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ESPECIAL 

ENTREVISTA 

Bruno Madeira 

arquiteto 

Construção • Arquitetura • Design • Marcenaria • Paisagismo • Decoração 

Portas abertas 

para o futuro 

Sustentabilidade e 

cuidados com meio 

ambiente ditam o futuro 

da indústria de portas 

9 7 7 2 2 3 7 0 5 6 0 3 7 0 0 0 7 3 

Aqui Tem Madeira: Projeto se destaca em obra pela riqueza de detalhes

Sua porta, 

seu estilo.

Construção • Arquitetura • Design • Marcenaria • Paisagismo • Decoração 

Aqui Tem Madeira: Projeto se destaca em obra pela riqueza de detalhes 

0 0 0 7 

Editorial 

ESPECIAL 

ENTREVISTA 

Bruno Madeira 

arquiteto 

Na capa dessa edição 

a Eucatex, que investe 

em sustentabilidade 

para melhorar o 

futuro de todos 

A Revista Madeireira da Construção www.produtosdemadeira.com.br Ano XVI• Nº73• Março 2024 

Portas abertas 

para o futuro 

Sustentabilidade e 

cuidados com meio 

ambiente ditam o futuro 

da indústria de portas 

9 7 7 2 2 3 7 0 5 6 0 3 7 3 

Ano XVI / Edição n.º 73 / Março 2024 

10 

EXPEDIENTE 

JOTA EDITORA 

Diretor comercial: Fábio Alexandre Machado 

fabiomachado@revistareferencia.com.br 

Diretor executivo: Pedro Bartoski Jr 

bartoski@revistareferencia.com.br 

Redação: 

Vinicius Santos 

jornalismo@produtosdemadeira.com.br 

Projeto Gráfico: Fabiana Tokarski - Supervisão 

Karla Shimene 

Julia Harumi 

criacao@revistareferencia.com.br 

Depto. Comercial: Gerson Penkal 

comercial@produtosdemadeira.com.br 

Fone: +55 (41) 3333-1023 

Depto. de Assinaturas: 

assinatura@revistareferencia.com.br 

Seguindo o caminho certo 

Parece chover no molhado falar de sustentabilidade dentro do 

mercado de produtos de madeira, mas é uma pauta que ganha cada 

vez mais espaço. A sustentabilidade está para além do reflorestamento 

ou dos potenciais créditos de carbono. Ela está em processos com menos 

desperdício, em estruturas que otimizem o trabalho dos colaboradores, 

práticas cotidianas que criam uma cultura focada na proteção do 

meio ambiente e da comunidade que circunda a indústria. Criar cultura 

é sim o grande desafio quando tratamos de excelência em sustentabilidade. 

Nessa edição, contamos o que a Eucatex tem feito para elevar 

suas práticas de sustentabilidade no presente e futuro da empresa, 

as novidades sobre construções com madeira discutidas no Paraná, o 

lançamento do relatório anual do setor de móveis de madeira, a história 

de um marceneiro que construiu uma casa de madeira diferenciada 

na Bahia e uma entrevista com o arquiteto Bruno Madeira, que vê na 

matéria-prima de seu sobrenome o aconchego e cuidado para aquecer 

seus projetos. Ótima leitura! 

Revista PRODUTOS DE MADEIRA 

Rua Maranhão, 502 - Água Verde - 80610-000 

Curitiba (PR) - Brasil - Fone/Fax: +55 (41) 3333-1023 

www.produtosdemadeira.com.br 

assinatura@portalreferencia.com.br 

Ligação gratuita: 0800 600 2038 

Veículo filiado a: 

A Revista Referência PRODUTOS DE MADEIRA é uma publicação bimestral e 

independente, dirigida aos construtores, engenheiros, arquitetos, designers, 

paisagistas, decoradores e consumidores de produtos de madeira para a construção. 

A Revista não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos e colunas 

assinadas, por entender serem estes materiais de responsabilidade de seus autores. 

A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco de dados, sob 

qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista 

são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos 

autorais, exceto para fins didáticos.

ATENDEMOS QUALQUER DEMANDA 

Capacidade fabril incomparável 

Estamos aptos a atender pequenos, 

médios e grandes projetos 

Diversidade de Cores 

Sustentabilidade e Responsabilidade 

Maior estrutura 

Novas máquinas 

Novas tecnologias 

zizal.com.br 

/zizal.oficial 

Taboão da Serra - SP comercial@zizal.com.br

Sumário 

12 

20 

32 38 44 

14....... CARTAS & OPINIÕES 

16....... CURTAS & NOVIDADES 

20 ....... SHOWROOM 

38 

32....... 

....... 

44....... 

ENTREVISTA 

BRUNO MADEIRA 

PRINCIPAL 

CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL 

TENDÊNCIA 

O SETOR EM DADOS

50 56 60 62 

13 

56 

50....... 

....... 

AQUI TEM MADEIRA 

CASA EM MADEIRA 

CONSTRUÇÃO 

PLANEJAR PARA CONSTRUIR 

62 

....... 

ECONOMIA 

DOR DE CABEÇA PARA OS PEQUENOS 

66....... AGENDA 

60....... 

FEIRA 

FORMÓBILE

Cartas 

Foto: Emanoel Caldeira 

Foto: divulgação 


14 

Principal 

Como é bom ver cada 

uma das engrenagens 

da indústria trabalhando 

para fornecer um produto 

final ainda melhor para o 

consumidor. Parabéns! 

Márcia Dantas 

São Paulo (SP) 

Construção 

É muito importante a 

ousadia e a criatividade 

na busca por novas 

soluções. Agora é na 

Suécia, amanhã pode 

ganhar o mundo. 

Carlos Oliveira 

Suzano (SP) 

Prêmio REFERÊNCIA 

Sempre é ótimo poder ler 

e ver as imagens dessa 

festa. É uma celebração de 

todos que têm a madeira 

em seu trabalho e coração. 

Aguardo ansioso para a 

edição desse ano. 

Hugo Carvalho 

Viçosa (MG) 

Espaço online

34 ANOS 

DE EXPERIÊNCIA 

RÁPIDO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PADRÕES 

SISTEMA EXCLUSIVO DE REPETIÇÃO DE CORES 

ALTA RESISTÊNCIA AO INTEMPERISMO 

QUALIDADE DE IMPRESSÃO 

ENTREGA EFICIENTE 

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ECOLÓGICO 

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16 

Regras 

atualizadas 

Curtas & Novidades 

A partir de 22 de março de 2024 serão colocadas em 

prática novas restrições para a exportação de produtos 

laminados (como móveis, pisos, forros etc.) para os EUA 

(Estados Unidos da América) e o Canadá. A partir de agora, 

será obrigatória a obtenção da certificação CARB/EPA 

(Conselho de Recursos Atmosféricos da Califórnia/ Agência 

de Proteção Ambiental dos EUA), que regulamenta as 

emissões de formaldeído de acordo com as normas ambientais 

estipuladas pelo CARB e a Regra de Formaldeído 

da EPA, seguindo os novos requisitos da normativa EPA 

TSCA VI, CFR part. 730. 

O Regulamento das Emissões de Formaldeído (Regra 

CARB/EPA) visa assegurar a conformidade dos produtos de madeira compósita com as normas ambientais estipuladas pelo CARB 

(Conselho de Recursos Atmosféricos da Califórnia) e a Regra de Formaldeído da EPA. Produtos como contraplacado de madeira 

dura, aglomerado de partículas e painéis MDF, quando destinados ao mercado norte-americano, precisarão aderir a esta norma. 

Associados da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) serão beneficiados com um desconto de 25% na 

contratação da consultoria personalizada orientativa, onde receberão vistorias e apontamentos com todas as informações necessárias 

de aprimoramento, recomendação e registros essenciais para que então possam solicitar a Certificação CARB/EPA. Processo, 

este, que pode levar de 60 a 180 dias dependendo do nível de adaptação de cada empresa. 

Busca 

pelo melhor 


Foto: Foto: Gilberto Sousa/CNI 

A vice-reitora da UFPR (Universidade Federal do Paraná), 

Graciela Inês Bolzón de Muniz, integra a comitiva, coordenada 

pela Fundação Araucária e pela SETI (Secretaria da Ciência, 

Tecnologia e Ensino Superior), em missão internacional em 

universidades e cidades da Alemanha para debater a madeira 

engenheirada e aprofundar parcerias, além de debater as pesquisas 

voltadas ao uso de madeira em setores estratégicos da 

construção civil. 

