Revista Live Marketing Edição 38 - 2021
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CADA VEZ MAIS CONECTADA<br />
SUMÁRIO<br />
06<br />
08<br />
12<br />
14<br />
15<br />
16<br />
22<br />
24<br />
25<br />
26<br />
31<br />
<strong>38</strong><br />
39<br />
40<br />
EDITORIAL<br />
DIGI APOSTA NA CULTURA DATA-DRIVEN<br />
HYPE VALORIZA O CLIENTE<br />
V_LAB INVESTE NO CONTEÚDO AUDIOVISUAL<br />
MÍDIA NOS MUROS DAS FAVELAS<br />
REVOLUÇÃO DO MERCADO DE EVENTOS<br />
ARTIGO RICARDO AMORIM<br />
SILVESTRE ASSESSORIA MOSTRA SUA EXPERIÊNCIA<br />
ESTUDO SOBRE CONSUMIDORAS<br />
NOVOS NEGÓCIOS NA PAUTA<br />
FUSÃO FAZ NASCER A THE PUBLIC HOUSE<br />
STREAMING GANHA ESPAÇO<br />
BATUX INOVA NO MERCADO PROMOCIONAL<br />
LIVE NEWS<br />
4 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 5
Experi»ncia<br />
da Entrega<br />
Inova≈¡o<br />
CULTURA<br />
Dilig»ncia<br />
Experi»ncia<br />
do Colaborador<br />
Sergio Sanches, Editor Executivo.<br />
CARO LEITOR<br />
Tecnologia<br />
For≈a<br />
Processos<br />
DESIGN<br />
PROP±SITO<br />
LIDERAN•A<br />
No ano de 2020 a tecnologia e a inovação entraram de vez para o vocabulário das<br />
agências de eventos que sentiram e continuam sentindo, como ninguém, os reflexos<br />
da pandemia. Mostramos nessa edição cases que revelam o quanto as agências e<br />
produtores de eventos estão se reinventando. Foi necessário amadurecer rapidamente e tornar<br />
relativamente normal, falar e projetar ações com Realidade Aumentada, Realidade Virtual,<br />
Realidade Estendida, Unreal, conectividade, entre tantas outras possibilidades.<br />
O resultado é a constatação de que as agências de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> e seu time de<br />
fornecedores estão atentos às tendências mundiais e, apesar de todas as dificuldades, não mede<br />
esforços para viabilizá-las. Quem ganha com isso? O mercado como um todo.<br />
Por outro lado, esses agentes que tanto lutam para poder passar por esse momento trágico,<br />
levam para as empresas o recado de que envergam, mas não quebram. E também a constatação de<br />
que a tecnologia é uma ferramenta de trabalho poderosa que pode levar a criatividade para outro<br />
patamar, na medida em que tudo que é feio pode ser mensurado no detalhe.<br />
Diante desse cenário, o principal argumento que tem chamado a atenção das empresas<br />
é a aplicação de metodologias que fujam do lugar-comum porque todos partem do princípio de<br />
EXPEDIENTE<br />
que a tecnologia e a inovação em eventos proporcionam oportunidades para se transformar o<br />
que parece uma ação do dia a dia em algo realmente incrível e que possa ser vista como um<br />
diferencial quando se observa o que está sendo feito pelo mercado.<br />
Por outro lado, também fomos entender como as agências de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> estão<br />
conseguindo alavancar os negócios no momento em que a grande maioria trabalha no modelo<br />
de home-office. A resposta é o fortalecimento da área de novos negócios para crescer dentro<br />
dos clientes e também contar com ações mais assertivas para que não exista desperdício de<br />
recursos. O que percebemos é que nesse campo não existe receita de bolo, cada agência tem<br />
utilizado uma forma diferente, em função do perfil do cliente que possuem ou que buscam.<br />
Esse novo modelo de trabalho se por um lado é um grande desafio, por outro tem<br />
trazido aprendizados diferentes e a possibilidade de olhar para o médio e longo prazo. Mais<br />
ainda, é necessário buscar a eficiência, fazer mais com menos e colocar a criatividade à serviço<br />
dos projetos de modo que o anunciante consiga entender e tenha um despertar para saber e<br />
querer ouvir uma boa ideia.<br />
BOA LEITURA<br />
Humano<br />
Experi»ncia<br />
do Consumo<br />
Narrativa<br />
Energia<br />
IDENTIDADE<br />
Propulsor de Marcaå da Caetano Branding Consultoria<br />
PENSAR GLOBAL. AGIR LOCAL.<br />
Personalidade<br />
<strong>Marketing</strong><br />
Experi»ncia<br />
da Marca<br />
“A lógica do Propulsor de Marca® da Caetano Branding Consultoria é de uma ferramenta<br />
estratégica que se adapta ao ambiente do negócio. Aplicada com as melhores ferramentas<br />
existentes, ela alinha áreas específicas dos ambientes comerciais, tornando-se assim, um<br />
motor de gestão e geração de valor para as marcas.<br />
E não para por ai…”<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> é um veículo de comunicação de propriedade da Growth Comunicações.<br />
Conselho Editorial: Kito Mansano, Mauro Camargo, Rodrigo Caetano e Sergio Sanches<br />
Editor Executivo: Sergio Sanches (MTB 16.3<strong>38</strong>)<br />
Editora: Nathália da Silva Sanches<br />
Redação: Ana Maria Santos e Robson Castro<br />
Diagramação: Rodrigo Caetano<br />
Sugestões de pauta podem ser enviadas para: sergio@revistalivemarketing.com.br<br />
Departamento comercial: Mauro Camargo<br />
Fone: (11) 99978.9998 - (11) 2626.0567<br />
Email: mauro@revistalivemarketing.com.br<br />
Núcleo comercial: comercial@revistalivemarketing.com.br<br />
Entendemos o papel representativo que todas as marcas, independentes<br />
do tamanho, exercem sobre a sociedade, por isso as ações estratégicas<br />
são fundamentais em um processo de desenvolvimento e nossa lógica<br />
proprietária de gestão se adapta a realidade de todos os negócios.<br />
São mais de 100 metodologias fundamentais que alimentam as<br />
estruturas principais do Propulsor de Marca® da Caetano Branding<br />
Consultoria que criam resultados a curto, médio e longo prazo.<br />
CAPA<br />
Concepção: The Public House (Henrique Guerra, Natan Gomes, Ana Ferreira e Romulo Nunes)<br />
Fotografia: Marcelo Rocha<br />
Assistente de Fotografia: Luciana Aith<br />
Light Designer: Leandro Carvalho e Waltinho Santos<br />
Coordenador de Led: Fábio Rocha Barbosa<br />
Produtor Técnico: Marcelo Augusto<br />
As matérias e artigos assinados não representam necessariamente a opinião da <strong>Revista</strong>.<br />
Fica proibida a reprodução das matérias sem a expressa autorização dos editores e sem a citação da fonte.<br />
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6 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 7
e o que é preciso para atingir os resultados esperados, é a<br />
Engenharia e Administração de Empresas, que oferecem uma<br />
DIGITAL<br />
“mágica” por de trás do Machine Learning.<br />
De acordo com o diretor de Criação da Digi, Marcelo<br />
Favery, em um mercado cada vez mais dinâmico é preciso<br />
tomar decisões rápidas e que tragam resultados diretos para<br />
visão de negócio diferente.<br />
“É um impacto muito significativo para o setor. A<br />
agências passa a ter um time com uma visão multidisciplinar.<br />
Muda a forma com que a equipe é concebida, como nós<br />
os objetivos dos projetos. Porém, reforça, o grande desafio é<br />
estruturamos nossos times e como criamos as rotinas e rituais<br />
interpretar os números. “Qual comportamento está por de trás<br />
dos nossos projetos. Além da mudança no formato e condução<br />
daqueles resultados ou pode surgir diante daqueles dados? É a<br />
da equipe, nosso modelo de trabalho e operação e traz ainda<br />
partir desses insights que o processo criativo pode se inspirar<br />
mais forte a metodologia Agile para dentro da nossa rotina”,<br />
para criar campanhas, produtos e serviços que são relevantes,<br />
analisa Marina.<br />
geram resultados e, ao mesmo tempo, entregam experiências<br />
E completa: “Isso já começa a ser sentido pelos nossos<br />
únicas. E é exatamente isso que estamos fazendo para todos os<br />
clientes. Já iniciamos o desenvolvimento de campanhas com<br />
clientes da Digi. Estamos começando com as análises preditivas,<br />
esta visão multidisciplinar para clientes da casa, como Cargill,<br />
descobrindo padrões e tendências que ajudam as nossas<br />
Arcor e Stellantis (antiga FCA), que já conseguiu aumento<br />
campanhas a superarem os objetivos”, analisa Favery.<br />
expressivo na participação e no engajamento das campanhas<br />
CULTURA DATA-DRIVEN APONTA<br />
FUTURO DO MERCADO DE<br />
INCENTIVO E RELACIONAMENTO<br />
Diretora de Gente & Gestão da Digi, Barbara Ogoshi<br />
e até enxergar outras oportunidades de desenvolvimento do<br />
cliente, somando oportunidades à expectativa que ele tinha.<br />
Começamos a entender e nos aprofundar no negócio para<br />
sermos questionadores e provocadores e levar outros tipos de<br />
solução para os nossos clientes”, diz Marina.<br />
O impacto da cultura data-driven também vem sendo<br />
sentido no relacionamento dos profissionais de agências<br />
com o mercado e na formação dos times. A adoção de<br />
decisões baseadas em dados começa a ter impacto interno,<br />
quando profissionais deixam de olhar os clientes, projetos e<br />
campanhas baseados no histórico e no resultado de vendas,<br />
mas passam a se orientar por percepção criada.<br />
A formação dos times também muda. Sai o modelo<br />
tradicional de agências, com times de criação, atendimento<br />
e algumas estruturas de Business Intelligence (BI), e<br />
de Fiat e Jeep. Tudo em função da avaliação de resultados e<br />
da construção de plano de ação a partir dos insights que estes<br />
dados trazem para nós”.<br />
LIÇÃO DE CASA<br />
Acostumada a criar campanhas de marketing de<br />
relacionamento e incentivo para grandes empresas - como<br />
Coca-Coca Brasil, Cargill, Vigor, Samsung, entre outras-, a<br />
Digi também implementou internamente uma plataforma de<br />
engajamento para acompanhar de perto a satisfação dos<br />
NO MERCADO DE INCENTIVOS O MOMENTO É DE<br />
reflexão sobre o futuro. A hora é de apostar em novas<br />
tecnologias e ferramentas, modelos de trabalho híbridos e no<br />
redesenho das equipes em busca de maior assertividade e<br />
eficiência nas campanhas criadas.<br />
A cultura data-driven, expressão em inglês que<br />
compreende decisões baseadas em dados, geralmente a<br />
partir de bancos de informações robustos e algoritmos<br />
customizados, já começa a se tornar realidade em algumas<br />
agências, que estão se reposicionando para dar foco maior em<br />
tecnologias como Machine Learning e Inteligência Artificial.<br />
Profissionais do mercado esperam uma mudança<br />
muito grande no setor de incentivo com base na cultura data-<br />
que normalmente é o volume de vendas, passam a ter<br />
incorporados outros fatores, conforme a campanha vai sendo<br />
avaliada. “Deixa de ser só uma avaliação numérica sobre<br />
vendas para conseguirmos analisar outros tópicos dentro do<br />
cenário do time comercial”, conta Marina.<br />
Já campanhas de incentivo para times de execução<br />
recebem outras leituras a partir dos dados. Através de<br />
Machine Learning e Inteligência Artificial, por exemplo,<br />
é possível fazer a avaliação de planograma, detectar a<br />
invasão de gôndola por concorrentes e analisar a exposição<br />
de materiais e produtos no ponto de venda, construindo,<br />
em função de números, mudanças muito mais assertivas e<br />
evolução para outros cenários.<br />
Além disso, muda a forma como a agência se relaciona<br />
com o mercado, que deixa de atender somente à demanda<br />
do cliente e passa a ter uma atuação mais intensa da visão<br />
de negócio da empresa, levando mais solução e resultado<br />
para as campanhas. “Eventualmente, conseguimos entender<br />
CRIATIVIDADE MAIS ASSERTIVA<br />
O processo criativo também se beneficia do uso de<br />
dados e da nova cultura data-driven. Relevância é a palavrachave<br />
quando criativos trabalham no desenvolvimento de<br />
campanhas guiadas por dados. Criar ações personalizadas<br />
e com estímulos certos, sabendo exatamente o que motiva<br />
entram profissionais de outras áreas além do mercado de<br />
Comunicação e Publicidade. A Digi, por exemplo, está trazendo<br />
para o time um cientista de dados formado em Matemática<br />
Aplicada e Estatística e PMs (Product Manager) formados em<br />
profissionais, assim como avaliar o desempenho dentro do<br />
escopo de trabalho proposto. “O intuito é termos os melhores<br />
talentos executando nossas campanhas. Estamos focados<br />
100% em levar solução e inovação aos nossos clientes e por<br />
driven. Para a diretora de Business Strategy da agência Digi,<br />
Marina Morato, uma das mais relevantes agências de incentivo<br />
e relacionamento do mercado, as campanhas de incentivo vão<br />
se aprofundar cada vez mais sob o prisma dos resultados com<br />
ações baseadas em dados. “Começamos a entender melhor<br />
como os participantes se comportam, o que os motiva com a<br />
conquista dos resultados e o que, efetivamente, vai fazer com<br />
que eles enxerguem valor dentro do que vem sendo proposto”,<br />
comenta a diretora.<br />
As decisões e campanhas baseadas em dados<br />
também oferecem mais assertividade na forma com que os<br />
incentivos são feitos, de acordo com as áreas em que são<br />
aplicadas. No setor comercial, por exemplo, as campanhas de<br />
incentivo que sempre foram muito baseadas no KPI principal,<br />
“Começamos a entender e<br />
nos aprofundar no negócio<br />
para sermos questionadores<br />
e provocadores e levar<br />
outros tipos de solução para<br />
os nossos clientes.” (Marina<br />
Morato)<br />
Diretora de Business Strategy da agência Digi, Marina Morato<br />
Diretor de Criação da Digi, Marcelo Favery<br />
Painel de Business Intelligence da Digi entregue aos clientes<br />
“Estamos começando com<br />
as análises preditivas,<br />
descobrindo padrões e<br />
tendências que ajudam<br />
as nossas campanhas a<br />
superarem os objetivos.”<br />
(Marcelo Favery)<br />
este motivo a chegada dos Product Managers dentro dos<br />
squads será fundamental para esta transformação, além de<br />
estarmos desenhando um novo modelo de plataforma para as<br />
futuras campanhas”, conta a diretora de Gente & Gestão da<br />
Digi, Barbara Ogoshi.<br />
