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Revista Live Marketing Edição 40 - 2021

Caro leitor Apesar e por causa da pandemia, alguns temas que pareciam esquecidos voltaram a dominar as rodas de discussões de agências e empresas. Dois desses temas têm ganhado destaque: o primeiro é a preocupação das marcas com questões ligadas a propósito e reputação. O outro é como manter uma relação saudável com os clientes, fazendo com que os processos de escolha das agências sejam mais claros e objetivos. Por isso, fomos ouvir as agências e as empresas sobre essas duas questões. Para nossa surpresa, no que tange os processos de escolha de suas agências, as empresas, de um modo geral, preferem não falar sobre esse assunto. Das mais de 12 empresas procuradas, somente a Motorola se posicionou. No que tange o propósito, é cada vez maior o investimento e a preocupação na consolidação da presença das marcas na vida das pessoas, seja por meio de uma comunicação tradicional, seja por meio de influenciadores ou dos meios digitais. O mais importante é fazer com que seja agregado valor tangível que seja sentido pelo consumidor. Fica cada vez mais evidente que somente preço não é mais fator decisivo. A reputação, em parte, se faz pela sustentabilidade dos produtos e compromissos com os consumidores. E isso é presente nas diretrizes das empresas nos dias de hoje. Empatia virou palavra de ordem. Todos os esforços devem ter como mola propulsora o posicionamento junto ao público. Já quando o assunto são os processos de escolha de agências e o relacionamento com seus clientes, é transparente o posicionamento dos executivos das agências no sentido de que algo tem que mudar. As empresas devem rever o processo de contratação por job, bem como oferecer melhores condições para que as agências consigam desenvolver projetos de médio e longo prazo. Pelo menos do lado das agências existe um discurso que segue a mesma linha. As empresas precisam se posicionar melhor em relação ao que pensam e desejam; precisam ser parceiras de suas agências no sentido de rever as questões de prazo de pagamento e escolher um número menor de agências para participar das concorrências. Boa leitura

Caro leitor
Apesar e por causa da pandemia, alguns temas que pareciam esquecidos voltaram a dominar as rodas de discussões de agências e empresas. Dois desses temas têm ganhado destaque: o primeiro é a preocupação das marcas com questões ligadas a propósito e reputação. O outro é como manter uma relação saudável com os clientes, fazendo com que os processos de escolha das agências sejam mais claros e objetivos.
Por isso, fomos ouvir as agências e as empresas sobre essas duas questões. Para nossa surpresa, no que tange os processos de escolha de suas agências, as empresas, de um modo geral, preferem não falar sobre esse assunto. Das mais de 12 empresas procuradas, somente a Motorola se posicionou.
No que tange o propósito, é cada vez maior o investimento e a preocupação na consolidação da presença das marcas na vida das pessoas, seja por meio de uma comunicação tradicional, seja por meio de influenciadores ou dos meios digitais. O mais importante é fazer com que seja agregado valor tangível que seja sentido pelo consumidor.
Fica cada vez mais evidente que somente preço não é mais fator decisivo. A reputação, em parte, se faz pela sustentabilidade dos produtos e compromissos com os consumidores. E isso é presente nas diretrizes das empresas nos dias de hoje. Empatia virou palavra de ordem. Todos os esforços devem ter como mola propulsora o posicionamento junto ao público.
Já quando o assunto são os processos de escolha de agências e o relacionamento com seus clientes, é transparente o posicionamento dos executivos das agências no sentido de que algo tem que mudar. As empresas devem rever o processo de contratação por job, bem como oferecer melhores condições para que as agências consigam desenvolver projetos de médio e longo prazo.
Pelo menos do lado das agências existe um discurso que segue a mesma linha. As empresas precisam se posicionar melhor em relação ao que pensam e desejam; precisam ser parceiras de suas agências no sentido de rever as questões de prazo de pagamento e escolher um número menor de agências para participar das concorrências.

Boa leitura

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E D I Ç Ã O D I G I T A L<br />

ano 9 | nº <strong>40</strong> | <strong>2021</strong><br />

C A S T E L O<br />

D E C A R T A S<br />

PROPÓSITO E REPUTAÇÃO ENTRAM<br />

DE VEZ NA PAUTA DE DISCUSSÃO DAS EMPRESAS<br />

E DEVEM, CADA VEZ MAIS, INFLUENCIAR<br />

A DECISÃO DE COMPRA<br />

AGÊNCIAS BUSCAM DOS CLIENTES MAIOR CLAREZA,<br />

OBJETIVIDADE E PROJETOS DE LONGO PRAZO<br />

NA HORA DA CONTRATAÇÃO<br />

INVESTIR EM VÍDEOS DE QUALIDADE NAS PLATAFORMAS<br />

DIGITAIS PODE FAZER A DIFERENÇA NA CONQUISTA<br />

DA AUDIÊNCIA<br />

INOVAÇÃO É UMA HABILIDADE EXIGIDA EM TODOS OS MERCADOS, NINGUÉM ESCAPA DESSA TENDÊNCIA<br />

REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 1


2 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 3


CADA VEZ MAIS CONECTADA<br />

SUMÁRIO<br />

06<br />

08<br />

10<br />

14<br />

EDITORIAL<br />

TECNOLOGIA XR<br />

HYPE PREPARA CRESCIMENTO<br />

REPUTAÇÃO DAS MARCAS<br />

20<br />

22<br />

28<br />

30<br />

32<br />

34<br />

ARTIGO – FUTURO DA BLACK FRIDAY<br />

RELAÇÃO AGÊNCIAS E EMPRESAS<br />

VÍDEOS NO MUNDO DIGITAL<br />

VRP SE CONSOLIDA NO MERCADO<br />

LIVE NEWS<br />

1601<br />

4 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 5


QUER<br />

Sortear prêmios<br />

TEM DIFICULDADES<br />

MAS<br />

A BUROCRACIA?<br />

COM<br />

CARO LEITOR<br />

Apesar e por causa da pandemia, alguns temas que pareciam esquecidos voltaram<br />

a dominar as rodas de discussões de agências e empresas. Dois desses temas têm<br />

ganhado destaque: o primeiro é a preocupação das marcas com questões ligadas a<br />

propósito e reputação. O outro é como manter uma relação saudável com os clientes, fazendo<br />

com que os processos de escolha das agências sejam mais claros e objetivos.<br />

Por isso, fomos ouvir as agências e as empresas sobre essas duas questões. Para<br />

nossa surpresa, no que tange os processos de escolha de suas agências, as empresas, de um<br />

modo geral, preferem não falar sobre esse assunto. Das mais de 12 empresas procuradas,<br />

somente a Motorola se posicionou.<br />

No que tange o propósito, é cada vez maior o investimento e a preocupação na<br />

consolidação da presença das marcas na vida das pessoas, seja por meio de uma comunicação<br />

tradicional, seja por meio de influenciadores ou dos meios digitais. O mais importante é fazer<br />

com que seja agregado valor tangível que seja sentido pelo consumidor.<br />

EXPEDIENTE<br />

Sergio Sanches, Editor Executivo.<br />

Fica cada vez mais evidente que somente preço não é mais fator decisivo. A reputação,<br />

em parte, se faz pela sustentabilidade dos produtos e compromissos com os consumidores. E<br />

isso é presente nas diretrizes das empresas nos dias de hoje. Empatia virou palavra de ordem.<br />

Todos os esforços devem ter como mola propulsora o posicionamento junto ao público.<br />

Já quando o assunto são os processos de escolha de agências e o relacionamento com<br />

seus clientes, é transparente o posicionamento dos executivos das agências no sentido de que<br />

algo tem que mudar. As empresas devem rever o processo de contratação por job, bem como<br />

oferecer melhores condições para que as agências consigam desenvolver projetos de médio e<br />

longo prazo.<br />

Pelo menos do lado das agências existe um discurso que segue a mesma linha. As<br />

empresas precisam se posicionar melhor em relação ao que pensam e desejam; precisam ser<br />

parceiras de suas agências no sentido de rever as questões de prazo de pagamento e escolher<br />

um número menor de agências para participar das concorrências.<br />

BOA LEITURA<br />

A Silvestre Assessoria tem a<br />

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Cuidamos do processo de autorização para marcas<br />

e agências legalizarem suas promoções, em todos<br />

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A <strong>Revista</strong> <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> é um veículo de comunicação de propriedade da Growth Comunicações.<br />

Conselho Editorial: Kito Mansano, Mauro Camargo, Rodrigo Caetano e Sergio Sanches<br />

Editor Executivo: Sergio Sanches (MTB 16.338)<br />

Editora: Nathália da Silva Sanches<br />

Redação: Ana Maria Santos e Robson Castro<br />

Diagramação: Rodrigo Caetano<br />

Sugestões de pauta podem ser enviadas para: sergio@revistalivemarketing.com.br<br />

Departamento comercial: Mauro Camargo<br />

Fone: (11) 99978.9998 - (11) 2626.0567<br />

Email: mauro@revistalivemarketing.com.br<br />

Núcleo comercial: comercial@revistalivemarketing.com.br<br />

As matérias e artigos assinados não representam necessariamente a opinião da <strong>Revista</strong>.<br />

Fica proibida a reprodução das matérias sem a expressa autorização dos editores e sem a citação da fonte.<br />