O objetivo da fundação foi reunir diferentes setores da 

produção científica para expor e buscar parcerias com as instituições 

alemãs. Também integraram a missão, o diretor do 

Cilla Tech Park, Paulo Alvim, e representantes da UNICENTRO 

(Universidade Estadual do Centro Oeste), UEL (Universidade Estadual de Londrina), UEM (Universidade Estadual de Maringá), UEPG 

(Universidade Estadual de Ponta Grossa), UNESPAR (Universidade Estadual do Paraná), UVPR (Universidade Virtual do Paraná), 

UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná), UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) e da UTFPR (Universidade 

Tecnológica Federal do Paraná). Uma ação que mobiliza o sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação para a sustentabilidade e 

desenvolvimento social do Paraná, criando riqueza e qualidade de vida através do conhecimento. A missão Araucária também terá 

ajuda da plataforma iAraucaria e dos NAPI (Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação) que visam conduzir conhecimento colaborativo 

e produção de pesquisadores paranaenses.

Madeiras 

Nobres 

Renove seu Ambiente 

Decks, Forros & Ripados 

A Rotta Madeiras é uma madeireira que está no 

mercado há duas décadas e conta com uma 

indústria própria no Mato Grosso. Contamos 

também com um centro de distribuição em 

Curitiba para atender aos consumidores com 

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construção civil e indústria. 

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Curtas & Novidades 

Abaixo 

do esperado 

18 

Para criar análises fiéis à realidade das empresas, a MOVERGS (Associação 

das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul) consulta dados oficiais 

do governo e utiliza os principais indicadores econômicos do Brasil. A interpretação 

dessas informações mostra que o setor moveleiro gaúcho encerrou 2023 

com faturamento nominal de R$ 11.963.096.973,56 (R$ 11.9 bilhões). Esse montante 

representa um aumento de 3,4% na comparação com 2022, mas, utilizando 

o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo como referência de inflação, 

o montante não apresentou crescimento real. A produção física industrial e a 

geração de empregos também são parâmetros analisados pela MOVERGS. De 

acordo com os dados fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e 

Estatística), a produção do setor moveleiro gaúcho foi 2,7% menor em 2023. Já o balanço do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e 

Desempregados) aponta que o ano encerrou com retração de 2,36% no comparativo com 2022 – passando de 36.727 para 35.860 profissionais 

em atividade no Rio Grande do Sul. 

Para o presidente da entidade, Euclides Longhi, o desempenho do segmento é reflexo de um conjunto de fatores que impactam as 

indústrias moveleiras de todo o Brasil. “Além dos altos custos de produção, ainda estamos em um momento de redução nas compras de 

bens duráveis, como móveis. Havendo manutenção efetiva do controle inflacionário, diminuição dos juros, incentivo ao consumo, ao crédito 

e ao mercado imobiliário, é possível que o segundo semestre de 2024 seja mais favorável para o setor moveleiro”, explica Euclides. 

Importante frente de atuação das indústrias de móveis gaúchas, a exportação também encolheu em 2023. De janeiro a dezembro do 

ano passado, foram transacionados US$ 245.923.843 (quase 246 milhões de dólares) com outros países, sinalizando retração de 3,4% em 

relação a igual período de 2022. O diretor Internacional da MOVERGS, Daniel Segalin, destaca que as mudanças no ranking de principais 

importadores podem apontar novas oportunidades a serem exploradas. “Enquanto os EUA (Estados Unidos da América) e Chile reduziram 

suas compras, Uruguai, Paraguai e México aumentaram as importações de móveis gaúchos. É sempre muito importante acompanhar 

os movimentos do mercado e diversificar as frentes de atuação para fazer bons negócios com parceiros internacionais”, assinala Daniel. 


Discussão 

sobre o futuro 

Construção com madeira, industrialização e sustentabilidade 

farão parte do debate da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da 

Construção) durante a Expo Revestir de 2024. Promovida pela AN- 

FACER (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, 

Louças Sanitárias e Congêneres), a feira de soluções 

de revestimentos e acabamento para a construção será realizada 

entre os dias 19 e 22 de março, na Expo São Paulo. A CBIC participará 

do Fórum 2024, o FIER+ Construção, com o painel: Madeira, 

Futuro da Construção - Industrialização, Sustentabilidade e Sofisticação; 

no dia 19 de março. A iniciativa abrirá debate sobre os 

rumos do setor, novas tecnologias, eficiência de gestão, inovação, transformação digital e industrialização do setor da construção. 

No dia seguinte, a entidade realiza o painel: CBIC Talks – Cases de Construções com Madeira; que contará com a participação do 

presidente do Conselho Consultivo da CBIC, José Carlos Martins; do CEO da Rewood – Soluções Estruturais em Madeira, Calil Neto; 

do gerente de Qualidade e Processos da Urbem, Felipe Icimoto; e do coordenador de Contratos e Planejamento da Tecverd, Leonardo 

Marin. No dia 21, o presidente da CBIC, Renato Correia, participará de debates sobre a revitalização de centros urbanos, na arena 

FIER+ Arquitetura. 

Foto: divulgação

Showroom em Destaque 

20 

PMZ – CAFÉ BORSOI 

Partindo do sentimento de aconchego vernacular moderno, onde todos 

se sintam abraçados e acolhidos pela atmosfera dos elementos naturais e, 

claro, acompanhados de um indispensável café. 

Foto: Denilson Machado/MCA Studio 

Informações: https://casacor.abril.com.br/mostras/pernambuco/ 

show room

ANDRÉ CARÍCIO – CASA CORAL 

Uma planta fluida com espaços bem definidos, com cores terrosas que 

aquecem e trazem aconchego ao ambiente. 



21 

ARQMULTI – SOUSPA DECA 

O ambiente foi montado para gerar relaxamento e valorização do 

autocuidado, com leveza, cuidado e fundamentalmente, paz. 


Informações: https://casacor.abril.com.br/mostras/pernambuco/


ETLA ARQUITETURA - ESTAÇÃO DA ALMA 

O ambiente combina madeira e pedra afim de reforçar a 

natureza, mas com elementos cheios de detalhes e que apontam 

a ação humana nos elementos. 



22 

MARABUCO – L’OR DE CHANTECLAIR 

Desenhado para ser uma joalheria, o ambiente tem todos seus 

elementos destinados a valorizar as peças expostas. 



ÊME ARQUITETURA – COZINHA FRAGMENTOS 

O ambiente nasce da combinação de elementos, que constrói 

uma imagem madura e de muita sintonia para o espaço. 



23


ANA CUNHA – CASA LÍRICA 

A harmonia entre os elementos clássicos e contemporâneos é tecida, criando 

um diálogo entre o tempo e o espaço, evidenciando memórias afetivas. 



24

MARYLIA NOGUEIRA – SALÃO CLARICE LISPECTOR 

Uma bela escrivaninha e suas capas de livros nos trazem à tona 

a presença marcante e única de poesia em sua essência. 



25


ROMERO DUARTE – LOFT ITALICA CASA 

Como uma homenagem a Jader Almeida, o ambiente é mais que 

um espaço, mas sim um convite à exploração gestual e concreta 

do artista brasileiro. 



26 

NUIT – GUSTAVO ARTWEAR 

O mobiliário solto compõe o ambiente com cadeiras em tons 

sóbrios, como a madeira e o couro, mesclando com cores 

marcantes e contrastantes. 



CADU ARQUITETURA - JUNTOS 

Para criar uma atmosfera aconchegante, as arquitetas cercaram 

todos os espaços com madeira natural ripada, trazendo 

conforto e irreverência. 



27


DUBEUX VASCONCELOS ARQUITETURA – TERRAÇO CHANTECLAIR COPERGÁS 

Dividido em dois ambientes, a ideia é algo rústico, intimista que tem seus detalhes 

na textura e iluminação do ambiente. 



28

JULIANA DA MATA – 5 ELEMENTOS GALERIA 

A água nutre a madeira, que abastece o fogo, cujas cinzas 

alimentam a terra e assim o ciclo dos elementos vai se formando 

até voltar ao início. 



29


FV ARQUITETOS – LIVING ALMA 

Cheia de texturas, capas e cores, o ambiente expressa o quão rica, 

diversa e acolhedora pode ser nossa dimensão mais íntima. 



30

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32 

Entrevista

Bruno Madeira 

Na essência 

Fotos: Antonio Schumacher 

C 

om madeira até no nome, Bruno Madeira, arquiteto carioca, 

que mora em Niterói (RJ), viu nascer ainda em sua infância 

o deseja pela criação de projetos. Bricar nas obras 

que o pai trabalhava fez nascer na criança esse sonho de poder 

projetar e construir seus próprios ambientes. Caminhando entre 

o comercial e o residencial, tem uma marca de aceitar cada nova 

empreitada como um desafio de criatividade e de melhoria em 

seu trabalho. E claro, a madeira é uma parceira de Bruno, que de 

fundações a acabamentos, está presente em seus projetos. 