O trabalho remoto, por conta da pandemia, e a recente<br />
reestruturação da diretoria da Digi para atender ao novo<br />
modelo de negócio da agência, baseado em Machine Learning,<br />
Inteligência Artificial e análises preditivas, exigiram um<br />
alinhamento organizacional dentro de uma gestão totalmente<br />
remota. “Nossa principal mudança foi estruturar de forma<br />
mais segmentada as diretorias da agência, onde cada área tem<br />
como foco desenvolver as habilidades de sua equipe extraindo<br />
o melhor de cada posição”, completa Barbara.<br />
8 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 9
10 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 11
“Com o home office, aprendemos que a distância física nem<br />
EMPREENDEDORISMO<br />
sempre é uma condição desfavorável. Estamos ainda mais<br />
próximos agora e produzindo como nunca”, afirma satisfeito.<br />
AGILIDADE SEMPRE<br />
Agir rapidamente é uma característica que faz parte<br />
do DNA da empresa, e isso fica ainda mais claro quando<br />
analisamos sua trajetória em 2020. Em nenhum momento<br />
“Nós nos vimos diante de<br />
um cenário extremamente<br />
assustador e negativo,<br />
mas conseguimos aplicar o<br />
know-how que acumulamos<br />
em 15 anos de atividades<br />
transformando nossa<br />
Projeto Interfarma<br />
aplicar o know-how que acumulamos em 15 anos de atividades<br />
transformando nossa expertise em algo mais. Afinal,<br />
estávamos gerindo o imprevisível, e colocar em prática nossa<br />
experiência foi imprescindível.”<br />
A estratégia de concentrar a atenção em clientes que<br />
têm uma história na casa criou vínculos muito mais fortes,<br />
e ainda hoje o foco maior está nas concorrências desses<br />
clientes. “Em momentos instáveis, é preciso fazer escolhas.<br />
a empresa parou, mas, sim, adaptou-se repensando<br />
formatos, ferramentas e estudando meios para transformar<br />
a sensação de perda gerada pelo distanciamento social em<br />
uma percepção de ganho de oportunidade para se amplificar<br />
o conteúdo para muito mais pessoas. Surpreendentemente,<br />
a agência planeja expandir os negócios ainda neste ano.<br />
“A grande novidade é o lançamento da nossa produtora de<br />
conteúdo e de soluções para apresentações corporativas.<br />
Tudo será desenvolvido pela Hype.”<br />
Pensar em diversificar foi o mínimo quando tudo se<br />
voltou para o formato digital/híbrido. E Ortali deixa claro<br />
que essa porta nunca pode ser fechada, pois, enquanto<br />
todos esperavam uma grande virada da economia neste<br />
expertise em algo mais.”<br />
“Em momentos como esses,<br />
atender ultrapassa executar<br />
o desejo do cliente. Esqueça<br />
CEO da Hype, Alê Ortali<br />
ESQUEÇA O QUE SEU CLIENTE QUER,<br />
ENTENDA O QUE ELE PRECISA.<br />
OFEREÇA UMA EXPERIÊNCIA,<br />
E NÃO APENAS UM PRODUTO<br />
Ação MRV<br />
APOIO CONSTANTE<br />
Agência de clientes de longo prazo, a Hype soube<br />
oferecer apoio num momento incerto, em que eventos eram<br />
cancelados e as perspectivas pareciam não existir. Os laços<br />
já existentes se fortaleceram. “Parceria faz toda a diferença<br />
diante de uma crise. Soubemos controlar as expectativas, as<br />
nossas e as dos nossos clientes, e na hora certa realizamos<br />
trabalhos de sucesso, em que foi necessária muita confiança<br />
e coragem. Hoje, estamos completamente adaptados aos<br />
eventos online, ao streaming, aos novos métodos, às novas<br />
tecnologias.”<br />
Na configuração atual, em que o planejamento nunca foi tão<br />
fundamental, é preciso ser assertivo e transmitir solidez e<br />
confiança. Aqueles que já estavam com a gente precisavam do<br />
nosso tempo, da nossa dedicação para se sentirem seguros. E<br />
isso vem se perpetuando. Agência e cliente nunca estiveram<br />
tão próximos”, reafirma o CEO.<br />
Alê relembra os acontecimentos de março de 2020, as<br />
notícias que se sucediam e a falta de controle da situação em<br />
que a população mundial se encontrava, e conta que a Hype<br />
imediatamente pensou em proteger sua equipe aplicando as<br />
medidas de isolamento, ao que todos se adaptaram rapidamente.<br />
o que o cliente quer, entenda<br />
o que ele precisa.”<br />
ano, acontetceu uma crise ainda mais grave na saúde. “Não<br />
podemos baixar a guarda, o que manda no nosso mercado é<br />
a inovação. Se tivermos de mudar de estratégia no meio do<br />
caminho, mudamos. Coragem nunca nos faltou”, revela, e<br />
ainda acrescenta: “Desta vez, sabemos onde estamos pisando,<br />
conseguimos visualizar por onde abrir atalhos. Aprendemos –<br />
e jamais esqueceremos – que podemos transformar perdas em<br />
oportunidades, ou seja, não perdemos, ganhamos. Seguimos<br />
em frente.”<br />
QUE A PANDEMIA TRANSFORMOU<br />
o cenário desconhecido que 2020 descortinou e qual seu<br />
Com esse pensamento, a Hype tem levado ao mercado<br />
a maneira de viver e refletiu profundamente no ambiente de<br />
impacto nos negócios.<br />
experiências relevantes aos clientes finais. “Ofereça uma<br />
negócios nem está mais em discussão, é a realidade, mas<br />
Alê revela estratégias adotadas rapidamente pela<br />
experiência, e não apenas um produto, experiências marcantes<br />
quais os reflexos dessa mudança na engrenagem econômica<br />
agência voltadas totalmente às necessidades dos clientes,<br />
enaltecem o produto do cliente e despertam o desejo do<br />
em longo prazo? Talvez só entenderemos sua complexidade<br />
num futuro um pouco mais distante.<br />
Enquanto isso, pode-se analisar e aprender com<br />
experiências vivenciadas por empresas que sobreviveram ao<br />
impacto e souberam “surfar a onda” dessa transformação.<br />
Em conversa com o CEO da Hype, Alê Ortali, foi possível<br />
conhecer a estratégia adotada pela agência para enfrentar<br />
que se viram perdidos. “Em momentos como esses, atender<br />
ultrapassa executar o desejo do cliente. Esqueça o que<br />
o cliente quer, entenda o que ele precisa. É necessário<br />
interpretar seus objetivos para ter essa clareza e, muitas<br />
vezes, para alcançá-los, é impossível seguir pelo caminho<br />
que se julga óbvio. Agir com sensatez pode levar a embates<br />
arriscados, mas os resultados valem a pena.”<br />
consumidor, mesmo diante de cenários obscuros”, esclarece<br />
o CEO.<br />
Ortali já consegue delinear um legado deixado<br />
por toda essa vivência, que se pauta no reconhecimento<br />
da força de trabalho e capacidade de adaptação rápida a<br />
condições desfavoráveis. “Nós nos vimos diante de um cenário<br />
extremamente assustador e negativo, mas conseguimos<br />
Projeto Renault<br />
Vista técnica da ação Renault<br />
12 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 13
Ação visa diminuir a fome nesse momento de pandemia<br />
CONTEÚDO<br />
UNIVERSO LIVE<br />
VAGALUMEN LAB<br />
DANDO LUZ AO NOVO<br />
PUBLICIDADE NOS MUROS DAS FAVELAS<br />
GERA CESTAS BÁSICAS AO G10<br />
A V_LAB, PRODUTORA DE CONTEÚDO AUDIOVISUAL<br />
com foco no desenvolvimento de novas tecnologias para a<br />
criação de experiências de marca, atua no mercado de <strong>Live</strong><br />
<strong>Marketing</strong> provendo a solução completa para eventos quando<br />
o assunto é imagem, imersão, inovação. Mantendo o olhar<br />
sempre no futuro, e trabalhando como um hub de criadores<br />
e profissionais que juntos somam exatamente o que cada<br />
demanda necessita, a V_Lab desponta no atual momento do<br />
mercado onde os eventos - sejam eles de lançamento, trend,<br />
entretenimento, convenção ou outros - se tornaram virtuais.<br />
Enquanto a preocupação que pairava era a perda dos<br />
recursos que não teriam mais voz sem os grandes eventos<br />
presenciais, a V_Lab, junto com parceiros importantes, se<br />
debruçou sobre o universo de possibilidades que se abria e o<br />
menu de novas tecnologias que poderiam ser desenvolvidas<br />
que acelerou a criação de ideias e investimentos importantes<br />
e bem direcionados, com a certeza de que era possível recriar<br />
aquela maneira de comunicar. “Trouxemos ferramentas que<br />
já tínhamos a mão nos mercados de games, publicidade e<br />
entretenimento, mas agora com a roupagem que o corporativo<br />
precisava. Isso garantiu aos nossos clientes um campo de<br />
segurança e qualidade para comunicar com a inovação que<br />
buscavam.”<br />
Já a sócia diretora da V_Lab, Anny Santos, entende<br />
a responsabilidade de trabalhar com comunicação, e avalia<br />
que nos momentos frágeis e de incertezas, era preciso prover<br />
ao mercado um meio de seguir e garantir que as marcas se<br />
comunicassem com seu público interno, clientes, parceiros.<br />
“Criamos rapidamente o aporte que o mercado precisava, e a<br />
partir disso com aprendizados grandiosos, nos reinventamos<br />
Sócios da V_Lab Tadeu Garcia e Anny Santos<br />
e construimos uma nova realidade para que o <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong><br />
se mantivesse vivo. Hoje vemos o quanto essa nova realidade<br />
é rica, como cresce e se desenvolve em alta velocidade. A<br />
mudança é a nossa única constante.”<br />
Após a entrega de importantes eventos no formato<br />
virtual e/ou híbrido para a Nissan, XP Investimentos, FIAT,<br />
Le Novo, TCL, Novo Nordisk, grupo Duratex, dentre outros,<br />
a V_Lab segue criando e trazendo ao mercado novas opções<br />
para impactar e engajar a partir do uso de diferentes<br />
tecnologias da imagem. “Essa é uma nova era do <strong>Live</strong><br />
<strong>Marketing</strong> que se iniciou, estamos ansiosos para aprimora-la<br />
cada dia mais”, assegura Tadeu. “A união do mercado para<br />
se manter em atividade tem sido algo muito empoderador,<br />
estamos orgulhosos de contribuir para este novo e importante<br />
momento do nosso mercado e do mundo”, completa Anny.<br />
PRESENTE EM COMUNIDADES DE TODO O PAÍS,<br />
o Outdoor Social® foi criado para conectar marcas com o<br />
público das favelas e aquecer a economia local. Na prática,<br />
como modelo de mídia OOH (Out Of Home), o morador recebe<br />
para tornar o muro de sua casa um outdoor para anúncios,<br />
fazendo com que a população local tenha contato com<br />
as marcas. “É uma forma de mostrar ao mundo o poder<br />
de consumo da região e possibilitar uma renda extra aos<br />
expositores, que são domiciliados locais”, explica a fundadora<br />
do Outdoor Social®, pioneiro no segmento OOH em favelas,<br />
Emilia Rabello.<br />
Nesse momento de agravamento da pandemia, além<br />
da renda extra, que auxilia os moradores, o Outdoor Social®<br />
destinará cestas básicas para o G10, bloco das 10 maiores<br />
favelas do Brasil. A cada painel instalado, uma cesta básica<br />
é doada. A meta é alcançar o mínimo de 1.000 outdoors, de<br />
marcas como O Boticário e Tim, colocados nos muros dos<br />
moradores das principais favelas do país. O intuito é amenizar<br />
os impactos socioeconômicos deste momento de crise no<br />
país. “Estamos em uma situação crítica com o agravamento da<br />
pandemia e precisamos nos mobilizar. Só na primeira semana,<br />
conseguimos entregar 268 cestas e esperamos distribuir<br />
ainda mais rapidamente. Com essas doações, queremos<br />
atravessar juntos o momento de crise e inspirar outros líderes<br />
empresariais a destinarem parte do lucro à entrega social”,<br />
conta Emilia.<br />
Segundo o Monitor das Doações Covid-19, organizado<br />
pela Associação Brasileira dos Captadores de Recursos<br />
(ABCR), a população brasileira fez muitas doações durante<br />
os 12 meses da pandemia no país. A cifra da solidariedade já<br />
totaliza R$ 6,5 bilhões, englobando doações de pessoas físicas<br />
e jurídicas. Desse valor, 84% são originários de companhias<br />
privadas. “Não podemos mais esperar por políticas públicas.<br />
Somos um povo forte, unido, trabalhador e juntos, sairemos<br />
dessa”, ressalta o presidente do G10, Gilson Rodrigues.<br />
Acreditando na soma de esforços para atender as<br />
necessidades da sociedade, Emilia reforça o potencial que<br />
as comunidades têm. “As favelas brasileiras possuem um<br />
enorme potencial cultural, intelectual e econômico. Por<br />
isso, precisamos seguir somando esforços para garantir as<br />
ferramentas de pleno desenvolvimento dessas populações e<br />
alavancar a economia do país”, finaliza.<br />
e oferecidas ao mercado. Assim, lançou recursos que hoje<br />
com a linguagem híbrida, geram grande impacto e produzem<br />
engajamento ainda maior do que na era presencial.<br />
O propósito da V_Lab sempre foi inovar, reinventar e<br />
criar novas usabilidades para o que já era conhecido. Com este<br />
DNA da inquietude, a mudança radical e rápida que ocorreu<br />
no mercado, foi prato cheio para colocar a prova essa fome<br />
de inovação. Contando com importantes aptidões de um time<br />
extremamente competente e dedicado, a V_Lab garante ao<br />
longo de mais de um ano junto a seus parceiros, o pioneirismo<br />
em grandes entregas na nova linguagem, através dos recursos<br />
mais inusitadas que o universo audiovisual propõe hoje.<br />
Para o sócio diretor da V_Lab, Tadeu Garcia, o “ frio na<br />
barriga” por fazer parte de um dos setores mais atingidos pela<br />
parada econômica decorrente da pandemia, foi o combustível<br />
Ações desenvolvidas pela V_Lab<br />
14 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 15
CAPA<br />
<strong>Live</strong> cantor Criolo com tecnologia XR<br />
REALIDADE IMERSIVA<br />
A realidade vivida pelo setor mostra que para<br />
apresentar soluções inovadoras que sejam permanentes,<br />
não depende de pirotecnia, mas sim de uma visão macro que<br />
faça com que os produtores de eventos e os profissionais do<br />
<strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> possam estar up to date com o que acontece<br />
no mundo, com as tecnologias disponíveis, sempre com<br />
de cenários 3D virtuais misturados a imagens reais, efeitos<br />