silvestre.tv<br />

THIAGO SILVESTRE<br />

+55 11 9 8381 7890<br />

thiago@silvestre.tv<br />

6 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 7


TENDÊNCIA<br />

TECNOLOGIA XR PROMETE APOSENTAR O CHROME KEY<br />

E DAR VIDA ÀS EXPERIÊNCIAS INTERATIVAS.<br />

Para execução qualificada de projetos<br />

tecnológicos, a Apple Produções conta com<br />

uma parceira especializada, a InMagic Group -<br />

produtora audiovisual focada em<br />

soluções tecnológicas.<br />

Uma das entregas recentes dessa parceria<br />

foi realizada nos Studios Apple Fecomercio.<br />

Utilizando a “tecnologia XR”, a estrutura<br />

montada virou palco para o clipe da música<br />

“Pássaros” da dupla Chitãozinho & Xororó.<br />

“Esse mix de tecnologias que juntamos<br />

proporciona uma maior imersão e interatividade<br />

aos espectadores dos eventos e projetos<br />

audiovisuais que executamos. Durante meses<br />

buscamos inovações no audiovisual que fossem<br />

viáveis para o cliente e propusesse uma entrega<br />

final diferente das habituais que o expectador<br />

está acostumado e que realmente impactasse o<br />

mercado. Através dessa novidade, conseguimos<br />

entregar algo diferente para aqueles que já<br />

estão cansados do mesmo. São infinitas as<br />

PARA PROPORCIONAR AO PÚBLICO UMA<br />

experiência ainda mais imersiva, o mercado acompanhou<br />

o surgimento de novas tendências tecnológicas. Realidade<br />

Virtual, Realidade Aumentada, Realidade Estendida e Realidade<br />

Mista, passaram a fazer parte do vocabulário de quem convive<br />

no universo do <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong>.<br />

Essas técnicas que já são utilizadas em produções<br />

cinematográficas, como no filme Mandalorian da Disney+,<br />

foram implementadas como uma solução tecnológica<br />

para realização de eventos online e filmes publicitários. A<br />

chamada Realidade Estendida ou “Tecnologia XR”, promete no<br />

futuro, aposentar o Chroma Key, pois utilizando um setup de<br />

painel de LED de alta resolução com trackeamento de câmera<br />

o efeito de extensão de cenário é visualizado em real time.<br />

Mirando a inovação, algumas empresas deste<br />

setor já se adaptaram para realizar projetos utilizando a<br />

Realidade Estendida, como é o caso da empresa<br />

Apple Produções.<br />

“O primeiro evento que tivemos contato com a<br />

tecnologia foi na CCXP 2020. A partir daí, entendemos que<br />

essa solução inovadora rapidamente iria se tornar parte do<br />

cotidiano das produções de eventos online. Desde então,<br />

já realizamos vários formatos de eventos utilizando a<br />

tecnologia.”, comenta Gijo Pinheiro, CEO da Apple Produções.<br />

possibilidades que com criatividade e inovação<br />

podemos realizar.”, conta Rafael Marques, sócio<br />

da InMagic Group e diretor criativo do clipe<br />

de “Pássaros”.<br />

8 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 9


decisão, vimos há muito tempo observando o<br />

mercado. Acreditamos no movimento de<br />

AGÊNCIA<br />

ascensão e queremos acelerar junto com ele”.<br />

Os preparativos nesse sentido já<br />

começaram dentro da agência, e Rogério<br />

Marques, head de pré-produção, vem<br />

desenvolvendo sua estratégia de trabalho. “Em<br />

novembro, vamos abrir o processo de<br />

homologação de profissionais e fornecedores<br />

com contrato por job, que serão nossos parceiros<br />

em 2022 e 2023. Esse conceito “Plug & Play” é<br />

vantajoso para ambas as partes, e garante uma<br />

força de trabalho que não para, pelo contrário,<br />

renova-se a cada entrega e se torna cada vez<br />

mais uma fonte de energia para a agência”.<br />

Inovação sempre fez parte do dia a<br />

dia e da própria filosofia da agência, e Marcello<br />

Soares, seu COO, mostra-se mais um otimista<br />

entre o time já preparado para a transformação<br />

Head de planejamento, Fabiana Lucone<br />

Head de pré-produção, Rogério Marques<br />

OTIMISMO PROPULSOR:<br />

HYPE SE PREPARA PARA CRESCER<br />

enquanto faz sua análise: “Falar do quanto nosso mercado foi prejudicado pela pandemia já se tornou redundante. O importante agora é saber direcionar nosso foco, ajustá-lo para o novo momento.<br />

Porque, sim, já temos uma nova ordem estabelecida: um caminho para um retorno de 100% do nosso setor em 2022. O que vai definir o sobe e desce do mercado nesse momento vai além do que faremos,<br />

está carregado do que fizemos enquanto estávamos “à sombra”, uma lição de casa que nos custou muita serenidade. Ao ver que as pessoas estão vacinadas e mais protegidas, meu sentimento é de<br />

franco otimismo”.<br />

A conclusão do COO mostra o que podemos esperar da agência nos anos que vêm pela frente: “Quem não prendeu o ar no primeiro momento da descida abrupta dessa montanha-russa que<br />

foi a covid-19? O que vai nos diferenciar daqui pra frente é a capacidade de respirar no meio desse caminho, o quanto seu pensamento foi ventilado e aberto, o quanto se aproveitou de toda essa energia<br />

cinética gerada. Nosso motor está cheio de gás. Se tivemos coragem para encarar o looping, imagine agora para enfrentar a subida! Levamos emoção às pessoas, mas esse sentimento precisa começar<br />

dentro de casa para chegar com verdade na outra ponta. E agora, buscamos por esse tipo de profissional para compor nosso time”.<br />

QUEM NÃO SE SENTIU EM UMA MONTANHA-RUSSA NOS ÚLTIMOS<br />

dois anos? A instabilidade de não saber o que vem pela frente abalou o mercado, e setores como<br />

o de eventos foram desestabilizados fortemente. Especialistas em criar emoções para seu<br />

público, os profissionais se viram com a responsabilidade de, nesse momento, administrar as<br />

suas próprias diante de tantos altos e, principalmente, baixos.<br />

Frente a esse cenário, a Hype manteve-se ativa buscando espaços e recursos<br />

voltados a não somente administrar os desafios momentâneos, mas, também, manter-se<br />

preparada para o momento seguinte e suas surpresas, que não falharam em se manifestar. Tal<br />

pensamento criou para a empresa uma base sólida, que reverberou por toda a equipe, mantendo<br />

todos alertas e aptos para lidar com o inesperado, técnica e emocionalmente.<br />

Cumprindo as expectativas otimistas, a energia potencial acumulada durante os<br />

piores momentos da pandemia é o impulso que agora gera a energia de movimento para a<br />

ascensão que vem pela frente. E a Hype já afivelou os cintos para enfrentá-la.<br />

“Durante a turbulência causada pela pandemia, adotamos uma rigorosa gestão de<br />

crise e estamos encerrando esse ciclo com um ótimo resultado. Num primeiro momento, em que<br />

o cenário ainda era incerto e as opiniões a respeito do futuro mudavam quase que<br />

semanalmente, nossa estratégia foi exercitar o time participando de concorrências. Quando o<br />

digital se tornou a nova realidade, já havíamos adquirido mais experiência que a maioria dos<br />

nossos clientes e concorrentes. A partir daí, optamos por voltar nossa atenção aos clientes que<br />

já haviam superado o velho <strong>Live</strong> Mkt e nos desafiavam a exercitar ainda mais o novo <strong>Live</strong> Mkt.<br />

Desde então, a Hype vem colecionando novas contas e participado menos de concorrências em<br />

jobs pontuais. Mesmo com essa<br />

mudança radical de posicionamento, o<br />

mercado continua sendo muito<br />

generoso conosco”, comenta<br />

Alessandro Ortali, CEO da Hype.<br />

A agência, que não parou<br />

durante quarentenas que se<br />

sobrepuseram nos últimos tempos<br />

lançando mão da reinvenção de<br />

formatos, agora, prepara-se para além<br />

da retomada – acredita e investe em<br />

seu crescimento.<br />

Fabiana Lucone, head de planejamento da agência, vem se estruturando para esse<br />

salto: “Nos últimos tempos, operamos com um time reduzido conseguindo dar vazão às entregas<br />

sob um esforço redobrado. Isso trouxe um destaque à Hype enquanto time que sabe lidar com<br />

desafios, que consegue multiplicar suas disciplinas, uma vez que nossos profissionais possuem<br />

habilidades diversas. Todo esse movimento trouxe muita segurança aos clientes, o que gera<br />

agora uma grande demanda. O momento é propício e estamos prontos para expandir<br />

aumentando nossa equipe”.<br />

“Durante a turbulência<br />

causada pela pandemia,<br />

adotamos uma rigorosa<br />

gestão de crise e estamos<br />

encerrando esse ciclo<br />

com um ótimo resultado.”<br />

(Alessandro Ortali)<br />

Para Ortali, o momento é de otimismo e abre novas possibilidades – “Com foco no<br />

crescimento de <strong>40</strong>% em 2022, estamos abrindo novas vagas para contratação. Para tomar essa<br />

“Quem não prendeu o ar<br />

no primeiro momento da<br />

descida abrupta dessa<br />

montanha-russa que foi<br />

a covid-19? O que vai<br />

nos diferenciar daqui pra<br />

frente é a capacidade de<br />

respirar no meio desse<br />

caminho, o quanto seu<br />

pensamento foi<br />

ventilado e aberto, o<br />

quanto se aproveitou de<br />

toda essa energia<br />

cinética gerada."<br />

(Marcello Soares)<br />

Equipe Hype - Encontro de Líderes Localiza<br />

10 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 11


12 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 13


CAPA<br />

CASTELO DE CARTAS<br />

DA REPUTAÇÃO<br />

DAS EMPRESAS<br />

EM UM MUNDO ONDE CADA PESSOA TEM TOTAL CAPACIDADE DE RESPONDER, CRITICAR, ELOGIAR,<br />

colaborar ou puxar a carta do castelo e derrubar qualquer reputação, as empresas têm cada vez mais se preocupado em consolidar<br />

sua presença, investindo não apenas nas marcas, qualidade de produtos e ações de impacto positivo perante o público, mas apostam<br />

também em outras medidas que agreguem mais valor a toda a estrutura organizacional.<br />