33

Entrevista 

Como começou o interesse pela 

arquitetura? 

Ainda na infância. Na família, meu 

pai sempre foi muito envolvido com 

obras e construção e esses ambientes 

foram os meus parquinhos de diversão. 

Foi ali, brincando na areia, que nasceu 

essa faísca. Isso me inspirou a sempre 

desenhar casinhas, prédios e nas brincadeiras 

estava sempre construindo 

algo. Quando cresci, fui para o desenho 

industrial primeiro e só depois para 

arquitetura, onde me achei e não parei 

mais. 

Qual sua maior inspiração? 

Trabalho e caminho entre as obras 

comerciais como escritórios, padarias, 

além dos projetos residenciais de casas, 

apartamentos, reformas de sobrados, e 

até uma igreja. Em cada projeto vislumbro 

um desafio novo e uma ideia nova. 

E para realizar cada um deles para mim 

é mais do que apenas inspiração, é uma 

pesquisa, uma análise do que o cliente 

quer e precisa, baseado nessa pesquisa 

de ideias chego para o cliente com o 

projeto já pronto. Acho que isso, essa 

coisa da novidade contínua, de sempre 

ser desafiado é o verdadeiro motor da 

minha inspiração. 

Residencial ou comercial? 

Como são muitos anos trabalhando 

mais com o comercial, e temos uma 

liberdade maior para criar, acabo tendo 

um olhar mais atencioso para esse tipo 

de projeto. No residencial, temos algo 

um pouco mais restrito, pois nosso 

trabalho ali é colocar as ideias e sonhos 

do proprietário e não necessariamente 

as nossas. Então, como tenho uma 

liberdade maior, acho o comercial mais 

prazeroso de trabalhar. 

Qual a importância da madeira para 

seus projetos? 

Já utilizei muito mais a madeira 

como estrutura e base das edificações. 

Hoje em dia a madeira chega aos meus 

projetos como detalhes de acabamento. 

Um piso ou um forro de madeira 

SÃO PROJETOS 

IMPORTANTES 

EM MOMENTOS 

DISTINTOS 

DA MINHA 

CARREIRA, QUE 

MARCARAM 

CADA UM AO 

SEU JEITO E ME 

TRAZEM BOAS 

MEMÓRIAS 

34

Bruno Madeira 

35 

traz algo mais intimista e aconchegante 

para o ambiente. Exteriores em madeira 

gosto muito de fazer, pois valorizam 

muito o espaço. 

Como concebeu o projeto da Casa 

na Colina? 

A casa já tem 20 anos e ali minha 

assinatura e meu gosto pela madeira 

estão bem evidentes. Sempre frequentei 

a região, desde os tempos da faculdade, 

e na época surgiu a oportunidade 

de comprar o terreno e construir essa 

casa. Ela é uma casa de campo, com 

lareira, em meio a natureza e se tornou 

meu refúgio. Feriados, fins de semana 

e outras datas, quando posso, é para lá 

que vou. 

Qual seu projeto mais importante? 

Não tem um projeto só. São projetos 

importantes em momentos distintos 

da minha carreira, que marcaram 

cada um ao seu jeito e me trazem boas 

memórias. Como o Restaurante Acrópolis, 

a casa noturna Double Six, do 

ator Romulo Arantes. Alguns trabalhos 

residenciais, como uma casa em Búzios 

(RJ), que abriu muitas portas de novos 

clientes e agora estou trabalhando com 

uma igreja, um desafio novo e muito 

diferente. 

Qual sua madeira preferida na realização 

de um projeto? 

O que normalmente uso muito é 

o ipê quando se trata de ambientes

Entrevista 

externos, para fazer decks, pergolados 

e estruturas. Madeira estrutural gosto 

bastante do freijó e da nogueira, pois 

trazem um ar agradável ao ambiente. 

Qual seu maior sonho na arquitetura? 

Meu sonho é continuar trabalhando. 

Gosto tanto de fazer isso e espero que 

nunca acabe. Nosso escritório está há 

40 anos no mercado sem parar e minha 

ideia é dar continuidade a isso. Ter essa 

força de manter firme toda a história, 

que construímos nesse tempo de atuação. 

Como encontrar o equilíbrio entre 

sustentabilidade e as necessidades 

do cliente? 

O que mais pesa nessa questão está 

ligado aos custos. Tudo depende de 

qual é o orçamento e os planos que o 

cliente tem para o projeto. Se ele abre 

as portas para podermos reaproveitar 

algo de outra obra, ou mesmo, do que 

já está no ambiente, tudo isso pesa 

e por isso temos que andar sempre 

alinhados, desde o início, para realizar 

de forma segura, responsável e sustentável. 

Qual legado espera deixar do seu 

trabalho? 

Meu maior legado é a confiança, 

profissionalismo e ter uma imagem, 

que as pessoas acreditam e respeitam. 

São 40 anos de árduo trabalho, em que 

construímos um lugar de confiabilidade 

e respeito também com a comunidade 

local. Quem conhece nossa história, o 

que fizemos e estamos fazendo, tem 

a garantia e a tranquilidade de um 

resultado excelente. Esse é o melhor 

legado, o orgulho que tenho. 

ACHO QUE 

ESSA COISA 

DA NOVIDADE 

CONTÍNUA, DE 

SEMPRE SER 

DESAFIADO É 

O VERDADEIRO 

MOTOR 

DA MINHA 

INSPIRAÇÃO 

36

NOVOS PADRÕES 

DE CAPAS 

PARA PORTAS 

Conheça as vantagens 

e qualidades das Chapas 

de Fibras Eucatex 

Maior resistência a impactos de corpo duro, 

à umidade e à proliferação de fungos, bolor e mofos 

Madeira de floresta renovável 

Garantia do maior fabricante de chapas de fibra 

de madeira do mundo 

NOGAL 

DOURADO 

Linha Acetinatto 

Linha Eucaplac 

NOVO 

NOVO 

NOVO 

NOVO 

BRANCO 

ALPES 

NUDE 

FENDI 

CARVALHO 

NATURE 

NOGAL 

DOURADO 

CURUPIXÁ 

ANGELIM 

MOGNO 

UBATUBA 

CAPUCCINO 

GRAFITE 

URBAN 

PRETO 

FRESNO 

NOBRE 

IMBUIA 

QUARTIER 

BRANCO 

MAX 

BRANCO 

GELO 

BRANCO 

ALASCA 

@MDF_Eucatex 

Indústria e Revenda 

0800 170 2100 

Planeta Eucatex

Principal 

Crescimento 

sustentável 

CAPAS PARA PORTAS: GRUPO EUCATEX 

POSSUI LINHAS EXCLUSIVAS, DO 

MADEIRADO ÀS CORES TRENDS 

Fotos: divulgação 

38

A 

Eucatex é uma das maiores 

fornecedoras de painéis MDP 

e MDF do Brasil e a maior fabricante 

de chapas de fibras do mundo, 

oferecendo soluções para os segmentos 

da construção civil, indústria moveleira, 

revenda madeireira, indústria 

de portas, entre outros. Seus produtos 

suprem diversos segmentos, que vão 

da embalagem aos móveis e à decoração. 

E cada parte do processo do que a 

Eucatex produz, além da alta qualidade 

técnica, tem a digital da sustentabilidade, 

sendo essa marca de responsabilidade 

ambiental e social um dos pilares 

da empresa. 

O reconhecimento da empresa 

no mercado se dá pela construção de 

uma imagem, que alia boas práticas e 

qualidade dos produtos fabricados. Um 

dos principais destaques do portfólio 

do Grupo Eucatex são os painéis para 

aplicação na fabricação de capas para 

portas, com alta performance técnica 

da chapa de fibra. Esse destaque vem 

também do cuidado que a empresa 

tem na busca dos melhores padrões 

internacionais de qualidade, que são 

representados pela conquista de certificações 

de qualidade, o que fez a Eucatex 

ser a primeira empresa de painéis 

do Brasil a alcançar o selo ISO. 

