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Revista Newslab Ed. 171

Revista Newslab Ed. 171- A Mídia Oficial do Diagnóstico Laboratorial www.newslab.com.br

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evista<br />

<strong>Ed</strong>itorial<br />

Ano 29 - <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> - Maio 2022<br />

A retomada dos eventos presenciais na área da<br />

saúde foi marcada por milhares de reencontros,<br />

abraços, sorrisos e a inabalável esperança do fim da<br />

pandemia. Será?<br />

Muitos fornecedores se reinventaram nos últimos 18<br />

meses, e essa reinvenção com certeza será benéfica<br />

para o mercado como um todo, que tende a crescer<br />

em ritmo nunca visto.<br />

A volta dos eventos presenciais é um desejo que vai<br />

além do mundo corporativo, uma vez que a grande<br />

maioria dos brasileiros sente falta da interação social.<br />

A multiplataforma de comunicação integrada<br />

NewsLab também está em transição.<br />

A meta é estar disponível totalmente nas plataformas<br />

on-line e lançar novas ferramentas de divulgação<br />

digital até o fim de 2022. Até lá, poderemos somar<br />

o melhor dos dois mundos, trazendo soluções<br />

diversas e completas para organizadores de eventos<br />

que desejam entregar conteúdos estratégicos e uma<br />

experiência incrível para seus clientes.<br />

A experiência digital chegou para ficar. A expectativa<br />

é de que o setor cresça cerca de 20%, ano após ano,<br />

entre 2022 e 2027.<br />

A edição <strong>171</strong> traz artigos científicos e produtos<br />

inovadores, tudo que há de melhor no mercado das<br />

análises clínicas.<br />

A matéria de capa traz o líder no segmento de apoio<br />

laboratorial, DB Diagnósticos.<br />

Com 11 anos de mercado, realizou mais de 120<br />

milhões de exames no ano de 2021 e já começou o<br />

ano de 2022 quebrando seus próprios recordes. No<br />

mês de março, o laboratório bateu a marca de 13<br />

milhões de testes em um único mês e a perspectiva é<br />

fazer muito mais.<br />

Estreia nesta edição, a coluna Direito e Saúde, onde o<br />

Dr. Délio J. Ciriaco de Oliveira nos convida a analisar<br />

o retorno da gestante ao trabalho presencial no<br />

ambiente laboratorial.<br />

E para finalizar, desejo que essa difícil jornada que<br />

vivemos nos últimos anos, de aprendizado, cuidado<br />

e muitas ações, esteja realmente no fim.<br />

Boa leitura!<br />

Abraços,<br />

Luciene Almeida<br />

<strong>Ed</strong>itora Chefe<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />

acessem nossas redes sociais:<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

Ano 29 - <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> - Maio 2022<br />

NewsLab<br />

Tel.: (11) 98357-9843 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />

ISSN 0104 - 8384<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: NEWSLAB<br />

Conselho <strong>Ed</strong>itorial: Sylvain Kernbaum | revista@newslab.com.br<br />

Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@newslab.com.br<br />

Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />

Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />

Diagramação e Arte: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodiciade: Bimestral<br />

2<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


evista<br />

Ano 29 - <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> - Maio 2022<br />

Normas de Publicação<br />

para artigos e informes de mercado<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />

publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />

em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />

precise de informações adicionais, entre em contato com<br />

a redação.<br />

Informações aos autores<br />

Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab publica editoriais,<br />

artigos originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />

etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />

qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />

clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />

revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />

natureza financeira relativo a companhias interessadas<br />

ou envolvidas em produtos ou processos que estejam<br />

relacionados com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />

assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />

artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />

Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />

conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser<br />

enviadas na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos<br />

que a resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com<br />

extensão em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e enviados<br />

por e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes<br />

completos dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />

foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />

com endereço completo fone/fax e e-mail também<br />

deverão constar. Seguidos por resumo, palavras-chave,<br />

abstract, keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e<br />

Métodos, Parte Experimental, Resultados e Discussão,<br />

Conclusão) agradecimentos, referências bibliográficas,<br />

tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />

do devido autor, seguido pelo ano da publicação, segundo<br />

norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada referência citadas no<br />

texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do autor em<br />

primeiro lugar seguido pela sigla do prenome. Ex.: sobrenome,<br />

siglas dos prenomes. Título: subtítulo do artigo. Título do livro/<br />

periódico, volume, fascículo, página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências. Referências<br />

de contribuições ainda não publicadas deverão ser<br />

mencionadas como “no prelo” ou “in press”.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

NewsLab<br />

A/C: Luciene Almeida – Redação<br />

Rua Doutor Guilherme Bannitz, 126, 8º Andar - Conj. 81<br />

CV: 10543 Itaim Bibi, São Paulo, SP, 04532-060<br />

Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />

Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />

Contato<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />

vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />

REDAÇÃO: : Rua Doutor Guilherme Bannitz, 126, 8º Andar - Conj. 81 CV: 10543 Itaim Bibi, São Paulo, SP, 04532-060.<br />

TELEFONE: (11) 98357-9856<br />

EMAIL: redacao@newslab.com.br.<br />

Acesse nosso site: www.newslab.com.br<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

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@revista_newslab<br />

Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país.<br />

Os artigos e informes assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong>.<br />

Filiado à:<br />

4<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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ordem alfabética<br />

Ano 29 - <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> - Maio 2022<br />

ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />

ALTONA DIAGNOSTICS 41<br />

BASE CIENTIFICA 33<br />

BECKMAN COULTER DIV. L.S. 08-09<br />

BIOADVANCE 73<br />

BIOCON 91<br />

BIOMEDICA 127<br />

BUNZL SAÚDE 25<br />

CBAC 157<br />

CELLAVISION 133<br />

DB DIAGNÓSTICO<br />

CAPA - 4ª CAPA<br />

DIAGNO 125<br />

EBRAM 117<br />

EQUIP MINAS 50-51<br />

ERBA 26-27<br />

EUROIMMUN 63<br />

FIRSTLAB 101<br />

GELAB 13<br />

GREINER 129<br />

GRIFOLS 11<br />

GRUPO PRIME<br />

3ª CAPA<br />

GT GROUP-BIOSUL 47<br />

HAGELAB 77<br />

HAMILTON 135<br />

HERMES PARDINI 06-07<br />

HORIBA 2ª CAPA | 153<br />

INVITRO 55<br />

KOLPLAST 59<br />

LAB REDE 121<br />

LABOR LINE 23<br />

LIGA SISTEMAS 81<br />

LUMIRADX 95<br />

M BIOLOG 74-75<br />

MERCOLAB DIAGNOSTICOS 03<br />

MINDRAY 19<br />

MOBIUS 151<br />

MP BIOMEDICALS 05<br />

MP SYSTEMS 155<br />

NEWPROV 139<br />

NIHON KOHDEN 86-87 | 97<br />

NOVO NORDISK 14-15<br />

PNCQ 105<br />

RENYLAB 109<br />

SARSTEDT 113<br />

SBPC 164-165<br />

SIEMENS 21<br />

SNIBE 69<br />

TBS BINDINGSITE 79<br />

VEOLIA 141<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA 85<br />

WAMA 143<br />

ZYBIO 147<br />

ZYMO RESEARCH 29<br />

Conselho <strong>Ed</strong>itorial<br />

Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />

humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira<br />

de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São<br />

Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da<br />

Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo<br />

Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da<br />

USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade<br />

Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e<br />

Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />

Colaboraram nesta <strong>Ed</strong>ição:<br />

Humberto Façanha, Louise Fabri, Fábia Bezerra, Gleiciere Maia Silva, Jorge Luiz Silva Araújo-Filho, Luiz Arthur Calheiros Leite, Helena Varela de Araújo, Rafaele Loureiro, Bruna Garcia Nogueira, Fabiano de Abreu,<br />

Suzimara Tertuliano, Luciane Sarahyba, Cesar Higa Nomura, Giovanni Guido Cerri, Délio J. Ciriaco de Oliveira, André Márcio Murad, Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />

Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Silvania Ramalho, Daniela Santos Silva, Karoline de Oliveira e Allyne Cristina Grando.<br />

10<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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ÍNDICE<br />

revista<br />

Ano 29 - <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> - Maio 2022<br />

64<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

DB TOXICOLÓGICO<br />

DB TOXICOLÓGICO INAUGURA SEDE EXCLUSIVA<br />

COM CAPACIDADE DE MAIS DE UM MILHÃO DE<br />

EXAMES MENSAIS.<br />

62 - Publieditorial em Destaque - Euroimmun<br />

68 - Neurociência em Foco<br />

70 - Medicina Genômica<br />

76 - Publieditorial em Destaque - Thermofisher<br />

82 - Direito e Saúde<br />

88 - Minuto Laboratório<br />

90 - Bioquímica<br />

92 - Diagnóstico por Imagem<br />

94 - Citometria de Fluxo<br />

98 - Coleta de Sangue<br />

104 - Biossegurança<br />

112 - Hematologia<br />

114 - Logística Laboratorial<br />

116 - Informes de Mercado<br />

167 - Analogias em Medicina<br />

16<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

COMO PROCEDER FRENTE AO RESULTADO<br />

DE UMA VUS (VARIANTE DE SIGNIFICADO<br />

INCERTO) EM UM TESTE GENÉTICO DE<br />

PREDISPOSIÇÃO AO CÂNCER.<br />

22<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

LEISHMANIOSE VISCERAL: CONHECER<br />

PARA PREVENIR<br />

42<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

RELAÇÃO DA VITAMINA D COM LÚPUS<br />

ERITEMATOSO SISTÊMICO: REVISÃO DA<br />

LITERATURA<br />

56<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

MERCADO DAS ANÁLISES CLÍNICAS: QUE<br />

FUTURO ESPERAR?<br />

108<br />

LADY NEWS<br />

MERCADO DIAGNÓSTICO<br />

A PALAVRA DE ORDEM É INTERAÇÃO!<br />

Autor: André Márcio Murad MD, PhD, Pos-Doc.<br />

Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de<br />

Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha Suzuki, Marco<br />

Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />

Autoras: Karoline de Oliveira,<br />

Allyne Cristina Grando.<br />

Autor: Humberto Façanha da Costa Filho.<br />

Autora: Silvania Ramalho.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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no tratamento do diabetes tipo 2<br />

já é realidade 1,2<br />

Referências: 1. Seidu S, Mellbin L, Kaiser M, Khunti K. Will oral semaglutide be a game-changer in t<br />

10.1016/j.pcd.2020.07.011. Epub 2020 Aug 19. PMID: 32826189. 2. Drucker, D.J. Advances in oral pe<br />

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2 – diabetes mellitus tipo 2.<br />

he management of type 2 diabetes in primary care? Prim Care Diabetes 2021 Feb;15(1):59-68 doi:<br />

ptide therapeutics. Nat Rev Drug Discov 19, 277–289 (2020).<br />

dispensar medicamentos. Não compartilhe.