14 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 15


Vice-presidente de marketing da Avon, Danielle Bibas<br />

Para o executivo Silas Colombo, CCO e fundador da<br />

MOTIM, aceleradora de reputação e gestora de posicionamento,<br />

diz que existe uma concepção errada de que o posicionamento e<br />

construção da reputação por meio da comunicação significa só<br />

a marca falar com o mercado. “Hoje, as marcas que constroem a<br />

reputação mais sólida são as que mais escutam o seu mercado,<br />

que mais trazem insumos do seu consumidor e do seu cliente<br />

para a adaptação dessa comunicação. As marcas que têm a<br />

reputação mais forte hoje são as que se baseiam e valorizam a<br />

troca com os seus clientes e seus consumidores, e as que unem<br />

a comunicação ativa com a reativa.”<br />

Ele adiciona que, antes de apresentar uma marca ao<br />

mercado, é preciso entender se ela tem um propósito, se os<br />

produtos ou serviços são apresentados ao público com um<br />

porque do consumo e não somente porque é o mais barato.<br />

“Os produtos, serviços ou marcas devem começar a explicar<br />

em sua comunicação a necessidade de transformar a vida ou o<br />

dia a dia de quem consome de uma forma positiva.”<br />

Seguindo esse pensamento de que a reputação das<br />

empresas vai além de apenas ter produtos mais baratos, a<br />

diretora de mídia e marketing institucional da Unilever, Ana<br />

Paula Duarte, diz que o entendimento de que é essencial<br />

atuar de maneira responsável, do<br />

ponto de vista social e ambiental<br />

– entregando ações e produtos<br />

que materializem esta crença –<br />

certamente reflete na reputação<br />

da companhia. “Por óbvio, este<br />

precisa ser um movimento<br />

genuíno e que extrapole o<br />

discurso, já que o consumidor<br />

está cada vez mais informado<br />

e atento e é preciso mostrar<br />

resultados práticos. No caso da<br />

Unilever, esse comprometimento<br />

com o propósito da companhia<br />

“Acreditamos, como companhia, que ter<br />

um propósito nos faz prosperar de maneira<br />

consistente e em longo prazo. Já nascemos<br />

com propósito, somos uma empresa<br />

historicamente progressista e responsável.”<br />

(Ana Paula Duarte)<br />

se comprova, por exemplo, em reconhecimento como o<br />

recebido em 2020, como líder do setor no Índice Dow<br />

Jones de Sustentabilidade. Também foi a organização com<br />

melhor classificação na pesquisa GlobeScan 2020/Líderes<br />

de Sustentabilidade, pelo décimo ano consecutivo. Todos<br />

esses reconhecimentos mostram que estamos no caminho<br />

certo e que temos a responsabilidade de fazer cada vez<br />

mais e melhor, para impactar positivamente a sociedade. A<br />

reputação positiva vem como consequência natural da nossa<br />

forma de fazer negócio e da maneira como comunicamos os<br />

propósitos das nossas marcas.”<br />

Ela ainda destaca que a reputação, em parte, se faz<br />

pela sustentabilidade dos produtos e compromissos com<br />

os consumidores. “Acreditamos, como companhia, que ter<br />

um propósito nos faz prosperar de maneira consistente e<br />

em longo prazo. Já nascemos com propósito, somos uma<br />

empresa historicamente progressista e responsável. Desde<br />

a época em que nosso fundador, William Lever, há mais de<br />

100 anos, lançou a primeira marca com propósito do mundo,<br />

a Sunlight Soap, esse é o modo com que fazemos negócio.<br />

Inclusive, nossas marcas com propósito – e são várias -<br />

crescem 75% mais rápido que o restante do negócio. Aqui na<br />

Unilever, ambicionamos sermos líderes globais em negócios<br />

sustentáveis e não é de hoje que trabalhamos focados neste<br />

objetivo não apenas como organização, mas, sobretudo, por<br />

meio das nossas marcas e produtos.”<br />

EMPATIA<br />

Outro detalhe que garante a reputação das empresas,<br />

suas marcas e serviços, é a aposta em posicionamentos,<br />

Diretora de mídia e marketing institucional da Unilever, Ana Paula Duarte<br />

“Hoje, as marcas que constroem a reputação mais<br />

sólida são as que mais escutam o seu mercado, que<br />

mais trazem insumos do seu consumidor e do seu<br />

cliente para a adaptação dessa comunicação. As marcas<br />

que têm a reputação mais forte hoje são as que se<br />

baseiam e valorizam a troca com os seus clientes e seus<br />

consumidores, e as que unem a comunicação ativa com a<br />

reativa”. (Silas Colombo)<br />

CCO e fundador da MOTIM, Silas Colombo<br />

gerando empatia com o público. A vice-presidente de<br />

marketing da Avon, Danielle Bibas, comenta que o que<br />

constrói a reputação de uma marca é a coerência entre<br />

posicionamento e ação. “Nós, da Avon, mantemos a escuta e o<br />

olhar atentos aos passos que damos, seguindo nossos pilares<br />

fundamentais de atuação: a de colocar sempre as mulheres e<br />

nossas representantes da beleza Avon no centro do negócio e<br />

estabelecer uma relação próxima e de confiança com nossos<br />

consumidores. E a boa reputação também se torna uma<br />

consequência orgânica quando a empresa entende o seu papel<br />

como agente transformador da sociedade.”<br />

Danielle assegura que há 135 anos, a Avon nasceu com<br />

o propósito de promover autonomia, independência financeira<br />

e dar suporte no empreendedorismo e empoderamento das<br />

mulheres – e a atenção constante para avaliar se estamos<br />

nesse caminho é essencial. “Atuar com e para as mulheres nos<br />

traz a grande responsabilidade de participar ativamente de<br />

suas lutas fundamentais.”<br />

Há também outros meios de ampliar a comunicação<br />

com a sociedade, e por consequência, a reputação, afinal, criase<br />

vínculos e um retorno positivo aos consumidores. A gerente<br />

de produto de Soya, Ana Carolina Gutierrez, explica que a<br />

marca está presente em oito de cada dez lares brasileiros.<br />

“Soya comemora 45 anos em <strong>2021</strong> e vem se transformando<br />

para atender cada vez melhor os diferentes gostos e<br />

necessidades de seus consumidores. Mantemos altos padrões<br />

de qualidade na produção de nossos produtos e mantemos<br />

um contato constante com o consumidor, através da Casa<br />

do Consumidor Bunge, na qual cada demanda é tratada<br />

individualmente. Neste canal, contamos com atendimento<br />

personalizado realizado por nutricionistas, estudantes de<br />

nutrição e técnicos em alimentos. Também estamos presentes<br />

em plataformas diversas, tais como Facebook, Instagram,<br />

WhatsApp, telefone e e-mail para garantir a proximidade com<br />

nossos clientes.”<br />

Fica evidente que a reputação das empresas se dá<br />

por vários meios, focados em atingir corações e mentes, e em<br />

tempos atuais, encantamento. A gerente de marketing da The<br />

Fini Company no Brasil, Andrea Köhler, comenta que a Fini<br />

tem como principal propósito criar alegria e encantar seus<br />

consumidores, que nunca faltaram ao longo dos seus 20 anos<br />

de Brasil. “A marca possui produtos cuidadosamente criados<br />

para compartilhar alegria e imaginação, surpreendendo pela<br />

qualidade e pelo sabor delicioso que geram. Parcerias com<br />

grandes marcas do mercado e expansão por meio das mais de<br />

100 franquias distribuídas em todo território brasileiro, são<br />

algumas das estratégias adotadas. Suas ações assertivas e<br />

voltadas a consumidores e investidores permitiram à empresa<br />

o posto de liderança no mercado de candies no País”.<br />

IDENTIFICAÇÃO<br />

Uma das principais preocupações das empresas,<br />

independentemente do segmento e de quais produtos ela<br />

vende, é dar uma resposta positiva aos consumidores,<br />

identificando problemas no processo de venda, fazendo<br />

com que o pós-venda se torne mais efetivo, criando laços de<br />

confiança recíproca com o público consumidor. Isso ocorre<br />

em especial no segmento imobiliário, como detalha a gerente<br />

geral de marketing na Cyrela, Telma Graziano. Ela diz que na<br />

Cyrela, há uma dedicação além da construção e entrega de<br />

imóveis, afinal existe a realização de sonhos. “Olhamos para<br />

toda a jornada do cliente sempre atentos aos detalhes, os<br />

escutando, e a partir disso, melhoramos nossos processos.<br />

Estamos preocupados com a percepção e experiência de todas<br />

“Nós, da Avon, mantemos a escuta e o olhar atentos aos passos que damos, seguindo nossos<br />

pilares fundamentais de atuação: a de colocar sempre as mulheres e nossas representantes<br />

da beleza Avon no centro do negócio e estabelecer uma relação próxima e de confiança com<br />

nossos consumidores.” (Danielle Bibas)<br />

16 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 17


Gerente de marketing da The Fini Company no Brasil, Andrea Köhler<br />

as pessoas que se relacionam conosco. Isso é medido e visto<br />

Patrícia acrescenta ressaltando que a Kimberly-Clark<br />

na satisfação dos clientes externos, internos e parceiros de busca alternativas e novos caminhos para estreitar a relação<br />

negócios, por meio de pesquisas e índices, como NPS, e canais com esse consumidor, por meio de plataformas de conteúdo,<br />

públicos, como o ReclameAQUI, por exemplo.”<br />

ações de impacto social e desenvolvimento de produtos<br />

Um dos segmentos que ficaram mais evidentes<br />

mais sustentáveis.<br />

em tempos recentes, devido à crise sanitária da Covid-19<br />

Há vários estudos globais que apontam as empresas<br />

e pela polêmica política envolvendo a distribuição de<br />

mais sustentáveis e de maior reputação. A Experian, por<br />

absorventes femininos, é a de cuidados pessoais, higiene e<br />

bem estar. Nesse segmento, em especial, é onde a reputação<br />

de uma empresa fica muito evidente, pelo contato direto<br />

do consumidor com os produtos e serviços. A diretora de<br />

<strong>Marketing</strong> da Kimberly-Clark Brasil, Patrícia Macedo, diz que<br />

a empresa, que está com quase 150 anos de atuação no<br />

mercado de higiene, tem em seu DNA a inovação. “Prova disso<br />

é a criação de 5 das 8 categorias que a empresa atua. Dos<br />

absorventes femininos, que contribuíram para a emancipação<br />

da mulher, à roupa íntima descartável, que revolucionou o<br />

padrão de vida de adultos com incontinência urinária. Por<br />

outro lado, a companhia acompanha o movimento dos nossos<br />

consumidores do ponto de vista de compra, mas também de<br />

preferências e experiências que os tornam fiéis à uma marca.<br />

Entendemos que essa relação não se dá apenas no ponto de<br />

venda ou com o produto. Ele busca por algo mais. Podemos<br />

considerar as informações disponíveis que podem ajudá-lo a<br />

tomar uma decisão na hora da compra, ou mais possibilidades<br />

de compra, como lojas online. Mas o consumidor também está<br />

atento em como as empresas e marcas têm se posicionado<br />

diante de temas que são caros para toda sociedade.”<br />

Gerente de produto de Soya, Ana Carolina Gutierrez<br />

exemplo, realiza esses tipos de estudos. Há também a Merco,<br />

que apontam as empresas de maior solidez nesse sentido.<br />

Contudo, avaliando o mercado, o público consumidor busca<br />

uma relação respeitosa com as empresas.<br />

Inovação, compromisso, sustentabilidade, atendimento<br />

e preocupação com os nichos de mercado são algumas das<br />

situações e condutas que as empresas têm escolhido para<br />

estar presente na vida das pessoas.<br />

DIVERSIDADE<br />

Gerente de marketing da M. Dias Branco, Bruna Bertão,<br />

ressalta que para se manter na memória do público, Vitarella,<br />

aposta em ações que intensificam a força da marca, a partir<br />

de um posicionamento que celebra a diversidade e a constante<br />

inovação no portfólio, oferecendo produtos com alta qualidade<br />

e sabor. “Vitarella é uma marca para todos. Inclusive, o novo<br />

posicionamento da marca ‘Tem diferença. Tem sabor’ reforça o<br />

portfólio completo e saboroso de Vitarella, ideal para diversos<br />

momentos de consumo e públicos, ao mesmo tempo em que<br />

celebra a diversidade, inspirando o público a estar aberto às<br />

diferenças, compartilhando afeto e dividindo experiências nos<br />

mais diversos momentos do dia. Vitarella se posiciona como<br />

uma marca de qualidade e acessível para todos.”<br />

Uma das bandeiras mais discutidas e em pauta ao<br />

redor do mundo é a da diversidade. Bruna acrescenta que a<br />

“Soya comemora 45<br />

anos em <strong>2021</strong> e vem<br />

se transformando para<br />

atender cada vez melhor<br />

os diferentes gostos e<br />

necessidades de seus<br />

consumidores. Mantemos<br />

altos padrões de qualidade<br />

na produção de nossos<br />

produtos e mantemos um<br />

contato constante com o<br />

consumidor, através da<br />

Casa do Consumidor Bunge,<br />

na qual cada demanda é<br />

tratada individualmente.”<br />

(Ana Carolina Gutierrez)<br />

Gerente de marketing da M. Dias Branco, Bruna Bertão<br />

Vitarella é uma marca da M. Dias Branco, que tem investido<br />

em ações que promovem a valorização da diversidade. “Em<br />

2020, foi criada uma gerência de cultura e clima exatamente<br />

para promover ações inclusivas, como palestras de<br />

sensibilização, revisão de políticas internas de recrutamento<br />

e seleção, adoção de indicadores e metas para aumentar<br />

a representatividade de minorias em nosso quadro de<br />

funcionários, entre outras iniciativas.”<br />

Diretora de <strong>Marketing</strong> da Kimberly-Clark Brasil, Patrícia Macedo<br />

