Revista Newslab Ed. 171
Revista Newslab Ed. 171- A Mídia Oficial do Diagnóstico Laboratorial www.newslab.com.br
Revista Newslab Ed. 171- A Mídia Oficial do Diagnóstico Laboratorial
www.newslab.com.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
R$ 25,00
evista<br />
<strong>Ed</strong>itorial<br />
Ano 29 - <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> - Maio 2022<br />
A retomada dos eventos presenciais na área da<br />
saúde foi marcada por milhares de reencontros,<br />
abraços, sorrisos e a inabalável esperança do fim da<br />
pandemia. Será?<br />
Muitos fornecedores se reinventaram nos últimos 18<br />
meses, e essa reinvenção com certeza será benéfica<br />
para o mercado como um todo, que tende a crescer<br />
em ritmo nunca visto.<br />
A volta dos eventos presenciais é um desejo que vai<br />
além do mundo corporativo, uma vez que a grande<br />
maioria dos brasileiros sente falta da interação social.<br />
A multiplataforma de comunicação integrada<br />
NewsLab também está em transição.<br />
A meta é estar disponível totalmente nas plataformas<br />
on-line e lançar novas ferramentas de divulgação<br />
digital até o fim de 2022. Até lá, poderemos somar<br />
o melhor dos dois mundos, trazendo soluções<br />
diversas e completas para organizadores de eventos<br />
que desejam entregar conteúdos estratégicos e uma<br />
experiência incrível para seus clientes.<br />
A experiência digital chegou para ficar. A expectativa<br />
é de que o setor cresça cerca de 20%, ano após ano,<br />
entre 2022 e 2027.<br />
A edição <strong>171</strong> traz artigos científicos e produtos<br />
inovadores, tudo que há de melhor no mercado das<br />
análises clínicas.<br />
A matéria de capa traz o líder no segmento de apoio<br />
laboratorial, DB Diagnósticos.<br />
Com 11 anos de mercado, realizou mais de 120<br />
milhões de exames no ano de 2021 e já começou o<br />
ano de 2022 quebrando seus próprios recordes. No<br />
mês de março, o laboratório bateu a marca de 13<br />
milhões de testes em um único mês e a perspectiva é<br />
fazer muito mais.<br />
Estreia nesta edição, a coluna Direito e Saúde, onde o<br />
Dr. Délio J. Ciriaco de Oliveira nos convida a analisar<br />
o retorno da gestante ao trabalho presencial no<br />
ambiente laboratorial.<br />
E para finalizar, desejo que essa difícil jornada que<br />
vivemos nos últimos anos, de aprendizado, cuidado<br />
e muitas ações, esteja realmente no fim.<br />
Boa leitura!<br />
Abraços,<br />
Luciene Almeida<br />
<strong>Ed</strong>itora Chefe<br />
Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />
acessem nossas redes sociais:<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
Ano 29 - <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> - Maio 2022<br />
NewsLab<br />
Tel.: (11) 98357-9843 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />
ISSN 0104 - 8384<br />
/revistanewslab<br />
@revista_newslab<br />
EXPEDIENTE<br />
Realização: NEWSLAB<br />
Conselho <strong>Ed</strong>itorial: Sylvain Kernbaum | revista@newslab.com.br<br />
Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@newslab.com.br<br />
Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />
Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />
Diagramação e Arte: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />
Impressão: Gráfica Hawaii | Periodiciade: Bimestral<br />
2<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
evista<br />
Ano 29 - <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> - Maio 2022<br />
Normas de Publicação<br />
para artigos e informes de mercado<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />
publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Informações aos Autores<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />
em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />
para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />
precise de informações adicionais, entre em contato com<br />
a redação.<br />
Informações aos autores<br />
Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab publica editoriais,<br />
artigos originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />
etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />
qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />
clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />
Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />
revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />
conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />
natureza financeira relativo a companhias interessadas<br />
ou envolvidas em produtos ou processos que estejam<br />
relacionados com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />
assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />
artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />
Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />
conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser<br />
enviadas na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />
Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos<br />
que a resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com<br />
extensão em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados e enviados<br />
por e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes<br />
completos dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />
foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />
com endereço completo fone/fax e e-mail também<br />
deverão constar. Seguidos por resumo, palavras-chave,<br />
abstract, keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e<br />
Métodos, Parte Experimental, Resultados e Discussão,<br />
Conclusão) agradecimentos, referências bibliográficas,<br />
tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />
do devido autor, seguido pelo ano da publicação, segundo<br />
norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada referência citadas no<br />
texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do autor em<br />
primeiro lugar seguido pela sigla do prenome. Ex.: sobrenome,<br />
siglas dos prenomes. Título: subtítulo do artigo. Título do livro/<br />
periódico, volume, fascículo, página inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências. Referências<br />
de contribuições ainda não publicadas deverão ser<br />
mencionadas como “no prelo” ou “in press”.<br />
Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />
NewsLab<br />
A/C: Luciene Almeida – Redação<br />
Rua Doutor Guilherme Bannitz, 126, 8º Andar - Conj. 81<br />
CV: 10543 Itaim Bibi, São Paulo, SP, 04532-060<br />
Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />
Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />
Contato<br />
A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />
vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />
REDAÇÃO: : Rua Doutor Guilherme Bannitz, 126, 8º Andar - Conj. 81 CV: 10543 Itaim Bibi, São Paulo, SP, 04532-060.<br />
TELEFONE: (11) 98357-9856<br />
EMAIL: redacao@newslab.com.br.<br />
Acesse nosso site: www.newslab.com.br<br />
Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
@revista_newslab<br />
Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país.<br />
Os artigos e informes assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong>.<br />
Filiado à:<br />
4<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
LINHA FASTPREP<br />
®<br />
Os sistemas FastPrep fornecem altos rendimentos de<br />
DNA, RNA e Proteína em até 60 segundos!<br />
<br />
FastPrep-24 5G<br />
O mais avançado sistema de preparação de amostras<br />
com seu movimento único e tridimensional, oferece<br />
lise completa de qualquer amostra biológica ou<br />
inorgânica;<br />
Fornece o maior rendimento de DNA, RNA e proteínas;<br />
Seu sistema fechado diminui o risco de contaminação<br />
cruzada e oferece ácidos nucleicos prontos para<br />
aplicações downstream;<br />
Software intuitivo, tela sensível ao toque amigável.<br />
SuperFastPrep-2 <br />
Usa um mecanismo exclusivo projetado para operar de 600<br />
a 4.800 ciclos por minuto;<br />
Portátil, sem fio e compacto, pode ser usado em locais<br />
remotos para processamento e preservação imediatos de<br />
amostras;<br />
Compatível com a maioria dos tubos de 2 mL contendo<br />
matriz de lise.<br />
Tradição a mais<br />
de 50 ANOS<br />
www.mpbio.com.br
evista<br />
Índice remissivo de anunciantes<br />
ordem alfabética<br />
Ano 29 - <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> - Maio 2022<br />
ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />
ALTONA DIAGNOSTICS 41<br />
BASE CIENTIFICA 33<br />
BECKMAN COULTER DIV. L.S. 08-09<br />
BIOADVANCE 73<br />
BIOCON 91<br />
BIOMEDICA 127<br />
BUNZL SAÚDE 25<br />
CBAC 157<br />
CELLAVISION 133<br />
DB DIAGNÓSTICO<br />
CAPA - 4ª CAPA<br />
DIAGNO 125<br />
EBRAM 117<br />
EQUIP MINAS 50-51<br />
ERBA 26-27<br />
EUROIMMUN 63<br />
FIRSTLAB 101<br />
GELAB 13<br />
GREINER 129<br />
GRIFOLS 11<br />
GRUPO PRIME<br />
3ª CAPA<br />
GT GROUP-BIOSUL 47<br />
HAGELAB 77<br />
HAMILTON 135<br />
HERMES PARDINI 06-07<br />
HORIBA 2ª CAPA | 153<br />
INVITRO 55<br />
KOLPLAST 59<br />
LAB REDE 121<br />
LABOR LINE 23<br />
LIGA SISTEMAS 81<br />
LUMIRADX 95<br />
M BIOLOG 74-75<br />
MERCOLAB DIAGNOSTICOS 03<br />
MINDRAY 19<br />
MOBIUS 151<br />
MP BIOMEDICALS 05<br />
MP SYSTEMS 155<br />
NEWPROV 139<br />
NIHON KOHDEN 86-87 | 97<br />
NOVO NORDISK 14-15<br />
PNCQ 105<br />
RENYLAB 109<br />
SARSTEDT 113<br />
SBPC 164-165<br />
SIEMENS 21<br />
SNIBE 69<br />
TBS BINDINGSITE 79<br />
VEOLIA 141<br />
VIDA BIOTECNOLOGIA 85<br />
WAMA 143<br />
ZYBIO 147<br />
ZYMO RESEARCH 29<br />
Conselho <strong>Ed</strong>itorial<br />
Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />
humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira<br />
de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São<br />
Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da<br />
Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo<br />
Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da<br />
USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade<br />
Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e<br />
Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />
Colaboraram nesta <strong>Ed</strong>ição:<br />
Humberto Façanha, Louise Fabri, Fábia Bezerra, Gleiciere Maia Silva, Jorge Luiz Silva Araújo-Filho, Luiz Arthur Calheiros Leite, Helena Varela de Araújo, Rafaele Loureiro, Bruna Garcia Nogueira, Fabiano de Abreu,<br />
Suzimara Tertuliano, Luciane Sarahyba, Cesar Higa Nomura, Giovanni Guido Cerri, Délio J. Ciriaco de Oliveira, André Márcio Murad, Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />
Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Silvania Ramalho, Daniela Santos Silva, Karoline de Oliveira e Allyne Cristina Grando.<br />
10<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
TRANSFUSION MEDICINE<br />
Multiplique seu potencial<br />
Erytra Eflexis é um equipamento de<br />
Imuno-hematologia totalmente automatizado<br />
desenvolvido para acompanhar o crescimento<br />
da sua rotina no laboratório.<br />
Eficiência | Flexibilidade | Inovação<br />
Para mais informações visite nosso site<br />
diagnostic.grifols.com/erytra-eflexis<br />
TYPING<br />
©2020 Grifols, S.A. All rights reserved worldwide.<br />
Registro ANVISA 80134860252.
ÍNDICE<br />
revista<br />
Ano 29 - <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> - Maio 2022<br />
64<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
DB TOXICOLÓGICO<br />
DB TOXICOLÓGICO INAUGURA SEDE EXCLUSIVA<br />
COM CAPACIDADE DE MAIS DE UM MILHÃO DE<br />
EXAMES MENSAIS.<br />
62 - Publieditorial em Destaque - Euroimmun<br />
68 - Neurociência em Foco<br />
70 - Medicina Genômica<br />
76 - Publieditorial em Destaque - Thermofisher<br />
82 - Direito e Saúde<br />
88 - Minuto Laboratório<br />
90 - Bioquímica<br />
92 - Diagnóstico por Imagem<br />
94 - Citometria de Fluxo<br />
98 - Coleta de Sangue<br />
104 - Biossegurança<br />
112 - Hematologia<br />
114 - Logística Laboratorial<br />
116 - Informes de Mercado<br />
167 - Analogias em Medicina<br />
16<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
COMO PROCEDER FRENTE AO RESULTADO<br />
DE UMA VUS (VARIANTE DE SIGNIFICADO<br />
INCERTO) EM UM TESTE GENÉTICO DE<br />
PREDISPOSIÇÃO AO CÂNCER.<br />
22<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
LEISHMANIOSE VISCERAL: CONHECER<br />
PARA PREVENIR<br />
42<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
RELAÇÃO DA VITAMINA D COM LÚPUS<br />
ERITEMATOSO SISTÊMICO: REVISÃO DA<br />
LITERATURA<br />
56<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
MERCADO DAS ANÁLISES CLÍNICAS: QUE<br />
FUTURO ESPERAR?<br />
108<br />
LADY NEWS<br />
MERCADO DIAGNÓSTICO<br />
A PALAVRA DE ORDEM É INTERAÇÃO!<br />
Autor: André Márcio Murad MD, PhD, Pos-Doc.<br />
Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de<br />
Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha Suzuki, Marco<br />
Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />
Autoras: Karoline de Oliveira,<br />
Allyne Cristina Grando.<br />
Autor: Humberto Façanha da Costa Filho.<br />
Autora: Silvania Ramalho.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
DM<br />
no tratamento do diabetes tipo 2<br />
já é realidade 1,2<br />
Referências: 1. Seidu S, Mellbin L, Kaiser M, Khunti K. Will oral semaglutide be a game-changer in t<br />
10.1016/j.pcd.2020.07.011. Epub 2020 Aug 19. PMID: 32826189. 2. Drucker, D.J. Advances in oral pe<br />
Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda.<br />
® Marca Registrada Novo Nordisk A/S. © 2022 Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda.<br />
SAC: 0800 014 44 88 | www.novonordisk.com.br | BR22RYB00019 – Maio/2022.<br />
Material destinado exclusivamente a profissionais de saúde habilitados a prescrever e/ou
Ofereça<br />
novas possibilidades<br />
para seu paciente. 1,2<br />
Se você é médico(a),<br />
acesse nosso portal e confira<br />
o evento na íntegra em:<br />
glp1academy.com.br/live/186<br />
2 – diabetes mellitus tipo 2.<br />
he management of type 2 diabetes in primary care? Prim Care Diabetes 2021 Feb;15(1):59-68 doi:<br />
ptide therapeutics. Nat Rev Drug Discov 19, 277–289 (2020).<br />
dispensar medicamentos. Não compartilhe.
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
COMO PROCEDER FRENTE AO RESULTADO<br />
DE UMA VUS (VARIANTE DE SIGNIFICADO INCERTO) EM<br />
UM TESTE GENÉTICO DE PREDISPOSIÇÃO AO CÂNCER<br />
Autor:<br />
André Márcio Murad MD, PhD, Pos-Doc.<br />
Professor Adjunto Coordenador da Disciplina de Oncologia da<br />
Faculdade de Medicina da UFMG e Diretor Clínico da Personal<br />
- Oncologia de Precisão e Personalizada e Diretor Científico do<br />
Laboratório Personal de Genética Molecular de Belo Horizonte,<br />
MG. Pós-Doutor em Genética pela UFMG e Diretor Científico<br />
do GBOP- Grupo Brasileiro de Oncologia de Precisão. Médico<br />
Oncogeneticista da UNIT/CETTRO de Brasília<br />
Quando você se submete a um teste<br />
genético para uma avaliação de<br />
predisposição hereditária a câncer,<br />
espera uma resposta binária: sim<br />
ou não. Se sim, você tem uma<br />
alteração anormal em um gene que<br />
aumenta o risco de câncer, ou não,<br />
você não tem. Essa informação é<br />
preciosa pois, em caso positivo, vai<br />
determinar medidas preventivas e<br />
também exames de rastreamento<br />
apropriados para o diagnóstico<br />
precoce dos cânceres relacionados<br />
às variantes gênicas identificadas.<br />
Mas, às vezes, você pode não<br />
receber um claro “sim” ou “não”.<br />
Você pode apenas receber um<br />
“talvez”. Isso é o que você ouvirá<br />
se tiver uma variante de significado<br />
incerto, ou VUS, para abreviar.<br />
* Imagem ilustrativa * image: Freepik.com<br />
Ao contrário das mutações<br />
prejudiciais que causam câncer<br />
ou das benignas que não causam,<br />
as chamadas VUS são assim<br />
classificadas pois não reunimos<br />
ainda pela literatura médica<br />
informações seguras e suficientes<br />
sobre seu papel na gênese do<br />
câncer. Ou seja, os dados sobre as<br />
VUS que dispomos até o momento<br />
não são suficientes para considerálas<br />
prejudiciais ou inofensivas.<br />
As variantes genéticas de<br />
significado incerto (VUS) são<br />
comuns?<br />
Quase 20% dos testes genéticos<br />
germinativos identificam uma<br />
VUS. Esses testes são oferecidos<br />
em diferentes “tamanhos”. Alguns<br />
examinam apenas um punhado de<br />
genes associados ao câncer de cada<br />
vez, enquanto outros analisam até<br />
centenas genes variados. Quanto<br />
mais genes você olhar, mais variantes<br />
de significado incerto você encontrará.<br />
Como surgem as variantes<br />
genéticas?<br />
Nossos corpos contêm 70 trilhões<br />
de células. Todos os dias, células<br />
velhas morrem e dão origem a<br />
novas. Cada vez que isso acontece,<br />
as novas células copiam o DNA das<br />
células antigas. Com tantas células,<br />
há um grande potencial para<br />
ocorrer um erro genético. É assim<br />
que surge uma variante genética,<br />
ou mutação. Todos nós temos<br />
muitas variações em nossos genes,<br />
e a grande maioria é inofensiva.<br />
16<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Como as variantes genéticas<br />
são classificadas?<br />
Uma VUS também pode ser<br />
reclassificada como patogênica,<br />
humano. O ser humano médio<br />
carrega cerca de 400 variantes<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
O American College of Medical<br />
mas isso é raro.<br />
Um estudo<br />
únicas, e a maioria de nós não é<br />
Genetics and Genomics categoriza<br />
recente descobriu que 91% das<br />
doente por causa delas.<br />
as variantes genéticas em cinco<br />
variantes reclassificadas foram<br />
níveis de risco classificados do mais<br />
rebaixadas para “benignas”,<br />
Como saberei se minha VUS foi<br />
para o menos grave:<br />
enquanto apenas 9% foram<br />
reclassificada?<br />
1. Patogênica (nociva)<br />
atualizadas para patogênicas.<br />
Quando uma VUS é reclassificada,<br />
2. Provavelmente patogênica<br />
o laboratório que realizou o teste<br />
3. Variante de significado incerto<br />
A reclassificação de uma VUS pode<br />
deve enviar um relatório revisado ao<br />
4. Provavelmente benigna<br />
levar meses, anos ou décadas.<br />
médico solicitante, explicando como<br />
5. Benigna (inofensiva)<br />
Algumas podem nunca ser<br />
e por que a variante foi reclassificada.<br />
reclassificados se os laboratórios<br />
O médico então entrará em contato<br />
Variantes patogênicas são menos<br />
não tiverem dados suficientes para a<br />
com você para explicar os resultados<br />
comuns. É muito mais provável<br />
obtenção de uma conclusão definitiva.<br />
atualizados e o que eles significam<br />
que você tenha um VUS ou uma<br />
para você e sua família. Por esse<br />
variante benigna.<br />
Nosso conhecimento sobre<br />
motivo, é muito importante que os<br />
variantes mudou ao longo do<br />
pacientes mantenham seu endereço<br />
As variantes de significado<br />
tempo?<br />
de correspondência, endereço<br />
incerto (VUS) já foram<br />
Os pesquisadores costumavam<br />
de e-mail e número de telefone<br />
reclassificadas?<br />
acreditar que todas as variantes<br />
atualizados junto ao médico ou<br />
Uma VUS pode ser reclassificada<br />
genéticas eram amplamente<br />
clínica solicitante do teste, que em<br />
como benigna após pesquisas<br />
prejudiciais. Mas há cerca de 20 anos,<br />
geral é especializada em Genética e<br />
e levantamentos revelarem que<br />
quando as primeiras sequências do<br />
Oncogenética. Outra sugestão é que,<br />
inúmeras pessoas sem câncer na<br />
genoma humano foram publicadas,<br />
se você tiver uma VUS, compareça<br />
população em geral carregam<br />
os cientistas perceberam que, em<br />
anualmente à consulta médica com o<br />
essa variante, ou modelos de<br />
vez de serem raridades que quase<br />
especialista. Nessa consulta o mesmo<br />
computador mostram que não<br />
invariavelmente prejudicam a<br />
terá a oportunidade de reconsultar<br />
tem impacto significativo no<br />
saúde, as variantes ocorrem com<br />
os bancos de dados, para saber se a<br />
funcionamento genético.<br />
frequência em todo o genoma<br />
variante sofreu alguma reclassificação.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
17
Autor: André Márcio Murad MD, PhD, Pos-Doc.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
Se eu tiver uma VUS, meus<br />
familiares devem ser testados?<br />
Como não entendemos sua variante,<br />
geralmente não seria útil que os<br />
membros de sua família fizessem o<br />
teste. Os testes não esclareceriam<br />
seus riscos de câncer e, portanto,<br />
não mudariam a maneira como<br />
seus médicos já estão gerenciando<br />
seus cuidados médicos. Em vez<br />
disso, as decisões médicas devem<br />
ser baseadas em seu histórico<br />
pessoal ou familiar de câncer.<br />
Há situações em que vários<br />
membros de uma família afetada<br />
pelo câncer são testados para se<br />
determinar se a mesma variante<br />
está presente naqueles com câncer<br />
ou ausente naqueles sem. Seu<br />
especialista irá esclarecer a você<br />
se a testagem dos outros membros<br />
da família ajudará a classificar sua<br />
variante.<br />
Como minha VUS altera meu<br />
tratamento médico?<br />
As diretrizes emitidas pelo American<br />
College of Medical Genetics and<br />
Genomics especificam que “uma<br />
variante de significado incerto<br />
não deve ser usada na tomada de<br />
decisões clínicas”. Rastreamentos<br />
* Imagem ilustrativa * image: Freepik.com<br />
mais intensivos ou precoces ou uma<br />
cirurgia redutora de risco (como<br />
uma mastectomia bilateral ou a<br />
retirada das tubas uterinas e ovários<br />
de forma profilática) podem ser<br />
desnecessários e potencialmente<br />
prejudiciais para pacientes cujas<br />
variantes são posteriormente<br />
descobertas como benignas.<br />
“Esperar para ver” é o consenso<br />
padrão entre os especialistas e<br />
oncogeneticistas.<br />
Em alguns casos, seu médico pode<br />
lhe dizer se sua variante é menos<br />
preocupante ou mais preocupante<br />
do que o normal, com base em seu<br />
histórico familiar combinado com<br />
as informações disponíveis sobre<br />
sua variante específica.<br />
Como a maioria das pessoas reage<br />
ao saber que tem uma VUS?<br />
A maioria dos pacientes considera<br />
o diagnóstico de VUS mais<br />
tranquilizador do que preocupante.<br />
Eles estão aliviados por saber que<br />
nenhuma variante patogênica<br />
conhecida foi detectada. Alguns,<br />
no entanto, acham os resultados<br />
ambíguos e preocupantes. Eles<br />
têm dificuldade em lidar com a<br />
incerteza de um VUS.<br />
Antes que os pacientes sejam<br />
submetidos a testes genéticos,<br />
eles devem ser orientados por<br />
um especialista sobre os riscos e<br />
limitações dos testes. Se eles estão<br />
particularmente ansiosos, podemos<br />
sugerir que eles abandonem<br />
18<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Autor: André Márcio Murad MD, PhD, Pos-Doc.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
completamente os testes ou testem<br />
menos genes para diminuir a<br />
chance de encontrarmos uma VUS.<br />
Lembramos a eles que a maioria das<br />
VUS é inofensiva. Mas mesmo com<br />
o aconselhamento genético correto,<br />
a incerteza pode acompanhar os<br />
portadores e causar-lhes angústia<br />
e mesmo fobia.<br />
Como os especialistas podem<br />
aprender mais sobre VUS?<br />
Para entender o papel de uma<br />
variante no câncer, os especialistas<br />
devem testar milhões de pessoas e<br />
compartilhar seus dados. Se uma<br />
VUS for encontrada em um número<br />
significativo de pessoas que têm<br />
câncer, mas ausente naquelas que<br />
não têm, há uma probabilidade<br />
maior de que ela possa estar<br />
associada a maiores riscos de câncer.<br />
Mas, independentemente de quão<br />
extensos sejam os bancos de dados<br />
e quantas pessoas sejam submetidas<br />
a testes genéticos, a incerteza nunca<br />
desaparecerá completamente.<br />
Sequenciando também o RNA<br />
Mais recentemente, a análise<br />
(sequenciamento) germinativa<br />
combinada do DNA e do RNA<br />
demonstrou fornecer informações<br />
mais precisas e definitivas sobre<br />
o significado de uma VUS. O<br />
sequenciamento de RNA começa a se<br />
mostrar promissor para se entender<br />
como uma variante de DNA pode<br />
interromper a transcrição normal<br />
para RNA, bem como as modificações<br />
pós-transcricionais ou a estrutura<br />
proteica codificada por aquele<br />
determinado gene e suas variantes.<br />
Adicionalmente, o sequenciamento<br />
do RNA pode identificar variantes<br />
nos chamados sítios de emenda<br />
(splice site), que ocorrem em cerca<br />
de 11% das VUS já catalogadas. Os<br />
genes contêm seções codificantes<br />
(éxons) e não codificantes (íntrons)<br />
que são transcritas em mRNA<br />
(RNA mensageiro). Este mRNA é<br />
processado cortando-se as porções<br />
não codificantes e unindo-se as<br />
porções de codificação. Variantes<br />
patogênicas podem romper os sítios<br />
de splice em ambas as extremidades<br />
do éxon, criando novos sítios de splice,<br />
ou perturbar regiões regulatórias<br />
profundas dentro dos íntrons.<br />
Todos esses mecanismos afetam<br />
negativamente a expressão do gene.<br />
Estudos mais recentes confirmaram<br />
a utilidade clínica da adição<br />
de sequenciamento de RNA a<br />
testes genômicos para coortes de<br />
indivíduos com doença mendeliana<br />
não diagnosticada, aumentando seu<br />
rendimento diagnóstico em cerca de<br />
18%, pois consegue com precisão<br />
esclarecer a patogenicidade de<br />
inúmeras VUS encontradas através<br />
do sequenciamento do DNA.<br />
Autor:<br />
André Márcio Murad MD, PhD, Pos-Doc<br />
Professor Adjunto Coordenador da Disciplina de Oncologia da Faculdade de Medicina da UFMG e Diretor Clínico da Personal - Oncologia de Precisão e<br />
Personalizada e Diretor Científico do Laboratório Personal de Genética Molecular de Belo Horizonte, MG. Pós-Doutor em Genética pela UFMG e Diretor Científico<br />
do GBOP- Grupo Brasileiro de Oncologia de Precisão. Médico Oncogeneticista da UNIT/CETTRO de Brasília.<br />
20<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Siemens
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
LEISHMANIOSE VISCERAL:<br />
CONHECER PARA PREVENIR<br />
Autores:<br />
Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza,<br />
Luiz Felipe da Rocha Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes,<br />
Daniela Santos Silva.<br />
Colégio Técnico “Antônio Teixeira Fernandes – Colégio Univap<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Resumo<br />
A Leishmaniose visceral é uma doença endêmica que traz graves riscos à saúde<br />
pública. O artigo tem como objetivo conscientizar a população acerca dos riscos da<br />
doença, além de demonstrar o desconhecimento geral da população em relação à<br />
enfermidade. Para escrever o artigo, foi realizado um levantamento bibliográfico<br />
de artigos científicos e plataformas digitais governamentais. Ademais, foi feito<br />
um questionário no “Google forms“ sobre os conhecimentos básicos da doença.<br />
Os resultados do questionário foram comparados com outros artigos e autores.<br />
Os dados obtidos mostram que os indivíduos entrevistados desconhecem as<br />
informações básicas e necessárias sobre a doença. Logo, é preciso que haja o<br />
fortalecimento em educação em saúde da população e de profissionais da área<br />
acerca da doença. Sendo assim, deve-se aumentar a visibilidade da enfermidade<br />
e da semana de combate contra a Leishmaniose visceral, a fim de conscientizar e<br />
acelerar o tratamento e diagnóstico da doença.<br />
Abstract<br />
Visceral leishmaniasis is an endemic disease, being a serious problem for public<br />
health. The article has the objective to inform the population about risks of the<br />
disease, besides this shows that popular lack of knowledge about the illness. To<br />
write the article, a bibliographic survey of scientific articles and governments<br />
digital platforms was done. Moreover, a questionnaire was done on Google forms<br />
about the basic knowledge of the Paraiba Valley people about the illness. The<br />
results of the questionnaire were compared with other articles and authors. The<br />
data collected shows that the respondents don’t know the basic and necessary<br />
knowledge about Visceral leishmaniasis. Therefore, it’s necessary to strengthen<br />
health education for the population and professionals of the area about the<br />
illness. Then, it must increase visibility of disease and the week combat against<br />
the Visceral leishmaniasis, to be aware and accelerate treatment and diagnosis<br />
for the population.<br />
Palavras-chave: Leishmaniose visceral. Doença endêmica. Zoonoses. Vigilância<br />
epidemiológica. Leishmania chagasi<br />
Keywords: Visceral leishmaniasis. Endemic disease. Zoonotic diseases. Epidemic<br />
vigilance. Leishmania chagasi.<br />
22<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />
Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Introdução<br />
A Leishmaniose visceral é uma<br />
zoonose endêmica que está presente<br />
em todo território nacional. No Brasil,<br />
a doença afeta 3.500 pessoas por<br />
ano, sendo 200 cães a cada humano<br />
infectado(BOGIANI e OLIVEIRA, 2020).<br />
Apesar do número de infectados,<br />
mortes e programas de controle, a<br />
doença continua e é pouco conhecida<br />
pela população. A leishmaniose visceral<br />
é uma enfermidade de grande risco<br />
à saúde pública, que causa inúmeras<br />
mortes por ano.<br />
Os resultados obtidos mostram que a<br />
maior parte dos entrevistados ainda<br />
desconhecem assuntos relacionados à<br />
Leishmaniose Visceral. Sendo assim, é<br />
necessário aumentar a visibilidade da<br />
doença, fortalecer e/ou implementar<br />
medidas de educação em saúde, a fim<br />
de amenizar os problemas atuais em<br />
relação à doença (LUZ et al., 2017).<br />
Os métodos utilizados para<br />
desenvolver o artigo foram o<br />
levantamento bibliográfico para<br />
informar e concretizar sobre os<br />
aspectos e informações importantes<br />
sobre a doença. Além disso, foi feito<br />
um formulário no “Google forms”<br />
com 5 perguntas básicas sobre a<br />
Leishmaniose visceral, as quais foram<br />
respondidas pela população. Os<br />
resultados obtidos foram comparados<br />
com os de outros artigos e autores<br />
(RODRIGUES, SOUZA e SUZUKI, 2021).<br />
O artigo tem como principais objetivos<br />
conscientizar, informar e compartilhar<br />
dados e informações com a população<br />
sobre a desconhecida doença e trazer<br />
contribuições à comunidade científica.<br />
A fim de ressaltar a importância de<br />
saber mais sobre a Leishmaniose e<br />
prevenir-se contra a doença.<br />
Materiais e Métodos<br />
Foi realizado um levantamento<br />
bibliográfico em plataformas<br />
científicas como o Google Acadêmico,<br />
sites governamentais como Vigilância<br />
Sanitária para escrever as informações<br />
que constam no artigo, obtenção de<br />
dados através de 5 perguntas feitas<br />
no “Google forms” e comparação dos<br />
dados obtidos com os resultados de<br />
outros autores (BORGES et al., 2008).<br />
Pesquisa realizada de forma aleatória<br />
e voluntária em moradores do Vale do<br />
Paraíba (SP), com participantes não<br />
identificados conforme a Resolução<br />
510/2016 que diz: “pesquisa de<br />
opinião pública com participantes<br />
não identificados não necessitam de<br />
apreciação ética pelo CEP“, no qual<br />
referia-se aos conhecimentos básicos<br />
dos moradores em paralelo com<br />
a Leishmaniose visceral. Os dados<br />
coletados dos entrevistados estão<br />
sendo comparados com os resultados<br />
obtidos de outros artigos ou usando o<br />
material disponível para concretizar<br />
o estudo (RODRIGUES, SOUZA e<br />
SUZUKI, 2021).<br />
Parte Experimental<br />
A pesquisa realizada de forma<br />
aleatória e voluntária em moradores<br />
do Vale do Paraíba (SP), com<br />
participantes não identificados<br />
conforme a Resolução 510/2016<br />
que diz: “pesquisa de opinião<br />
pública com participantes não<br />
identificados não necessitam de<br />
apreciação ética pelo CEP“, no<br />
qual referia-se aos conhecimentos<br />
básicos dos moradores em paralelo<br />
com a Leishmaniose visceral. Os<br />
dados coletados das 5 perguntas<br />
presentes no formulário, estão sendo<br />
comparados com os resultados<br />
obtidos de outros artigos ou<br />
usando o material disponível para<br />
concretizar o estudo.<br />
24<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Produtos para<br />
Coleta de Sangue<br />
você encontra aqui<br />
Maior Eficiência e Segurança<br />
na fase pré-analítica.<br />
O SEU PORTAL DE<br />
COMPRAS DA SAÚDE<br />
bunzlsaude.com.br<br />
Álcool Swab<br />
Utilizado para<br />
antissepsia da pele e<br />
assepsia de pequenos<br />
objetos ou dispositivos<br />
médico-hospitalares.<br />
Curativos<br />
Pós-Punção<br />
Estéreis<br />
Utilizado após punções,<br />
prevenindo infecções<br />
sistêmicas.<br />
Adaptadores<br />
Utilizado como suporte<br />
para encaixe de agulha<br />
múltipla ou scalp para<br />
coleta a vácuo.<br />
Tubos para<br />
Coleta a Vácuo<br />
Utilizado para coleta<br />
de sangue destinado<br />
para análises clínicas.<br />
Garrote com trava<br />
Utilizado para evidenciar a<br />
veia antes da punção.<br />
Scalp para<br />
Coleta a Vácuo<br />
Utilizado para coletas<br />
múltiplas de sangue e<br />
administração de<br />
medicação.<br />
Agulha para<br />
Coleta Múltipla<br />
a Vácuo<br />
Utilizada para coleta de<br />
sangue destinado para<br />
análises clínicas através de<br />
sistema fechado.<br />
/bunzlsaude<br />
portal@bunzlsaude.com.br<br />
blog.bunzlsaude.com.br<br />
bunzlsaude.com.br<br />
Ganhe desconto acessando<br />
nosso Portal de Compras<br />
da Saúde!<br />
UTILIZE O CUPOM<br />
BUNZL2022NL<br />
* Cupom não acumulativo. Válido apenas para<br />
* uma Cupom compra não realizada acumulativo. em nosso Válido Portal apenas de para<br />
uma Compras compra de 15/01 realizada a 28/02/2022. em nosso Portal de<br />
Compras de 15/05 a 30/07/2022.
Conheça o EC 90<br />
Analisador de Eletrólitos<br />
Erba Mannheim na Feira Hospitalar<br />
Venha conferir de perto toda a tecnologia inovadora Erba<br />
já disponível no Brasil. Visite nosso estande D130 e D134<br />
em uma das principais feiras da área hospitalar e saiba<br />
mais sobre nossas soluções para todos os portes de<br />
laboratório.<br />
Um dos nossos destaques é a nova geração de analisador<br />
de eletrólitos da Erba, o EC90. Com Biosensor,<br />
componentes de alta qualidade e rotina diária simplificada,<br />
ele reduz tempo geral e aumenta a produtividade e<br />
precisão de resultados.<br />
Ao medir Na+, K+, Cl- e iCa2+, o analisador de eletrólitos EC<br />
90 leva medições laboratoriais a novos patamares.<br />
Utilizando a inovadora e sólida tecnologia de ponta ISE, o<br />
EC 90 foi projetado para ser fácil de usar, eficiente na<br />
operação e confiável.<br />
Baseado na rotina de trabalho, os cartuchos do EC 90<br />
podem ajustar facilmente o rendimento do equipamento,<br />
com três tamanhos de cartuchos: P, M ou G.<br />
P M G<br />
INOVADOR<br />
• Tecnologia simples de Biosensor<br />
• 35 μL de Volume de Amostra<br />
• Tecnologia sem manutenção<br />
• Consumo baixo de reagente<br />
• Conectividade e dados avançados<br />
• 35 segundos de gestão de tempo de análise<br />
PRECISO<br />
• Sensor de referência integrado<br />
• Calibrações automáticas de 1 e 2 pontos<br />
• Módulo de CQ plenamente funcional<br />
• Precisão intra-ensaio de
POR QUE ESCOLHER A ERBA MANNHEIM?<br />
O EC 90 é fácil de usar e seu software integrado ajuda a<br />
eliminar quaisquer erros cometidos por analisadores de<br />
eletrólitos tradicionais. Também é compacto, tem baixo<br />
consumo de reagentes, é acessível e se adapta a qualquer<br />
laboratório clínico.<br />
E em 2020 recebemos o Prêmio de Design de<br />
Sustentabilidade na Alemanha e na Áustria pelos<br />
cartuchos EC90. Na Erba Mannheim colocamos ênfase nos<br />
produtos em desenvolvimento que são ecológicos e<br />
inovadores, para um futuro melhor e mais sustentável!<br />
XL 640 PLUS<br />
Analisador de química clínica<br />
totalmente automatizado.<br />
ECL 760<br />
Analisador totalmente<br />
automatizado de alta<br />
performance para testes de<br />
Coagulação.<br />
ELITE 580<br />
Soluções automatizadas de<br />
hematologia que melhoram o<br />
fluxo de trabalho permitindo<br />
aos usuários o foco em<br />
aspectos clínicos relevantes<br />
das análises.<br />
SOLUÇÕES ERBA PARA OTIMIZAM CUSTOS DE<br />
LABORATÓRIOS DE TODOS OS PORTES<br />
Com a tecnologia Erba Mannheim, fica mais fácil atingir a<br />
evolução laboratorial que o mercado demanda.<br />
Na Feira Hospitalar você também vai conhecer outros<br />
equipamentos e soluções Erba!<br />
LAURA XL<br />
Analisador automático de<br />
urina e sedimento urinário<br />
usando microscopia<br />
automática.<br />
A:<br />
TELEFONE/WHATSAPP<br />
0800 878 2391<br />
EMAIL<br />
atendimento@erbamannheim.com<br />
HORÁRIO DE ATENDIMENTO<br />
Segunda à sexta-feira das 08:00 às 18:00h (horário de Brasília)<br />
Sábado de 08:00 às 13:00h (horário de Brasília) – apenas por<br />
telefone para atendimento a chamados de Suporte Técnico e<br />
Assessoria Científica.
Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />
Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Vetor de transporte<br />
O principal vetor de transporte da<br />
doméstico, pois apresentam relações de<br />
proximidade com os seres humanos e<br />
eutanásia de cães contaminados,<br />
controle de cães errantes, vacinação<br />
Leishmaniose visceral no Brasil é o<br />
sua alta carga parasitária cutânea quando<br />
dos animais domésticos e tratamento<br />
Lutzomyia longipalpis, popularmente<br />
sintintomático. Fazendo com que sejam<br />
contra a carga parasitária.<br />
conhecido como mosquito-palha<br />
fundamentais para a disseminação<br />
ou birigui, na qual as fêmeas são<br />
da doença, dessa forma ameaçando a<br />
<strong>Ed</strong>ucação da população e dos<br />
responsáveis por transmitir o<br />
saúde pública nas áreas endêmicas. Os<br />
profissionais de saúde<br />
protozoário através da picada por<br />
cães contaminados pela doença podem<br />
<strong>Ed</strong>ucação em saúde é uma das<br />
busca de sangue em cães e pessoas. Os<br />
ou não sentir sintomas, entretanto<br />
principais formas de se combater a<br />
flebotomíneos vivem em sua maioria<br />
em ambos os casos continuam sendo<br />
propagação da Leishmaniose visceral,<br />
nas matas, contudo o desmatamento<br />
reservatórios do parasita.<br />
já que através dela que se facilita o<br />
e urbanização constante contribuíram<br />
acesso de informações da população<br />
para disseminação do mosquito para<br />
De acordo com Silva (2007), a<br />
em relação a doença, sendo assim<br />
as zonas urbanas.<br />
Leishmaniose visceral canina pode<br />
é possível realizar o tratamento<br />
causar alterações neurológicas como:<br />
e diagnóstico precoce, evitar a<br />
O flebotomíneo é atraído por matéria<br />
letargia, convulsões, mioclonias,<br />
propagação dos flebotomíneos<br />
orgânica em decomposição como:<br />
nistagmo, tremores, paralisia de<br />
por meio do manejo ambiental e<br />
fezes, folhas, frutas, e entulho.<br />
mandíbula, ptose labial, andar em<br />
resguardar os animais domésticos.<br />
Dessa forma, é necessário o manejo<br />
círculos, tetraparesia, rigidez raquial<br />
ambiental e limpeza urbana para<br />
e cervical. Além disso, o animal pode<br />
Atualmente, o Governo Federal não<br />
controlar a disseminação do inseto<br />
desenvolver: inflamação miningial<br />
incentiva nenhum programa de<br />
nas áreas urbanizadas.<br />
crônica, atrofia muscular, lesões<br />
educação em saúde de Leishmaniose<br />
osteolíticas e osteoproliferativas,<br />
visceral, todavia o Ministério da Saúde<br />
Reservatório canino<br />
pneumonia intersticial crônica e difusa.<br />
(2006) e Marcino et al. (2018) da<br />
A Leishmaniose visceral é uma<br />
Universidade Federal do Mato Grosso<br />
zoonose, na qual afeta humanos,<br />
Para evitar que o parasitária dissemine,<br />
do Sul realizam ou recomendam<br />
canídeos e marsupiais. Nas zonas<br />
é necessário tomar algumas medidas<br />
projetos que eduquem profissionais e<br />
urbanas, o principal reservatório é o cão<br />
em relação aos cães, tais como: a<br />
o resto da população.<br />
28<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />
Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Marcino et al. (2018) da Universidade<br />
Federal do Mato Grosso do Sul<br />
Já o Ministério da Saúde (2006)<br />
recomenda a educação em saúde<br />
Sintomas<br />
De acordo com o Ministério da Saúde<br />
realizam o projeto “LeishNão” que<br />
da população em conjunto com os<br />
(2021), os seguintes sintomas da<br />
visa educar a população do estado do<br />
profissionais da área da saúde através de:<br />
Leishmaniose visceral são: febre<br />
Mato Grosso do Sul. Alunos graduados<br />
divulgação à população sobre a ocorrência<br />
de longa duração, esplenomegalia,<br />
e pós-graduados dos diversos cursos<br />
da Leishmaniose visceral na região,<br />
hepatomegalia, anorexia, palidez,<br />
da área da saúde tem como objetivo<br />
alertando sobre os riscos e os serviços para<br />
anemia, astenia, fraqueza,<br />
realizar ações de educação em saúde,<br />
diagnóstico e tratamento; capacitação<br />
hemorragia, aumento do volume<br />
orientando a comunidade sobre a<br />
das equipes, englobando conhecimento<br />
abdominal e emagrecimento.<br />
prevenção da Leishmaniose visceral<br />
técnicos, os aspectos psicológicos e<br />
humana e canina. O projeto realiza<br />
a prática profissional em relação à<br />
Ao sentir qualquer um desses<br />
atividades educativas em saúde sobre<br />
doença e aos enfermos; utilização de<br />
sintomas, é fundamental que o<br />
as medidas profiláticas em escolas<br />
medidas profiláticas considerando o<br />
indivíduo procure por uma UBS para<br />
municipais e estaduais, em hospitais,<br />
conhecimento da enfermidade, atitudes<br />
realizar o diagnóstico e tratamento<br />
no Centro de Controle de Zoonoses<br />
e práticas da população, relacionando às<br />
da doença, o SUS oferece esses<br />
(CCZ), entre outros.<br />
condições de vida e trabalho das pessoas;<br />
serviços de forma gratuita e com<br />
estabelecimento de relação dinâmica<br />
qualidade. Além disso, é necessário<br />
Os alunos da universidade realizam<br />
entre o conhecimento do profissional e o<br />
alertar a ANVISA sobre a presença<br />
várias atividades lúdicas, como<br />
cotidiano das diferentes camadas sociais<br />
da doença na região, já que por ser<br />
teatro e jogos, feira de ciências,<br />
por meio da compreensão global do<br />
uma doença pertinente, significa<br />
palestras, entrega de cartilhas e<br />
processo saúde/doença, no qual intervêm<br />
que é uma enfermidade de grave<br />
folders informativos com a função<br />
fatores sociais, ambientais, econômicos,<br />
risco à saúde pública.<br />
de orientar sobre a prevenção e o<br />
políticos e culturais; realização das<br />
controle da Leishmaniose visceral.<br />
atividades de educação em saúde<br />
Diagnóstico sorológico<br />
Consequentemente, atinge pessoas de<br />
voltadas à Leishmaniose visceral dentro<br />
O diagnóstico sorológico é realizado<br />
todas as faixas etárias, de forma simples<br />
de um processo de educação continuada;<br />
através da presença dos anticorpos<br />
e informativa, fazendo com que a<br />
desenvolvimento de ações de educação<br />
anti Leishmania. Os anticorpos são<br />
população se interesse em aprender<br />
em saúde em conjunto com a população;<br />
a resposta imunológica contra<br />
sobre a importância da prevenção da<br />
realização de parcerias buscando a<br />
a doença, todavia se fazem<br />
doença (MARCINO et al. 2018).<br />
integração interinstitucional.<br />
ausentes ou quase em infecções<br />
30<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
assintomáticas. Além disso, é um<br />
método menos invasivo, apesar<br />
a técnica mais utilizada. É um teste<br />
rápido, fácil de execução e leitura,<br />
do fígado, baço, medula óssea<br />
(procedimento mais seguro) ou<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
da especificidade e sensibilidade<br />
sendo um pouco mais sensível e<br />
linfonodos (quando assintomático<br />
serem mais variáveis. Atualmente,<br />
um pouco menos específico que<br />
o número de linfonodos é muito<br />
as técnicas mais comuns são a<br />
a RIFI. Por ser um teste sensível,<br />
baixo). Através do material obtido<br />
RIFI, ELISA, DAT e FAST. (DE SOUZA<br />
acaba resultando na detecção de<br />
deve-se realizar um esfregaço,<br />
SILVA e WINCK, 2018; GONTIJO<br />
baixos de anticorpos, contudo é<br />
histologia, meios de cultura ou<br />
e MELO, 2004; MINISTÉRIO DA<br />
menos preciso na detecção de casos<br />
inoculação de animais de laboratório.<br />
SAÚDE, 2021).<br />
subclínicos ou assintomáticos.<br />
A microscópica é o teste “padrão ouro”<br />
para diagnosticar a Leishmaniose,<br />
RIFI:<br />
DAT:<br />
já que a especificidade é de 100%<br />
A reação imunológica indireta (RIFI)<br />
O Direct Aggglutination Test (DAT) é<br />
e a sensibilidade é de 80%, o que<br />
expressa o número de anticorpos<br />
uma técnica facilmente executável<br />
evita falsos negativos ou positivos.<br />
circulantes no organismo. Uma<br />
e de baixo custo, que consiste no<br />
Entretanto, a metodologia é invasiva,<br />
técnica de baixa especificidade e<br />
uso de promastigotas íntegras,<br />
podendo machucar ou arriscar a<br />
exige profissionais treinados para<br />
entretanto o controle de qualidade do<br />
vida do animal. (DE SOUZA SILVA e<br />
realizá-la, é uma reação dispendiosa<br />
antígeno e padronização do exame<br />
WINCK, 2018; GONTIJO e MELO, 2004;<br />
e não adaptada para estudos<br />
são complexas. O diagnóstico leva 18<br />
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).<br />
epidemiológicos em larga escala.<br />
horas para ficar pronto.<br />
Contudo, há limitações durante<br />
Os métodos moleculares também<br />
seu uso, já que é possível haver a<br />
FAST:<br />
podem ser utilizados para detectar<br />
ocorrência de reações cruzadas com<br />
O Fast Agglutination Screening Test<br />
os parasitos e monitorar o processo<br />
Leishmaniose tegumentar, doença de<br />
(FAST) é similar ao DAT, entretanto<br />
de cura pós tratamento. A técnica<br />
chagas, malária, esquistossomose e<br />
o tempo para ser finalizado é de<br />
molecular mais utilizada é a<br />
tuberculose pulmonar.<br />
3 horas, enquanto o DAT leva em<br />
Polymerase Chain Reaction (PCR).<br />
torno de 18 horas.<br />
Através dela é possível detectar o DNA<br />
ELISA:<br />
do parasita, a partir do sangue total,<br />
O teste rápido imunocromatográfico<br />
Diagnóstico parasitológico<br />
medula óssea, linfonodos, pele e<br />
expressa o número de anticorpos<br />
O diagnóstico parasitológico consiste<br />
raspado conjuntival (DE SOUZA SILVA<br />
presentes no soro e atualmente é<br />
na biópsia ou punção aspirativa<br />
e WINCK, 2018).<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
31
Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />
Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Diagnóstico molecular<br />
O diagnóstico molecular é uma<br />
O método de PCR em tempo real,<br />
técnica desenvolvida por Christian A.<br />
remédio é capaz de provocar regressão<br />
rápida das manifestações clínicas<br />
técnica de biologia molecular para<br />
detectar e identificar parasitos do<br />
gênero Leishmania, sem precisar<br />
isolar o parasita em uma cultura. O<br />
teste molecular ocorre através da<br />
reação em cadeia da polimerase<br />
(PCR), tem como base a amplificação<br />
de oligonucleotídeos que formam<br />
uma sequência conhecida do parasito.<br />
O diagnóstico pode ser realizado em<br />
diferentes amostras, tais como medula<br />
óssea, linfonodos, sangue, urina e<br />
pele. Sendo uma grande vantagem,<br />
já que torna o exame menos invasivo.<br />
Heid em 1996, pode ser usado para o<br />
diagnóstico da Leishmaniose visceral.<br />
O método consiste no monitoramento<br />
contínuo da amplificação do DNA do<br />
parasito, permitindo a quantificação<br />
dos parasitos por diferentes amostras.<br />
O PCR convencional apenas fornece<br />
resultados qualitativos, enquanto PCR<br />
em tempo real é capaz de fornecer<br />
uma gama de resultados refletindo a<br />
carga parasitária do animal (FARIA e<br />
ANDRADE, 2012).<br />
Tratamento<br />
e hematológicas da enfermidade,<br />
além de causar a esterilização da<br />
Leishmania. Contudo, devido às<br />
baixas dosagens e tratamentos<br />
descontínuos, o parasita tem<br />
tornado-se cada vez mais resistentes<br />
em relação às drogas. Ademais, são<br />
utilizados baixas dosagens devido à<br />
alta toxicidade do fármaco, durante<br />
28 dias, os dosamentos diários não<br />
devem passar de 20 mg.<br />
A anfotericina B é usada em<br />
tratamentos alternativos, no qual é<br />
A sensibilidade da PCR varia de<br />
acordo com a amostra utilizada<br />
na reação, bem como o iniciador<br />
usado. Em amostras de sangue total,<br />
apesar de ser uma das coletas menos<br />
invasivas, a sensibilidade mostra-se<br />
pior em relação aos outros tecidos.<br />
Os resultados falhos acontecem<br />
devido ao baixo número de parasitos<br />
O tratamento da Leishmaniose visceral<br />
pode ser realizado de forma gratuita<br />
no Sistema Único de Saúde (SUS).<br />
Os medicamentos não eliminam<br />
totalmente o protozoário do organismo,<br />
entretanto o ser humano não tem a<br />
mesma importância como reservatório,<br />
ao contrário do cão que se recomenda<br />
eutanásia nessas ocasiões (MINISTÉRIO<br />
possível retardar as manifestações<br />
clínicas e dar solução oportuna<br />
às infecções secundárias. Seu uso<br />
ocorre entre 30 a 40 dias, aplicando<br />
doses intravenosas de 15 a 20 mg<br />
de peso corporal. Contudo, é de<br />
alto custo e pode requerer semanas<br />
de hospitalização, exigindo uma<br />
rotina de acompanhamento clínico<br />
presentes no sangue. Outrossim, a<br />
DA SAÚDE, 2021).<br />
e laboratorial. Outrossim, é o<br />
PCR mostra-se mais eficaz no início<br />
tratamento mais utilizado na Índia,<br />
da infecção, posteriormente declina-<br />
O principal medicamento usado<br />
devido a resistência da população ao<br />
se pela metade.<br />
atualmente é o antimoniato, o<br />
antimoniato (DE SOUZA et al., 2012).<br />
32<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />
Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Medidas profiláticas<br />
As medidas profiláticas, são ações que<br />
Figura 1 - Gráfico de conhecimento sobre a existência da<br />
Leishmaniose visceral.<br />
Figura 2 – Gráfico de conhecimento sobre a eutanásia<br />
podem ser tomadas a fim de evitar e<br />
precaver que a doença se dissemine.<br />
As principais profilaxias contra a<br />
Leishmaniose visceral é o manejo<br />
ambiental, o qual é realizado através<br />
Fonte: Os autores, 2021.<br />
Fonte: Os autores, 2021.<br />
de algumas ações como: limpeza e<br />
Figura 3 - Gráfico de conhecimento das medidas profiláticas<br />
Figura 4 – Gráfico da presença de cães em residências<br />
manuetenção períodica dos quintais,<br />
retirada de matéria orgânica em<br />
decomposição; descartar o lixo<br />
orgânico adequadamente; limpeza<br />
do local de habitação do animal<br />
doméstico; uso de inseticidas; uso<br />
Fonte: Os autores, 2021.<br />
Fonte: Os autores, 2021.<br />
Figura 5 – Gráfico de cães vacinados<br />
de coleiras antiparasitárias; cultivo<br />
de cintronela ou neem, e por fim<br />
a vacinação do animal doméstico<br />
contra a doença (MINISTÉRIO DA<br />
SAÚDE, 2021; CALVA e CORREA,<br />
2020). Além disso, de acordo com<br />
RODRIGUES, SOUZA e SUZUKI (2021)<br />
a educação da população, controle<br />
químico do vetor e limpeza urbana,<br />
podem ser considerados como<br />
medidas profiláticas importantes.<br />
Resultado e Discussão<br />
Os resultados foram obtidos através<br />
de uma pesquisa realizada no<br />
“Google forms”, as respostas e dados<br />
adquiridos refletem o conhecimento<br />
básico populacional em paralelo à<br />
Leishmaniose visceral. (RODRIGUES,<br />
SOUZA e SUZUKI, 2021).<br />
Dos 100 respondentes do Vale<br />
do Paraíba, 41% conhecem a<br />
Leishmaniose visceral e 59% não<br />
conhecem. De acordo com Luz et<br />
Fonte: Os autores, 2021.<br />
at. (2008); 95,6% dos entrevistados<br />
de Rondonópolis sabiam da<br />
existência da doença, apesar de não<br />
apresentarem suas características de<br />
forma correta(Figura 1).<br />
38<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Dos 100 respondentes do Vale do<br />
Paraíba, 22% têm conhecimento<br />
são ausentes de cães. De acordo<br />
com o Ministério da Saúde (2021),<br />
De acordo com RODRIGUES, SOUZA<br />
e SUZUKI (2021) a figura 1, a maioria<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
que a eutanásia é realizada em cães<br />
no ambiente urbano, os cães são<br />
dos respondentes do Vale do Paraíba<br />
e gatos infectados, e 78% não<br />
os principais reservatórios da<br />
responderam que desconhecem<br />
tinham conhecimento sobre<br />
Leishmania chagasi, o protozoário<br />
a doença, enquanto na pesquisa<br />
o procedimento. De acordo com<br />
causador da Leishmaniose visceral<br />
feita por Luz et al. (2017) 95,6%<br />
Luz et al. (2017), no município de<br />
(Figura 4).<br />
dos entrevistados rondonopolitanos<br />
Rondonópolis - MS, cerca de 65,2%<br />
conhecem a Leishmaniose visceral e<br />
dos entrevistados conheciam a<br />
Dos 100 respondentes do Vale do<br />
Borges et al. (2008), afirma que os<br />
importância da eutanásia para o<br />
Paraíba, 36% dos entrevistados<br />
entrevistados belo-horizontinas têm<br />
controle das doenças (Figura 2).<br />
não têm cães, 37% dizem ter<br />
conhecimentos superficiais em relação<br />
seus cães vacinados contra a<br />
a enfermidade. Na figura 2,78% dos<br />
Dos 100 respondentes do Vale<br />
Leishmaniose visceral e 27%<br />
100 respondentes não conheciam a<br />
do Paraíba, 19% conhecem as<br />
não têm seus cães vacinados.<br />
importância da eutanásia como forma<br />
medidas profiláticas e 81%<br />
De acordo com o Ministério da<br />
de controle da doença, entretanto<br />
as desconhecem. De acordo<br />
Saúde (2021), a vacina é o método<br />
de acordo com Luz (2017), 65,2%<br />
com Borges et al. (2008), 77,8%<br />
mais eficaz para evitar a infecção por<br />
dos entrevistados rondonopolitanos<br />
dos entrevistados do estado do<br />
Leishmaniose visceral (Figura 5).<br />
conhecem a importância da eutanásia<br />
Maranhão, não sabiam como prevenir<br />
em cães infectados. Figura 3,81% dos<br />
a Leishmaniose visceral (Figura 3).<br />
Com base na leitura dos gráficos<br />
100 respondentes vale paraibanos<br />
sobre a Leishmaniose visceral,<br />
dizem desconhecer as medidas<br />
Dos 100 respondentes do Vale do<br />
é possível apontar algumas<br />
profiláticas contra a Leishmaniose<br />
Paraíba, 41% dos entrevistados<br />
questões para análises e discussões<br />
visceral, enquanto Borges et al. (2008),<br />
dizem ter 1 cão, 9% dizem ter<br />
mais elaboradas a respeito do<br />
afirma que 77,8% dos entrevistados<br />
2 cães, 3% afirmam ter 3 cães<br />
conhecimento populacional em<br />
maranhenses não sabem quais são as<br />
ou mais e 47% das residências<br />
relação à doença.<br />
medidas de prevenção contra a doença.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
39
Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />
Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
A partir da comparação feita com<br />
outros autores, é possível perceber<br />
que os resultados são semelhantes.<br />
Sugerindo que os resultados são<br />
um panorama nacional, os quais<br />
mostram que há prevalência<br />
no desconhecimento e falta de<br />
informações acerca da doença.<br />
Nesse sentido, o fato de a população<br />
ser leiga em relação ao assunto deve<br />
ser averiguado em todo o território<br />
nacional, já que a Leishmaniose<br />
visceral é endêmica na maioria das<br />
regiões brasileiras.<br />
Conclusão<br />
O trabalho desenvolvido centrouse<br />
nos conhecimentos básicos da<br />
população vale paraibana sobre<br />
a Leishmaniose visceral obtidos<br />
através de um questionário no<br />
“Google forms” e comparando<br />
seus resultados com os de outros<br />
artigos, além do levantamento<br />
bibliográfico para conscientizar e<br />
informar o leitor.<br />
A discussão introduzida no artigo<br />
aponta que grande parte da<br />
população desconhece a doença,<br />
suas medidas profiláticas e seus<br />
riscos. Sendo assim, é necessário<br />
que medidas governamentais<br />
sejam tomadas, para que a<br />
leishmaniose visceral tenha mais<br />
visibilidade e destaque, já que<br />
se trata de uma doença de grave<br />
risco à saúde pública. (RODRIGUES,<br />
SOUZA e SUZUKI, 2021).<br />
Agradecimento<br />
O desenvolvimento deste artigo<br />
contou com o suporte da instituição<br />
de ensino, da orientadora Daniela<br />
Santos e do coorientador Marco<br />
Aurélio Novaes, os quais foram<br />
importantes para realizar a escrita<br />
deste artigo científico. Essas<br />
pessoas ajudaram e orientaram<br />
durante momentos de dúvidas e<br />
impasses, dessa forma é possível<br />
dizer que também fazem parte<br />
deste grande projeto.<br />
Referência<br />
AGUIAR, Paulo Fernando; RODRIGUES, Raíssa Katherine. Leishmaniose<br />
visceral no Brasil: artigo de revisão. Unimontes Científica, v. 19, n. 1, p.<br />
191-204, 2017. Disponível em: http://ruc.unimontes.br/index.php/<br />
unicientifica/article/view/526. Acesso em: 16 set. 2021.<br />
BOGIANI, P; OLIVEIRA, R. Boletim epidemiológico da leishmaniose<br />
visceral no estado do Mato Grosso do Sul. Secretária de Estado<br />
de Saúde, 2020. Disponível em: https://www.vs.saude.ms.gov.<br />
br/wp-content/uploads/2020/08/Boletim-Epidemiológico-<br />
Leishmaniose-SE-32.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.<br />
BORGES, B. K. A. et al. Avaliação do nível de conhecimento e<br />
de atitudes preventivas da população sobre a Leishmaniose<br />
visceral em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cadernos<br />
de Saúde Pública, v. 24, p. 777-784, 2008. Disponível em:<br />
https://www.scielo.br/j/csp/a/7fhr4tjBNNT8qR4xgnnPsgS/<br />
abstract/?lang=pt. Acesso em: 17 ago. 2021.<br />
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.<br />
Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e<br />
controle da leishmaniose visceral / Ministério da Saúde, Secretaria de<br />
Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. –<br />
Brasília: <strong>Ed</strong>itora do Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: https://<br />
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_<br />
leishmaniose_visceral.pdf. Acesso em: 17 set. 2021.<br />
CALVA, Catherine; CORREA, Tiago Gallina. LEISHMANIOSE VISCERAL:<br />
O USO DE COLEIRAS ANTIPARASITÁRIAS COMO MEDIDA PROFILÁTICA<br />
EM UMA REGIÃO DE TRANSMISSÃO. Anais do Salão Internacional de<br />
Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 12, n. 2, 2020. Disponível em: https://<br />
ei.unipampa.edu.br/uploads/evt/arq_trabalhos/21527/etp1_<br />
resumo_expandido_21527.pdf Acesso em: 20 set. 2021.<br />
DE SOUZA, Marcos Antônio et al. Leishmaniose visceral humana: do<br />
diagnóstico ao tratamento. <strong>Revista</strong> de Ciências da Saúde Nova Esperança,<br />
v. 10, n. 2, p. 62-70, 2012. Disponível em: http://revistanovaesperanca.<br />
com.br/index.php/revistane/article/view/410. Acesso em: 17 set. 2021.<br />
FARIA, Angélica Rosa; DE ANDRADE, Hélida Monteiro. Diagnóstico<br />
da Leishmaniose Visceral Canina: grandes avanços tecnológicos e<br />
baixa aplicação prática. <strong>Revista</strong> Pan-Amazônica de Saúde, v. 3, n.<br />
2, p. 11-11, 2012. Disponível em: http://revista.iec.gov.br/submit/<br />
index.php/rpas/article/view/901. Acesso em: 22 set. 2021.<br />
GONTIJO, Célia Maria Ferreira; MELO, Maria Norma. Leishmaniose<br />
visceral no Brasil: quadro atual, desafios e perspectivas. <strong>Revista</strong><br />
Brasileira de Epidemiologia, v. 7, n. 3, p. 338-349, 2004. Disponível<br />
em: https://www.scielo.br/j/rbepid/a/R8mCHPzNCQw6n4npxBRxCtt/<br />
abstract/?stop=next&lang=pt&format=html. Acesso em: 22 set. 2021.<br />
DE SOUSA SILVA, Cláudia Marina Hachmann; WINCK, Cesar<br />
Augustus. Leishmaniose visceral canina: revisão de literatura.<br />
<strong>Revista</strong> da Universidade Vale do Rio Verde, v. 16, n. 1,<br />
2018. Disponível: http://periodicos.unincor.br/index.php/<br />
revistaunincor/article/view/3383. Acesso em: 22 set. 2021.<br />
LUZ, J. G. G. et al. Percepções e conhecimentos populacionais sobre<br />
a Leishmaniose visceral em um município endêmico brasileiro. In:<br />
UFMT, IX Mostra da Pós-Graduação. 2017. Disponível em:https://<br />
eventosacademicos.ufmt.br/index.php/mostradaposgraduacao/<br />
ixmostra/paper/view/5131. Acesso em: 17 ago. 2021.<br />
M.S. - MINISTÉRIO DA SAÚDE. Leishmaniose visceral. Governo Federal,<br />
2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/<br />
saude-de-a-a-z/l/leishmaniose-visceral. Acesso em: 17 ago. 2021.<br />
ROGRIGUES, Diego Lourenço et al. Leishmaniose visceral, uma doença<br />
endêmica. Conhecer para prevenir. INIC JR. 2021. Acesso em: 30 set. 2021.<br />
SILVA, Francinaldo S. Patologia e patogênese da leishmaniose visceral<br />
canina. Rev Trop Cienc Agr Biol, v. 1, n. 1, p. 20-31, 2007. Disponível<br />
em:https://www.researchgate.net/profile/FrancinaldoSilva/<br />
publication/220000420_Patologia_e_patogenese_da_<br />
leishmaniose_visceral_canina/links/54610d070cf2c1a63bff7bdb/<br />
Patologia-e-patogenese-da-leishmaniose-visceral-canina.pdf.<br />
Acesso em: 21 set. 2021.<br />
40<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Kits RealStar® Malaria PCR Kit 1.0 e<br />
RealStar® Malaria Screen & Type PCR Kit 1.0<br />
Temos o prazer de compartilhar um estudo publicado no “Pan American Journal of Public Health”<br />
cujo tema é “Testes moleculares ultra-sensíveis para detecção de Plasmodium: aplicabilidade em<br />
programas de controle e eliminação e laboratórios de referência”, que foi desenvolvido utilizando os<br />
kits RealStar® Malaria PCR Kit 1.0 e RealStar® Malaria Screen & Type PCR Kit 1.0, ambos<br />
desenvolvidos pela altona Diagnostics.<br />
Kits RealStar®<br />
Malaria PCR Kit 1.0<br />
RealStar® Malaria<br />
Screen & Type PCR Kit 1.0<br />
Esse estudo foi realizado em 2019 e 2020, pela pesquisadora Dr. Silvia Maria<br />
Fatima Di Santi, junto com sua equipe de pesquisadores do Instituto de<br />
Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e<br />
seu objetivo é avaliar ferramentas de biologia molecular para detectar<br />
parasitemia de baixo nível e as cinco espécies de Plasmodium que infectam<br />
humanos, para utilização em programas de controle e eliminação e em<br />
laboratórios de referência.<br />
Acesse o link pelo QRcode<br />
e conheça o estudo:<br />
Para mais informações sobre os nossos produtos e para o portfólio completo,<br />
entre no nosso site www.altona-diagnostics.com, nos envie uma mensagem pelo e-mail vendas.brasil@altona-diagnostics.com e<br />
acesse a nossa página no Linkedin: altona Diagnostics Brasil<br />
www.altona-diagnostics.com
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
RELAÇÃO DA VITAMINA D<br />
COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: REVISÃO DA LITERATURA<br />
RELATIONSHIP BETWEEN VITAMIN D AND SYSTEMIC LUPUS ERYTHEMATOSUS: LITERATURE REVIEW<br />
Autores:<br />
Karoline de Oliveira1, Allyne Cristina Grando1<br />
1 - Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas, RS, Brasil<br />
* Imagem ilustrativa * image: Freepik.com<br />
Resumo<br />
Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica,<br />
autoimune, caracterizada pela produção de autoanticorpos, que causam lesões<br />
em diversos órgãos e tecidos. A deficiência da vitamina D também é apontada<br />
como um dos fatores desencadeadores para o LES, visto que a literatura sugere<br />
que a vitamina D e seus análogos não só previnam o desenvolvimento de<br />
doenças autoimunes, como também podem ser utilizados no tratamento<br />
da doença. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura sobre a relação da<br />
vitamina D com o LES. Métodos: Foi realizada uma revisão da literatura<br />
através das plataformas SciELO, NCBI, PubMed, BVS, LILACS, nos idiomas<br />
português e inglês de 2009 a 2019. Resultados: Foi selecionado três<br />
estudos que comprovam as evidências sobre os benefícios da suplementação<br />
com a vitamina D. Conclusões: Apesar de haverem evidências científicas que<br />
mostram a associação da vitamina D com o LES, ainda é necessário que hajam<br />
mais estudos que comprovem esse fato.<br />
Palavras-Chave: doenças autoimunes, vitamina D, lúpus eritematoso<br />
sistêmico, tratamento e diagnóstico.<br />
Abstract<br />
Introduction: Systemic Lupus Eytematosus (SLE) is a chronic,<br />
autoimmune disease characterized by the production of autoantibodies,<br />
which cause damage to various organs and tissues. Vitamin D deficiency<br />
is also identified as one of the triggering factors for SLE, as the<br />
literature suggests that vitamin D and its analogues not only prevent<br />
the development of autoimmune diseases, but can also be used in the<br />
treatment of the disease. Objective: To carry out a literature review on<br />
the relationship of vitamin D with SLE. Methods: A literature review<br />
was performed using the SciELO, NCBI, PubMed, BVS, LILACS platforms,<br />
in Portuguese and English from 2009 to 2019. Results: Three studies<br />
were selected that prove the evidence on the benefits of supplementation<br />
with vitamin D. Conclusions: Although there is scientific evidence<br />
showing the association of vitamin D with SLE, there is still a need for<br />
more studies to prove this fact.<br />
Keywords: autoimmune diseases, vitamin D, systemic lupus erythematosus,<br />
treatment and diagnosis.<br />
42<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Introdução<br />
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é<br />
uma doença considerada autoimune,<br />
que causa inflamação em diferentes<br />
órgãos e apresenta anticorpos reativos<br />
a antígenos nucleares, citoplasmáticos<br />
e de membrana celular (1) . Embora<br />
a etiologia do LES ainda não esteja<br />
totalmente esclarecida, é sabido que<br />
a sua patogênese está associada<br />
tanto com predisposições genéticas<br />
quanto com influências ambientais,<br />
resultando em um desequilíbrio<br />
no sistema imunológico, levando<br />
à produção de autoanticorpos e<br />
(2)<br />
formação de imunocomplexos .<br />
Esses imunocomplexos depositamse<br />
em diversos tecidos do organismo,<br />
sendo responsáveis pela ativação de<br />
células do microambiente tecidual<br />
e células do sistema imune, que<br />
consequentemente, em cascata, liberam<br />
inúmeros mediadores inflamatórios,<br />
contribuindo para exacerbação da<br />
resposta inflamatória (3) .<br />
O LES apresenta-se como uma<br />
das doenças reumatológicas<br />
autoimunes mais frequentes na<br />
população (4) . A incidência mundial<br />
estimada é de aproximadamente<br />
22 casos novos para cada 100.000<br />
habitantes ao ano (5) . Embora possa<br />
ocorrer em qualquer faixa etária,<br />
a maior frequência é dada em<br />
indivíduos entre os 15 e 40 anos<br />
de idade (6) . Essa enfermidade é<br />
três vezes mais frequente em afroamericanos<br />
do que em brancos e<br />
dez vezes mais em mulheres (7) .<br />
Os critérios de classificação do LES<br />
são essenciais para a identificação<br />
de grupos relativamente<br />
homogêneos de pacientes para<br />
inclusão em pesquisas e ensaios<br />
(8)<br />
. Os critérios de classificação do<br />
American College of Rheumatology<br />
(ACR) proposto em 1982 e<br />
revisados em 1997, têm sido<br />
usados universalmente. Desde<br />
então, a compreensão da doença<br />
avançou (9) . Manifestações cutâneas<br />
específicas adicionais foram<br />
descritas, alguns sintomas clínicos<br />
foram melhor compreendidos e os<br />
testes imunológicos, como níveis<br />
diminuídos dos componentes<br />
do complemento sérico C3 e C4<br />
ou teste para anticorpos anti-β<br />
2 -glicoproteína I, entraram<br />
na prática clínica de rotina.<br />
Uma melhor compreensão<br />
acerca do envolvimento de<br />
sistemas de órgãos, bem como<br />
anormalidades mucocutâneas,<br />
levou a questionamentos sobre<br />
se alguns dos critérios contados<br />
independentemente eram de<br />
fato manifestações do mesmo<br />
fenômeno (10) .<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
43
Autoras: Karoline de Oliveira1, Allyne Cristina Grando1<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
A aplicação dos critérios de<br />
classificação de LES existentes têm<br />
melhor desempenho em pacientes<br />
com doença, de longa data do<br />
que nos casos de LES de início<br />
recente, e há um reconhecimento<br />
e demanda crescentes de que os<br />
indivíduos com LES inicial devem<br />
ser incluídos em estudos e ensaios<br />
clínicos (11) . Por tanto os critérios<br />
de classificação para o LES, com o<br />
apoio conjunto da Liga Europeia<br />
contra o Reumatismo (EULAR) e do<br />
American College of Rheumatology<br />
(ACR), foram revisados em 2019,<br />
para definir o diagnóstico e criou-se<br />
os vinte e três critérios, candidatos<br />
resultantes e organizados em 7<br />
domínios clínicos e 3 imunológicos,<br />
com agrupamento hierárquico,<br />
conforme descrito na Tabela 1 (12) .<br />
os específicos englobam o fator<br />
antinuclear fluorescente (FAN), a prova<br />
da célula Lúpus Eritematoso (LE) e os<br />
autoanticorpos específicos (destacandose:<br />
anti DNA, anti-Sm, antiRNP, anui- o,<br />
anti-La, anti-Histonas, anti-P, anticorpos<br />
anti-membrana e anti-fosfolípides) (15) .<br />
Comparado a outros testes<br />
imunológicos, o surgimento do FAN,<br />
um teste mais sensível e específico,<br />
tomou lugar da pesquisa de células<br />
LE, anteriormente utilizada como<br />
critério de diagnóstico em ampla<br />
escala<br />
(16)<br />
. Diante de diagnósticos<br />
muito prováveis, os autoanticorpos<br />
específicos requisitados inicialmente<br />
contribuem para avaliação<br />
da probabilidade de lesão de<br />
determinados órgãos. Estes podem<br />
ser solicitados também após o exame<br />
de FAN, o qual sugere a tipagem de<br />
antígenos acometidos, direcionando<br />
melhor a pesquisa laboratorial (17) .<br />
Diante de desfechos de casos de<br />
diagnósticos muito prováveis de<br />
LES, os autoanticorpos específicos<br />
Tabela 1: Definições dos Critérios de Classificação do Lúpus Eritematoso Sistêmico (2019).<br />
O dignóstico do Lúpus é realizado por<br />
meio de vários exames, porém deve-se<br />
levar em conta a história do indivíduo,<br />
além da associação necessária dos<br />
resultados de tetes laboratoriais<br />
(13)<br />
.<br />
Dentre esses testes inespecíficos,<br />
pode-se citar o hemograma, valor<br />
de hemossedimentação (VHS) e<br />
proteína C reativa (14) . Por sua vez,<br />
Fonte: Critérios de classificação do lúpus eritematoso sistêmico (LES) segundo o EULAR/ACR de 2019.<br />
44<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
equisitados inicialmente contribuem<br />
para avaliação da probabilidade de<br />
lesão de determinados órgãos. Estes<br />
podem ser solicitados também após o<br />
exame de FAN, o qual sugere a tipagem<br />
de antígenos acometidos, direcionando<br />
melhor a pesquisa laboratorial (18) .<br />
O controle da atividade da doença<br />
é realizado principalmente pelo uso<br />
de corticoides e imunossupressores,<br />
fármacos estes, que possuem vários<br />
efeitos colaterais, como por exemplo<br />
hipertensão arterial, diabetes,<br />
osteoporose e neoplasias, entre<br />
outros. Dessa forma, identificar e,<br />
até mesmo, predizer a atividade da<br />
doença é de extrema importância<br />
para um planejamento adequado do<br />
tratamento da doença (19) .<br />
O tratamento é realizado conforme<br />
a extensão e gravidade da doença,<br />
considerando os órgãos e sistemas<br />
acometidos. Estudos recentes têm<br />
evidenciado o papel da vitamina<br />
D no desenvolvimento de doenças<br />
autoimunes e tratamento destas (20) .<br />
Portanto, o objetivo deste trabalho foi<br />
realizar uma revisão da literatura sobre<br />
a relação da vitamina D com o LES.<br />
Metodologia<br />
Este estudo consistiu em uma revisão<br />
da literatura científica descritiva, onde<br />
a seleção dos materiais foi realizada<br />
através da busca em plataformas de<br />
bancos de dados, tais como: Scientific<br />
Eletronic Library Online (SciELO), US<br />
National Library of Medicine National<br />
Institutes of Health (NCBI/PubMed),<br />
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),<br />
Literatura Latino-Americana e do<br />
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).<br />
Os descritores utilizados no estudo<br />
foram os seguintes: Doenças<br />
Autoimunes (Autoimmune Diseases),<br />
Vitamina D (D Vitamin), Lúpus<br />
Eritematoso Sistêmico (Systemic<br />
Lúpus Erythematosus), Tratamento<br />
(Treatment) e Diagnóstico (Diagnosis).<br />
Foram selecionadas publicações<br />
científicas que contemplassem o<br />
objetivo do presente estudo e que<br />
compreendessem o período dos<br />
últimos 12 anos. As informações que<br />
não tiveram significância para o estudo<br />
e foram descartadas. Também foram<br />
inseridos nos critérios de exclusão os<br />
artigos disponíveis em outros idiomas<br />
que não português e inglês.<br />
Vitamina D<br />
A atuação da Vitamina D em<br />
processos metabólicos é pesquisada<br />
desde o século XVII, e foi objeto<br />
do prêmio Nobel em 1938 para o<br />
químico alemão Adolf Otto Reinhold<br />
Windau. Atualmente são conhecidos<br />
aproximadamente quarenta e um<br />
metabólitos de Vitamina D, sendo o<br />
1,25-dihidroxicalciferol [1,25(OH)2D]<br />
um importante hormônio que<br />
atua como ligante para o fator de<br />
transcrição nuclear por meio do<br />
Receptor de Vitamina D (RVD), que<br />
regula a transcrição gênica e a função<br />
celular em diversos tecidos (21) .<br />
Na década de 1930, descobriu-se<br />
que a exposição da pele à luz solar e<br />
aos raios ultravioleta (UV) artificiais,<br />
era capaz de estimular a produção<br />
de vitamina D3 (colecalciferol) a<br />
partir da conversão de um precursor,<br />
o 7-deidrocolesterol (7-DHC ou<br />
provitamina D) (22, 23) . A luz UV de<br />
290 a 315 nm desencadeia clivagem<br />
fotoquímica e produz pré-vitamina<br />
D na membrana plasmática de<br />
queratinócitos e fibroblastos nas<br />
camadas basal e suprabasal da<br />
epiderme. Em aproximadamente 24<br />
horas, forma homodímeros, que se<br />
transformam em vitamina D12 (24, 25) .<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
45
Autoras: Karoline de Oliveira1, Allyne Cristina Grando1<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Conforme a Figura 1, a Síntese da 1,25<br />
(OH) vitamina D. O 7-deidrocolesterol<br />
(7- DHC), por ação da luz ultravioleta e<br />
do calor, isomeriza-se em colecalciferol<br />
na pele. É então transportado<br />
ao fígado, onde sofre ação da<br />
25-hidroxilase, transformando-se<br />
em 25- hidroxivitamina D 25(OH)-D.<br />
Quando essa moleculas chega ao rins,<br />
pode tanto transformar-se na forma<br />
ativa quanto inativa desse hormônio<br />
pela ação da 1-alfa- hidroxilase ou<br />
24,25-hidroxilase, respectivamente (26) .<br />
Figura 1: Síntese da 1,25(OH)vitamina D<br />
Metabolismo da Vitamina D<br />
A vitamina D, ou colecalciferol, é um<br />
hormônio esteroide, cuja principal<br />
função consiste na regulação da<br />
homeostase do cálcio, formação e<br />
reabsorção óssea, através da sua<br />
interação com as paratireoides, os<br />
rins e os intestinos (27) . É produzida,<br />
de forma endógena, nos tecidos<br />
cutâneos após a exposição solar, bem<br />
como obtida pela ingesta de alimentos<br />
específicos ou por suplementação<br />
(28)<br />
. Os receptores de vitamina D<br />
estão presentes em vários tipos<br />
celulares e, nos últimos anos, várias<br />
ações não calcêmicas da vitamina<br />
D estão sendo estudadas. Como por<br />
exemplo, o sistema imunológico,<br />
ciclo celular e neoplasias, gônadas,<br />
sistema cardiovascular, sistema<br />
musculoesquelético, controle do<br />
metabolismo glícidico e cérebro (29,30) .<br />
Fonte:(GALVÃO et al, 2013)<br />
46<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Autoras: Karoline de Oliveira1, Allyne Cristina Grando1<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Existem duas formas de vitamina<br />
D: a vitamina D2 e a vitamina D3.<br />
A segunda provém de duas fontes:<br />
síntese cutânea em seres humanos<br />
e ingesta de alimentos de origem<br />
animal, como peixes com alto teor de<br />
gordura, como salmão, cavala e atum,<br />
assim como gema de ovo e óleo de<br />
peixe. A vitamina D2 é produzida por<br />
plantas, como cogumelos expostos<br />
a raios UV (31,32) . A Vitamina D obtida<br />
através da dieta é absorvida no<br />
intestino delgado, no fígado e no<br />
sistema linfático, sendo transportada,<br />
em sua maior parte, pela proteína<br />
ligada à Vitamina D (DBP, vitamin D<br />
binding protein) e outra pequena<br />
parte pela albumina, conforme a<br />
Figura 2 ao lado (33,34) .<br />
A ação clássica da 1,25(OH)2 D é a<br />
regulação do metabolismo do cálcio<br />
e fósforo por meio do controle dos<br />
processos de absorção intestinal<br />
e reabsorção renal desses íons,<br />
mantendo-os em concentrações<br />
plasmáticas suficientes para<br />
assegurar a adequada mineralização<br />
e o crescimento ósseo em crianças e<br />
adolescentes e a saúde óssea global<br />
em todas as etapas da vida. Entretanto,<br />
Figura 2: Metabolismo da Vitamina D<br />
Fonte: Alves, 2012<br />
a quase universal distribuição da<br />
Vitamina D receptor (VDR) nas células<br />
do organismo humano e a presença<br />
ativa de cálcio no duodeno e absorção<br />
passiva no jejuno. A absorção ativa é<br />
regulada pelo estímulo à expressão<br />
da CYP27B1 em vários tipos celulares de proteínas responsáveis pela<br />
mostram que a 1,25(OH)2 D está captação do cálcio pelos enterócitos<br />
envolvida em uma ampla gama de (TRPV5 e TRPV6), de proteínas<br />
funções envolvendo a homeostase<br />
sistêmica (35) .<br />
envolvidas no transporte intracelular<br />
do cálcio (calbindina) e dos canais<br />
de membrana ATP-dependentes<br />
Entre os principais órgãos-alvo da<br />
1,25(OH)2 D estão o intestino e os rins,<br />
integrantes do sistema de controle<br />
para extrusão do cálcio para o fluido<br />
extracelular. No jejuno, esse hormônio<br />
estimula a expressão de paracelinas,<br />
do metabolismo osteomineral, proteínas intercelulares que formam<br />
sobretudo do cálcio e fósforo. Nas canais por onde o cálcio é transferido<br />
células endoteliais do intestino, a passivamente por gradiente de<br />
1,25(OH)2 D estimula a absorção concentração (36) .<br />
48<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Ação da Vitamina D Sobre o<br />
Sistema Imunológico<br />
Estudos têm relacionado a deficiência<br />
de vitamina D com várias doenças<br />
autoimunes, incluindo diabetes melito<br />
insulinodependente (DMID), esclerose<br />
múltipla (EM), doença inflamatória<br />
intestinal (DII), Lúpus Eritematoso<br />
Sistêmico (LES) e artrite reumatoide<br />
(AR) (37) . A vitamina D parece interagir<br />
com o sistema imunológico através<br />
de sua ação sobre a regulação e a<br />
diferenciação de células como linfócitos,<br />
macrófagos e células natural killer<br />
(NK), além de interferir na produção de<br />
citocinas in vivo e in vitro (38) .<br />
De maneira geral, o efeito da<br />
Vitamina D no sistema imunológico<br />
se traduz em aumento da imunidade<br />
inata associada a uma regulação<br />
multifacetada da imunidade<br />
adquirida. Um estudo randomizado<br />
controlado por placebo, realizado<br />
em 2013, concluiu que a ingestão<br />
de vitamina D (2000 UI/dia por 12<br />
meses) em pacientes com lúpus<br />
erite- matoso sistêmico, melhorou os<br />
níveis de marcadores inflamatórios e<br />
hemostáticos e reduziu a atividade da<br />
doença. Os autores concluíram que<br />
o efeito benéfico da vitamina D no<br />
em pacientes com LES e com<br />
envolvimento renal e lesões cutâneas<br />
fotossensíveis (42) . Baixos níveis séricos<br />
de Vitamina D podem, ainda, estar<br />
relacionados com outros fatores<br />
como o envolvimento renal, que pode<br />
favorecer a hipovitaminose D, pois<br />
a hidroxilação da vitamina em sua<br />
forma ativa, que ocorre no rim, pode<br />
ser interrompida na doença renal (43) .<br />
A deficiência de vitamina D parece<br />
estar associada à atividade do LES<br />
em parte devido à desregulação no<br />
balanço na produção de citocinas. A<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
lúpus eritematoso sistêmico pode ser<br />
fotossensibilidade e a recomendação<br />
Nos linfócitos, as principais ações da<br />
vitamina D são a alteração na secreção<br />
de citocinas pró inflamatórias, como<br />
a diminuição de Interferon-Gama<br />
(IFN-ϒ) e a Interleucina-2 (IL-2),<br />
bloqueando assim o principal sinal de<br />
retroalimentação das células dendríticas,<br />
gerando uma diminuição da capacidade<br />
de apresentação de antígenos aos<br />
linfócitos e diminuição da ativação<br />
e expansão clonal dos linfócitos. Ao<br />
mesmo tempo, ela aumenta a produção<br />
de IL-4, IL-5 e IL-10, e gera uma<br />
mudança de fenótipo T helper 1(Th1)<br />
para T helper 2(Th2), o que leva a uma<br />
maior tolerância imunológica (39) .<br />
devido à sua capacidade de expandir<br />
as células T reguladoras e à sua<br />
capacidade de reduzir a frequência de<br />
células Th1, células Th17, linfócitos B e<br />
autoanticorpos (40) .<br />
Ações da Vitamina D sobre o<br />
Lúpus Eritematoso Sistêmico<br />
Pacientes com LES tem demonstrado<br />
maior prevalência de deficiência<br />
de Vitamina D em comparação<br />
com indivíduos portadores de<br />
outras doenças reumatológicas (41) .<br />
Níveis críticos de Vitamina D foram<br />
encontrados de forma mais frequente<br />
do uso de protetor solar, e outras<br />
medidas para menor exposição ao<br />
sol, podem favorecer a diminuição da<br />
síntese cutânea da vitamina D (44) .<br />
Ensaios in vitro mostraram que<br />
a suplementação de Vitamina D<br />
diminui a anomalias características do<br />
LES (45) . Sugere-se que as alterações<br />
imunológicas causadas pelo déficit<br />
de Vitamina D possam levar a uma<br />
diminuição da tolerância imunológica,<br />
permitindo o desenvolvimento de<br />
doença autoimune em indivíduos<br />
geneticamente predispostos (46) .<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
49
Lançamentos<br />
Analisador Automático<br />
de Bioquímica EXC<br />
400<br />
simplesmente impressionante<br />
Eficiente Menor manutenção Econômico Preciso e confiável
Zybio Z5 Analisador<br />
Hematológico 5 Parts Diff<br />
Z5 VET<br />
Interface<br />
amigável<br />
Design<br />
compacto<br />
Resultados<br />
precisos<br />
Manutenção<br />
simples<br />
Linha Equip de<br />
saúde animal<br />
#equipdiagnostica<br />
equipdiagnostica.com.br
Autoras: Karoline de Oliveira1, Allyne Cristina Grando1<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Portanto, embora a suplementação e<br />
o tratamento possam ser feitos com<br />
ambos os metabólitos da vitamina D,<br />
deve-se dar preferência para a vitamina<br />
D3 pelas vantagens sobre a manutenção<br />
de concentrações mais estáveis. (47) .<br />
Atualmente, os métodos ideais para<br />
dosagem de 25(OH)D3 são os baseados<br />
na cromatografia líquida de alta<br />
eficiência (HPLC) ou na espectrometria<br />
de massa em sequência, acoplada à<br />
cromatografia líquida (LC-MS/MS) (48) .<br />
Na prática, porém, os imunoensaios<br />
automatizados são os métodos<br />
mais comumente utilizados pelos<br />
laboratórios clínicos. Esse método<br />
dosa concomitantemente as vitaminas<br />
25(OH)D2 e 25(OH)D3. Já o HPLC<br />
e a espectrometria de massa têm<br />
a capacidade de distinguir as duas<br />
formas, fornecendo resultados distintos<br />
para cada uma das frações (49) .<br />
O nível sérico ideal de 25(OH)D3<br />
ainda não é consensual na literatura.<br />
Em teoria, o nível ótimo de vitamina<br />
D seria aquele necessário para manter<br />
o paratormônio em níveis adequados.<br />
A queda da absorção de cálcio pelo<br />