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

COMO PROCEDER FRENTE AO RESULTADO<br />

DE UMA VUS (VARIANTE DE SIGNIFICADO INCERTO) EM<br />

UM TESTE GENÉTICO DE PREDISPOSIÇÃO AO CÂNCER<br />

Autor:<br />

André Márcio Murad MD, PhD, Pos-Doc.<br />

Professor Adjunto Coordenador da Disciplina de Oncologia da<br />

Faculdade de Medicina da UFMG e Diretor Clínico da Personal<br />

- Oncologia de Precisão e Personalizada e Diretor Científico do<br />

Laboratório Personal de Genética Molecular de Belo Horizonte,<br />

MG. Pós-Doutor em Genética pela UFMG e Diretor Científico<br />

do GBOP- Grupo Brasileiro de Oncologia de Precisão. Médico<br />

Oncogeneticista da UNIT/CETTRO de Brasília<br />

Quando você se submete a um teste<br />

genético para uma avaliação de<br />

predisposição hereditária a câncer,<br />

espera uma resposta binária: sim<br />

ou não. Se sim, você tem uma<br />

alteração anormal em um gene que<br />

aumenta o risco de câncer, ou não,<br />

você não tem. Essa informação é<br />

preciosa pois, em caso positivo, vai<br />

determinar medidas preventivas e<br />

também exames de rastreamento<br />

apropriados para o diagnóstico<br />

precoce dos cânceres relacionados<br />

às variantes gênicas identificadas.<br />

Mas, às vezes, você pode não<br />

receber um claro “sim” ou “não”.<br />

Você pode apenas receber um<br />

“talvez”. Isso é o que você ouvirá<br />

se tiver uma variante de significado<br />

incerto, ou VUS, para abreviar.<br />

* Imagem ilustrativa * image: Freepik.com<br />

Ao contrário das mutações<br />

prejudiciais que causam câncer<br />

ou das benignas que não causam,<br />

as chamadas VUS são assim<br />

classificadas pois não reunimos<br />

ainda pela literatura médica<br />

informações seguras e suficientes<br />

sobre seu papel na gênese do<br />

câncer. Ou seja, os dados sobre as<br />

VUS que dispomos até o momento<br />

não são suficientes para considerálas<br />

prejudiciais ou inofensivas.<br />

As variantes genéticas de<br />

significado incerto (VUS) são<br />

comuns?<br />

Quase 20% dos testes genéticos<br />

germinativos identificam uma<br />

VUS. Esses testes são oferecidos<br />

em diferentes “tamanhos”. Alguns<br />

examinam apenas um punhado de<br />

genes associados ao câncer de cada<br />

vez, enquanto outros analisam até<br />

centenas genes variados. Quanto<br />

mais genes você olhar, mais variantes<br />

de significado incerto você encontrará.<br />

Como surgem as variantes<br />

genéticas?<br />

Nossos corpos contêm 70 trilhões<br />

de células. Todos os dias, células<br />

velhas morrem e dão origem a<br />

novas. Cada vez que isso acontece,<br />

as novas células copiam o DNA das<br />

células antigas. Com tantas células,<br />

há um grande potencial para<br />

ocorrer um erro genético. É assim<br />

que surge uma variante genética,<br />

ou mutação. Todos nós temos<br />

muitas variações em nossos genes,<br />

e a grande maioria é inofensiva.<br />

16<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Como as variantes genéticas<br />

são classificadas?<br />

Uma VUS também pode ser<br />

reclassificada como patogênica,<br />

humano. O ser humano médio<br />

carrega cerca de 400 variantes<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

O American College of Medical<br />

mas isso é raro.<br />

Um estudo<br />

únicas, e a maioria de nós não é<br />

Genetics and Genomics categoriza<br />

recente descobriu que 91% das<br />

doente por causa delas.<br />

as variantes genéticas em cinco<br />

variantes reclassificadas foram<br />

níveis de risco classificados do mais<br />

rebaixadas para “benignas”,<br />

Como saberei se minha VUS foi<br />

para o menos grave:<br />

enquanto apenas 9% foram<br />

reclassificada?<br />

1. Patogênica (nociva)<br />

atualizadas para patogênicas.<br />

Quando uma VUS é reclassificada,<br />

2. Provavelmente patogênica<br />

o laboratório que realizou o teste<br />

3. Variante de significado incerto<br />

A reclassificação de uma VUS pode<br />

deve enviar um relatório revisado ao<br />

4. Provavelmente benigna<br />

levar meses, anos ou décadas.<br />

médico solicitante, explicando como<br />

5. Benigna (inofensiva)<br />

Algumas podem nunca ser<br />

e por que a variante foi reclassificada.<br />

reclassificados se os laboratórios<br />

O médico então entrará em contato<br />

Variantes patogênicas são menos<br />

não tiverem dados suficientes para a<br />

com você para explicar os resultados<br />

comuns. É muito mais provável<br />

obtenção de uma conclusão definitiva.<br />

atualizados e o que eles significam<br />

que você tenha um VUS ou uma<br />

para você e sua família. Por esse<br />

variante benigna.<br />

Nosso conhecimento sobre<br />

motivo, é muito importante que os<br />

variantes mudou ao longo do<br />

pacientes mantenham seu endereço<br />

As variantes de significado<br />

tempo?<br />

de correspondência, endereço<br />

incerto (VUS) já foram<br />

Os pesquisadores costumavam<br />

de e-mail e número de telefone<br />

reclassificadas?<br />

acreditar que todas as variantes<br />

atualizados junto ao médico ou<br />

Uma VUS pode ser reclassificada<br />

genéticas eram amplamente<br />

clínica solicitante do teste, que em<br />

como benigna após pesquisas<br />

prejudiciais. Mas há cerca de 20 anos,<br />

geral é especializada em Genética e<br />

e levantamentos revelarem que<br />

quando as primeiras sequências do<br />

Oncogenética. Outra sugestão é que,<br />

inúmeras pessoas sem câncer na<br />

genoma humano foram publicadas,<br />

se você tiver uma VUS, compareça<br />

população em geral carregam<br />

os cientistas perceberam que, em<br />

anualmente à consulta médica com o<br />

essa variante, ou modelos de<br />

vez de serem raridades que quase<br />

especialista. Nessa consulta o mesmo<br />

computador mostram que não<br />

invariavelmente prejudicam a<br />

terá a oportunidade de reconsultar<br />

tem impacto significativo no<br />

saúde, as variantes ocorrem com<br />

os bancos de dados, para saber se a<br />

funcionamento genético.<br />

frequência em todo o genoma<br />

variante sofreu alguma reclassificação.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