“Em 2020, foi criada uma gerência de cultura e clima<br />

exatamente para promover ações inclusivas, como<br />

palestras de sensibilização, revisão de políticas internas de<br />

recrutamento e seleção, adoção de indicadores e metas para<br />

aumentar a representatividade de minorias em nosso quadro<br />

de funcionários, entre outras iniciativas.” (Bruna Bertão)<br />

Ela ressalta ainda o compromisso social da marca.<br />

“Estamos engajados em ajudar a sociedade e promover mais<br />

equidade e justiça social. Vale destacar que a M. Dias Branco<br />

é signatária do Pacto Global da ONU, que aborda esse tema em<br />

seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Nas doações<br />

de produtos, por exemplo, temos privilegiado as comunidades<br />

próximas às nossas fábricas. Geralmente, são pessoas em<br />

situação de vulnerabilidade e pertencentes às minorias.”<br />

REPUTAÇÃO<br />

As empresas e marcas têm se preocupado muito com<br />

o que pensam os consumidores sobre os momentos sociais,<br />

econômicos e do próprio consumo. Colombo acrescenta<br />

que as marcas podem fazer coisas que são básicas, mas<br />

aparentemente passam despercebidas pela grande maioria<br />

das pessoas. “Quando forem se posicionar em causas de<br />

impacto, como em causas sociais, políticas, entre outras, o<br />

posicionamento deve ser coerente com a atuação da marca.<br />

Não adianta se apropriar do mês do orgulho, do Setembro<br />

Gerente geral de marketing na Cyrela, Telma Graziano<br />

Amarelo, se nas empresas isso não é estimulado com<br />

diversidade e com cuidado de saúde mental.”<br />

Ele explica que, hoje, o público está muito mais<br />

inteligente no momento de compra. “As pessoas não querem<br />

mais só ter, elas querem pertencer. Toda vez que você<br />

consome de marca, esse ato de consumir significa algo<br />

para as pessoas. Então, se eu consumo determinada marca,<br />

isso deve dizer algo sobre mim. Por isso as marcas devem<br />

ter muito cuidado com essa coerência na comunicação. A<br />

quebra de confiança gera as grandes rupturas de percepção<br />

de reputação. Seguir o caminho do diálogo em todos os<br />

níveis de contato e criar relações tanto com os consumidores<br />

quanto com outras empresas também faz parte de manter a<br />

reputação positiva. Um dos grandes desafios da construção<br />

de um posicionamento que resulta em uma reputação forte<br />

é como os gestores de marketing e comunicação e gestores<br />

de empresas, conseguem metrificar se eles estão fazendo o<br />

investimento no caminho certo e<br />

se está evoluindo.”<br />

18 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 19


No caso das promoções, por exemplo, um cashback<br />

esse gatilho, a conversão de compra foi antecipada e, mais<br />

história de todas as Black Fridays da Whirlpool, que também é<br />

ARTIGO<br />

mais rápido e sem tanta burocracia pode ser um diferencial.<br />

Muitas promoções para a data ainda estão sendo definidas e<br />

as marcas devem levar isso em conta.<br />

Se destacar em meio à tanta concorrência é um dos<br />

do que isso, a jornada da Black foi totalmente influenciada,<br />

neutralizando a concorrência.<br />

Em 20 dias, mais de 3 milhões de pessoas foram<br />

impactadas por meio das redes sociais, levando mais de 245<br />

dona da marca Brastemp.<br />

Entender esse momento e apoiar o shopper é<br />

fundamental para o desenvolvimento de uma estratégia<br />

promocional. É preciso ir além da oferta de preço. Deve-se<br />

pontos que agências e marcas se debruçam no planejamento<br />

mil consumidores ao site da promoção. No dia “D”, 420 lojas<br />

criar um ecossistema que traga confiança e viabilize<br />

de uma campanha. Como fazer com que uma marca fique em<br />

foram ativadas simultaneamente em todo o Brasil. Resultado:<br />

o consumo.<br />

evidência antes, durante e depois da Black Friday e ainda<br />

2,8 mil premiados e cerca de R$ 3 milhões em prêmios<br />

O pensamento sobre alguns pontos pode tornar as<br />

seja relevante?.<br />

distribuídos. Um crescimento no volume de vendas 45% maior<br />

ações promocionais mais eficazes e o desempenho no período<br />

A disputa pelo consumidor é acirrada e o principal<br />

que a Black Friiday de 2018.<br />

melhor. São eles:<br />

drive ainda é o preço. Mas como se destacar? Eu acredito em<br />

O cliente teve 300% de alta acima da meta esperada<br />

• Jornada omnichannel: a nova realidade é figital, os<br />

inovação, trazendo um jeito novo de pensar promoção. No<br />

para a campanha. Essa foi a maior campanha de promoção da<br />

consumidores estão no controle e vão encontrar o que querem,<br />

CEO da Batux, Chris Bradley<br />

O QUE ESPERAR DA<br />

BLACK FRIDAY <strong>2021</strong>?<br />

setor de eletrodomésticos, por exemplo, no qual a compra não<br />

é fruto de uma decisão repentina, mas de muita pesquisa por<br />

parte do consumidor, a criatividade para atraí-lo tem de ser<br />

ainda maior.<br />

Por exemplo, em 2019, quando a questão da pandemia<br />

ainda nem era uma realidade, a Consul, marca do grupo<br />

Whirlpool, veio para a Batux com um desafio: como criar<br />

empatia com o público, fazendo com que ele procurasse por<br />

um refrigerador da marca. A nossa solução foi inverter a<br />

lógica das promoções.<br />

Ao invés do shopper comprar e ganhar o cashback, ele<br />

seria premiado antes da compra. Uma mecânica inédita no<br />

segmento, feita por uma roleta virtual. Com a campanha “Gira<br />

Black Consul”, o consumidor, por meio de um aplicativo, podia<br />

ganhar um valor de até R$ 500 para ser usado na compra do<br />

produto, em até 24 horas.<br />

A roleta virtual virou ferramenta de vendas nas mãos<br />

dos maiores influenciadores do setor, os vendedores. Com<br />

Entender esse momento<br />

e apoiar o shopper é<br />

fundamental para o<br />

desenvolvimento de uma<br />

estratégia promocional.<br />

É preciso ir além da<br />

oferta de preço. Deve-se<br />

criar um ecossistema<br />

que traga confiança e<br />

viabilize o consumo.<br />

seja no físico ou no digital;<br />

• Celular é o controle remoto da “Black Friday”:<br />

live shop, super aplicativos, WhatsApp, “Clique e Retire”,<br />

comparativo de preços e compras em novos canais de vendas<br />

serão cada vez mais fortes;<br />

• Busca pela melhor condição de compra: descontos,<br />

parcelamentos, fretes e promoções devem fazer parte do<br />

planejamento das marcas;<br />

• Promoções têm grande influência: dinheiro é o driver<br />

e as modalidades de cashback e cuponagem estão em alta<br />

na sazonalidade.<br />

O varejo tem aprendido e se renovado com a Black<br />

Friday. Da mesma forma, o segmento de promoções. Mas<br />

muito ainda há que se entender, embora a evolução seja um<br />

caminho sem volta, que tende a melhorar ainda mais a relação<br />

entre as marcas e os shoppers. Inovar e se reinventar é um<br />

círculo virtuoso sem volta. Ainda bem!<br />

POR *CHRIS BRADLEY<br />

*Chris Bradley é CEO da Batux<br />

FALAR QUE O CENÁRIO DE TODOS OS SETORES<br />

da economia mudou depois da pandemia já não é mais novidade<br />

e a fase de adaptação já passou. Antecipamos as tendências e<br />

tivemos que aprender um outro jeito de trabalhar. Aprendemos<br />

novos conceitos e com a “Black Friday” também não foi diferente.<br />

Há três anos essa data se tornou a principal data para<br />

o varejo nacional, passando, inclusive, o Natal. Nos adaptamos<br />

e o e-commerce começou a conviver com uma nova realidade.<br />

Nesse contexto, as perguntas-chave são: quais as mudanças<br />

no que tange às promoções e campanhas nos Pontos de<br />

Venda? Como isso ficará daqui para frente? Mais próximo<br />

ainda: o que esperar da “Black Friday” <strong>2021</strong>?<br />

A “Black Friday” não se restringe à última sexta-feira<br />

de novembro e esse comportamento provoca seu crescimento<br />

a cada ano. Hoje, há o “pré-evento promocional”, “Black Week”,<br />

“Black Friday” e “pós-evento promocional” para aproveitar<br />

o 13º salário. Além disso, existe até mesmo a própria data<br />

“Black Friday” comemorada nos outros meses. Todo esse<br />

movimento leva a uma jornada cada vez mais longa em busca<br />

de oportunidades.<br />

Segundo a Pesquisa Provokers, do Think With Google,<br />

20% dos consumidores já começam a buscar produtos e<br />

valores vários meses antes da data (esse número era de 13%<br />

em 2016); 26% se planejam com um mês de antecedência;<br />

14% com 15 dias; 22% dias antes; e apenas 18% deixam para<br />

o dia. Ou seja, a data está no mapa mental dos consumidores,<br />

influencia seu planejamento de consumo e o preço é o<br />

principal driver.<br />

Uma mudança nesta edição com relação ao ano<br />

passado deve ser o aumento no número de compras<br />

presenciais. Se em 2020 as lojas físicas estavam proibidas<br />

de receber público, este ano, com boa parte da população<br />

vacinada, isso mudará.<br />

Porém, não se deve esperar grandes números em<br />

vendas e faturamento, pois a pandemia também fez o cenário<br />

econômico mudar. De acordo com a Pesquisa Retomada do<br />

Consumo <strong>2021</strong>, realizada pela Bethup para a Inteligência<br />

de Mercado Globo, 57% da população afirma que a situação<br />

financeira piorou em <strong>2021</strong>.<br />

Assim, a Black Friday <strong>2021</strong> será menos sobre comprar,<br />

pois as pessoas buscarão bons negócios para resolver a vida.<br />

O consumo será ainda mais repensado, com cortes de gastos<br />

motivados pela insegurança financeira, acompanhados de<br />

reflexão sobre a real necessidade de compra.<br />

Nesse sentido, vale destacar que a grande massa dos<br />

consumidores está impactada pela crise, buscando equilíbrio<br />

entre renda e despesas, com maior prevenção e planejamento.<br />

Portanto, cresce a lógica de menos preocupação com marcas<br />

e mais foco no preço. Dessa forma, as empresas devem ter em<br />

mente um planejamento ainda mais forte e pensar a data de<br />

maneira diferenciada.<br />

Case Consul<br />

Confira o case aqui!<br />

20 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 21


AGÊNCIA<br />

JOB<br />

AGÊNCIAS SUSTENTAM A NECESSIDADE DE PROJETOS DE<br />

LONGO PRAZO E NÃO<br />

A JOB<br />

HÁ TEMPOS QUE A QUESTÃO SOBRE COMO AS EMPRESAS CONTRATAM SUAS AGÊNCIAS<br />

está em pauta, mas, para uma enorme parcela do mercado, ainda é um assunto a ser tratado em ambientes fechados,<br />

a sete chaves. Porém, há um case que merece destaque e essa caixa de segredos, em parte, foi aberta, mostrando o<br />

comprometimento de uma empresa do ramo de telecomunicações com as agências e, por consequência, o público consumidor.<br />

Por outro lado, acompanhamos o que pensam os principais representantes das agências, quando o papo se<br />

desenrola para essa questão de sustentabilidade no mercado de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> e a relação das empresas com os<br />

times criativos.<br />

Quando a questão gira em torno dos desafios que as agências de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> encaram para atender<br />

a demanda das empresas, os criativos apontam as várias ramificações da temática, mostrando que há uma<br />

preocupação geral dos profissionais em criar laços sólidos com as marcas.<br />

Sócio-diretor da SolutiOnOff, Wagner Zaratin, diz que há um ponto a ser observado que é a maturidade.<br />