intestino gera uma redução da<br />
concentração plasmática, o que ativa<br />
os receptores sensíveis a cálcio da<br />
membrana da paratireoide, liberando<br />
PTH e aumentando a expressão do<br />
gene de PTH (50) .<br />
A Tabela 2 apresenta os níveis<br />
séricos relacionados ao status de<br />
25- hidroxivitamina D atualmente<br />
considerados para adultos, crianças<br />
e gestantes. A maioria dos autores<br />
considera que os níveis séricos de<br />
25-hidroxivitamina D devam ser maiores<br />
que 20 ng/mL (50 nmol/l), mas alguns<br />
têm recomendado níveis mais elevados,<br />
acima de 30 ng/mL (75 nmol/l) ou<br />
mesmo 30 ng/mL (100 nmol/l) (51) .<br />
Não existem, ainda orientações<br />
oficiais para a dosagem específica<br />
de suplementação de Vitamina D<br />
nos pacientes portadores de LES. O<br />
American College of Rheumatology<br />
recomenda uma ingestão diária de<br />
800-1000 UI apenas para pacientes<br />
Figura 2: Metabolismo da Vitamina D<br />
que estão iniciando o uso dos<br />
glicocorticóides. Porém, o uso dessa<br />
medicação pode interferir na absorção<br />
da Vitamina D, sendo necessárias doses<br />
diárias mais elevadas para que se tenha<br />
uma suplementação eficaz (52) .<br />
Os dados apresentados na tabela 3<br />
integram os resultados dos artigos<br />
revisados, inclusive autores, ano de<br />
publicação, local da pesquisa, tamanho<br />
da amostra do estudo, dose, duração da<br />
suplementação e principais desfechos.<br />
Observou- -se que os ensaios clínicos<br />
foram feitos em diferentes países. As doses<br />
de suplementação de vitamina D variaram<br />
de 400 UI a 50.000 UI e a duração da<br />
intervenção foi de 12 semanas a um ano.<br />
Um estudo de Abou-Raya et al. (2013)<br />
utilizou 2.000 UI de colecalciferol por<br />
via oral ao dia em um grupo controle<br />
e placebo em outro grupo durante12<br />
meses, o resultado foi o aumento<br />
Fonte: HOLICK, 2007; HOLICK et al, 2011; ROSS et al, 2011; BAILEY et al, 2013.<br />
52<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
dos níveis de vitamina D no grupo<br />
suplementado e melhoria significativa<br />
nos níveis de marcadores inflamatórios<br />
e hemostáticos, bem como no escore<br />
da atividade da doença medida pelo<br />
Sledai (SystemicLupus Erythematosus<br />
Disease Activity Index), no qual os<br />
pacientes com deficiência de vitamina<br />
D tinham pior escore Sledai (53) .<br />
Tabela 3: Síntese dos estudos avaliados quanto ao efeito de suplementação da<br />
vitamina D nos pacientes com LES.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Durante 24 semanas Lima et al.<br />
(2016) mediram os níveis séricos de<br />
25 (OH) D e avaliaram a atividade<br />
da doença e a fadiga para receber<br />
a suplementação de colecalciferol<br />
oral, 50.000 UI/semana ou placebo.<br />
No primeiro grupo que recebeu a<br />
suplementação observou-se eficácia<br />
na diminuição da atividade da doença<br />
e melhora da fadiga em pacientes com<br />
LES juvenil. A atividade da doença foi<br />
avaliada com o Sledai e a fadiga<br />
foi avaliada com o escore de baixa<br />
intensidade, durante o exercício e<br />
no médio esforço, mostrando- se<br />
diminuída após a suplementação (54) .<br />
No estudo de Reynolds et al. (2016)<br />
a suplementação de colecalciferol<br />
oral (400.000 UI seguido por<br />
20.000 UI semanal) em pacientes<br />
com deficiência de vitamina D<br />
modulou positivamente a função<br />
endotelial nos indivíduos com<br />
LES estável, independentemente<br />
da atividade da doença. Essas<br />
observações apoiam um papel para<br />
a vitamina D na melhoria da saúde<br />
cardiovascular, que reduz o risco<br />
dessa enfermidade no LES (55) .<br />
Conclusão<br />
Evidências sugerem que a vitamina<br />
D tem um importante papel no sistema<br />
imunológico e, provavelmente na<br />
prevenção das doenças imunomediadas.<br />
Consequentemente os níveis séricos<br />
baixos de vitamina D têm relação<br />
em várias doenças autoimunes, em<br />
especial o LES. Com base nos artigos<br />
analisados, concluiu-se que existem<br />
evidências científicas que mostram a<br />
associação da vitamina D com o LES,<br />
mas é necessário que hajam mais<br />
estudos que comprovem esse fato,<br />
a fim de mostrar que a vitamina D<br />
pode contribuir tanto para prevenção<br />
quanto para tratamento da doença.<br />
Por tanto outros estudos ainda<br />
são necessários para determinar<br />
os riscos e benefícios da reposição<br />
de vitamina D, quando e em quais<br />
pacientes mensurar a 25(OH)D, os<br />
valores de referência para considerar<br />
a deficiência/insuficiência, as ações<br />
clínicas a serem tomadas, podendo,<br />
assim, oferecer melhor qualidade<br />
de vida aos pacientes com LES,<br />
possibilitando maior segurança no<br />
curso de seu tratamento.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
53
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Referências<br />
1. Vargas KS. Romano MA:Lúpus eritematoso sistêmico: Aspectos<br />
epidemiológicos e diagnóstico.<strong>Revista</strong> Salus-Guarapuava (PR)<br />
2009;3(1):15- 22.<br />
2. Gigante A, Gasperini ML, Afeltra A, Barbano B, Margiotta D,<br />
CianciR, et al. Cytokines expression in SLE nephritis. Eur Rev Med<br />
Pharmacol Sci. 2011 Jan;15(1):15-24.<br />
3. Yap DYH, Lai KN. The role of cytokines in the pathogenesis of<br />
systemic lúpus erythematosus - from bench to bedside. Nephrol<br />
Carlton Vic. 2013 Apr;18(4):243-55.<br />
4. Fragoso TS, Dantas AT, Marques CDL, Junior LFR, Mello JHL,<br />
Costa AJG. Níveis de 25-hidroxivitamina D3 e sua associação<br />
com parâmetros clínicos e laboratoriais em pacientes com lúpus<br />
eritematoso sistêmico. Rev Bras Reumatol. 2012;52(1):55-65.<br />
5. Brasil. Ministério da saúde. Portaria n°100, de 7 de fevereiro<br />
de 2013. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Lúpus<br />
Eritematoso Sistêmico. Publicado no Diário Oficial da União n° 28<br />
de 08 de fevereiro de 2013, seção i, página 70 Retificado no Diário<br />
Oficial da União n° 56 de 22 de março de 2013, seção i, página 49.<br />
6. Maas AGVD, Crege DRXO, Gonçalves R. a importância da<br />
Vitamina D e do Cálcio para portadores de Lúpus Eritematoso<br />
Sistêmico. Cuidarte Enfermagem.2014;8(1):62-67.<br />
7. M Teixeira, CL Costa. Rev. Nutr., Campinas, 25(4):531-538, jul./<br />
ago., 2012<br />
8. Johnson SR ,Goek O-N ,Singh-Grewal D , et al . Critérios<br />
de classificação em doenças reumáticas: uma revisão das<br />
propriedades metodológicas . Arthritis Rheum 2007 ; 57 : 1119<br />
- 33.<br />
9. Hochberg MC. A atualização do American College of<br />
reumatology revisou os critérios para a classificação do lúpus<br />
eritematoso sistêmico . Arthritis Rheum 1725 ; 1997 .<br />
10. Aringer M, et al. 2019 European League Against Rheumatism/<br />
American College of Rheumatology classification criteria for<br />
systemic lupus erythematosus 2019;78:1151–1159.<br />
11. Inês L , Silva C , Galindo M , López-Longo FJ , Terroso G , Romão<br />
VC , et al. Classificação do lúpus eritematoso sistêmico: Systemic<br />
Lupus International Collaborating Clinics versus critérios do<br />
American College of Rheumatology. Um estudo comparativo de<br />
2.055 pacientes de uma coorte internacional de lúpus eritematoso<br />
sistêmico da vida real . Arthritis Care Res (Hoboken) 2015 ; 67 :<br />
1180 - 5 .<br />
12. Tedeschi SK , Johnson SR , Boumpas D , Daikh D , Dörner<br />
T , Jayne D , et al. Desenvolvendo e refinando novos critérios<br />
candidatos para a classificação do lúpus eritematoso sistêmico:<br />
uma colaboração internacional . Arthritis Care Res (Hoboken) 2018<br />
; 70 : 571 – 81.<br />
13. Spinelli MR. Um estudo psicoterápico de uma paciente com<br />
Lúpus Eritematoso Sistêmico. Tese (Mestrado) – Faculdade de<br />
Psicologia, Pontificia Universidade Católica, São Paulo – SP, 2002.<br />
14. Vargas KS, Romano MA. Lúpus Eritematoso sistêmico: Aspectos<br />
Epidemiológicos e Diagnóstico. <strong>Revista</strong> Salus-Guarapuava (PR).<br />
Jan/Jun.2009;3<br />
15. Vargas KS. Romano MA:Lúpus eritematoso sistêmico: Aspectos<br />
epidemiológicos e diagnóstico.<strong>Revista</strong> Salus-Guarapuava (PR)<br />
2009;3(1):15- 22.<br />
16. Às voltas com o diagnóstico de autoimunidade. <strong>Revista</strong> Médica<br />
– <strong>Ed</strong>.6- 2014.<br />
17. Gigante A, Gasperini ML, Afeltra A, Barbano B, Margiotta D,<br />
CianciR, et al. Cytokines expression in SLE nephritis. Eur Rev Med<br />
Pharmacol Sci. 2011 Jan;15(1):15-24.<br />
18. Gigante A, Gasperini ML, Afeltra A, Barbano B, Margiotta D,<br />
CianciR, et al. Cytokines expression in SLE nephritis. Eur Rev Med<br />
Pharmacol Sci. 2011 Jan;15(1):15-24.<br />
19. Yap DYH, Lai KN. The role of cytokines in the pathogenesis of<br />
systemic lúpus erythematosus - from bench to bedside. Nephrol<br />
Carlton Vic. 2013 Apr;18(4):243-55.<br />
20. Fragoso TS, Dantas AT, Marques CDL, Junior LFR, Mello JHL,<br />
Costa AJG. Níveis de 25-hidroxivitamina D3 e sua associação<br />
com parâmetros clínicos e laboratoriais em pacientes com lúpus<br />
eritematoso sistêmico. Rev Bras Reumatol. 2012;52(1):55-65.<br />
21. Teixeira TM, Costa CL. Papel da vitamina D no lúpus eritematoso<br />
sistêmico. <strong>Revista</strong> de Nutrição. 2012;25(4):531-538.<br />
22. Chesney RW. The five paradoxes of vitamin D and the<br />
importance of sunscreen protection. Clin Pediatr (Phila).<br />
2012;51(9):819-27.<br />
23. Schalka S, Reis VMS. Fator de proteção solar: significado e<br />
controvérsias. An Bras Dermatol. 2011;86(3):507-15.<br />
24. Premaor MO, Furlanetto TW. Hipovitaminose D em adultos:<br />
entendendo melhor a apresentação de uma velha doença. Arq<br />
Bras Endocrinol Metab. 2006;50(1):25-37. 13. Hossein-nezhad A,<br />
Holick MF. Vitamin D for health: a global perspective. Mayo Clin<br />
Proc. 2013:88(7):720-55.<br />
25. Castro LCG. O sistema endocrinológico vitamina D.Arq Bras.<br />
Endocrinol Metab.2011;55/8<br />
26. Vanchinathan V, Lim HW. A dermatologist’s perspective on<br />
vitamin D. Mayo Clin Proc. 2012;87(4):372-8<br />
27. Souza VA, Bastos MG, Fernandes NMS, Mansur HN, Raposo<br />
NRB, Souza DMK etal. Associação de hipovitaminose D com Lúpus<br />
Eritematoso Sistêmico e inflamação. J Bras Nefrol. 2014;36(4):430-<br />
436.<br />
28. Galvão LO, Galvão MF,Reis CMS, Batista CMA, Casulari<br />
LA. Considerações atuais sobre a vitamina D. Brasília Med<br />
2013;50(4):324-332<br />
29. Hossein-nezhad A, Holick MF. Vitamina D para a saúde: uma<br />
perspectiva global. Mayo Clin Proc. 2013:88(7):720-55.<br />
30. Petri M, Orbai AM, Alarcon GS, Gordon C, Merrill JT, Fortin<br />
PR, et al. Derivação e avaliação dos critérios de classificação do<br />
Systemic Lupus International Collaborating Clinics para Lúpus<br />
eritematoso sistêmico. Arthritis Rheum 2012; 64:2677-86.<br />
31. Féliz DA, Andrade RP, Rosário KD. A importância da educação<br />
continuada e educação permanente em unidade de terapia<br />
intensiva-revisão de literatura. Rev Inic Cient Ext. 2019; 2(3):163-<br />
6.<br />
32. Vianna R, Simões JM, Inforzato HCB. Lúpus eritematoso<br />
sistêmico. Rev Ceciliana. 2010;2(1):01-03.<br />
33. Assis MR, Baaklini CE. Como diagnosticar e tratar lúpus<br />
eritematoso sistêmico. Rev Bras Med. 2009 set; 66(9):274-85.<br />
34. Freire EAM, Souto LM, Ciconelli RM. Medidas de avaliação em<br />
lúpus eritematoso sistêmico.Rev. Bras. Reumatol 2011;51(1):70-<br />
80.<br />
35. Lima GL. Avaliação da suplementação de vitamina D em<br />
pacientes com lúpus eritematoso de início juvenil: estudo clínico<br />
randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. LIMA, 2015.<br />
79f.<br />
36. Kamen DL, Aranow C. The link between vitamin D deficiency<br />
and systemic lupus erythematosus. Curr Rheumatol Rep. 2008;<br />
10(4):273-80.<br />
37. Marques LDC, Dantas AT, Fragoso TS, Duarte ALBP.A<br />
importância dos níveis de vitamina D nas doenças autoimunes.<br />
Rev Bras Reumatol 2010;50(1):67-80<br />
38. Cordeiro SM, Andrade MBT. Ser mulher e ter lúpus. Rev.<br />
enferm. UERJ 2012 de 20(1):648-53.<br />
39. Abou-Raya A, Abou-Raya S, Helmii M. The effect of vitamin<br />
D supplementation on inflammatory and hemostatic markers and<br />
disease activity in patients with systemic lupus erythematosus: a<br />
randomized placebo- controlled trial. J Rheumatol. 2013;40(3):<br />
265-72.<br />
40. Ruiz-Irastorza G, Egurbide MV, Olivares N, Martinez-Berriotxoa<br />
A, Aguirre<br />
C. Vitamin D deficiency in systemic lupus erythematosus:<br />
prevalence, predictors and clinical consequences. Rheumatol.<br />
2008; 47(6):920-3;<br />
41. Schalka S, Reis VMS. Fator de proteção solar: significado e<br />
controvérsias. An Bras Dermatol. 2011;86(3):507-15.<br />
42. Hossein-nezhad A, Holick MF. Vitamin D for health: a global<br />
perspective. Mayo Clin Proc. 2013:88(7):720-55.<br />
43. Kich, d. m. et al. Determinação de 25-hidroxivitamina D2 e D3<br />
em plasma por CLAE- DAD • J Bras Patol Med Lab - v. 48 - n. 5 - p.<br />
329-336 - outubro 2012<br />
44. IOM (Institute of Medicine). 2010. Dietary reference intakes for<br />
calcium and Vitamin D. Food and nutrition board. Washington, DC:<br />
National Academies Press [acesso 28 out 2013]. Disponível em<br />
45. Watad A, Neumann SG, Soriano A, Amital H, Shoenfeld Y.<br />
Vitamin D and Systemic Lupus Erythematosus: Myth or Reality? Isr<br />
Med Assoc J. 2016;18(3-4):177-82.<br />
46. Maas AGVD, Crege DRXO, Gonçalves R. a importância da<br />
Vitamina D e do Cálcio para portadores de Lúpus Eritematoso<br />
Sistêmico. Cuidarte Enfermagem. 2014;8(1):62-67.<br />
47. Maeda SS e tal. Recomendações da Sociedade Brasileira<br />
de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e<br />
tratamento da hipovitaminose D. Arq Bras Endocrinol Metab.<br />
2014;58/5<br />
48. Lichtenstein A et al. Vitamina D: ações extraósseas e uso<br />
racional. rev associação medica brasileira. 2013;59(5):495–506<br />
49. Wallace AM et al. Measurement of 25-hydroxyvitamin D in the<br />
clinical laboratory: current procedures, performance characteristics<br />
and limitations. Steroids. 2010; 75:477-88.<br />
50. Adams JS, Hewison M. Update in Vitamin D. J Clin Endocrinol<br />
Metab. 2010;95:471–8.<br />
51. Vieth R. Why the minimum desirable serum 25-hydroxyvitamin<br />
D level should be 75 nmol/L (30 ng/ml). Best Pract Res Clin<br />
Endocrinol Metab. 2011; 25(4) 681–691<br />
52. Abou-Raya A, Abou-Raya S, Helmii M. The effect of vitamin<br />
D supplementation on inflammatory and hemostatic markers and<br />
disease activity in patients with systemic lupus erythematosus:<br />
a randomized placebo- controlled trial. The Journal of<br />
Rheumatology. 2013;40:265–72.<br />
53. Lima GL, Paupitz J, Aikawa NE, Takayama L, Bonfa E, Pereira<br />
RMR. Vitamin D supplementation in adolescents and young adults<br />
with juvenile systemic lupus erythematosus for improvement in<br />
disease activity and fatigue scores: a randomized, double-blind,<br />
placebo-controlled trial. Arthritis Care Res. 2016; 68:91–8.<br />
54. Reynolds JA, Haque S, Williamson K, Ray DW, Alexander MY,<br />
Bruce IN. Vitamin D improves endothelial dysfunction and restores<br />
myeloid angiogenic cell function via reduced CXCL-10 expression<br />
in systemic lupus erythematosus. Sci Rep. 2016; 6:1–11.<br />
55. Kristy Yap KS, Morand EF. Vitamin D and systemic lupus<br />
erythematosus: continued evolution. International Journal of<br />
Rheumatic Diseases. 2015;18:242-249.<br />
54<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
3 0<br />
anos<br />
InviSTAR150<br />
InviSTAR300<br />
B i o q u í m i c a e T u r b i d i m e t r i a<br />
Até 150 testes/hora<br />
Até 300 testes/hora<br />
- Analisador Automático de Bioquímica e Turbidimetria<br />
- Tecnologia e qualidade<br />
- Baixo custo e al to rendimento<br />
QuickSTAR<br />
Point of Care<br />
- Design<br />
Compacto, leve e<br />
por tátil<br />
- Conectividade<br />
Não é o tamanho,<br />
mas a qualidade<br />
- Desempenho<br />
Performance além<br />
do seu tamanho<br />
INVITRO_<br />
INVITRO DIAGNOSTICA<br />
WWW.INVITRO.COM.BR<br />
INVITRO@INVITRO.COM.BR<br />
031.99973-2098<br />
#CUIDANDODOFUTUROJUNTOS
GESTÃO LABORATORIAL<br />
MERCADO DAS ANÁLISES CLÍNICAS:<br />
QUE FUTURO ESPERAR?<br />
Por Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Este artigo, de certa forma, é uma<br />
sequência do publicado em março<br />
de 2022, intitulado “Breve análise<br />
comportamental do mercado das<br />
análises clínicas”. Decorreu de<br />
um webinar onde apresentei um<br />
pequeno estudo sob o impacto<br />
econômico causado pela COVID<br />
19 nos laboratórios clínicos, bem<br />
com suas repercussões posteriores.<br />
Ao responder perguntas, dúvidas<br />
de participantes do evento, notei<br />
que as respostas constituíam<br />
uma continuação natural do<br />
tema “Mercado”, fato gerador do<br />
presente artigo. Resguardando a<br />
individualidade pessoal, fiz uma<br />
síntese das questões levantadas<br />
pelo público: a pandemia trouxe a<br />
oportunidade de ampliar o mercado<br />
com novos clientes e médicos<br />
assistentes, contudo, junto, vieram<br />
também, NOVOS CONCORRENTES,<br />
por exemplo, farmácias e clínicas<br />
médicas. Isto está causando impacto<br />
significativo no mercado. Ainda,<br />
os laboratórios, em geral, fizeram<br />
investimentos consideráveis para<br />
atender estes novos clientes, com<br />
necessidades específicas. Então,<br />
após o fim da pandemia, que riscos<br />
e como agir quando cessarem os<br />
benefícios financeiros decorrentes<br />
da pandemia? Adicionalmente, qual<br />
a importância dos laboratórios de<br />
apoio e a repercussão da alteração<br />
gradual na forma de atuação destes<br />
antes, durante e após pandemia?<br />
Ainda, como serão os novos tempos<br />
com a chegada da inflação em<br />
patamares consideráveis, gerando<br />
cenários que a nova geração de<br />
profissionais nunca vivenciou?<br />
Finalmente, qual será o novo perfil<br />
de demanda dos exames? Que<br />
acontecerá com as contas médicas?<br />
Minha opinião sobre estas questões,<br />
portanto, sujeita a falhas e qualquer<br />
tipo de crítica, é relatada conforme<br />
tópicos a seguir.<br />
• Após a euforia financeira proveniente<br />
da elevada margem de contribuição<br />
dos exames relativos a COVID-19, está<br />
chegando, usando um eufemismo,<br />
uma síndrome de abstinência.<br />
Nesta, fica evidente, de uma forma<br />
geral, que os investimentos feitos<br />
para atender a demanda de exames<br />
gerada pela pandemia, elevou o<br />
grau de alavancagem operacional<br />
dos laboratórios, evidenciando um<br />
desequilíbrio entre a capacidade<br />
instalada e a força de trabalho frente<br />
ao “novo” mercado pós-covid 19. Isto<br />
gerou um “novo” ponto de equilíbrio,<br />
uma “nova” margem de segurança,<br />
uma “nova” margem de contribuição,<br />
uma “nova” competitividade, enfim,<br />
um “novo” risco de insolvência. Esta<br />
situação é preocupante, tendo em<br />
vista que a pandemia incentivou,<br />
acelerou a entrada no mercado<br />
das análises clínicas, de “novos”<br />
concorrentes: farmácias, clínicas<br />
médicas, laboratórios de apoio com<br />
56<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
desvios de funções etc., bem como<br />
o incremento e diversificação dos<br />
pelo contrário, deve continuar a ser<br />
praticado, até com mais veemência,<br />
existir. Por ela é que os clientes<br />
serão fidelizados nestas empresas,<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
testes rápidos e autotestes. Tudo<br />
fazendo mais do mesmo, todavia,<br />
que deverão ter competência para<br />
isto facilitado por brechas ou falhas<br />
a atenção dos gestores precisa se<br />
manter os referidos diferenciais<br />
na legislação vigente, bem como<br />
voltar para fora da organização, para<br />
ao longo do tempo, do contrário,<br />
impulsionado pela grande mídia que<br />
o “novo” mercado, fazendo agora<br />
não sobreviverão. Estes são os<br />
apoiava abertamente a realização<br />
algo a mais, gerando, por assim dizer,<br />
atributos que devem estar presentes<br />
massiva dos testes nas farmácias<br />
um “novo” modelo de laboratório,<br />
nos “laboratórios metaverso”.<br />
em detrimento aos laboratórios,<br />
que convencionei chamar de<br />
Neles, todos os seus processos<br />
num evidente desprestígio à<br />
“LABORATÓRIO<br />
METAVERSO”.<br />
estão corretamente identificados,<br />
qualidade dos exames. Tudo em<br />
Neste, será necessária a imersão na<br />
metrificados por itens de controles<br />
nome do atendimento emergencial<br />
“nova” realidade do mercado. Não<br />
e verificação (indicadores de<br />
da população, fato, de certo modo,<br />
existe mais espaço para lamentações,<br />
desempenho) estabelecidos nas<br />
compreensível, contudo, muito<br />
para a terceirização da solução<br />
dimensões pertinentes da qualidade<br />
prejudicial aos laboratórios. A<br />
dos problemas dos laboratórios,<br />
total, com metas determinadas<br />
pandemia pode estar passando,<br />
buscar a culpa destes, nos outros,<br />
pela concorrência, fundamentando<br />
entretanto, os “novos” concorrentes<br />
teimando em identificar todas as<br />
todo o planejamento estratégico<br />
vieram para ficar e, com eles, uma<br />
causas somente como conjunturais.<br />
de forma competitiva. Ainda, em<br />
“nova” maneira de recepcionar,<br />
É imprescindível uma gestão<br />
cada processo estarão identificados<br />
coletar e produzir exames. Esta<br />
econômica e financeira<br />
seus clientes (internos e externos),<br />
“nova” realidade, catalisada pela<br />
profissional. Não basta investir<br />
fornecedores, responsáveis e forma<br />
ameaça da volta da inflação, vai<br />
unicamente na gestão técnica, ela<br />
de monitoramento dos resultados.<br />
exigir dos laboratórios clínicos uma<br />
é um atributo mandatório. É como<br />
Em suma, deve-se girar o ciclo<br />
transformação radical. Sobreviverão<br />
voar para os aviões, é o mínimo<br />
PDCA de gestão, incansavelmente,<br />
os que perceberem isto e tiverem<br />
que se exige deles, isto nos aviões e<br />
com resiliência, determinação,<br />
a capacidade de se adaptar mais<br />
companhias aéreas é como exames<br />
obstinação, SEMPRE! Não há outra<br />
rapidamente às mudanças no<br />
exatos e precisos nos laboratórios,<br />
forma para enfrentar as “novas”<br />
mercado. O modelo de gestão<br />
configuram a essência da existência<br />
exigências do mercado: uma<br />
focado nos custos está exaurindo sua<br />
destas organizações. A vantagem<br />
“nova” maneira de recepcionar,<br />
capacidade como solução em gestão.<br />
competitiva está na qualidade<br />
coletar e produzir exames, a não<br />
Não que deva ser abandonado,<br />
dos serviços agregados à razão de<br />
ser com competência total.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
57
GESTÃO LABORATORIAL<br />
• Praticamente, a demanda já retomou<br />
aos níveis normais da pré-pandemia,<br />
conforme os perfis de solicitação<br />
anteriormente existentes. Pode-se<br />
notar uma diferença no que tange<br />
aos exames de controle dos efeitos da<br />
COVID 19 bem como das vacinas, tais<br />
como D dímero, fibrinogênio, DHL,<br />
ferritina etc. O impacto está descrito<br />
minuciosamente no tópico anterior.<br />
• Laboratório de apoio é<br />
que nem impostos. Não há o<br />
que discutir sobre a necessidade<br />
deles. São imprescindíveis aos<br />
laboratórios de pequeno e médio<br />
porte, sem os quais, não poderiam<br />
atender ao diversificado menu de<br />
exames que a evolução tecnológica<br />
produz cada vez mais rapidamente.<br />
Somente concentrando grandes<br />
os pequenos e médios laboratórios<br />
podem atender as necessidades dos<br />
seus clientes e, ainda, serem viáveis.<br />
Dito isto, todavia, é fundamental<br />
abordar o outro lado da equação.<br />
Lembrem-se que comparei os<br />
laboratórios de apoio aos impostos,<br />
assim como estes são necessários<br />
ao funcionamento do Estado e,<br />
por conseguinte, da sociedade<br />
• A queda brusca no número de<br />
exames demandados nos primeiros<br />
tempos da pandemia, correlacionase<br />
com o pânico gerado na<br />
população. Esta tinha medo de se<br />
deslocar pela cidade, bem como<br />
de entrar em um laboratório, onde,<br />
provavelmente estaria repleto de<br />
pessoas, em princípio, supostamente<br />
contaminadas pela COVID 19. Este fato<br />
aliado as determinações emanadas<br />
das autoridades públicas no sentido<br />
de serem vetados os procedimentos<br />
eletivos, sendo privilegiados<br />
somente urgências e emergências,<br />
foram os fatores determinantes para<br />
redução na procura por exames<br />
ambulatoriais. No caso de clínicas de<br />
imagem, não tenho dados suficientes<br />
para avaliar o impacto nas receitas<br />
dessas organizações durante o<br />
período da COVID 19.<br />
demandas é possível manter um<br />
parque produtivo atualizado.<br />
Os investimentos exigidos são<br />
de grande monta, ainda que, o<br />
volume de exames concentrado<br />
nos laboratórios de apoio justifique<br />
contratos favoráveis em termos<br />
de operações tipo aluguel,<br />
comodato, leasing e outros. Não<br />
só em equipamentos o ganho<br />
de escala ocorre, mas, também<br />
em todos os tipos de insumos:<br />
reagentes, controles, calibradores,<br />
consumíveis, descartáveis etc.,<br />
bem como minimizando as<br />
perdas. Isto garante o poder de<br />
barganha e explica a viabilidade<br />
do apoio, “ganhando pouco de<br />
muitos”, proporcionando preços<br />
efetivamente reduzidos, além de um<br />
amplo menu de exames. Resulta que<br />
em geral, os laboratórios de apoio<br />
são imprescindíveis ao “cluster”<br />
das análises clínicas. Não há o que<br />
discutir sua existência, porém,<br />
há muito o que debater na<br />
sua forma de operação! Neste<br />
quesito, atualmente está ocorrendo<br />
uma ruptura na equação justa do<br />
funcionamento do mercado. Não<br />
custa lembrar que do mercado<br />
é que advém a tão desejada e<br />
imprescindível RECEITA que<br />
sustenta qualquer modalidade<br />
de negócio. Desnecessário se faz<br />
dissertar sobre a importância<br />
da receita. Pois bem, da nobre e<br />
inquestionável razão de existir dos<br />
laboratórios de apoio, ou seja, sua<br />
missão de viabilizar o atendimento<br />
da necessidade da população em<br />
ter acesso a exames especializados,<br />
58<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Em breve!<br />
KOLPLAGENE<br />
Kit KolplaGene<br />
Ideal para a coleta e transporte<br />
de material biológico para<br />
exame genético.<br />
Espuma<br />
Sintética<br />
Preserva a amostra em<br />
temperatura ambiente<br />
Tampa com<br />
rosca dupla<br />
Menor custo de transporte<br />
$<br />
Estabilidade da amostra<br />
por até 30 dias<br />
Praticidade e facilidade<br />
no manejo das amostras<br />
Composição:<br />
01 Swab com<br />
Espuma Sintética;<br />
01 Tubo laboratorial<br />
de 10ml com 1 ml<br />
solução preservante.<br />
ANTES DA COLETA<br />
DEPOIS DA COLETA<br />
+55 11 4961.0900<br />
vendas@kolplast.com.br<br />
www.kolplast.com.br
GESTÃO LABORATORIAL<br />
os ditos “esotéricos”, através da<br />
capilaridade dos pequenos e médios<br />
laboratórios espalhados por todas as<br />
regiões, inclusive as mais longínquas<br />
do País, que recepcionam, coletam<br />
e despacham as amostras, até a<br />
própria razão de existirem como<br />
alternativas de investimento<br />
para os grandes empresários, os<br />
laboratórios de apoio estão<br />
mudando radicalmente sua<br />
forma de atuação no mercado.<br />
De uma missão inicial nobre, estão<br />
se tornando predadores dos que<br />
lhes sustentaram até então, desde<br />
o seu nascimento, quando eram<br />
dependentes dos pequenos e médios<br />
laboratórios até os tempos atuais,<br />
onde, num processo autofágico,<br />
estão matando quem os alimentou<br />
e sustentou quando ainda eram<br />
bebês frágeis e necessitados de<br />
“apoio”. Porém, hoje está tudo<br />
mudando, e, quem sustentou no<br />
passado, está sendo simplesmente,<br />
gradualmente, descartado. Mas,<br />
quem disse que o mundo é justo?<br />
A ganância é um dos vícios do<br />
egoísmo, sendo este, a origem<br />
de todos os males da decadência<br />
moral da humanidade. O algoz é<br />
implacável e, podendo, subtrai<br />
sem piedade os parcos clientes<br />
dos pequenos e médios<br />
laboratórios, que no passado<br />
foram a base do seu sustento<br />
empresarial. Como? De todas as<br />
formas possíveis, desde em clínicas,<br />
simulacros de laboratórios, passando<br />
por concorrência direta de porta, até<br />
quaisquer lojas que se disponham<br />
a agendar coletas de exames.<br />
Ainda, contam com a ajuda de<br />
muitos dos pequenos e médios<br />
laboratórios, que num primeiro<br />
momento são seduzidos, cooptados<br />
com tabelas privilegiadas (até<br />
laboratórios de hospitais estão<br />
terceirizando suas rotinas!) e, não<br />
percebem que, com o passar do<br />
tempo, vão perdendo seus próprios<br />
clientes para o leviatã mimético.<br />
Quando se derem conta, talvez,<br />
seja tarde demais. Reforçando tudo<br />
o que foi dito, existe um efeito<br />
colateral terrível, decorrente<br />
dos preços baixos praticados<br />
pelos laboratórios de apoio.<br />
Trata-se do seguinte fato: os<br />
pequenos e médios laboratórios<br />
continuam, em princípio,<br />
produzindo “in house” a rotina, e<br />
terceirizando os “especializados”,<br />
com custos muito baixos, segundo<br />
as tabelas oferecidas pelos apoios.<br />
Isto é público, de conhecimento<br />
notório, inquestionável, e serviu<br />
para manter os custos de produção<br />
(custos variáveis, marginais), de<br />
uma forma geral, sob controle, nos<br />
últimos anos. Até então, tudo bem,<br />
mas, causou uma repercussão<br />
nefasta no mercado, na medida<br />
que os grandes compradores de<br />
exames, ou seja, os convênios<br />
e clientes institucionais de uma<br />
forma geral, usam este fato para<br />
justificar a contenção e até a<br />
redução dos valores pagos pelos<br />
exames. Ignoram ou esquecem<br />
eles por conveniência, todos os<br />
custos fixos enfrentados pelos<br />
pequenos e médios laboratórios.<br />
Estes são os mais relevantes<br />
em valores absolutos e ocorrem<br />
fazendo ou não exames, com pouca<br />
ou nenhuma receita. Ainda, tais<br />
custos estão sendo inflacionados<br />
de forma implacável, inclusive<br />
os chamados “chapa branca”,<br />
controlados pelo Governo.<br />
Esquecem os convênios que<br />
transferem para os preços dos<br />
60<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
planos pagos pelos usuários,<br />
percentuais muito acima da inflação<br />
(caso dos planos empresariais).<br />
Isto é facilmente comprovado<br />
fazendo uma comparação nos<br />
últimos dez anos. Mas, e os<br />
pequenos e médios laboratórios,<br />
como ficam nesta situação?<br />
Com raríssimas exceções, não<br />
conseguem atualizar pela<br />
inflação, os valores recebidos.<br />
Muito antes, pelo contrário, não<br />
é raro serem chamados para<br />
reduzirem os valores pagos<br />
pelos convênios. Estes, usam<br />
que argumento? Exatamente os<br />
baixos valores das tabelas dos<br />
apoios! Este comportamento faz<br />
parte dos “novos” tempos do<br />
mercado, da “nova” maneira<br />
de recepcionar, coletar e<br />
produzir exames. Repito,<br />
somente laboratórios padrão<br />
“Metaverso” deverão sobreviver.<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
CONCLUSÃO:<br />
Não canso de repetir, de uma coisa eu tenho certeza, se não fizermos o BÁSICO, o MÍNIMO QUE SE ESPERA, que é<br />
uma GESTÃO ECONÔMICA PROFISSIONAL, não teremos grandes chances de vislumbrar um futuro auspicioso. Os<br />
laboratórios são alternativas de investimentos, portanto, devem ser geridos de forma profissional, por especialistas<br />
na área (afinal, quem faz implante dentário com um ferreiro?) e com suporte tecnológico às decisões. Não há<br />
alternativa honesta possível a não ser gestão baseada em evidências científicas. Esperando termos<br />
contribuído para os negócios na área das análises clínicas, nos despedimos até a próxima edição da revista NewsLab.<br />
Boa sorte e sucesso!<br />
Humberto Façanha<br />
51-99841-5153<br />
humberto@unidosconsultoria.com.br<br />
www.unidosconsultoria.com.br<br />
Desafios econômicos durante e pós pandemia?<br />
Humberto Façanha<br />
TEMOS A SOLUÇÃO AO ALCANCE DOS LABORATÓRIOS:<br />
Sistema de gestão profissional para<br />
identificar problemas, causas e soluções<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
(51)9.9841.5153<br />
humberto@unidosconsultoria.com.br<br />
GESTÃO PROFISSIONAL ACESSÍVEL<br />
PARA PEQUENOS E MÉDIOS LABORATÓRIOS!<br />
*Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />
da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />
(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />
do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),<br />
curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />
www.unidosconsultoria.com.br<br />
61
PUBLIEDITORIAL<br />
EM DESTAQUE<br />
EUROLABPOLARIS: A CONECTIVIDADE<br />
ENTRE TECNOLOGIA E EXPERTISE HUMANA INOVANDO O DIAGNÓSTICO<br />
POR IMUNOFLUORESCÊNCIA<br />
O Software EUROLAB Polaris é o<br />
mais recente desenvolvimento da<br />
EUROIMMUN e consiste em uma<br />
plataforma que conecta laboratórios<br />
de diferentes localidades com uma<br />
central para avaliação de testes de<br />
imunofluorescência indireta (IIFT).<br />
O sistema permite que laboratórios<br />
que realizam os testes possam enviar<br />
de forma segura e rastreável para uma<br />
central onde especialistas em IIFT terão<br />
acesso as imagens para avaliação dos<br />
padrões de marcação fluorescente.<br />
Os resultados classificados são então<br />
disponibilizados para o laboratório<br />
solicitante.<br />
• Oferece maior flexibilidade<br />
permitindo a entrada de resultados<br />
independentemente do local<br />
• Possui codificação segura e<br />
rastreabilidade total de dados para<br />
todo processo de transferência de<br />
dados entre os diferentes locais,<br />
garantindo a integridade de dados<br />
• Permite maior padronização<br />
de diagnósticos de IIFT devido à<br />
avaliação centralizada dos dados por<br />
especialistas selecionados<br />
• Oferece acesso seguro e flexível a<br />
todos os dados e ao respectivo status<br />
de avaliação via navegador da web a<br />
qualquer momento e de qualquer local<br />
• Aumenta a eficiência: melhor<br />
planejamento do fluxo de trabalho<br />
com identificação de amostras<br />
urgentes, relatórios IFT agrupados<br />
e divisão de trabalho cooperativo<br />
por uma equipe de especialistas<br />
• Possui uma interface de usuário<br />
clara e operação intuitiva.<br />
Fluxo de Trabalho AUTOMATIZADO IIFT para o seu Laboratório<br />
EUROLabPolaris é um produto<br />
inovativo para avaliação de imagens<br />
de IIFT:<br />
Registro de amostras de IIFT e<br />
geração de protocolos de<br />
trabalho digital<br />
EUROLabOffice 4.0<br />
Soluções flexíveis de automação para o processamento de IIFT<br />
para atender a necessidade de cada laboratório<br />
IF Sprinter Sprinter XL EUROLabWorkstation IFA<br />
• Otimiza o fluxo de trabalho ao<br />
reduzir a logística de transporte das<br />
amostras entre os laboratórios e a<br />
mobilidade de especialistas<br />
Avaliação central de resultados e<br />
armazenamento digital de dados de IIFT,<br />
bem como transmissão de resultados<br />
para vários locais<br />
EUROLabPolaris<br />
Aquisição automatizada de imagens de fluorescência<br />
de alta qualidade com rapidez<br />
EUROPattern Microscope Live<br />
EUROPattern<br />
62 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
EUROLabPolaris<br />
A conectividade entre tecnologia e expertise humana<br />
inovando o diagnóstico por imunofluorescência<br />
Diagnóstico conectado de forma inteligente: conexão<br />
digital de vários laboratórios, independentemente de<br />
sua localização geográfica.<br />
Eficiência<br />
Acesso seguro e flexível<br />
Otimiza o fluxo de trabalho<br />
Oferece maior flexibilidade<br />
Codificação segura e<br />
rastreabilidade total de dados<br />
Informações para Pedido<br />
EUROLabPolaris Server Licence<br />
EUROLabPolaris Client Licence<br />
Software para avaliação central de resultados em análises de IIFT<br />
Licença por laboratório clientes<br />
YG 0251-0101<br />
YG 0251-0101-10<br />
Estamos felizes em ajuda-lo criar a melhor solução de automação para o seu<br />
laboratório, incluindo a seleção de hardware ideal. Entre em contato conosco!<br />
Alameda Terracota, 215 - 6 Andar - Cerâmica - São Caetano do Sul - SP<br />
Fone: (11) 2305-9770 marketing@euroimmun.com.br<br />
www.euroimmun.com.br Facebook.com/euroimmunbrasil<br />
Linkedin.com/company/euroimmunbrasil @EUROIMMUNBrasil<br />
Para mais informações do EUROLabPolaris
MATÉRIA DE CAPA<br />
DB TOXICOLÓGICO INAUGURA SEDE<br />
EXCLUSIVA COM CAPACIDADE DE MAIS DE UM MILHÃO<br />
DE EXAMES MENSAIS.<br />
Laboratório faz parte do complexo DB Diagnósticos, localizado em Sorocaba-SP.<br />
O DB Diagnósticos é uma empresa com 11<br />
anos de mercado e líder no segmento de<br />
apoio laboratorial. Ao longo dos anos, a<br />
empresa, que tem sua matriz na cidade<br />
de Curitiba - PR, ampliou os negócios e<br />
descentralizou o laboratório para mais<br />
duas unidades que funcionam nas cidades<br />
de Sorocaba - SP e Recife - PE, ambas<br />
espelhadas na matriz e estrategicamente<br />
localizadas para atender a todo o país.<br />
Além dessas, a empresa também dedicou<br />
laboratórios separados e exclusivos por áreas<br />
de especialização. Hoje, o DB conta com o<br />
DB Molecular, em São Paulo - SP, que se<br />
dedica aos testes de alta complexidade,<br />
envolvendo Genética, Biologia Molecular<br />
e Citogenética. O DB Patologia, na cidade<br />
de Sorocaba-SP, conta com uma unidade<br />
exclusiva para o processamento de<br />
análises patológicas. Com prédio próprio e<br />
um corpo clínico de médicos patologistas<br />
especializados nas mais diversas<br />
patologias clínicas, a sede é especializada<br />
em testes de Anatomopatologia, Citopatologia,<br />
Imuno-Histoquímica e Patologia Molecular. E<br />
agora, a nova sede do DB Toxicológico, na mesma<br />
cidade, compõe o complexo DB Diagnósticos.<br />
Ao todo, o DB realizou mais de 120 milhões<br />
de exames no ano de 2021 e já começou o<br />
ano quebrando seus próprios recordes. No<br />
mês de março, o laboratório bateu a marca<br />
de 13 milhões de testes em um único mês e<br />
a perspectiva é fazer muito mais.<br />
Além do lançamento do DB Toxicológico,<br />
o grupo já anunciou outras duas sedes de<br />
análises clínicas, na cidade de Aparecida de<br />
Goiânia-GO e em Contagem-MG. O intuito<br />
é atender com mais rapidez aos clientes<br />
próximos dessas regiões e expandir a<br />
capacidade produtiva.<br />
64<br />
DB Toxicológico www.dbtoxicológico.com.br<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
NOVA INFRAESTRUTURA<br />
O setor do DB Toxicológico já existia dentro da<br />
empresa, bem como a marca dele. Mas agora<br />
ganhou uma unidade própria. Foram mais de R$<br />
25 milhões investidos no novo empreendimento,<br />
inaugurado em abril deste ano.<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
Localizada próxima aos principais aeroportos<br />
do país, a unidade terá capacidade produtiva<br />
de mais de um milhão de exames por mês,<br />
abrangendo a Toxicologia Forense, que<br />
analisa drogas terapêuticas e drogas de<br />
abuso, e as análises ocupacionais, clínicas e<br />
de metais, oferecendo um extenso menu<br />
de exames. Tudo isso em uma área de<br />
mais de 5.000m², a maior dentro deste<br />
segmento no país.<br />
“Quando a gente fala em infraestrutura,<br />
logo pensamos em prédios grandes<br />
e equipamentos robustos. O novo DB<br />
Antonio Fabbron, diretor-geral do DB Diagnósticos.<br />
Nova sede do DB Toxicológico em Sorocaba – SP<br />
Toxicológico é assim, mas não é só isso.<br />
Há vários elementos que compõem<br />
a construção do negócio: um time de<br />
profissionais qualificados e especializados,<br />
como médicos, biomédicos, farmacêuticos,<br />
biólogos, químicos e técnicos experientes<br />
em Toxicologia, formando equipes à frente<br />
do atendimento, do comercial e da área<br />
técnica”, diz Antonio Fabbron, diretor-geral<br />
do grupo DB Diagnósticos.<br />
O laboratório fica inserido em um modelo<br />
de mercado de terceirização de exames.<br />
Com isso, consegue atender ao cliente<br />
em nível nacional. São mais de 6.000<br />
clientes em todo Brasil. O DB Toxicológico<br />
fornece os kits para coleta, a logística,<br />
a análise completa e um sistema de<br />
liberação de laudo integrado ao sistema<br />
do cliente e ao DETRAN. “Temos um fluxo<br />
complexo para alinhar. Desde o cliente lá<br />
na ponta, no posto de coleta, até o nosso<br />
laboratório. São muitas áreas envolvidas”,<br />
reforça o diretor, que conta que o serviço<br />
do exame laboratorial não termina<br />
no laudo final. “Há ainda o apoio do<br />
marketing, do jurídico e do comercial, que<br />
traz um relacionamento contínuo com o<br />
nosso parceiro”, finaliza. A empresa ainda<br />
colabora com a capacitação dos parceiros,<br />
fornecendo cursos e treinamentos<br />
gratuitos, por meio da Universidade<br />
Corporativa do DB - UniDB.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
DB Toxicológico www.dbtoxicológico.com.br<br />
65
MATÉRIA DE CAPA<br />
TOXICOLÓGICO DE LARGA JANELA<br />
DE DETECÇÃO<br />
Desde o ano de 2016, os Exames de toxicologia<br />
de larga janela de detecção aumentaram de<br />
demanda exponencialmente. Isso porque o<br />
exame que detecta o hábito de consumo<br />
de drogas passou a ser exigido por lei.<br />
Aprovada em março daquele mesmo ano,<br />
a Lei n. 13.103 ordenou que motoristas<br />
profissionais, classificados nas carteiras<br />
de habilitação C, D e E realizassem o teste<br />
na renovação da CNH, em mudanças de<br />
categoria, no momento da retirada da<br />
primeira habilitação e ao contratar ou<br />
dispensar motoristas profissionais.<br />
Com o objetivo de reduzir os acidentes de<br />
trânsito e propor melhorias trabalhistas<br />
aos profissionais, o projeto demonstrou ser<br />
promissor logo nos primeiros anos, com<br />
resultados positivos. Em apenas alguns anos<br />
com a lei em vigor, uma nova atualização foi<br />
Tobias Thabet Martins, diretor-comercial do DB Diagnósticos.<br />
proposta: uma redução do prazo do teste.<br />
Agora, ele é exigido a cada dois anos e meio<br />
para grande parte dos trabalhadores, a<br />
depender da idade do motorista.<br />
De olho na necessidade do mercado, o DB<br />
Toxicológico expande e investe pesado em<br />
novas tecnologias, na capacidade produtiva e no<br />
capital humano. Segundo o diretor-comercial<br />
Tobias Martins, a nova unidade pretende suprir<br />
Antes, o exame era realizado na renovação da essa demanda, cumprindo as exigências<br />
CNH, a cada 5 anos. Esse prazo também sofreu<br />
legislativas. “O DB Toxicológico tem um<br />
compromisso grande com o Brasil.<br />
alteração para grande parte dos motoristas,<br />
Afinal, moramos em um país vasto,<br />
passando a ser exigida somente a cada 10 anos.<br />
em que o transporte depende dos<br />
motoristas profissionais de caminhão.<br />
O nosso serviço faz parte desse ciclo.<br />
Por isso, priorizamos qualidade e<br />
entrega. É o que precisamos ter para<br />
fazer tudo funcionar”, diz o diretor.<br />
Martins ainda explica que o processo<br />
de análise de pelos e cabelos são todos<br />
certificados pelo INMETRO (ISO 17.025).<br />
“Para nós, o teste toxicológico do cabelo é<br />
um grande desafio. Realizamos exames de<br />
todas as áreas, como Genética, Análises<br />
Clínicas, Patologia entre outras. Mas o<br />
toxicológico nos exige um outro olhar.<br />
Lidamos com pessoas que precisam do<br />
teste em dia para trabalhar em um ofício<br />
essencial para o país”, finaliza o diretor.<br />
66<br />
DB Toxicológico www.dbtoxicológico.com.br<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
TECNOLOGIA DE ÚLTIMA GERAÇÃO<br />
Para dar conta da demanda que não para<br />
de crescer, o DB Toxicológico investiu em<br />
equipamentos de última geração, como é o caso<br />
da Phytronix, da Luxon. Uma máquina que<br />
consegue processar 180.000 amostras<br />
por mês. Com isso a capacidade de<br />
produção aumenta em 200%.<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
“A nova tecnologia não traz só ganhos nos<br />
prazos, qualidade elevada e competividade no<br />
mercado. Devido à alta capacidade analítica,<br />
este equipamento será explorado para validações<br />
de analitos que expandirão a gama de exames<br />
fornecidos pelo Setor de Toxicologia Forense,<br />
Ocupacional e Ambulatorial”, explica o gerentegeral<br />
do DB Toxicológico, Polinércio Casarini.<br />
MUITO MAIS QUE O TESTE DO CABELO<br />
Além da Toxicologia Forense, a unidade<br />
do DB Toxicológico também conta com a<br />
Toxicologia Ocupacional, um setor dedicado<br />
para análises ocupacionais, análises clínicas e<br />
marcadores tumorais.<br />
Os ensaios realizados são regidos pela Norma<br />
Regulamentadora nº 7, Programa de Controle<br />
Médico de Saúde Ocupacional (NR-7/PCMSO),<br />
e a Portaria nº 24 da Secretaria de Segurança<br />
e Saúde no Trabalho, de 29 de dezembro<br />
de 1994, que estabelecem os parâmetros<br />
Polinércio Casarini, gerente-geral do DB Toxicológico.<br />
biológicos para o controle da exposição<br />
a agentes químicos em trabalhadores de<br />
diversos segmentos da indústria.<br />
“Há muitos agentes químicos envolvendo<br />
processos industriais. Uma vez que o trabalhador<br />
faz parte dessas empresas, ele está sujeito à<br />
contaminação, seja por chumbo, arsênio, ou<br />
cádmio por exemplo. Quando em níveis elevados,<br />
essa exposição pode levar a doenças e sequelas<br />
sérias no corpo humano. Por isso, o controle<br />
deve ser realizado com rigidez”, explica Maria<br />
Clara Sampaio, Coordenadora Operacional da<br />
Toxicologia do DB Toxicológico.<br />
São diversos agentes químicos localizados em<br />
fábricas de borracha, petroquímicas, metalúrgicas,<br />
entre outras.<br />
A Coordenadora ainda reforça que com o<br />
controle adequado da exposição, as chances de<br />
efeitos maléficos ao corpo humano são mínimas.<br />
Portanto, o importante é manter o controle<br />
conforme as exigências trabalhistas e manter a<br />
saúde e qualidade de vida dos trabalhadores.<br />
Com o novo complexo do DB Toxicológico, as duas<br />
áreas da Toxicologia ganham ainda mais espaço<br />
para atender à demanda, com qualidade e agilidade<br />
que nossos clientes merecem e precisam.<br />
Acesse e conheça o novo DB Toxicológico.<br />
Maria Clara Sampaio - Coordenadora Operacional da Toxicologia do DB Toxicológico.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
DB Toxicológico<br />
www.dbtoxicológico.com.br<br />
DB Toxicológico www.dbtoxicológico.com.br<br />
67
NEUROCIENCIA EM FOCO<br />
COMO A GENÉTICA PODE INTERFERIR<br />
NO TRANSTORNO POR USO DE PSICOATIVAS<br />
Nos dias atuais diversos tipos de vícios são estudados pelos especialistas, entre eles, aqueles que são provocados pelas substâncias psicoativas.<br />
Diante disso, ficou comprovado que existe, sim, uma relação constante entre as substâncias psicoativas e os vícios.<br />
Por: Dr. Fabiano de Abreu<br />
A genética e os vícios<br />