17


Autor: André Márcio Murad MD, PhD, Pos-Doc.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Se eu tiver uma VUS, meus<br />

familiares devem ser testados?<br />

Como não entendemos sua variante,<br />

geralmente não seria útil que os<br />

membros de sua família fizessem o<br />

teste. Os testes não esclareceriam<br />

seus riscos de câncer e, portanto,<br />

não mudariam a maneira como<br />

seus médicos já estão gerenciando<br />

seus cuidados médicos. Em vez<br />

disso, as decisões médicas devem<br />

ser baseadas em seu histórico<br />

pessoal ou familiar de câncer.<br />

Há situações em que vários<br />

membros de uma família afetada<br />

pelo câncer são testados para se<br />

determinar se a mesma variante<br />

está presente naqueles com câncer<br />

ou ausente naqueles sem. Seu<br />

especialista irá esclarecer a você<br />

se a testagem dos outros membros<br />

da família ajudará a classificar sua<br />

variante.<br />

Como minha VUS altera meu<br />

tratamento médico?<br />

As diretrizes emitidas pelo American<br />

College of Medical Genetics and<br />

Genomics especificam que “uma<br />

variante de significado incerto<br />

não deve ser usada na tomada de<br />

decisões clínicas”. Rastreamentos<br />

* Imagem ilustrativa * image: Freepik.com<br />

mais intensivos ou precoces ou uma<br />

cirurgia redutora de risco (como<br />

uma mastectomia bilateral ou a<br />

retirada das tubas uterinas e ovários<br />

de forma profilática) podem ser<br />

desnecessários e potencialmente<br />

prejudiciais para pacientes cujas<br />

variantes são posteriormente<br />

descobertas como benignas.<br />

“Esperar para ver” é o consenso<br />

padrão entre os especialistas e<br />

oncogeneticistas.<br />

Em alguns casos, seu médico pode<br />

lhe dizer se sua variante é menos<br />

preocupante ou mais preocupante<br />

do que o normal, com base em seu<br />

histórico familiar combinado com<br />

as informações disponíveis sobre<br />

sua variante específica.<br />

Como a maioria das pessoas reage<br />

ao saber que tem uma VUS?<br />

A maioria dos pacientes considera<br />

o diagnóstico de VUS mais<br />

tranquilizador do que preocupante.<br />

Eles estão aliviados por saber que<br />

nenhuma variante patogênica<br />

conhecida foi detectada. Alguns,<br />

no entanto, acham os resultados<br />

ambíguos e preocupantes. Eles<br />

têm dificuldade em lidar com a<br />

incerteza de um VUS.<br />

Antes que os pacientes sejam<br />

submetidos a testes genéticos,<br />

eles devem ser orientados por<br />

um especialista sobre os riscos e<br />

limitações dos testes. Se eles estão<br />

particularmente ansiosos, podemos<br />

sugerir que eles abandonem<br />

18<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Autor: André Márcio Murad MD, PhD, Pos-Doc.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

completamente os testes ou testem<br />

menos genes para diminuir a<br />

chance de encontrarmos uma VUS.<br />

Lembramos a eles que a maioria das<br />

VUS é inofensiva. Mas mesmo com<br />

o aconselhamento genético correto,<br />

a incerteza pode acompanhar os<br />

portadores e causar-lhes angústia<br />

e mesmo fobia.<br />

Como os especialistas podem<br />

aprender mais sobre VUS?<br />

Para entender o papel de uma<br />

variante no câncer, os especialistas<br />

devem testar milhões de pessoas e<br />

compartilhar seus dados. Se uma<br />

VUS for encontrada em um número<br />

significativo de pessoas que têm<br />

câncer, mas ausente naquelas que<br />

não têm, há uma probabilidade<br />

maior de que ela possa estar<br />

associada a maiores riscos de câncer.<br />

Mas, independentemente de quão<br />

extensos sejam os bancos de dados<br />

e quantas pessoas sejam submetidas<br />

a testes genéticos, a incerteza nunca<br />

desaparecerá completamente.<br />

Sequenciando também o RNA<br />

Mais recentemente, a análise<br />

(sequenciamento) germinativa<br />

combinada do DNA e do RNA<br />

demonstrou fornecer informações<br />

mais precisas e definitivas sobre<br />

o significado de uma VUS. O<br />

sequenciamento de RNA começa a se<br />

mostrar promissor para se entender<br />

como uma variante de DNA pode<br />

interromper a transcrição normal<br />

para RNA, bem como as modificações<br />

pós-transcricionais ou a estrutura<br />

proteica codificada por aquele<br />

determinado gene e suas variantes.<br />

Adicionalmente, o sequenciamento<br />

do RNA pode identificar variantes<br />

nos chamados sítios de emenda<br />

(splice site), que ocorrem em cerca<br />

de 11% das VUS já catalogadas. Os<br />

genes contêm seções codificantes<br />

(éxons) e não codificantes (íntrons)<br />

que são transcritas em mRNA<br />

(RNA mensageiro). Este mRNA é<br />

processado cortando-se as porções<br />

não codificantes e unindo-se as<br />

porções de codificação. Variantes<br />

patogênicas podem romper os sítios<br />

de splice em ambas as extremidades<br />

do éxon, criando novos sítios de splice,<br />

ou perturbar regiões regulatórias<br />

profundas dentro dos íntrons.<br />

Todos esses mecanismos afetam<br />

negativamente a expressão do gene.<br />

Estudos mais recentes confirmaram<br />

a utilidade clínica da adição<br />

de sequenciamento de RNA a<br />

testes genômicos para coortes de<br />

indivíduos com doença mendeliana<br />

não diagnosticada, aumentando seu<br />

rendimento diagnóstico em cerca de<br />

18%, pois consegue com precisão<br />

esclarecer a patogenicidade de<br />

inúmeras VUS encontradas através<br />

do sequenciamento do DNA.<br />

Autor:<br />

André Márcio Murad MD, PhD, Pos-Doc<br />

Professor Adjunto Coordenador da Disciplina de Oncologia da Faculdade de Medicina da UFMG e Diretor Clínico da Personal - Oncologia de Precisão e<br />

Personalizada e Diretor Científico do Laboratório Personal de Genética Molecular de Belo Horizonte, MG. Pós-Doutor em Genética pela UFMG e Diretor Científico<br />

do GBOP- Grupo Brasileiro de Oncologia de Precisão. Médico Oncogeneticista da UNIT/CETTRO de Brasília.<br />

20<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Siemens


ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

LEISHMANIOSE VISCERAL:<br />

CONHECER PARA PREVENIR<br />

Autores:<br />

Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza,<br />

Luiz Felipe da Rocha Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes,<br />

Daniela Santos Silva.<br />

Colégio Técnico “Antônio Teixeira Fernandes – Colégio Univap<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