“Acredite, não é um desafio criativo, pois esse é o nosso dia-a-dia. Infelizmente os processos são muito distintos,<br />

depende da maturidade dos profissionais que estão envolvidos e da experiência da empresa em contratar esses<br />

serviços. Continuamos a ter que disputar com várias agências, em processos que muitas vezes ganhar só te<br />

garante fazer parte de um pool de agências que disputarão novamente os projetos do ano, ou seja, não existe muito<br />

planejamento para essa área, você não sabe a verba anual e mesmo assim tem que montar equipe para atender<br />

a ‘conta’. Esse é o outro ponto, as credenciais exigidas para a participação muitas vezes não condizem com o<br />

tamanho dessa conta.”<br />

Zaratin desabafa, comentando que, o pior mesmo, é participar e ter que implorar uma resposta, que<br />

algumas vezes nem vem. “É uma falta de respeito e o pior é ver a pessoa no LinkedIn falando sobre boas práticas.<br />

Claro que existem empresas que fazem esse processo de forma leve, transparente e é desses que surgem os<br />

grandes cases. Como disse, depende da maturidade de quem está liderando o processo e da empresa.”<br />

22 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 23


CEO da Um.a Diversidade Criativa,<br />

Ronaldo Ferreira Júnior<br />

A transparência é essencial para essa relação<br />

sustentável, inclusive, as agências tendem a adotar estratégias<br />

para conquistar as contas das empresas, focando na<br />

qualidade dos serviços a serem prestados. Quem detalha isso<br />

é o presidente da Avantgarde Brasil, Ricardo Bruno. “Quando<br />

decidimos entrar em uma concorrência, algumas variáveis<br />

são analisadas como a chance de êxito, investimento upfront,<br />

possível rentabilidade do projeto /contrato e critério de<br />

avaliação. Se estes requisitos não estão claros, as agências não<br />

tem como avaliar que recursos serão alocados para entregar<br />

um trabalho que esteja adequado com a demanda solicitada<br />

pelo cliente. Para a agência, isso implica em processos mais<br />

dispendiosos e arriscados para o seu negócio, e para o cliente,<br />

implica em retrabalho e projetos menos eficientes.”<br />

TRABALHO DOBRADO<br />

Nessa questão envolvendo preços e qualidade, os<br />

tempos recentes também impactam na forma de trabalho,<br />

forçando o mercado de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> a se reinventar, mas,<br />

sem boa parte dos recursos financeiros essenciais para o<br />

desenvolvimento de projetos. O CEO da Um.a Diversidade<br />

Criativa, Ronaldo Ferreira Júnior, acredita que as empresas<br />

entendem que suas agências parceiras estão passando por<br />

um momento muito delicado. “Primeiro elas perderam mais<br />

de 50% da verba total destinada aos eventos, principalmente<br />

porque os presenciais não existiram neste período, por este<br />

motivo tiveram que reduzir a infraestrutura e quadro de<br />

profissionais. Em um segundo momento, as agências têm que<br />

trabalhar dobrado para atender a seus clientes, pois a maioria<br />

dos projetos precisam apresentar soluções alternativas<br />

para um mesmo evento, com um modelo de proposta para<br />

presencial, virtual ou híbrido. É muito esforço para pouco<br />

resultado sustentável.”<br />

Ferreira Júnior acredita que, por este motivo, “é vital<br />

que o cliente escolha e credencie seus parceiros para períodos<br />

de um a dois anos e pare com concorrências de job a job.<br />

Importante também que ele ajude na construção de propostas<br />

melhores, remunerando a agência de forma mais rápida e<br />

respeitando prazos mínimos para a entrega de bons projetos”.<br />

Quem compartilha a visão de que é essencial uma<br />

análise estratégica na relação entre agências e empresas é o<br />

managing director da Integer\OutPromo, Ricardo Franken. Ele<br />

acrescenta que os processos de concorrência são, por si só,<br />

um grande desafio, que é ganhá-los. “Mas esse grande desafio<br />

é composto por diversos pequenos desafios que quando mal<br />

planejados podem fazer até com que ganhar acabe sendo um<br />

mau negócio. Por essa razão é importante, antes de participar<br />

de qualquer processo, ponderar alguns pontos. Chances de<br />

sucesso, remuneração, possibilidade de relação de longo<br />

prazo, histórico da empresa, entre outros.”<br />

O executivo assegura que na Integer\OutPromo<br />

existem algumas regras que tentam seguir para não entrar<br />

em processos pouco saudáveis. “Levamos em consideração<br />

o tamanho do investimento que a agência vai fazer na<br />

concorrência tem que ser proporcional a sua receita em caso<br />

de sucesso. Também é preciso entender as chances que<br />

a agência tem, baseadas na quantidade de participantes,<br />

capabilities no tipo de entrega e conhecimento do cliente e do<br />

mercado onde ele atua. E por fim, é preciso entender se ao<br />

ganhar a concorrência teremos a possibilidade de construir<br />

uma relação de médio ou longo prazo, em caso de uma entrega<br />

“É vital que o cliente escolha e<br />

credencie seus parceiros para<br />

períodos de um a dois anos<br />

e pare com concorrências de<br />

job a job. Importante também<br />

que ele ajude na construção<br />

de propostas melhores,<br />

remunerando a agência de forma<br />

mais rápida e respeitando prazos<br />

mínimos para a entrega de bons<br />

projetos.” (Ronaldo Ferreira Jr.)<br />

de excelência ou se isso não terá nenhuma validade e a cada<br />

novo projeto será uma nova concorrência; é preciso analisar as<br />

regras e o histórico da empresa em seus outros processos.”<br />

Ele confirma que, o grande problema para se criar um<br />

mercado sustentável, é que há muitas agências para recursos<br />

escassos. “Resumindo, concorrências com muitas agências,<br />

remunerações achatadas, novos processos para cada projeto<br />

e regras pouco claras e objetivas são situações que tentamos<br />

evitar. Mas BIDs justos, com número de participantes coerente,<br />

possibilidade de relações duradouras e remuneração justa para<br />

ambos os lados, quase sempre nos interessam. Digo quase,<br />

porque as entregas dos clientes da casa sempre estarão em<br />

primeiro lugar e, apesar de termos times dedicados a novos<br />

negócios, existem momentos de pico de demanda e as relações<br />

com nossos clientes são sempre prioridade.”<br />

“Nós escolhemos as agências parceiras de acordo com o<br />

posicionamento que queremos ter em determinada fase ou<br />

campanha de ativação. Tudo começa dentro de casa quando<br />

definimos os desafios, os objetivos da comunicação e a verba<br />

alocada em cada um dos projetos. A partir daí, convidamos<br />

parceiros que estejam aptos a nos acompanharem nessa jornada<br />

de cocriação.” (Juliana Mott)<br />

Head de marketing da Motorola, Juliana Mott<br />

24 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 25


Presidente da Avantgarde Brasil, Ricardo Bruno<br />

“Quando decidimos entrar em<br />

uma concorrência, algumas<br />

variáveis são analisadas como<br />

a chance de êxito, investimento<br />

upfront, possível rentabilidade<br />

do projeto /contrato e critério de<br />

avaliação. Se estes requisitos não<br />

estão claros, as agências não<br />

tem como avaliar que recursos<br />

serão alocados para entregar um<br />

trabalho que esteja adequado<br />

com a demanda solicitada pelo<br />

cliente.” (Ricardo Bruno)<br />

buscar soluções para essa conta, que muitas vezes não fecha.<br />

O presidente executivo da entidade, Alexis Pagliarini,<br />

diz que apesar da evolução contínua do mercado e do<br />

aumento da consciência por relações mais equilibradas,<br />

algumas empresas ainda ignoram as melhores práticas e<br />

continuam convidando um grande número de agências para<br />

concorrências, bem acima do máximo recomendado de até<br />

quatro agências. “Quando o processo de concorrência exige<br />

desenvolvimento de projeto e trabalho criativo, as agências<br />

são obrigadas a usar recursos dispendiosos para participar<br />

dessas concorrências. Deveria haver uma pré-seleção mais<br />

criteriosa e ainda remunerar as agências participantes. Há<br />

ainda falta de clareza nos briefings, inclusive de verba”.<br />

Quando questionado sobre quais as principais<br />

reclamações das agências, Pagliarini destaca que a<br />

remuneração continua sendo um problema. “Os clientes<br />

precisam entender que qualidade tem preço. Ao achatar fees,<br />

afastam as agências melhor estruturadas e mais capacitadas.<br />

É preciso ainda mais empatia quanto ao momento. As relações<br />

têm de ser mais equilibradas.”<br />

E qual seria o modelo ideal para uma boa relação<br />

do mercado empresarial com as empresas de criatividade?<br />

adequado. Acredito que o ter concorrências com termos mais<br />

claros, critérios bem definidos e menos agências participando<br />

do processo poderia ser um modelo mais sustentável e<br />

benéfico para cliente e agência.”<br />

Outro ponto apresentado pelo mercado criativo é<br />

a de relações duradouras entre todos os envolvidos. Bruno<br />

acrescenta que o modelo ideal, sob sua ótica, é selecionar<br />

as agências de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> por meio de processos de<br />

concorrência que prestigiem contratos de longa duração e que<br />

visem construir, a partir da experiência conjunta, melhoria<br />

de processos, otimização de recursos e consequentemente<br />

redução de custos. “Com certeza há espaço para o diálogo,<br />

pois todos os stakeholders sairão beneficiados com isso.<br />

Principalmente após um evento, como a pandemia, mostrar a<br />

todos a fragilidade da nossa economia.”<br />

UNIÃO DE FORÇAS<br />

E se há a necessidade de diálogo em busca de<br />

sustentabilidade, existe espaço para analisar a necessidade de<br />

união de forças, em busca de que todos os envolvidos ganhem<br />

nos processos criativos. Zaratin comenta que o <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong><br />

é muito abrangente, o que faz com se tenha diferentes tipos<br />

de contratações e para cada tipo, especificidades distintas.<br />

pequenas, médias e grandes que sabiam aproximadamente os<br />

projetos que fariam no ano, dando para planejar equipe e cash<br />

flow, havia uma avaliação das agências e quem não performasse<br />

era substituído, não me lembro de um turnover alto. Esse é um<br />

exemplo onde o diálogo foi liderado por uma especialista dentro<br />

da empresa. Merecemos consideração, uma vez que ajudamos as<br />

empresas a se relacionar com seus clientes, seus colaboradores<br />

e o com o mercado.”<br />

O que fica evidente, na análise dos criativos, é que<br />

sem diálogo, não há meios de se concretizar caminhos para<br />

que o mercado de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> se torne produtivo sem<br />