Os vícios são um conjunto diversificado<br />
de doenças comuns e complexas<br />
que estão, até certo ponto, ligadas<br />
por fatores etiológicos genéticos<br />
e ambientais compartilhados.<br />
Frequentemente são crônicos, com<br />
curso recidivante e remitente. O vício<br />
também pode ser considerado com<br />
um dos transtornos psiquiátricos<br />
recorrentes crônicos, caracterizados<br />
pelo uso compulsivo e descontrolado<br />
de uma droga ou atividade, com<br />
resultados desadaptativos e<br />
destrutivos. Embora o uso de agentes<br />
aditivos seja voluntário, o vício leva à<br />
perda do controle.<br />
A motivação para o comportamento<br />
de busca de drogas é inicialmente<br />
impulsionada pela impulsividade e<br />
recompensa positiva. No entanto,<br />
quando o diagnóstico é feito,<br />
uma mudança neuroadaptativa<br />
potencialmente irreversível ocorreu -<br />
mudanças que eram evitáveis em um<br />
ponto inicial da trajetória da doença.<br />
Segundo Barbanti, a identificação de<br />
genes que são centrais para a resposta<br />
a drogas e neuroadaptação também<br />
está sendo alcançada por meio de<br />
estudos em modelos animais de<br />
vertebrados e invertebrados de circuitos<br />
neuroanatômicos e redes moleculares<br />
celulares que são cruciais nos vícios.<br />
Herança de vícios: é possível?<br />
Sim! É possível. Evidências de<br />
estudos de família, adoção e gêmeos<br />
convergem sobre a relevância dos<br />
fatores genéticos no desenvolvimento<br />
de vícios, incluindo SUDs e jogos de<br />
azar. As estimativas de herdabilidade<br />
são geralmente mais altas para<br />
dependência do que para uso de<br />
substâncias; no entanto, “nenhum uso<br />
de drogas patológicas” e “início do uso”<br />
também são hereditários, indicando<br />
que as influências genéticas também<br />
desempenham um papel na iniciação.<br />
No entanto, as influências genéticas e<br />
ambientais que modulam o risco de<br />
SUDs mudam no desenvolvimento<br />
e ao longo da vida. Uma possível<br />
explicação para isso é que à medida<br />
que amadurecem, as pessoas têm<br />
cada vez mais latitude para moldar<br />
suas escolhas e ambientes sociais,<br />
aumentando assim a importância<br />
relativa do genótipo. Outra explicação<br />
é que alguns fatores genéticos são<br />
importantes apenas após a exposição<br />
repetitiva a agentes aditivos.<br />
Genes contribuem na<br />
vulnerabilidade aos vícios<br />
Um gene pode contribuir para a<br />
vulnerabilidade ao vício de várias<br />
maneiras. Uma proteína mutante<br />
(ou níveis alterados de uma proteína<br />
normal) pode alterar a estrutura ou o<br />
funcionamento de circuitos cerebrais<br />
específicos durante o desenvolvimento<br />
ou na idade adulta. Esses circuitos<br />
cerebrais alterados podem alterar a<br />
capacidade de resposta do indivíduo<br />
à exposição inicial à droga ou às<br />
adaptações que ocorrem no cérebro<br />
após a exposição repetida à droga.<br />
Da mesma forma, os estímulos<br />
ambientais podem afetar a<br />
vulnerabilidade ao vício, influenciando<br />
esses mesmos circuitos neurais. Talvez<br />
combinar abordagens genéticas com<br />
fenótipos definidos de forma mais<br />
restrita facilitaria a identificação de<br />
genes de vulnerabilidade ao vício.<br />
Autor:<br />
Dr. Fabiano de Abreu<br />
Sobre o Dr. Fabiano de Abreu<br />
PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura<br />
em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem,<br />
Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do<br />
Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de<br />
Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa e Intertel, associação de pessoas de alto QI e especialista<br />
em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.<br />
68<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
MEDICINA GENÔMICA<br />
GWAS: ESTUDOS DE ASSOCIAÇÃO GENÔMICA AMPLA<br />
Estudos de associação genômica ampla (GWAS) são métodos matemáticos que identificam associações entre<br />
regiões genômicas e traços fenotípicos.<br />
Por: Nágela G. Safady<br />
Os estudos de genética permitiram<br />
entender que diferentes características<br />
observadas nos organismos estão<br />
associadas ao nosso material genético.<br />
Com o avanço no conhecimento, novas<br />
ferramentas são desenvolvidas para<br />
desvendar os segredos do genoma.<br />
Uma das ferramentas que revolucionou<br />
a ciência nos últimos anos é conhecida<br />
como GWAS, sigla em inglês para<br />
estudos de associação genômica<br />
ampla. Esses estudos já permitiram<br />
identificar milhares de regiões do DNA<br />
associadas à susceptibilidade a doenças<br />
e ao entendimento de características<br />
genéticas complexas.<br />
O que são GWAS?<br />
Genome Wide Association Studies<br />
(GWAS) são métodos matemáticos<br />
que identificam associações entre<br />
regiões genômicas e traços fenotípicos<br />
e é utilizado principalmente no estudo<br />
de doenças.<br />
Em suma, GWAS se baseia na<br />
hipótese de que um traço comum<br />
entre indivíduos está associado a uma<br />
variação genética comum entre estes<br />
indivíduos. Ou seja, esses estudos<br />
levam em consideração a similaridade<br />
genética entre indivíduos que dividem<br />
a mesma característica.<br />
Nesse sentido, certas variantes genéticas<br />
são encontradas com maior frequência<br />
em pessoas que apresentam o fenótipo<br />
do que pessoas que não apresentam.<br />
Como GWAS funciona?<br />
Para realizar o GWAS, primeiramente<br />
indivíduos são selecionados de acordo<br />
com a caraterística de interesse. Por<br />
exemplo, pessoas com Alzheimer,<br />
com depressão ou que desenvolveram<br />
algum tipo específico de câncer. Do<br />
mesmo modo, o estudo também pode<br />
ser realizado dentro de populações,<br />
como indivíduos de um determinado<br />
país, ou também entre familiares.<br />
Após selecionar o fenótipo desejado, o<br />
DNA dos indivíduos que apresentam a<br />
característica de interesse é comparado<br />
aos indivíduos que não apresentam,<br />
chamados de controle.<br />
Uso de marcadores SNP em GWAS<br />
A variação entre regiões genômicas<br />
no estudo de associação é analisada<br />
principalmente através de marcadores<br />
SNP, sigla em inglês para polimorfismo<br />
de nucleotídeo único, ou seja, alteração<br />
de um só nucleotídeo em uma<br />
sequência de DNA. Além de serem<br />
amplamente distribuídos pelo genoma,<br />
esses marcadores representam a maior<br />
colaboração para a variabilidade genética,<br />
em uma frequência de uma ocorrência<br />
a cada 1000 pares de base. SNPs são<br />
amplamente utilizados em diferentes<br />
organismos para identificar variantes de<br />
genes relacionados a doenças e outras<br />
características de interesse.<br />
Principais técnicas de<br />
genotipagem<br />
A genotipagem dos indivíduos<br />
analisados em estudos GWAS pode ser<br />
realizada em duas principais formas:<br />
• SNP Array: é uma técnica capaz de<br />
detectar alterações genéticas em todo<br />
o genoma em um único ensaio. Nesse<br />
método é realizada a hibridização de<br />
70<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
fragmentos de DNA de fita simples em<br />
matrizes (array) contendo centenas<br />
de milhares de sonda (probes) com<br />
sequencias exclusivas de nucleotídeos.<br />
Cada sonda é desenvolvida para se<br />
ligar a uma sequência alvo de DNA.<br />
Após a hibridização, é utilizado<br />
um equipamento que mensura a<br />
intensidade do sinal de cada sonda e<br />
seu DNA alvo. A intensidade do sinal<br />
depende da quantidade de DNA alvo<br />
na amostra e a afinidade entre o alvo<br />
e a sonda. Com esse ensaio é possível<br />
detectar duplicação ou deleção de<br />
nucleotídeos, variação no número de<br />
cópias gênicas (CNVs), entre outros.<br />
• Sequenciamento de genoma<br />
completo (WGS): técnica que sequencia<br />
o genoma completo dos indivíduos<br />
em um só ensaio. WGS permite maior<br />
quantidade de informação sobre o<br />
genoma do que SNP array.<br />
Desequilíbrio de ligação<br />
Independente da técnica de<br />
genotipagem utilizada, GWAS<br />
analisa até milhões de SNPs para<br />
encontrar regiões do genoma<br />
relacionados com uma doença ou<br />
outro traço importante. O sucesso<br />
do GWAS usando SNPs como<br />
marcadores genéticos em parte<br />
depende do Desequilíbrio de ligação<br />
(LD) como um conceito de população.<br />
LD é uma propriedade que se refere<br />
ao grau em que um alelo de um SNP<br />
é herdado ou correlacionado com um<br />
alelo de outro SNP dentro de uma<br />
população. LD é importante para<br />
GWAS, pois permite a identificação<br />
de marcadores genéticos que<br />
marcam as variantes causais reais<br />
para doenças humanas complexas.<br />
Correções estatísticas<br />
Como dito anteriormente, nesse<br />
estudo é esperado que variantes<br />
associadas a característica de interesse<br />
apareçam em maior quantidade no<br />
grupo de indivíduos que apresentam<br />
a característica do que o controle.<br />
Os resultados obtidos no GWAS<br />
requerem rígidas correções estatísticas<br />
para evitar associações erradas entre<br />
variantes e as características. O P-value,<br />
por exemplo, indica a significância<br />
da diferença na frequência do alelo<br />
testado entre casos e controles, ou<br />
seja, a probabilidade de que o alelo<br />
esteja associado à característica. A<br />
seleção de um limiar (threshold) de<br />
significância estatística apropriada em<br />
GWAS é fundamental para diferenciar<br />
os verdadeiros positivos dos falsos<br />
positivos e falsos negativos.<br />
Além disso, cada SNP gera uma razão<br />
de probabilidade (Oddis Ratio- OD),<br />
que representa o tamanho do efeito<br />
da variante para a característica, ou<br />
seja, quanto é o efeito do alelo sobre<br />
o fenótipo.<br />
Na maioria dos casos, os resultados<br />
obtido em GWAS são demonstrados<br />
em um gráfico de Manhattan. Esse<br />
gráfico tem no eixo vertical (y) log10<br />
do P-value e a posição dos SNPs<br />
(cromossomos) no eixo horizontal<br />
(x). Cada ponto representa um SNP<br />
analisado e os pontos mais altos,<br />
que estão acima do threshold,<br />
são referentes aos SNPs que são<br />
significantemente associados ao<br />
fenótipo analisado, chamados de hits.<br />
GWAS no estudo de câncer<br />
Como GWAS é uma das ferramentas<br />
mais eficazes da atualidade para<br />
associar doenças a variantes, o método<br />
vem sendo amplamente utilizado para<br />
encontrar regiões do genoma que estão<br />
associadas com a susceptibilidade ao<br />
câncer. Alguns dos muitos exemplos de<br />
estudos que conquistaram resultados<br />
interessantes foram:<br />
Pulmão: Pesquisadores identificaram<br />
18 regiões de câncer de pulmão nos<br />
quais múltiplas mutações gênicas<br />
(OFBC1 e RTEL1) associadas à função dos<br />
telômeros apresentam efeito na indução<br />
de adenocarcinoma de pulmão;<br />
MEDICINA GENÔMICA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
71
MEDICINA GENÔMICA<br />
Fígado: 18 genes de susceptibilidade e<br />
10 candidatos foram associados ao gene<br />
supressor de tumor TP53, relacionado;<br />
Pâncreas: 5 regiões de susceptibilidade<br />
a câncer de pâncreas foram identificadas.<br />
Esses genes desempenham um<br />
papel importante no desenvolvimento<br />
pancreático e na estabilidade ambiental<br />
do ácino pancreático e podem explicar os<br />
mecanismos subjacentes desses locais;<br />
Câncer de mama: GWAS já<br />
identificaram mais de 100 regiões<br />
do genoma associadas a fatores de<br />
risco ao câncer de mama. Os genes<br />
C21orf58 e ZNF526, por exemplo,<br />
apresentam um importante papel no<br />
controle de crescimento de células<br />
cancerígenas de câncer de mama.<br />
Limitações dos estudos de<br />
associação<br />
Embora GWAS seja uma excelente<br />
ferramenta para identificar regiões<br />
associadas a importantes características,<br />
outras análises são necessárias para<br />
confirmar os resultados do estudo.<br />
Além disso, alguns parâmetros podem<br />
influenciar na eficácia dos resultados<br />
obtidos em GWAS. Por exemplo,<br />
algumas doenças muito prevalentes<br />
estão associadas a vários genes que<br />
causam baixo tamanho de efeito no<br />
fenótipo. Como cada gene representa<br />
um pequeno efeito, é necessário um<br />
grande tamanho amostral (casos e<br />
controles) para conseguir identificar as<br />
regiões associadas a doença.<br />
Além disso, o controle da estratificação<br />
populacional em GWAS é outro<br />
importante parâmetro da metodologia.<br />
Isso porque, dependendo da diversidade<br />
populacional da amostragem, a<br />
diferença de frequência de alelos pode<br />
ser confundida com a ancestralidade<br />
genética. Em outras palavras, em uma<br />
amostragem que contêm diferentes<br />
populações, as variantes podem se<br />
destacar apenas pelo fato de serem<br />
populações diferentes e não por estarem<br />
associadas à característica de interesse.<br />
Embora a amostragem com diferentes<br />
populações pode causar uma<br />
interpretação errada dos resultados, a<br />
diversidade genética da amostra é de<br />
extrema importância. A maioria dos<br />
estudos de GWAS divulgados foram<br />
realizados com indivíduos europeus sem<br />
a representação de outras populações.<br />
Quando o estudo é realizado com<br />
uma população muito homogênea, o<br />
resultado da associação pode não ser<br />
aplicado para outras populações.<br />
Herdabilidade perdida<br />
Com GWAS se tornou possível estimar<br />
a herdabilidade, ou seja, a proporção<br />
da variância genética em relação a<br />
fenotípica de características. Até então,<br />
o cálculo de herdabilidade era feito<br />
somente através do estudo de gêmeos,<br />
já em GWAS a estimativa é baseada<br />
nos SNPs. No entanto, GWAS explica<br />
muito pouco da herdabilidade em<br />
relação ao estudo de gêmeos. A parte<br />
não identificada da herdabilidade<br />
nos estudos genéticos é chamada<br />
de herdabilidade perdida. Várias são<br />
as hipóteses que procuram explicar<br />
o sumiço dessa informação, você<br />
pode conferir no texto: Herdabilidade<br />
perdida: Um mistério sem solução?<br />
Em suma, GWAS representam um<br />
grande passo na procura por associações<br />
entre características genéticas e<br />
fenotípicas. Embora o método ainda<br />
apresente algumas limitações, GWAS<br />
permite identificar novas associações<br />
entre variantes e traços, permite um<br />
melhor entendimento do mecanismo<br />
biológico de diversas doenças, os<br />
dados obtidos nos estudos são<br />
facilmente compartilhados e além<br />
disso, possibilita o desenvolvimento de<br />
tratamentos personalizados e melhor<br />
manejo de pacientes.<br />
Referências<br />
Altmüller, J et al. “Genomewide scans of complex human diseases:<br />
true linkage is hard to find.” American journal of human genetics<br />
vol. 69,5 (2001): 936-50. doi:10.1086/324069<br />
Barsh, Gregory S et al. “Guidelines for genome-wide association<br />
studies.” PLoS genetics vol. 8,7 (2012): e1002812. doi:10.1371/<br />
journal.pgen.1002812<br />
Liang, Baiqiang et al. “GWAS in cancer: progress and challenges.”<br />
Molecular genetics and genomics : MGG vol. 295,3 (2020): 537-<br />
561. doi:10.1007/s00438-020-01647-z<br />
Tam, Vivian et al. “Benefits and limitations of genome-wide<br />
association studies.” Nature reviews. Genetics vol. 20,8 (2019):<br />
467-484. doi:10.1038/s41576-019-0127-1<br />
Uricchio, Lawrence H. “Evolutionary perspectives on polygenic<br />
selection, missing heritability, and GWAS.” Human genetics vol.<br />
139,1 (2020): 5-21. doi:10.1007/s00439-019-02040-6<br />
FONTE:<br />
União de soluções tecnológicas para a prática da medicina de precisão. Nossa missão é ser referência de excelência no<br />
desenvolvimento de soluções de bioinformática e prestação de serviços aplicados na área de diagnóstico clínico e de pesquisas<br />
acadêmicas, para auxiliar a comunidade científica a difundir cada vez mais o conhecimento.<br />
72<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Teste de Gravidez Semanal<br />
Leitura do teste com indicação de<br />
qual semana a gestação está.<br />
C C C<br />
C<br />
C<br />
C<br />
Sem<br />
Gravidez<br />
T1<br />
1-2 Semanas<br />
T1<br />
T2<br />
2-3 Semanas<br />
HCG<br />
C<br />
C C C<br />
T3 T3 T4<br />
T1<br />
T2 T1<br />
T2<br />
C C<br />
T3 T4<br />
T1 T2<br />
3-4 Semanas + 4 Semanas<br />
Sem<br />
Gravidez<br />
1-2<br />
Semanas<br />
2-3<br />
Semanas<br />
3-4<br />
Semanas<br />
+4<br />
Semanas<br />
Teste de Pico de Ovulação<br />
Fértil<br />
Leitura do teste com<br />
indicação do período<br />
de ovulação.<br />
Antes do período de ovulação<br />
LH<br />
C C<br />
C<br />
C<br />
C<br />
C C C<br />
T3 T4<br />
T1<br />
T1<br />
T2<br />
T1<br />
T2<br />
Ovulação após 12 horas<br />
Ovulação após 6 horas<br />
C C C C<br />
T3 T3 T4<br />
T1<br />
T2<br />
T1<br />
T2<br />
Ovulação<br />
Níveis Hormonais<br />
Menstruação<br />
01 14 28<br />
LH (Hormônio Lutenizante)<br />
ES (Estrogênio/Estradiol)<br />
FSH (Hormônio Folículo Estimulante)<br />
Dias<br />
BIO ADVANCE<br />
www.bioadvancediag.com.br contato@bioadvancediag.com.br (11) 2621-7<strong>171</strong>
ELISA DBS<br />
PAPEL FILTRO<br />
ELISA<br />
MICROBIOLOGIA<br />
LÁTEX<br />
TURBIDIMETRIA<br />
TESTES RÁPIDOS
É por tudo isso que a MBiolog trabalha há 22 anos,<br />
caminhando com você para um futuro brilhante.
PUBLIEDITORIAL<br />
EM DESTAQUE<br />
OS DESAFIOS DA TEMPORADA DE GRIPE<br />
JUNTO DO SARS-COV-2<br />
Entrevista com Dr. Manoj Gandhi<br />
A temporada de gripe se aproxima agora no<br />
hemisfério sul. No passado, o período já era<br />
naturalmente desafiador, mas agora com a<br />
COVID-19 tudo se intensificou. A temporada<br />
de gripe chega enquanto o novo vírus, que já<br />
sobrecarregou muito os sistemas de saúde em<br />
todo o mundo, tende a se perpetuar como ameaça<br />
permanente à população de todo o planeta. O que<br />
podemos esperar do impacto combinado desses<br />
dois vírus à medida que os casos oriundos de<br />
ambos passam a coexistir em nossos hospitais?<br />
Para responder esta e outras perguntas,<br />
conversamos com o Dr. Manoj Gandhi, Diretor<br />
Médico Sênior para Soluções em Testes Genéticos<br />
da Thermo Fisher Scientific, que nos apresentou<br />
uma análise detalhada do cenário.<br />
O que já sabemos sobre a gripe?<br />
A gripe advém de um grupo de vírus relacionados<br />
entre si, mas que se manifestam de forma cíclica,<br />
causando infecções que coincidem com as<br />
estações do ano. A temporada de gripe que se<br />
inicia com a chegada do outono, se estendendo<br />
por todo inverno, chegará em muitos países onde<br />
ainda há incidências significativas de infecções por<br />
SARS-CoV-2. Por se tratar de um vírus que apenas<br />
recentemente passou a infectar humanos, o<br />
SARS-CoV-2 ainda não apresenta nenhum padrão<br />
sazonal e é provável que ocorra um aumento nas<br />
taxas de infecção por COVID-19 à medida que<br />
os casos de gripe também aumentarem. Esta<br />
combinação representa um desafio especial para<br />
médicos e sistemas de saúde.<br />
Em relação à gripe, o Dr. Gandhi comenta<br />
que “a gripe foi descrita pela primeira vez há<br />
cerca de 100 anos, mas há séculos está entre<br />
nós. Agora estamos munidos de vacinas e<br />
tratamentos contra a gripe, como o Tamiflu que,<br />
quando administrado nos primeiros dois dias de<br />
sintomas, pode ser muito eficaz”.<br />
No entanto, o vírus influenza continua sendo<br />
um patógeno perigoso, especialmente porque<br />
sua alta taxa de mutação não permite que<br />
a imunidade adquirida forneça proteção<br />
duradoura contra todas as classes de vírus da<br />
gripe. Além disso, novos e mais virulentos<br />
subtipos podem surgir, aumentando as taxas de<br />
mortalidade pela doença.<br />
É muito provável que o caráter sazonal dos novos<br />
subtipos de gripe e suas ondas de infecções e<br />
hospitalizações deverão ser acompanhados de<br />
uma alta incidência de infecções por SARS-CoV-2<br />
também. Essa coincidência de tempo e lugar<br />
apresenta dois grandes desafios para os médicos<br />
e sistemas de saúde: o alto volume de pacientes e<br />
a triagem correta entre gripe ou COVID-19.<br />
Gerenciamento de pacientes para<br />
influenza e SARS-CoV-2<br />
Os sistemas hospitalares costumam se preparar<br />
para a chegada da temporada de gripe, alocando<br />
recursos humanos e financeiros em antecipação<br />
à chegada dos pacientes de gripe. Porém, com<br />
*Imagem ilustrativa<br />
a pandemia de COVID-19 ainda ativa, toda a<br />
logística hospitalar adaptada permanece em<br />
grade medida ainda comprometida com os<br />
pacientes infectados pelo SARS-CoV-2. Muitos<br />
sistemas foram estendidos para e além de seus<br />
limites e não há capacidade extra disponível<br />
para atender uma nova onda de gripe como era<br />
nos anos anteriores.<br />
Vale lembrar que no último ano a crise do<br />
coronavírus causou um efeito surpreendente<br />
sobre a temporada de gripe. Ao longo de 2020,<br />
o distanciamento social, uso máscaras e outras<br />
medidas de proteção contra o SARS-CoV-2<br />
reduziu significativamente a transmissão da<br />
gripe e de outros vírus respiratórios sazonais,<br />
fazendo com que praticamente a temporada<br />
de gripe fosse interrompida. Agora, no entanto,<br />
é provável que isso não se repita em 2021,<br />
já que a retomada das atividades e o fim das<br />
restrições na maior parte do país podem tornar a<br />
permitir que os vírus influenza e SARS-CoV-2 se<br />
disseminem novamente, sendo possível mesmo<br />
um recrudescimento da pandemia de COVID-19.<br />
76 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
PUBLIEDITORIAL<br />
EM DESTAQUE<br />
*Imagem ilustrativa<br />
Como é possível diferenciar as infecções<br />
causadas por SARS-CoV-2 ou por influenza?<br />
Dr. Gandhi explica o desafio de distinguir<br />
entre essas duas condições em um contexto<br />
terapêutico: “O problema é que elas<br />
apresentam sintomas muito semelhantes,<br />
como febre, tosse, dores no corpo, coriza.<br />
Existem algumas diferenças sutis, como<br />
perda de paladar ou olfato e falta de ar, que<br />
podem ser observadas em pacientes com<br />
COVID. No entanto, [estes] podem não ser<br />
vistos em todos os pacientes e, na maioria<br />
das vezes, os sintomas entre COVID e gripe<br />
são fundamentalmente os mesmos. Então, a<br />
questão real é, como o médico pode distinguir<br />
a infecção de um ou do outro patógeno? E a<br />
resposta é que há um teste específico pra isso.”<br />
Dado que muitas das abordagens terapêuticas<br />
para as duas condições, incluindo o uso<br />
de respiradores mecânicos, são baseadas<br />
nos sintomas que eles compartilham, esse<br />
teste pode parecer desnecessário aos olhos<br />
de alguns. Isso porque o normalmente o<br />
tratamento é orientado para os sintomas, e<br />
não necessariamente requer conhecimento do<br />
patógeno causador da doença, apenas busca<br />
aliviar a enfermidade do paciente. No entanto, já<br />
existem medicamentos e protocolos designados<br />
para as infecções específicas. Estes devem ser<br />
distinguidos de acordo com o patógeno, pois<br />
seus efeitos podem ser inertes ou adversos em<br />
determinados grupos de pacientes, ou então<br />
serem determinantes para salvar a vida de outro<br />
grupo de pacientes, logo não há margens para<br />
erros nesse tipo de conduta terapêutica.<br />
Em particular, uma das principais características<br />
do SARS-CoV-2 é que ele pode induzir um<br />
grande fluxo de citocinas no organismo<br />
infectado devido à superestimulação do<br />
sistema imunológico, o que é raro em<br />
pacientes com gripe. Os medicamentos<br />
usados para tratar esse influxo de citocinas<br />
são imunossupressores, contraindicados para<br />
pacientes infectados pelo influenza. Da mesma<br />
forma, vários medicamentos antivirais foram<br />
aprovados para uso contra o SARS-CoV-2, mas<br />
ainda não foram testados quanto à eficácia ou<br />
segurança contra influenza (p.ex. remdesivir)<br />
e vice-versa (p.ex. oseltamivir, zanamivir,<br />
peramivir, baloxavir).<br />
Além disso, as recomendações de quarentena<br />
são diferentes para os dois vírus, sendo muito<br />
mais rigorosos para infectados com SARS-CoV-2.<br />
Isso permite que hospitais elaborem estratégias<br />
e otimizem seus recursos para prevenir um<br />
colapso do sistema de saúde frente a um aumento<br />
repentino de novos casos de ambas as doenças.<br />
Os diferentes aspectos do tratamento para os<br />
dois vírus colocam um desafio ainda maior<br />
para os casos de co-infecção. “Flurona”, como<br />
apelidaram a condição de infectar-se com<br />
influenza e SARS-CoV-2 simultaneamente,<br />
podem culminar em complicações graves<br />
que exigem procedimentos especializados<br />
para solucionar o problema.<br />
78 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Optilite ® melhora a eficiência<br />
Fluxo de trabalho<br />
Segurança dos resultados<br />
Menu de testes<br />
Gamopatias Monoclonais<br />
Freelite (cadeias leves livres kappa<br />
e lambda), Hevylite (cadeias<br />
leves+pesadas)<br />
Sistema Imune<br />
IgA, IgM, IgG, IgD e IgE, Suclasses de<br />
IgG e IgA, Sistema Complemento (CH50,<br />
C1 inativador, C1q, C2, C3c e C4)<br />
Sistema nervoso central<br />
Albumina, Freelite Mx, Cistatina e<br />
Imunoglobulinas no líquor.<br />
Nefrologia<br />
Cistatina, Microalbumina<br />
Beta-2-Microglobulina, Transferrina<br />
Proteínas Específicas<br />
PCR, ASO, Fator Reumatóide, Ferritina,<br />
Transferrina, Pré-Albumina, Ceruloplasmina,<br />
Haptoglobina, Alfa-1-Antitripisina,<br />
Alfa-1-Glicoproteína Ácida, Lipoproteína(a),<br />
entre outras.<br />
Freelite ® é marca registrada da empresa The Binding Site Group, Birmingham, Reino Unido
PUBLIEDITORIAL<br />
EM DESTAQUE<br />
E a vacina da gripe?<br />
A existência de vacinas contra a gripe, que são<br />
atualizadas e aprimoradas todos os anos para<br />
funcionar contra novas cepas, é uma defesa<br />
crucial contra a gripe. São as vacinas que<br />
previnem os piores impactos da gripe e limitam<br />
a propagação desse vírus na população. Mesmo<br />
quando não fornecem proteção completa contra<br />
uma infecção (sua eficácia a cada ano varia<br />
de ~ 40 a 60%), elas geralmente reduzem<br />
significativamente a gravidade da doença,<br />
ajudando a manter as pessoas infectadas fora<br />
do hospital. Quando os recursos disponíveis<br />
para tratar pessoas com casos graves de gripe<br />
são escassos, é fundamental manter altos níveis<br />
de vacinação. Altas taxas de vacinação contra<br />
influenza também reduzem a necessidade de<br />
distinguir entre infecções por influenza e SARS-<br />
CoV-2 e, consequentemente, diminuem as<br />
chances de pacientes que apresentem ambas as<br />
infecções simultaneamente.<br />
Infelizmente, as vacinas contra a gripe não são<br />
eficazes contra o SARS-CoV-2 diretamente.<br />
Como observa o Dr. Gandhi, “o vírus da gripe<br />
pertence à família Orthomyxoviridae, enquanto<br />
o SARS-CoV-2 pertence à família Coronavírus,<br />
e existem diferenças entre a estrutura dos dois<br />
vírus, de modo que cada um requer sua própria<br />
vacina específica”. Agora que já temos várias<br />
vacinas aprovadas e disponíveis também para<br />
o SARS-CoV-2, elas podem ser administradas<br />
em um plano de vacinação semelhante ao<br />
das vacinas contra a gripe, a fim de proteger a<br />
população contra ambas as doenças.<br />
Qual é o papel da Thermo Fisher Scientific e<br />
de outras empresas de testes em tudo isso?<br />
O Dr. Gandhi explica que “cabe a empresas como a<br />
Thermo Fisher Scientific produzir os testes corretos<br />
que atendam às necessidades dos médicos e,<br />
mais importante, dos pacientes”. O teste TaqPath<br />
COVID-19 da Thermo Fisher Scientific lançado<br />
em 2020 é validado para fins diagnósticos e é<br />
utilizado em todo o mundo para diagnóstico<br />
PCR de COVID-19, inclusive no Brasil.<br />
Com a chegada da temporada de gripe, a Thermo<br />
Fisher Scientific desenvolveu um novo teste de<br />
PCR multiplex que detecta simultaneamente<br />
RNA de vários vírus respiratórios, incluindo SARS-<br />
CoV-2, influenza A, influenza B e vírus sincicial<br />
respiratório. A combinação de alvos para cada um<br />
desses vírus em um único teste torna a distinção<br />
dessas infecções muito mais fácil e pode ajudar os<br />
médicos a escolher os tratamentos e protocolos<br />
apropriados para seus pacientes, salvando vidas.<br />
O Dr. Gandhi conclui: “Colocamos muito esforço<br />
e ênfase aqui na Thermo Fisher Scientific em<br />
ajudar nossos clientes a responder à pandemia de<br />
COVID-19, e estamos orgulhosos de poder colaborar<br />
também atendendo às demandas de testes de<br />
vírus respiratórios à medida que avançamos para<br />
a temporada de gripe.”<br />
Para solicitar mais informações sobre os ensaios de PCR em tempo real SARS-CoV-2 e influenza multiplex da<br />
Thermo Fisher Scientific, visite-nos em www.thermofisher.com/covidflursv ou www.thermofisher.com/covid19<br />
Saiba mais em thermofisher.com<br />
80 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
SOLUÇÃO COMPLETA<br />
PARA O SEU<br />
LABORATÓRIO<br />
Oferecemos a gestão laboratorial<br />
completa com a solução que você<br />
precisa para aumentar a<br />
produtividade do seu laboratório.<br />
+ de 3<br />
MILHÕES<br />
de exames por mês<br />
28<br />
anos<br />
de experiência<br />
Algumas soluções para<br />
otimização do seu laboratório:<br />
Painel de senha integrado;<br />
Biometria para pacientes e usuários na recepção, coleta e resultado;<br />
Planejamento e Controle da Produção automatizada com painéis;<br />
Faturamento com autorização automática de convênios, TISS,<br />
controle de glosas e BPA SUS;<br />
Controle integrado de Estoque;<br />
Laudos assinados com certificado digital;<br />
Integração completa com laboratórios de apoio através de Webservice;<br />
Soroteca;<br />
Business Intelligence;<br />
ERP integrado;<br />
Interfaceamento e controle de qualidade;<br />
Emissão de Nota Fiscal integrado;<br />
Relacionamento com o paciente automatizado: SMS, Whatsapp e E-mail;<br />
Resultados e laudos pela Internet com validador QRcode;<br />
Prontuário eletrônico e muito mais!<br />
Implantação segura, rápida,<br />
sem traumas, feita com todo<br />
planejamento necessário<br />
para o seu laboratório.<br />
Saiba mais:
DIREITO E SAÚDE<br />
O RETORNO DA GESTANTE AO TRABALHO<br />
PRESENCIAL E O AMBIENTE LABORATORIAL<br />
Por Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />
Em março de 2020, os habitantes do<br />
nosso Planeta Terra se viram diante<br />
de um novo inimigo, o SARS-COV-<br />
2(Covid-19), situação pandêmica que fez<br />
com que o Brasil e o Mundo criassem<br />
regras, protocolos, POP´S em todas as<br />
áreas, porém esses foram maiores e<br />
mais sentidos na área da saúde e afins. À<br />
medida que o vírus foi sendo conhecido,<br />
aperfeiçoaram-se os métodos de<br />
tratamento e as pesquisas vacinais foram<br />
evoluindo com sérios e severos critérios<br />
de revisão e aprovação. Porém, não<br />
tardou para que o reflexo da pandemia<br />
atingisse o universo jurídico em todas<br />
suas esferas, como por exemplo, a<br />
paralização dos Tribunais, a suspensão<br />
dos atos processuais e audiências de<br />
igual forma, etc. O grande vilão do século<br />
trouxe consequências inimagináveis,<br />
tornando-nos seus reféns.<br />
Sem entrar no mérito de acertos<br />
ou erros do Governo (até mesmo<br />
porque não cabe ao subscritor essa<br />
análise), dentre as várias MEDIDAS<br />
PROVISÓRIAS que foram criadas,<br />
algumas foram transformadas em<br />
Leis, muitas delas, com impacto<br />
direto nas relações trabalhistas, cujas<br />
consequências foram sentidas na vida<br />
do EMPREGADOR e do EMPREGADO,<br />
desde a previsão de antecipação<br />
de férias até o trabalho home<br />
office. Foram muitas as alterações<br />
estabelecidas, como forma de adaptar<br />
as relações laborais a nova realidade.<br />
Nesse sentido, foi sancionada a<br />
Lei Federal nº 14.151 de 20211 de<br />
12.05.2021, que previa em seu único<br />
artigo, originalmente, em sua redação, de<br />
maneira muito sucinta e extremamente<br />
objetiva, que afastava a gestante do<br />
trabalho presencial, a colocando no<br />
sistema home office de labor.<br />
Certamente foi um choque para<br />
os Empregadores e até mesmo as<br />
colaboradoras das empresas, que<br />
talvez, por mais que o risco fosse<br />
eminente, não queriam se ver em<br />
sistema de trabalho “home office”,<br />
ainda mais na área da saúde, dentro<br />
do seu posto de coleta ou do seu<br />
laboratório, mas a Lei à época foi<br />
clara, não se tratava de uma opção<br />
ou uma faculdade do empregado<br />
e empregador, mas sim uma<br />
obrigatoriedade, como forma de<br />
proteção necessária à gestante e ao<br />
bebê, ao olhar do Legislador.<br />
Pois bem, nesse sentido, os efeitos da<br />
famigerada Lei (Lei 14.151 de 2021),<br />
perdurou até o dia 09 de Março<br />
de 2022, quando da sanção e<br />
entrada em vigor da Lei Federal<br />
nº 14.311 de 20222, que alterou o<br />
texto da Lei anterior em sua essência.<br />
A novel Lei 14.311 de 09 de Março<br />
de 2022, de maneira muito clara e<br />
bem diretiva alterou a redação da Lei<br />
14.151 de 2021, e inseriu como regra<br />
geral o retorno ao trabalho presencial<br />
da gestante, salvo duas hipóteses (em<br />
nossa análise), conforme abaixo.<br />
82<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Considerando a alteração da Lei,<br />
o novo artigo 1º passa a ter a<br />
normas do PNI (Programa Nacional<br />
de Imunização), a mesma poderá<br />
estamos no País chamado Brasil,<br />
cabendo uma detalhada análise neste<br />
DIREITO E SAÚDE<br />
seguinte redação:<br />
ficar em home office, até que<br />
caso ocorra a situação descrita.<br />
sua imunização seja realizada<br />
“Artigo 1º - Durante a emergência de<br />
na totalidade.<br />
Mas e a regra então?<br />
saúde pública de importância nacional<br />
A regra (que é o retorno ao trabalho<br />
decorrente do coronavírus SARS-<br />
Parece ainda em análise superficial<br />
presencial) está esculpida nova no<br />
CoV-2, a empregada gestante que<br />
“estranho e pouco provável” pensar<br />
§3º do Artigo 1º da Lei 14.151 de<br />
ainda não tenha sido totalmente<br />
em alguém que ainda não tenha<br />
2021 (pela nova redação) que foi<br />
imunizada contra o referido agente<br />
se imunizado, vez que, o Brasil à<br />
inserida pela Lei 14.311 de 2022.<br />
infeccioso, de acordo com os critérios<br />
frente nas campanhas de vacinação,<br />
definidos pelo Ministério da Saúde e pelo<br />
estando entre os principais Países do<br />
Como cediço, o texto vigente continua<br />
Plano Nacional de Imunizações (PNI),<br />
Mundo em quantidade de pessoas<br />
com a imperatividade e vinculação<br />
deverá permanecer afastada das<br />
imunizadas de forma completa.<br />
compulsória da Lei anterior, cabendo,<br />
atividades de trabalho presencial.”<br />
Todavia, por cautela, vamos sintetizar<br />
sim, desta forma o retorno da<br />
uma questão hipotética, na qual,<br />
gestante ao trabalho presencial<br />
Pela exceção primária do referido<br />
eventualmente possa existir aquela<br />
a empresa!<br />
Artigo 1º, temos que em análise<br />
Empregada gestante, que, por clara e<br />
conjunta com as das Notas Técnicas do<br />
expressa orientação médica, não pode<br />
Assim a Empregada gestante, totalmente<br />
Ministério da Saúde números 65/20213<br />
ser vacinada ainda (mesmo querendo),<br />
imunizada (primeira e segunda dose,<br />
e 11/20224, há de se considerar a<br />
decorrente de algum problema de<br />
acrescida da dose de reforço), deve<br />
imunização completa da empregada<br />
saúde que eventualmente tenha,<br />
retornar ao trabalho presencial, cabendo<br />
gestante, quando a mesma foi<br />
por mais remota que seja referida<br />
ao Empregador (compulsoriamente)<br />
vacinada com primeira, segunda e<br />
possibilidade, sendo essa, uma<br />
requerer à Empregada o(s) referido(s)<br />
a dose de reforço. TODAVIA, caso<br />
exceção à regra em nossa visão para<br />
comprovante(s) de vacinação, para<br />
a mesma ainda esteja no lapso<br />
a permanecia do trabalho em sistema<br />
que, arquive cópia física ou virtual do<br />
temporal entre as doses e não tenha<br />
home office, frise-se novamente,<br />
documento junto ao prontuário da<br />
sua imunização completa, conforme<br />
por mais remota que seja a hipótese,<br />
colaboradora, como documento essencial.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
83
DIREITO E SAÚDE<br />
De outra banda, caso, por convicções<br />
pessoais, a Empregada gestante não<br />
tenha optado pela imunização (de<br />
forma completa ou não), a mesma,<br />
nos termos do inciso III do §3º (citado<br />
acima) em conjunto com §6º, ambos<br />
do artigo 1º da Lei, deverá preencher<br />
um termo de responsabilidade<br />
e de livre consentimento,<br />
declarando o perigo que por sua conta<br />
e risco resolveu assumir, sendo referido<br />
documento (termo), um documento<br />
obrigatório para a Empregada assinar e<br />
o empregador manter, de igual forma,<br />
junto aos arquivos e rol de documentos<br />
da empregada em seu RH/DP.<br />
A Lei prevê ainda a hipótese do<br />
Empregador optar em deixar a<br />
Empregada gestante no sistema home<br />
office de trabalho, cabendo a empresa<br />
a decisão, exclusivamente, salvo as<br />
exceções elencadas neste artigo.<br />
Corolário resultante das interpretações<br />
acima, notadamente, na hipótese<br />
de não imunização completa<br />
da Empregada (a qual, frise-se,<br />
obrigatoriamente tem que preencher<br />
o termo de responsabilidade) consiste<br />
em o Empregador, continuar adotando<br />
e mantendo todos os protocolos e<br />
medidas preventivas, para se evitar a<br />
transmissão do SARS-CoV-2, tal como<br />
higienização do ambiente, fornecimento<br />
de EPI´s adequados, disponibilização de<br />
álcool gel, entre outros, cabendo, neste<br />
ponto, ao empresário fazer, ou melhor,<br />
continuar fazendo, “a lição de casa”, em<br />
seu laboratório, posto de coleta, setor<br />
administrativo, junto a equipe interna<br />
e externa, incluindo terceirizados e<br />
prestadores de serviços.<br />
No que pese, no último dia 18.04.2022<br />
o Ministro da Saúde – MARCELO<br />
QUEIROGA tenha se manifestado<br />
por decretar o fim do estado da<br />
Emergência de Saúde Pública de<br />
Importância Nacional (Espin)5 por<br />
conta da Covid-19, temos que a OMS –<br />
Organização Mundial da Saúde, ainda<br />
não decretou o fim da pandemia<br />
global, fato este, que, por prevenção<br />
jurídica e como medida de proteção<br />
a saúde, não desonera o Empregador<br />
de continuar mantendo todos os<br />
cuidados de prevenção, fornecimento<br />
e disponibilização de equipamentos de<br />
proteção aos seus Empregados.<br />
Obrigado e um grande abraço<br />
a todos!<br />
Referências:<br />
1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/<br />
lei/L14151.htm<br />
2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/<br />
lei/L14311.htm<br />
3 https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/vacinas/planonacional-de-operacionalizacao-da-vacina-contra-a-covid-19/<br />
notas-tecnicas/2021/sei_ms-0024429242-nota-tecnica-65-<br />
antecipacao-da-dose-de- reforco.pdf/view<br />
4 https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/vacinas/planonacional-de-operacionalizacao-da-vacina-contra-a-covid-19/<br />
notas-tecnicas/2022/nota-tecnica-no11.pdf/view<br />
5 https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/<br />
abril/fim-da-espin-ministerio-da-saude-explica-quaiscriterios-levaram-o-governo-federal-a-tomar-decisao<br />
Autor:<br />
Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />
Advogado em São Paulo, especialista em direito e processo do trabalho, especialista em direito contratual, especializando em advocacia consultiva, é sócio do escritório<br />
CIRIACO ADVOGADOS, localizado em São Paulo – Capital, é Professor de Pós Graduação em São Paulo-SP; São Luis do Maranhão-MA; Goiânia-GO e Palestrante, atuando<br />
na área da saúde, na defesa de empresas, clinicas e laboratórios.<br />
84<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
DIREITO E SAÚDE<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
85
TRABALHAMOS COM DEVER E ORGULHO<br />
PARA SALVAR MUITAS VIDAS!<br />
NOSSO TIME DE DISTRIBUIDORES EXCLUSIVOS<br />
ENZIPHARMA<br />
www.aclabor.com.br<br />
GO<br />
www.blisterlab.com.br<br />
SP Interior<br />
www.enzipharma.com.br<br />
RJ<br />
www.diagfarma.com.br<br />
PB | RN<br />
www.centerlab.com<br />
MG | ES<br />
www.excellab.com.br<br />
Tel.:11 4105-5354 / 11 2082-1402<br />
SP<br />
Capital, Vale do Paraíba,<br />
Jundiaí / Região e Litoral Norte<br />
www.labinga.com.br<br />
MS* | PR<br />
comercial@easysolucoesdiagnosticas.com.br<br />
MS | MT<br />
NIHON KOHDEN CORPORATION<br />
1-31-4 Nishiochiai, Shinjuku-ku, Tokyo 161-8560 - Japan<br />
Phone + 81 (3) 5996-8036 | Fax +81 (3) 5996-8100
www.farmac.com.br<br />
SE | AL<br />
www.centerlabsp.com.br<br />
SP<br />
ABC, Capital, Litoral Sul,<br />
Campinas e Região<br />
www.sillab.com.br<br />
SC | PR*<br />
yada-diagnosticos.negocio.site<br />
CE | PI<br />
www.cetepa.com.br<br />
PA<br />
www.innovadiagnostica.com.br<br />
Tel.: (81) 3421-2065 / (81) 99841-0173<br />
PE<br />
sac@cicladiagnostica.com<br />
RS<br />
www.medtest.com.br<br />
BA<br />
* Para demais<br />
Regiões contate:<br />
fabio.jesus@nkbr.com.br<br />
NIHON KOHDEN DO BRASIL LTDA<br />
Rua Diadema, 89. 1º Andar, conjuntos 11 a 17 - São Caetano do Sul - SP<br />
Tel.: +55 11 3044-1700 | Fax +55 11 3044-0463
MINUTO LABORATÓRIO<br />
TESTE DE PATERNIDADE<br />
SEM A PRESENÇA DA MÃE, PODE ?<br />
Por Fábia Bezerra, Louise Fabri.<br />
Este tema é bem polêmico dentro<br />
dos Laboratórios clínicos, cada Gestor<br />
acaba definindo suas próprias políticas<br />
e ainda encontramos quem deixe de<br />
atender para evitar conflitos judiciais.<br />
Conversei com a Biomédica e<br />
Bacharel em Direito, Dra. Louise<br />
Fabri que explica o seguinte:<br />
“O Código Civil de 1916 usava a<br />
expressão “pátrio poder" pois o poder<br />
era exercido exclusivamente pelo pai.<br />
Atualmente denominado como “poder<br />
familiar”, é exercido em igualdade<br />
de condições pelo pai e pela mãe, na<br />
forma do que dispuser a legislação,<br />
assegurado a ambos o direito de<br />
recorrer à autoridade judiciária para a<br />
solução de eventuais divergências.<br />
A Constituição Federal, o Estatuto da<br />
Criança e do Adolescente, o Código<br />
Civil Brasileiro e a lei nº 8.560/92,<br />
asseguram o interesse da criança<br />
acima do interesse dos pais, dessa<br />
forma o judiciário ampara a busca pela<br />
paternidade e todas as obrigações que<br />
dela advém.<br />
O Exame ou Teste de DNA é o único<br />
método existente para investigação<br />
da paternidade. Pode ser feito a partir<br />
da coleta de sangue, fios de cabelo,<br />
saliva, fragmentos de pele ou unha.<br />
Na maioria das vezes, a mãe, como<br />
representante do filho, busca amparo<br />
no judiciário para que seja reconhecida<br />
a paternidade através da “Ação de<br />
Reconhecimento de Paternidade”.<br />
Cumpridas as formalidades<br />
processuais, o juiz pode determinar<br />
a realização do teste de DNA pelo<br />
suposto pai. Esse último, em se<br />
negando comparecer para coleta<br />
da amostra sem justificativa, resta<br />
presumida a paternidade, aplicandose<br />
assim, todos os direitos e obrigações<br />
advindos dessa relação.<br />
Ainda em menor número, os pais também<br />
buscam confirmar a paternidade assumida<br />
e recorrem aos laboratórios para realização<br />
do exame de DNA.<br />
Diante dessa situação, os laboratórios<br />
de análises clínicas se questionam<br />
sobre a realização do teste de<br />
paternidade sem a presença e<br />
autorização expressa da mãe.<br />
A realização de exame de DNA pelo<br />
pai sem autorização da mãe que<br />
exclua a paternidade não constitui, por<br />
si, ato ilícito e ofensivo ao patrimônio<br />
imaterial da mãe e do próprio menor,<br />
sendo desse último o direito de ter<br />
reconhecido o verdadeiro pai.<br />
A legislação permite a realização<br />
do exame somente com a presença<br />
do pai, desde que o filho já esteja<br />
registrado em seu nome. Lembrando<br />
que a mãe terá direto de contestar<br />
o resultado emitido por não ter<br />
participado do processo.<br />
88<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Cabe ao laboratório que realiza a coleta<br />
do material biológico para o exame,<br />
garantir a conferência cuidadosa de<br />
todos os documentos, avaliando a<br />
veracidade a partir dos documentos<br />
originais com foto, certificando-se que<br />
o suposto pai é o pai registral, ou seja,<br />
que figura no registro de nascimento.<br />
Encontram-se no judiciário ações<br />
movidas em face de laboratórios<br />
clínicos que realizaram exames sem<br />
a presença da mãe, requerendo<br />
indenização por danos morais, no<br />
entanto, todas as decisões foram<br />
unânimes no sentido de que a<br />
autorização da mãe é prescindível e<br />
que não cabe ao laboratório exigir do<br />
pai a comprovação do conhecimento e<br />
anuência da mãe. “<br />
Dúvidas esclarecidas?<br />
Espero que sim.<br />
Vale ainda ressaltar que os testes de<br />
paternidade podem ter resultados<br />
falsos - tanto positivos, quanto<br />
negativos. Portanto, se você terceiriza<br />
este exame, seja muito exigente na<br />
escolha do seu Prestador de Serviço<br />
– estas situações abaixo é que podem<br />
gerar processos para um laboratório:<br />
Resultados falso-negativos - que<br />
podem ocorrer devido a fatores como<br />
falta de atenção no momento da<br />
coleta ou fase analítica, ocasionando<br />
troca de amostras por exemplo.<br />
Embora rara, a ocorrência de mutações<br />
genéticas, acontecem – mas, nestes<br />
casos, os geneticistas utilizam uma<br />
maior quantidade de marcadores<br />
genéticos, até que o resultado esteja<br />
acima de 99,999%.<br />
Quanto aos resultados falso-positivos,<br />
são raríssimos e quando acontecem, é<br />
devido a uma interpretação equivocada<br />
ou até mesmo utilização de técnicas<br />
inadequadas e quantidade do número<br />
de marcadores genéticos insuficientes.<br />
Atualmente, os laboratórios de<br />
referência utilizam um maior número<br />
de marcadores genéticos para<br />
garantir uma excelência de resultados<br />
confiáveis próximo dos 100%.<br />
Portanto, não economizem quando<br />
oferecerem testes de paternidade<br />
em seus laboratórios. O número de<br />
marcadores genéticos analisados, é<br />
sinônimo de extrema credibilidade<br />
para o seu laboratório.<br />
Referência:<br />
https://bd.tjmg.jus.br/jspui/bitstream/tjmg/7328/1/0208-TJ-JC-044.pdf<br />
https://www.dna-worldwide.com/most-accurate-advanced-dna-test<br />
https://my.clevelandclinic.org/health/diagnostics/10119-dnapaternity-test<br />
https://www.sciencedirect.com/topics/agricultural-andbiological-sciences/genetic-markers<br />
https://www.cdc.gov/genomics/gtesting/genetic_testing.htm<br />
Autoras:<br />
Fábia Bezerra<br />
Biomédica - Gerente Nacional da<br />
Qualidade na Hapvida Diagnósticos.<br />
Louise Fabri<br />
Biomédica e Bacharel em Direito -<br />
Gerente do Núcleo Técnico Operacional<br />
da Hapvida Diagnósticos.