Ainda no sentido do pioneirismo, a 

empresa foi uma das primeiras a ter a 

certificação FSC (Conselho de Manejo 

Florestal, em inglês), que atesta que 

100% da madeira utilizada pela empresa 

é de origem de reflorestamento legal, 

LINHAS 

EXCLUSIVAS 

39 

Há muito tempo as portas deixaram de ser apenas um item de segurança e privacidade para alcançar o lugar 

de elemento importante e agregador na arquitetura de interiores, o que justifica o movimento dos fabricantes 

para a busca de um maior alinhamento com as tendências, sem que se abra mão do tradicional, que ainda possui 

enorme espaço no gosto do consumidor. Neste cenário, a Eucatex fornece um portfólio contemporâneo, 

que incorpora, desde os padrões clássicos madeirados, às cores trends. 

A Eucatex possui quatro linhas de acabamentos, Acetinatto, Eucaplac, Primed e Eucadur, todas elas pensadas 

para ser a solução ideal para o fabricante de porta, produzidas com máximo de controle de qualidade, processos 

eficientes e respeito ao meio ambiente. 

A linha Acetinatto traz o requinte e um toque macio e suave, semelhante ao acabamento soft matte, com 

padrões que valorizam a porta como um elemento de decoração, participando de maneira mais ativa na construção 

do design de interiores. A linha é composta por sete cores: Branco Alpes, Nude, Fendi, Capuccino, Grafite, 

Urban e Preto. 

A linha Eucaplac, por ser um painel acabado, é a solução perfeita para o fabricante que quer ganhar eficiência 

e velocidade na produção, por meio da redução de etapas de fabricação. Utilizando modernas linhas de pintura, 

o processo permite reproduzir cores e padrões madeirados com alto nível de qualidade visual, além do uso 

de tintas à base d’água, que evitam odores indesejáveis do processo de pintura nas portas depois de acabadas. 

A linha possui sete padrões madeirados Carvalho Nature, Nogal Dourado, Curupixá, Angelim, Fresno Nobre, 

Mogno Ubatuba e Imbuia Quartier, e três tonalidades de branco, os padrões Alasca, Gelo e Max. 

A linha Primed é um painel que possui uma pré-cobertura para pintura, permitindo que a cor final seja customizada, 

além de facilitar e agilizar todo processo de pintura. As capas para portas desta linha são fornecidas 

com uma base para pintura final na coloração branca, exigindo apenas lixamento em casos de repintura. 

A linha Eucadur é uma chapa indicada para aplicação de diversos tipos de revestimentos, como pinturas 

(tanto processo UV como outros tipos de pinturas), frisos, lâminas de madeira, entre outros, trazendo uma solução 

na construção dos mais variados tipos de portas existentes no mercado.

Principal 

O PROGRAMA DE 

RECICLAGEM RESULTA, 

A CADA ANO, NO 

REAPROVEITAMENTO 

DE MAIS DE 100 MIL 

TONELADAS DE MADEIRA, 

NA PRESERVAÇÃO DE 

MAIS DE 1 MILHÃO DE 

ÁRVORES E NA ECONOMIA 

DE 15 MILHÕES DE LITROS 

DE ÁGUA 

40 

o que a torna um diferencial para esse 

segmento. Saindo do âmbito das florestas 

para o parque fabril, a Eucatex tem, 

a quase duas décadas, a maior linha de 

reciclagem de madeira em escala industrial 

da América Latina, abastecida pelo 

Programa de Reciclagem da Eucatex, 

que consiste na coleta, por meio de caçambas 

próprias, de paletes, caixas, tábuas, 

resíduos de madeira advindos da 

construção civil, painéis de madeira em 

geral, podas de árvores, entre outros, 

em um raio de 100 km do município de 

Salto (SP), onde está localizada, tanto 

a linha de reciclagem, como uma das 

fábricas do Grupo. A biomassa gerada 

no processo alimenta as caldeiras que 

fornecem parte da energia térmica 

necessária a todo o processo fabril. O 

programa resulta, a cada ano, no reaproveitamento 

de mais de 100 mil toneladas 

de madeira, na preservação de 

mais de 1 milhão de árvores e na economia 

de 15 milhões de litros de água. 

Ao Programa de Reciclagem Eucatex, 

que gera toda energia térmica 

consumida na unidade de produção de 

chapas de fibra e MDF na cidade de Salto, 

soma-se o investimento de grande 

porte que a empresa fez junto à maior

41 

usina solar de São Paulo, que tem capacidade 

de gerar 269 MWp (Megawatt- 

-pico), em regime de autoprodução. 

A medida permitirá à Eucatex reduzir 

suas emissões de CO2 (dióxido 

de carbono) na atmosfera em cerca de 

966 mil toneladas ao longo dos 15 anos 

do contrato (o equivalente à absorção 

realizada por 6,8 milhões de árvores 

ao longo de 20 anos), contribuindo 

significativamente para a descarbonização 

das atividades da companhia e 

para o cumprimento de suas metas ESG 

(Ambiental, Social e Governança, em 

inglês), que tem foco em gerar um ambiente 

melhor para os colaboradores, 

garantir que a comunidade ao redor da 

fábrica seja beneficiada e o meio ambiente 

fortalecido. 

A visão é focada na chamada indústria 

circular, onde a preocupação com 

um produto tem a mesma importância 

em sua origem, fabricação, uso e 

descarte, a fim de garantir um futuro 

melhor a todos. 

Alexandre Katsukake, gerente de 

produto da indústria moveleira e revenda 

madeireira, cita que o cuidado 

com a origem da madeira, o foco no 

meio ambiente e a prática de iniciativas 

sustentáveis estão presentes na Eucatex. 

“Desde seu início e se fortalece a 

cada dia, sendo nossa missão oferecer 

produtos práticos e eficientes para o 

bem-estar das pessoas, com respeito 

ao meio ambiente e à sociedade”, afirma 

Alexandre. 

MADEIRA SUSTENTÁVEL 

Com duas fábricas de Chapas de 

Fibras de madeira, em Salto e Botucatu 

(SP), a empresa é especializada na produção 

de chapas versáteis. As chapas 

atendem à indústria de móveis, embalagens 

e paletização (com o produto 

Chapatex), sendo também empregadas 

na fabricação de produtos da empresa, 

como divisórias e portas, além de produtos 

para atendimento a mercados 

externos, como a linha exclusiva Eucati- 

“DESDE SEU INÍCIO 

E SE FORTALECE 

A CADA DIA, 

SENDO NOSSA 

MISSÃO OFERECER 

PRODUTOS PRÁTICOS 

E EFICIENTES PARA 

O BEM-ESTAR DAS 

PESSOAS, COM 

RESPEITO AO MEIO 

AMBIENTE E À 

SOCIEDADE” 

ALEXANDRE KATSUKAKE, 

GERENTE DE PRODUTO DA 

INDÚSTRIA MOVELEIRA E 

REVENDA MADEIREIRA

Principal 

le, para aplicação como revestimentos 

de paredes e outras superfícies. O uso 

da chapa de fibras abrange também 

artefatos de madeira e a chapa perfurada, 

muito utilizada nas práticas do chamado 

faça você mesmo, solucionando 

desafios de organização em alta na atualidade 

com muita versatilidade. 

Fabricadas com fibras de eucalipto 

de florestas renováveis, as chapas da 

Eucatex são prensadas a quente por 

processo úmido, resultando em melhor 

tolerância à umidade, essencial para 

atender aos testes de portas de madeira 

RU (Resistentes à Umidade) conforme 

normas técnicas ABNT (Associação 

Brasileira de Normas Técnicas). Sem 

adição de resinas sintéticas, as fibras de 

madeira são aglutinadas com a própria 

lignina da madeira e com esse processo 

são isentos de emissão de formaldeído. 

Em termos de qualidade, as capas 

para porta da Eucatex apresentam 

várias vantagens em comparação com 

o HDF e outros substratos. Especialmente 

considerando a extensa costa 

do Brasil e suas variações climáticas, 

pois são ideais para ambientes internos 

secos e úmidos, devido à sua menor absorção 

de umidade e inchamento. Isso 

ajuda a evitar problemas como inchaço, 

deformação e retração. Além disso, 

oferecem maior resistência à proliferação 

de fungos, bolor e mofo, contri- 

42

43 

O RECONHECIMENTO 

DA EMPRESA NO 

MERCADO SE DÁ 

PELA CONSTRUÇÃO 

DE UMA IMAGEM, 

QUE ALIA BOAS 

PRÁTICAS E 

QUALIDADE 

DOS PRODUTOS 

FABRICADOS 

buindo para ambientes mais saudáveis. 

Quanto à resistência, as capas de 

porta com chapas de fibra da Eucatex 

garantem maior segurança, trazendo 

uma maior vida útil ao produto. Por ser 

um painel de alta densidade, proporcionam 

durabilidade, suportando impacto, 

e oferecendo estabilidade. Para as 

linhas pintadas, com uma tecnologia de 

ponta, seus painéis facilitam a limpeza 

e manutenção, contribuindo para uma 

experiência positiva ao usuário final. 