prejudicar o próprio mercado.<br />

Como complemento, Ferreira Júnior ressalta que o<br />

mercado mudou muito e por isso ainda não existe um modelo<br />

ideal. “Nem sei se vai existir, mas o importante é construir um<br />

modelo sustentável a partir do diálogo entre agência e cliente.<br />

Por isso é tão importante que os clientes procurem manter<br />

relacionamentos de longa duração com suas agências, os<br />

processos de concorrência job a job, ainda mais durante esta<br />

crise que estamos passando, são oportunidades ideais para<br />

práticas predatórias em prejudicam toda a cadeia produtiva do<br />

setor – agências, fornecedores e freelas saem prejudicados – e<br />

Managing director da Integer\<br />

OutPromo, Ricardo Franken<br />

Quem complementa o coro sobre as dificuldades das<br />

agências é o sócio-diretor da .be comunica, Rodrigo Villaboim.<br />

Ele destaca que os prazos estão cada vez mais apertados, o<br />

que impacta em toda a rede do live marketing, envolvendo,<br />

inclusive, fornecedores. “Muitas vezes, os fornecedores não<br />

acompanham a velocidade da devolutiva de orçamentos. O<br />

mercado de concorrência não preza pela sustentabilidade<br />

do negócio. Toda concorrência gera gastos que, em algum<br />

momento, precisam ser cobertos pelo lucro gerado com os<br />

trabalhos realizados. Por isso, é cada vez mais comum a<br />

recusa de participação. O cliente precisa compreender que<br />

participar de uma concorrência é um investimento e, quanto<br />

menor a probabilidade de retorno, menos interessante se torna<br />

a adesão ao processo. Além disso, o fluxo de caixa exigido<br />

para o pagamento dos fornecedores em momento de juros<br />

altos e inflação, torna os faturamentos com longos prazos de<br />

pagamento cada vez menos viáveis.”<br />

FALA, AMPRO<br />

Não é de hoje que a pauta sobre a relação sustentável<br />

entre empresas e agências está em discussão. A Associação<br />

de <strong>Marketing</strong> Promocional (Ampro), tem trabalhado para<br />

“Concorrências com muitas<br />

agências, remunerações<br />

achatadas, novos processos<br />

para cada projeto e regras<br />

pouco claras e objetivas<br />

são situações que tentamos<br />

evitar.” (Ricardo Franken)<br />

“Os princípios ESG determinam uma preocupação mais<br />

sustentável na relação entre todos os stakeholders. Há<br />

condições de diálogo. Exemplos disso são o Guia de relações<br />

cliente-agência, desenvolvido pela Associação Brasileira de<br />

Anunciantes (ABA), em parceria com a Ampro, além da recente<br />

parceria estabelecida entre o Procurement Club e a Ampro por<br />

relações mais justas e éticas”, completa o presidente.<br />

MODELO SUSTENTÁVEL<br />

É um mantra entre as agências de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong><br />

a busca por uma relação sustentável com as empresas e a<br />

adoção de um modelo mais assertivo nas relações comerciais<br />

e criativas.<br />

Franken diz que o termo <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> é um pouco<br />

amplo. “Dentro daquilo que o mercado engloba nessa<br />

disciplina entendo que existem entregas que permitem<br />

relações mais sustentáveis e outras onde o preço acaba sendo<br />

preponderante. Não podemos, por exemplo, colocar eventos<br />

e produção de materiais de ponto de venda ou brindes no<br />

mesmo formato de negociação que estratégias de geração de<br />

demanda, go to market ou digital commerce. Por isso, entendo<br />

que a agência precisa ter formatos diferentes para negociar<br />

entregas diferentes e, quanto mais disciplinas agrupamos<br />

abaixo de um único guarda-chuva, mais ‘below’ posicionamos<br />

aquilo que costumávamos chamar de below the line.<br />

Esse modelo de separar o tipo de job por categorias<br />

específicas é um caminho. A maior preocupação dos criativos<br />

segue sendo a do preço, englobando todos os serviços, ou<br />

quase sua totalidade. Villaboim acrescenta que algumas<br />

empresas já realizam concorrências remuneradas, pois sabem<br />

que é um trabalho desenvolver a proposta com o nível de<br />

exigência que geralmente chega em briefing. “Porém, é uma<br />

ação bem rara no mercado e talvez não seja o modelo mais<br />

Sócio-diretor da .be comunica,<br />

Rodrigo Villaboim<br />

“Continuamos a ter que<br />

disputar com várias<br />

agências, em processos<br />

que muitas vezes ganhar só<br />

te garante fazer parte de<br />

um pool de agências que<br />

disputarão novamente os<br />

projetos do ano, ou seja, não<br />

existe muito planejamento<br />

para essa área, você não<br />

sabe a verba anual e mesmo<br />

assim tem que montar<br />

equipe para atender a<br />

conta.” (Wagner Zaratin)<br />

“Insisto na tese de que o sucesso dos processos está<br />

diretamente relacionado à maturidade dos profissionais da<br />

empresa em contratar esse tipo de serviço.”<br />

Ele cita como exemplo o processo de contratação das<br />

agências na época de Unibanco. “A executiva especializada em<br />

<strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> chamou agências e fornecedores, junto com<br />