BIOQUÍMICA<br />
A IMPORTÂNCIA DA DOSAGEM DA<br />
HEMOGLOBINA GLICADA NO CONTROLE DE PATOLOGIAS<br />
Por Juliana Oliveira - Blog da Erba Mannheim Brasil<br />
www.erbabrasil.com.br/blog/a-importancia-da-dosagem-da-hemoglobina-glicada-no-controle-de-patologias/<br />
A monitorização do controle de<br />
glicose sanguínea através do método<br />
da hemoglobina glicada trouxe um<br />
avanço e melhoria em resultados<br />
laboratoriais e uma garantia de<br />
prevenção a complicações causadas<br />
por índices glicêmicos altos.<br />
Atualmente, existem alguns testes<br />
laboratoriais que são realizados para<br />
fins de diagnóstico e monitoramento<br />
com análises laboratoriais, utilizando<br />
marcadores como a glicemia de<br />
jejum, glicemia aleatória, glicemia<br />
pós-prandial, teste de tolerância oral a<br />
glicose e a dosagem da hemoglobina<br />
glicosilada (HbA1C). A hemoglobina<br />
glicosilada, vem sendo introduzida na<br />
prática clínica desde 1958, mas passou<br />
a ser realmente aceita pela comunidade<br />
científica apenas em 1993, após a<br />
realização de diversos ensaios clínicos,<br />
que vieram a comprovar a sua eficácia,<br />
pelo Diabetes Control ComplicationsTrial<br />
(DCCT), e o United Kingdom Prospective<br />
Diabetes Study (UKPDS).<br />
A hemoglobina glicosilada ou glicada<br />
é uma fração da hemoglobina<br />
(HbA1C), presente nos eritrócitos<br />
humanos (hemácias), que se liga à<br />
glicose que ela incorpora a partir do<br />
sangue. Este tipo de hemoglobina<br />
é formado a partir de reações não<br />
enzimáticas entre a hemoglobina e a<br />
glicose. Portanto, quanto maior a taxa<br />
de glicose livre no sangue, maiores os<br />
valores de hemoglobina glicosilada.<br />
Já a hemoglobina é uma proteína<br />
presente nos glóbulos vermelhos<br />
(compõe o sangue), que possuí como<br />
função o transporte de oxigênio<br />
para os tecidos, auxiliando assim, no<br />
metabolismo no organismo.<br />
O exame da hemoglobina glicosilada é<br />
usado no diagnóstico e monitoramento<br />
da Diabetes mellitus tipo 1e tipo<br />
2, mas também pode ser utilizado<br />
como checkup normal em uma<br />
consulta clínica, pois a diabetes pode<br />
permanecer assintomática por algum<br />
tempo. O nível de hemoglobina<br />
glicosilada é aumentado nas células<br />
vermelhas(eritrócitos), de pessoas<br />
com diabetes mal controlada, uma<br />
vez, que a glicose permanece ligada à<br />
hemoglobina por toda a vida da célula<br />
vermelha no sangue, em período de 90<br />
a 120 dias, o que irá refletir os últimos<br />
três meses do aumento da glicose.<br />
Este exame é coletado no tubo roxo,<br />
onde será realizado a dosagem da<br />
hemoglobina glicosilada, após a coleta<br />
o material deve ser homogeneizado<br />
e acondicionado para a etapa<br />
posterior de triagem e a realização<br />
do exame. Figura 1: Tubo de coleta da<br />
hemoglobina glicosilada.<br />
Este exame pode ser solicitado devido<br />
alguns relatos clínicos observados em<br />
alguns sintomas ou condições como,<br />
sede excessiva, fome excessiva, glicemia<br />
de jejum acima do normal, desidratação,<br />
tonteiras, mal-estar, urinar diversas<br />
vezes ao dia ou a perda de peso apesar<br />
da ingestão de alimentos, náuseas,<br />
desmaios etc. Após a realização do<br />
exame, o médico irá avaliar, levando-se<br />
em conta fatores como idade, tempo<br />
de diabetes, presença de complicações,<br />
riscos de hipoglicemias.<br />
É importante a realização do diagnóstico<br />
e acompanhamento precoce, pois a<br />
elevação da taxa de glicemia sanguínea<br />
ocasiona complicações, afetando assim,<br />
os rins, nervos e problemas macro<br />
e microvasculares e de coagulação<br />
sanguínea. Vale ressaltar que qualquer<br />
exame deve ser avaliado por um<br />
médico, para acompanhamento do<br />
paciente e direcionamento de fins<br />
profiláticos que venham contribuir com<br />
a melhora do mesmo.<br />
Autor(a): Juliana Oliveira<br />
Referências bibliográficas:<br />
DIEHL, L.A. Diabetes: hora de rever as metas? Arquivos Brasileiros de<br />
Endocrinologia Metabobolia, v.57, n.7, p.545-549, 2013.<br />
DCCT Research Group. Diabetes Control and Complications Trial (DCCT).<br />
The effect of intensive treatment of intensive treatment of diabetes<br />
on the development and progression of long-term complications in<br />
insulin-dependent diabetes mellitus. N Engl J Med. 1993; 329:977-986<br />
MENEZES, M.G.S et al. Determinação de HbA1C por CLAE:<br />
interferência de variantes de hemoglobinas S e C e alta<br />
concentração de HbF. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina<br />
Laboratorial, v.48, n.5, p. 337-344, 2012.<br />
Site do DB Diagnóstico do Brasil.<br />
90<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
iocondiagnosticos.com.br
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
MÁQUINAS E MENTES,<br />
PENSANDO JUNTAS NA SAÚDE<br />
Sistema automatizado para detectar diabetes mostra que inteligência artificial<br />
vai ser cada vez mais central para a medicina.<br />
Por Giovanni G. Cerri e César Nomura<br />
Inteligência artificial, ainda que continue<br />
a parecer elemento de ficção científica,<br />
está cada vez mais integrada a nossas<br />
vidas cotidianas, das compras feitas<br />
on-line até os serviços de saúde. Estes,<br />
inclusive, vão incorporar cada vez mais<br />
recursos da IA em todos os segmentos,<br />
da gestão hospitalar até os diagnósticos.<br />
E sobre diagnósticos, inclusive, há<br />
um avanço recente com potencial<br />
para beneficiar muito os portadores<br />
de diabetes. A revista especializada<br />
“Radiology” publicou, em 5 de abril, um<br />
artigo que mostra os resultados do uso<br />
de um sistema de IA “deep learning”<br />
totalmente automatizado para auxiliar<br />
a diagnosticar o diabetes tipo 2 em<br />
tomografias computadorizadas de<br />
abdômen. “Deep learning” é um tipo de<br />
aprendizado de máquina que permite a<br />
computadores executar tarefas de alta<br />
complexidade – como reconhecimento<br />
facial e de voz, por exemplo – e que<br />
se aperfeiçoem em tais tarefas. As<br />
máquinas usam algoritmos para operar<br />
de modo similar ao cérebro humano.<br />
image: Freepik.com<br />
Segundo os pesquisadores, os<br />
resultados apresentados são muito<br />
animadores: o sistema avalia a<br />
quantidade de gordura no pâncreas<br />
e em estruturas adjacentes – o que<br />
economiza muito tempo do médico<br />
radiologista, que pode chegar a um<br />
diagnóstico mais rápido e se dedicar<br />
mais cedo ao tratamento do paciente.<br />
Trata-se de um avanço que num futuro<br />
próximo irá auxiliar de forma mais<br />
rotineira no diagnóstico da diabetes<br />
– doença que, no Brasil, acomete<br />
9% da população com mais de 18<br />
anos de idade, segundo dados do<br />
Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco<br />
e Proteção para Doenças Crônicas<br />
por inquérito Telefônico) 2021,<br />
divulgado em abril. Em 2020, essa<br />
proporção era de 8,2%. Estimativa<br />
da IDF (Federação Internacional de<br />
Diabetes, na sigla em inglês) mostra<br />
que, até 2045, o Brasil deverá ter<br />
cerca de 23 milhões de portadores.<br />
92<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Se não tratado, o paciente com<br />
diabetes pode sofrer uma miríade<br />
de problemas e complicações – em<br />
particular nos olhos. O diabetes,<br />
no entanto, é uma condição para<br />
a qual há tempos se trabalha em<br />
avanços tecnológicos para apoiar os<br />
tratamentos. Vão desde as chamadas<br />
“smartpens” (“canetas inteligentes”),<br />
com recursos que auxiliam a acertar<br />
a dosagem de insulina e outros, até<br />
as bombas de insulina, cada vez mais<br />
compactas e eficientes. Quanto mais<br />
cedo se diagnosticar a condição, mais<br />
eficientes e bem-sucedidos podem ser<br />
os tratamentos.<br />
E aí a inteligência artificial, como bem<br />
mostra o estudo da “Radiology”, se<br />
torna um instrumento que será cada<br />
vez mais valioso no trabalho médico.<br />
Capazes de aprender à medida em<br />
que processam mais e mais casos, as<br />
máquinas vão viabilizar diagnósticos<br />
mais precisos e cada vez mais cedo.<br />
A utilização da IA na medicina<br />
diagnóstica já existe – embora no<br />
Brasil isso seja ainda incipiente – para<br />
detectar casos de AVC, em exames de<br />
tomografia e ressonância magnética,<br />
para detectar nódulos de pulmão em<br />
Raio-X de tórax ou nódulos suspeitos<br />
em mamografias. Exames de imagem<br />
serão realizados cada vez mais, com<br />
maiores precisão e velocidade.<br />
A incorporação de avanços<br />
tecnológicos à área da saúde envolve,<br />
sem dúvida, questões éticas e legais.<br />
O Legislativo vem discutindo o<br />
marco regulatório da IA, e iniciativas<br />
semelhantes estão em curso em<br />
outros países – a União Europeia<br />
deve votar seu marco regulatório<br />
em outubro deste ano. Mas no Brasil<br />
ainda são necessários investimentos<br />
em pesquisa e desenvolvimento<br />
– inclusive para que os avanços<br />
também estejam disponíveis na<br />
saúde pública brasileira.<br />
Para o tratamento e prevenção contra<br />
diabetes (mas não só), diagnosticar<br />
Autores:<br />
Cesar Higa Nomura<br />
Diretor do Departamento de Radiologia do<br />
Instituto do Coração do Hospital das Clinicas da<br />
Faculdade de Medicina da Universidade de São<br />
Paulo (HC-FMUSP).<br />
de forma precoce é estratégico – e a<br />
inteligência artificial se mostra uma<br />
possibilidade de apoio consistente<br />
nesse esforço. E isso poderá ser levado<br />
para a detecção de outras doenças.<br />
O elemento humano não deixará<br />
de ser indispensável – as máquinas<br />
não substituirão os médicos em<br />
nenhum futuro além dos imaginados<br />
no cinema ou na literatura –, mas o<br />
apoio que receberá das máquinas que<br />
aprendem e auxiliam será cada vez<br />
mais bem-vindo, e mesmo essencial.<br />
Referência:<br />
Fully Automated Abdominal CT Biomarkers for Type 2 Diabetes<br />
Using Deep Learning<br />
Hima Tallam; Daniel C. Elton; Sungwon Lee; Paul Wakim; Perry J.<br />
Pickhardt; Ronald M. Summers.<br />
Radiology. Publicado online em: 5/4/2022<br />
Disponível em: https://pubs.rsna.org/doi/10.1148/radiol.211914<br />
Giovanni Guido Cerri<br />
Presidente do Conselho do Instituto de Radiologia<br />
(InRad) e presidente do Conselho de Inovação<br />
(InovaHC), ambos do Hospital das Clínicas da<br />
Faculdade de Medicina da USP, e vice-presidente do<br />
Instituto Coalizão Saúde (ICOS).<br />
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
93
CITOMETRIA DE FLUXO<br />
O QUE SÃO ANTICORPOS<br />
MONOCLONAIS?<br />
Por: Rafaele Loureiro de Azevedo, Helena Varela de Araújo e Bruna Garcia Nogueira<br />
Anticorpos monoclonais são<br />
proteínas, muito conhecidas por<br />
serem produzidas pelo nosso corpo<br />
para ajudar a combater infecções.<br />
Mas você sabia que anticorpos<br />
monoclonais podem ser produzidos<br />
in vitro para com outras finalidades?<br />
Esses anticorpos ligam-se especificamente<br />
ao epítopo de uma molécula, que<br />
conhecemos também como antígeno.<br />
Com essa capacidade de ligação,<br />
podemos então usar os anticorpos a<br />
nosso favor. Mas como? Em diagnóstico<br />
e imunoterapias, por exemplo.<br />
Vamos explicar…<br />
Nos diagnósticos, anticorpos<br />
monoclonais podem ser produzidos<br />
in vitro em determinados tipos<br />
de células. Essas células passam<br />
por uma engenharia genética e<br />
são modificadas para produzir o<br />
anticorpo de interesse, que vai se<br />
ligar e reconhecer especificamente<br />
o antígeno desejado (Figura 1). Na<br />
Citometria de Fluxo, por exemplo,<br />
utilizamos anticorpos monoclonais<br />
anti-CD para identificar e quantificar<br />
células que tenham especificamente<br />
o CD de interesse. Caso estejamos<br />
procurando um antígeno CD4 na<br />
superfície celular, utilizamos um<br />
anticorpo monoclonal anti-CD4.<br />
Nas imunoterapias, anticorpos<br />
monoclonais são desenvolvidos para<br />
ligar-se especificamente a antígenos<br />
in vivo, ou seja, são aplicados na<br />
Figura 1 - Imunização do camundongo com antígeno de interesse para produção de células híbridas produtoras de anticorpos monoclonais e sua subsequente utilização<br />
em Imunodiagnóstico, como a Citometria de Fluxo.<br />
94<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
DESCUBRA MAIS<br />
Bem-vindo a era<br />
dos Testes Microfluídicos<br />
Uma Plataforma. Múltiplos Testes.<br />
Testes registrados na ANVISA<br />
Testes em desenvolvimento<br />
Rápido. Preciso. Conectado.<br />
Para mais informações: Tel.: 55 11 5185-8181 ou email: faleconosco@lumiradx.com
CITOMETRIA DE FLUXO<br />
Figura 3 - Ação neutralizante de anticorpos monoclonais, impedindo a entrada do vírus na célula do hospedeiro.<br />
pessoa que necessita da terapia.<br />
Neste caso, os anticorpos ligam-se<br />
ao antígeno de interesse e poderão<br />
recrutar células do sistema imune<br />
para que estas destruam a célula<br />
oncológica, por exemplo.<br />
Também podemos citar o uso de<br />
anticorpos monoclonais com ação<br />
neutralizante. O que isso significa?<br />
Significa que esse anticorpo<br />
monoclonal liga-se ao antígeno de<br />
interesse na superfície de um vírus,<br />
por exemplo, impedindo sua entrada<br />
na célula humana, já que a proteína<br />
na superfície do vírus é responsável<br />
pela sua entrada na célula. Assim, a<br />
infecção não se estabelece e o vírus é<br />
eliminado pelo corpo (Figura 3).<br />
Autoras:<br />
Helena Varela de Araújo<br />
Biomédica graduada pela UFRN e pela University of Kent.<br />
Especialista em hematologia e citometria de fluxo pelo<br />
Hospital Albert Einstein. Tem MBA em Gestão de Saúde e<br />
diploma em Comunicação e Marketing. Assistente técnica<br />
do laboratório de citometria de fluxo do Whitehead<br />
Institute, MIT. Fundadora, administradora, criadora de<br />
conteúdo e professora do @HemoFlow.<br />
Rafaele Loureiro de Azevedo<br />
Bióloga graduada pela Universidade Estácio de Sá,<br />
CRBio/RJ 121828/02-D. Especialista em hematologia<br />
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em<br />
Imunobiológicos por BioManguinhos/Fundação Oswaldo<br />
Cruz. Atualmente é analista de inovação e operações<br />
farmacêuticas da Fiocruz/RJ. Tem experiência em<br />
Controle de Qualidade, Citometria de Fluxo e expressão de<br />
anticorpos monoclonais in vitro. É criadora de conteúdo e<br />
professora do @HemoFlow.<br />
Bruna Garcia Nogueira<br />
Farmacêutica graduada pela UnB, CRF/SP 95286.<br />
Especialista em Hematologia pelo Hospital Albert<br />
Einstein, com aperfeiçoamento em Citometria de<br />
Fluxo pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Analista<br />
especializada em citometria de fluxo no Hospital<br />
Albert Einstein. Criadora de conteúdo e professora<br />
do @HemoFlow<br />
96<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
PREPARE-SE para o NOVO!<br />
Nova linha de equipamentos CELLTAC<br />
O PRIMEIRO analisador<br />
do MUNDO com<br />
HEMOGRAMA E VHS JUNTOS<br />
Siga nossas redes sociais e fique ligado em<br />
todas as novidades!<br />
NIHON KOHDEN DO BRASIL LTDA.<br />
Rua Diadema, 89. 1º Andar, conjuntos 11 a 17 - Mauá - São Caetano do Sul-SP<br />
Tel.: +55 11 3044-1700 | Fax +55 11 3044-0463<br />
NIHON KOHDEN CORPORATION<br />
1-31-4 Nishiochiai, Shinjuku-ku, Tokyo 161-8560 - Japan<br />
Phone + 81 (3) 5996-8036 | Fax +81 (3) 5996-8100<br />
br.nihonkohden.com
COLETA DE SANGUE<br />
NÃO CONFORMIDADES NA<br />
COLETA DE SANGUE<br />
*Continuação da Serie Publicada na <strong>Newslab</strong> <strong>Ed</strong>ição 170<br />
Por: Suzimara Tertuliano e Luciane Sarahyba<br />
Quando mencionamos o termo não<br />
conformidade, estamos nos referindo<br />
ao “não atendimento de um requisito<br />
pré-estabelecido”, podendo variar<br />
desde um requisito interno ou externo,<br />
estabelecido conforme a necessidade<br />
da instituição ou normas nacionais ou<br />
internacionais.<br />
O objetivo de tratar Não Conformidades<br />
é para evitar erros na coleta de<br />
amostras que ameaçam a qualidade<br />
das amostras, proteger os profissionais<br />
de saúde contra exposição acidental<br />
e impedir pacientes de lesões,<br />
complicações e erros médicos que<br />
possam resultar de amostras coletadas<br />
de maneira inadequada.<br />
É realmente preciso tratar as<br />
não conformidades?<br />
• Sim, é fundamental.<br />
11 - Erros pré Analiticos<br />
O laboratório de análises clínicas tem<br />
papel fundamental diante das decisões<br />
médicas, proporcionando segurança<br />
ao paciente ao implementar medidas<br />
de controle de qualidade.<br />
imagem: Freepik.com<br />
A fase pré-analítica é mais vulnerável<br />
a erros e acidentes e mais propensa a<br />
influenciar ações durante o tratamento<br />
do paciente. As principais não<br />
conformidades durante a fase préanalítica<br />
estão associadas ao volume<br />
da coleta insuficiente, coleta em tubos<br />
errados e a hemólise da amostra.<br />
Assim, ocasionam-se desconexões<br />
de resultados, gerando nova coleta<br />
que acarreta em um desconforto ao<br />
paciente como também um gasto<br />
supérfluo ao laboratório. O objetivo<br />
geral aqui é apontar as principais<br />
não conformidades durante a fase<br />
pré-analítica de um laboratório<br />
de análise clinica que interferem<br />
diretamente no correto diagnóstico<br />
e tratamento médico.<br />
Segretti, Fábio Rafael. Não conformidades<br />
laboratoriais na fase pré-analítica. 2020.<br />
32 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso<br />
(Graduação em Biomedicina) – Centro<br />
Universitário Anhanguera, Santo André, 2020.<br />
12 - Onde você está falhando<br />
Monitoramento do processo<br />
Deve ser constantemente acompanhado<br />
pelo gestor da fase pré-analítica, por meio<br />
de indicadores de desempenho, que<br />
devem ser bem detalhados, com metas<br />
bem estabelecidas, proporcionando<br />
melhor visualização do serviço, análise<br />
e atuação na prevenção de falhas, e que<br />
devem ser demonstrados a partir de<br />
gráficos: propiciando a adequação de<br />
metas dos processos, além de permitir o<br />
benchmarking entre os pares.<br />
98 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
São alguns exemplos de indicadores:<br />
porcentagem de recoletas, porcentagem<br />
de erro de identificação, porcentagem de<br />
hematomas, porcentagem de proporção<br />
inadequada de sangue para anticoagulante,<br />
porcentagem de condições inadequadas de<br />
transporte, entre outros.<br />
Todos os processos do laboratório devem<br />
ser embasados nas Diretrizes e Normas<br />
vigentes e definir a visão estratégica,<br />
missão e valores da empresa.<br />
13- Falha em situação de risco<br />
Gestão da equipe pré-analítica<br />
Ressaltamos a importância do<br />
gerenciamento em todas as etapas do<br />
pré-analítico, identificar e solucionar<br />
conflitos, dar e receber feedbacks<br />
de forma construtiva, planejamento<br />
eficaz, otimizando os processos e<br />
obtenção de resultados, tornando-se<br />
o diferencial no mercado.<br />
Capacitar profissionais, gerenciar e<br />
motivar equipes de alta performance,<br />
realizar padronização de procedimentos<br />
descritos de maneira clara sobre<br />
protocolos, através de ferramentas<br />
e técnicas de atendimento, coleta e<br />
transporte da amostra biológicas para<br />
monitorar e aumentar a eficiência e o<br />
desempenho da equipe e benefícios no<br />
clima organizacional.<br />
Treinamentos contínuos da equipe de<br />
coleta contribuem para evitar riscos<br />
e complicações associados à punção<br />
venosa, evitando eventos adversos. O<br />
MISSÃO E VALORES<br />
DIRETRIZES E NORMAS<br />
gestor deve prover treinamento, insumos<br />
e equipamentos necessários e preparar<br />
a equipe para lidar com situações de<br />
urgências e emergências que podem<br />
ocorrer na coleta de sangue, como<br />
síncope, convulsões, hipotensão postural,<br />
acidente vascular cerebral (AVC) e parada<br />
cardiorrespiratória, habilitando a equipe a<br />
atuar de maneira rápida e sistemática.<br />
14- Evitando evento adverso<br />
Experiência do paciente<br />
Experiência e satisfação do paciente<br />
são expressões distintas, que estão<br />
interligadas e em determinados<br />
momentos são codependentes.<br />
Excelência<br />
Precisão<br />
Qualidade<br />
Confiança<br />
Agilidade<br />
Credibilidade<br />
Segurança<br />
Diagnósticos corretos<br />
CLSI – Clinical and Laboratory Standards Institute<br />
SBPC- Sociedade Brasileira de Patologia Clínica - PALC -Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos<br />
SBAC - Sociedade Brasileira de Análises Clínicas - DICQ -SISTEMA NACIONAL DE ACREDITAÇÃO<br />
OMS- Organização Mundial de Saúde<br />
PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013-Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).<br />
RESOLUÇÃO - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013- Institui ações para a segurança do paciente em serviços<br />
de saúde e dá outras providências<br />
PORTARIA Nº 2.095, DE 24 DE SETEMBRO DE 2013Aprova os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente.<br />
PORTARIA Nº 1.377, DE 9 DE JULHO DE 2013 Aprova os Protocolos de Segurança do Paciente.<br />
ONA Organização Nacional de Acreditação<br />
Joint Commission International (JCI)<br />
Experiência do paciente<br />
É traduzida em estabelecer um cuidado<br />
seguro, de alta qualidade, atenção<br />
centrada ou cuidado centrado na<br />
pessoa e a excelência na experiência,<br />
manter o paciente satisfeito.<br />
Segundo The Beryl Institute, A<br />
Experiência do Paciente é o mais<br />
recente capítulo da humanização dos<br />
cuidados de saúde. Corresponde à<br />
soma de todas as interações, moldadas<br />
pela cultura da organização, que<br />
influenciam a percepção do paciente<br />
através da continuidade do cuidado.<br />
www.theberylinstitute.org<br />
COLETA DE SANGUE<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
99
COLETA DE SANGUE<br />
Seguem os três pilares da<br />
experiência do paciente<br />
• Cuidado seguro e de qualidade – não<br />
adianta área física linda e ter evento<br />
adverso – Segurança e qualidade<br />
estudos e práticas para eliminação<br />
de riscos na assistência em saúde que<br />
podem causar dano aos pacientes.<br />
• Atenção centrada no paciente<br />
ou cuidado centrado na pessoa<br />
(paciente ser tratado com dignidade<br />
e respeito, ter cuidado coordenado,<br />
paciente estar no centro e ter<br />
coordenação do cuidado com toda<br />
a equipe multiprofissional, cuidado<br />
coordenado, cuidado personalizado.<br />
Temos que seguir o protocolo da<br />
Instituição, porém individualizar o<br />
atendimento padronizado.<br />
• Excelência na experiência, é<br />
avaliar todos os pontos de contato<br />
com o paciente: ver o acesso físico<br />
facilitado junto à Instituição e aos<br />
profissionais de saúde, atendimento<br />
de forma ágil, interação humana<br />
(como ela acontece), as informações<br />
e orientações necessárias para o seu<br />
preparo, qual a oportunidade de<br />
melhorar e surpreender o paciente.<br />
15 - Identificando fragilidades<br />
Pesquisa de satisfação<br />
Ferramenta que recebe e fornece<br />
informações relevantes de seu cliente/<br />
paciente, e possibilita conhecimento,<br />
rastreamento dos seus processos e avalia<br />
pontos que não atingiram o resultado<br />
esperado, fornece subsídios para realizar<br />
as ações corretivas que visa abarcar a<br />
experiência do cliente/paciente com a<br />
Instituição, aumentar a produtividade e<br />
a satisfação dos clientes.<br />
Constantemente fornecer feedback de<br />
seus pacientes/clientes de atender às<br />
necessidades e expectativas.<br />
A pesquisa também nos proporciona<br />
conhecimento do mercado, definir o<br />
market share e desenvolver estratégias<br />
com foco em resultados.<br />
Como benefício, é possível citar<br />
a possibilidade de identificar<br />
fragilidades na estratégia e corrigilas,<br />
conhecer novos nichos e perfis de<br />
clientes que podem ser contemplados<br />
PREVENÇÃO DE ERROS<br />
e, principalmente, evitar equívocos<br />
nos investimentos futuros.<br />
16 - Gargalhos na produção<br />
Qualificação de fornecedor<br />
É a confirmação de que o fabricante<br />
cumpre com as especificações de<br />
acordo com as legislações vigentes<br />
e detém a qualidade de seus<br />
produtos ou serviços ofertados e<br />
que estes são realizados por meio<br />
de processo definido, com critérios<br />
e registros de avaliação e análise<br />
crítica estabelecidos no sistema de<br />
qualidade, garantindo a qualidade<br />
e qualificação de matérias primas -<br />
insumos nos serviços prestados.<br />
A qualificação do fornecedor traz<br />
benefícios na melhoria dos processos<br />
internos, diminuição dos gargalos na<br />
produção e atividades, minimiza o<br />
retrabalho, os desperdícios de recursos<br />
e aprimoramento do atendimento<br />
entre fornecedor e empresa, a<br />
rastreabilidade dos produtos e serviços<br />
e auxilia na prevenção de riscos.<br />
É importante verificar a relevância de<br />
atuar na revisão de processos com<br />
as áreas envolvidas, a interrelação<br />
paciente/ família, laboratório e equipe<br />
multiprofissional tendo como foco o<br />
olhar do cliente, sua jornada durante<br />
o atendimento e, consequentemente,<br />
o impacto em sua experiência.<br />
Qualificação dos fornecedores e a avaliação<br />
periódica dos insumos;<br />
Qualificação dos materiais e equipamentos;<br />
Controle de qualidade, calibração e validação dos<br />
equipamentos.<br />
100 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
AGITADORES<br />
tipo Kline<br />
210RPM<br />
230RPM<br />
> Agitação orbital<br />
> Modo contínuo e temporizado<br />
> Com manta de borracha<br />
antiderrapante<br />
Consulte os modelos disponíveis!<br />
CONVERSE COM SEU CONSULTOR<br />
Assista o vídeo!<br />
Produto não passível de registro ANVISA<br />
0800 7100888<br />
www.firstlab.ind.br<br />
firstlab<br />
@firstlab.ind
COLETA DE SANGUE<br />
17 - Evitando variação<br />
significativa no resultado<br />
Não observância da influência<br />
do ritmo biológico<br />
A variação biológica dos parâmetros<br />
avaliados no laboratório clínico pode<br />
sofrer variação ao longo da vida,<br />
por estar relacionada às mudanças<br />
fisiológicas inerentes ao crescimento,<br />
envelhecimento, gravidez, menopausa<br />
e outras circunstâncias normais<br />
na vida de qualquer ser humano.<br />
Variações cíclicas previsíveis ocorrem<br />
em parâmetros laboratoriais que são<br />
afetados por influências ambientais,<br />
como por exemplos, as variações<br />
decorrentes das estações do ano, dos<br />
horários do dia e da noite, como a<br />
determinação do cortisol no sangue,<br />
que sofre alterações no decorrer do dia,<br />
sendo que dependendo do horário em<br />
que é feita a coleta pode haver variação<br />
significativa no resultado.<br />
18 – Apresentação equivocada<br />
Apresentação dos profissionais<br />
O atendimento ao cliente, preza por uma<br />
padronização de identidade institucional<br />
e deve atender requisitos das legislações<br />
e normas em vigor, como:<br />
Fatores que compõem a variação biológica:<br />
Idade<br />
Sexo<br />
Menarca<br />
Puberdade<br />
Ciclo menstrual<br />
Gravidez<br />
Pós parto<br />
Lactação<br />
Menopausa<br />
Consumo de etanol<br />
Consumo de café<br />
Tabagismo<br />
Exercício físico<br />
Variação intraindividual<br />
19 - Exposição a riscos<br />
Uso de Adornos<br />
R32 item 32.2.4.5 determina que<br />
o empregador deve vedar o uso de<br />
adornos nos postos de trabalho de<br />
todos os trabalhadores do serviço.<br />
São considerados adornos: alianças,<br />
anéis, pulseiras, relógios de uso<br />
Estresse<br />
Exposição à luz<br />
Permanência no leito<br />
Frio<br />
Jejum<br />
Deficiências nutricionais<br />
Dieta vegetariana<br />
Deficiências vitamínicas<br />
Xenobióticos<br />
Pressão sanguínea<br />
Polimorfismo<br />
Fatores étnicos<br />
Variações geográficas<br />
pessoal, colares, brincos, broches,<br />
piercings expostos, gravatas e crachás<br />
pendurados com cordão.<br />
Retirar adornos (anéis, pulseiras,<br />
relógio, brinco, piercing), uma<br />
vez que estes objetos acumulam<br />
microrganismos que podem não ser<br />
removidos; com a lavagem das mãos.<br />
• Manter cabelos compridos presos;<br />
• Usar calçados limpos, fechados e<br />
laváveis;<br />
• Manter as unhas naturais, limpas e<br />
curtas, não usar unhas postiças, evitar<br />
o uso de esmaltes nas unhas.<br />
imagem: Freepik.com<br />
102 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
20- Ausência ou falha na<br />
Higienização das mãos<br />
A Organização Mundial da Saúde<br />
(OMS), na sua iniciativa para a<br />
segurança do paciente, lançou<br />
em outubro de 2005 o primeiro<br />
desafio global para a segurança do<br />
paciente: Cuidado Limpo é Cuidado<br />
Seguro. Um dos objetivos deste<br />
desafio foi promover a segurança<br />
dos pacientes e profissionais, além<br />
de prevenir a infecção, por meio<br />
do aprimoramento de práticas de<br />
higienização das mãos.<br />
COLETA DE SANGUE<br />
A higienização das mãos é<br />
reconhecida mundialmente como<br />
uma medida primária, mas muito<br />
importante, no controle de infecções<br />
relacionadas à assistência à saúde.<br />
Por esse motivo, tem sido considerada<br />
como um dos pilares da prevenção<br />
e do controle de infecções nos<br />
serviços de saúde, incluindo aquelas<br />
decorrentes da transmissão cruzada<br />
de microrganismos multirresistentes.<br />
Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária – Anvisa (https://bvsms.<br />
saude.gov.br/bvs/publicacoes/<br />
seguranca_paciente_servicos_<br />
saude_higienizacao_maos.pdf)<br />
O processo de higienização das<br />
mãos não envolve somente a<br />
lavagem propriamente dita, mas<br />
requer infraestrutura, equipamentos,<br />
capacitação constante dos profissionais<br />
e verificação periódica desta prática.<br />
Referência Bibliográfica<br />
• Suzimara A. Oliveira; SARAHYBA, L. C. . Ações para evitar erros na coleta de sangue. In: Nairo Massakazu Sumita. (Org.). Recomendações<br />
da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial (SBPC/ML) Boas práticas em laboratório clínico. 1ªed.Barueri SP<br />
Brasil: <strong>Ed</strong>itora Manole Ltda, 2020, v. 1º, p. 1-594.<br />
• Oliveira SAVT, Silva LCS, Valor do pré-analítico para amostras de sangue. São Paulo: Sarvier; 2015.<br />
• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Nacional de Segurança do Paciente: Protocolo de identificação do paciente. 2013.<br />
Autoras:<br />
Suzimara Aparecida Vicente Tertuliano de Oliveira<br />
Enfermeira. Habilitação Médico-Cirúrgico e Licenciatura pela UNIARARAS. Sócia<br />
fundadora da Empresa Suzimara & Sarahyba Consultoria e Treinamento Ltda.<br />
Consultora para projetos em Patologia Clínica, Gestão Laboratorial e Gestão da<br />
Qualidade. Atuou como Gestora e Coordenadora de Enfermagem da Divisão<br />
de Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da<br />
Universidade de São Paulo (DLC-HCFMUSP) e do Laboratório do Instituto do<br />
Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Co- Fundadora da coleta ambulatorial no<br />
Laboratório do Insituto do Cancer do Estado de São Paulo (ICESP). Auditora Interna<br />
em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001: 2015, ISO 14001: 2015, OHSAS<br />
18001:2007, Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos da Sociedade<br />
Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (PALC-SBPC/ML) e Programa<br />
de Acreditação do College of American Pathologists (CAP).<br />
Luciane de Carvalho Sarahyba da Silva<br />
Biomédica. Graduada pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Sócia Fundadora<br />
da Empresa Suzimara & Sarahyba Consultoria e Treinamento Ltda. Co-fundadora<br />
da Seção de Biologia Molecular da Divisão de Laboratório Central do Hospital das<br />
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DLC-HCFMUSP).<br />
Especialista em gestão e coordenação em processos de biologia molecular e<br />
administração laboratorial. MBA em Gestão em Saúde pela Fundação Getúlio<br />
Vargas (FGV). Pós-graduação lato senso em Patologia Clínica pela Universidade<br />
de São Paulo (USP). Pós-graduação lato senso em Administração Hospitalar pela<br />
EAESP-FGV. Membro do Comitê da Qualidade da Sociedade Brasileira de Patologia<br />
Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML). Auditora pelo Programa de Acreditação<br />
do Colégio Americano de Patologistas (CAP) em Biologia Molecular, auditora nos<br />
Sistemas de Gestão da Qualidade: Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos<br />
da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (PALC-SBPC/ML),<br />
ISO 9001:2015, ISO 14001:2015, OHSAS 18001:2007.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
103
BIOSSEGURANÇA<br />
BIOSSEGURANÇA EM FOCO:<br />
APARELHOS CELULARES E OS RISCOS À SAÚDE<br />
Por: Gleiciere Maia Silva e Jorge Luiz Silva Araújo-Filho.<br />
Os aparelhos celulares fazem parte<br />
da rotina diária da maior parte das<br />
pessoas, desde a criação do telefone,<br />
em 1973 em Nova Iorque (EUA),<br />
até os dias atuais houveram várias<br />
modificações inclusive na forma da<br />
sociedade lidar com esse tipo de<br />
tecnologia. Passou a ser além de<br />
entretenimento, forma de trabalho,<br />
entretanto existem riscos atrelados ao<br />
mau uso deste item indispensável.<br />
Pesquisas indicam que a cada 10<br />
brasileiros, 7 usam o celular com<br />
frequência. Esse número tendo<br />
a aumentar no público da faixa<br />
etária entre 16 aos 37 anos, e ficar<br />
muito tempo no celular é capaz de<br />
causar problemas tanto posturais,<br />
sobrecarregando a coluna e podendo<br />
levar a fadiga muscular, quanto<br />
interferir na qualidade do sono.<br />
O uso do celular com alta frequência<br />
reduz o sono por interferir nos níveis<br />
de melatonina, contribuindo para<br />
a fadiga, mal humor e cansaço.<br />
Pesquisas indicam que a longo prazo<br />
o descanso inadequado contribui para<br />
doenças crônicas, tais como: diabetes,<br />
infarto desenvolvimento do câncer a<br />
problemas psicossomáticos, incluindo<br />
estresse, ansiedade, depressão.<br />
De forma cientifica, quando o contexto<br />
é biossegurança e microbiologia, o ato<br />
de estarmos constantemente usando<br />
aparelhos celulares e eletrônicos,<br />
contribui para contaminação dos<br />
mesmos com microrganismos que<br />
fazem parte da microbiota normal<br />
do individuo ou microrganismos<br />
patógenos.<br />
O principal fator para proliferação<br />
microbiológica nos aparelhos celulares<br />
é o fato de serem objetos pequenos e<br />
fáceis de serem transportados para<br />
quaisquer locais, tais como banheiros<br />
e lugares que tenham resíduos de<br />
grande quantidade de contaminação.<br />
Atrelado a isso, o hábito de não lavar<br />
as mãos ao manusear o dispositivo,<br />
emprestá-los para outras pessoas,<br />
contribuem para diversidade<br />
microbiológica nesses aparelhos.<br />
Dentre os principais microrganismos<br />
encontrados nos aparelhos<br />
telefônicos por diversos estudos,<br />
podemos destacar Staphylococcus<br />
aureus meticilina resistente (MRSA),<br />
Staphylococcus aureus meticilina<br />
sensível (MSSA), Staphylococcus<br />
coagulase negativo, Micrococcus ssp.,<br />
Streptococcus viridans, Enterococcus<br />
feacalis, Escherichia coli, Kleibsiella<br />
pneumoniae, Bacillus spp e<br />
Pseudomonas aeruginosa.<br />
104<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
BIOSSEGURANÇA<br />
Os diversos trabalhos disponíveis<br />
sobre essa problemática são unanimes<br />
Evidenciou o aparecimento da<br />
bactéria Staphylococcus aureus como<br />
de aparelhos celulares de profissionais<br />
de saúde de diferentes setores em um<br />
em afirmar que independendo dos<br />
uma contaminação comum por estar<br />
hospital da região metropolitana do<br />
hábitos de cada pessoa, há presença<br />
presente na microbiota normal da<br />
Recife, Pernambuco-Brasil, foram<br />
de uma grande diversidade de<br />
pele, porém a presença de bactérias<br />
investigados dados microbiológicos<br />
patógenos.<br />
fecais associa-se pela ausência de<br />
provenientes de 10 isolados de<br />
higienização do aparelho.<br />
aparelhos celulares de profissionais de<br />
Diante disso, alguns cuidados são<br />
saúde e avaliados quanto ao agente e<br />
importantes para manter esses<br />
Outra análise realizada no Município<br />
o potencial de formação de biofilme.<br />
aparelhos limpos, e dessa forma<br />
de Marília SP, na qual foram analisados<br />
reduzir o processo de contaminação.<br />
52 aparelhos celulares, constataram<br />
Diante dos resultados encontrados,<br />
O ato de higienização das mãos reduz<br />
o crescimento microbiológico em<br />
os microrganismos isolados<br />
significativamente a carga microbiana,<br />
todas as amostras. Nesta pesquisa foi<br />
foram as espécies Acinetobacter<br />
uma vez que, existem estudos<br />
comparada dois públicos diferente:<br />
baumannii, Klebsiella pneumoniae,<br />
comparando a quantidade de UFC<br />
Comunidade e Hospitalar; os celulares<br />
Pseudomonas<br />
pseudoalcaligenes,<br />
(Unidades Formadoras de Colônias)<br />
que teve origem comunitária (uso da<br />
Pseudomonas putida, Staphylococcus<br />
observadas antes e depois da limpeza.<br />
população) teve uma predominância<br />
aureus e Staphylococcus epidermidis.<br />
de bactérias Gram positivas, e as de<br />
O estudo concluiu que os aparelhos<br />
Um estudo realizado por Teixeira<br />
origem hospitalar (uso interno do<br />
celulares são fontes importantes da<br />
e Silva (2017) mostra que após<br />
hospital) apareceu em maior número<br />
propagação da resistência bacteriana,<br />
as análises de 30 celulares de<br />
as bactérias Gram negativas.<br />
sendo necessário melhores processos<br />
universitários e docentes da Faculdade<br />
de higienização para o seu uso no<br />
de Apucarana identificou que<br />
No estudo de Silva e colaboradores<br />
ambiente clínico e terapêutico, para<br />
houve crescimento microbiológico<br />