de som, interações com os fãs usando o chat durante a<br />
performance e enquetes em tempo real. Além disso, painéis de<br />
LED foram usados para projetar imagens de ambientes virtuais<br />
em 3D, juntamente a câmaras que captaram imagens por meio<br />
de sensores de posição e rotação para criar a ilusão de que o<br />
cantor estava dentro de um universo virtual.<br />
praticidade e rapidez e de modo eficiente e lucrativo.<br />
Um exemplo é o espaço desenvolvido pela Apple<br />
“Tomamos todos os<br />
Produções. Trata-se de um cubo totalmente imersivo. O<br />
ambiente localizado no piso térreo do centro de convenções<br />
cuidados necessários para<br />
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO<br />
É A SOLUÇÃO PARA O MERCADO DE EVENTOS<br />
E AS MARCAS PRECISAM SABER DISSO<br />
UM VERDADEIRO TSUNAMI ASSOMBROU O<br />
mercado de eventos e de brand experience em 2020.<br />
Mesmo em terra arrasada o que se pode ver foi um<br />
verdadeiro trabalho de reconstrução do setor. Para tanto,<br />
foi indispensável lançar um olhar totalmente diferenciado<br />
e focado em tecnologia e inovação. Duas expressões que<br />
passaram a fazer parte do vocabulário dos executivos, que<br />
chegaram com força total e com uma representatividade<br />
sem igual. Dessa maneira Realidade Aumentada, Realidade<br />
Virtual, Realidade Estendida, Unreal, conectividade, vieram<br />
para integrar totalmente o mundo dos eventos que começou<br />
a desenvolver projetos online, lives e agora procuram mesclar<br />
com o real, que fez surgir os eventos híbridos e claro, as<br />
marcas precisam estar atentas a esse movimento.<br />
Na verdade, quem busca inovação tem que estar<br />
sempre de olho nos lançamentos do mercado de tecnologia.<br />
No final dessa matéria, o economista e empreendedor<br />
Ricardo Amorim nos brinda um artigo exclusivo que traz<br />
uma visão realística de como a tecnologia contribui para<br />
o crescimento dos negócios. Ele afirma, por exemplo, que<br />
esse novo momento por que passa o mercado de eventos<br />
não é passageiro. “Conectamos pela internet quase 5<br />
bilhões de pessoas. Com isso, o acesso a informação e<br />
novas ideias, permitindo insights e estalos de criatividade<br />
passaram a estar na palma da mão dos criativos e de todas<br />
as pessoas. Assim, buscar o novo nunca foi tão fácil. Para<br />
completar, a disponibilidade de tecnologias de base que<br />
permitem transformar estas ideias em realidade, como<br />
CEO da Apple Produções, Gijo Pinheiro<br />
Cubo Imersivo<br />
realidade virtual, realidade aumentada, holografia e 5G<br />
nunca foi tão grande e tão acessível. É possível juntarmos<br />
as possibilidades criadas por estas tecnologias com outras<br />
como inteligência artificial, veículos autônomos, drones e<br />
tantas outras para levar o <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> para<br />
outro patamar.”<br />
Diante desse cenário, o principal argumento que<br />
tem chamado a atenção das empresas é a aplicação de<br />
metodologias que fujam do lugar-comum porque todos partem<br />
do princípio de que a tecnologia e a inovação em eventos<br />
proporcionam oportunidades para se transformar o que parece<br />
uma ação do dia a dia em algo realmente incrível e que possa<br />
ser vista como um diferencial quando se observa o que está<br />
sendo feito pelo mercado.<br />
da FecomercioSP, faz parte de um complexo de eventos criado<br />
pela empresa que conta com dois estúdios, um teatro, e<br />
completa estrutura de camarim e ilhas de edição.<br />
O cubo gera possibilidade para que se desenvolvam<br />
projetos de Realidade Imersiva onde o visitante é convidado<br />
a entrar em um espaço físico cercado por paredes e piso<br />
de LED de altíssima resolução. Um espaço com 8 toneladas<br />
de equipamentos projetado para simular as experiências<br />
sensoriais com um mix de imagens 3D, som detalhado<br />
com qualidade surround 5.1, um conjunto de strip LED que<br />
acompanha as tonalidades das imagens geradas, além de<br />
sensores que captam os movimentos da pessoa permitindo<br />
interagir e fazer parte do ambiente simulado.<br />
O CEO da Apple Produções, Gijo Pinheiro lembra que<br />
todo o espaço foi projetado para atender às necessidades<br />
de qualquer projeto que tenha como propósito garantir uma<br />
experiência imersiva para o seu público. “Tomamos todos<br />
os cuidados necessários para que pudéssemos criar um<br />
ambiente plural. Se o mercado precisa de algo tecnológico<br />
para desenvolver seu evento, sua live, seu clipe, esse lugar é<br />
o cubo.”<br />
REALIDADE ESTENDIDA<br />
No início de <strong>2021</strong>, o cantor Criolo protagonizou<br />
uma live usando a Realidade Estendida ou XR que é a sigla<br />
em inglês de Extended Reality. Na prática ela é junção da<br />
Realidade Aumentada e da Realidade Virtual só que levado a<br />
padrões totalmente inovadores.<br />
A Realidade Estendida esteve presente na criação<br />
que pudéssemos criar<br />
um ambiente plural. Se o<br />
mercado precisa de algo<br />
tecnológico para desenvolver<br />
seu evento, sua live, seu<br />
clipe, esse lugar é o cubo.”<br />
A live do cantor foi a primeira no Brasil a usar a<br />
Realidade Estendida. Para o diretor da Maxi - Áudio Luz<br />
Imagem, José Augusto Martins, responsável por trazer<br />
a tecnologia XR para o Brasil, por meio da Disguise, os<br />
benefícios são muitos na medida em que é possível garantir<br />
interações que vão além dos sentidos tradicionais (visão e<br />
audição) para criar simulações mais completas e projetos<br />
de imersão ainda mais realistas, eliminando a linha fina<br />
que separa a ilusão da realidade. “O resultado alcançado é<br />
extremamente realista na medida em que o reflexo deixa de<br />
ser um problema. O fundo e o piso totalmente feito em painel<br />
de LED tem se transformado em tendência mundial.” Além<br />
disso, Martins destaca que a tecnologia XR oferece volumetria<br />
para os personagens.<br />
Já Tito Sabatine, que junto com Denis Cisma, dirigiu<br />
a live do Criolo, conta que os desafios foram muitos. “A<br />
16 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 17
de informações dos participantes. “Nossa plataforma foi<br />
Esse projeto mostrou à TM1 a força e a relevância dos<br />
CAPA<br />
desenvolvida a partir de inúmeros testes realizados e assim<br />
pudemos entender qual o melhor formato de aplicação de<br />
tecnologia para o mercado corporativo.”<br />
Dinardi conta que o grande diferencial da plataforma é<br />
eventos online, que tornaram-se essenciais nos dias de hoje e<br />
se mostram cada vez mais inovadores e com um campo aberto<br />
com diversas possibilidades de execução e entregas. “Produzir<br />
um evento online vai além da transmissão do conteúdo ao vivo.<br />
a possibilidade de customização. “Temos um formato padrão<br />
Criamos experiências digitais e híbridas para que a audiência<br />
tecnologia da Realidade Estendida é um salto porque foi<br />
possível utilizar LED no lugar do chroma key e assim colocamos<br />
o sistema de tracking acoplado na câmera, colocamos um<br />
render 3D e o software consegue identificar o posicionamento<br />
da câmera no estúdio.”<br />
Tito diz que contaram com um set up completo com<br />
máquinas de renderização, equipamento Disguise que controla<br />
toda a operação, recebe o time code do produtor musical,<br />
os imputs de câmera. Junta todas as informações e faz a<br />
composição em tempo real.<br />
Para o cantor Criolo foi um orgulho ser o primeiro<br />
cantor no Brasil a utilizar essa tecnologia de Realidade<br />
Estendida. “Foi uma surpresa muito grande este encurtamento<br />
de tempo entre acontecer lá fora e aqui. Creio que isso tornou<br />
ainda mais audacioso o desafio do projeto. A live em Realidade<br />
Estendida, feita por uma equipe 100% brasileira, nos deu<br />
muito orgulho. Essa equipe foi uma das primeiras no mundo a<br />
apresentar este projeto finalizado e executado. Foi mágico ver<br />
uma equipe tão criativa tornar real um cenário espetacular, em<br />
plena sintonia com a direção de roteiro e canções.”<br />
PLATAFORMA INTERATIVA<br />
Com a nova realidade do mercado de eventos, a<br />
CEO e fundador da TM1, Bernardo Dinardi<br />
agência TM1 desenvolveu uma plataforma que ganhou o nome<br />
de Plataforma TM1 <strong>Live</strong> Streaming, que foi desenvolvida 100%<br />
dentro da empresa. Com ela é possível ter controle de acesso,<br />
navegação personalizada pelo perfil do usuário, networking,<br />
interação em chats e enquetes, ambiente em realidade virtual<br />
e vários recursos exclusivos.<br />
O CEO e fundador da TM1, Bernardo Dinardi salienta<br />
que um dos principais aspectos da TM1 <strong>Live</strong> Streaming é<br />
a infraestrutura robusta que assegura transmissões com<br />
qualidade e ainda garante boas práticas de armazenamento<br />
que podemos adequar para qualquer marca independente<br />
da sua necessidade específica. A nossa plataforma trabalha<br />
dentro da URL do cliente e para o usuário em nenhuma<br />
etapa da navegação aparece qualquer comunicação da TM1.<br />
Utilizamos plataforma SAS totalmente escalável e ilimitada em<br />
termos de audiência.”<br />
O primeiro grande case de sucesso da TM1 <strong>Live</strong><br />
Streaming foi o Festival Online Mary Kay. O evento durou<br />
quatro dias em janeiro de <strong>2021</strong>, com mais de 30 mil pessoas<br />
conectadas durante 22 horas de conteúdo produzido<br />
especialmente para o festival.<br />
O projeto envolveu mais de 200 profissionais e<br />
quatro estruturas de transmissão paralelas para salas<br />
simultâneas a fim de permitir que o público navegasse<br />
em um ambiente de Realidade Virtual, com interação<br />
digital, capacidade de conferir 150 produtos cadastrados e<br />
modelados em 3D, permitindo que cada consultora de beleza<br />
independente pudesse aprender ainda mais sobre o portfólio<br />
da empresa e tivessem acesso a conteúdos exclusivos.<br />
“Havia uma classificação de perfil. Assim, uma consultora<br />
recém-chegada à empresa era levada para conteúdos<br />
diferentes daquela consultora que está na empresa há mais<br />
tempo”, conta Dinardi.<br />
Tecnica projeto Mari Kay<br />
possa interagir, se engajar e explorar o conteúdo vivendo<br />
emoções reais durante todo o evento”, comenta Dinardi.<br />
GAMIFICAÇÃO APLICADA<br />
Desenvolver a convenção de vendas da Nestlé que<br />
está marcando seus 100 anos no Brasil para um público de 12<br />
mil participantes entre clientes, fornecedores, colaboradores<br />
e a força de vendas foi o desafio encontrado pela agência<br />
Samba, da Holding Clube. Para tanto, a Samba entendeu que<br />
precisava utilizar uma plataforma gamificada que permitisse<br />
um engajamento completo dos participantes. “Criamos e<br />
planejamos esse projeto com o intuito de trazer conteúdo<br />
e leveza. A nossa principal preocupação foi que todos os<br />
públicos alvos pudessem interagir e se engajar com a marca<br />
muito antes dos três dias de convenção, através de uma<br />
plataforma interativa. As ações criadas seguiram um tom<br />
bem-humorado e descontraído”, conta a sócia e diretora<br />
Artística da Holding Clube e responsável pelo conteúdo da<br />
convenção, Fernanda Abujamra.<br />
A plataforma utilizada foi customizada para engajar<br />
os participantes desde antes do próprio evento. Assim, foi<br />
planejado um espaço virtual inspirado nos grandes festivais<br />
de música e cultura pelo mundo, que ainda contou com o<br />
Convenção Nestlé<br />
tivemos muito cuidado para trazer conteúdo relevante que<br />
reforce a mensagem da marca”, afirma a sócia e diretora<br />
da Holding Clube, responsável pela direção operacional da<br />
Agência Samba, Priscila Pellegrini.<br />
Para esse projeto, a Samba optou por buscar no<br />
mercado uma plataforma que fosse completa e que permitisse<br />
interação. “Desse modo, buscamos a Inteegra que foi a<br />
responsável pela programação e tecnologia da plataforma,<br />
enquanto a Samba assinou o planejamento estratégico e<br />
criativo, além de toda curadoria de conteúdo e gerenciamento<br />
da plataforma. Assim, pudemos entregar uma ação taylormade,<br />
atingindo maior eficiência e resultado”, destaca Priscila.<br />
Para a corporate communication manager at Nestlé, Lia<br />
Gurjão esse evento exigiu muita dedicação. “Trabalhamos com<br />
a Samba desde julho do ano passado pensando no evento e em<br />
todos os seus detalhes porque sabíamos o tamanho do desafio.<br />
Criamos um projeto inédito, tanto em termos de conteúdo como<br />
de modelo porque tivemos muito mais inclusão, o que fez com<br />
que aumentássemos inúmeras vezes a quantidade de pessoas<br />
envolvidas. Foi tudo muito bem construído.”<br />
CIDADE VIRTUAL<br />
Para conectar 30 mil gerentes do Bradesco em um<br />
mesmo ambiente, o Grupo TV1 e a The Public House se uniram<br />
para criar uma verdadeira cidade virtual. A TV1colocou à<br />
“Como já era uma<br />
premissa da Nestlé<br />
disposição da instituição sua plataforma proprietária totalmente<br />
customizável e a The Public House, foi responsável pela<br />
arquitetura cenográfica e a programação HTML do projeto.<br />
Intitulado WG 21 100% cliente, o evento veio substituir a<br />
Sócia e diretora da Holding Clube, Priscila Pellegrini<br />
acesso a estandes das marcas da Nestlé, com conteúdo<br />
gamificado sobre novidades em produtos, campanhas e ações<br />
previstas para o ano de <strong>2021</strong>. Os participantes tiveram acesso,<br />
também, a testes, quizzes e outras atividades para testar o<br />
conhecimento adquirido e somar pontos para concorrer a uma<br />
premiação final.<br />
Durante o evento, os participantes acompanharam com<br />
transmissão online, palestras, debates, vídeos e conteúdos<br />
exclusivos de capacitação. “Como já era uma premissa da<br />