A Leishmaniose visceral é uma doença endêmica que traz graves riscos à saúde<br />

pública. O artigo tem como objetivo conscientizar a população acerca dos riscos da<br />

doença, além de demonstrar o desconhecimento geral da população em relação à<br />

enfermidade. Para escrever o artigo, foi realizado um levantamento bibliográfico<br />

de artigos científicos e plataformas digitais governamentais. Ademais, foi feito<br />

um questionário no “Google forms“ sobre os conhecimentos básicos da doença.<br />

Os resultados do questionário foram comparados com outros artigos e autores.<br />

Os dados obtidos mostram que os indivíduos entrevistados desconhecem as<br />

informações básicas e necessárias sobre a doença. Logo, é preciso que haja o<br />

fortalecimento em educação em saúde da população e de profissionais da área<br />

acerca da doença. Sendo assim, deve-se aumentar a visibilidade da enfermidade<br />

e da semana de combate contra a Leishmaniose visceral, a fim de conscientizar e<br />

acelerar o tratamento e diagnóstico da doença.<br />

Abstract<br />

Visceral leishmaniasis is an endemic disease, being a serious problem for public<br />

health. The article has the objective to inform the population about risks of the<br />

disease, besides this shows that popular lack of knowledge about the illness. To<br />

write the article, a bibliographic survey of scientific articles and governments<br />

digital platforms was done. Moreover, a questionnaire was done on Google forms<br />

about the basic knowledge of the Paraiba Valley people about the illness. The<br />

results of the questionnaire were compared with other articles and authors. The<br />

data collected shows that the respondents don’t know the basic and necessary<br />

knowledge about Visceral leishmaniasis. Therefore, it’s necessary to strengthen<br />

health education for the population and professionals of the area about the<br />

illness. Then, it must increase visibility of disease and the week combat against<br />

the Visceral leishmaniasis, to be aware and accelerate treatment and diagnosis<br />

for the population.<br />

Palavras-chave: Leishmaniose visceral. Doença endêmica. Zoonoses. Vigilância<br />

epidemiológica. Leishmania chagasi<br />

Keywords: Visceral leishmaniasis. Endemic disease. Zoonotic diseases. Epidemic<br />