suprimentos/compras e depois de discutir todos os serviços a<br />

serem contratados, criaram um preciário único, foi um trabalho<br />

a muitas mãos tão assertivo que, na fusão com Itaú, o processo<br />

seguiu da mesma forma, era um pool de agências, divididas em<br />

Sócio-diretor da SolutiOnOff, Wagner Zaratin<br />

o cliente e o público também, pois acabam impactados pela<br />

pressão negativa deste ambiente de sobrevivência que vivemos.”<br />

MOTOROLA<br />

Mas, o que dizem as empresas? Como destacado no<br />

começo da matéria, falar da relação com as agências ainda<br />

é um tabu fechado a sete chaves para 99% das empresas,<br />

menos para a Motorola, que apresentou um panorama de como<br />

lidar com seus parceiros criativos.<br />

A head de marketing da Motorola, Juliana Mott,<br />

explica que a empresa segue uma conduta clara com relação<br />

ao mercado de comunicação. “Nós escolhemos as agências<br />

parceiras de acordo com o posicionamento que queremos ter<br />

em determinada fase ou campanha de ativação. Tudo começa<br />

dentro de casa quando definimos os desafios, os objetivos<br />

da comunicação e a verba alocada em cada um dos projetos.<br />

A partir daí, convidamos parceiros que estejam aptos a nos<br />

acompanharem nessa jornada de cocriação.”<br />

Ela acrescenta destacando que a Motorola tende a<br />

manter agências essenciais para o fluxo de trabalho, além<br />

de firmar parcerias para outros projetos. “Temos agências<br />

parceiras como a Jussi, Publicis e RPMA que exercem um<br />

papel fundamental na sustentação de nossas ações e nos<br />

acompanham na maioria dos lançamentos e ativações online e<br />

offline. Eventualmente convidamos outros fornecedores para<br />

nossas campanhas locais.”<br />

Um ponto importante, ressaltado por Juliana, são os<br />

quesitos para não escolher uma agência. Ela pontua que tudo<br />

depende da campanha ou ativação que será feita, sempre<br />

pensando em trazer os melhores resultados em exposição e<br />

visibilidade para a marca. “O único motivo para não escolhermos<br />

determinada agência é não compartilhamos dos mesmos valores<br />

e visões para a execução das campanhas.”<br />

26 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 27


VÍDEOS<br />

Diretor de Criação da<br />

Digi, Marcelo Favery<br />

“A grande mágica está no<br />

conteúdo que vamos criar<br />

e, nessa hora, é importante<br />

colocar na estratégia a<br />

possibilidade de cocriação<br />

por parte do público. Essa<br />

pode ser a chave do sucesso.<br />

Transformar as pessoas em<br />

‘creators’, ou seja, especialistas<br />

na geração de conteúdo visual<br />

com muitos recursos gráficos.”<br />

(Marcelo Favery)<br />

INTERAÇÃO HUMANA<br />

Essa grande rede que gira em torno dos vídeos é um<br />

reflexo da interação humana, e nisso se inclui a relação entre<br />

as empresas, suas marcas e o consumo de produtos e serviços.<br />

Em avaliações do mercado, como foi apresentado recentemente<br />

em diversos estudos e eventos, os vídeos estão em chamas,<br />

bombando, em alta, como diria os principais jargões nas redes<br />

digitais. A SXSW (South by Southwest) deste ano teve muito foco<br />

em discutir as tendências dos conteúdos em vídeos.<br />

O CEO e principal estrategista da Vtaddone Studio,<br />

Vinicius Taddone, explica que as redes sociais vão além do<br />

meio digital, que nada mais é que a relação entre pessoas da<br />

mesma tribo ou que compartilham dos mesmos valores. Ele<br />

provoca um fato comum na questão envolvendo os vídeos:<br />

“o que será que é mais legal, ver uma pessoa realizando<br />

algo em movimento, ou esta mesma pessoa numa foto<br />

estática? É claro que é mais interessante ver o movimento<br />

da ação. Parece que estamos ao lado daquela pessoa, bem<br />

pertinho. Por isso, esse formato de mídia tem tido mais<br />

principal forma de construir relevância junto a um público<br />

engajamento. Mas por que isso demorou tanto para cair no<br />

específico. “É interessante notar que estamos em um mundo no<br />

gosto das pessoas? Na verdade acompanhou uma evolução<br />

REVOLUÇÃO E O NOVO<br />

IMPÉRIO DOS VÍDEOS, MUITO<br />

MAIS QUE DIVERSÃO<br />

A PRODUÇÃO DE CONTEÚDO EM VÍDEO TEM SE<br />

tornado cada vez mais comum no cotidiano das pessoas. Com a<br />

internet e o acesso facilitado a smartphones, que tem câmeras<br />

com qualidade surpreendente, qualquer pessoa, bicho ou objeto<br />

inanimado se tornou estrela nos ambientes digitais. Com isso,<br />

as empresas e suas respectivas marcas não estão perdendo<br />

tempo e investem pesadamente nesse tipo de conteúdo, afinal,<br />

diariamente são mais de 2 bilhões de visualizações de vídeos,<br />

apenas na plataforma do YouTube.<br />

Há duas fortes tendências em aprimoramento no<br />

momento atual: vídeos curtos, geralmente usados em<br />

plataformas como TikTok, Kwai, YouTube Shorts, entre outras;<br />

e os vídeos longos, criados para disseminar ensino, conversas,<br />

conferências, entrevistas, gameplays e videoaulas. Esses<br />

conteúdos geralmente estão no Vimeo, YouTube, Twitch,<br />

BOOYAH!, Facebook, oferecendo milhões de horas de conteúdo,<br />

dos mais diversos nichos e formatos.<br />

Esse movimento todo em torno da criação de vídeos<br />

tem aquecido todo um mercado, afinal, um bom vídeo tem que<br />

ter muito mais que criatividade e isso também está no alvo<br />

das empresas, que querem se aproximar do público.<br />

O CEO e cofundador da Winnin, Gian Martinez, comenta<br />

que produzir conteúdo, sobretudo em vídeo, é atualmente a<br />

qual as pessoas estão questionando padrões, ditando tendências,<br />

exigindo diversidade e repensando o consumo. Por isso, o público<br />

tem procurado e se envolvido com conteúdos mais relacionáveis<br />

e que representem a vida real, em vez de postagens produzidas<br />

demais. É preciso que as empresas e criadores acompanhem essas<br />

mudanças de comportamento para conquistar a confiança de seus<br />

consumidores.” A Winnin utiliza inteligência artificial para avaliar<br />

quais são as tendências de consumo de conteúdos em vídeo na<br />

internet, gerando insights aos clientes.<br />

CEO e cofundador da Winnin, Gian Martinez<br />

tecnológica. Hoje, com nossos smartphones conseguimos<br />

produzir vídeos em 4k, armazenar na nuvem, e tudo de<br />

forma prática e rápida.”<br />

A Vtaddone Studio está focada em estratégias e<br />

criação de roteiros, scripts e storytelling para orientar as<br />

marcas para que possam produzir seus vídeos de forma<br />

criativa e com um propósito.<br />

Outra aposta que completa a imersão dos conteúdos<br />

em vídeo são as animações e produções gráficas, que ampliam<br />

a relação e o engajamento entre o público e os criadores de<br />

conteúdo. Para o diretor de Criação da Digi, Marcelo Favery, esse<br />

é um produto disponível ao mercado. Ele ressalta que, além da<br />

criatividade, é essencial ter complementos que acrescentem<br />

conteúdo visual ao público, gerando encantamento. Um exemplo<br />

disso é o canal Nostalgia, do creator Felipe Castanhari, que<br />

utiliza muito material extra para deixar o vídeo mais atrativo<br />

ao público. “Olhando para essa forte tendência e do resultado<br />

que esse tipo de conteúdo consegue gerar, a Digi possui um<br />

time próprio de motion designers. Mas a grande mágica está no<br />

conteúdo que vamos criar e, nessa hora, é importante colocar<br />

na estratégia a possibilidade de cocriação por parte do público.<br />

Essa pode ser a chave do sucesso. Transformar as pessoas em<br />

‘creators’, ou seja, especialistas na geração de conteúdo visual<br />

com muitos recursos gráficos.”<br />

De acordo com o relatório YouTube Cultura &<br />

CEO da Vtaddone Studio, Vinicius Taddone<br />

Tendências, está no topo da tendência os conteúdos que<br />

envolvam motovlogs, drones, podcasts e conversas informais,<br />

receitas culinárias, entrevistas realizadas por motoristas de<br />

aplicativos de transporte, reacts, histórias e perspectivas de<br />

pessoas, melhor idade, música, gameplays, entretenimento e<br />

conhecer novos criadores de conteúdo. Observando todo esse<br />

panorama, dezenas de marcas podem se aliar a esses creators,<br />

vinculando de forma criativa e assertiva empresas e conteúdo.<br />

E O FUTURO?<br />

A construção do conteúdo que será tendência em<br />

2022 ainda está em aberto, conforme o próprio YouTube.<br />

Isso mostra que há um enorme potencial e campo livre para<br />

explorar novidades, que atingirão o público no próximo ano.<br />

Empresas devem ficar atentas e não perder a chance de se<br />

conectar aos seus públicos por meio dos vídeos.<br />

Favery completa citando uma das redes sociais que<br />

mais se destaca na atualidade: o TikTok. Ele pontua que o<br />

sucesso do TikTok e de todos os aplicativos que usam vídeos<br />

curtos, dinâmicos e que nos proporcionam algum sentimento<br />

são evidentes, porém, o importante é estar atento e se<br />

basear no comportamento humano. “Hoje buscamos conteúdo<br />

que seja rápido, divertido e simples. E o formato de vídeo<br />

entrega isso muito bem. Por isso acredito que o futuro da<br />

“O público tem consumido conteúdos mais autênticos, em vez de<br />

postagens muito aspiracionais e bem cuidadas. As pessoas estão<br />

gastando mais tempo nas redes sociais durante a pandemia, mas<br />

elas querem saber e sentir que seus influenciadores preferidos estão<br />

se envolvendo para ajudar nesse período de crise.” (Gian Martinez)<br />

comunicação está na mão das pessoas. Entenda por onde elas<br />

andam, o que elas usam e como elas falam que você vai saber<br />

que caminho seguir.”<br />

O equilíbrio entre o conteúdo curto e o mais longo<br />

deve se manter, sem um canibalizar o outro. Taddone diz<br />

que os vídeos curtos chamam a atenção pelos primeiros três<br />

segundos e, posteriormente, vídeos mais extensos aprofundam<br />

a experiência da audiência na fase de consideração, dentro da<br />

jornada compra. “A disputa pela atenção está cada vez maior,<br />

e na minha visão, o tempero principal é a criatividade. Sempre<br />

falar mais daquilo que você sabe e menos daquilo que você<br />

quer vender. Toda pessoa com um smartphone na mão agora<br />

pode fazer suas captações em vídeo, ela só vai precisar de<br />

um direcionamento e um acompanhamento de como poderá<br />

realizar de uma forma mais profissional.”<br />

Porém, mesmo com as facilidades de criar conteúdo,<br />

é essencial direcionar e buscar profissionalizar o processo<br />

sem parecer chato ou com formato quadrado, como explica<br />

Martinez. “O público tem consumido conteúdos mais<br />

autênticos, em vez de postagens muito aspiracionais e bem<br />

cuidadas. As pessoas estão gastando mais tempo nas redes<br />

sociais durante a pandemia, mas elas querem saber e sentir<br />

que seus influenciadores preferidos estão se envolvendo para<br />

ajudar nesse período de crise.”<br />

Martinez conclui provocando as empresas: “as marcas<br />

e o mercado da comunicação também precisam aprender<br />

com os creators como gerar conteúdo relevante e construir<br />

audiências engajadas, pois isso é sinônimo de vendas e<br />

conversão. Ou as marcas se transformam em creators ou, no<br />

futuro, vão competir em desvantagem com os creators que<br />

viraram marcas.” <br />

28 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 29


BRANDED CONTENT<br />

Projeto Pernambucanas<br />

A VRP SE CONSOLIDA NO MERCADO<br />

COMO FABRICANTE, VENDEDORA E<br />

LOCADORA DE UNIDADES MÓVEIS<br />

“Nosso Time de campo<br />

recebe treinamento anual de<br />

primeiros socorros, brigada<br />

de incêndio e técnicas de<br />

atendimento ao cliente,<br />

com certificação. Também<br />

nos responsabilizados pela<br />

impressão digital de alta<br />

resolução e do envelopamento<br />

interno e externo das<br />

unidades móveis.”<br />

clientes. “O mudo está diferente e percebemos que as marcas<br />

nos procuram com o propósito de encontrar soluções capazes<br />

de oferecer credibilidade, fidelidade e crescimento.”<br />

CASES DE SUCESSO<br />

Visão Playstation<br />

Carreta Playstation<br />

Carreta Santander<br />

Durante todo o seu período de atuação a VRP assinou<br />

cases importantes. Assim é possível citar, por exemplo, o<br />

A VRP UNIDADE MÓVEL ATUA NO SEGMENTO<br />

de eventos comerciais e institucionais e especializou-se na<br />

fabricação, produção de cenário, venda e locação de unidades<br />

móveis. Além de fabricar carretas e Unidades Móveis especiais,<br />

desenvolve e produz cenografia, elaborando projeto 3D técnico,<br />

para diversos segmentos como: eventos promocionais e de venda,<br />

treinamento, cinema e palco.<br />

Para o diretor da empresa, Vladimir Paradas, essa<br />

especialização é fruto de um trabalho que vem sendo<br />

moldado ininterruptamente. “A partir do momento em que<br />

fomos entendendo as necessidades do mercado, pudemos<br />

oferecer uma qualidade marcante e assim, somos capazes<br />

de desenvolver projetos, por meio dos nossos setores de<br />

marcenaria e metalurgia que são operados por uma equipe<br />

técnica altamente capacitada.”<br />

Desse modo, a VRP é capaz de realizar o planejamento,<br />

a coordenação e a operação de seus jobs com criatividade<br />

pois contam com equipes especializadas de retaguarda<br />

(produtores e controllers) e de campo (motorista e assistente<br />

técnico de montagem e desmontagem). “Por isso somos<br />

diferenciados. Nossa equipe é composta por profissionais que<br />

acompanham o evento na montagem, durante as ativações e<br />

na desmontagem”, assegura Paradas.<br />

Pronta para contribuir em todas as etapas do projeto,<br />

a VRP se responsabiliza, quando necessário, pela emissão<br />

da ART construtiva, elétrica e de prevenção e combate a<br />

incêndio. “Nosso Time de campo recebe treinamento anual<br />

de primeiros socorros, brigada de incêndio e técnicas de<br />

atendimento ao cliente, com certificação. Também nos<br />

responsabilizados pela impressão digital de alta resolução e<br />

do envelopamento interno e externo das unidades móveis.”<br />

ATENDIMENTO FULL TIME<br />

Nesse trabalho de fabricar unidades móveis especiais<br />

sob medida, a VRP comemora o sucesso de sua operação e<br />

Paradas garante que isso é fruto do acompanhamento full time<br />

“A partir do momento em<br />

que fomos entendendo as<br />

necessidades do mercado,<br />

pudemos oferecer uma<br />

qualidade marcante e<br />

assim, somos capazes de<br />

desenvolver projetos, por<br />

meio dos nossos setores<br />

de marcenaria e metalurgia<br />

que são operados por uma<br />

equipe técnica altamente<br />

capacitada.”<br />

da equipe de campo da empresa. “Nossa equipe é totalmente<br />

focada no sucesso do evento e na garantia de retorno do<br />

cliente, já que em todas as áreas em que atuamos tecnologia e<br />

inovação estão sempre presentes.”<br />

É assim que há 14 anos a VRP se dedica a fabricar,<br />

comercializar, vender, locar Unidades Móveis especiais e<br />

customizadas para treinamentos, ações promocionais, loja<br />

móvel, entre diversas outras aplicações.<br />

Ainda segundo Paradas, toda essa maneira de atuar<br />

tem como propósito fazer com que seus projetos ofereçam<br />

uma experiência totalmente diferenciada para os seus<br />

Loja interna Pernambucanas<br />

projeto de desenvolvimento e fabricação de novas agências<br />

móveis do Banco Santander, com serviços, operação logística,<br />

guarda, zeladoria e manutenção de unidades móveis.<br />

Para as Pernambucanas, a VRP criou um projeto de<br />

customização da loja conceito que percorre diversas cidades<br />

brasileiras durante as inaugurações de lojas.<br />

Quando o assunto é show room, dois exemplos se<br />

destacam. Um é do Laboratório Aché, onde foi desenvolvida<br />

uma unidade da linha de tratamento capilar em um ambiente<br />

especialmente desenvolvido dentro de uma unidade<br />

móvel. O outro é a Continental Pneus. Durante 3 anos foi<br />

operacionalizado uma loja itinerante para lançamentos e<br />

treinamento de distribuidores em várias cidades brasileiras.<br />

Há 5 anos, a VRP atende a John Deere e realiza os<br />

eventos de campo onde são produzidos modelos customizados<br />

de unidades móveis. Nesse cliente o trabalho é desenvolvido de<br />

ponta a ponta, onde a equipe da VRP operacionaliza a logística,<br />

montagem e desmontagens das unidades de negócios.<br />

No caso da Caixa Seguradora e da Ultragaz, foram<br />

desenvolvidos cinemas itinerantes que leva de maneira<br />

inovadora a sétima arte à inúmeros municípios brasileiros que<br />

não contam com salas de cinema. Para Paradas, esses dois<br />

projetos são “grandes cases de inclusão social e cultura e a<br />

VRP se sente orgulhosa por conseguir dar vida a essas ideias”.<br />

Por fim, é possível ressaltar o case da Playstation,<br />

onde por dois anos seguidos criaram degustação da linha de<br />

consoles e jogos da marca em um ambiente especialmente<br />

desenvolvido dentro de uma unidade móvel.<br />

Carreta Santander aberta<br />

Público TRA Tour<br />

Panorâmica TRA Tour<br />

30 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 31


LIVE NEWS!<br />

SHELL BOX<br />

A marca Shell lançou a promoção Junte e Troque No<br />

Seu Ritmo, com diversos prêmios para curtir com sua música<br />

preferida. Clientes que realizarem pagamentos com o aplicativo<br />

Shell Box poderão acumular conchas digitais, a logo da marca,<br />

e, com um valor adicional, trocar por prêmios exclusivos, como<br />

Caixa de Som com função Karaokê, Mochila Cooler e kits de copos colecionáveis. A promoção estará<br />

disponível nos postos Shell e lojas de conveniência Shell Select de todo o País que tenham Shell Box<br />

como forma de pagamento até 19 de fevereiro de 2022 ou até quando durarem os estoques. Para<br />

participar, basta baixar gratuitamente o aplicativo Shell Box no smartphone e realizar um cadastro<br />

simples. Clientes que já utilizam o app só precisam habilitar a opção “Participar Automaticamente das<br />