Nestlé valorizar e humanizar cada um dos participantes,<br />
valorizar e humanizar cada<br />
um dos participantes,<br />
tivemos muito cuidado<br />
para trazer conteúdo<br />
relevante que reforce a<br />
mensagem da marca”<br />
A sócia e diretora de novos negócios da Holding Clube,<br />
Juliana Ferraz, diz que a agência tomou todos os cuidados que<br />
o evento exigia. “Este evento era muito importante, tanto para<br />
a Nestlé quanto para nós. Ele marca uma nova fase na Holding<br />
Clube, de proximidade ainda maior com nossos clientes.<br />
Queremos cada vez mais estreitar essa relação entre a Samba<br />
e a Nestlé para que possamos entregar soluções cada vez<br />
mais eficientes e inovadoras.”<br />
convenção anual de vendas do Bradesco que historicamente era<br />
realizada no Transamérica Expo. O banco utilizava todo o espaço<br />
para criar estandes de todos os produtos que possui no sentido<br />
de oferecer aos seus gerentes um conteúdo específico. O ponto<br />
alto do projeto era a entrega do prêmio que reconhece aqueles<br />
que tiveram o melhor desempenho no ano.<br />
Para o CEO do Grupo TV1, Cássio Mota Mello, a<br />
plataforma criada pela TV1 atingiu o estado da arte com o WG.<br />
“Para dar vida a esse projeto foi desenvolvido uma verdadeira<br />
cidade com espaços que foram denominados de territórios.<br />
Cada um com uma temática diferente. Assim, os gerentes<br />
entravam na plataforma e navegavam por vários ambientes com<br />
a possibilidade de andar pelas ruas e entrar nos lugares préestabelecidos.<br />
Nessas paradas eles podiam ver o que acontecia<br />
ao vivo com links para os conteúdos e também navegavam por<br />
ambientes imersivos e interativos todo em 3D gamificado.”<br />
A Plataforma desenvolvida trabalha a lógica da<br />
gamificação para garantir o engajamento total do participante,<br />
retendo a audiência. Além disso, tem plugado um módulo<br />
de Business Intelligence (BI) de analitycs. “Usamos uma<br />
18 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 19
CAPA<br />
CEO do Grupo TV1, Cássio Mota Mello<br />
ferramenta toda traqueada para que seja possível entender<br />
quais as áreas mais quentes e as mais frias e, a partir<br />
de relatórios diários, era possível adaptar tudo muito<br />
rapidamente”, diz Mota Mello que finaliza: “Enxergamos o WG<br />
como uma plataforma de comunicação, que vai muito além<br />
de um evento virtual, porque se conecta com a estratégia da<br />
empresa, e atuamos em toda jornada de engajamento desse<br />
público-alvo. Utilizamos a tecnologia como habilitador de<br />
experiências que facilitam o UX (user experience) dos gerentes<br />
nos principais pontos de contato, a fim de coletar informações<br />
e customizar benefícios e temos atuado lado a lado do banco<br />
para ajudar na evolução dessa plataforma, que se transforma<br />
a cada ano, com o objetivo maior de manter o gerente sempre<br />
motivado e alinhado com os desafios da organização.”<br />
Já os diretores da The Public House, Henrique Guerra<br />
e Talita Baptista, asseguram que o desafio de dar vida a esse<br />
projeto foi extremamente gratificante. “Trabalhamos tanto<br />
na construção e no cenário do estúdio utilizado na sede do<br />
Bradesco para a gravação de todo o conteúdo do evento, como<br />
na cenografia e a programação HTML dos territórios online”,<br />
afirma Talita.<br />
Guerra por sua vez, destaca o fato de terem que<br />
desenvolver um projeto totalmente lúdico e capaz de gerar<br />
uma navegabilidade simples, ágil, interativa, intuitiva e<br />
completamente realista. “Desse modo, criamos espaços<br />
que permitiam às pessoas navegarem pelos ambientes<br />
ouvindo os ruídos normais de uma cidade. Em cada território<br />
aconteciam ações diferentes e sempre possibilitando o<br />
engajamento do usuário.”<br />
Guerra destaca o envolvimento da sua equipe no<br />
projeto. “Trabalhamos integrados com o time da TV1. Demos<br />
vida a um mundo de sonhos. Cada território foi pensado<br />
individualmente. Para criá-los estudamos a jornada do<br />
usuário, o que ele precisava aprender e quais os conteúdos<br />
que precisavam ser transmitidos. Ao mesmo tempo,<br />
estabelecemos uma relação direta dos objetivos de cada<br />
território, com os objetivos macros do Bradesco, afinal, cada<br />
território é uma fatia do todo.”<br />
TECNOLOGIA UNREAL<br />
Em uma edição marcada pela diversidade e o uso de<br />
tecnologia Unreal a Comic Con Experience (CCXP) ganhou o<br />
mundo. Considerado o maior festival de cultura pop do planeta,<br />
o evento atravessou oceanos e chegou em 139 países. Com o<br />
propósito de espalhar esperança e contar as principais novidades<br />
do mercado de entretenimento pelo mundo, a CCXP Worlds: A<br />
Journey of Hope atraiu atenção de 159 milhões de pessoas.<br />
Foram mais de 150 horas de conteúdos programados<br />
em cinco palcos – Thunder Arena, Artists’ Valley, Creatos<br />
& Cosplay Universe, Oi Game Arena e Omelete Stage by<br />
Santander – e o público ainda foi brindado com até 250<br />
lives diárias de quadrinistas que participavam das mesas<br />
virtuais e não abriram mão de interagir com os fãs. “Foi<br />
preciso muita coragem para, em um ano como 2020, colocar<br />
de pé um festival virtual do tamanho da CCXP Worlds. Com<br />
a nossa plataforma, mais uma vez mostramos que para nós<br />
a experiência do fã está sempre em primeiro lugar. Levamos<br />
nossa marca, o Brasil e todos os parceiros para o mundo”,<br />
adianta o presidente da Omelete Company, empresa que<br />
realiza a CCXP, Pierre Mantovani.<br />
A tecnologia Unreal, caraceteriza-se por ser um motor<br />
gráfico e é usado, principalmente, para agilizar o processo<br />
de desenvolvimento de games, mas também apareceu em<br />
produções cinematográficas que precisam de gráficos<br />
extremamente realistas. “Por meio dessa tecnologia, em<br />
nosso palco principal, por exemplo, criamos um sonho e<br />
transcendemos à realidade porque entendíamos que seria o<br />
máximo se o auditório fosse em Marte com um cratera e a<br />
queda de um meteorito e criássemos uma arena dentro. Foi<br />
exatamente o que fizemos. Criamos um ambiente todo em 3D,<br />
tínhamos 100 mil avatares e o conteúdo acontecendo ao vivo”,<br />
diz Mantovani.<br />
Durante o evento também foi utilizada a tecnologia<br />
chamada AniCAM para captação de câmera que mapeia o<br />
ambiente em 3D. Assim foi possível introduzir elementos reais<br />
com virtuais. Desse modo, parte do palco estava construído e<br />
o restante era chroma key.<br />
O evento ainda contou com uma infraestrutura de 31<br />
km de fibra dedicada, tornando possível a conexão do mundo<br />
“real” com o virtual. O volume trafegado na rede durante a CCXP<br />
Worlds foi de mais de sete terabytes em três dias de evento.<br />
Além de toda tecnologia virtual, a CCXP 2020 também<br />
utilizou recursos do mundo real, como quatro estúdios da<br />
Area451, rebatizados como Studios Apple. “Lá instalamos<br />
painéis de LED, sonorização, montagem e toda a parte técnica<br />
do evento, preenchendo parte dos mais de 4.500 metros<br />
quadrados do complexo de estúdios. Para viabilizar tudo de<br />
modo há não haver nenhum problema tivemos que importar<br />
placas de som da Inglaterra porque sabíamos da grandiosidade<br />
da CCXP e do grau de qualidade que estava sendo esperado de<br />
nós”, conta o CEO da Apple Gijo Pinheiro.<br />
Gijo destaca ainda que o evento exigiu uma quantidade<br />
gigantesca de equipamentos. “Utilizamos quilômetros de<br />
fibra ótica, um protocolo inédito de compatibilização entre<br />
consoles de áudio para integrar todas as salas e painéis de<br />
LED de 2mm - um dos mais modernos do mundo para criar<br />
Palco da CCXP<br />
Presidente da Omelete Company, Pierre Mantovani<br />
“Foi preciso muita<br />
coragem para, em um<br />
ano como 2020, colocar<br />
de pé um festival virtual<br />
do tamanho da CCXP<br />
Worlds. Com a nossa<br />
plataforma, mais uma vez<br />
mostramos que para nós<br />
a experiência do fã está<br />
sempre em primeiro lugar.<br />
Levamos nossa marca, o<br />
Brasil e todos os parceiros<br />
para o mundo”<br />
uma interatividade entre o cenário físico com o cenário virtual<br />
e proporcionar uma sensação incrível de uniformidade em<br />
que o público não consegue distinguir a diferença entre o<br />
real e o digital. Com toda a tecnologia embarcada pela Apple<br />
foi possível transportar a essência do festival para uma<br />
experiência remota, mas, ao mesmo tempo, imersiva.”<br />
E para suportar essa experiência a qualidade de som,<br />
luz e imagens se tornou um quesito ainda mais central na<br />
concepção digital do projeto. “No ambiente físico, as telas, o<br />
áudio e a iluminação estrategicamente instalada transportam<br />
de forma coletiva todos os presentes para a realidade criada<br />
pelo evento. Apesar de ser algo de impacto para o público, o<br />
entendimento disso enquanto parte integrante da experiência<br />
gerada é muito subjetivo. Entretanto, no modelo remoto,<br />
a disponibilidade torna-se algo mais crítico por acontecer<br />
de maneira individualizada e qualquer falha, por exemplo,<br />
na transmissão do som ou na disponibilidade do vídeo,<br />
compromete a qualidade da jornada”, pontua o diretor de<br />
negócios da Apple Produções, Rafael Tonarque.<br />
Diretor de Negócios da Apple Produções, Rafael Tonarque<br />
Projeto Bradesco<br />
20 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 21
Ricardo Amorim – Economista, palestrante e empreendedor<br />
ARTIGO<br />
TRANSFORMAÇÃO CONSTANTE E MAIOR<br />
USO DE TECNOLOGIA SÃO O NOVO NORMAL<br />
*RICARDO AMORIM<br />
DEPOIS DE UM PERÍODO COMPLICADO COMO FORAM<br />
os últimos 12 meses, particularmente no segmento do <strong>Live</strong><br />
<strong>Marketing</strong>, estamos todos ansiosos com o que esperar desse<br />
novo normal. E diante desse cenário tenho duas notícias.<br />
Uma boa. Tenho certeza de que essa pandemia vai ficar para<br />
trás. Se não surgirem novas cepas que as atuais vacinas não<br />
sejam capazes de controlar, isso já deve acontecer no Brasil<br />
em algum momento do segundo semestre desse ano. Agora,<br />
tenho outra notícia que pode ser ruim ou ótima, depende<br />
apenas da nossa atitude e de que forma as empresas encaram<br />
o futuro. Não vai haver uma volta ao velho normal e nem<br />
uma estabilização em um novo normal. O novo normal será<br />
caracterizado pela mudança, pela transformação. O que isso<br />
significa na prática? No último ano, assistimos ao surgimento<br />
de grandes novidades em todas as áreas, incluindo o <strong>Live</strong><br />
<strong>Marketing</strong>. Novidades que, a princípio, pareciam passageiras.<br />
O tempo tratou de mostrar que quem pensou assim errou.<br />
O novo padrão, que veio para ficar, não são as novidades<br />
específicas, como eventos online ou lives – ainda que eu<br />
esteja convencido de que elas não vão deixar de acontecer<br />
com frequência após a pandemia. O novo padrão é o<br />
surgimento mais constante de novidades.<br />
Muito tem se falado sobre transformação após<br />
a pandemia, só transformação já era a essência do que<br />
estávamos vivendo, mesmo antes da pandemia. Se olharmos<br />
com atenção, perceberemos que o mundo já vivia as maiores<br />
transformações tecnológicas e de modelos de negócios já<br />
observadas em toda a história da humanidade porque houve e<br />
há, mais do que nunca, uma confluência de fatores para que<br />
isso aconteça.<br />
Hoje por exemplo, é possível coletar praticamente<br />
qualquer informação em tempo real. Quem detém a<br />
informação detém o poder e o poder nunca este acessível a<br />
tantos, nem tão rapidamente. Por exemplo, quanto mais as<br />
empresas conhecem o seu público, maior é a sua capacidade<br />
de transformar esses dados em ações capazes de gerar<br />
negócios e fidelidade, o que oferece maiores benefícios para<br />
a indústria.<br />
Conectamos pela internet quase 5 bilhões de pessoas.<br />
Com isso, o acesso a informação e novas ideias, permitindo<br />
insights e estalos de criatividade que, por sua vez, passaram a<br />
estar na palma da mão dos criativos e de todas as pessoas. Assim,<br />
buscar o novo nunca foi tão fácil. Para completar, a disponibilidade<br />
de tecnologias de base que permitem transformar estas ideias em<br />
realidade, como realidade virtual, realidade aumentada, holografia<br />
e 5G nunca foi tão grande e tão acessível.<br />
É possível juntarmos as possibilidades criadas por<br />
estas tecnologias com outras como inteligência artificial,<br />
veículos autônomos, drones e tantas outras para levar o<br />
<strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> para outro patamar. As possibilidades são<br />
infinitas... desde que você tenha capacidade de investimento<br />
para concretizá-las.<br />
No passado, essa parte final era, com frequência, a<br />
má notícia. Hoje, nem sempre. A da taxa de juros mundial,<br />
desde a crise financeira global, caiu a perto de zero e ficou<br />
até negativa na Europa e no Japão. Agora, após a pandemia,<br />
até mesmo no Brasil, ela despencou, criando uma nova janela<br />
de oportunidade para financiar inovações em todos os setores,<br />
inclusive no <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong>.<br />
Antes de olhar para a frente, vale a pena entender o<br />
que aconteceu com o <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> no último ano. Há quase<br />
duas décadas, faço muitos eventos pelo Brasil e também no<br />
exterior. Já tive a oportunidade de visitar mais de 70 países<br />
e só falta palestrar em um único estado brasileiro, Roraima.<br />
Há uns 3 ou 4 anos, comecei a repensar essa minha rotina de<br />
tantas viagens e tentei levar minha participação em eventos<br />
em locais de difícil acesso para uma participação remota. A<br />