Alexandre Katsukake, destaca que 

a Eucatex tem um know-how único, 

adquirido nas mais de sete décadas de 

experiência da empresa. “Oferecemos 

soluções em chapas de fibras com ou 

sem revestimento, para atendimento 

das demandas da indústria de portas, 

com produtos de alta resistência mecânica, 

além de excelente resistência à 

umidade. Isso traz performance e segurança 

na construção de portas, que 

podem ser instaladas em qualquer local 

do Brasil ou no restante do mundo, 

sejam regiões de mata ou litorâneas, 

onde a umidade relativa costuma ser 

muito alta”, explica Alexandre. O gerente 

também afirma que as chapas 

têm um diferencial único, que abriu os 

caminhos para a ampliação de mercado 

da Eucatex. “A ausência de emissão de 

formaldeído tornou nossas chapas um 

produto de fácil exportação, sem burocracia, 

pois alguns órgãos exigem, por 

exemplo, a certificação CARB (California 

Air Resources Board), obrigatória 

para o HDF (High Density Fiberboard), 

que a Eucatex também conquistou”, 

assinala Alexandre.

Tendência 

O setor 

EM DADOS 

ANUÁRIO DE 2023 

APRESENTA OSCILAÇÕES NO 

SEGMENTO DE PRODUTOS E 

MÓVEIS DE MADEIRA 


44

45

Tendência 

46 

N 

o dinâmico universo do setor 

moveleiro, o conhecimento e 

a visão panorâmica do desempenho, 

dos movimentos, bem como 

das tendências nacionais e internacionais 

são vitais para o planejamento e 

a tomada de decisões estratégicas, 

que guiem o sucesso das marcas e dos 

produtos no mercado. Nesse contexto, 

a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das 

Indústrias do Mobiliário) apresenta 

a VII edição do “Relatório Setorial da 

Indústria de Móveis no Brasil – Anuário 

Brasil Móveis 2023”, um agregado de 

indicadores e informações mercadológicas 

e econômicas que colaboram 

para a projeção da capacidade, do desenvolvimento 

e do posicionamento da 

indústria brasileira de móveis. 

Desenvolvido pelo IEMI (Inteligência 

de Mercado), empresa parceira de 

pesquisa de mercado, com o suporte 

da ABIMÓVEL e apoio da ApexBrasil 

(Agência Brasileira de Promoção de Exportações 

e Investimentos), por meio 

do Projeto Setorial Brazilian Furniture, 

a iniciativa tem o objetivo de auxiliar

“A CADA UMA DAS EMPRESAS 

MOVELEIRAS E DEMAIS LEITORES 

DO ANUÁRIO BRASIL MÓVEIS, 

O NOSSO DESEJO É DE QUE 

O CONTEÚDO APRESENTADO 

POSSA SER SUFICIENTEMENTE 

RICO PARA GERAR INSIGHTS 

RELEVANTES NO PLANEJAMENTO 

DOS NEGÓCIOS E INSPIRÁ-LOS 

NA BUSCA PELO CRESCIMENTO 

NESTE E NOS PRÓXIMOS ANOS” 

MARCELO PRADO, 

DIRETOR DO IEMI 

empresários e outros atores do setor 

na interpretação das oscilações, dos 

desafios e das oportunidades no mercado 

interno e externo, trazendo um 

levantamento bastante aprofundado 

e abrangente do cenário moveleiro no 

Brasil e no mundo. 

Para tal, o anuário acompanha a 

trajetória e contextualiza a performance 

da indústria de móveis, tanto no 

contexto geral do país, como também 

em nove Estados e dezessete polos 

moveleiros de destaque em diferentes 

regiões do Brasil. Isso, além de apresentar 

um panorama mundial, com 

atenção a grandes mercados tais quais 

a UE (União Europeia), os EUA (Estados 

Unidos da América) e a China. As informações 

setoriais são produzidas pelo 

IEMI a partir de Painéis de Pesquisas 

Anuais, englobando entrevistas diretas 

com milhares de fabricantes. Este esforço 

permite inferir estatísticas setoriais 

únicas e atualizadas, com recortes 

por região, porte e linhas de produto. 

Confira alguns destaques: 

O setor mostrou um leve aumento 

de unidades produtoras de móveis 

e colchões, crescendo 1,8% de 2018 a 

2022, e alcançando 19.317 empresas ao 

final do ano passado. O número revela 

uma variação positiva de 7,6% na passagem 

de 2021 para 2022. 

A produção total da indústria moveleira, 

por outro lado, experimentou 

uma queda de 9,2% em 2022 comparada 

a 2021, totalizando 402,6 milhões de 

peças. Este declínio é mais acentuado 

no segmento de móveis, que viu uma 

retração de 8,8%, enquanto a produção 

de colchões aumentou 6,4% no mesmo 

período. O contexto, porém, revela algumas 

nuances atípicas, como o início 

e o fim do isolamento social, período 

que intensificou o investimento das 

famílias em móveis e artigos para o lar, 

ampliando as bases comparativas dos 

últimos anos. 

O valor total da produção também 

sofreu uma queda de 3,6% em 2022 

em relação ao ano anterior, embora 

tenha apresentado um crescimento 

acumulado de 14,7% nos últimos 5 anos. 

Os investimentos no setor totalizaram 

cerca de R$ 1,2 bilhão, acompanhando 

o declínio no faturamento, e diminuindo 

6,8% em comparação a 2021. O contexto 

é puxado, entre outros pontos, 

pela queda no consumo aparente - que 

considera a produção nacional, descon- 

47

Tendência 

siderando as exportações e somando 

as importações -, que caiu 8,6% em volume 

de peças em 2022. O segmento de 

móveis apresentou recuo de 8,9%, enquanto 

o de colchões registrou -6,4%. 

As exportações de móveis prontos 

e colchões (excluindo-se partes e 

componentes) somaram aproximadamente 

US$ 830,7 milhões em 2022, 

representando uma queda de 11,4% em 

relação a 2021. As importações, contudo, 

também diminuíram, caindo 26,9% 

e somando cerca de US$ 190 milhões. 

Mantendo, portanto, uma balança comercial 

bastante positiva no setor. 

48 

MATERIAL ESTRATÉGICO 

Segundo Irineu Munhoz, presidente 

da ABIMÓVEL, ao ter acesso a todas 

as informações disponibilizadas de 

maneira estratégica no Anuário, a ideia 

central é que os empresários e profissionais 

moveleiros sintam-se ainda mais 

preparados para impulsionar a retomada 

do setor, que passou por um ano 

difícil em 2022 e ainda encontra um cenário 

desafiador pela frente, diante de 

diversos obstáculos para a recuperação 

econômica e a reindustrialização do 

Brasil. “Congregar esforços com vista à 

construção de uma indústria mais forte 

e desenvolvida é um compromisso para 

nós”, destacou Irineu. 

Com a avaliação, Marcelo Prado, 

diretor do IEMI, aponta que a entidade 

vem cumprindo o seu papel de trabalhar 

em prol do setor, acreditando no 

poder da informação e da inteligência 

de mercado, comercial e competitiva 

para decisões mais assertivas e planejamentos 

de sucesso na indústria de 

móveis brasileira. “A cada uma das empresas 

moveleiras e demais leitores do 

Anuário Brasil Móveis, o nosso desejo é 

de que o conteúdo apresentado possa 

ser suficientemente rico para gerar 

insights relevantes no planejamento 

dos negócios e inspirá-los na busca 

pelo crescimento neste e nos próximos 

anos”, explicou Marcelo. 

Segundo a ABIMÓVEL, ao financiar 

iniciativas como esta, a entidade objetiva 

disponibilizar ferramentas estratégicas 

aos empresários e profissionais do 

setor, com vista à consolidação da indústria 

brasileira de móveis como uma 

parceira comercial confiável, símbolo 

de qualidade, com design original, matérias-primas 

únicas e que investe em 

tecnologia e inovação, bem como em 

responsabilidade social e ambiental.

Aqui tem Madeira 

Casa em 

MADEIRA 

50

MARCENEIRO 

CONSTRÓI CASA 

DE MADEIRA 

COM TÉCNICAS 

ARTESANAIS NO 

INTERIOR DA BAHIA 


51 

U 

m espaço, uma ideia e uma 

realização. Essa é a forma 

mais simples de resumir a história 

da casa que Leon Ades construiu 

em parceria com dois colegas arquitetos. 

A casa, localizada na Chapada 

Diamantina é um convite ao aconchego 

e ao descanso. Construída a poucos 

passos de um rio, se tornou um espaço 

de reflexão ideal para se desligar do 

cotidiano. 