vigilance. Leishmania chagasi.<br />

22<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />

Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Introdução<br />

A Leishmaniose visceral é uma<br />

zoonose endêmica que está presente<br />

em todo território nacional. No Brasil,<br />

a doença afeta 3.500 pessoas por<br />

ano, sendo 200 cães a cada humano<br />

infectado(BOGIANI e OLIVEIRA, 2020).<br />

Apesar do número de infectados,<br />

mortes e programas de controle, a<br />

doença continua e é pouco conhecida<br />

pela população. A leishmaniose visceral<br />

é uma enfermidade de grande risco<br />

à saúde pública, que causa inúmeras<br />

mortes por ano.<br />

Os resultados obtidos mostram que a<br />

maior parte dos entrevistados ainda<br />

desconhecem assuntos relacionados à<br />

Leishmaniose Visceral. Sendo assim, é<br />

necessário aumentar a visibilidade da<br />

doença, fortalecer e/ou implementar<br />

medidas de educação em saúde, a fim<br />

de amenizar os problemas atuais em<br />

relação à doença (LUZ et al., 2017).<br />

Os métodos utilizados para<br />

desenvolver o artigo foram o<br />

levantamento bibliográfico para<br />

informar e concretizar sobre os<br />

aspectos e informações importantes<br />

sobre a doença. Além disso, foi feito<br />

um formulário no “Google forms”<br />

com 5 perguntas básicas sobre a<br />

Leishmaniose visceral, as quais foram<br />

respondidas pela população. Os<br />

resultados obtidos foram comparados<br />

com os de outros artigos e autores<br />

(RODRIGUES, SOUZA e SUZUKI, 2021).<br />

O artigo tem como principais objetivos<br />

conscientizar, informar e compartilhar<br />

dados e informações com a população<br />

sobre a desconhecida doença e trazer<br />

contribuições à comunidade científica.<br />

A fim de ressaltar a importância de<br />

saber mais sobre a Leishmaniose e<br />

prevenir-se contra a doença.<br />

Materiais e Métodos<br />

Foi realizado um levantamento<br />

bibliográfico em plataformas<br />

científicas como o Google Acadêmico,<br />

sites governamentais como Vigilância<br />

Sanitária para escrever as informações<br />

que constam no artigo, obtenção de<br />

dados através de 5 perguntas feitas<br />

no “Google forms” e comparação dos<br />

dados obtidos com os resultados de<br />

outros autores (BORGES et al., 2008).<br />

Pesquisa realizada de forma aleatória<br />

e voluntária em moradores do Vale do<br />

Paraíba (SP), com participantes não<br />

identificados conforme a Resolução<br />

510/2016 que diz: “pesquisa de<br />

opinião pública com participantes<br />

não identificados não necessitam de<br />

apreciação ética pelo CEP“, no qual<br />

referia-se aos conhecimentos básicos<br />

dos moradores em paralelo com<br />

a Leishmaniose visceral. Os dados<br />

coletados dos entrevistados estão<br />

sendo comparados com os resultados<br />

obtidos de outros artigos ou usando o<br />

material disponível para concretizar<br />

o estudo (RODRIGUES, SOUZA e<br />

SUZUKI, 2021).<br />

Parte Experimental<br />

A pesquisa realizada de forma<br />

aleatória e voluntária em moradores<br />

do Vale do Paraíba (SP), com<br />

participantes não identificados<br />

conforme a Resolução 510/2016<br />

que diz: “pesquisa de opinião<br />

pública com participantes não<br />

identificados não necessitam de<br />

apreciação ética pelo CEP“, no<br />

qual referia-se aos conhecimentos<br />

básicos dos moradores em paralelo<br />

com a Leishmaniose visceral. Os<br />

dados coletados das 5 perguntas<br />

presentes no formulário, estão sendo<br />

comparados com os resultados<br />

obtidos de outros artigos ou<br />

usando o material disponível para<br />

concretizar o estudo.<br />

24<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />

Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Vetor de transporte<br />

O principal vetor de transporte da<br />

doméstico, pois apresentam relações de<br />

proximidade com os seres humanos e<br />

eutanásia de cães contaminados,<br />

controle de cães errantes, vacinação<br />

Leishmaniose visceral no Brasil é o<br />

sua alta carga parasitária cutânea quando<br />

dos animais domésticos e tratamento<br />

Lutzomyia longipalpis, popularmente<br />

sintintomático. Fazendo com que sejam<br />

contra a carga parasitária.<br />

conhecido como mosquito-palha<br />

fundamentais para a disseminação<br />

ou birigui, na qual as fêmeas são<br />

da doença, dessa forma ameaçando a<br />

<strong>Ed</strong>ucação da população e dos<br />

responsáveis por transmitir o<br />

saúde pública nas áreas endêmicas. Os<br />

profissionais de saúde<br />

protozoário através da picada por<br />

cães contaminados pela doença podem<br />

<strong>Ed</strong>ucação em saúde é uma das<br />

busca de sangue em cães e pessoas. Os<br />

ou não sentir sintomas, entretanto<br />

principais formas de se combater a<br />

flebotomíneos vivem em sua maioria<br />

em ambos os casos continuam sendo<br />

propagação da Leishmaniose visceral,<br />

nas matas, contudo o desmatamento<br />

reservatórios do parasita.<br />

já que através dela que se facilita o<br />

e urbanização constante contribuíram<br />

acesso de informações da população<br />

para disseminação do mosquito para<br />

De acordo com Silva (2007), a<br />

em relação a doença, sendo assim<br />

as zonas urbanas.<br />

Leishmaniose visceral canina pode<br />

é possível realizar o tratamento<br />

causar alterações neurológicas como:<br />

e diagnóstico precoce, evitar a<br />

O flebotomíneo é atraído por matéria<br />

letargia, convulsões, mioclonias,<br />

propagação dos flebotomíneos<br />

orgânica em decomposição como:<br />

nistagmo, tremores, paralisia de<br />

por meio do manejo ambiental e<br />

fezes, folhas, frutas, e entulho.<br />

mandíbula, ptose labial, andar em<br />

resguardar os animais domésticos.<br />

Dessa forma, é necessário o manejo<br />

círculos, tetraparesia, rigidez raquial<br />

ambiental e limpeza urbana para<br />

e cervical. Além disso, o animal pode<br />

Atualmente, o Governo Federal não<br />

controlar a disseminação do inseto<br />

desenvolver: inflamação miningial<br />

incentiva nenhum programa de<br />

nas áreas urbanizadas.<br />

crônica, atrofia muscular, lesões<br />

educação em saúde de Leishmaniose<br />

osteolíticas e osteoproliferativas,<br />

visceral, todavia o Ministério da Saúde<br />

Reservatório canino<br />

pneumonia intersticial crônica e difusa.<br />

(2006) e Marcino et al. (2018) da<br />

A Leishmaniose visceral é uma<br />

Universidade Federal do Mato Grosso<br />

zoonose, na qual afeta humanos,<br />

Para evitar que o parasitária dissemine,<br />

do Sul realizam ou recomendam<br />

canídeos e marsupiais. Nas zonas<br />

é necessário tomar algumas medidas<br />

projetos que eduquem profissionais e<br />

urbanas, o principal reservatório é o cão<br />

em relação aos cães, tais como: a<br />

o resto da população.<br />

28<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />

Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Marcino et al. (2018) da Universidade<br />