tecnologia disponível já permitia fazer isso muito bem, mas<br />
muito pouca gente topou entrar comigo nessa empreitada.<br />
O que mudou nesse curto espaço de tempo é que<br />
a pandemia trouxe a realidade do evento online para um<br />
mercado que ainda via esse modelo apenas como uma<br />
possibilidade, não como uma realidade. Todas as empresas<br />
que organizam eventos foram obrigadas a seguir por esse<br />
caminho, o avanço tecnológico permitiu que isso acontecesse<br />
de maneira muito rápida e agora o que se busca é se adaptar a<br />
todas as muitas tecnologias existentes. E essa é mais uma das<br />
oportunidades que podem ser ofertadas dentro desse menu de<br />
<strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> que cresceu muito.<br />
Não tenho dúvidas de que, passada a pandemia, vai<br />
haver uma corrida para os eventos presenciais. Esse será<br />
um movimento natural do mercado. Depois de tanto evento<br />
online, de tantas lives, o que as pessoas vão querer é estar<br />
presencialmente ao vivo, em cores, em algo físico. Da mesma<br />
forma que o pêndulo foi muito para o lado do online, vai voltar<br />
muito para o lado do presencial, mas o importante é entender<br />
que passados estes períodos, os dois modelos de evento serão<br />
comuns. E os eventos híbridos, que já começam a surgir, terão<br />
ter cada vez mais espaço dentro desse universo.<br />
Os executivos das companhias são inteligentes e<br />
sabem que nesse modelo conseguem atingir um número maior<br />
de pessoas, promovendo ações com custo menor. Por outro<br />
lado, sabem também que podem dividir os grupos a serem<br />
atingidos e assim customizar o tipo de entrega para cada<br />
um deles, seja no virtual, seja no físico ou mesmo na mescla<br />
dessas duas possibilidades.<br />
Desse modo, cabe aos profissionais de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong><br />
a capacidade de entender essas demandas, de buscar as<br />
melhores práticas para poder gerar o resultado esperado por<br />
seus clientes e estar sempre olhando para as oportunidades<br />
que aparecerão cada vez com mais frequência. Um exemplo<br />
recente é o Club House, que surgiu há pouco tempo e se<br />
tornou uma ferramenta importante de comunicação, de<br />
marketing, de eventos. Fenômenos assim vão acontecer com<br />
uma frequência cada vez maior.<br />
Assim, gostaria de deixar um recado para vocês que<br />
fazem parte de um mercado tão representativo e estratégico<br />
para as companhias. Nunca percam a capacidade de<br />
serem flexíveis, de se adaptarem rapidamente a desafios e<br />
oportunidades. Continuem a ser criativos e ousados. Essa é<br />
a minha maneira de desejar muito sucesso a vocês. Tenho<br />
poucas dúvidas de que os próximos 12 meses serão melhores<br />
do que os últimos e espero estar com vocês, participando de<br />
eventos inovadores e impactantes.<br />
*Ricardo Amorim – Economista, palestrante e empreendedor<br />
22 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 23
SORTEIO<br />
PESQUISA<br />
Sócio da Silvestre Assessoria, Thiago Silvestre<br />
SILVESTRE ASSESSORIA<br />
COLOCA À DISPOSIÇÃO DO MERCADO DE LIVE<br />
MARKETING MAIS DE 18 ANOS DE EXPERIÊNCIA<br />
COM APROVAÇÃO DE AÇÕES PROMOCIONAIS<br />
COM MAIS DE 18 ANOS DE EXPERIÊNCIA,<br />
a Silvestre Assessoria é uma empresa especializada<br />
na regulamentação de sorteios e aprovação de ações<br />
promocionais junto aos órgãos oficiais. Seu sócio Thiago<br />
Silvestre lembra que a realização de promoções sem<br />
autorização pode trazer riscos de multa e proibição de realizar<br />
promoções para os clientes e agências de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong>.<br />
Sua experiência nesse segmento foi conquistada inicialmente<br />
atendendo emissoras de rádio de todo o país que precisavam<br />
realizar seus sorteios e ações promocionais sem riscos e<br />
depois, atendendo às agências de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong>.<br />
Foi o conhecimento adquirido nesse longo período<br />
que fez com que Silvestre conseguisse se consolidar no<br />
segmento. “O aprendizado trouxe a possibilidade de me<br />
colocar à disposição de outras emissoras e assim fomos<br />
nos desenvolvendo e criando uma filosofia que nos permitiu<br />
crescer de maneira constante, além do aprimoramento e<br />
do entendimento de como proceder dentro do processo de<br />
aprovação de ações promocionais.”<br />
MUDANÇA<br />
O executivo conta que no início de sua história, as<br />
emissoras de rádio levavam perto de 40 dias para conseguir a<br />
aprovação de uma ação promocional junto a Caixa Econômica<br />
Federal, além de exigir uma burocracia enorme com o envio de<br />
documentos autenticados para Brasília, ao contrário do que<br />
acontece hoje.<br />
Ao longo do tempo, Silvestre lembra que embora a<br />
legislação referente a promoções comerciais tenha sofrido poucas<br />
alterações significativas, a digitalização dos processos tornou<br />
possível aprovar uma promoção em até 5 dias. “Todo pedido<br />
é realizado pelo Sistema de Controle de Promoção Comercial<br />
(SCPC). Nosso trabalho se inicia no auxílio ao cliente na reunião<br />
dos documentos, obtenção das certidões e fornecimento<br />
das declarações necessárias, na medida em que a promoção<br />
somente passa a ser analisada e posteriormente aprovada com a<br />
documentação apresentada corretamente”, conta.<br />
Por isso, Silvestre lembra que o seu envolvimento<br />
é completo. “Quando a agência contrata a Sivestre<br />
Assessoria, leva a certeza de que o processo de autorização é<br />
acompanhado de modo profissional e assessoramos o cliente<br />
em todas as etapas da aprovação, inclusive na prestação<br />
de contas, que deve ser realizada após o encerramento da<br />
promoção. “Depois de juntar a documentação, é preciso, por<br />
exemplo, definir o escopo da promoção para que se encaixe<br />
nas modalidades previstas em lei: concurso, sorteio, valebrinde,<br />
comprou-ganhou ou modalidades assemelhadas. É<br />
preciso ficar atento, pois nem sempre a realização de um<br />
sorteio, está prevista desta forma na lei.”<br />
Além disso, Silvestre também destaca o fato de<br />
que a realização de promoções que envolvam redes sociais,<br />
participação por telefone, datas comemorativas, como dia das<br />
mães e natal, devem obrigatoriamente ser autorizadas pela<br />
SECAP. Antes de se realizar uma ação promocional ou sorteio<br />
é necessário levar em consideração os aspectos acima, bem<br />
como as restrições existentes para se definir o que pode ser<br />
distribuído como prêmio.<br />
Ele ressalta que hoje é permitido sortear produtos<br />
e serviços regulares, seja nacional ou importado; imóveis;<br />
viagens; passagens aéreas; produtos promocionais; bolsa<br />
de estudo; certificados de barras de ouro e ingressos para<br />
eventos, independente do tamanho e da localização.<br />
Do mesmo modo, não é possível conseguir<br />
autorização para promoções que envolvam jogo de azar; que<br />
transforme a promoção em fonte de renda; que não trate<br />
todos os participantes de maneira igualitária; que gere um<br />
lucro exorbitante a quem realiza a promoção e que leve o<br />
participante a ter uma perspectiva exagerada no que tange a<br />
premiação a ser distribuída.<br />
Por fim, Silvestre avalia que o mercado do <strong>Live</strong><br />
<strong>Marketing</strong> tem trabalhado de maneira extremamente<br />
profissional o que leva a uma atuação bastante tranquila,<br />
quando o assunto é a aprovação das promoções. “Em razão<br />
do trabalho realizado primeiro pela Caixa Econômica Federal<br />
e agora pela Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia<br />
e Loteria (SECAP) que é o órgão do Ministério da Economia<br />
responsável por emitir as autorizações, nossa função<br />
está muito mais organizada. Deve ser reconhecido o nível<br />
profissional de todos os envolvidos nesse processo e com isso,<br />
conseguir o certificado de autorização para as promoções<br />
ficou mais fácil. Desse modo, todos ganham porque os<br />
processos são muito mais transparentes e rápidos.” <br />
ESTUDO MOSTRA QUE CONSUMIDORAS<br />
VOLTARIAM A COMPRAR PRESENCIALMENTE<br />
SEM ABANDONAR O E-COMMERCE<br />
A CONSUMIDORA BRASILEIRA ESTÁ CADA VEZ<br />
mais exigente, tanto na maneira como busca por produtos<br />
e serviços que necessita, quanto na questão da inovação<br />
e praticidade, procurando por mais segurança e opções de<br />
tecnologia no momento de pagar. Dados do estudo Visa Back to<br />
Business <strong>2021</strong> – <strong>Edição</strong> Mulheres mostram que há um interesse<br />
crescente por soluções omnichannel e, apesar de que 60%<br />
dessas mulheres brasileiras entrevistadas tenham comprado<br />
online antes de novembro de 2020, data da pesquisa, mais da<br />
metade (51%) do total delas voltaria a comprar presencialmente<br />
com a chegada da vacina assim que possível, porém não<br />
abandonariam hábitos adquiridos anteriormente.<br />
Para o vice-presidente de vendas e soluções da<br />
Visa do Brasil, Fernando Pantaleão, entender a jornada<br />
dessa nova cliente, seus anseios e desejos é fundamental<br />
para que os estabelecimentos comerciais possam definir a<br />
melhor estratégia multicanal para atendê-las onde e quando<br />
quiserem. “Em <strong>2021</strong>, a tendência é que essa integração<br />
do comércio físico e online seja cada vez mais dinâmica e<br />
interativa para essas consumidoras, proporcionando uma<br />
melhor experiência de compra”, comenta o executivo.<br />
No que diz respeito às compras presenciais, as<br />
brasileiras estão mais atentas às medidas de segurança<br />
oferecidas pelos estabelecimentos comerciais: 74% das<br />
entrevistadas consideraram importante o uso de máscaras<br />
faciais, preocupam-se com desinfecção de carrinhos usados<br />
no momento da compra (72%), com a exigência de limites de<br />
capacidade para manter o distanciamento social dentro dos<br />
comércios (67%) e com a limpeza dos caixas após a saída do<br />
cliente (63%).<br />
E, mesmo que naquele momento da pesquisa 84%<br />
tenham afirmado que só iam às lojas físicas quando realmente<br />
precisavam, ao saírem de casa, esperavam encontrar opções<br />
diversas e mais modernas em relação aos pagamentos<br />
digitais, como aplicativos de pagamento móvel (71%),<br />
pagamento por aproximação (44%); carteira digital (35%)<br />
e, até mesmo, citaram buscar por opções como poder pagar<br />
com criptomoedas (8%), o que reforça que a digitalização e a<br />
busca por inovação é um fator de grande importância para o<br />
novo perfil de consumidora no país.<br />
Falando especialmente sobre os pagamentos por<br />
aproximação, 44% dessas consumidoras brasileiras afirmaram<br />
usá-lo sempre que possível. A maioria (58%) relatou ainda<br />
que não compraria em uma loja que não oferecesse esse meio<br />
para pagar por suas compras, mostrando que o hábito está<br />
realmente ligado aos benefícios que essa inovação traz ao seu<br />
dia a dia, como a segurança e agilidade.<br />
Em contraponto, o estudo mostra que o uso do<br />
dinheiro físico continua muito presente, somente 9%<br />
delas não havia utilizado dinheiro em espécie no último<br />
ano (outubro de 2019/2020). Ainda de acordo com as<br />
entrevistadas, segmentos como o transporte público (41%);<br />
pequenos estabelecimentos comerciais locais (30%) e<br />
boletos de despesas pessoais (23%), por exemplo, não<br />
oferecem meios de pagamentos digitais suficientes – o que<br />
pode justificar a presença do dinheiro ainda no dia a dia<br />
dessas brasileiras.<br />
24 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 25
MERCADO<br />
A ÁREA DE NOVOS NEGÓCIOS SE<br />
DESTACA NAS AGÊNCIAS E DEVE SE<br />
TORNAR ESSENCIAL NO PÓS-PANDEMIA<br />
COM A MUDANÇA OCORRIDA EM RAZÃO DA<br />
pandemia que tomou conta dos negócios, as agências<br />
de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> tiveram de ser ágeis e sem deixar a<br />
peteca cair, encontrar formas para manter as agências<br />
em atividade. O caminho foi investir fortemente na área<br />
de novos negócios que têm enfrentado grandes desafios,<br />
nossa atuação, porque isso já está presente em nossos<br />
relacionamentos. Chegamos a realizar também alguns bons<br />
eventos híbridos, com mix de público presente e público<br />
virtual.” Ele destaca que, infelizmente com a chegada da<br />
segunda onda da pandemia, esse último ponto, dos eventos<br />
híbridos, entrou em stand by novamente.<br />
“Da mesma forma que o cenário<br />
se redesenhou de forma rápida<br />
e agressiva, fizemos a revisão<br />
do plano diretor de vendas<br />
pela mudança de rota do último ano quanto pelo desenho<br />
do cenário para <strong>2021</strong>.<br />
O <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong>, onde se engloba diversos<br />
segmentos de ações, estratégias, serviços e criatividade,<br />
tem como sua pedra fundamental a ligação entre as<br />
pessoas e as marcas. Na pandemia, essa ligação foi<br />
REINVENÇÃO DO NEGÓCIO<br />
O termo acima citado talvez não seja novidade<br />
para muitas agências, que, de certo modo, vivem<br />
com alterações no humor do mercado e tem que se<br />
dedicar a achar soluções e alternativas para atender às<br />
demandas e necessidades das marcas e empresas. Na<br />
principalmente no momento em que a grande maioria<br />
das empresas trabalha no modelo de home-office.<br />
Desse modo, as agências convergem para a<br />
adoção de medidas para manter suas atividades em<br />
meio a esse cenário de combate. Diretor da Spice <strong>Live</strong>,<br />
Quem compartilha de opinião semelhante é a<br />
CEO da Mark Up, Silvana Torres. Ela comenta que a<br />
resposta do time de novos negócios foi imediata e isso<br />
fez toda a diferença. “Da mesma forma que o cenário<br />
se redesenhou de forma rápida e agressiva, fizemos a<br />
