimento médio de 50,2%, quando comparado<br />

com o rendimento de 53,9% da Empresa W, mostra que<br />

o rendimento da empresa estudada está muito próximo<br />

ao de outra empresa do mesmo segmento. Esta comparação<br />

foi feita em duas bitolas diferentes, pois a empresa<br />

comparada (Empresa W) trabalha somente com<br />

a bitola 124 mm e sem reaproveitamento. Assim, por<br />

trabalhar sem reaproveitamento, a empresa seleciona a<br />

matéria-prima destinada ao produto, para evitar perdas<br />

excessivas.<br />

Realizando-se a análise da variância e teste de<br />

Tukey para as variáveis estudadas no rendimento total<br />

de matéria-prima (fornecedor, bitola e destopadeira),<br />

verificou-se que quanto ao fator destopadeira não houve<br />

diferença significativa, contrariando as conclusões<br />

preliminares, simplesmente pelo cálculo da média, no<br />

qual se observava a superioridade da destopadeira que<br />

corta de cima para baixo.<br />

Com relação à bitola e ao fornecedor, contudo,<br />

o teste de Tukey demonstrou que os melhores níveis<br />

foram a bitola 92 mm e o fornecedor externo. A justificativa<br />

para a superioridade da bitola maior se deve ao<br />

amplo aproveitamento que estas peças têm no processo,<br />

pois a largura é obtida diretamente na destopadeira<br />

70 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


®<br />

ACESSÓRIOS INDUSTRIAIS<br />

VAPOR - AR COMPRIMIDO<br />

sem retrabalho algum. Caso houvesse a presença de<br />

defeitos nas peças, elas ainda poderiam ser reaproveitadas<br />

na refiladeira nas larguras 67 e 48 mm, eliminando<br />

os defeitos e possibilitando a comercialização destas<br />

peças. A bitola 67 mm, caso precisasse ser trabalhada,<br />

só tinha a largura de 48 mm como opção, sendo o restante<br />

destinado à geração de energia.<br />

Já o melhor desempenho da madeira do fornecedor<br />

externo era esperado, pois visualmente eram perceptíveis<br />

as diferenças de qualidade entre as peças de madeira.<br />

Enquanto a madeira do fornecedor externo tinha<br />

menor incidência de defeitos como nós, medula, rachadura<br />

e mancha química, a matéria-prima proveniente<br />

do fornecedor interno tinha grande parte das peças<br />

com os defeitos supracitados.<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

O estudo do rendimento total de matéria-prima<br />

apontou em termos percentuais a bitola 92 mm e o<br />

fornecedor externo, e em moeda a bitola 92 mm e o<br />

fornecedor interno, como os melhores níveis. Quanto<br />

à destopadeira, não há diferença significativa entre os<br />

modelos estudados, pois ambos apresentaram rendimentos<br />

semelhantes nos dois estudos.<br />

A linha Clear Blocks A apresentou os melhores rendimentos<br />

novamente, os níveis bitola 92 mm e o fornecedor<br />

externo para rendimento percentual e a bitola 92<br />

mm e o fornecedor interno para rendimento financeiro.<br />

A linha Clear Blocks B foi a que proporcionou os<br />

piores retornos para a empresa, tanto em termos percentuais<br />

como financeiros. Mesmo assim, o melhor nível<br />

foi a interação bitola 92 mm e fornecedor interno para<br />

rendimento percentual e os fatores isolados bitola 92<br />

mm e fornecedor interno para rendimento financeiro.<br />

O retrabalho de Clear Blocks elimina uma porcentagem<br />

significativa de perdas. No rendimento percentual<br />

das peças oriundas dessa atividade, tem-se o fornecedor<br />

interno como o melhor nível. Quanto ao rendimento<br />

financeiro, a bitola 92 mm e o fornecedor interno,<br />

além da interação entre estas variáveis, destacaram-se<br />

como os melhores níveis.<br />

Com relação ao estudo de rendimento, evidenciaram-se<br />

diferenças significativas principalmente nos<br />

fatores isolados, e algumas interações entre dois fatores,<br />

nunca os três, indicando que não há influência dos<br />

fatores quando trabalhados em conjunto.<br />

Acessórios industriais e<br />

serviços com qualidade<br />

e segurança<br />

• Engenharia de Aplicação<br />

• MANUTENÇÃO DE Válvulas Industriais<br />

• Calibração de Válvulas de Segurança<br />

Versão parcial. Para visualizar a versão<br />

integral, acesse: https://bit.ly/3dCQ9fx<br />

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ABRIL <strong>2021</strong> 71