(2022), no qual foram analisados o<br />
que o mesmo não ponha em risco os<br />
em 100% das amostras testadas.<br />
perfil de isolados bacterianos oriundos<br />
pacientes nos leitos de UTI’s.<br />
106<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Outro estudo, aponta a questão<br />
da distração dos profissionais que<br />
manuseiam esses aparelhos durante<br />
o atendimento, não só na área da<br />
saúde, como em outras atividades<br />
ocupacionais.<br />
Com isso, medidas de Biossegurança<br />
na higienização desses aparelhos são<br />
essenciais, contudo, o uso de alguns<br />
produtos químicos, como cloro,<br />
água sanitária ou álcool líquido com<br />
alta concentração, podem danificar<br />
a tela do smartphone. Ao realizar<br />
a higienização, certifique que seu<br />
aparelho se encontra desligado. É<br />
também necessário retirar a capa e<br />
desconectar cabos e acessórios. O<br />
produto muito utilizado e eficiente é o<br />
álcool isopropílico com concentração<br />
de 70%, uma vez que tem na sua<br />
composição tem pouca água, o que<br />
evita a oxidação das peças.<br />
A higienização deverá ser realizada<br />
com um pano apropriado, de<br />
preferência macio que não solte<br />
fiapos. Como por exemplo pano<br />
de microfibra. As capas também<br />
são ferramentas de limpeza uma<br />
vez que elas podem acumular<br />
microrganismos.<br />
Para tanto, medidas como higienização<br />
das mãos constantemente e a<br />
higienização dos telefones, bem<br />
como protocolos de uso correto do<br />
aparelho celular no ambiente clínico<br />
podem contribuir com a diminuição<br />
dessa problemática e manter a saúde<br />
dos usuários, evitando assim veículo<br />
de propagação de microrganismos,<br />
inclusive aqueles resistentes aos<br />
antimicrobianos.<br />
Biossegurança precisa estar presente<br />
em todos os ambientes, incluindo os<br />
locais de trabalho, até nossa casa. É<br />
uma cultura que precisamos fortalecer.<br />
Referências<br />
•Sousa, F. D. C. A., Mineiro, A. C. B., de Melo Araújo, R. F., de<br />
Oliveira, E. H., da Silva, W. C., de Sousa Rodrigues, L. A., & de<br />
Siqueira Coelho, L. (2020). Detecção de bactérias em diversos<br />
locais em um centro universitário de ciências da saúde. Research,<br />
Society and Development, 9(2), e120921966- e120921966.<br />
•Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Detecção e Identificação<br />
de Bactérias de Importância Médica. mod.5. Brasília: Anvisa, 2004.<br />
Disponível em: acessado em 08 de março de 2018.<br />
•Person, O. C. et al. Avaliação da flora bacteriana dos fones de<br />
ouvido de telefones públicos e hospitalares de Marilia. <strong>Revista</strong><br />
Arquivo Médico ABC, v.30, n.1, p.34-38, Jan/Jun., 2005. Disponível<br />
em: acessado em 09 de novembro de 2018.<br />
•Teixeira, F. N.; silva, C. V. da. Análise Microbiológica em Telefones<br />
Celulares. <strong>Revista</strong> F@pciência. Apucarana, PR, v.11, n. 3, 2017.<br />
Disponível em: acessado em 25 de março de 2018.<br />
•Silva E.L; Macedo, L.S; .alcão de Lima, M.S; Silva, G,M. Avaliação<br />
Microbiológica de aparelhos celulares como fonte de propagação<br />
da resistência bacteriana. Research, Society and Development, v.<br />
11, n. 3, e49011326759, 2022.<br />
Gleiciere Maia Silva<br />
(@profa.gleicieremaia)<br />
Biomédica, Especialista em Micologia, Mestre em Biologia<br />
de Fungos e Doutoranda em Medicina Tropical.<br />
Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />
(@dr.biossegurança)<br />
Biólogo, mestre em patologia, doutor em biotecnologia;<br />
palestrante e consultor em biossegurança.<br />
Contato: jorgearaujofilho@gmail.com
LADY NEWS<br />
MERCADO DIAGNÓSTICO<br />
A PALAVRA DE ORDEM É INTERAÇÃO!<br />
Por: Silvania Ramalho<br />
Quando deixamos de participar<br />
ativamente de atualizações, dos<br />
eventos da nossa categoria, estamos<br />
permitindo que o abismo do<br />
individualismo nos distancie cada vez<br />
mais de um mercado tão competitivo.<br />
Encontros que promovem reuniões<br />
importantes para o mercado<br />
laboratorial com pautas e assuntos<br />
atemporais, como por exemplo a<br />
reformulação da RDC 302, ação tão<br />
urgente e tão desejada, acontecem<br />
debaixo dos nossos olhos e, por<br />
acharmos que não vamos conseguir<br />
aproveitar nada destes eventos,<br />
simplesmente os ignoramos.<br />
Oportunidades diversas de ouvir<br />
soluções encontradas por modelos<br />
de negócios tão semelhantes e às<br />
vezes fórmulas encontradas em<br />
centros tão diversos. Quem disse<br />
que o interior também não pode<br />
sugerir para a capital e vice versa?<br />
Vivenciamos ativamente nos<br />
últimos tempos o quanto o<br />
isolamento pode nos causar danos<br />
irrecuperáveis em alguns casos.<br />
Quantos colegas de profissão<br />
se viram obrigados a alterar<br />
suas estruturas, fechar unidades<br />
de coleta em função de uma<br />
pandemia inesperada que causou<br />
incertezas no mundo todo.<br />
E agora estamos diante do retorno<br />
aos congressos, feiras, hora de<br />
receber visita presencial e conciliar<br />
também reuniões on-line. Hora de<br />
buscar ações concretas em soluções<br />
diagnósticas. Muitas palavras estão<br />
em alta como atualizar, evoluir,<br />
avançar, diversificar, reinventar, mas<br />
nunca uma palavra fez tanto sentido<br />
nos últimos tempos … a palavra<br />
parceria. Abrir parcerias, somar<br />
esforços, multiplicar ideias, estas<br />
ações nunca estiveram tão em uso<br />
como agora neste pós pandemia.<br />
E nós, os sobreviventes, temos muito<br />
que ensinar e aprender com essa<br />
experiência. Somos responsáveis<br />
diretos por nossa continuidade<br />
no mercado de análises clínicas<br />
quanto à adaptação em novos<br />
modelos que proporcionem<br />
uma experiência diferenciada e<br />
fidelizadora aos pacientes. Que por<br />
hora também são clientes, quando<br />
eles vêm em busca de soluções<br />
em diagnóstico. Aquelas opções a<br />
mais que temos tirado da cartola,<br />
oferecer uma vacina, um brinde<br />
surpresa para a futura mamãe,<br />
um cartão de aniversário, oferecer<br />
uma experiência com tecnologia<br />
(teleconsulta, óculos virtuais,<br />
avaliação do equilíbrio), a tão<br />
esperada inteligência artificial que<br />
chegou para mudar parâmetros e<br />
alcançar novos espaços.<br />
Deixamos de ser atendimento<br />
receptivo há muitos anos, quando as<br />
108<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
LADY NEWS<br />
primeiras experiências de encontro às<br />
de trabalho ou pela oportunidade<br />
E o que este estande oferecia?<br />
necessidades do paciente começaram<br />
de oferecer uma experiência<br />
Simples, objetivo e prático.<br />
a aparecer no mercado, o formato<br />
diferenciada ao paciente.<br />
Entretenimento, network, educação<br />
de coleta domiciliar hoje já é uma<br />
continuada e a vontade de interação.<br />
necessidade básica onde proporciona<br />
Dentro da OFAC Brasil conheci o<br />
Ver o mesmo com outros olhos.<br />
ao paciente a segurança de não se<br />
grupo OFAC Business, um grupo<br />
expor a uma contaminação quando a<br />
de negócios. Neste grupo ouvimos<br />
Oferecendo uma plataforma com<br />
imunidade deste paciente compromete<br />
dores, soluções, medos, mas acima<br />
ensino à distância com assuntos<br />
sua segurança. Precisamos pensar em<br />
de tudo a vontade de reunir forças<br />
como "Estratégias para Amplificar<br />
alternativas que customizem os nossos<br />
e esforços para alcançarmos muito<br />
o seu negócio", com uma didática<br />
serviços às necessidades físicas do<br />
mais que um negócio, por que<br />
de abordagem de mercado e o<br />
nosso público alvo.<br />
acima de sermos empresários,<br />
compartilhamento de cases de<br />
negociadores, gestores, somos<br />
regiões diversas. Um outro assunto<br />
Quantos laboratórios durante a<br />
cientistas, fomentadores de<br />
que me chamou atenção foi o<br />
pandemia ofereceram serviços de<br />
dados bioestatísticos, fornecendo<br />
curso sobre "Equipamentos de<br />
coleta domiciliar, drive thru de<br />
informações muito além do que<br />
Hematologia" com um olhar técnico<br />
coleta para COVID, vendo que este<br />
somente o apoio diagnóstico.<br />
científico mais profundo que<br />
formato seria uma interessante<br />
questões relacionadas ao laudar, ao<br />
forma que limitava o grande<br />
E você já esteve em um desses<br />
reconhecimento de estruturas, mas<br />
número de pacientes na sala de<br />
grupos? Já se permitiu revisitar<br />
exemplificando na prática com um<br />
espera, evitando notificações da<br />
feiras e eventos da área? No último<br />
olhar mais crítico entre o científico<br />
vigilância por aglomeração de<br />
CONGIPLAB, um estande me<br />
e o técnico.<br />
pessoas, reduzindo a circulação do<br />
chamou a atenção pela capacidade<br />
vírus e contaminação da equipe<br />
de atração, o estande da OFAC Brasil.<br />
Todos estes cursos com um modelo<br />
110<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
de associativismo de fácil acesso,<br />
paciente, o scanner de veias estava<br />
diagnóstico. Não aceitar e mergulhar<br />
LADY NEWS<br />
custo acessível e oferecendo além<br />
no Congresso para demonstração,<br />
nessas mudanças é não garantir<br />
do teórico a oportunidade de ouvir<br />
soluções em biologia molecular<br />
a prosperidade da sua estrutura.<br />
colegas de outras regiões.<br />
para pequeno e médio porte,<br />
É hora de abrir para o novo, ouvir,<br />
soluções em coleta, entre outras<br />
falar, buscar, experimentar, adaptar,<br />
Foram dois dias com promoção<br />
empresas, entre outros modelos<br />
oferecer e o mais importante<br />
de interação. E por ali passaram<br />
de parcerias. Basta olhar com olhos<br />
interagir … agir. Ação!<br />
gestores, técnicos, formadores<br />
de prosperidade, visitar uma feira<br />
de opiniões e de negócios com a<br />
ou um congresso ou passear por<br />
E nada mais oportuno que o<br />
disponibilidade de abrir espaço para<br />
um estande. Mesmo que ali esteja<br />
momento atual, aproveitem os<br />
o novo formato de negócios que o<br />
uma oportunidade já conhecida, é<br />
eventos, aproveitem a temporada<br />
mercado tem nos requisitado.<br />
grandioso confirmar que a nossa<br />
de Congressos que se abre agora<br />
expectativa também mudou. Esse<br />
no primeiro trimestre de 2022, com<br />
Porque a nossa transformação vem<br />
outro olhar pode sim ser uma<br />
calendários até o final do ano.<br />
desse termômetro que é o mercado<br />
oportunidade de negócio.<br />
diagnóstico, a quanto tempo se<br />
Congressistas sejam bem<br />
fala em soluções que provoquem<br />
É importantíssimo flexibilizar para<br />
vindos ao novo momento, nos<br />
uma nova experiência para o<br />
atender às mudanças do mercado<br />
vemos em breve!!!<br />
Autora:<br />
Silvania Ramalho<br />
Bioquímica Farmacêutica - Gerente de Novos Negócios e Estratégias e Assessora Científica.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
111
HEMATOLOGIA<br />
HIPOCROMIA, AFINAL O QUE DEVEMOS<br />
VER, HCM OU CHCM?<br />
Por: Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite. PhD<br />
A quantidade de hemoglobina por<br />
eritrócito é calculada por equipamentos<br />
hematológicos, dividindo a dosagem<br />
de hemoglobina (Hgb) pelo número<br />
de eritrócitos presentes em um<br />
mesmo volume de sangue. O HCM<br />
(hemoglobina corpuscular média)<br />
é um índice exato e bom para<br />
definição de hipocromia (HCM
S-Monovette ®<br />
Citrato<br />
SISTEMA FECHADO PARA<br />
COLETA DE SANGUE<br />
PARA EXAMES DE<br />
COAGULAÇÃO<br />
VOLUMES DISPONÍVEIS<br />
1.4 até 8.2 ml<br />
+<br />
+<br />
+<br />
+<br />
Vida útil estendida que auxilia na prevenção de desperdícios<br />
O vácuo fresco garante a quantidade correta e resultados confiáveis<br />
Boa qualidade de amostra garantida sem contaminação por magnésio<br />
Compatibilidade com os principais analisadores<br />
+ De acordo com as exigências da Organização Mundial da Saúde (OMS)<br />
e do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)<br />
SARSTEDT LTDA<br />
Rodovia Marechal Rondon, Km 126<br />
CEP 18546-412 - Bairro Avecuia - Porto Feliz - SP<br />
Tel: +55 11 4152-2233
LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />
AS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DO<br />
GRUPO PRIME ESTÃO A TODO VAPOR NO RIO DE JANEIRO!<br />
A unidade situada em Duque de Caxias, na Baixada<br />
Fluminense, conta com uma estrutura moderna<br />
para garantir um fluxo de estoque organizado e<br />
contínuo, principalmente na área da saúde.<br />
Quando falamos de logística para a saúde, a<br />
organização é um item indispensável. Ainda<br />
mais em um cenário como o Rio de Janeiro e<br />
sua região metropolitana, que juntos somam<br />
aproximadamente 10 milhões de habitantes. Nesse<br />
contexto, a gestão do transporte e armazenamento<br />
dos equipamentos médicos hospitalares deve ser<br />
feita por mãos especializadas no assunto.<br />
Com quase duas décadas de experiência e<br />
uma equipe altamente capacitada, o Grupo<br />
Prime é especialista na logística de materiais<br />
e equipamentos relacionados à área da saúde,<br />
com certificação ANVISA. E a filial carioca segue<br />
o mesmo padrão de qualidade nas operações,<br />
garantindo a distribuição logística dos grandes<br />
hospitais e laboratórios do Rio de Janeiro.<br />
A Unidade Grupo Prime - Duque de<br />
Caxias está estabelecida em uma<br />
área total de 4.115m², sendo destes,<br />
3.600m² de área fabril. E esse tamanho<br />
todo permite mais versatilidade nas<br />
operações de armazenagem, com opção<br />
de organização para até 5.000 posições<br />
paletes que solucionam o fluxo de<br />
pequenos, médios e grandes estoques.<br />
114<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />
Além do amplo espaço que garante mais<br />
segurança nas atividades, a filial ainda<br />
conta com equipamentos de última geração<br />
e softwares inteligentes que automatizam<br />
processos operacionais, otimizando a<br />
produtividade em cada etapa.<br />
Mas a logística focada na área da saúde<br />
requer alguns cuidados especiais em relação<br />
aos serviços de transporte e armazenamento<br />
convencionais. E quem se disponibiliza<br />
a atender esse mercado precisa ter uma<br />
estrutura preparada com controle da<br />
temperatura ambiente.<br />
A filial carioca do Grupo Prime dispõe de<br />
uma frota com veículos refrigerados e câmara<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
fria de 150 m² para receber cargas com<br />
necessidades específicas de conservação.<br />
E não é só no assunto saúde que o Grupo<br />
Prime tem autoridade. A unidade de Duque<br />
de Caxias também é especializada na<br />
logística de equipamentos de tecnologia<br />
para a área das telecomunicações, com<br />
soluções especializadas no transporte e<br />
armazenamento desses materiais.<br />
A unidade do Grupo Prime no Rio de<br />
Janeiro está estrategicamente localizada<br />
no Condomínio GLP, que fica na Rodovia<br />
Washington Luiz, 20755 - Galpão 24, Módulo<br />
4, Vila Santo Antônio, em Duque de Caxias.<br />
Quer conhecer as operações logísticas do<br />
Grupo Prime de perto?<br />
Acesse www.grupoprimecargo.com.br<br />
e saiba mais!<br />
Tel.: +55 11 4280-9110<br />
E-mail: comercial@primecargo.com.br<br />
115
INFORMES DE MERCADO<br />
Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />
dos produtos e lançamentos do setor.<br />
Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />
Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />
QUICKSTAR E LINHA QUICKTEST:<br />
EFICIÊNCIA E QUALIDADE<br />
A In Vitro Diagnóstica sempre foi destaque no<br />
mercado brasileiro de diagnóstico in vitro por<br />
ser inovadora. Portanto, lança no mercado<br />
um equipamento moderno, adaptável as<br />
necessidades do mercado brasileiro e com<br />
configurações diferenciadas que otimizam a<br />
rotina laboratorial.<br />
O QuickSTAR é um equipamento de<br />
imunofluorescência, para leitura quantitativa e<br />
qualitativa, que alinha alta tecnologia, qualidade<br />
e praticidade em todas as suas funcionalidades.<br />
O seu portfólio de produtos – linha QuickTEST<br />
é exclusivo e apresenta características<br />
diferenciadas e seguras.<br />
Além de esteticamente bonito e leve, a bateria<br />
interna garante mobilidade e alta eficiência<br />
longe das tomadas, o que possibilita um<br />
rápido e confiável diagnóstico em qualquer<br />
lugar. Pensando ainda na agilidade, embora<br />
seja pequeno e semiautomático, possui<br />
uma tecnologia inigualável através da sua<br />
funcionalidade que permite a leitura simultânea<br />
de testes multiparâmetros. Todas as suas<br />
características foram desenhadas utilizando<br />
alta tecnologia e o seu software em português<br />
permite um fácil entendimento e manuseio.<br />
Pensando ainda em facilitar a rotina laboratorial,<br />
através de resultados confiáveis e seguros, mas<br />
mantendo as características que diferem testes<br />
comuns de um verdadeiro “point of care testing”,<br />
a linha de produtos QuickTEST, dedicada para<br />
uso no equipamento QuickSTAR, apresenta<br />
vantagens que facilitam a coleta de amostra<br />
e a execução do teste. Dentre essas vantagens<br />
destacamos que não é necessário pré-diluição<br />
de amostras, que é possível utilizar sangue total<br />
e que os protocolos para execução e leitura dos<br />
testes são padronizados.<br />
O QuickSTAR foi desenvolvido nos mínimos<br />
detalhes, com diferenciais exclusivos que<br />
garantem o seu destaque como um produto<br />
moderno, competitivo e de alta qualidade. Com<br />
um portfólio completo, a linha QuickTEST<br />
engloba diversos parâmetros: marcadores<br />
cardíacos, marcadores inflamatórios, marcadores<br />
tumorais, doenças respiratórias, doenças<br />
infecciosas, função renal, função digestiva,<br />
tireoide, diabetes, alergia, vitamina, derrame<br />
cerebral e detecção de drogas.<br />
Como parte da linha que contribui neste<br />
cenário de enfrentamento da COVID-19, a<br />
In Vitro destaca:<br />
COVID-19 Ag - Kit para detecção do antígeno<br />
SARS-CoV-2 causador da COVID-19.<br />
COVID-19 nAb - Kit para detecção de anticorpos<br />
neutralizantes anti-SARS-CoV-2, importante<br />
para o monitoramento do nível de anticorpos<br />
que neutralizam a virulência do vírus causador<br />
da COVID-19.<br />
D-Dímero – Kit para detecção de<br />
D-Dímero, fundamental para diagnóstico e<br />
acompanhamento do quadro trombótico de<br />
pacientes com COVID-19.<br />
Para saber mais entre em contato com a<br />
In Vitro Diagnóstica através do<br />
e-mail invitro@invitro.com.br ou<br />
telefone (31) 99973-2098<br />
116<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
CONHEÇA A LINHA EBRAM DE<br />
IMUNO<br />
HEMATOLOGIA<br />
Soros para Tipagem Sanguínea<br />
PRODUTOS DA LINHA<br />
• Soro Anti – A<br />
• Soro Anti – B<br />
• Soro Anti – AB<br />
• Soro Anti – Humano (Anti-IgG e Anti-C3d)<br />
• Soro Anti – D (Blended)<br />
• Controle Rh<br />
• Albumina Bovina 22%<br />
QUALIDADE<br />
GARANTIDA<br />
QUALIDADE<br />
• Anticorpos altamente específicos;<br />
• Maior sensibilidade, formando<br />
grumos coesos;<br />
• Maior avidez, tornando a leitura<br />
mais rápida;<br />
• Acima das especificações exigidas<br />
pelos Hemocentros.<br />
Qualidade e segurança para resultados precisos<br />
Consulte nossa equipe de vendas<br />
(11) 2291-2811 | vendas@ebram.com | www.ebram.com
INFORME DE MERCADO<br />
GRUPO KOLPLAST, MAIS UMA VEZ, SE APRESENTA NA<br />
VANGUARDA TRAZENDO AO MERCADO UMA LINHA DE<br />
PRODUTOS GENUINAMENTE NACIONAIS, DEDICADOS À<br />
COLETA DE DNA<br />
As descobertas no campo da genética<br />
aplicadas à saúde humana, são surpreendentes<br />
e ganham cada vez mais protagonismo na<br />
medicina, abrindo espaço já no presente e no<br />
futuro para ações de prevenção e cura jamais<br />
antes imaginados.<br />
Vivemos hoje uma era em que especificidade<br />
e precisão diagnósticas fazem da medicina<br />
menos uma arte, como se usava dizer, e mais<br />
uma verdadeira ciência, com seus melhores<br />
predicados.<br />
Tais progressos, muitos deles centrados<br />
nas técnicas de biologia molecular, elevaram<br />
diagnósticos e tratamentos a outro patamar<br />
de precisão, especificidade e sensibilidade.<br />
Aos Laboratórios de Análises Clínicas e<br />
Patologia, grandes estrelas desse novo mundo,<br />
cabe a missão de tornar acessível e viável a<br />
oferta de exames diagnósticos e prognósticos<br />
de doenças infecciosas, desordens genéticas<br />
hereditárias e câncer.<br />
Com um já longo caminho já percorrido<br />
nessa maravilhosa trilha e com muito<br />
mais ainda por vir, o Grupo Kolplast, mais<br />
uma vez, se apresenta na vanguarda,<br />
trazendo ao mercado uma linha de produtos<br />
genuinamente nacionais, dedicados à coleta<br />
de DNA, colaborando dessa forma para que,<br />
com preços adequados e acessibilidade, mais e<br />
mais pacientes, e mesmo cidadãos saudáveis,<br />
em busca de orientações preditivas, possam<br />
se beneficiar desse progresso.<br />
Destacam-se, entre outros, os kits para<br />
coleta de saliva, kits para coleta de esfregaço<br />
de mucosa oral, swabs e kits para coleta de<br />
outros materiais biológicos que constituem<br />
a base para o diagnóstico com técnica de<br />
biologia molecular. Como mandam as boas<br />
técnicas, todos esses produtos são produzidos<br />
com Boas Práticas de Fabricação, esterilizados<br />
a óxido de etileno e, consequentemente,<br />
livres de DNA humano amplificável, DNases<br />
e RNases.<br />
O Grupo Kolplast, ombreando-se aos maiores<br />
e melhores produtores mundiais desses itens,<br />
também emprega, especificamente para os<br />
swabs, as microcerdas de nylon, tecnologia<br />
considerada “padrão ouro” permitindo maior<br />
eficiência na coleta e melhor eluição do<br />
material coletado. Tais swabs tem ampla<br />
aplicação clínica e industrial, destacandose<br />
as amostras com organismos bacterianos<br />
ou virais, análise ambiental, de segurança<br />
alimentar, forense, testes de DNA, coleta de<br />
amostras de pele, uretra, nasal, anal, vaginal<br />
ou oral.<br />
Fale conosco para mais informações!<br />
Central de Relacionamento Grupo Kolplast<br />
11 4961-0900<br />
vendas@kolplast.com.br<br />
118<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
HAGELAB, CHEGAMOS PARA SOMAR E ENTREGAR<br />
SOLUÇÕES A TODOS<br />
HAGELAB já entrega soluções ao<br />
mercado, e complementa a linha dos<br />
parceiros e fabricantes.<br />
Gerando periodicamente certificados de<br />
segurança digitais que garantem a imutabilidade<br />
dos dados.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Podemos considerar que a grande maioria<br />
das empresas surgem no mercado para<br />
implantação de serviços e produtos próprios<br />
e que praticamente na sua totalidade entram<br />
para concorrer com algo já existente, seja<br />
similarmente ou apresentando inovações.<br />
A HAGELAB vem de forma disruptiva<br />
para entregar soluções a todos os<br />
parceiros, empresas, serviços e clientes,<br />
complementando o ecossistema e acima<br />
de tudo sendo capaz de acrescentar<br />
personalização a cada necessidade.<br />
Fomos concebidos dentro da necessidade<br />
de inovação e gestão 4.0, viemos a<br />
complementar o que já está em uso para não<br />
haver a necessidade de altos investimentos<br />
e substituição de equipamentos, acessórios<br />
e periféricos.<br />
Com a experiência e a expertise adquiridas<br />
ao longo dos últimos tempos, seja com o<br />
desenvolvimento de hardwares e softwares,<br />
fizemos e fazemos o que nos diferencia do mercado:<br />
“Nós entregamos a experiência da implantação” e<br />
não só entregamos solução, como prestamos toda<br />
a assessoria e consultoria necessária.<br />
Nossas soluções podem ser instaladas em todo<br />
e qualquer equipamento o qual você deseje<br />
monitorar, rastrear, inventariar ou controlar, desde<br />
uma câmara de vacina até um sistema completo<br />
de automações.<br />
Consulte-nos para que possamos entregar o que<br />
temos de melhor a você.<br />
Nossa solução tem um sistema de segurança<br />
baseado no conceito Blockchain.<br />
Convertemos as informações em “hashes”, com<br />
provas de trabalho, com correntes para checagem<br />
da integralidade das informações assim como é feito<br />
em cadeias de blocos, porém, de forma privada.<br />
Estamos com soluções atuantes e prontas<br />
para expandir nossas parcerias com as empresas<br />
de logística, análises clínicas, pesquisa clínica,<br />
fármacos, alimentícias, vacinas, tudo e todos<br />
que necessitem de monitoramento, controle,<br />
segurança de dados e soluções para gestão.<br />
HAGELAB, SOMANDO SOLUÇÕES COM TODOS…<br />
ww.hagelab.com.br<br />
Rogério Diniz<br />
Diretor Comercial e Novos Negócios<br />
rogerio@hagelab.com.br<br />
Ailton Flavio Moreira Junior<br />
Engenheiro Eletrônico/Eletricista<br />
Especialista em Engenharia Clínica<br />
MBA FGV – Gestão Empresarial<br />
Wender Fernandes<br />
Tecnólogo em Redes e Analista de Desenvolvimento<br />
Tecnológico<br />
Pesquisa e desenvolvimento de Hardware /<br />
Processamento de Dados IoT<br />
Eliel Oliveira<br />
Engenheiro Civil / Cientista de Dados Computacionais<br />
/ Processamento de Dados IoT<br />
Carlos H. Monteiro<br />
Publicitário, Especialista em Inovação, Experiência do<br />
Usuário e Arquitetura da Informação UX<br />
Hoje a HAGELAB é uma empresa<br />
completa no mercado de soluções de<br />
georreferenciamento, monitoramento<br />
de temperatura, segurança dos dados,<br />
inventário em tempo real, BI (Business<br />
Intelligence) entre outros, pois, temos<br />
a capacidade de desenvolver o que for<br />
necessário para otimizar a sua gestão,<br />
já que o desenvolvimento e a criação de<br />
softwares são próprios.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
119
INFORME DE MERCADO<br />
LAB REDE OFERECE PLATAFORMA DE EDUCAÇÃO<br />
CONTINUADA PARA SEUS MEMBROS.<br />
Conheça o Rede Digital, plataforma de educação continuada exclusiva para membros do Lab Rede.<br />
Capacitação de equipe, consultorias especializadas,<br />
suporte de uma assessoria médica e científica<br />
que é referência no país, parcerias exclusivas. Ser<br />
membro Lab Rede é ter mais que um laboratório<br />
de apoio: é ter um parceiro caminhando junto<br />
rumo ao crescimento e melhores resultados.<br />
E, pensando nisto, o Lab Rede apresenta o Rede<br />
Digital: sua plataforma de educação continuada.<br />
O objetivo do Rede Digital é ajudar o laboratório<br />
parceiro na capacitação dos seus colaboradores. A<br />
plataforma conta com uma grade de treinamentos<br />
diferenciada e conteúdos importantes para a<br />
melhoria da rotina dos laboratórios, desde o<br />
atendimento ao cliente até os processos préanalíticos,<br />
gestão da qualidade, entre outros.<br />
Outra característica importante da plataforma<br />
é a facilidade na gestão de indicadores, onde<br />
a alta gestão consegue personalizar a grade<br />
de acordo com a necessidade do laboratório,<br />
além de acompanhar o andamento dos<br />
cursos realizados por seus colaboradores,<br />
além da emissão de certificados e relatórios<br />
importantes e essenciais para as fiscalizações<br />
e/ou Acreditações.<br />
A plataforma Rede Digital é disponibilizada de<br />
forma exclusiva e gratuita para os membros do<br />
Lab Rede. Para maiores informações entre em<br />
contato pelo e-mail rededigital@labrede.com.<br />
br ou pelo telefone (31) 2519-7500.<br />
Sobre o Lab Rede<br />
O Lab Rede nasceu há 22 anos, como uma rede de<br />
laboratórios que se uniram para ter o seu próprio<br />
laboratório de apoio. Prezando sempre pela<br />
qualidade, rapidez e melhor custo benefício para<br />
a realização de exames, hoje o grupo conta com<br />
mais de 200 associados, se tornando a maior REDE<br />
de apoio laboratorial do Brasil.<br />
Além da atuação como laboratório de apoio, o<br />
Lab Rede oferece diversos benefícios e facilidades<br />
para seus membros, como suporte técnico e de<br />
gestão, projetos para acompanhamentos pré e<br />
pós-analíticos, entre outros.<br />
120<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
INFORME DE MERCADO<br />
Ser apoio laboratorial<br />
de verdade é estar<br />
100% presente na rotina<br />
do seu laboratório.<br />
Capacitação de equipe, consultorias especializadas, suporte de uma assessoria<br />
médica e científica que é referência no país além de parcerias exclusivas.<br />
Ser membro Lab Rede é ter mais que um laboratório de apoio: é ter um parceiro<br />
caminhando junto rumo ao crescimento e melhores resultados.<br />
Venha fazer parte dessa Rede de Resultados!<br />
SAIBA MAIS<br />
ACESSE!<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
121
INFORME PUBLICTÁRIO<br />
EXC 400<br />
Analisador Automático de Bioquímica<br />
A Equip e Apparat trazem ao mercado um dos Analisadores de Bioquímica automático<br />
mais aclamados do mercado global. Todo esse desempenho acompanhado da<br />
qualidade do serviço e do suporte Equip que você já conhece.<br />
Recursos<br />
Taxa de transferência<br />
400T/H<br />
Metodologia<br />
Ponto final, Tempo fixo (dois pontos), Cinético<br />
Capacidade de amostra<br />
100 incluindo 5 posições de emergência<br />
Capacidade do reagente<br />
80 posições com sistema de refrigeração ininterrupta 24 horas<br />
O EXC400 é um analisador químico automatizado de chão que executa<br />
400t/h e combina funções avançadas e versáteis que facilitam a<br />
execução de testes de alta qualidade, melhoram o tempo de resposta<br />
e reduzem os custos operacionais. Possui 80 posições de reagentes<br />
refrigeradas um volume de aspiração reduzido para reagente e<br />
amostra economia no consumo de água e uma interface LIS<br />
bidirecional que oferece uma boa usabilidade ao usuário<br />
e está agora disponível para atender às diferentes<br />
demandas do seu laboratório.<br />
Consulte nossa equipe comercial e<br />
conheça as oportunidades de<br />
negócios para o seu laboratório.<br />
Tipo de reagente<br />
Líquido, pronto para uso<br />
Sistema de mistura<br />
Misturador independente com duas hastes<br />
Métodos de controle<br />
Controle em tempo real, dentro do dia, entre dias etc.<br />
Comprimento de onda<br />
340-800nm, no total 12 comprimentos de onda<br />
Sistema operacional<br />
Windows 10, suporte LIS<br />
#equipdiagnostica<br />
equipdiagnostica.com.br
TECNOLOGIA E PRODUTOS DE PONTA PARA APOIAR<br />
O TRATAMENTO MÉDICO<br />
Todos os equipamentos de hematologia utilizam<br />
necessariamente a tecnologia de impedância<br />
elétrica que passa por dentro de uma abertura<br />
(pedra preciosa ou cerâmica). O equipamento gera<br />
um pulso elétrico contínuo e, quando as células<br />
passam à frente desse pulso, são quantificadas. É<br />
esta tecnologia que permite contar os leucócitos,<br />
hemácias e plaquetas, e através da intensidade do<br />
pulso elétrico, determinar o seu tamanho.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A impedância é um processo que depende de um<br />
reagente com condutividade elétrica compatível<br />
com a tecnologia do fabricante e deve possuir<br />
osmolaridade igual à da célula para evitar<br />
alteração em todos os parâmetros do hemograma.<br />
O diluente é uma solução especialmente<br />
desenvolvida para proporcionar uma adequada<br />
diluição das amostras, visando a contagem e<br />
distribuição das células sanguíneas. Portanto, este<br />
reagente é um fator determinante que vai além da<br />
medição das células. Vamos conhecer um pouco<br />
mais do Reagente Isotonac-3TM.<br />
Nas células de linhagem branca, o diluente além<br />
de diluir a amostra, ele atua como solução “STOP”<br />
parando a reação das células com a o reagente<br />
o Hemolynac-5TM, fazendo com as células<br />
mantenham suas características nativas e para<br />
que posteriormente o laser faça a diferenciação e<br />
contagem dos leucócitos, diferenciando com mais<br />
precisão as 5 partes diferenciais do hemograma.<br />
Isso ocorre porque as reações químicas entre os<br />
reagentes Isotonac-3TM e o Hemolynac-5TM<br />
foram determinadas em laboratório da Nihon<br />
Kohden Corporation e aprovada por vários órgãos<br />
reguladores dos mais de 120 países onde a Nihon<br />
Kohden está presente.<br />
Já nas células vermelhas o Isotonac-3TM atua<br />
diretamente nas hemácias preparando-as para<br />
serem contadas e determinar seu tamanho. Ao<br />
entrar em contato com as hemácias o reagente<br />
Isotonac-3TM altera a forma nativa da célula,<br />
passando da forma nativa (bicôncava) para a<br />
forma de glóbulo, podendo assim ser contada e<br />
medida tridimensionalmente através da abertura<br />
elétrica da câmara de RBC/PLT. Com isso teremos<br />
os parâmetros medidos e calculados de maneira<br />
correta, obtendo um resultado dos parâmetros<br />
da série vermelha mais preciso e com maior<br />
qualidade. Essa alteração de forma nas hemácias<br />
é de extrema importância e só é possível devido<br />
as quantidades exatas de cada matéria prima<br />
utilizada em sua fabricação.<br />
Para as plaquetas, por ser uma partícula muito<br />
pequena, além de todos os requisitos de qualidade<br />
citados acima precisamos de muita qualidade<br />
que envolvem os processos de fabricação de<br />
nossos reagentes, pois quaisquer partículas de<br />
contaminação que possam estar no diluente podem<br />
alterar as contagens do hemograma, principalmente<br />
interferência nas plaquetas. Nossa fábrica localizada<br />
no Japão, possui toda a infraestrutura necessária<br />
para fabricação de reagentes hematológicos para<br />
os analisadores Celltac, utilizando matéria prima<br />
e água de excelente qualidade, passando por<br />
um rígido processo de controle de qualidade e<br />
armazenamento.<br />
A missão da Nihon Kohden é utilizar sua tecnologia<br />
e produtos de ponta para apoiar o tratamento<br />
médico em todas as áreas clínicas, desde resposta<br />
de emergência a testes, diagnóstico, tratamento e<br />
reabilitação. Além do tratamento clínico, os produtos<br />
da Nihon Kohden desempenham um papel ativo<br />
fora do hospital, como na melhoria da saúde e<br />
cuidados médicos domiciliares e de enfermagem,<br />
bem como na pesquisa médica básica.<br />
Opte pela melhor tecnologia para o<br />
seu laboratório!<br />
Opte por equipamentos hematológicos<br />
Celltac da Nihon Kohden!<br />
NIHON KOHDEN<br />
Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá<br />
São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil<br />
Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />
E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />
Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas<br />
as novidades!<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
123
INFORME DE MERCADO<br />
COMO INTERPRETAR A CONTAGEM DE RETICULÓCITOS EM<br />
CÃES E GATOS<br />
Por: Rossana Priscilla de Souza Figueira, Mariana Oliveira Silva, Fabiola de Oliveira Paes Leme - Laboratório de Patologia Clínica HV-EV-UFMG<br />
Os reticulócitos são células eritróides imaturas<br />
que contêm retículos com cadeias de RNA,<br />
mitocôndrias, ribossomos, centríolos e restos<br />
do complexo de Golgi e, apesar da diminuição<br />
da quantidade de organelas citoplasmáticas, os<br />
reticulócitos podem ser mais metabolicamente<br />
ativos do que os eritrócitos maduros e, sintetizar<br />
até 20% da concentração final de hemoglobina<br />
(COWGILL et al., 2003). A presença das organelas<br />
citoplasmáticas, especialmente os resquícios de<br />
RNA podem ser identificados através de colorações<br />
especiais da classe dos supravitais, como o novo<br />
azul de metileno (NAM) ou o azul cresil brilhante<br />
(ACB) (STOCKHAM e SCOTT, 2008).<br />
apresentam eritropoiese deprimida ou diminuição<br />
da concentração ou atividade de eritropoietina<br />
(EPO) e, dessa forma, observa-se contagem de<br />
reticulócitos normal ou diminuída (PEREIRA et al.,<br />
2008).<br />
Para executar a técnica corretamente o sangue não<br />
pode estar hemolisado, deve-se coletar a amostra<br />
em EDTA e a contagem ser feita em até 6h (COWGILL<br />
et al., 2003). Volumes iguais de sangue devem ser<br />
adicionados ao NAM, misturados e mantidos a<br />
temperatura ambiente por, pelo menos 15 minutos<br />
(STOCKHAM e SCOTT, 2008), ou submetidos a 37º<br />
por 20 minutos (DACIE et al., 2011).<br />
Figura 1: Reticulócitos pontilhados e agregado em amostras de<br />
um gato doméstico com volume globular de 21%. Azul cresil<br />
brilhante, objetiva óptica de imersão (100x).<br />
Na Medicina Veterinária observamos dois<br />
tipos de reticulócitos: o agregado e o pontilhado<br />
(FELDMAN & SINK, 2006). O reticulócito agregado<br />
é uma célula eritróide mais imatura, maior e<br />
com coleções grosseiramente agrupadas de<br />
retículo (COWGILL et al., 2003). Na maior parte<br />
das espécies domésticas este é o único tipo de<br />
reticulócito encontrado. Os gatos, no entanto,<br />
apresentam mais de um tipo de reticulócito<br />
(THRALL, et al, 2012), além do agregado,<br />
semelhante a outras espécies, possui também o<br />
pontilhado (figura 1). O reticulócito pontilhado é<br />
menor, mais maduro e quando corado apresenta<br />
dois a seis pequenos grânulos de retículos esparsos<br />
(VALLE et al., 2019; COWGILL et al., 2003). É a fase<br />
seguinte da maturação do reticulócito agregado<br />
(STOCKHAM e SCOTT, 2008).<br />
A contagem de reticulócitos é considerada o<br />
padrão ouro na avaliação da resposta medular<br />
do animal à anemia (BARGER, 2003), utilizada<br />
para classificar as anemias em regenerativa<br />
(reticulocitose) e não regenerativa (reticulocitopenia<br />
ou contagens basais em anemias intensas). Além<br />
de auxiliar na classificação da anemia, a contagem<br />
de reticulócitos também é utilizada para avaliar a<br />
integridade da medula óssea e para monitorar o<br />
efeito da terapia instituída (COWGILL et al., 2003). A<br />
reticulocitose – aumento do número de reticulócitos<br />
circulantes – ocorre em animais anêmicos, com<br />
medula óssea funcional e responsiva, como nos<br />
casos de perda de sangue, hemólise ou em pacientes<br />
que estejam respondendo a terapia. Entretanto,<br />
animais anêmicos, com distúrbios medulares,<br />