contemplando esse novo<br />
momento com uma agilidade<br />
ímpar. Este ano ainda tende a<br />
cortada, exigindo uma nova visão sobre o mercado. CEO da<br />
um.a #diversidadecriativa, Ronaldo Ferreira Junior, avalia<br />
que a primeira estratégia da agência foi manter o máximo<br />
de conexão com as pessoas, dentro e fora da agência.<br />
“Não tínhamos respostas ou demandas, mas queríamos<br />
pandemia, os novos negócios se destacaram de certa<br />
forma, seja pela criação, alteração, fortalecimento ou<br />
reinvenção do segmento.<br />
CEO da Accuracy, Marcos Pirozzelli explica que,<br />
na agência, o foco, foi a reformatação. “Não reforçamos<br />
Wilson Ferreira Jr. comenta que a estratégia escolhida,<br />
num primeiro momento, foi de superar a perplexidade<br />
com a paralisação súbita dos projetos e reforçar a<br />
atuação em jobs digitais e, num segundo, também em<br />
eventos virtuais. “Diminuímos voluntariamente nossa<br />
participação em jobs em concorrência e privilegiamos a<br />
prospecção em clientes já presentes em nossa carteira,<br />
onde não precisamos provar a relevância estratégica de<br />
revisão do plano diretor de vendas contemplando esse<br />
novo momento com uma agilidade ímpar. Este ano ainda<br />
tende a ser um grande desafio, mas os aprendizados, e<br />
a esperança com o início da vacinação, já permitem um<br />
olhar para médio e longo prazo.” Silvana complementa<br />
destacando que estão mais seguros com os rumos que<br />
o mercado vem tomando e, certamente, a área de novos<br />
negócios ganha mais relevância nesse contexto, tanto<br />
Co-fundadora da Netza, Fabiana Schaeffer<br />
ser um grande desafio, mas os<br />
aprendizados, e a esperança<br />
com o início da vacinação, já<br />
permitem um olhar para médio<br />
e longo prazo.” (Silvana Torres)<br />
estar perto do cliente, entendendo as dores do negócio e<br />
tentando encontrar caminhos. O papel de novos negócios<br />
foi vital, pois teve que entender e, de alguma forma,<br />
preparar a agência para lidar com os novos desafios.”<br />
Ele complementa destacando que, durante a pandemia,<br />
construíram soluções em conjunto e muito úteis para os<br />
clientes. “Hoje estamos mais próximos, mesmo que só<br />
virtualmente”, destaca o criativo.<br />
a área de novos negócios, ao contrário, reforçamos o<br />
discurso do time com base em novas e desafiadoras<br />
entregas. Acredito que o perfil de novos negócios<br />
não mudou, pois, na sua essência, trata-se de um<br />
profissional com resiliência e inquietude para enfrentar<br />
grandes desafios, seja em crise ou não.”<br />
Entender a situação dos clientes e avaliar,<br />
caso a caso, foi essencial para algumas agências<br />
26 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 27
nesta pandemia. Quem explica esse detalhe é a Chief<br />
Business Officer na Integer\OutPromo, Ana Luísa<br />
Périssé. “Nossa primeira força-tarefa da pandemia foi<br />
conversar com todos os clientes para entender como<br />
o momento estava impactando seus negócios e como<br />
poderíamos assumir um papel relevante em seu plano<br />
de ação. Isso nos trouxe novas atuações em clientes<br />
com quem já trabalhávamos, uma frente importante<br />
dos novos negócios. Esse diagnóstico também nos<br />
fez sentir o mercado e traçamos uma estratégia de<br />
criar novos produtos com o objetivo de trazer novos<br />
negócios. Produtos que mostram para o mercado que<br />
entendemos que suas necessidades mudaram e já<br />
visitas às empresas, e esse relacionamento também teve<br />
que se reinventar. De certa maneira, por mais que as<br />
pessoas não estejam mais no escritório e não compram<br />
um serviço da mesma maneira que compravam, elas<br />
continuam tendo necessidades. Então, muda o modo<br />
com que a gente fala com elas, não só porque elas estão<br />
em casa, mas porque o processo e as necessidades<br />
também mudaram”. A empresária complementa<br />
destacando que acredita que seja uma readaptação aos<br />
novos tempos.<br />
LIÇÕES APRENDIDAS<br />
Encarar a pandemia de frente, focar em novos<br />
negócios, prospecção de novos clientes, adaptar as<br />
“Não tínhamos respostas ou<br />
demandas, mas queríamos<br />
estar perto do cliente,<br />
estruturas e estratégias dentro do conceito de homeoffice<br />
e focar em resultados e no atendimento aos<br />
clientes é o norte das principais agências de <strong>Live</strong><br />
<strong>Marketing</strong>. Porém, o ano ainda está começando e há<br />
um longo caminho pela frente. Então, o que pensam os<br />
entendendo as dores do<br />
negócio e tentando encontrar<br />
caminhos. O papel de novos<br />
negócios foi vital, pois teve<br />
que entender e, de alguma<br />
forma, preparar a agência para<br />
lidar com os novos desafios.”<br />
(Ronaldo Ferreira Júnior)<br />
CEO da UM.a #diversidadecriativa, Ronaldo Ferreira Junior<br />
Diretor comercial da F/Malta, Rodrigo Malta Lefèvre<br />
temos novas soluções para elas.”<br />
Ela complementa ressaltando que, essa<br />
postura, rendeu novos produtos e parcerias. “Com<br />
isso, nasceram o Integer Studios, o Mídia Box e a<br />
E-growth, aceleradora de negócios digitais que criamos<br />
em parceria com a Lew’Lara\TBWA. O momento de<br />
instabilidade faz com que seja necessário aumentar<br />
a diversificação do business, e aí o trabalho de novos<br />
negócios se torna ainda mais relevante para aumentar<br />
o número de clientes e também encontrar clientes que<br />
passam a ter fit com a agência a partir da oferta dos<br />
novos produtos.”<br />
E se parceria é essencial para esse momento,<br />
há outros cases que mostram essa tendência. CEO da<br />
Outra Praia, Dilma Campos, comenta que a união fez a<br />
força, mesmo com o distanciamento social. “Durante a<br />
pandemia, nos associamos a outras agências formando<br />
o GRAIN, e nossa primeira ação foi contratar uma<br />
pessoa de novos negócios para nos conectar aos<br />
próprios clientes existentes do grupo com os quais<br />
as empresas não tinham relação e também a novos<br />
clientes. Foi uma estratégia para potencializar a<br />
geração de novos negócios focada nas necessidades<br />
dos clientes”.<br />
HOME-OFFICE<br />
De certo modo, o brasileiro é criativo, não deixa<br />
se abater e luta todo santo dia, inclusive em um cenário<br />
de pandemia. Não foi diferente com as agências de <strong>Live</strong><br />
<strong>Marketing</strong>. Veio a pandemia, ocorreu a necessidade de<br />
manter o isolamento social e surgiu de forma efetiva<br />
o trabalho remoto, ou o conhecido “home-office”.<br />
Para entender o impacto disso no mercado, o diretor<br />
comercial da F/Malta, Rodrigo Malta Lefèvre, comenta<br />
que tudo mudou na pandemia, inclusive o tempo de<br />
Chief Business Officer na Integer\OutPromo, Ana Luísa Périssé<br />
fechamento de projetos.<br />
“Tivemos muitas alterações<br />
no tempo de fechamento, mas<br />
isso mudou de acordo com o<br />
cliente e o projeto em questão.<br />
Tivemos ocasiões em que<br />
desenvolvemos e fechamos<br />
projetos em uma semana e<br />
ao mesmo tempo outros que<br />
duraram quatro meses entre<br />
idas e vindas. Assim como nós,<br />
os clientes também tiveram que<br />
rever todo o seu planejamento.<br />
Isso fez com que surgissem<br />
demandas ‘relâmpago’, para<br />
ontem, enquanto outros projetos<br />
ficavam mais estacionados<br />
até segunda ordem”. O criativo<br />
explica que o home-office não<br />
chegou a interferir no resultado<br />
dos trabalhos. “Acredito que<br />
o que mais sentimos falta<br />
foi não poder fazer aquelas<br />
apresentações presenciais e ver as reações dos clientes.<br />
Nos tempos de videoconferência fica mais difícil ‘ler’ as<br />
reações”, ressalta.<br />
A tendência do home-office, aparentemente, vai<br />
ditar os próximos anos no processo de trabalho humano.<br />
Há vários estudos que apontam uma curva crescente na<br />
produção de conteúdo e, por consequência, resultados,<br />
afinal, o trabalhador permanece em um ambiente<br />
familiar, não perdendo tempo com o deslocamento de<br />
sua residência até o local de trabalho.<br />
Co-fundadora da Netza, Fabiana Schaeffer,<br />
ressalta que o home-office teve que ser estruturado para<br />
render produção e frutos. A pandemia fez mudar várias<br />
coisas, mas não foi só ela a responsável pela alteração<br />
do prazo do fechamento de um negócio. As empresas<br />
mudaram, o investimento de marketing mudou, houve<br />
mudança do mercado em geral, na maneira como as<br />
pessoas compram serviços e produtos. Tudo isso alterou<br />
o tempo de fechamento de novos projetos. “O home<br />
office atrapalhou no começo, pois a prospecção era<br />
muito focada no contato direto com os escritórios, nas<br />
empresários criativos do mercado?<br />
Para Pirozzelli, o que mais surpreendeu foi a<br />
conquista de importantes<br />
clientes que não estavam<br />
sendo prospectados antes da<br />
pandemia. “Acreditamos que<br />
<strong>2021</strong> será um ano extremamente<br />
desafiador, mas com muitas<br />
oportunidades para propostas<br />
inovadoras e/ou consistentes. O<br />
mundo foi desafiado e, com isso,<br />
a maior parte dos setores está<br />
em busca de eficiência, fazer<br />
mais com menos, momento em<br />
que uma boa ideia tem espaço<br />
para ser ouvida.”<br />
O sucesso das agências<br />
está, em importante parte,<br />
ligado aos novos negócios. “Em<br />
2020 conseguimos mais do<br />
que dobrar a nossa meta em<br />
novos negócios, focando nas<br />
concorrências que estavam<br />
mais alinhadas ao nosso core<br />
business e que apresentavam<br />
parceria de médio ou longo<br />
prazo, no lugar de concorrência para jobs pontuais. A<br />
procura por soluções de e-commerce também contribuiu<br />
para esse resultado, principalmente porque para esses<br />
trabalhos não tivemos que passar por longos processos<br />
de concorrência; as soluções já estão desenhadas e<br />
não há competição no mercado. Para <strong>2021</strong>, nossa meta<br />
é crescer 20% o número do ano passado, mantendo a<br />
estratégia de escolha de concorrência e apresentação<br />
dos novos produtos desenvolvidos pela agência”,<br />
destaca Ana Luísa.<br />
28 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 29
adaptar e suprir necessidades com propostas criativas e<br />
inovadoras. <strong>2021</strong> promete ser um ano ainda difícil, mas<br />
muito melhor que 2020. “Os clientes perderam o medo<br />
dos novos formatos e estão mais confortáveis em atuar<br />
FUSÃO<br />
de maneiras diferentes. Além disso, estamos vendo os<br />
investimentos sendo retomados aos poucos e grandes<br />
festivais, como Rock In Rio, estão sendo confirmados.<br />
Acredito que o mercado volte a crescer este ano. Não<br />
como vinha crescendo nos anos anteriores, mas ainda<br />
assim devemos ver um crescimento”, destaca Malta.<br />
NOVOS CLIENTES<br />
O ano de <strong>2021</strong> deve seguir exigindo muita<br />
criatividade e dedicação das agências de <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong>,<br />
olhando para o novo cenário, em busca dos clientes<br />
que não fazem parte da carteira, sem se esquecer dos<br />
parceiros que já trabalham há tempos com o mercado.<br />
Fabiana explica que a agência conquistou<br />
diversos novos projetos. “Conquistamos clientes novos e<br />
Sócios da Pub – esquerda para direita:<br />
Natan Gomes, Mariana Palmeira, Henrique<br />
Guerra, Melissa Guerra e Talita Baptista<br />
importantes mesmo durante a pandemia. A expectativa<br />
para <strong>2021</strong> é continuar crescendo e se fortalecendo nos<br />
clientes antigos. Isso significa entender realmente a<br />
necessidade e as dores dos clientes e ser um parceiro mais<br />
estratégico e relevante, um verdadeiro braço dos clientes.”<br />
Com um pensamento positivo, Silvana explica<br />
que do ponto de vista de negócio, pode-se afirmar<br />
que 2020 foi um ano extremamente positivo para a<br />
agência. ”O Incentivo não parou e os eventos digitais se<br />
consolidaram. Trouxemos grandes projetos para dentro<br />
COM ATUAÇÃO NO BRASIL E NOS<br />
ESTADOS UNIDOS, A “THE PUBLIC HOUSE”<br />
CHEGA PARA POTENCIALIZAR<br />
O MERCADO DE BRANDED ENVIRONMENT<br />
de casa, fortalecemos nosso time, nos reinventamos<br />
sob diversos aspectos e entregamos soluções em novos<br />
CEO da Mark Up, Silvana Torres<br />
Quem também está com o foco nas metas é<br />
Dilma Campos, da Outra Praia. “Entramos em <strong>2021</strong><br />
com expectativas positivas e crescemos em relação<br />
à conquista de novos projetos e clientes. Estamos<br />
animados com este primeiro trimestre e vamos bater<br />
nossa meta neste ano.”<br />
Apresentando uma outra forma de visão sobre o<br />
ano de <strong>2021</strong> e o segmento de novos negócios, Ronaldo<br />
Ferreira Junior, da um.a, diz que Não há expectativa.<br />
“Mas acho que será melhor que 2020, mesmo<br />
considerando a predominância dos eventos virtuais.”<br />
Ele afirma que a agência tem percebido a aproximação<br />
de muitas empresas em prospects, que estão vendo as<br />
soluções que criamos para os clientes. “E elas chegam<br />
interessadas, principalmente empresas das mesmas<br />
indústrias. Isso tem diversificado nossa base. O cliente<br />
não quer arriscar. Se ele percebe que algo dá certo, ele<br />
se aproxima”.<br />
E essa aproximação está acontecendo em outras<br />
agências. “Começamos <strong>2021</strong> com quatro grandes<br />
clientes novos. Isso já é difícil em um ano normal,<br />
e posso afirmar com toda certeza que o que fez a<br />
diferença para conquistá-los em meio a pandemia, foi<br />
mostrar nossas soluções e cases nos formatos híbrido<br />
e digitais, junto a um histórico de grandes entregas de<br />
<strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> que já constavam em nosso portfólio.”<br />