AGENDA<br />

AGENDA<br />

<strong>2021</strong><br />

ABRIL<br />

20 A 23<br />

MADEREXPO<br />

LOCAL: LIMA (PERU)<br />

WWW.EXPOPERUINDUSTRIAL.<br />

COM/MADEREXPO<br />

MAIO<br />

18 A 21<br />

WOODPROCESSING LVIV<br />

LOCAL: LVIV (UCRÂNIA)<br />

WWW.GALEXPO.COM.UA<br />

JUNHO<br />

8 A 11<br />

FESQUA<br />

LOCAL: SÃO PAULO<br />

WWW.FESQUA.COM.BR<br />

LIGNA HANNOVER <strong>2021</strong><br />

27 DE SETEMBRO A 01 DE OUTUBRO<br />

HANNOVER (ALEMANHA)<br />

WWW.NFEIRAS.COM/LIGNA-HANNOVER-22/<br />

A CIDADE DE HANNOVER, NA ALEMANHA, SE TRANSFORMA NO FOCO DE ATENÇÃO<br />

PARA O MUNDO DA MADEIRA E A INDÚSTRIA MADEIREIRA. CONSIDERADA A MAIOR OU<br />

A MAIS IMPORTANTE FEIRA DO MUNDO NO SETOR, A LIGNA HANNOVER EXPÕE TODA<br />

A CADEIA DE PRODUÇÃO MADEIREIRA: DESDE A CAPTAÇÃO E O PROCESSAMENTO<br />

DA MADEIRA, ATÉ A PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE PRODUTOS DA MADEIRA E<br />