Registra-se número de reticulócitos observados a<br />
cada 1.000 eritrócitos maduros. Para gatos, alguns<br />
laboratórios contam apenas reticulócitos agregados,<br />
enquanto outros contam agregados e pontilhados<br />
e registram ambos (STOCKHAM e SCOTT, 2008). O<br />
número de reticulócitos observados a cada 1.000<br />
eritrócitos resulta na contagem percentual (RP).<br />
Alguns autores acreditam que a porcentagem de<br />
reticulócitos corrigida (PRC) seja mais adequada<br />
para a interpretação da resposta medular<br />
(STOCKHAM e SCOTT, 2008). A PRC é obtida através<br />
da multiplicação da PR pela razão entre o volume<br />
globular (VG) do paciente e do VG médio da espécie<br />
(45% para cães e 37% para gatos) (D’AVILA, 2011).<br />
O intervalo de referência, indicativo de regeneração,<br />
para a PR e para a PRC deve ser o mesmo: superior à<br />
1% para cães e 0,4% para gatos.<br />
A concentração de reticulócitos (CR), também<br />
chamada de contagem absoluta de reticulócitos<br />
é expressa pelo número de reticulócitos por µL de<br />
sangue, obtido pela porcentagem de reticulócitos<br />
multiplicada pelo número de eritrócitos do<br />
paciente e, é considerada por muitos autores, como<br />
parâmetro preferido para a interpretação (COWGILL<br />
et al., 2003). Valores acima de 60.000 reticulócitos<br />
agregados/μL de sangue em cães e acima de 15.000<br />
reticulócitos agregados/μL de sangue em gatos e<br />
200.000 reticulócitos pontilhados/μL de sangue em<br />
gatos indicam uma reticulocitose.<br />
Por fim, o índice de produção de reticulócitos (IPR)<br />
possui um cálculo que envolve a estimativa do tempo<br />
de efeito da eritropoietina sobre a medula óssea, até<br />
a liberação de reticulócitos, bem como o tempo de<br />
maturação dos reticulócitos, que está correlacionada<br />
com a gravidade da anemia (D’AVILA, 2011).<br />
Referências<br />
BARGER, A. M., The Complete Blood Cell Count: A Powerful<br />
Diagnostic Tool. Vet Clin Small Anim, v. 33, p. 1207 - 1222, 2003.<br />
COWGILL, E. S.; NEEL, J. A.; GRINDEM C. B., Clinical Application of Reticulocyte<br />
Counts in Dogs and Cats. Vet Clin Small Anim, v. 33, p. 1223 - 1244, 2003.<br />
D´AVILA, A. E. R. Parâmetros hematológicos e classificações de<br />
anemia em uma população de cães atendidos no LACVET - UFRGS.<br />
2011. Monografia (Residência Médica em Patologia Clínica<br />
Veterinária) - Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do<br />
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.<br />
DACIE, J. V. et al. Pratical Hematology. 11. ed. [S. l.]: Elsevier, 2011.<br />
650 p. ISBN 9780702034084.<br />
FELDMAN, B.F. & SINK, C.A. Eritrócitos. In: Urinálise e Hematologia.<br />
São Paulo: Roca, 2006. p.75 – 96.<br />
PEREIRA, P.M.; SEKI, M.C.; PALMA, P.V.B., Contagem de Reticulócitos<br />
de Cães Saudáveis ou Anêmicos pela Citometria de Fluxo, Arq. Bras.<br />
Med. Vet. Zootec., v. 59, n. 1, p. 66-70, 2008.<br />
STOCKHAM, S. L.; SCOTT, M. A. Fundamentals of veterinary clinical<br />
pathology. 2. ed. Ames, Iowa: Blackwell Publishing, 908p, 2008.<br />
THRALL, M A.; BAKER D.C.; CAMPBELL T.W.; et al. Veterinary<br />
Hematology and Clinical Chemistry. 2 ed, Wiley-Blackwell, 762p, 2012.<br />
VALLE, S.F. et al. Correlações entre as contagens de reticulócitos<br />
manual e automática em amostras de felinos anêmicos. Arq. Bras.<br />
Med. Vet. Zootec., [s. l.], v. 71, n. 2, p. 577-583, 2019.<br />
Tel : +55 31- 3489-5100<br />
124<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
MICROLAB STAR LINE – CADA VEZ MELHOR!<br />
Melhoramos nossa plataforma de pipetagem<br />
para que você possa dar asas à sua<br />
imaginação. Apoiamos seu laboratório com<br />
INFORME DE MERCADO<br />
soluções personalizadas e uma variedade<br />
de novos recursos, não importa a aplicação<br />
(Genômica, Cultura de Células, Diagnóstico,<br />
Forense, Proteômica, Fracionamento de<br />
Amostras, Descoberta de Drogas).<br />
Descubra mais:<br />
www.hamiltoncompany.com/automated-liquid-handling/platforms/microlab-star<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
125
INFORME DE MERCADO<br />
TUBOS DE VIDRO OU PLÁSTICO: QUAL O MAIS SEGURO?<br />
Os tubos de coleta são parte importante<br />
da rotina de análises clínicas. Escolher o tubo<br />
adequado auxilia na agilidade e segurança de<br />
todo o processo.<br />
Atualmente, é possível encontrar na rotina<br />
tubos de vidro ou plástico. Já parou para pensar<br />
qual deles é mais seguro?<br />
Os tubos de vidro foram os pioneiros para<br />
coleta de amostras. Mas atualmente são<br />
considerados de risco, pois podem quebrar<br />
durante o transporte, centrifugação do material<br />
ou processamento da amostra, gerando<br />
acidentes ocupacionais, dano à etiqueta de<br />
identificação do material, perda de amostra com<br />
necessidade de recoleta e, no caso de quebras<br />
dentro dos equipamentos de automação, atraso<br />
na rotina laboratorial.<br />
Além disso, a utilização de tubos de vidro altera<br />
o resultado de alguns exames, como a contagem<br />
de plaquetas, pois o vidro e a agitação promovem<br />
a agregação plaquetária.<br />
Os tubos de plástico são os mais recomendados<br />
por questão de biossegurança, por serem mais<br />
resistentes desde o transporte até a automação.<br />
A resolução RDC nº 20, de 10 de abril de 2014<br />
orienta que a embalagem do material biológico<br />
seja rígida, resistente e à prova de vazamento.<br />
Por isso, muitos laboratórios de apoio recebem<br />
apenas tubos de plástico ou acrílico.<br />
A FirstLab, empresa brasileira de produtos para<br />
análises clínicas tem em seu portfólio tubos de<br />
coleta fabricados em plástico PET transparente<br />
e fechados à prova de vazamento com borracha<br />
auto selante - que representam segurança e<br />
confiabilidade em todas as fases de sua análise.<br />
Converse com um consultor da FirstLab<br />
e conheça nossos produtos:<br />
0800 710 0888<br />
atendimento@firstlab.ind.br<br />
Saiba mais sobre essas novidades FirstLab<br />
www.firstlab.ind.br<br />
atendimento@firstlab.ind.br<br />
0800 710 0888<br />
126<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
INFORME DE MERCADO<br />
GREINER BIO-ONE ETRACK: UM APLICATIVO DE<br />
RASTREABILIDADE QUE OFERECE SEGURANÇA E<br />
CONTROLE AO PRÉ-ANALÍTICO.<br />
29/04/2022 16:41 RES: Material Greiner Bio-One NEWSLAB | <strong>Ed</strong>. <strong>171</strong> - MAIO – Comercial 2 | NewsLab – Outlook<br />
Equipes de saúde precisam de tecnologias<br />
que as apoiem cada vez mais em seu diaa-dia.<br />
Dessa forma a Greiner Bio-One sai na<br />
frente trazendo um aplicativo que oferece total<br />
rastreabilidade dos materiais utilizados nas<br />
coletas, acompanhando a transformação digital<br />
na Saúde 4.0.<br />
A versão integrada com o sistema LIS/HIS tem<br />
a vantagem de gerar, automaticamente, a<br />
sequência da ordem de coleta, de acordo com<br />
os exames solicitados ao paciente, evitando<br />
assim possíveis problemas nos resultados ou<br />
contaminação cruzada da amostra.<br />
Dos materiais, são registradas as informações<br />
de lote, validade – se expirada, informa o<br />
usuário no momento da leitura e interrompe o<br />
processo – data, hora e código do responsável<br />
pela coleta. Com isso, o controle dos insumos<br />
utilizados é maior e a gestão das rotinas das<br />
equipes de coleta podem ser acompanhadas<br />
em tempo real.<br />
Além da possibilidade de visualizar a<br />
quantidade de tubos disponíveis na unidade<br />
central e filiais, quando for o caso, é possível<br />
saber, inclusive, a data e o horário em que<br />
foi realizada cada coleta de amostra, como<br />
também o código do responsável por ela.<br />
Todas as informações são atreladas ao código<br />
do paciente, aumentando a segurança na<br />
gestão dos dados capturados. Basta acessar<br />
o site www.gboetrack.com, clicar em login<br />
dashboard, digitar seu usuário e senha, para<br />
verificar os dados das coletas realizadas e da<br />
sua equipe em tempo real.<br />
Essa é a mais nova solução que a Greiner Bio-<br />
One desenvolveu para promover a praticidade<br />
na gestão completa de todo o processo de<br />
coleta de amostras biológicas, atender as<br />
exigências de rastreabilidade da ISO 15189,<br />
além de auxiliar na redução significativa dos<br />
desvios de qualidade.<br />
Como funciona?<br />
Uma vez implantado nas rotinas de coleta, o<br />
aplicativo realiza a leitura do QR Code dos materiais<br />
utilizados na coleta da amostra de um paciente<br />
e os atrela ao código desse paciente, ou seja,<br />
paciente e materiais agora estão correlacionados e<br />
podem ser facilmente rastreados.<br />
Os dados registrados via aplicativo são<br />
enviados para uma página web site, Manager<br />
Cockpit, onde é feita toda gestão, tanto dos<br />
quantitativos de materiais utilizados naquele<br />
dia ou semana, o tempo médio de coleta, como<br />
também visualizar e compartilhar relatórios de<br />
estoque entre matriz e filiais, dentre outros que<br />
sejam importantes.<br />
O aplicativo oferece flexibilidade e mobilidade<br />
na utilização, já que pode ser utilizado em<br />
diversas configurações como smartphones,<br />
tablets e agora também em desktops, sendo<br />
adaptável para laboratórios, clínicas, hospitais<br />
ou em coletas domiciliares, por exemplo.<br />
Com um processo bem simples, em caso de<br />
deslocamentos para as coletas domiciliares, o<br />
app pode utilizar a rede de internet com dados<br />
móveis para enviar os registros da coleta para<br />
a central de qualquer local desde que exista<br />
conexão disponível.<br />
Multiplataforma e pronto para utilização em<br />
qualquer dispositivo, está disponível para<br />
download nas lojas virtuais para todos os<br />
sistemas operacionais atuais comercializados<br />
no mercado e pode ser utilizado tanto online<br />
como offline.<br />
Com o uso do Greiner Bio-One eTrack na rotina<br />
de coleta, os resultados são a implementação<br />
das melhores práticas e atendimento<br />
normativo, redução significativa dos desvios de<br />
qualidade e possibilidade da gestão completa<br />
de todo o processo.<br />
about:blank 1/1<br />
Para mais informações:<br />
Departamento de Marketing<br />
T: +55 19 3468 9600<br />
E-Mail: info@br.gbo.com<br />
128<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
INFORME DE MERCADO<br />
MICROLAB NIMBUS® PRESTO KINGFISHER TECHNOLOGY<br />
Extração de Ácidos Nucleicos e Proteínas<br />
de Forma Rápida e Otimizada Com Beads<br />
Magnéticas.<br />
Uso com ampla gama amostras biológicas,<br />
tais como: Sangue, plasma, tecido, saliva,<br />
FFPE e swabs bucais em aproximadamente 45<br />
minutos. Integrado com o KingFisher Presto<br />
da Thermo Fisher Scientific e pré-programada<br />
para uso com kits da Thermo Scientific, Omega<br />
Biotek, Zymo Research e Macherey-Nagel.<br />
Com duas cabeças magnéticas intercambiáveis<br />
permite o processamento paralelo em placas<br />
nos formatos de 24 e 96 poços. A entrada de<br />
amostras, com rastreabilidade total, pode ser<br />
em tubos ou placas de distintos formatos.<br />
Compatibilidade com todos os sistemas de<br />
gerenciamento de laboratorios.<br />
Descubra o que a HAMILTON COMPANY pode<br />
fazer por seu laboratorio!<br />
Mais informacoes:<br />
https://www.hamiltoncompany.com/automated-liquid-handling/<br />
assay-ready-workstations/nimbus-presto-id-nimbus-presto<br />
MAIS UM PRODUTO DE QUALIDADE BIOCON:<br />
RSV RAPID TEST<br />
O RSV Rapid Test é um imunoensaio<br />
cromatográfico rápido para detecção<br />
qualitativa de antígenos do vírus sincicial<br />
respiratório presentes em amostras de secreção<br />
nasofaríngea.<br />
Somente para uso profissional em<br />
diagnóstico IN VITRO.<br />
Amostra: Nasofaríngea<br />
Apresentação: kit com 10 testes<br />
Armazenamento: 2 a 30° C<br />
Resultado em 15min<br />
Registro Anvisa: 80638720185<br />
Contato:<br />
E-mail: comercial@biocondiagnosticos.com.br<br />
Tel.: (31) 3547-3550<br />
130<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
DYNASCATTER LASER + HEM488<br />
TECNOLOGIA INTEGRADA DE LASER, REAGENTES<br />
OTIMIZADOS E NOVOS ALGORITMOS DE ANÁLISE.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A Nihon Kohden iniciou os negócios de IVD<br />
em 1972 e tem desenvolvido equipamentos<br />
eletrônicos médicos de ponta, atendendo a<br />
linha humana e veterinária. Os analisadores<br />
hematológicos da série Celltac são distribuídos<br />
em mais de 120 países em todo o mundo.<br />
Dentre muitas tecnologias que foram<br />
desenvolvidas nesses 50 anos, a mais<br />
recente, única e exclusiva, é a tecnologia<br />
DynaScatter Laser + HEM488. A tecnologia<br />
DynaScatter Laser foi inicialmente<br />
desenvolvida para diferencial de leucócitos<br />
em 5 partes, com apenas uma fonte de laser,<br />
porém para a medição dos reticulócitos<br />
houve uma integração, à essa tecnologia, de<br />
um laser azul de 488 nm.<br />
Essa tecnologia tem a capacidade de fazer a<br />
leitura através da ação do reagente corante<br />
de DNA e RNA e a excitação gerada pelo laser<br />
azul, que origina dois tipos de fluorescência.<br />
As informações de DNA são calculadas por luz<br />
fluorescente verde e as informações de RNA são<br />
calculadas por luz fluorescente vermelha.<br />
Através do diagrama de dispersão RNP*<br />
methodTM (International Patent # :<br />
W02007/129485) minimiza-se a influência de<br />
substâncias interferentes para um resultado de<br />
reticulócitos muito mais preciso.<br />
* Y. Nagai et al. “Determination of red cells, nucleic acidcontaining<br />
cells and platelets (RNP Determination) by a<br />
crossover analysis of emission DNA/RNA light” Int. Jnl.<br />
Lab. Hem. 2009; 31: 420–429<br />
Opte pela melhor tecnologia para o<br />
seu laboratório!<br />
Opte por equipamentos hematológicos<br />
Celltac da Nihon Kohden!<br />
Por: Vanessa Santinato<br />
NIHON KOHDEN<br />
Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá<br />
São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil<br />
Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />
E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />
Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas<br />
as novidades!<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
131
INFORME DE MERCADO<br />
PAINEL RESPIRATÓRIO DE INVERNO BASE CIENTÍFICA,<br />
POR QUE O SEU LABORATÓRIO PRECISA DELE?<br />
Acesse e saiba mais<br />
sobre o nosso Painel<br />
Respiratório de Inverno<br />
As Infecções Virais Respiratórias estão<br />
diretamente relacionadas aos padrões sazonais,<br />
mas não são restritas a eles. Durante o período<br />
outono-inverno, com temperaturas mais<br />
baixas, é esperado um aumento significativo<br />
nas notificações de infecções respiratórias,<br />
reforçando assim a necessidade de cuidados<br />
específicos e muita atenção.<br />
Ainda diante do cenário da pandemia da<br />
Covid-19 e da diminuição das medidas de<br />
segurança sanitária concomitante com a abertura<br />
dos eventos públicos, continuamos a receber<br />
notificações positivas de infecções de Sars-CoV-2<br />
e observamos um aumento significativo de outros<br />
patógenos sazonais.<br />
Ao analisarmos o recente Boletim InfoGripe,<br />
publicado pela Fiocruz, referente à semana<br />
epidemiológica 17/2022, observamos um<br />
considerável aumento nos casos de Síndrome<br />
Respiratória Aguda Grave (SRAG), tanto em<br />
crianças quanto em adultos.<br />
Em crianças de 0 – 4 anos, os casos de SRAG<br />
estão diretamente relacionados ao aumento dos<br />
casos de Vírus Sincicial Respiratório (VSR)<br />
e Rinovírus, já no grupo 5 – 11 anos, há uma<br />
queda nos casos positivos para SARS-CoV-2 e um<br />
aumento no número de infecções pelo Rinovírus.<br />
Só em 2022, já foram registrados 24.202<br />
óbitos, dos quais 19.053 (78,7%) apresentaram<br />
testes positivos para vírus respiratório. Dentre<br />
esses, 3,7% são Influenza A, 0,1% Influenza<br />
B, 0,4% vírus sincicial respiratório (VSR), e<br />
94,6% SARS-CoV-2.<br />
No mês de abril, a prevalência entre os<br />
casos positivos foi de 5,0% Influenza A,<br />
0,0% Influenza B, 8,4% vírus sincicial<br />
respiratório (VSR), e 80,7% SARS-CoV-2. A<br />
previsão é que esses números aumentem nas<br />
próximas semanas.<br />
Como a população está se tornando mais<br />
consciente e preocupada com a saúde, juntos, nós<br />
podemos proporcionar os melhores cuidados e<br />
oferecer os melhores exames para todos.<br />
Por que o seu laboratório precisa do<br />
Painel de Inverno Base Científica?<br />
Sabemos que as Infecções Respiratórias,<br />
apesar de serem causadas por diversos patógenos<br />
diferentes, apresentam sintomas muito similares,<br />
dificultando o diagnóstico clínico sem nenhum<br />
tipo de confirmação laboratorial.<br />
Somente com os testes moleculares é possível<br />
obter um diagnóstico rápido e de alta precisão!<br />
As amostras enviadas para o Laboratório<br />
Base Científica são analisadas seguindo a<br />
metodologia RT-qPCR e submetidas a detecção<br />
simultânea dos principais patógenos que<br />
atingem o trato respiratório, proporcionando<br />
ao paciente maior confiabilidade e agilidade no<br />
seu diagnóstico.<br />
Esses testes ainda possuem a cobertura dos<br />
principais planos de saúde do país! E mais: os<br />
laboratórios apoiados pelo Base Científica<br />
poderão oferecer o Painel Respiratório de<br />
Inverno com o preço equivalente aos testes<br />
de antígeno.<br />
Seja um parceiro Base Científica e<br />
transforme o seu laboratório!<br />
(11) 98631-1780<br />
comercial@basecientifica.com.br<br />
www.basecientífica.com.br<br />
132<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Este é o próximo<br />
grande acontecimento<br />
em hematologia.<br />
Apresentamos o CellaVision ® DC-1<br />
Um novo analisador CellaVision que processa uma lâmina por vez, permitindo laboratórios<br />
de pequeno porte implementarem as melhores práticas em morfologia digital para contagens<br />
diferenciais em sangue periférico. Mesmo compacto, apresenta o mesmo conjunto de vantagens<br />
na implementação operacional e clínica dos nossos analisadores maiores.<br />
Saiba mais em www.cellavision.com/its-here<br />
O CellaVision DC-1 não se encontra disponível em todos os mercados<br />
MM-128-08 2019-03-18
INFORME DE MERCADO<br />
Teste LumiraDx PCR<br />
DIAGNÓSTICO POINT OF CARE NA QUANTIFICAÇÃO DE PCR<br />
A proteína C reativa (PCR) é uma das<br />
proteínas de fase aguda mais notáveis, cuja<br />
concentração no soro aumenta ou diminui<br />
durante condições inflamatórias agudas ou<br />
crônicas. Assim como muitas proteínas de fase<br />
aguda, a PCR está normalmente presente em<br />
níveis ínfimos no soro, mas aumenta de forma<br />
rápida e drástica em resposta a uma variedade<br />
de estímulos infecciosos e inflamatórios¹.<br />
A mensuração de PCR permite a detecção<br />
e avaliação de infecções, lesões tissulares,<br />
distúrbios inflamatórios e doenças associadas,<br />
sendo considerada um biomarcador universal<br />
de infecção e inflamação para algumas<br />
doenças e condições fisiopatológicas.<br />
O teste LumiraDx PCR consiste num ensaio<br />
rápido e totalmente automatizado, de<br />
imunofluorescência microfluídica por captura<br />
magnética, utilizado para a determinação<br />
quantitativa da proteína C reativa (PCR), para<br />
uso na Plataforma LumiraDx.<br />
Utilizando 20µl de amostra de sangue<br />
por punção digital/venosa ou plasma, a<br />
exclusiva tecnologia microfluídica multicanal<br />
empregada nos slides de testes e Plataforma<br />
LumiraDx, garante a acurácia e precisão do<br />
ensaio, fornecendo resultados em apenas 4<br />
minutos, podendo ser impresso ou enviados<br />
para o sistema de gerenciamento Connect<br />
Manager LDx, conexão por aplicativo via<br />
internet (iOS e Android), via Bluetooth através<br />
do Connect Hub LDx e conexão via cabo de<br />
rede pelo EHR Connect, através do LIS ou HIS.<br />
Para mais informações, entre em contato<br />
através do e-mail faleconosco@lumiradx.com<br />
ou (11) 5185- 8181.<br />
1. Clyne, B Olshaker JS. The C-reactive protein. J<br />
Emerg Med 1999; 17:1019–25.<br />
Rápido • Preciso • Conectado<br />
134<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
Prep: Sua Vida no Laboratorio<br />
Cada Vez Mais Simples<br />
• Mini Pipetador Robótico<br />
• Software tão fácil quanto<br />
um aplicativo de telefone<br />
• Material de laboratório<br />
identificado por câmera<br />
O Novo Pipetador<br />
Microlab Prep!<br />
+55 11 9 5914 5000 ou joseluis.avanzo@hamiltoncompany.com<br />
https://bit.ly/microlabprep
INFORME DE MERCADO<br />
A MP BIO, LÍDER EM PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS, OFERECE<br />
UMA LINHA COMPLETA DE PRODUTOS DE ALTA QUALIDADE<br />
PARA TODAS AS ETAPAS DE SUA PESQUISA!<br />
Desde a lise de células e tecidos ao<br />
isolamento de ácidos nucleicos e proteínas,<br />
nós oferecemos as melhores soluções para<br />
alcançar resultados excelentes e confiáveis<br />
para suas aplicações. O sistema FastPrep<br />
fornece alto rendimento de DNA, RNA<br />
e proteína, mesmo de amostras muito<br />
resistentes, em até 60 segundos!<br />
A família FastPrep é uma linha completa<br />
de equipamentos que otimiza o processo<br />
de lise, moagem ou homogeneização<br />
consistentes, eficientes e de alto rendimento,<br />
• Alto rendimento de DNA e RNA de qualidade;<br />
mecânica de diferentes tipos de amostra<br />
de diferentes tipos de amostras como solo,<br />
• Manutenção da integridade do DNA e<br />
para o isolamento de DNA, RNA, proteínas,<br />
fezes, tecido animal e vegetal, entre outros.<br />
RNA extraídos;<br />
metabolitos e outras moléculas. Com o<br />
• Ácidos nucleicos prontos para uso para<br />
FastPrep não há a necessidade de produtos<br />
Os Kits de Extração e Purificação de MP<br />
aplicações downstream.<br />
químicos, enzimas e detergentes, que<br />
Bio oferecem os seguintes benefícios:<br />
podem interferir em diferentes processos.<br />
• Lise e purificação de amostra rápida e<br />
Com isso, os instrumentos FastPrep, as<br />
reprodutível;<br />
matrizes de lise e kits de extração trabalham<br />
• Sistemas fechados de matriz de lise que<br />
juntos para fornecer lise e homogeneização<br />
evitam contaminação cruzada;<br />
136<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
DOIS ASPECTOS MUITO DIFERENTES DO MONITORAMENTO<br />
AMBIENTAL<br />
O cromo (Cr) (VI) é um poluente de água tóxico,<br />
mutagênico e carcinogênico bem conhecido (1). A<br />
Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu<br />
um limite máximo permitido de 50 µg/L para Cr<br />
(VI) em águas subterrânea e potável (2).<br />
INFORME DE MERCADO<br />
O método padrão de cromatografia iônica (IC)<br />
para quantificação de íon cromato (CrO42-),<br />
o ânion Cr (VI) mais comum, em amostras de<br />
água é o Método EPA 218.7 (3) que envolve<br />
a separação de CrO4 2- usando uma coluna<br />
de troca aniônica, uma derivatização póscoluna<br />
do Cr(VI) com 1,5-difenilcarbazida<br />
e detecção UV-Vis do complexo colorido em<br />
530 nm (3). A difenilcarbazida e o método de<br />
detecção por UV-Vis permitem a quantificação<br />
sensível de Cr (VI) em baixas concentrações de<br />
µg/L. No entanto, o método 218.7 é específico<br />
para Cr(VI) e não quantifica outros analitos<br />
regulamentados presentes na amostra, como<br />
arseniato As(V), selenato Se(VI) ou perclorato<br />
ClO4-, nem ânions comuns como cloreto,<br />
nitrato e sulfato.<br />
Portanto, as análises de cromatografia iônica<br />
de amostras ambientais aquosas contendo Cr<br />
(VI) e ânions coexistentes requer vários métodos<br />
analíticos com diferentes colunas e composições<br />
de eluentes. Neste trabalho, Rangan et al. (4)<br />
desenvolveram um método analítico isocrático<br />
de cromatografia iônica com detecção de<br />
condutividade suprimida para quantificação<br />
simultânea de Cr (VI) e oito outros ânions<br />
ambientalmente relevantes: flúor, cloreto, nitrito,<br />
nitrato, sulfato, Se (VI), As (V) e perclorato . Eles<br />
usaram uma coluna analítica Metrosep A Supp 7<br />
(250 · 4 mm) e o eluente continha Na2CO3 10,8<br />
mM e acetonitrila de grau gradiente de 35%<br />
(v/v) em água deionizada (ELGA PureLab). O pH<br />
do eluente preparado foi de 11,9 +/– 0,02. A<br />
solução supressora de MSM continha 500 mM de<br />
H2SO4 em água deionizada. O método foi validado<br />
e utilizado para avaliar a recuperação de Cr (VI) e<br />
outros analitos em amostras de águas de torneira,<br />
superficiais, subterrâneas e efluentes industriais.<br />
O coeficiente de determinação para cada analito<br />
foi >0,99. Os limites de detecção e quantificação<br />
de Cr (VI), As (V), Se (VI) e ClO4 foram 0,1–0,6<br />
µg/L e 0,5–2,1 µlg/L, respectivamente. A<br />
recuperação de Cr (VI) em várias amostras aquosas<br />
(águas de torneira, superficiais, subterrâneas<br />
e residuais) ficou entre 97,2% e 102,8%. Um<br />
cromatograma típico dos analitos (50 µg/L cada<br />
em água purificada) é mostrado na Fig. 1. Todos<br />
os analitos foram eluídos em 20 minutos após<br />
a injeção da amostra. Para Cr (VI), o LD e o LQ<br />
foram 0,2 e 0,6 µg/L, respectivamente. Eles foram<br />
capazes de atingir este baixo limite de detecção<br />
para Cr (VI) usando um loop de injeção de 1000<br />
µL, conforme usado no Método EPA para análise<br />
de traços de ClO4- em água potável. O sulfato é<br />
um constituinte comum de amostras ambientais.<br />
Devido aos seus picos logo após o sulfato, Se (VI) e<br />
As (V) não podem ser quantificados com precisão<br />
em amostras contendo sulfato em concentrações<br />
>10 mg/L. No entanto, a recuperação de Cr (VI)<br />
e ClO4 - foi >85% na presença de até 500 mg/L<br />
de sulfato, demonstrando que o método pode<br />
ser usado para quantificar diretamente baixas<br />
concentrações de Cr (VI) e ClO4- em matrizes com<br />
alta concentração de sulfato.<br />
Por que escolher o ELGA LabWater?<br />
Na análise de traços, especialmente se for para<br />
atender aos requisitos regulatórios, é essencial ter<br />
confiança nos reagentes usados. A água é de especial<br />
importância, pois é usada em vários aspectos da<br />
preparação e análise da amostra. Rangan et al.<br />
confiaram em um sistema ELGA PureLab para darlhes<br />
a confiança necessária em seus resultados.<br />
Contate nossos especialistas local:<br />
marketingbr@veolia.com<br />
Referencias<br />
1. Cohen, M.D., Kargacin, B., Klein, C.B., and Costa, M. (1993). Mechanisms<br />
of chromium carcinogenicity and toxicity. Crit. Rev. Toxicol. 23, 255.<br />
2. WHO. (2003). Guidelines for Drinking-Water Quality j<br />
Chromium. Geneva: World Health Organization. Available at:<br />
https://www.who.int/publications/i/item/9789241549950<br />
3. Zaffiro, A., Zimmerman, M., Wendelken, S., Smith, G., and<br />
Munch, D. (2011). METHOD 218.7: Determination of Hexavalent<br />
Chromium in Drinking Water by Ion Chromatography with Post-<br />
Column Derivatization and UV-Visible Spectroscopic Detection.<br />
Cincinnati, OH: United States Environmental Protection Agency.<br />
4. Srivatsan Mohana Rangan, Rosa Krajmalnik-Brown, and Anca G.<br />
Delgado An Ion Chromatography Method for Simultaneous Quantification<br />
of Chromate, Arsenate, Selenate, Perchlorate, and Other Inorganic Anions<br />
in Environmental Media ENVIRONMENTAL ENGINEERING SCIENCE<br />
Volume 38, Number 7, 2021. DOI: 10.1089/ees.2020.0347<br />
Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />
Rafaela Rodrigues<br />
Tel. +55 11 3888-8782<br />
rafaela.rodrigues@veolia.com<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
137
INFORME DE MERCADO<br />
CORANTES HEMATOLÓGICOS TRADICIONAIS RÁPIDOS<br />
NEWPROV<br />
Uma nova geração de corantes rápidos,<br />
mantendo a metodologia tradicional e<br />
garantindo o desempenho.<br />
• Tempo reduzido;<br />
• Coloração tradicional;<br />
• Resposta de coloração excelente;<br />
• Acompanha tampão para o preparo de<br />
água, garantindo o ótimo desempenho;<br />
• Melhor custo x benefício.<br />
Em 1897, Paulo Erlich utilizou pela primeira<br />
vez corantes derivados da anilina para corar<br />
as células sanguíneas. Ele classificou estes<br />
corantes em ácidos, básicos e neutros. As<br />
combinações destes corantes se tornaram a<br />
base para as colorações de Romanowsky.<br />
Dimitri Leonidovich Romanowsky modificou<br />
a técnica de Erlich usando uma mistura<br />
aquosa de eosina Y e azul de metileno<br />
oxidado. Como esta solução não era estável,<br />
James Homer Wright introduziu o metanol<br />
como solvente e fixador prévio da extensão<br />
sanguínea. Gustav Giemsa padronizou as<br />
soluções corantes e adicionou glicerol para<br />
aumentar a solubilidade e estabilidade.<br />
Todas as colorações desenvolvidas por<br />
Wright, por Giemsa, por Richard May e Ludwig<br />
Grünwald e por William Boog Leishman<br />
receberam a denominação de colorações<br />
derivadas de Romanowsky.<br />
Todas estas colorações são chamadas de<br />
corantes tradicionais e utilizadas na rotina<br />
laboratorial, como descrito, há muito tempo. Mas<br />
são corantes que têm um tempo de técnica em<br />
torno de 15 a 20 minutos. Um tempo bastante<br />
prolongado em relação ao tempo em que um<br />
contador hematológico realiza o hemograma.<br />
A Newprov traz uma nova versão dos corantes<br />
de Leishman e Wright, uma versão que mantém<br />
a mesma tradição de qualidade, mas em um<br />
tempo bastante reduzido. Esta nova versão,<br />
chamada de Leishman e Wright rápidos, têm<br />
um tempo de coloração de 4 minutos. Com uma<br />
vantagem a mais, o corante (tanto Leishman<br />
como Wright) vêm acompanhados de uma<br />
solução tampão pH 6,8. O conjunto, corante<br />
+ tampão, garante a mesma qualidade de<br />
coloração que a técnica tradicional.<br />
TESTE E COMPROVE A EFICIÊNCIA<br />
Newprov- Produtos para Laboratório<br />
Rua Primeiro de Maio , 608 Pinhais- PR<br />
Cep : 83323-020<br />
Telefones : +55 (41) 3888-1300<br />
0800-6001302<br />
www.newprov.com.br<br />
sac@newprov.com.br<br />
138<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
INFORME DE MERCADO<br />
CONHEÇA O EC 90 – ANALISADOR DE ELETRÓLITOS<br />
ERBA MANNHEIM NA FEIRA HOSPITALAR<br />
Venha conferir de perto toda a tecnologia<br />
inovadora Erba já disponível no Brasil. Visite nosso<br />
estande D130 e D134 em uma das principais<br />
feiras da área hospitalar e saiba mais sobre nossas<br />
soluções para todos os portes de laboratório.<br />
Um dos nossos destaques é a nova geração de<br />
analisador de eletrólitos da Erba, o EC90. Com<br />
Biosensor, componentes de alta qualidade e<br />
rotina diária simplificada, ele reduz tempo geral e<br />
aumenta a produtividade e precisão de resultados.<br />
Ao medir Na+, K+, Cl- e iCa2+, o analisador de<br />
eletrólitos EC 90 leva medições laboratoriais a<br />
novos patamares. Utilizando a inovadora e sólida<br />
tecnologia de ponta ISE, o EC 90 foi projetado para<br />
ser fácil de usar, eficiente na operação e confiável.<br />
Baseado na rotina de trabalho, os cartuchos do<br />
EC 90 podem ajustar facilmente o rendimento<br />
do equipamento, com três tamanhos de<br />
cartuchos: P, M ou G.<br />
Principais características do EC 90:<br />
INOVADOR<br />
• Tecnologia simples de Biosensor<br />
• 35 μL de Volume de Amostra<br />
• Tecnologia sem manutenção<br />
• Consumo baixo de reagente<br />
• Conectividade e dados avançados<br />
• 35 segundos de gestão de tempo de análise<br />
PRECISO<br />
• Sensor de referência integrado<br />
• Calibrações automáticas de 1 e 2 pontos<br />
• Módulo de CQ plenamente funcional<br />
• Precisão intra-ensaio de
INFORME DE MERCADO<br />
VESÍCULAS EXTRACELULARES: CONHEÇA APLICAÇÕES<br />
E O POTENCIAL DESSAS NANOPARTÍCULAS<br />
As vesículas extracelulares (EVs) são<br />
nanopartículas encapsuladas por uma bicamada<br />
lipídica incapazes de se replicar por si próprias<br />
e secretadas naturalmente pelas células. Com<br />
diâmetros que variam de 30 a 5.000 nm, elas<br />
transportam diversas cargas e possuem papéis<br />
essenciais nas comunicações intercelulares e nos<br />
processos fisiológicos.<br />
As alterações na abundância ou composição das<br />
EVs podem refletir mudanças a nível de célula<br />
e sistema, o que as torna excelentes candidatas<br />
como biomarcadores. Elas oferecem informações<br />
sobre natureza, gravidade e prognóstico de um<br />
distúrbio específico, e mecanismos patológicos<br />
subjacentes podem ser encontrados caracterizando<br />
e analisando suas composições.<br />
Endogenamente, as EVs servem como<br />
transportadoras e entregadoras de proteínas,<br />
RNAs e DNA entre as células, o que as torna<br />
bons vetores para a entrega de medicamentos<br />
carregados exogenamente. Essas nanopartículas<br />
podem ser imunologicamente inertes e derivados<br />
do paciente, tornando-as mais biocompatíveis do<br />
que outros vetores. Elas também podem cruzar<br />
barreiras fisiológicas, melhorando a acessibilidade<br />
dos medicamentos.<br />
As EVs ainda impulsionam ativamente as<br />
propriedades fisiológicas, o que oferece potencial<br />
terapêutico para as nanopartículas produzidas<br />
endogenamente sem cargas úteis manipuladas<br />
exogenamente. Por exemplo, as EVs derivadas de<br />
células-tronco podem melhorar a regeneração dos<br />
tecidos e atenuar os sintomas patológicos em uma<br />
variedade de modelos de doenças, que variam de<br />
respiratórias a cardiovasculares.<br />
Existem diferentes formas de se estudar<br />
as microvesículas, como western blotting,<br />
ultracentrifugação ou citometria de fluxo. Nesses<br />
processos, equipamentos sensíveis têm capacidade<br />
de separar partículas de até 75nm, destacando as<br />
microvesículas das células por sorting.<br />
Contatos:<br />
Site: mybeckman.com.br<br />
E-mail: mkt@beckman.com<br />
Youtube: www.youtube.com/user/BCILifeSciences<br />
LinkedIn: www.linkedin.com/company/beckman-coulter-brasil/<br />
142<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
ALERTA<br />
COVID-19 Ag<br />
A U T O T E S T E<br />
Teste para detecção do vírus SARS-CoV-2 em amostras de swab nasal.<br />
PARA USO EM PESSOAS<br />
COM E SEM SINTOMAS<br />
ADEQUADO PARA<br />
TODAS AS IDADES<br />
AMOSTRA NASAL:<br />
MAIS CONFORTÁVEL<br />
RESULTADO<br />
EM 15 MINUTOS<br />
POSITIVO<br />
NEGATIVO<br />
1 6 3 3 7 7. 9 9 7 7<br />
S A C 0 8 0 0 7 7 2 9 9 7 7<br />
w a m a d i a g n o s t i c a
INFORME DE MERCADO<br />
KITS REALSTAR® MALARIA PCR KIT 1.0 E<br />
REALSTAR® MALARIA SCREEN & TYPE PCR KIT 1.0<br />
Temos o prazer de compartilhar um estudo<br />
publicado no “Pan American Journal<br />
of Public Health” cujo tema é “Testes<br />
moleculares ultra-sensíveis para detecção<br />
de Plasmodium: aplicabilidade em<br />
programas de controle e eliminação<br />
e laboratórios de referência”, que foi<br />
desenvolvido utilizando os kits RealStar®<br />
Malaria PCR Kit 1.0 e RealStar® Malaria<br />
Screen & Type PCR Kit 1.0, ambos<br />
desenvolvidos pela altona Diagnostics.<br />
Esse estudo foi realizado em 2019 e 2020,<br />
pela pesquisadora Dr. Silvia Maria Fatima Di<br />
Santi, junto com sua equipe de pesquisadores<br />
do Instituto de Medicina Tropical da<br />
Faculdade de Medicina da Universidade de<br />
São Paulo e seu objetivo é avaliar ferramentas<br />
de biologia molecular para detectar parasitemia<br />
de baixo nível e as cinco espécies de Plasmodium<br />
que infectam humanos, para utilização em<br />
programas de controle e eliminação e em<br />
laboratórios de referência.<br />
Kits RealStar® Malaria PCR Kit 1.0<br />
Acesse o link pelo Qrcode<br />
e conheça o estudo.<br />
RealStar® Malaria Screen & Type PCR Kit 1.0<br />
link do estudo:<br />
https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/55854/<br />
v46e1122.pdf?sequence=1&isAllowed=y<br />
Para mais informações sobre os nossos<br />
produtos e para o portfólio completo, entre<br />
no nosso site, nos envie uma mensagem por<br />
e-mail e acesse a nossa página no Linkedin: altona<br />
Diagnostics Brasil<br />
altona Diagnostics Brasil LTDA<br />
Rua São Paulino, 221 – São Paulo – SP<br />
Fone: +55 11 5083-1390<br />
Cel +55 11 97066-6084<br />
E-mail: vendas.brasil@altona-diagnostics.com<br />
Site: www.altona-diagnostics.com<br />
144<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
MEIO CROMOGÊNICO STREPTO B<br />
O estreptococo do grupo B (GBS) ou<br />
Streptococcus agalactiae, é uma bactéria<br />
Vantagens:<br />
• Permitem a diferenciação de colônias de<br />
gram positiva que é habitualmente Streptococcus agalactiae de outras bactérias<br />
assintomática em adultos. Em recémnascidos,<br />
não inibidas por agentes seletivos;<br />
no entanto, pode levar a graves<br />
• Resultados rápidos em 24 horas de<br />
problemas de saúde, incluindo sepse,<br />
incubação;<br />
• Inibição da microbiota saprofítica pelos<br />
pneumonia e meningite.<br />
agentes seletivos;<br />
• Fácil identificação visual das colônias,<br />
A MBiolog disponibiliza ao mercado o meio<br />
cromogênico para isolamento e identificação<br />
presuntiva de estreptococos do grupo B, o<br />
ÁGAR CROMOGÊNICO STREPTO B.<br />
devido à alta qualidade dos compostos<br />
cromogênicos;<br />
• Facilita o diagnóstico de GBS em grávidas e<br />
recém-nascidos.<br />
Streptococcus agalactiae<br />
M BIOLOG DIAGNÓSTICOS LTDA<br />
vendas@mbiolog.com.br<br />
Tel (31) 3507-0707<br />
Instagram : MBiologDiagnosticos<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Gestão laboratorial é um assunto que levamos a sério<br />
Como o InfoLAB pode melhorar os resultados do seu laboratório<br />
A LIGA Sistemas está no mercado há mais de 28<br />
anos e nossa trajetória é pautada na solidez e<br />
experiência na área de medicina diagnóstica com<br />
atualizações contínuas que acompanham todos<br />
os avanços tecnológicos sempre inovando e<br />
atendendo a legislação vigente.<br />
Padronizar e integrar os processos operacionais,<br />
gerenciais, administrativos e financeiros do seu<br />
laboratório é nossa missão.<br />
O InfoLAB é um software de gestão laboratorial<br />
completo e escalável que contempla demandas<br />
de pequenos, médios e grandes laboratórios de<br />
análises clínicas simplificando os processos<br />
que demandam tempo e fazendo<br />
uma gestão inteligente, com<br />
segurança e rastreabilidade<br />