Promoções”, disponível no menu lateral. Shell Box permite o pagamento do abastecimento e de itens<br />

das lojas de conveniência Shell Select de forma rápida, segura e descomplicada utilizando o celular.<br />

Em todo o Brasil, já são cerca de 3.500 postos Shell e 500 lojas de conveniência Shell Select que<br />

oferecem a opção de pagamento com Shell Box.<br />

V3A CRIA GTG<br />

Game, já nasce com um portfólio de projetos proprietários<br />

Atenta ao crescimento da indústria de games e de alto impacto, como o Prêmio eSports Brasil, em<br />

eSports, no Brasil e exterior, a V3A anuncia a criação da sociedade com a Player 1, e o WESG Latam, a maior<br />

GTG, nova empresa que passa a ser responsável pelos competição multiplataforma de eSports da América<br />

projetos de games e eSports da companhia e tem como Latina. Dalmo Castello Filho é o CEO da nova empresa,<br />

sócio o investidor Kevin Tang, diretor da Câmara de<br />

que faz parte do pilar de Ventures (projetos proprietários)<br />

Comércio Brasil China. A GTG, fruto da sigla de Good To comandada por Victor Vocos, co-CEO da V3A.<br />

SEARA NA RACCOON<br />

A Seara, uma das maiores empresas do ramo<br />

alimentício do País, passa a fazer parte da carteira<br />

de clientes da agência de digital full service Raccoon.<br />

A parceria foca nas áreas de Performance e<br />

Comunicação do Qlab, laboratório digital da marca<br />

de alimentos, que passa por uma sofisticação para<br />

ampliar seu modelo e operação para gerar mais<br />

impacto no negócio e nos indicadores de marca. Para<br />

fortalecer a performance, a Raccoon trabalhará com<br />

um Squad Multidisciplinar, o qual é estruturado em<br />

duas frentes principais: Performance e Comunicação.<br />

Em Performance, os serviços utilizados serão de<br />

Mídias Pagas (nutrição de todo o funil da jornada<br />

do consumidor) e Feed Manager (gestor interno<br />

para adequação entre mídias). Na comunicação,<br />

o destaque fica para Criação (conceitos, artes e<br />

textos) e Community Management (monitoramento,<br />

interação e metrificação da comunidade nas redes).<br />

EVENTO INTERNACIONAL<br />

A SRCOM foi a agência responsável pela criação e produção do pavilhão do<br />

Estado de São Paulo, na Expo Dubai, evento que reuniu 192 países, em um grande hub.<br />

No pavilhão do Brasil, os visitantes puderam viver São Paulo, numa day trip do que é o<br />

estado, sua gente, suas cores, seus sons e seus sabores. O público foi conectado a São<br />

Paulo através dos hábitos, costumes, da cultura e das pessoas que o constroem todos<br />

os dias. Essa foi uma experiência que misturou entretenimento, negócios e economia<br />

criativa. Para a data a SRCOM criou e desenvolveu um espetáculo com a força de São<br />

Paulo, mostrado em uma estrutura multi conteúdos, instalada sob o espelho d’agua do<br />

pavilhão do Brasil. Um mix de nomes da arte e cultura que movem a economia criativa<br />

do Estado. No line up, a São Paulo Cia. de Dança, uma das mais importantes do país,<br />

dirigida por Ines Bogea, a Orquestra Brasil Jazz Sinfônica sob o comando do maestro,<br />

compositor e produtor musical Ruriá Duprat, a moda da UMA, assinada pela estilista<br />

PROMOÇÃO SANDELLA<br />

Raquel Davidowicz, os conteúdos criados pelo Studio Curva, além de artistas plásticos<br />

Os personagens do humorista Marco Luque, a<br />

como Chivitz e Minhau, com curadoria de Baixo Ribeiro. E mais as participações de<br />

doméstica Mary Help e o motoboy Jackson Five, são a cara<br />

Simoninha, Fabiana Cozza e a pickup do DJ Nuts. O futebol e a Fórmula 1 estavam<br />

da nova promoção da Sandella. A marca da GSA Alimentos<br />

representados por conteúdos do Museu do Futebol e do Grande Prêmio do Brasil F1. Mais<br />

vai sortear mais de 500 prêmios para os consumidores.<br />

de 120 profissionais foram levados do Brasil, misturando talentos, tendencias e estilos.<br />

A Promoção segue até o dia 29 de janeiro de 2022 e pode<br />

premiar o consumidor que levar para casa cinco produtos<br />

Sandella. Os participantes da Promoção Show de Prêmios<br />

Sandella podem levar para casa um ano de compras grátis<br />

no valor de R$ 300 mensais e três caminhões de prêmios<br />

para mobiliar a casa com geladeira, televisão, bicicleta,<br />

máquina de lavar roupa, ventilador e muito mais, até com<br />

a casinha para o cachorro. E não para por aí. Toda semana<br />

terá sorteio de Pix de mil reais. E diariamente ainda serão<br />

sorteados prêmios de R$100. A campanha também terá<br />

prêmios instantâneos, serão 500 créditos de celular no<br />

valor de R$ 30 para ganhar na hora. Para participar basta<br />

adquirir em supermercado, hipermercado, estabelecimento<br />

comercial ou e-commerce cinco embalagens de quaisquer<br />

produtos Sandella no mesmo cupom fiscal e efetuar seu<br />

cadastro no hotsite da promoção – www.promosandella.<br />

com.br. Depois de realizado o cadastro será gerado um<br />

número da sorte.<br />

GENTE NOVA<br />

A Cheil Brasil anuncia a contratação de Deny Zatariano, Ex-REF+, como diretor de criação. Ele chega<br />

para completar a equipe comandada por Felipe Andrade, diretor executivo de criação da agência. Catarinense,<br />

Deny é formado em Comunicação Social, tem MBA em <strong>Marketing</strong> e Comércio Internacional pela Universidade<br />

Autônoma de Barcelona e especialização em Alta Direção de Empresas pela mesma universidade. Diretor de<br />

Arte de origem, possui 20 anos de carreira e passou por agências como Contrapunto BBDO – da Espanha -,<br />

J. Walter Thompson Worldwide e Fischer&Friends trabalhando com clientes como Mercado Livre, SempTCL,<br />

Barcelona Futebol Clube, Ford, Coca-Cola, Panasonic e Oracle. <br />

32 REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - NOVEMBRO <strong>2021</strong> 33


INOVAÇÃO<br />

NÃO, ESTE NÃO É MAIS UMA MATÉRIA SOBRE<br />

a vida e as façanhas de Elon Musk - o homem por trás dos<br />

cobiçados esportivos elétricos da Tesla Motors, dos painéis<br />

e baterias de energia solar popularizados pela SolarCity e<br />

dos foguetes espaciais da SpaceX, mas sim sobre como ele<br />

personifica e representa códigos, informações, imagens,<br />

mensagens e uma cultura de inovação que está afastando ou que<br />

pode, de maneira crescente, mas afastar as pessoas de inovar<br />

do que aproximá-las.<br />

A isso, a consultoria de inovação 16 01 deu o título de “A<br />

Fadiga de Elon”, um fenômeno tema de palestra apresentada por<br />

Eduardo Paraske, um dos sócios da empresa e ex-Google, Waze,<br />

Samsung, Unilever, e Outback Steakhouse, durante o Wired<br />

Conference que convidou o público a “estourar” a sua bolha para<br />

pensar inovação de forma mais ampla e possível.<br />

O título curioso guarda uma reflexão não sobre as<br />

façanhas de Elon Musk, mas sim sobre a dualidade em que os<br />

profissionais brasileiros se encontram. A inovação passou a<br />

ser uma habilidade exigida em todos os mercados, incluindo<br />

o marketing. A base de comparação são celeiros de inovação<br />

como Vale do Silício, Israel e China, que contam com condições<br />

completamente diferentes das brasileiras. Mas, a formação<br />

e o desenvolvimento profissional no País não acompanham o<br />

mesmo ritmo. E essa é apenas uma das lacunas que geram<br />

uma espécie de “anti-inovação” na visão do especialista.<br />

“Estamos mais atrasados em educação, maturidade<br />

digital, conhecimento tecnológico, informação e acesso ao<br />

ecossistema de inovação do que outros países. No entanto, a<br />

cobrança, o furacão de informações, padrões estigmatizados<br />

de sucesso sobre a inovação continuam chegando de forma<br />

exponencial, mas em culturas corporativas descoladas em<br />

seu discurso vs ação. E assim começa a grande evasão<br />

migratória de pessoas infelizes querendo mudar de trabalho,<br />

simplesmente abandonar o barco”, detalha Paraske<br />

Sócio da consultoria de<br />

inovação 1601, Eduardo Paraske<br />

A FADIGA DE ELON: CONFIRA<br />

COMO LIDAR COM ESSE FENÔMENO<br />

QUE VOCÊ POSSIVELMENTE SENTE,<br />

MAS NÃO CONHECE<br />

Se você se identificou com todo esse contexto, o<br />

especialista em marketing, que nos últimos anos pivotou a<br />

carreira para ajudar empresas como Ambev, Nestlé, Google,<br />

Uber, Smiles, Sicredi, Sanofi, Takeda e Unilever a inovar,<br />

propõe uma trilha de experimentação que assume algumas<br />

premissas básicas para evitar e mitigar a Fadiga de Elon.<br />

Elas passam por: construir a crença corporativa de<br />

que é possível errar, e, portanto, será possível inovar – à<br />

exemplo de como pensam as startups; diminuir a carga e dar<br />

pausas para o cérebro para fortalecer a força de vontade<br />

“Estamos mais atrasados em<br />

educação, maturidade digital,<br />

conhecimento tecnológico,<br />

informação e acesso ao<br />

ecossistema de inovação do<br />

que outros países.”<br />

Wired Conference<br />

e a capacidade de ação em determinada situação que<br />

requer esforço; perceber que a inovação só é possível pela<br />

ação e motivar por meio do exemplo; promover e premiar<br />

o comportamento de “líder servidor”, que busca formas de<br />

tornar a vida dos membros da equipe mais fácil - física,<br />

cognitiva e emocionalmente; aprender apesar do excesso de<br />

informações (afinal, já que não podemos mudar os estímulos<br />

que chegam até nós, podemos mudar a maneira como<br />

reagimos a eles); criar confiança na transformação para evitar<br />

o piloto automático e buscar o avanço e a reinvenção; e, por<br />

fim, ser empático com todos, incluindo você mesmo para<br />

enfocar nas duas únicas comparações que importam - quem<br />

você é hoje com quem você era no passado (para lembrar<br />

sua jornada e permitir se sentir orgulhoso de quão longe já<br />

chegou) e com quem espera um dia se tornar (para se manter<br />

focado no que realmente importa).<br />

“Já que é impossível se privar de toda informação da<br />

inovação como vêm sendo disseminada, é urgente pensar formas<br />

de lidar com um fenômeno coletivo que sofremos, mas nem nos<br />

demos conta de que está aí. Inovar é urgente. Mas, fazer isso de<br />

forma possível é ainda mais”, finaliza Paraske.<br />

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