Leon relata que a ideia da casa veio 

de um de seus amigos, cujo pai sempre 

trabalhou no ramo imobiliário e tinha 

adquirido um terreno no interior, sugerindo, 

que fosse feita a construção. 

Essa foi a primeira fagulha para que a 

casa fosse construída. “A ideia original 

era fazer apenas uma cabana, um es-


paço para termos onde ficar quando 

estivéssemos na região, mas tudo foi 

contribuindo para que uma casa com 

área total de quase 200 m² (metros 

quadrados) fosse construída”, relata 

Leon. 

Como o leitor pode imaginar, a 

realização de um projeto como esse 

teve uma série de dificuldades, que 

incluíam principalmente a logística de 

tudo que envolvia levantar uma casa 

do zero. “Em um primeiro momento 

ficamos hospedados em uma pequena 

vila que ficava próxima ao terreno e as 

pessoas dessa vila que nos auxiliaram 

nos processos mais difíceis, como fazer 

a fundação da casa. Foi uma experiência 

única, seja em relação ao trabalho 

e poder conhecer essas pessoas”, comentou 

Leon. E não apenas isso, como 

a obra ficava longe da estrada, levar 

os materiais foi outra aventura. “O 

caminhão conseguia chegar até certo 

ponto, dali em diante o transporte era 

muito mais lento e precisamos de dois 

dias completos para descarregar tudo”, 

lembra Leon. 

Projeto feito, fundações lançadas e 

agora que o trabalho precisava ter sua 

sequência. Nessa hora, a experiência 

como marceneiro de Leon pesou e ele 

pôde fabricar todos os encaixes da casa 

em seu atelier em São Paulo e levar 

tudo pronto para a obra. “Essa parte 

foi uma das mais legais, pois pude 

utilizar em escala maior os padrões 

de encaixes que já utilizo nos móveis 

e outros objetos em uma casa, o que 

deixou todo o projeto muito leve e sem 

a presença de pregos e parafusos em 

cada canto”, exaltou Leon. 

Como artesão, Leon relata que a 

“PARA FAZER A 

CASA, A ITAÚBA FOI 

ESCOLHIDA, POIS TEM 

UMA OLEOSIDADE 

NATURAL QUE 

A PROTEGE 

DA UMIDADE 

E DE OUTRAS 

INTEMPÉRIES. DESSA 

FORMA, A CASA 

TODA, POR TER A 

ESTRUTURA COM 

ENCAIXES E UM 

PROJETO ABERTO, 

FICOU AREJADA, LEVE 

E MUITO AGRADÁVEL” 

LEON ADES, MARCENEIRO 

52

escolha da madeira foi uma das partes 

mais importantes do projeto, pois tinha 

que unir praticidade, resistência e leveza 

para o projeto. “Para fazer a casa, 

a Itaúba foi escolhida, pois tem uma 

oleosidade natural que a protege da 

umidade e de outras intempéries. Dessa 

forma, a casa toda, por ter a estrutura 

com encaixes e um projeto aberto, 

ficou arejada, leve e muito agradável”, 

comemora o marceneiro. 

Com o projeto pronto, Leon não 

pôde deixar de colocar sua marca também 

nos acabamentos e decoração da 

casa. Na verdade, foi um toque final 

cheio de estilo e personalidade. “Tinha 

algumas ideias, trouxe peças minhas, 

escolhi peças de outros colegas, que 

trabalham com decoração e assim fina- 

53


lizamos um espaço incrível, onde meu 

amigo e sua família puderam aproveitar 

com muito conforto e elegância”, explica 

Leon. 

Um desafio como esse, para quem 

está acostumado com a vida da oficina 

de marcenaria, fez Leon aprender muito 

e valorizar essa experiência como 

um marco em sua carreira. “Claro que 

tinha o nervosismo, mas todo mundo 

começou com uma primeira casa e esse 

projeto tem um resultado final fantástico”, 

valoriza o marceneiro. Sobre a 

possibilidade de fazer outra casa, Leon 

não nega o desafio, mas explica que as 

demandas da oficina exigem um planejamento 

diferente dessa experiência. 

“Claro que faria novamente, mas dessa 

vez precisaria de um projeto mais próximo, 

onde pudesse conciliar de forma 

harmônica as atividades cotidianas com 

a construção”, relata Leon. 

54

Construção 

Planejar para 

CONSTRUIR 

Fotos: Davi Bortolossi 

56 


EVENTO UNE 

ENTIDADES 

DA INDÚSTRIA 

DO SEGMENTO 

FLORESTAL PARA 

DISCUTIR O FUTURO 

DA CONSTRUÇÃO 

SUSTENTÁVEL

57 

F 

oi realizado no Campus da Indústria 

da Fiep (Federação das 

Indústrias do Estado do Paraná), 

a primeira reunião do ano do Conselho 

Setorial da Indústria da Madeira, 

promovida em parceria com a Abimci 

(Associação Brasileira da Indústria de 

Madeira Processada Mecanicamente). 

O evento, liderado pelo coordenador, 

Roni Junior Marini, reuniu industriais, 

profissionais, representantes de entidades 

de classe do setor e autoridades, 

como os secretários de Estado do Planejamento, 

Guto Silva, e do Desenvolvimento 

Sustentável, Valdemar Bernardo 

Jorge; o presidente da Abimci, Juliano 

Vieira de Araújo; o ex-presidente da 

CBIC (Câmara Brasileira da Indústria 

da Construção), José Carlos Martins, 

entre outros representantes do poder 

público e empresários. O objetivo principal 

foi aprofundar o debate sobre as 

oportunidades do sistema construtivo 

sustentável de madeira em edificações 

e como o Paraná pode explorar este 

mercado.

Construção 

58 

Mais de 100 participantes definiram 

ações para promover avanços nas 

construções sustentáveis em madeira 

este ano. 

Já na abertura, o coordenador 

Roni Junior Marini reforçou o compromisso 

da reunião em fechar a agenda 

com ações concretas. “A Fiep é protagonista 

em iniciativas inovadoras 

e sustentáveis no setor industrial. E 

falando em construção, não há como 

tratar do tema sem olhar os avanços 

das construções de madeira. Nosso 

objetivo é difundir essa tecnologia. Por 

isso criamos aqui grupos de trabalho 

permanentes, que vão atuar em frentes 

distintas, mas todas interligadas, 

para que possamos promover o uso da 

construção sustentável em madeira no 

Paraná e no Brasil”, exaltou Roni. 

Juliano Vieira de Araújo, da Abimci, 

destacou que, embora o tema esteja 

avançando, a construção em madeira 

no Brasil está atrasada e há um longo 

caminho a ser percorrido. “No mundo 

todo esse é um grande negócio e aqui 

temos uma questão cultural envolvida. 

Precisamos desenvolver e melhorar 

a demanda e a oferta do produto ao 

mercado. Os métodos para trabalhar 

nós temos”, enfatizou Juliano. O presidente 

da Abimci, ainda, destacou as 

qualidades da madeira, sendo uma 

matéria-prima sustentável, de reutilização 

e redução de carbono, entre outros 

diferenciais. 

“Este é um assunto vital para nosso 

setor e para o mundo e podemos 

evoluir com ações concretas aqui no 

Brasil”, resumiu Juliano. 

O ex-presidente da CBIC, José 

Carlos Martins, também falou sobre a 

relevância dos projetos de construções 

sustentáveis em madeira no Brasil. “É 

importante avançarmos nos projetos 

dessa área porque inevitavelmente, no 

curto prazo, todos construirão com uso 

da madeira. Os países desenvolvidos já 

utilizam em larga escala o produto, seja 

por tecnologia, agilidade e conforto. 

Mas, principalmente, pela questão da 

sustentabilidade. Hoje reduzir as emissões 

e reaproveitar matéria-prima são 

necessidades”, alertou José Carlos. 

Superintendente da Abimci e diretor 

da Fiep, Paulo Roberto Pupo, apre- 

“PRECISAMOS DE 

RESULTADOS PRÁTICOS 

QUE AVANCEM RÁPIDO. 

JÁ FIZEMOS MISSÕES, 

VISITAS TÉCNICAS, 

RECEBEMOS FEIRAS 

E CONHECEMOS 

PROJETOS QUE 

CONFIRMAM AS 

TENDÊNCIAS DE 

QUALIDADE E 

EFICIÊNCIA DAS 

CONSTRUÇÕES 

SUSTENTÁVEIS EM 

MADEIRA” 

PAULO PUPO, 

DIRETOR DA FIEP

sentou um resumo das atividades já realizadas 

pelo conselho e reforçou que 

agora as ideias precisam ser tiradas do 

papel e evoluírem para ações concretas. 