O esforço empregado fez com que muitos clientes<br />
tenham enxergado na F/Malta com agilidade em se<br />
CEO da Accuracy, Marcos Pirozzelli<br />
formatos, como a plataforma digitall play, um verdadeiro<br />
hub de gestão de eventos digitais”.<br />
Silvana detalha que mesmo que o ano prometa<br />
ser bom, é necessário cautela. “Este ainda será um ano<br />
de incertezas, com um impacto grande da pandemia na<br />
economia global. Mas, posso dizer que começou com<br />
ótimas oportunidades: em janeiro tivemos um resultado<br />
atípico: o ano não começava só depois do Carnaval? – e<br />
esse início aquecido vem se prolongando. Por isso,<br />
mesmo com as incertezas, tenho motivos de sobra para<br />
vislumbrarmos um bom ano para os negócios.”<br />
O <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong> segue mostrando sua força,<br />
como explica Wilson. “Na contramão do mercado<br />
fechamos o ano com incremento de <strong>38</strong>% no volume<br />
de projetos fechados em relação a 2019. Porém, como<br />
os valores relativos dos projetos de eventos virtuais<br />
costumam ser menores que o dos presenciais, em<br />
termos nominais o faturamento praticamente foi o<br />
mesmo”. A expectativa para <strong>2021</strong> é de um ano ainda com<br />
projetos basicamente digitais e/ou virtuais, talvez com<br />
uma tímida retomada dos presenciais, a depender do<br />
comportamento da pandemia. Mas caminhamos para um<br />
resultado pelo menos 20% maior que o conseguido no<br />
ano passado.”<br />
RESULTADO DA FUSÃO ENTRE OS ESCRITÓRIOS<br />
de projeto GUERRA e FIGGO, a The Public House (a.k.a “Pub”)<br />
veio para oxigenar o mercado de cenografia e arquitetura<br />
comercial. Com o setor de eventos em plena transformação,<br />
muitas empresas estão se reinventando no país e novas estão<br />
surgindo. A Pub, mostra que não se pode ter o mesmo olhar e<br />
o mesmo jeito de fazer as coisas, quando tudo mudou.<br />
Para os sócios da nova empresa, o espaço de cada<br />
marca é em si um universo vivo. Em todos os seus pontos de<br />
contato, da loja à fábrica, do escritório aos eventos, todos<br />
merecem a mesma atenção, cuidado e devem manifestar<br />
atributos intangíveis através de experiências transformadoras.<br />
NOVO OLHAR<br />
Entre os objetivos da união das duas empresas está<br />
a potencialização das competências de cada uma na criação<br />
de novas propostas e formatos. “Mantivemos o rigor do<br />
ponto de vista de qualidade e o mesmo empenho com o qual<br />
trabalhávamos antes, juntos estamos mais fortes. Somos<br />
um escritório de projetos incansável na busca do novo e do<br />
que traz resultados para os clientes”, comenta o arquiteto e<br />
cenógrafo Henrique Guerra, um dos sócios-fundadores da Pub.<br />
A fusão ampliou o portfólio de serviços. Além dos<br />
estúdios com cenário virtual (live chroma), projetos de estúdio<br />
com cenário físico, projetos híbridos de estúdio (cenário físico<br />
e plateia), cenários completamente virtuais, tours HTML, XR,<br />
RA em plataformas totalmente gamificadas. Os segmentos de<br />
atuação incluem, também, projetos para o varejo, exposições<br />
(branded content) e a arquitetura comercial, focada hoje em<br />
restaurantes, hotéis, bares e escritórios.<br />
Para a também sócia-diretora da Pub, Talita Baptista ,a<br />
marca trabalha para se tornar referência no mercado de branded<br />
environment, seja ele físico, digital ou ambos. “É prazeroso<br />
entender o DNA do cliente, compreender suas metas e conseguir<br />
criar um projeto único para ele, que o destaque no mercado.”<br />
FUTURO É AGORA<br />
Além de projetos internacionais de arquitetura<br />
comercial já criados, como um shopping e um hotel nos<br />
Estados Unidos, a Pub pretende continuar investindo na<br />
internacionalização, sem esquecer o mercado nacional.<br />
Aqui, uma das novidades é que a empresa será<br />
responsável pela cenografia de um dos maiores projetos para<br />
o Natal de <strong>2021</strong> na cidade de São Paulo. <br />
projetos de eventos físicos, a Pub desenvolve projetos de Projeto Vigor: Praça das Marcas Vigor - Força V (Convenção Vigor <strong>2021</strong>)<br />
30 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 31
TENDÊNCIA<br />
FECOMERCIO<br />
Localizada na região da Avenida Paulista,<br />
a flagship dos Studios Apple recebeu um<br />
Studio 1<br />
Studio 2<br />
grande investimento em uma repaginação com<br />
intervenções arquitetônicas.<br />
NOVA TENDÊNCIA NO LIVE MARKETING:<br />
A RESSIGNIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS DE EVENTOS<br />
O lugar oferece dois studios, de 200 e<br />
300 m 2 , além do Studio no Teatro Raul Cortez,<br />
dois camarins temáticos, duas control rooms,<br />
lounges e salas de reuniões.<br />
Fotos: Lu Aith<br />
O destaque fica por conta do “O Cubo”, com<br />
8 toneladas de equipamentos, montado com<br />
LED nas paredes internas e externas e também<br />
no piso, o que possibilita a experiência da<br />
realidade imersiva. O projeto pode proporcionar<br />
a sensação de estar em qualquer lugar do<br />
mundo, desde o topo de um prédio, em um<br />
deserto ou até mesmo na selva.<br />
Camarim 1 Control room 2<br />
ON E-STADIUM<br />
O único complexo de studios vertical recém-construído em São Paulo tem mais de 3 mil m 2 . Localizado na região central, conta com 4 studios em diferrentes formatos:<br />
Studio ON - 28m 2 (chroma key), Smart Apple - 72m 2 com chroma key, Studio On Air 130m 2 e o Studio Arena, um espaço multiuso de 400m 2 com capacidade<br />
para 150 pessoas com distanciamento. O diferencial fica a cargo da Smart Apple, uma solução que democratiza as lives para budgets mais enxutos.<br />
Foyer dos Studios Apple na Fecomercio SP.<br />
Na arena On E-Stadium, a Huawei fez o seu Music Night Hall com apresentações que foram da música clássica ao pop e eletrônico utilizando seus 4 studios simultamneamente no mesmo dia.<br />
PARA QUEM NÃO ESTÁ FAMILIARIZADO COM O<br />
termo “ressignificar um espaço”, significa mantê-lo vivo. É o<br />
ato de reutilização, reciclagem, restauração e recriação. Pois<br />
é esse movimento que alguns espaços em São Paulo estão<br />
sendo remodelados para poder sobreviver nos tempos de hoje.<br />
Após um ano de estagnação, milhares de espaços de<br />
eventos agonizam sem uma perspectiva próxima de reabertura.<br />
Muitos sucumbiram fazendo o nosso mercado sofrer com<br />
diversas baixas, uma das mais icônicas foi, sem dúvida, do<br />
antigo Credicard Hall, um dos principais locais para shows e<br />
eventos do país que decretou recentemente o encerramento de<br />
suas atividades.<br />
Mas existe uma luz no fim do túnel? Devido à<br />
essa nova tendência, tudo leva a crer que sim. Diversos<br />
projetos de ressignificação de espaços estão estimulando<br />
alguns locais a reascender a sua chama e ser novamente<br />
o palco de grandes acontecimentos. Um exemplo disto é a<br />
nova proposta da Apple Produções, com o lançamento dos<br />
Studios Apple. Segundo Gijo Pinheiro, CEO da companhia,<br />
os Studios Apple nascem com o objetivo de ressignificar os<br />
grandes locais de eventos, os convertendo para studios para<br />
realização de eventos online ou híbridos.<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Live</strong>MKT teve acesso, em primeira mão,<br />
das dependências do projeto-modelo, ou como o Gijo citou<br />
“a flagship da marca” no Fecomercio. Realmente, para<br />
quem já fez diversos jobs no local e reencontrá-lo com<br />
essa nova roupagem foi uma ótima surpresa. Nos 3 andares<br />
do prédio haviam intervenções estruturais que mudaram<br />
completamente a experiência, trazendo modernidade e novas<br />
funções para um local que há um ano não tinha nenhuma<br />
perspectiva de reutilização.<br />
Outro exemplo da Apple é o Villa Blue Tree, uma<br />
parceria que já esta rendendo bons frutos. A casa, uma das<br />
mais tradicionais do cenário nacional, voltou a vida com um<br />
grande evento online da montadora francesa Renault, com o<br />
lançamento de um novo automóvel. Para tal, um gigantesco<br />
cenário foi construído no principal salão recém-batizado de<br />
Mega Stage nos seus 700m 2 que também pode ser utilizado<br />
para eventos híbridos permitindo receber uma ampla plateia<br />
com distanciamento.<br />
O On E-stadium é outro parceiro da Apple, um local<br />
pensado a priori para um público Geek e Gamer, mas foi<br />
totalmente remodelado para abrigar Eventos online e híbrido<br />
trazidos pela Apple Produções. Huawei, P&G e Petrobrás são<br />
exemplos de empresas que já realizaram suas lives no espaço.<br />
Fecomercio, Villa Blue Tree e On E-Stadium fazem parte<br />
dos Studios Apple, com isso, Gijo Pinheiro conta que são 3<br />
endereços com 11 possibilidades de studios, mas, tudo isso é<br />
apenas o começo. Em breve, a empresa deve anunciar parcerias<br />
com outros espaços de convenções em Salvador, Goiânia e Foz<br />
do Iguaçú, reforçando a atuação regional das suas filiais.<br />
Uma ótima notícia para todos e aqui fica registrado<br />
a nossa torcida para que outros espaços façam o mesmo e<br />
proporcionem uma bela retomada para o nosso mercado.<br />
VILLA BLUE TREE<br />
O espaço com 6 mil m 2 também é referência em culinária com o Noah Gastronomia. Localizado próximo à ponte Laguna, oferece ampla área externa coberta,<br />
entrada independente, possibilidade de acesso de grandes veículos nos estúdios, estacionamento conveniado e salas de apoio.<br />
Sala Mega Stage ideal para os eventos Lá estão híbridos disponíveis com distanciamento.<br />
as salas Chroma Stage, Grand Stage e Mega Área Stage. externa Todos com os grande ambientes circulação têm control de ar room natural isolada. para a tranquilidade dos convidados.<br />
Lançamento do novo ZOE da Renault realizado pela Hype.<br />
32 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 33
MAR DE POSSIBILIDADES!<br />
ESSE É O NOVO PORTAL<br />
DA REVISTA LIVE MARKETING<br />
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34 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 35
TECNOLOGIA<br />
<strong>Live</strong> DJ Alok<br />
VIRTUAL PRODUCTION É<br />
(AINDA BEM) O INEVITÁVEL<br />
FUTURO DAS PRODUÇÕES<br />
QUE A VIRTUAL PRODUCTION É O FUTURO DAS<br />
produções publicitárias, de cinema e de eventos online, muita<br />
gente já sabe. O que ninguém imaginava é que, apesar do alto<br />
investimento e mão de obra especializada que a operação<br />
demanda, essa tecnologia desembarcaria tão cedo no Brasil,<br />
mas sim, esse futuro já é realidade por aqui.<br />
A MAXI, Full Service com mais de 26 anos de mercado<br />
e tradição em inovação tecnológica, trouxe para o Brasil, com<br />
exclusividade na América Latina, a tecnologia xR Disguise para a<br />
realização de produções virtuais, um marco histórico e ousado, que<br />
devolve às agências e aos criativos o poder narrativo que antes,<br />
por muitas vezes, parava em barreiras de prazo e orçamento.<br />
Com a tecnologia de produção virtual, é possível<br />
experimentar a combinação perfeita do mundo real com o virtual<br />
ao vivo, permitindo, com agilidade, a mudança de cenários<br />
realistas e imersivos, além da total capacidade de interação<br />
dos integrantes do SET com o conteúdo durante a filmagem/<br />
transmissão, já que os efeitos visuais não ficam mais apenas<br />
para a pós-produção. Eles estão acontecendo ali, na hora.<br />
Grandes deslocamentos e locações também podem<br />
ser evitados, uma vez que, com a Virtual Production, você<br />
pode estar em um cenário de deserto, por exemplo, sem sair<br />
do estúdio. Precisa mudar para um cenário de neve? Claro,<br />
por que não? Tudo de forma realista, imersiva e sem reflexos<br />
verdes (comuns na utilização de chroma key), combinando<br />
elementos reais com virtuais sem perdê-los de vista.<br />
A tecnologia já vem sendo utilizada mundo afora.<br />
Alguns exemplos recentes são a produção da série Star Wars<br />
Mandalorian, a exibição de Katy Perry em American Idol e<br />
o evento ao vivo do MTV VMA 2020. No Brasil, apesar de<br />
recente, a MAXI já realizou dois importantes eventos com<br />
a tecnologia, a <strong>Live</strong> especial de final de ano do DJ Alok e<br />
também CrioloXR, a primeira transmissão 100% em Virtual<br />
Production do Brasil.<br />
As produções virtuais estão ganhando cada vez mais<br />
espaço entre as agências que querem surpreender público e<br />
clientes. Mesmo que uma novidade, a demanda pelo serviço já<br />
surpreende. O que não será surpresa, em um futuro próximo,<br />
será nos depararmos com produções criativas que nos<br />
surpreendam de verdade e nos façam perguntar “como isso?”.<br />
A resposta: Virtual Production.<br />
Star Wars Mandalorian<br />
36 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 37
STREAMING<br />
AGÊNCIA<br />
CEO da Batux, Chris Bradley<br />
UM ANO PARA INOVAR<br />
NO MERCADO DE PROMOÇÕES<br />
PLATAFORMAS DE STREAMING<br />
MARCAM PRESENÇA NO BRASIL<br />
Cofundador da OutField Consulting, Pedro Oliveira<br />
O PIX CHEGOU EM NOVEMBRO DO ANO<br />
passado para transformar as transações bancárias. Atenta à<br />
mudança, a Batux trouxe o meio de pagamento para oferecer<br />
mais agilidade e segurança ao mercado de promoções. Com<br />
experiência em grandes promoções, a agência foi a primeira a<br />
Pix, o pagamento é instantâneo”, explica a vice-presidente de<br />
operações da agência, Jane Fernandes.<br />
Para o gerente nacional de Trade <strong>Marketing</strong> da Whirlpool,<br />
Daniel C., detentora das marcas Consul e Brastemp, a tecnologia<br />
deve ser importante aliada em momentos de incertezas como o<br />
usar o sistema para premiar os consumidores.<br />
que vivemos. “Inovação é o que marcas e consumidores sempre<br />
QUANDO A NETFLIX CHEGOU AO BRASIL EM 2011,<br />
poucas pessoas poderiam imaginar o quanto o mercado do<br />
