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RANKING<br />
Santa Terezinha está entre<br />
as 100 maiores do agro<br />
Empresas listadas na edição de número 92 da Revista Forbes faturaram<br />
R$ 1,29 trilhão em 2020, crescimento de 24% na comparação com o ano anterior<br />
Com receita de R$<br />
1,91 bilhão, a Usina<br />
Santa Terezinha faz<br />
parte da lista das<br />
100 maiores empresas do<br />
agronegócio do Brasil em<br />
2021, publicada recentemente<br />
pela Revista Forbes, jogando<br />
luz sobre os players<br />
que têm mantido o Brasil no<br />
topo da pauta da alimentação<br />
da população mundial.<br />
A Lista Forbes Agro 100, publicada<br />
na edição 92 da revista,<br />
traz as maiores empresas<br />
de capital aberto no país<br />
e quem está por trás de algumas<br />
delas. Sua elaboração<br />
teve como base informações<br />
de demonstrativos financeiros<br />
das empresas, além de<br />
dados compilados pela agência<br />
Standard &Poor’s.<br />
Foram consideradas empresas<br />
(incluindo holdings e cooperativas)<br />
com faturamento<br />
no Brasil de pelo menos R$ 1<br />
bilhão em 2020. Quando indicado,<br />
o levantamento considerou<br />
o faturamento consolidado<br />
das holdings. Foram<br />
considerados também o tipo e<br />
o grau de atuação de cada<br />
companhia ou grupo no agronegócio<br />
brasileiro, mesmo<br />
nos casos em que a relação<br />
da atividade principal com o<br />
agronegócio seja indireta.<br />
Houve algumas mudanças na<br />
metodologia em relação à edição<br />
do ano passado. Empresas<br />
de etanol e demais biocombustíveis,<br />
por exemplo,<br />
formam o segmento Agroenergia.<br />
Fertilizantes e defensivos<br />
compõem o grupo Agroquímica.<br />
Apesar de 2020 ter sido um<br />
ano que desgastou a palavra<br />
“desafiador”, o agronegócio<br />
brasileiro saiu-se muito bem.<br />
O faturamento somado das<br />
100 empresas que constam<br />
na edição da Revista Forbes<br />
foi de R$ 1,29 trilhão, um<br />
crescimento de 24% frente ao<br />
R$ 1,04 trilhão de 2019. Apenas<br />
cinco companhias tiveram<br />
faturamento menor em 2020<br />
que no ano anterior, e houve<br />
casos em que a receita mais<br />
do que dobrou graças à alta<br />
dos preços das commodities<br />
no mercado internacional.<br />
Fundada no distrito de Iguatemi<br />
(Maringá), no norte do<br />
<strong>Paraná</strong>, no início da década de<br />
Morre uma das fundadoras<br />
1960, a Usina Santa Terezinha<br />
foi iniciada pelos irmãos da família<br />
Meneguetti. Com o fim<br />
do Proálcool em meados da<br />
década de 1980, o grupo<br />
aproveitou a crise do setor<br />
para crescer por meio de aquisições.<br />
O processo continuou<br />
nos anos seguintes e atualmente<br />
a empresa possui oito<br />
unidades, além de armazéns<br />
graneleiros para açúcar e<br />
grãos, um terminal de calcário,<br />
misturadora de adubos e<br />
tanques para estocagem de<br />
combustíveis. A empresa<br />
construiu um terminal rodoferroviário<br />
de fertilizantes em Paranaguá,<br />
que iniciou suas<br />
atividades em 2003. Em 2019<br />
a Santa Terezinha entrou em<br />
recuperação judicial.<br />
Faleceu no último dia 10 de<br />
fevereiro a empresária Therezinha<br />
Meneguetti Seghezzi, 92<br />
anos, uma das fundadoras da<br />
Usina Santa Terezinha e exprefeita<br />
de Paiçandu/PR, em<br />
decorrência de falência múltipla<br />
dos órgãos. O sepultamento<br />
foi no Cemitério Municipal<br />
de Maringá.<br />
Therezinha Meneguetti nasceu<br />
em Quatá, São Paulo, e se mudou<br />
com a família para Maringá<br />
na década de 1940, onde compraram<br />
terras e iniciaram o cultivo<br />
de café e cana-de-açúcar.<br />
No início dos anos 1960, Therezinha<br />
e seu marido Alberto, junto<br />
com os seus irmãos: Albino, Felizardo,<br />
Hélio, Irineu, José e Mauro<br />
Meneguetti, transformaram<br />
um pequeno engenho de aguardente<br />
localizado no distrito de<br />
Iguatemi/Maringá, na Usina Santa<br />
Terezinha.<br />
Hoje a usina, uma empresa de<br />
capital fechado, é um conglomerado<br />
com pelo menos 8 unidades<br />
produtivas divididas em<br />
três clusters, gerando mais de<br />
9 mil postos de trabalho em 12<br />
municípios, e mantendo-se<br />
como a maior empresa do segmento<br />
de açúcar e álcool da região<br />
sul do Brasil.<br />
“É uma perda inestimável”,<br />
afirma o presidente da Alcopar,<br />
Miguel Tranin, se solidariezando<br />
com a família em nome de todo<br />
o setor sucroenergético paranaense.<br />
Ele lembra os feitos, a<br />
forte atuação e a contribuição<br />
de Therezinha para o setor de<br />
bioenergia do Estado num período<br />
em que não era comum a<br />
presença de mulheres a frente<br />
do segmento e até mesmo das<br />
empresas em geral.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 9