TECNOLOGIAS INOVADORAS DE TRATAMENTO DA MADEIRA, ENTRE OUTROS.<br />

AGOSTO<br />

9 A 12<br />

WORLD CONFERENCE ON<br />

TIMBER ENGINEERING<br />

LOCAL: SANTIAGO (CHILE)<br />

HTTP://WCTE<strong>2021</strong>.COM/<br />

SETEMBRO<br />

21 A 23<br />

NOVEMBRO<br />

3 A 5<br />

NOVEMBRO<br />

10 A 12<br />

EXPOBIOMASSA <strong>2021</strong><br />

LOCAL: VALLADOLID (ESPANHA)<br />

WWW.EXPOBIOMASA.COM/EN/SA-<br />

LON-GAS-RENOVABLE<br />

EXPOCORMA <strong>2021</strong><br />

LOCAL: CONCEPCIÓN (CHILE)<br />

WWW.EXPOCORMA.CL/<br />

LIGNUM BRASIL <strong>2021</strong><br />

LOCAL: PINHAIS (PR)<br />

HTTPS://LIGNUMLATINAMERICA.<br />

COM<br />

72 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>


ESPAÇO ABERTO<br />

O POTENCIAL<br />

DA ISO 9001:2015<br />

C<br />

om o advento da internet e das redes sociais,<br />

uma miríade de informações é projetada sobre<br />

o gestor que, sem a capacidade de analisar<br />

todos os dados, pode tomar decisões que<br />

trarão dissabores para a própria organização.<br />

Embora o acesso à informação tenha crescido exponencialmente,<br />

o conhecimento aplicado ainda carece de ferramentas<br />

de gestão que minimizem os riscos associados<br />

à má gestão. Nesse sentido, a ISO 9001, a mais famosa<br />

metodologia de gestão conhecida, destaca-se como principal<br />

mecanismo de apoio ao planejamento e gestão das<br />

organizações.<br />

Fundamentada no ciclo de Deming ou ciclo de melhoria<br />

contínua, a ISO 9001 se caracteriza como uma ferramenta<br />

de gestão estruturada no planejamento (P), execução<br />

(D), monitoramento (C) e correção (A) de ações que<br />

objetivam a implementação eficaz da estratégia proposta<br />

por uma organização. Embora tenha aplicação prática<br />

e traga benefícios tangíveis a qualquer tipo de empresa<br />

(públicas e privadas), a metodologia tem desafios a serem<br />

superados.<br />

Recentemente, a Qualyteam foi parceira na sistemática<br />

de implantação do sistema de gestão da qualidade na<br />

ESMAT (Escola Superior da Magistratura Tocantinense),<br />

baseado na norma ABNT NBR ISO 9001:2015 – Sistema<br />

de Gestão da Qualidade. A implantação desse modelo<br />

de gestão em uma instituição pública é pioneira no segmento,<br />

não encontrando estudos de casos anteriores e<br />

resultados estatísticos que forneçam dados para uma análise<br />

comparativa.<br />

FUNDAMENTADA NO<br />

CICLO DE DEMING OU<br />

CICLO DE MELHORIA CONTÍNUA, A<br />

ISO 9001 SE CARACTERIZA COMO<br />

UMA FERRAMENTA DE GESTÃO QUE<br />

OBJETIVA A IMPLEMENTAÇÃO<br />

EFICAZ DA ESTRATÉGIA PROPOSTA<br />

POR UMA ORGANIZAÇÃO<br />

74 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong><br />

POR<br />

IVAN<br />

GONÇALVES<br />

SÓCIO-DIRETOR DA<br />

QUALYTEAM, EMPRESA<br />

ESPECIALIZADA<br />

EM SOLUÇÕES<br />

PARA GESTÃO DA<br />

QUALIDADE<br />

Notadamente, a implementação e a manutenção de<br />

um sistema de gestão dessa magnitude se constituem<br />

como objeto de inúmeros desafios. A Norma NBR ISO<br />

9001:2015, apesar de ser aplicável a diversos tipos de<br />

segmentos, é amplamente difundida no âmbito privado,<br />

mais especificamente em indústrias; um levantamento<br />

feito pela ISO Survey em 2018 mostrou que são certificadas<br />

878.664 empresas/instituições; destas, apenas 16.351<br />

(1,9%) encontram-se no Brasil; além disso, o estudo demonstrou<br />

ainda que apenas 4.434 (0,5%) são instituições<br />

públicas certificadas no mundo, sendo que destas apenas<br />

66 (0,008%) são instituições públicas brasileiras, feito que<br />

reforça o caráter inovador da implantação em uma instituição<br />

pública no segmento educacional.<br />

Ainda no levantamento feito pela ISO, constata-se<br />

que no segmento educacional são certificadas apenas<br />

13.459 (1,53%) empresas/instituições no mundo; destas,<br />

apenas 104 (0,012%) são brasileiras no segmento educacional<br />

– e a esmagadora maioria é do âmbito privado.<br />

Portanto, a implantação deste modelo de gestão em uma<br />

instituição pública no segmento educacional é pioneira,<br />

principalmente em se tratando de Escolas Superiores da<br />

Magistratura, sejam elas estaduais ou federais, não sendo<br />

encontrados estudos de caso anteriores e resultados<br />

estatísticos que forneçam dados para uma análise comparativa.<br />

Os resultados apresentados no quesito satisfação do<br />

cliente alcançaram média de 96,54%, superando até mesmo<br />

índices de satisfação já considerados altos, como os<br />

da ENFAM (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento<br />

de Magistrados), que nos anos 2015 e 2017 atingiram<br />

índices de satisfação de 89% e 92% respectivamente.<br />

Este feito leva a ESMAT a ter um dos melhores resultados<br />

do país no quesito satisfação do cliente, o que reforça o<br />

alinhamento da sua missão: “Formar e aperfeiçoar magistrados<br />

e servidores em busca de boas práticas e da excelência<br />

da prestação jurisdicional.”<br />

Foto: Diana Dornelles


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