“Precisamos de resultados práticos 

que avancem rápido. Já fizemos missões, 

visitas técnicas, recebemos feiras 

e conhecemos projetos que confirmam 

as tendências de qualidade e eficiência 

das construções sustentáveis em madeira”, 

ressaltou Paulo. Para o superintendente, 

apenas a boa vontade não 

basta, pois é preciso ter estrutura técnica 

para avançar ainda mais. “A Abimci 

faz um trabalho importantíssimo neste 

sentido. É uma grande parceira do setor 

para que possamos crescer juntos”, 

concluiu Paulo. 

Os secretário de Estado do Planejamento, 

Guto Silva, e do Desenvolvimento 

Sustentável, Valdemar Bernardo 

Jorge, sinalizaram que é interesse do 

governo do Estado conhecer mais e difundir 

o uso da madeira na construção. 

“Importante este compartilhamento 

de informações para compreendermos 

os ativos que temos aqui, a matéria- 

-prima disponível e o potencial desta 

cadeia produtiva. Se temos algo que 

agrega valor aos nossos produtos, gera 

emprego e renda, não podemos desperdiçar 

oportunidades. Agradeço o 

conhecimento adquirido aqui e vamos 

com certeza apoiar essas iniciativas”, 

declarou Guto. 

Valdemar valorizou o nível de excelência 

apresentado por cada um dos 

presentes no evento e quais os planos 

do setor público para essas pautas. 

“Vim aqui para aprender e fiquei impressionado 

com o grau de maturidade 

do setor. Poderemos ajudar em vários 

temas como a outorga verde de potencial 

construtivo, definir políticas públicas 

de gestão de resíduos em madeira, 

na desburocratização e regulamentação 

para a produção florestal e para 

fomentar concursos arquitetônicos de 

obras públicas”, resumiu Valdemar. 

Na sequência, foram definidos 

quatro grupos de trabalho (pesquisa, 

desenvolvimento e inovação; política 

pública; mercado, promoção e divulgação; 

e qualificação de mão de obra) 

e definidas três agendas de reuniões 

mensais para que, até março, ações 

concretas já sejam apresentadas a todos 

os participantes. 

“ESTE É UM 

ASSUNTO VITAL 

PARA NOSSO 

SETOR E PARA 

O MUNDO E 

PODEMOS EVOLUIR 

COM AÇÕES 

CONCRETAS AQUI 

NO BRASIL” 

JULIANO ARAÚJO, 

PRESIDENTE DA ABIMCI 

59

Feira 

ForMóbile 

A MELHOR EDIÇÃO DE TODOS OS TEMPOS ESTÁ 

CHEGANDO COM DIVERSAS EXPERIÊNCIAS E 

INOVAÇÕES PARA O SETOR DA INDÚSTRIA DA 

MADEIRA E DECORAÇÃO 


60

A 

ForMóbile, principal evento da 

indústria de móveis e madeira 

na América Latina e maior feira 

do setor está programada para acontecer 

de 2 a 5 de julho de 2024, no São 

Paulo Expo, com a participação confirmada 

de mais de 550 marcas expositoras 

e expectativa de receber cerca de 

50 mil profissionais do segmento. 

A feira se destaca como um ponto 

de encontro essencial para marceneiros, 

indústrias, fornecedores e revendedores 

nacionais e internacionais, além 

de arquitetos e designers. Oferecendo 

um ambiente propício para oportunidades 

de negócios, a ForMóbile proporciona 

aos participantes a exploração 

das últimas novidades e tendências do 

mercado, promovendo a integração da 

cadeia moveleira em torno da inovação 

para as empresas do setor. 

Sob a gestão de Tatiano Segalin, 

business manager da ForMóbile, a 10ª 

edição é um marco, que coincide com 

o 20º aniversário da feira e contará com 

participação recorde da indústria e 

cadeia moveleira. Os visitantes terão a 

oportunidade de explorar tendências, 

novidades e conteúdo abrangente 

sobre fabricação, acessórios, matérias- 

-primas, insumos, equipamentos e 

produtos finais, além de conectar fornecedores 

e revendedores. 

O Espaço Madeira, que reúne expositores 

de madeira maciça e produtos 

relacionados, será expandido, incluindo 

soluções para a construção civil em 

resposta ao aumento global do uso da 

madeira em edificações para promover 

a sustentabilidade. A ForMóbile oferece 

ações pensadas para promover o desenvolvimento 

comercial, econômico, 

tecnológico e profissional do setor. Os 

visitantes poderão participar de palestras 

no Palco ForMóbile, além de explorar 

o Espaço Maker, dedicado a quem 

busca aprender técnicas especializadas 

e conferir o trabalho dos principais profissionais 

do setor. 

Já a ForMóbile Digital, canal de conteúdo 

editorial com produção exclusiva 

setorizada, registra mais de 20 mil acessos 

por mês. A plataforma ForMóbile 

Xperience, por sua vez, oferece uma 

experiência digital para toda a comunidade 

do evento, proporcionando pesquisa 

de marcas, produtos e serviços, 

consumo de conteúdos em vídeos e 

oportunidades de conexão. Serão quatro 

dias intensos de muito conteúdo 

qualificado, networking e negócios. O 

Leitor pode fazer seu credenciamento 

gratuito no site da ForMóbile, no QR 

Code ao lado e participar da 10ª edição. 

61

Economia 

Dor de cabeça 

PARA OS 

62 

PEQUENOS 

PEQUENAS INDÚSTRIAS 

MOSTRAM INSATISFAÇÃO COM 

CONDIÇÕES FINANCEIRAS HÁ 

PELO MENOS 10 ANOS 

Fotos: divulgação

O 

PPI (Panorama da Pequena 

Indústria) fez um balanço dos 

últimos 10 anos e constatou 

que as pequenas indústrias apresentam 

insatisfação com a situação financeira 

há uma década. O principal fator é a 

dificuldade de acesso ao crédito. A pesquisa 

da CNI (Confederação Nacional 

da Indústria) também mostra que a 

elevada carga tributária foi o problema 

mais assinalado pelas pequenas indústrias 

na série histórica. O levantamento 

traz, ainda, dados sobre o desempenho 

nos anos anteriores e as expectativas 

para os próximos meses de 2024. 

Paula Verlangeiro, economista da 

CNI, explica que as pequenas indústrias 

são as mais penalizadas com as mudanças 

econômicas como, por exemplo, o 

aumento da taxa básica de juros. Também 

são as que têm menos disponibilidade 

de recursos para lidar com eventuais 

problemas. “Por esses e outros 

motivos, os últimos 10 anos não foram 

fáceis para as MPEs (Micro e Pequenas 

Empresas) industriais e o balanço detalha 

esse cenário”, aponta Paula. 

63

Economia 

64 

Entre 2013 e 2023, os pequenos 

empresários industriais dos setores de 

construção e de transformação registraram 

dificuldade de acesso ao crédito 

em todos os 40 trimestres analisados. 

O índice ficou abaixo da média histórica 

em 21 dos 40 trimestres para a indústria 

de transformação, enquanto ficou 

abaixo da média histórica em 24 dos 40 

trimestres para a pequena indústria de 

construção. 

ANÁLISE DIRETA 

Em 2016, o Índice de Situação Financeira 

marcou o pior resultado da série 

com 29,5 pontos, reflexo do aumento 

das taxas de juros, que atingiu o maior 

patamar do período no terceiro trimestre 

de 2015, 14,25% ao ano. De 2015 a 

2019, o indicador teve altas e baixas, 

mas sempre se manteve abaixo da média 

histórica (38,4 pontos). 

Só em meados de 2020, que o índice 

se recuperou e, inclusive, registrou 

o maior valor da série (43,1 pontos). 

Um dos motivos foi a criação dos programas 

de apoio e incentivo às MPEs 

para superar a crise de Covid-19, como 

o PRONAMPE (Programa Nacional de 

Apoio às Microempresas e Empresas 

de Pequeno Porte) e o PEAC (Programa 

Emergencial de Acesso a Crédito), que 

facilitaram o acesso ao crédito para os 

pequenos industriais. 

É importante destacar, que apesar 

disso, o ISF (Índice de Situação 

Financeira) nunca alcançou a marca 

de 50 pontos, que separa avaliações 

favoráveis de desfavoráveis. Isso se 

deve, principalmente, pela dificuldade 

de acesso ao crédito percebida em 

todos os segmentos. “Por mais que os 

programas tenham oferecido um respiro, 

não foi suficiente para dizer que as 

pequenas empresas industriais estejam 

financeiramente bem e recuperadas. 

