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coluna
Mira
Graçano
Mulheres
na política:
o desafio de aumentar a
representatividade
N
ão é de hoje que nós,
mulheres, estamos mais
do que preparadas para
encarar a missão de participar
da política. Para começar, temos que ocupar um
espaço proporcional às estatísticas: somos 52% da
população e do eleitorado brasileiro. Estamos em maioria
nas universidades e nos cursos de capacitação profissional.
Mas somos apenas 15%, em média, nas casas legislativas.
Para além dos números, a realidade mostra como estamos presentes,
por exemplo, à frente de grandes empresas e instituições.
Na minha atuação como Head do Lide Mulher-PR, vejo como é
grande o número de mulheres dinâmicas, proativas, capazes de
grandes negociações financeiras, cheias de ideias e iniciativas.
Dentro dos lares, milhões de donas de casa trabalham incessantemente
para administrar sua vida e a vida da família, cuidando da
criação de filhos e de todos os aspectos gerenciais que uma casa
demanda.
Por isso, fica óbvio como podemos trazer muita contribuição
para a área política, que exige decisões estratégicas e importantes,
com as quais estamos acostumadas a lidar. Quanto potencial
podemos agregar ao exercício da política!
E por que isso não acontece? Porque, de fato, o que existe hoje
é apenas uma lei de cotas, que estabelece o percentual mínimo de
50
ABRIL 2022
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