de todas as fases laboratoriais:<br />
pré-analítica, analítica<br />
e pós analítica.<br />
Saiba mais:<br />
Nossas soluções contemplam painel de senha<br />
integrado no atendimento, biometria,<br />
autorizadores de convênios, emissão de notas<br />
fiscais, planejamento e controle da produção<br />
automatizada com painéis, interfaceamento<br />
inteligente, controle de qualidade integrado,<br />
integração com laboratórios de apoio via<br />
webservice, triagem e rastreabilidade completa<br />
entre as unidades laboratoriais, faturamento de<br />
convênios, geração de BPA do SUS, controle de<br />
fluxo de caixa, ERP financeiro, estoque integrado,<br />
certificação digital, laudos pela internet ilimitados,<br />
integração com Whatsapp (robô de atendimento),<br />
SMS, E-mail, Business Intelligence, centenas de<br />
indicadores/relatórios, integração com outros<br />
sistemas/HIS e muito mais!<br />
Todo processo de implantação é realizado de<br />
forma segura, rápido, sem traumas, e feito com<br />
todo planejamento necessário para o seu<br />
laboratório. Conte com a LIGA Sistemas para<br />
transformar expectativas em sucesso e<br />
prosperidade!<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
145
INFORME DE MERCADO<br />
BIOLOGIA MOLECULAR TRAZ SOLUÇÕES INOVADORAS<br />
PARA IDENTIFICAR OS VÍRUS ZIKA, DENGUE E<br />
CHIKUNGUNYA COM TESTE REAL TIME PCR.<br />
A técnica de Biologia Molecular está<br />
crescendo cada vez mais e é utilizada para<br />
identificar uma diversidade muito grande<br />
de doenças infecciosas, hereditárias, câncer,<br />
entre outros, revolucionado o mercado de<br />
diagnóstico. Com isso, a Biomedica traz<br />
soluções inovadoras e de alta tecnologia<br />
para promover cada vez mais a técnica da<br />
Biologia Molecular.<br />
O kit VIASURE de detecção Zika,<br />
Dengue & Chikungunya Real Time PCR foi<br />
desenvolvido para detecção e diferenciação<br />
específicas dos vírus Zika, Dengue e/<br />
ou Chikungunya em amostras clínicas de<br />
pacientes com sinais e sintomas de infecção<br />
pelos vírus citados à cima. O RNA é extraído<br />
das amostras, amplificado usando RT-PCR<br />
e detectado usando sondas de corante<br />
repórter fluorescente específicas para os<br />
vírus Zika, Dengue e Chikungunya.<br />
Kit VIASURE ZDC Real Time PCR contém<br />
em cada poço todos os componentes<br />
necessários para o teste de PCR<br />
em tempo real (iniciadores/sondas<br />
específicas, dNTPS, tampão, polimerase,<br />
retrotranscriptase) em um formato<br />
estabilizado, bem como um controle<br />
interno para monitorar a inibição da<br />
PCR. Os alvos de RNA do vírus Zika são<br />
amplificados e detectados no canal Cy5,<br />
os alvos de RNA do vírus da Dengue são<br />
amplificados e detectados no canal FAM,<br />
os alvos de RNA do vírus Chikungunya são<br />
amplificados e detectados no canal ROX e o<br />
controle interno (IC) no canal HEX, VIC ou JOE.<br />
Os testes de diagnóstico laboratorial<br />
são baseados na detecção do vírus,<br />
componentes virais (antígenos ou ácido<br />
nucleico) ou na resposta imunológica do<br />
hospedeiro ao vírus. No entanto, devido à<br />
reatividade cruzada dos anticorpos desses<br />
vírus limitar o uso da sorologia, o PCR<br />
em tempo real é um método de detecção<br />
comumente usado durante a fase aguda da<br />
infecção. Para fazer isso, amostras clínicas<br />
que podem ser testadas, incluindo sangue,<br />
soro, plasma, urina e outras.<br />
O desempenho clínico do kit VIASURE ZDC<br />
Real Time PCR foi avaliado com amostras<br />
dos programas INSTAND e QCMD. O<br />
desempenho clínico do ensaio VIASURE foi<br />
testado usando 102 amostras clínicas. Os<br />
resultados mostram uma alta sensibilidade<br />
e especificidade para detectar Zika, Dengue<br />
e Chikungunya usando o VIASURE ZDC.<br />
A reatividade do kit VIASURE ZCD Real<br />
Time PCR para o vírus Zika foi avaliada<br />
contra a cepa MR 766 (Uganda, 1947), vírus<br />
Zika cepa 1 1474/16 (Polinésia Francesa),<br />
cepa 11468/16 (Polinésia Francesa), o<br />
vírus do Zika (africano) e a cepa do vírus do<br />
Zika PF13/251013-18 (asiática) mostrando<br />
resultados positivos.<br />
A reatividade do kit VIASURE ZCD Real<br />
Time PCR para o vírus Dengue foi avaliada<br />
contra vírus Dengue 1 cepa Hawaii, vírus<br />
Dengue 2 cepa New Guinea C, vírus Dengue<br />
3 cepa H87 e vírus Dengue 4 cepa H241<br />
mostrando resultados positivos.<br />
A reatividade do kit VIASURE ZCD Real<br />
Time PCR para Chikungunya foi avaliada<br />
contra vírus Chikungunya S27 Petersfield<br />
(genótipo africano), e vírus Chikungunya<br />
Martinique isolate (genótipo asiático)<br />
mostrando resultados positivos.<br />
Biomedica Equipamentos e Suprimentos LTDA.<br />
SIA trecho 03 - lotes 625 - sala 230C<br />
CEP 71200-030<br />
Telefone (61) 3363-4422 (whatsapp)<br />
Email: contato@biomedica.com.br<br />
www.biomedica.com.br<br />
146<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
147
INFORME DE MERCADO<br />
REAGENTE-ÚNICO PODE PARECER SIMPLES, MAS É RESULTADO<br />
DE UM ENORME AVANÇO EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO.<br />
A Ebram tem despendido anos pesquisando<br />
e desenvolvendo produtos com o intuito<br />
de fornecer kits bioquímicos em sua forma<br />
monoreagente, “reagente único”, por entender<br />
que os benefícios adquiridos são enormes.<br />
A obtenção de produtos “reagente único” em<br />
Bioquímica Clínica envolve um grande esforço<br />
na produção de estabilizadores eficazes a<br />
ponto de garantir sobrevida dos substratos,<br />
íons e de enzimas importantes, como para a<br />
quantificação das Transaminases Glutâmico<br />
Oxalacética e Pirúvica (TGP e TGO), Ureia BUN,<br />
Proteína Total, Ac Úrico, Creatinina, Magnésio<br />
Arsenazo e outros.<br />
Uma das principais vantagens da utilização de<br />
reagentes únicos é com relação ao consumo nos<br />
analisadores automatizados. Os analisadores<br />
normalmente consomem volumes adicionais de<br />
reagente em cada pipetagem (por questões de<br />
segurança numa eventual aspiração de bolhas<br />
ou instabilidades dos módulos de pipetagem).<br />
Esse volume de segurança é conhecido como<br />
“Volume de GAP”. Estes volumes adicionais,<br />
dependendo do instrumento pode chegar a<br />
30% quando o volume da pipetagem for ≤<br />
40 μl, 20% para volumes próximos de 100μl,<br />
e diminui para 7% para volumes > 100μl.<br />
No protocolo dos bireagentes o volume do R2<br />
varia em torno de 25μl a 80μl, já nos “reagentes<br />
únicos” o volume varia de 200μl a 300μl, fica<br />
claro que a escolha de trabalhar com a maioria<br />
dos produtos no formato “reagente único” têm<br />
impacto direto no custo da bioquímica para o<br />
laboratório clínico.<br />
Devido a presença destes estabilizadores,<br />
outra grande vantagem na utilização<br />
destes reagentes é a maior estabilidade de<br />
armazenamento, atingindo 18 a 24 meses de<br />
validade, impactando também nos custos dos<br />
pequenos, médios e grandes laboratórios.<br />
Analisadores de pequeno porte disponibilizam um<br />
pequeno número de posições no compartimento<br />
para reagentes, onde a utilização dos reagentes<br />
únicos propicia maior produtividade instrumental e<br />
baixo consumo de soluções de lavagens.<br />
Reagentes estáveis fornecem baixíssimos CV%<br />
intra e inter-ensaios contribuindo com a precisão<br />
e reprodutibilidade instrumental analítica.<br />
Tudo isso é fabricado pela EBRAM no Brasil,<br />
uma empresa nacional que continuamente para<br />
oferecer aos laboratórios produtos diferenciados,<br />
de qualidade e com baixo custo.<br />
Abaixo os produtos MONOREAGENTES da Linha Bioquímica Ebram.<br />
1. Creatinina - Jaffé modificado, conservado de 2 a 8°C<br />
2. Acido Úrico - menor foto sensibilidade<br />
3. Magnésio Arsenazo - a melhor metodologia<br />
4. Cálcio Arsenazo III - primeiro cálcio arsenazo do Brasil<br />
5. Triglicérides - alta linearidade<br />
6. TGO/AST - único monoreagente do Brasil<br />
7. TGP/ALT - único monoreagente do Brasil<br />
8. Ureia - único monoreagente do Brasil<br />
9. Amilase - ótima estabilidade<br />
10. Fósforo<br />
11. Albumina<br />
12. Proteína Total<br />
13. Glicose Oxidase<br />
14. Colesterol<br />
15. Cloro<br />
Para mais informações:<br />
Telefone: (11) 2291-2811<br />
Site: www.ebram.com.br<br />
148<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
MAIS DE 1 MILHÃO DE MÁSCARAS POR MÊS<br />
Fabricação própria traz mais agilidade e<br />
aumento da capacidade de produção das<br />
máscaras GT Group.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Inaugurada em fevereiro de 2022, a<br />
Fábrica de Máscaras GT Group já produziu<br />
e comercializou mais de 1,8 milhões de<br />
unidades para todo o Brasil. Feitas com tripla<br />
proteção, as máscaras podem ser utilizadas<br />
em diversos segmentos, são eficazes e de<br />
baixo custo.<br />
Hoje são produzidas 90 máscaras<br />
por minuto. Com média de fabricação<br />
equivalente a 1.300 caixas diárias, cada uma<br />
com 50 unidades, em apenas um turno de<br />
produção, as máscaras têm potencial de<br />
entrega exponencial. O planejamento para<br />
os próximos meses é que a fábrica passe<br />
a operar em dois turnos, o que dobrará a<br />
produção com o mesmo maquinário.<br />
As máquinas são 100% automatizadas<br />
e possuem um sistema de ar pneumático<br />
que conduz a matéria prima por toda linha<br />
de produção passando por três processos:<br />
prensa, solda e corte simultâneos e sem a<br />
necessidade de manuseio do operador.<br />
Quando finalizadas, as máscaras são<br />
contadas, embaladas e armazenadas em<br />
nosso estoque por lotes que atendem<br />
rigorosos processos de qualidade por<br />
profissionais treinados e devidamente<br />
equipados. A completa linha de produção<br />
permite a fabricação de elástico próprio e<br />
um rigoroso controle interno da qualidade<br />
da matéria prima.<br />
Já conhece essa novidade?<br />
Comprove por você mesmo os diferenciais<br />
das máscaras descartáveis da GT Group!<br />
Deixe a experiência GT Group<br />
surpreender você!<br />
Telefone: (31) 3589-500<br />
E-mail: vendas1@gtgroup.net.br<br />
A LABORLINE ESTÁ ON-LINE<br />
A LaborLine é uma empresa 100% brasileira,<br />
sua credibilidade está relacionada à constante<br />
atenção e dedicação no desenvolvimento<br />
de produtos duráveis, buscando inovação e<br />
qualidade.<br />
A marca apresenta ao mercado sua loja virtual<br />
laborline.com.br, onde é possível encontrar<br />
toda a linha de centrífugas e equipamentos<br />
para laboratórios que buscam otimizar e ter<br />
maior eficiência na sua rotina.<br />
laborline.com.br<br />
A Laborline está online!<br />
ACESSE AGORA MESMO, PAGAMENTO EM ATÉ 10X SEM JUROS!<br />
WWW.LABORLINE.COM.BR<br />
Laborline<br />
(11) 3699-0960<br />
www.laborline.com.br<br />
vendas@laborline.com.br<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
149
INFORME DE MERCADO<br />
ARBOVIROSES: AUMENTO DE CASOS ACENDE ALERTA SOBRE<br />
A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO RÁPIDA E PRECISA<br />
Os arbovírus são uns dos causadores das<br />
doenças tropicais que acometem a população<br />
mundial. As mais conhecidas, denominadas de<br />
arboviroses, são a Dengue, Zika e Chikungunya.<br />
Juntas, de acordo com a Organização Mundial<br />
da Saúde (OMS), elas são uma ameaça à saúde<br />
de 4 bilhões de pessoas, sobretudo das que<br />
vivem em áreas tropicais e subtropicais.<br />
Dados do Ministério da Saúde mostram que,<br />
até a primeira quinzena de abril de 2022,<br />
o país registrou uma alta de 104,5% nas<br />
notificações, em relação ao mesmo período<br />
de 2021. Foram contabilizados 464.255<br />
casos da doença. Entre os sintomas comuns<br />
da dengue, estão a febre, dores musculares,<br />
cefaleia, náusea e fadiga.<br />
Solução da Mobius<br />
O Kit Multiplex Zika, Dengue e Chikungunya<br />
da Mobius (registro ANVISA nº 80502070063)<br />
avalia de forma qualitativa a presença dos três<br />
vírus em um único teste, contribuindo para a<br />
escolha de um tratamento adequado.<br />
Um levantamento da OMS, feito para nortear<br />
ações globais de controle às arboviroses, mostra<br />
que a Dengue está presente em 130 países, a<br />
Chikungunya em 115 e o Zika Vírus em 89.<br />
De acordo com a Organização Pan-<br />
Americana de Saúde, o Brasil tem o maior<br />
número de casos registrados no mundo.<br />
Causadas pelo mosquito Aedes aegypti, as<br />
doenças possuem características diferentes.<br />
Devido à dificuldade em diferenciar<br />
essas doenças tropicais por meio de<br />
avaliação clínica e métodos tradicionais<br />
de laboratório, o diagnóstico molecular é<br />
fundamental para direcionar os pacientes<br />
para o tratamento mais adequado.<br />
Mobiuslife.com.br<br />
comercial@mobiuslife.com.br<br />
150<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
INFORME DE MERCADO<br />
HORIBA Medical Brasil inova e disponibiliza ferramenta para<br />
avaliação da identificação de células sanguíneas – QSP<br />
• Usuários ilimitados<br />
• Cada gerente de laboratório estabelece o protocolo<br />
de controle e escolhe as lâminas a serem analisadas<br />
pela equipe responsável pelo exame das lâminas.<br />
• Semanalmente, um caso pode ser examinado.<br />
• O programa QSP emite relatórios personalizados<br />
para garantir uma rastreabilidade perfeita.<br />
O software QSP é uma ferramenta para imagens<br />
de alta definição, didática e muito intuitiva.<br />
Ele oferece ao pessoal do laboratório o<br />
exame das lâminas sanguíneas, que são digitalizadas<br />
e avaliadas previamente. Permite ao<br />
laboratório avaliar a capacidade dos potenciais<br />
examinadores<br />
O QSP é mais do que um atlas citológico…<br />
Usa casos clínicos reais fornecidos por<br />
médicos aprovados.<br />
Com casos normais e patológicos.<br />
Vantagens<br />
Treinamento contínuo dos analistas de laboratório<br />
• 6 slides digitais por mês.<br />
• O laboratório pode definir sua própria classificação<br />
de células.<br />
• Avaliação de WBC, RBC e PLT classificação e /<br />
ou morfologias.<br />
• Identificação incorreta de células.<br />
• Relatórios com desempenho individual pontuação.<br />
• Fácil de usar<br />
• Não há necessidade de material adicional (baseado<br />
em PC).<br />
É elaborado um relatório individual da classificação<br />
que mostra<br />
• Um índice da sensibilidade média das células<br />
corretamente classificadas em relação<br />
à referência.<br />
• Uma classificação imediata de TP, TN, FP, FN e<br />
os cálculos associados da relação sensibilidade<br />
e precisão<br />
• Imagens de células que não combinam com a<br />
classificação de referência.<br />
• As observações do leitor e do gerente.<br />
• As ações corretivas associadas.<br />
Benefícios<br />
• Padronização da leitura manual das lâminas<br />
ao microscópio.<br />
• Aumentando a confiabilidade dos resultados<br />
finais.<br />
• Ajudar novos técnicos a melhorar seu nível e se<br />
tornarem confiantes.<br />
• Ajudando Técnicos experientes a manter<br />
seu nível.<br />
HORIBA Medical Brasil<br />
(11) 2923-5400<br />
marketing.br@horiba.com<br />
152<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
INFORME DE MERCADO<br />
LOGCARE COM MAIS DE 20 ANOS NO MERCADO DE<br />
SISTEMAS DE RASTREIO, ATUA COM EXCELÊNCIA NO<br />
AUXÍLIO DO TRANSPORTE DE MATERIAIS BIOLÓGICOS<br />
Os percursos realizados pelo material<br />
biológico retirado de clínicas e laboratórios<br />
são requeridos de avaliações extremamente<br />
restritas, é neste momento em que as coletas<br />
se tornam mais sensíveis pelo tempo da<br />
viagem e até mesmo por meio das oscilações<br />
de temperaturas nos compartimentos<br />
durante todo o transporte entre o ponto de<br />
coleta inicial até o ponto final de análise. O<br />
processo de transporte do material biológico<br />
sem a devida responsabilidade pode gerar<br />
diversos erros, entre eles a falha da análise,<br />
interferindo no resultado apresentado<br />
futuramente ao paciente.<br />
Os transportes de amostras de materiais<br />
biológicos fazem parte da fase pré-analítica,<br />
é neste momento em que se inicia a análise<br />
das amostras. O cuidado com a escolha da<br />
embalagem, acondicionamento do material e<br />
cumprimento das cautelas necessárias para o<br />
deslocamento são imprescindíveis para que o<br />
transporte seja concluído com excelência.<br />
É de responsabilidade dos laboratórios garantir<br />
qualidade e segurança nestes processos, para<br />
isso podem contar com a ajuda com serviços<br />
auxiliares como o LogCare, disponibilizado<br />
pela MPSystems do Brasil, que oferece uma<br />
plataforma extremamente qualificada, através<br />
desta excelência operacional, é possível realizar<br />
acompanhamento em tempo real de solicitações<br />
de coleta de material biológico, rastreamento do<br />
percurso do consultório ao centro de análises,<br />
obter informações sobre o transporte, além da<br />
redução de custos operacionais.<br />
Estamos disponíveis em nosso site:<br />
www.mpsystems.com.br,<br />
tels.: (11) 2985-7041, (11) 2979-6654, (11) 2973-1970 e<br />
e-mail: suporte@mpsystems.com.br<br />
Não deixe de nos contatar.<br />
154<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
INFORME DE MERCADO<br />
CAL-6000 – AUTOMATIZAÇÃO DE HEMATOLOGIA AO<br />
ALCANCE DE TODOS<br />
O CAL 6000 da Mindray define uma<br />
nova geração de linha de análise celular.<br />
Suporta configurações flexíveis com 1<br />
ou 2 unidades do BC-6000/BC-6200 e<br />
1 unidade do SC-120, oferecendo uma<br />
produção de até 220 testes por hora e 120<br />
lâminas realizadas e coradas por hora.<br />
Acompanhado pelo software LabXpert,<br />
o CAL 6000 possui a capacidade de<br />
analisar resultados e executar de<br />
forma automatizada a repetição e/ou<br />
a realização do esfregaço sanguíneo<br />
com base em regras predefinidas pelos<br />
protocolos estabelecidos por cada cliente.<br />
A esteira de carga bidirecional, com<br />
tecnologia patenteada, possibilita uma<br />
rápida distribuição da amostra, melhorando<br />
a eficiência e a produtividade do laboratório.<br />
Usuários podem adicionar amostras<br />
em qualquer área de carga e retirá-las<br />
continuamente nas áreas de descarregamento.<br />
As amostras STAT podem ser carregadas<br />
em modo aberto - para diminuir o tempo<br />
de execução do teste - ou através de racks<br />
especialmente identificadas para urgências.<br />
O sistema conta com racks de tubos<br />
personalizáveis em cores diferentes<br />
determinando os perfis de análise<br />
disponíveis no equipamento. Conta com<br />
racks específicas para controle de qualidade,<br />
calibração, urgências e execução de lâminas,<br />
otimizando a rotina laboratorial.<br />
Contato: Igor Abdalla Ragone<br />
Key Account Manager - IVD<br />
E-mail: igor.ragone@mindray.com<br />
Mobile/WhatsApp: +55 11 93209 0554<br />
156<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
INFORME DE MERCADO<br />
EXAME HEVYLITE® DA BINDING SITE COMEÇA A SER<br />
OFERECIDO NO BRASIL<br />
O Hevylite® é um teste que possibilita a<br />
quantificação do isotipo de cadeia pesada + leve<br />
das imunoglobulinas no soro, ou seja, um teste<br />
laboratorial para medição de imunoglobulinas<br />
intactas, importante para pacientes com<br />
diagnóstico de Mieloma Múltiplo (MM), em fase<br />
de monitoramento da doença.<br />
O Hospital Israelita Albert Einstein é o primeiro<br />
no Brasil a disponibilizar esta grande novidade<br />
para os médicos e pacientes, com a inclusão do<br />
exame Hevylite® na rotina do seu laboratório<br />
clínico, assim como foi com o Freelite® (exame<br />
para quantificação de cadeias leves livres kappa/<br />
lambda). Quando utilizado em conjunto com<br />
os exames do painel para Mieloma, o Hevylite®<br />
oferece uma série de vantagens no monitoramento<br />
de pacientes com Gamopatias Monoclonais.<br />
Dentre os benefícios do Hevylite®,<br />
destacam-se:<br />
• Eliminação da subjetividade dos resultados e possível<br />
dificuldade de interpretação da imunofixação e<br />
também da eletroforese em alguns casos;<br />
• Utilização em conjunto com o Freelite e os outros<br />
exames tradicionais, oferecendo o melhor painel<br />
para diagnóstico e monitoramento da doença;<br />
• Indicativo de doença residual mínima e<br />
antecipação da informação sobre possível recaída<br />
• Monitoramento mais rápido e preciso de possíveis<br />
alterações clonais.<br />
O uso do Hevylite® em conjunto com o Freelite®<br />
no monitoramento dos pacientes com MM garante<br />
maior precisão e fornece informações relevantes<br />
para a conduta médica. Para saber mais detalhes<br />
sobre o Freelite® ou o Hevylite® e conhecer os<br />
laboratórios clínicos que atualmente realizam tais<br />
exames no Brasil, entre em contato conosco.<br />
Para mais informações entre<br />
em contato com a equipe:<br />
info@bindingsite.com.br<br />
www.freelite.com.br<br />
158<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
CONTROLES E CALIBRADORES MOLECULARES<br />
PARA TESTES DE ÁCIDOS NUCLEICOS<br />
Chega ao Brasil com exclusividade através da Veritas os produtos da H.H.C., uma<br />
empresa suiça comprometida em fornecer produtos e tecnologias inovadoras para<br />
pesquisa e diagnóstico. É especializada na produção de controles moleculares e<br />
calibradores para testes de ácidos nucleicos.<br />
COVID-19<br />
SARS-CoV-2 (Isolate: USA-WA1/2020) Culture Fluid (Inactivated)<br />
NATtrol Flu/RSV/SARS-CoV-2 Positive Control<br />
NATtrol Flu/RSV/SARS-CoV-2 Negative Control<br />
NATtrol SARS-CoV-2 Negative Control<br />
NATtrol SARS-CoV-2 Positive Control<br />
NATtrol SARS-CoV-2 Variant Panel<br />
SARS-CoV-2 IgG Panel<br />
COVID-19 Cross Over Panel<br />
Influenza/Respiratory/Flu A/B/H1N1<br />
NATtrol Respiratory Panel 2 (RP2) Controls Plus<br />
NATtrol Respiratory Verification Panel 2 Plus<br />
NATtrol Flu/RSV/SARS-CoV-2 Positive Control<br />
PANÉIS RESPIRATÓRIOS<br />
NATtrol Respiratory Pathogen Panel<br />
NATtrol Respiratory Validation Panel (with H1N1)<br />
NATtrol S.pneumoniae Stock<br />
NATtrol Influenza Verification Panel<br />
NATtrol Influenza A/B Positive Control<br />
NATtrol Influenza/RSV Negative Control<br />
NATtrol Mycoplasma Pneumoniae<br />
NATtrol MTB Verification Panel<br />
NATtrol Respiratory Syncytial Virus A/B<br />
NATtrol MERS Recombinant Pack<br />
HIV<br />
Anticorpos anti-HIV<br />
MULTI-MARKER HBV-DNA/HCV-RNA/HIV-1 RNA controls<br />
HIV-1 RNA controls<br />
HIV-2 RNA controls<br />
NATtrol HIV1 External Run Control<br />
HIV-1/2 Purified Viral Lysate<br />
HIV-1 Antigen ELISA Kit<br />
CONTROLES E PADRÕES<br />
NATtrol Chlamydia trachomatis Positive Control Pack<br />
NATtrol Neisseria gonorrhoeae Positive Control Pack<br />
NATtrol Clostridium difficile Positive/Negative Control<br />
NATtrol GBS Positive/Negative Control<br />
NATtrol Enterovirus Positive Control<br />
NATtrol CMV Control<br />
NATtrol Chlamydia trachomatis Positive Control<br />
NATtrol EBV Control<br />
NATtrol HSV-1 Control Target<br />
NATtrol Salmonella typhimurium<br />
NATtrol Vaginal Panel<br />
NATtrol Rotavirus (Stool Matrix)<br />
NATtrol Zika Virus<br />
NATtrol Meningitis/Encephalitis Panel<br />
NATtrol Norovirus GI/GII Positive Control<br />
NATtrol Human Parvovirus<br />
NATtrol MRSA Positive Control<br />
NATtrol VZV Control<br />
NATtrol WNV Control<br />
NATtrol Adenovirus<br />
NATtrol Chikungunya Virus<br />
NATtrol Coxsackievirus<br />
NATtrol HHV6<br />
NATtrol HHV7<br />
NATtrol HHV8<br />
NATtrol Metapneumovirus<br />
NATtrol Human Rhinovirus<br />
Veritas Soluções Diagnósticas<br />
Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 2937 - Bloco B - Sala 215<br />
fone: +55 (11) 2338-1016 | vendas@veritasbio.com.br<br />
www.veritasbio.com.br
INFORME DE MERCADO<br />
MORFOLOGIA CELULAR DIGITAL CELLAVISION:<br />
UM CONCEITO FLEXÍVEL PARA LABORATÓRIOS DE<br />
HEMATOLOGIA DE TODOS OS TAMANHOS<br />
Quinze anos atrás, a CellaVision<br />
introduziu a automação e a imagem digital<br />
na contagem diferencial de leucócitos,<br />
criando assim o que hoje é conhecido como<br />
Morfologia Celular Digital. Hoje, oferecemos<br />
uma família de produtos que formam um<br />
conceito de automação exclusivo e flexível<br />
que ajuda os gestores de laboratório a<br />
enfrentar os principais desafios associados à<br />
análise morfológica de células.<br />
A CellaVision conta com três modelos de<br />
equipamentos, de acordo com o volume de<br />
amostras da rotina. O DM9600 é ideal para<br />
laboratórios de alto volume de exames,<br />
sendo capaz de processar trinta lâminas<br />
por hora. Já o modelo DM1200 é ideal para<br />
rotinas de médio tamanho, processando 20<br />
lâminas por hora. O modelo DC-1 é ideal<br />
para laboratórios de baixo ou médio volume<br />
de amostras. Ele processa uma lâmina por<br />
vez, sendo capaz de analisar em média 10<br />
lâminas por hora.<br />
Com a lâmina já pronta, confeccionada<br />
e corada, o microscópio automatizado<br />
embutido no sistema busca pela<br />
monocamada, que é a região ideal para<br />
se realizar a contagem diferencial de<br />
leucócitos. Em seguida, o sistema localiza<br />
e fotografa centenas de leucócitos e<br />
eritrócitos. As características morfológicas<br />
de cada elemento figurado são extraídas e<br />
processadas em uma rede neural artificial,<br />
isto é, o sistema utiliza inteligência artificial<br />
para pré classificar todos os leucócitos e pré<br />
caracterizar os glóbulos vermelhos.<br />
Na última etapa, o sistema apresenta de<br />
forma ordenada todas as células já préclassificadas<br />
na tela do computador, em<br />
imagens de altíssima resolução, onde o<br />
analista somente terá de revisar o resultado<br />
e reclassificar, se necessário, as células que<br />
ele não está de acordo.<br />
Todo este processo economiza um precioso<br />
tempo dentro do laboratório, incrementando<br />
a produtividade de forma significativa,<br />
reduzindo resultados falso-negativos e<br />
melhorando a consistência da análise.<br />
Ainda, é possível acessar remotamente sua<br />
base de dados e revisar lâminas à distância,<br />
recurso importantíssimo nos dias de hoje,<br />
sobretudo para redes de laboratórios com<br />
mais de um centro técnico operacional, o<br />
que aumenta ainda mais a produtividade<br />
laboratorial e o uso racional de recursos<br />
humanos. Bem vindos à Telepatologia!<br />
Saiba mais em www.cellavision.com<br />
Contato: Wagner Miyaura - Market<br />
Support Manager, South America<br />
wagner.miyaura@cellavision.com<br />
160<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
GELAB, EXPERT EM SOLUÇÕES TÉRMICAS.<br />
Com quase uma década de mercado, a Gelab se<br />
destaca na produção de gelos reutilizáveis como<br />
solução da manutenção da temperatura de produtos<br />
termossensíveis, proporcionando assim, um melhor<br />
acondicionamento no processo de transporte e<br />
armazenamento dos produtos da cadeia fria.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Vale destacar<br />
O investimento em pesquisas e desenvolvimento<br />
de produtos e em qualificação dos profissionais<br />
fazem parte da rotina da Gelab, que busca excelência<br />
na fabricação de seus produtos, primando pelo<br />
atendimento próximo e diferenciado a seus clientes.<br />
Produtos<br />
As almofadas térmicas Gelab são reutilizáveis e<br />
foram desenvolvidas para atender as mais diversas<br />
necessidades do mercado.<br />
A empesa destaca a produção de dois tipos:<br />
Gelo Flexível<br />
Produzido em gel atóxico, é acondicionado em<br />
sachês de tamanhos variados, e tem opção de<br />
embalagem personalizada (ver condições).<br />
Gelo Rígido<br />
Possui uma maior resistência a impactos.<br />
Ambos garantem uma performance de alto<br />
desempenho na manutenção da temperatura de<br />
produtos termossensíveis.<br />
Conheça a Gelab!<br />
A empresa está localizada estrategicamente na região metropolitana de Belo Horizonte,<br />
Minas Gerais, um dos polos industriais da biotecnologia brasileira, e atende todo<br />
território nacional.<br />
Para mais informações, faça contato em sua central de vendas:<br />
(31) 3671-5921, através do WhatsApp (31) 97121-8604<br />
ou no e-mail comercial@silab.com.br<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
161
INFORME DE MERCADO<br />
CONHEÇA O LACT-O-TEST, SOLUÇÃO DE LACTOSE<br />
PRONTA PARA USO PARA REALIZAÇÃO DE TESTE DE<br />
INTOLERÂNCIA Á LACTOSE.<br />
A deficiência de lactase, ou intolerância<br />
a lactose, é a causadora de desconfortos<br />
relacionados à digestão em mais de 40% dos<br />
brasileiros. Esta é a estimativa de pessoas<br />
intolerantes à lactose no Brasil segundo o IBGE.<br />
Os sintomas da alergia à proteína do leite<br />
são manchas vermelhas e irritação na pele,<br />
inchaço nos olhos e na boca, falta de ar,<br />
coceira, tosse, diarreia, podendo apresentar<br />
sangue nas fezes.<br />
A lactose é o açúcar presente no leite e seus<br />
derivados e o que caracteriza a intolerância à<br />
lactose é justamente a deficiência da enzima<br />
responsável pela quebra deste açúcar no<br />
organismo: a lactase.<br />
Sem este processo químico, a absorção do<br />
açúcar do leite pelo nosso corpo é prejudicada<br />
e sofremos as consequências da presença de<br />
uma maior quantidade de lactose no intestino<br />
e de sua fermentação.<br />
Diferenças entre intolerância à lactose<br />
e “alergia ao leite”<br />
Não confunda: apesar de serem causadas<br />
pelos mesmos alimentos, a alergia ao leite,<br />
cujo nome correto é “alergia à proteína do<br />
leite”, e a intolerância à lactose não são a<br />
mesma coisa.<br />
Enquanto a intolerância é a falta da enzima<br />
que digere a lactose no organismo, a alergia<br />
é uma resposta do sistema imunológico à<br />
presença de uma proteína do leite de vaca, a<br />
betalactoglobulina.<br />
Esse problema acomete principalmente<br />
bebês e pode ser provocado pelo consumo de<br />
leite de vaca antes dos quatro meses de idade.<br />
É importante lembrar que essa proteína não<br />
está presente no leite materno. Nesses casos a<br />
alergia tende a desaparecer ainda na infância,<br />
mas pode persistir até a idade adulta.<br />
Além disso, em alguns casos, até choque<br />
anafilático pode ocorrer, característica típica<br />
do desencadeamento de uma reação alérgica.<br />
Bebês que apresentam baixo ganho de peso,<br />
atraso no crescimento e desenvolvimento<br />
também devem ser avaliados para esta doença.<br />
Sintomas de intolerância à lactose<br />
Já os sintomas da intolerância à lactose são<br />
bem diferentes. Eles geralmente aparecem na<br />
idade adulta, uma vez que há a diminuição da<br />
produção da lactase ao longo da vida. Com<br />
a impossibilidade de o organismo digerir a<br />
lactose, ela entra em contato com a mucosa<br />
intestinal sem a absorção correta do açúcar,<br />
provocando uma série de reações como:<br />
• Diarreia<br />
• Excesso de gases<br />
• Náuseas e vômitos<br />
• Distensão abdominal<br />
Além do desconforto intestinal, o problema<br />
também pode causar dor de cabeça. A<br />
intolerância à lactose não causa sangramento<br />
nas fezes, portanto, caso note este sintoma, é<br />
importante procurar seu médico.<br />
É possível identificar os indícios do problema<br />
por meio destes sinais, mas o diagnóstico<br />
deve ser confirmado pelo médico. Durante<br />
a consulta, de acordo com os sintomas e<br />
o momento em que aparecem, já se pode<br />
chegar a um diagnóstico clínico.<br />
A recomendação de permanecer um<br />
período sem a ingestão de produtos lácteos,<br />
averiguando se há melhora no quadro neste<br />
período ajuda a confirmá-lo. Na grande<br />
maioria dos casos, não são necessários<br />
exames específicos para o diagnóstico.<br />
Em situações específicas, podem ser<br />
solicitados o teste de intolerância à lactose,<br />
teste genético, exame de hidrogênio expirado<br />
ou medidor de ácido láctico.<br />
Acesse nosso site e conheça o Lact-o-test,<br />
solução de lactose pronta para uso para<br />
realização de teste de intolerância á lactose.<br />
Para mais informações,<br />
Entre em contato conosco!<br />
WhatsApp : +55 32 98419-8588<br />
Tel : +55 32 3331-4489<br />
+55 32 3333-0379<br />
E-mail : sac@renylab.ind.br<br />
www.renylab.ind.br<br />
162<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
VIDA BIOTECNOLOGIA LANÇA LINHA COMPLETA DE<br />
REAGENTES DE COAGULAÇÃO<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Já se encontram no estoque da VIDA<br />
Biotecnologia os reagentes Tempo de<br />
Protrombina (TP), Tempo de Tromboplastina<br />
Parcial Ativada (TTPA) e Fibrinogênio.<br />
São reagentes responsáveis pela triagem<br />
em coagulação, sendo possível monitorar<br />
tratamentos médicos com anticoagulantes,<br />
triagem pré-operatória e avaliação inicial de<br />
anormalidades trombóticas ou de sangramento.<br />
O TP avalia os fatores de coagulação na via<br />
extrínseca e comum, seus resultados são<br />
reportados em segundos, em relação a um<br />
pool normal, % de atividade (Quick) ou RNI<br />
(índice internacional normalizado). Para<br />
garantir a qualidade VIDA, os reagentes de<br />
TP possuem ISI igual a 1. Como são usados<br />
diferentes tipos de fator tissular, a OMS<br />
preconizou o uso do índice internacional<br />
normalizado (INR, RNI ou IIN) para padronizar<br />
mundialmente o resultado obtido no teste.<br />
O TTPA avalia a via intrínseca e comum,<br />
detecta as deficiências dos fatores de<br />
coagulação, podendo ser utilizado para<br />
monitorar pacientes em terapia com heparina.<br />
O Fibrinogênio é a principal fonte de muitos<br />
fatores de coagulação, sua dosagem pode auxiliar<br />
no prognóstico de várias desordens hemorrágicas.<br />
Estes produtos possuem excelente<br />
desempenho cumprindo os requisitos de<br />
qualidade da rotina clínica. Para completar<br />
a linha, os produtos D-dímero, Tempo de<br />
Trombina (TT) e Plasma Controle já estão<br />
em processo de registro na ANVISA. A<br />
estimativa é que estes produtos estejam<br />
disponíveis para compra até junho. Para<br />
complementar sua rotina laboratorial<br />
conheça também os Analisadores de<br />
Coagulação semiautomáticos ou automáticos<br />
da VIDA Biotecnologia, acessando nosso site<br />
vidabiotecnologia.com.br<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
163
INFORME DE MERCADO<br />
MERCOLAB DIAGNÓSTICOS CHEGA AO MERCADO.<br />
Primeiro laboratório de apoio do Sistema Unimed a serviço do mercado laboratorial.<br />
Acaba de ser inaugurado o laboratório de diagnósticos<br />
de análises clínicas de grande potencial tecnológico e<br />
inovação nesta importante área da saúde no Brasil.<br />
Trata-se do Mercolab Diagnósticos, o primeiro<br />
laboratório de análises clínicas de baixa à alta<br />
complexidade do Sistema Unimed, equipado com o<br />
que há de mais atual em termos de tecnologia, e que<br />
servirá de apoio a todas as cooperativas de Norte a<br />
Sul do Brasil e ao mercado laboratorial em geral.<br />
Localizado em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC),<br />
o Mercolab é administrado pela holding da Unimed<br />
Mercosul, a Mercosul Empreendimentos e Soluções, e<br />
chega para atender, todos os laboratórios e hospitais<br />
a nível Nacional.<br />
QUALIDADE DA MARCA UNIMED<br />
O Mercolab conta com todo o suporte necessário<br />
para entregar com agilidade resultados de<br />
exames de análises clínicas, independentemente<br />
da sua complexidade. Tudo isso com os alicerces<br />
da marca Unimed.<br />
Sérgio Malburg Filho: "Mercolab vem para ser referência"<br />
“São equipamentos de genética e biologia<br />
molecular importados dos Estados Unidos, Israel e<br />
Europa com tecnologia necessária para a realização<br />
de exames complexos como exomas, NIPT e painéis<br />
oncológicos somáticos e germinativos”, afirma<br />
Sérgio Malburg Filho, Diretor de Inovação e<br />
Negócios da Unimed Mercosul.<br />
Ele observa que “esse laboratório atuará em todo<br />
território nacional com logística especializada e aberto<br />
a todos aqueles que quiserem fazer parte dessa nova<br />
forma de fazer e tratar o diagnóstico no Brasil”.<br />
“Nossos exames não são tratados como commodities,<br />
cada tubo é e sempre será uma vida. Esse valor nasceu<br />
com o Mercolab e cada colaborador tem isso como um<br />
princípio a ser seguido dentro do laboratório”.<br />
“Com tamanha capacidade de entrega, o Mercolab<br />
Diagnósticos chega para ser referência no Brasil<br />
em exames de média e alta complexidade”,<br />
aponta o Diretor.<br />
Visite: mercolabdiagnosticos.com<br />
Entre em contato:<br />
contato@mercolabdiagnosticos.com<br />
(48) 3121-0200<br />
166<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022
ANALOGIAS EM MEDICINA<br />
ANALOGIAS EM PATOLOGIA MAMÁRIA<br />
A glândula mamária feminina pode apresentar vários aspectos conforme a doença, muitos úteis na<br />
identificação do processo patológico.<br />
Alguns exemplos:<br />
• “Lago sanguíneo”: foco francamente<br />
hemorrágico no angiossarcoma<br />
• “Cúpula azul”: cisto distendido, típico<br />
de alteração fibrocística<br />
• “Comedão”: necrose central em<br />
carcinoma de alto grau<br />
• “Fila indiana”: padrão infiltrativo do<br />
carcinoma lobular invasivo<br />
Legenda: Fotografia do autor. Aspecto microscópico (HE): células em<br />
“fila indiana”<br />
• “Casca de laranja”: pele mamária no<br />
carcinoma inflamatório<br />
Legenda: Fotografia do autor. Aspecto de “casca de laranja”.<br />
• “Aspecto de folha”: tumor filoide<br />
devido a fendas epiteliais<br />
• “Chifre de veado”: aspecto citológico<br />
em punção de fibroadenoma<br />
• “Ponte romana”: disposição de<br />
glândulas tumorais em pontes<br />
José de Souza Andrade-Filho*<br />
* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />
Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da<br />
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />
167
Liderança<br />
de verdade<br />
é estar à frente<br />
do seu tempo.<br />
Em 10 anos de existência, o DB revolucionou o<br />
mercado com ideias inovadoras, investimento<br />
<br />
com o futuro. Tudo isso nos tornou líderes em<br />
apoio laboratorial. Mas nós queremos ir além.<br />
<br />
É o futuro. Você vem com a gente?<br />
Acesse e conheça<br />
o novo DB<br />
M O V I D O S P E L A E V O L U Ç Ã O