Uma das iniciativas que pode ajudar 

os empresários à acessarem o recurso 

certo é o NAC (Núcleo de Acesso ao 

Crédito), da CNI, que presta consultoria 

e orientação sobre linhas de financiamento 

por todo país”, reforça Paula. 

Em 2023, o aumento da inadimplência 

fez com que os bancos adotassem 

critérios mais rígidos para concessão 

de crédito, como exigir mais garantias, 

oferecer prazos menores e, inclusive, 

custos maiores. No segundo semestre 

do ano, o Banco Central começou a reduzir 

a taxa básica de juros, 0,5 ponto 

percentual em cada uma das quatro 

reuniões do COPOM (Comitê de Política 

“POR ESSES 

E OUTROS 

MOTIVOS, OS 

ÚLTIMOS 10 ANOS 

NÃO FORAM 

FÁCEIS PARA AS 

MPES (MICRO 

E PEQUENAS 

EMPRESAS) 

INDUSTRIAIS E 

O PANORAMA 

DETALHA ESSE 

CENÁRIO” 

PAULA VERLANGEIRO, 

ECONOMISTA DA CNI

Monetária). Embora a medida não produza 

efeitos imediatos para as pequenas 

empresas, já melhora a expectativa 

dos empresários, refletido no ISF, que 

apresentou aumento e fechou o ano 

com 42,2 pontos. 

O PPI traz o ranking dos principais 

problemas enfrentados pelas indústrias 

de pequeno porte em cada trimestre, 

por segmento industrial (transformação 

e construção) desde 2015. 

Apesar das oscilações ao longo da 

década, um dos problemas que permaneceu 

com alto percentual de assinalações, 

independentemente do segmento, 

foi a elevada carga tributária. 

A metodologia da pesquisa considera 

apenas o número de empregados por 

estabelecimentos (1 a 49 no caso de 

MPEs). Portanto, há empresas que não 

são tributadas pelo Simples Nacional na 

amostra e essas são, frequentemente, 

penalizadas pelo sistema tributário 

complexo e oneroso. 

TAXAS DE JUROS, COMPETIÇÃO 

DESLEAL E FUTURO 

No quarto trimestre de 2023, os 

principais problemas percebidos pelos 

pequenos empresários da indústria de 

transformação foram: elevada carga 

tributária, demanda interna insuficiente 

e competição desleal (como informalidade 

e contrabando). Esse último problema 

ganhou força desde 2021 e agora 

ficou na terceira posição. Isso evidencia 

a necessidade de promover uma concorrência 

saudável, com ações para 

coibir práticas que possam prejudicar a 

competitividade. 

Para as indústrias de construção, 

do primeiro trimestre de 2021 ao terceiro 

trimestre de 2023, as taxas de juros 

elevadas sofreram aumento contínuo 

nas assinalações. O setor é diretamente 

afetado pelas altas dos juros, que prejudica 

tanto os empresários ao encarecer 

os recursos para projetos, quanto os 

consumidores por também dificultar o 

financiamento para aquisição de imóveis. 

O QUE AS PEQUENAS 

INDÚSTRIAS ESPERAM PARA 

O FUTURO? 

Durante a última década, as pequenas 

empresas industriais enfrentaram 

desafios, mas também tiveram algumas 

oportunidades e se mostram resilientes. 

Um dado que comprova isso é o 

crescimento do número de micro e pequenas 

indústrias, de 433 mil para 459 

mil. Esses negócios empregam mais de 

3,4 milhões de trabalhadores formais e 

a soma do salário deles chega a R$ 85 

bilhões por ano, segundo levantamento 

da CNI, com base na RAIS (Relação 

Anual de Informações Sociais). 

O ICEI (Índice de Confiança do 

Empresário), que captura como o empresário 

percebe as condições atuais, 

quais são suas expectativas e, com 

essas informações, antecipa as mudanças 

e as tendências das atividades 

dos industriais, registrou 51,2 pontos 

em janeiro de 2024. O indicador está 

acima da linha divisória de 50 pontos, 

que separa confiança da falta de confiança. 

Segundo a economista da CNI, a 

confiança e as perspectivas estão melhorando, 

especialmente, por conta da 

redução da taxa de juros. “Esperamos 

que essas melhorias ajudem a impulsionar 

o crescimento das pequenas empresas 

no futuro. Medidas em prol do 

ambiente de negócios, que diminuam 

a burocracia e que proporcionem um 

acesso melhor ao crédito são essenciais 

para a competitividade das pequenas 

empresas”, ressalta Paula. 

65

Agenda 

Abril 2024 

FEICON 

Data: 2 a 5 

Local: São Paulo (SP) 

Informações: https://www.feicon.com.br/pt-br.html 

A FEICON é a mais completa feira do setor de construção civil e arquitetura da América 

Latina, pois oferece oportunidades para a indústria e o comércio, opções de melhores 

negócios. Com a presença dos principais players e o maior mix de produtos dos segmentos 

de acabamentos, estruturas, instalações e externos, a FEICON dita tendências, apresenta 

novas tecnologias, novos produtos e oferece programação completa de conteúdos e atrações 

para varejistas, distribuidores, engenheiros, construtores, arquitetos e demais profissionais 

do mercado de construção durante seus 4 dias de realização. 

SALONE DEL MÓBILE DI MILANO 

Data: 16 a 21 

Local: Milão (Itália) 

Informações: https://www.salonemilano.it/en 

Todos os anos, o Salone del Mobile traz os seus produtos de boa aparência e bem feitos de 

volta a um palco de importância internacional, ao mesmo tempo que é uma prova de como 

a evolução do processo de feiras pode ser acelerada. O evento sempre foi testemunha de 

uma extraordinária curiosidade, disponibilidade e abertura à discussão e de uma tremenda 

capacidade de progredir, inovando fórmulas consolidadas. Nos últimos anos difíceis de 

pandemia, o Salone iniciou uma revisão concreta do seu formato expositivo, com o objetivo 

de continuar a gerar valor para toda a comunidade do design. 

66 

Junho 2024 

FEISTOCK 

Data: 13 a 16 

Local: São Bento do Sul (SC) 

Informações: https://www.feistock.com.br/feira 

A Feistock surgiu no ano de 2004 com o intuito de ajudar os moveleiros de São Bento do 

Sul (SC), Rio Negrinho (SC) e Campo Alegre (SC) a escoarem seus estoques de móveis de 

sobras de exportação, vendendo-as para o consumidor final. Com o passar dos anos e das 

crises que atingiram o setor, as empresas que sobreviveram tiveram que buscar entrar 

no mercado interno e a feira se moldou para atender esta nova demanda e hoje colabora 

muito para que estas empresas exponham sua marca para lojistas e o consumidor final e se 

tornem conhecidas. A feira também é um evento que mantém a região como um polo de 

fabricação de móveis diferenciados e de alta qualidade, além de ter uma forte atuação no 

setor de turismo de Santa Catarina. 

Julho 2024 

FORMÓBILE 

Data: 2 a 5 

Local: São Paulo (SP) 

Informações: https://www.formobile.com.br/pt/home.html 

A ForMóbile - Feira Internacional da Indústria de Móveis e Madeira, em sua nona edição 

confirmou a confiança da indústria moveleira. A edição de 2022, que aconteceu de 05 a 08 

de julho, foi marcada por um alto volume de negócios fechados, fato que reflete a potência 

do setor. Além do sucesso de parcerias, o número de visitantes também superou as expectativas. 

Mais de 50 mil pessoas passaram pelo São Paulo Expo nos quatro dias de evento, 

um número recorde. Nesta edição, a feira também conta com mais de 500 marcas expositoras 

(nacionais e internacionais), ocupando 50 mil m² (metros quadrados) do pavilhão. 

Setembro 2024 

ENCAPP 

Data: 18 a 20 

Local: Curitiba (PR) 

Informações: https://encapp.com.br/ 

Com o objetivo de apresentar novas soluções de produtos, materiais e tecnologias para 

portas de madeira, além de discutir soluções globais sobre o tema, foi criado o Encapp 

(Encontro da Cadeia Produtiva da Porta). Em sua sexta edição, que será realizada de 18 

a 20 de setembro de 2024, o Encapp acontece novamente junto à Lignum Latin America, 

importante encontro da Semana Internacional da Madeira, realizada em Curitiba (PR). O 

evento é uma realização da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada 

Mecanicamente) por meio do PSQ-PME (Programa Setorial da Qualidade de Portas de 

Madeira para Edificações).

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