entretenimento estava mudando. Ninguém pensava que uma<br />
empresa de oferta de títulos on demand revolucionaria o<br />
mercado por oferecer uma opção de serviço mais acessível e<br />
com mais qualidade. Um estudo da Sherlock Communications,<br />
intitulado “Mercado, Consumo e Diversidade em Serviços de<br />
Streaming de Vídeo na América Latina” e que foi realizado em<br />
seis países - Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru<br />
- revelou que mais de 92% dos entrevistados disseram que<br />
assinaram uma plataforma de streaming desde 2019, com 70%<br />
tendo adicionado pelo menos uma em 2020.<br />
A Disney+, que recentemente estacionou por aqui,<br />
anunciou que atingiu os 100 milhões de assinantes, metade<br />
da base que possui a Netflix. “O Brasil é um país muito<br />
conectado. Em termos de rede sociais já figura entre os top<br />
5 no Facebook, Youtube, Instagram e por isso mesmo já tem<br />
uma aderência muito grande de interagir com plataformas<br />
de streaming”, afirma o cofundador da OutField Consulting,<br />
Pedro Oliveira. Ele cita alguns dos exemplos que fazem delas<br />
um sucesso e também uma ameaça aos cinemas e TVs a cabo,<br />
entre elas, os preços, que começam a partir de apenas R$9,90<br />
na Amazon Prime.<br />
Uma família que vai ao cinema pode gastar até R$<br />
150,00 para assistir a um único filme. Um bom pacote de<br />
TV por assinatura é a partir disso para mais. Provavelmente<br />
será muito mais compensador para essa família uma<br />
plataforma de streaming, que oferece diversos títulos e<br />
O sinal às vezes cai, a imagem<br />
fica quadriculada, pode ocorrer<br />
delay de alguns segundos,<br />
e são pequenas coisas que<br />
comprometem no quesito de<br />
qualidade. Mas isso vai evoluir<br />
e o mercado de plataformas<br />
de streaming não é mais uma<br />
tendência, já é uma realidade”,<br />
analisa Oliveira.<br />
conteúdos diversificados por um preço acessível, e que<br />
poderá ver do próprio sofá a hora que preferir. Enxergando<br />
muito bem esse movimento, e ainda com a onda da<br />
pandemia e do isolamento social, essas plataformas<br />
começaram a adotar estratégias que engajam o público e<br />
prendem sua atenção.<br />
A HBO Max, por exemplo, que ainda não chegou ao<br />
Brasil, realizou o lançamento de “Wonder Woman 1984”<br />
nos EUA primeiro e exclusivamente pelo seu próprio canal<br />
sem nenhum custo adicional e em 4k, enquanto a Disney+<br />
anunciava a série “WandaVision” e “Falcão e Soldado<br />
Invernal”, de forma semanal, trazendo os heróis do cinema<br />
para dentro de casa, literalmente - e aumentando o “hype”<br />
dos fãs dos quadrinhos.<br />
A Netflix ainda colhe o sucesso de “La Casa de Papel”,<br />
uma das séries mais aclamadas dos últimos anos, e lança<br />
logo em seguida um novo conteúdo que dá o que falar na<br />
internet, “Lupin”. “Fazendo as contas na ponta do lápis, vale<br />
mais a pena você ter um serviço de streaming do que a TV por<br />
assinatura. Quem ganha é o consumidor, com mais ofertas de<br />
conteúdo e um cenário mais competitivo”, explica.<br />
Mas existe uma barreira, de acordo com o especialista,<br />
que é a infraestrutura. “Ainda não temos a mesma velocidade<br />
estrutural como no mercado americano, com penetração de<br />
internet e smartphones. O sinal às vezes cai, a imagem fica<br />
quadriculada, pode ocorrer delay de alguns segundos, e são<br />
pequenas coisas que comprometem no quesito de qualidade. Mas<br />
isso vai evoluir e o mercado de plataformas de streaming não é<br />
mais uma tendência, já é uma realidade”, analisa Oliveira.<br />
Como há grande volume de promoções com<br />
modalidade cashback, a Batux se preparou para chegada do<br />
Pix. “Criamos nosso próprio sistema interno de moderação e<br />
pagamento. A primeira promoção nacioanal a ter pagamento<br />
com Pix foi em janeiro, concebida pela Batux para a Consul. De<br />
lá para cá, devido ao sucesso e domínio sobre a ferramenta,<br />
já foram colocadas outras três campanhas no ar”, conta a CEO<br />
da Batux, Chris Bradley.<br />
Ação desenvolvida para a Brastemp<br />
Uma marca do segmento lácteo também investiu na<br />
novidade que a Batux trouxe para o segmento e acabou de<br />
lançar uma promoção. Outra, para a Brastemp, foi o “Mês da<br />
Certeza”, celebrando a Semana do Consumidor. “A ferramenta é<br />
supersegura e rápida. Após moderação e recebimento da chave<br />
procuram. Poder contar, em um momento como este, com uma<br />
agência parceira que nos traz essas facilidades é fundamental.<br />
Com o pagamento pelo Pix, saimos na frente no mercado, levando<br />
mais agilidade e segurança para nossos consumidores. Isso, sem<br />
dúvida, é um grande diferencial no nosso segmento”, defende.<br />
MOMENTO DO MERCADO<br />
Para a executiva, as marcas precisam encontrar<br />
novas formas de estarem mais próximas dos shoppers. ”Esse<br />
desafio envolveu buscar novos formatos de trabalho, tanto<br />
de criação como de planejamento. Tivemos um time coeso e<br />
unido, que entendeu bem o momento. Apresentar ao mercado<br />
expertises diferenciadas trouxe bons resultados e novos<br />
clientes, aumentando em 40% o total de ações realizadas em<br />
comparação ao ano anterior”, ressalta Chris.<br />
Criada em 2008, com o nome de Batuque, a Batux<br />
agregou à sua marca o conceito User Experience (UX),<br />
aplicado para garantir melhores experiências entre marcas<br />
e consumidores. A agência especializada em <strong>Live</strong> <strong>Marketing</strong><br />
tem como missão agregar valor às marcas com inovação,<br />
criatividade e inteligência de dados. Desta forma, se<br />
consolidou entre as principais empresas de seu segmento,<br />
com clientes como Brastemp, Consul, Disney, Nestlé, Banco<br />
Pan, BRF, L’Óreal e Coca-Cola.<br />
Para navegar em um mar mais revolto, Chris reforça<br />
a importância de entender o momento e o comportamento de<br />
mercado, além de estreitar ainda mais o relacionamento com<br />
os clientes. Nesse sentido, foi essencial usar ferramentas<br />
Ação Consul Pix<br />
proprietárias de inteligência de dados para aproximar as<br />
marcas de seus públicos. “Já colocamos no ar, desde janeiro, 12<br />
promoções para clientes dos segmentos de bens de consumo,<br />
alimentos e financeiro. Este ano ainda será desafiador para<br />
compreender as mudanças que estão por vir e o caminho para<br />
se destacar no relacionamento com os consumidores e isso,<br />
certamente, passa pela inovação”, conclui a CEO da Batux.<br />
4 VANTAGENS DO PIX PARA<br />
CAMPANHAS DE PROMOÇÃO<br />
SEGURANÇA: reduz volume de transmissão<br />
de dados, respeitando a Lei Geral de<br />
Proteção de Dados (LGPD)<br />
RAPIDEZ: cashback é automático e cai na<br />
conta imediatamente, eliminando uma das<br />
maiores reclamações dos consumidores por<br />
conta do tempo para crédito do prêmio<br />
SIMPLICIDADE: menos burocracia e mais<br />
segurança no cadastro<br />
EFICIÊNCIA: menor taxa de transação do<br />
mercado<br />
<strong>38</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 39
LIVE NEWS!<br />
CONTRATOS DE LICENCIAMENTO<br />
Num mundo cada vez mais consciente, no qual as<br />
pessoas estão mais atentas ao desperdício, reciclagem,<br />
reuso e consumo sustentável, o WWF-Brasil licencia seu<br />
icônico panda – uma das marcas mais reconhecidas<br />
e queridas no mundo – com o objetivo de comunicar<br />
suas mensagens de conservação em prol do meio<br />
ambiente para um maior público possível, com produtos<br />
sustentáveis e que expressem as causas defendidas pela<br />
organização e que são endossadas pelos consumidores.<br />
A agência escolhida para o gerenciamento da marca é<br />
a Loop Brands, já reconhecida no segmento de causas<br />
relacionadas com saúde, meio ambiente e relações<br />
sociais. A empresa será responsável pela prospecção<br />
e gerenciamento dos contratos de licenciamento de<br />
produtos que visem um mundo mais sustentável, com<br />
maior respeito à biodiversidade e menor desperdício<br />
e pegada de carbono. Os produtos que estamparão a<br />
marca WWF no Brasil possuirão caráter educativo e<br />
de comprometimento ativo. Eles trarão mensagens de<br />
conservação como forma de expressão daqueles que se<br />
identificam com a causa ambiental.<br />
NOVA CAMPANHA<br />
AÇÃO PROMOCIONAL<br />
ESTUDO KANTAR<br />
TIRA ONDA<br />
A Hello Group é a empresa escolhida para criar a<br />
Para a promoção Ursinhos da Galera, a Haribo<br />
As vendas de bens de consumo massivo para<br />
Ruffles Tira Onda acaba de chegar às prateleiras<br />
estratégia digital <strong>2021</strong> da AMAZE TRAVEL, empresa de viagem<br />
conta com um time de influenciadores digitais composto<br />
consumo em casa atingiram 10% globalmente em<br />
das Americanas nos sabores Original, Sour Cream e<br />
de formatura e estudantil que mais cresce no Brasil. A dupla<br />
por @thalitameneghim; @mandycandy; @fernandesgabie<br />
2020; no entanto, nos setores de snacks e bebidas<br />
Cebola e Cheddar, reforçando o sabor e a crocância da<br />
usou todo seu know how no mercado digital para criar uma<br />
e @laddynada, que juntos somam mais de 4 milhões<br />
não alcoólicas dentro (In Home) e fora do lar (Out Of<br />
batata Ruffles, agora em um novo formato! Para apresentar<br />
comunicação direcionada com a participação de um time<br />
e meio de seguidores. Cada um vem defendendo<br />
Home – OOH) o cenário foi diferente, aponta novo<br />
a novidade ao público, uma misteriosa campanha está<br />
de mais de 25 influenciadores que serão os grandes porta<br />
semanalmente um dos novos sabores propostos para<br />
estudo da Kantar. Em comparação com 2019, as<br />
circulando pelas redes sociais transportando o consumidor<br />
vozes da empresa, através de experiências exclusivas. Após<br />
um briefing com o time de marketing da Amaze e por meio de<br />
estudos e pesquisas a agência detectou a palavra-chave para<br />
o ano de <strong>2021</strong> da AMAZE TRAVEL: DIVERSIDADE! É com esse<br />
foco que a empresa trabalha para trazer ao público através<br />
dos influenciadores uma campanha criativa e que tenha<br />
sinergia e naturalidade com os nomes escolhidos.<br />
o lançamento da marca no Brasil de Ursinhos de Ouro,<br />
além de darem spoilers das características dos sabores<br />
propostos para os consumidores votarem em seu<br />
favorito. Além dos consumidores escolherem o sabor que<br />
querem consumir, ainda ganham um número da sorte<br />
para concorrer a Playstation 5 e 100 kits de um ano de<br />
Haribo. Não é necessário comprar produtos da marca para<br />
participar da promoção, mas quem o fizer e cadastrar<br />
vendas OOH diminuíram em oito dos nove mercados<br />
analisados, com exceção da Indonésia, em uma queda<br />
da ordem de US$ 22 bilhões (-26%), enquanto as<br />
internas aumentaram U$ 8 bilhões (+8%). E em seis<br />
deles – Espanha, Grã-Bretanha, China, Tailândia, França<br />
e Brasil – também foi registrada uma queda nas vendas<br />
combinadas de dentro e fora de casa. No Brasil, o gasto<br />
Fora do Lar caiu 16% em comparação a 2019, enquanto<br />
para outro mundo. É deste universo paralelo que vem essa<br />
novidade de RUFFLES®, onde tudo é ao contrário, para<br />
frente é para trás e para baixo é para cima. Desenvolvida<br />
pela agência AKQA, a campanha usa a tecnologia de<br />
realidade aumentada para proporcionar uma experiência<br />
diferente de e-commerce e ampliar a conexão de forma<br />
interativa com o público da marca.<br />
PROGRAMA BASTIDORES<br />
A Cervejaria Brahma com o objetivo de conectar<br />
ainda mais fãs e músicos em uma iniciativa única cria o<br />
projeto “Bastidores Brahma”. Para lançamento do projeto<br />
trouxe cenas inéditas e curiosas da carreira da dupla<br />
Jorge & Mateus. A veiculação acontece por meio do IGTV<br />
e do canal do YouTube dos artistas e da marca. Ao todo<br />
foram cinco episódios que mostraram um lado dos artistas<br />
pouco conhecido, que vai além dos palcos. A cada semana,<br />
a dupla falou sobre o processo criativo de suas canções e<br />
curiosidades da carreira, além de trazer trechos inéditos<br />
das novas músicas e interagir com os fãs. Foto 4<br />
as notas fiscais no site, tem 10 vezes mais chances de<br />
o Dentro do Lar teve desempenho 12% maior do que<br />
concorrer a prêmios.<br />
em 2019.<br />
Para apresentar os sabores a seus seguidores,<br />
os influenciadores se juntaram com o time da Haribo,<br />
provaram e cada um escolheu o que mais gostava para<br />
defender e pedir voto.<br />
NOVA PARCERIA<br />
A Cheil Brasil anuncia a nova empresa parceira de<br />
sua unidade de negócios voltada exclusivamente ao mercado<br />
de retail: a JBL marca pertencente à companhia Harman<br />
International, que projeta e desenvolve mundialmente<br />
produtos e soluções de conectividade para a indústria<br />
automotiva, os consumidores e as empresas, incluindo<br />
sistemas para veículos conectados, produtos audiovisuais,<br />
além de soluções de automação empresarial e de suporte à<br />
IoT (Internet das Coisas). A JBL é uma das líderes mundiais<br />
no desenvolvimento de produtos para automóveis, empresas<br />
e uso doméstico, mas conhecida, principalmente, pela<br />
fabricação de caixas de som, fones de ouvido e alto-falantes.<br />
O primeiro projeto de criação de comunicação interativa da<br />
marca para upload em E-commerce e portais já está no ar.<br />
E, agora, a área da agência dedicada às iniciativas de varejo<br />
também será responsável pelo desenvolvimento de trabalhos<br />
para o cliente que serão mais focados no conceito phigytal<br />
(physical + digital). Isto é, que juntam os universos online e<br />
offline na experiência de compra do consumidor, tornando-a<br />
mais especial e atrativa. Foto 5<br />
40 REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> REVISTA LIVE MARKETING - MAIO <strong>2021</strong> 41