Federal do Mato Grosso do Sul<br />

Já o Ministério da Saúde (2006)<br />

recomenda a educação em saúde<br />

Sintomas<br />

De acordo com o Ministério da Saúde<br />

realizam o projeto “LeishNão” que<br />

da população em conjunto com os<br />

(2021), os seguintes sintomas da<br />

visa educar a população do estado do<br />

profissionais da área da saúde através de:<br />

Leishmaniose visceral são: febre<br />

Mato Grosso do Sul. Alunos graduados<br />

divulgação à população sobre a ocorrência<br />

de longa duração, esplenomegalia,<br />

e pós-graduados dos diversos cursos<br />

da Leishmaniose visceral na região,<br />

hepatomegalia, anorexia, palidez,<br />

da área da saúde tem como objetivo<br />

alertando sobre os riscos e os serviços para<br />

anemia, astenia, fraqueza,<br />

realizar ações de educação em saúde,<br />

diagnóstico e tratamento; capacitação<br />

hemorragia, aumento do volume<br />

orientando a comunidade sobre a<br />

das equipes, englobando conhecimento<br />

abdominal e emagrecimento.<br />

prevenção da Leishmaniose visceral<br />

técnicos, os aspectos psicológicos e<br />

humana e canina. O projeto realiza<br />

a prática profissional em relação à<br />

Ao sentir qualquer um desses<br />

atividades educativas em saúde sobre<br />

doença e aos enfermos; utilização de<br />

sintomas, é fundamental que o<br />

as medidas profiláticas em escolas<br />

medidas profiláticas considerando o<br />

indivíduo procure por uma UBS para<br />

municipais e estaduais, em hospitais,<br />

conhecimento da enfermidade, atitudes<br />

realizar o diagnóstico e tratamento<br />

no Centro de Controle de Zoonoses<br />

e práticas da população, relacionando às<br />

da doença, o SUS oferece esses<br />

(CCZ), entre outros.<br />

condições de vida e trabalho das pessoas;<br />

serviços de forma gratuita e com<br />

estabelecimento de relação dinâmica<br />

qualidade. Além disso, é necessário<br />

Os alunos da universidade realizam<br />

entre o conhecimento do profissional e o<br />

alertar a ANVISA sobre a presença<br />

várias atividades lúdicas, como<br />

cotidiano das diferentes camadas sociais<br />

da doença na região, já que por ser<br />

teatro e jogos, feira de ciências,<br />

por meio da compreensão global do<br />

uma doença pertinente, significa<br />

palestras, entrega de cartilhas e<br />

processo saúde/doença, no qual intervêm<br />

que é uma enfermidade de grave<br />

folders informativos com a função<br />

fatores sociais, ambientais, econômicos,<br />

risco à saúde pública.<br />

de orientar sobre a prevenção e o<br />

políticos e culturais; realização das<br />

controle da Leishmaniose visceral.<br />

atividades de educação em saúde<br />

Diagnóstico sorológico<br />

Consequentemente, atinge pessoas de<br />

voltadas à Leishmaniose visceral dentro<br />

O diagnóstico sorológico é realizado<br />

todas as faixas etárias, de forma simples<br />

de um processo de educação continuada;<br />

através da presença dos anticorpos<br />

e informativa, fazendo com que a<br />

desenvolvimento de ações de educação<br />

anti Leishmania. Os anticorpos são<br />

população se interesse em aprender<br />

em saúde em conjunto com a população;<br />

a resposta imunológica contra<br />

sobre a importância da prevenção da<br />

realização de parcerias buscando a<br />

a doença, todavia se fazem<br />

doença (MARCINO et al. 2018).<br />

integração interinstitucional.<br />

ausentes ou quase em infecções<br />

30<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


assintomáticas. Além disso, é um<br />

método menos invasivo, apesar<br />

a técnica mais utilizada. É um teste<br />

rápido, fácil de execução e leitura,<br />

do fígado, baço, medula óssea<br />

(procedimento mais seguro) ou<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

da especificidade e sensibilidade<br />

sendo um pouco mais sensível e<br />

linfonodos (quando assintomático<br />

serem mais variáveis. Atualmente,<br />

um pouco menos específico que<br />

o número de linfonodos é muito<br />

as técnicas mais comuns são a<br />

a RIFI. Por ser um teste sensível,<br />

baixo). Através do material obtido<br />

RIFI, ELISA, DAT e FAST. (DE SOUZA<br />

acaba resultando na detecção de<br />

deve-se realizar um esfregaço,<br />

SILVA e WINCK, 2018; GONTIJO<br />

baixos de anticorpos, contudo é<br />

histologia, meios de cultura ou<br />

e MELO, 2004; MINISTÉRIO DA<br />

menos preciso na detecção de casos<br />

inoculação de animais de laboratório.<br />

SAÚDE, 2021).<br />

subclínicos ou assintomáticos.<br />

A microscópica é o teste “padrão ouro”<br />

para diagnosticar a Leishmaniose,<br />

RIFI:<br />

DAT:<br />

já que a especificidade é de 100%<br />

A reação imunológica indireta (RIFI)<br />

O Direct Aggglutination Test (DAT) é<br />

e a sensibilidade é de 80%, o que<br />

expressa o número de anticorpos<br />

uma técnica facilmente executável<br />

evita falsos negativos ou positivos.<br />

circulantes no organismo. Uma<br />

e de baixo custo, que consiste no<br />

Entretanto, a metodologia é invasiva,<br />

técnica de baixa especificidade e<br />

uso de promastigotas íntegras,<br />

podendo machucar ou arriscar a<br />

exige profissionais treinados para<br />

entretanto o controle de qualidade do<br />

vida do animal. (DE SOUZA SILVA e<br />

realizá-la, é uma reação dispendiosa<br />

antígeno e padronização do exame<br />

WINCK, 2018; GONTIJO e MELO, 2004;<br />

e não adaptada para estudos<br />

são complexas. O diagnóstico leva 18<br />

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).<br />

epidemiológicos em larga escala.<br />

horas para ficar pronto.<br />

Contudo, há limitações durante<br />

Os métodos moleculares também<br />

seu uso, já que é possível haver a<br />

FAST:<br />

podem ser utilizados para detectar<br />

ocorrência de reações cruzadas com<br />

O Fast Agglutination Screening Test<br />

os parasitos e monitorar o processo<br />

Leishmaniose tegumentar, doença de<br />

(FAST) é similar ao DAT, entretanto<br />

de cura pós tratamento. A técnica<br />

chagas, malária, esquistossomose e<br />

o tempo para ser finalizado é de<br />

molecular mais utilizada é a<br />

tuberculose pulmonar.<br />

3 horas, enquanto o DAT leva em<br />

Polymerase Chain Reaction (PCR).<br />

torno de 18 horas.<br />

Através dela é possível detectar o DNA<br />

ELISA:<br />

do parasita, a partir do sangue total,<br />

O teste rápido imunocromatográfico<br />

Diagnóstico parasitológico<br />

medula óssea, linfonodos, pele e<br />

expressa o número de anticorpos<br />

O diagnóstico parasitológico consiste<br />

raspado conjuntival (DE SOUZA SILVA<br />

presentes no soro e atualmente é<br />

na biópsia ou punção aspirativa<br />

e WINCK, 2018).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

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Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />

Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Diagnóstico molecular<br />

O diagnóstico molecular é uma<br />

O método de PCR em tempo real,<br />

técnica desenvolvida por Christian A.<br />

remédio é capaz de provocar regressão<br />

rápida das manifestações clínicas<br />

técnica de biologia molecular para<br />

detectar e identificar parasitos do<br />

gênero Leishmania, sem precisar<br />

isolar o parasita em uma cultura. O<br />

teste molecular ocorre através da<br />

reação em cadeia da polimerase<br />

(PCR), tem como base a amplificação<br />

de oligonucleotídeos que formam<br />

uma sequência conhecida do parasito.<br />

O diagnóstico pode ser realizado em<br />

diferentes amostras, tais como medula<br />

óssea, linfonodos, sangue, urina e<br />

pele. Sendo uma grande vantagem,<br />

já que torna o exame menos invasivo.<br />

Heid em 1996, pode ser usado para o<br />

diagnóstico da Leishmaniose visceral.<br />

O método consiste no monitoramento<br />

contínuo da amplificação do DNA do<br />

parasito, permitindo a quantificação<br />

dos parasitos por diferentes amostras.<br />

O PCR convencional apenas fornece<br />

resultados qualitativos, enquanto PCR<br />

em tempo real é capaz de fornecer<br />

uma gama de resultados refletindo a<br />

carga parasitária do animal (FARIA e<br />

ANDRADE, 2012).<br />

Tratamento<br />

e hematológicas da enfermidade,<br />

além de causar a esterilização da<br />

Leishmania. Contudo, devido às<br />

baixas dosagens e tratamentos<br />

descontínuos, o parasita tem<br />

tornado-se cada vez mais resistentes<br />

em relação às drogas. Ademais, são<br />

utilizados baixas dosagens devido à<br />

alta toxicidade do fármaco, durante<br />

28 dias, os dosamentos diários não<br />

devem passar de 20 mg.<br />

A anfotericina B é usada em<br />

tratamentos alternativos, no qual é<br />

A sensibilidade da PCR varia de<br />

acordo com a amostra utilizada<br />

na reação, bem como o iniciador<br />

usado. Em amostras de sangue total,<br />

apesar de ser uma das coletas menos<br />

invasivas, a sensibilidade mostra-se<br />

pior em relação aos outros tecidos.<br />

Os resultados falhos acontecem<br />

devido ao baixo número de parasitos<br />

O tratamento da Leishmaniose visceral<br />

pode ser realizado de forma gratuita<br />

no Sistema Único de Saúde (SUS).<br />

Os medicamentos não eliminam<br />

totalmente o protozoário do organismo,<br />

entretanto o ser humano não tem a<br />

mesma importância como reservatório,<br />

ao contrário do cão que se recomenda<br />

eutanásia nessas ocasiões (MINISTÉRIO<br />

possível retardar as manifestações<br />

clínicas e dar solução oportuna<br />

às infecções secundárias. Seu uso<br />

ocorre entre 30 a 40 dias, aplicando<br />

doses intravenosas de 15 a 20 mg<br />

de peso corporal. Contudo, é de<br />

alto custo e pode requerer semanas<br />

de hospitalização, exigindo uma<br />

rotina de acompanhamento clínico<br />

presentes no sangue. Outrossim, a<br />

DA SAÚDE, 2021).<br />

e laboratorial. Outrossim, é o<br />

PCR mostra-se mais eficaz no início<br />

tratamento mais utilizado na Índia,<br />

da infecção, posteriormente declina-<br />

O principal medicamento usado<br />

devido a resistência da população ao<br />

se pela metade.<br />

atualmente é o antimoniato, o<br />

antimoniato (DE SOUZA et al., 2012).<br />

32<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />

Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Medidas profiláticas<br />

As medidas profiláticas, são ações que<br />

Figura 1 - Gráfico de conhecimento sobre a existência da<br />

Leishmaniose visceral.<br />

Figura 2 – Gráfico de conhecimento sobre a eutanásia<br />

podem ser tomadas a fim de evitar e<br />

precaver que a doença se dissemine.<br />

As principais profilaxias contra a<br />

Leishmaniose visceral é o manejo<br />

ambiental, o qual é realizado através<br />

Fonte: Os autores, 2021.<br />

Fonte: Os autores, 2021.<br />

de algumas ações como: limpeza e<br />

Figura 3 - Gráfico de conhecimento das medidas profiláticas<br />

Figura 4 – Gráfico da presença de cães em residências<br />

manuetenção períodica dos quintais,<br />

retirada de matéria orgânica em<br />

decomposição; descartar o lixo<br />

orgânico adequadamente; limpeza<br />

do local de habitação do animal<br />

doméstico; uso de inseticidas; uso<br />

Fonte: Os autores, 2021.<br />

Fonte: Os autores, 2021.<br />

Figura 5 – Gráfico de cães vacinados<br />

de coleiras antiparasitárias; cultivo<br />

de cintronela ou neem, e por fim<br />

a vacinação do animal doméstico<br />

contra a doença (MINISTÉRIO DA<br />

SAÚDE, 2021; CALVA e CORREA,<br />

2020). Além disso, de acordo com<br />

RODRIGUES, SOUZA e SUZUKI (2021)<br />

a educação da população, controle<br />

químico do vetor e limpeza urbana,<br />

podem ser considerados como<br />

medidas profiláticas importantes.<br />

Resultado e Discussão<br />

Os resultados foram obtidos através<br />

de uma pesquisa realizada no<br />

“Google forms”, as respostas e dados<br />

adquiridos refletem o conhecimento<br />

básico populacional em paralelo à<br />

Leishmaniose visceral. (RODRIGUES,<br />

SOUZA e SUZUKI, 2021).<br />

Dos 100 respondentes do Vale<br />

do Paraíba, 41% conhecem a<br />

Leishmaniose visceral e 59% não<br />

conhecem. De acordo com Luz et<br />

Fonte: Os autores, 2021.<br />

at. (2008); 95,6% dos entrevistados<br />

de Rondonópolis sabiam da<br />

existência da doença, apesar de não<br />

apresentarem suas características de<br />

forma correta(Figura 1).<br />

38<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Dos 100 respondentes do Vale do<br />

Paraíba, 22% têm conhecimento<br />

são ausentes de cães. De acordo<br />

com o Ministério da Saúde (2021),<br />

De acordo com RODRIGUES, SOUZA<br />

e SUZUKI (2021) a figura 1, a maioria<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

que a eutanásia é realizada em cães<br />

no ambiente urbano, os cães são<br />

dos respondentes do Vale do Paraíba<br />

e gatos infectados, e 78% não<br />

os principais reservatórios da<br />

responderam que desconhecem<br />

tinham conhecimento sobre<br />

Leishmania chagasi, o protozoário<br />

a doença, enquanto na pesquisa<br />

o procedimento. De acordo com<br />

causador da Leishmaniose visceral<br />

feita por Luz et al. (2017) 95,6%<br />

Luz et al. (2017), no município de<br />

(Figura 4).<br />

dos entrevistados rondonopolitanos<br />

Rondonópolis - MS, cerca de 65,2%<br />

conhecem a Leishmaniose visceral e<br />

dos entrevistados conheciam a<br />

Dos 100 respondentes do Vale do<br />

Borges et al. (2008), afirma que os<br />

importância da eutanásia para o<br />

Paraíba, 36% dos entrevistados<br />

entrevistados belo-horizontinas têm<br />

controle das doenças (Figura 2).<br />

não têm cães, 37% dizem ter<br />

conhecimentos superficiais em relação<br />

seus cães vacinados contra a<br />

a enfermidade. Na figura 2,78% dos<br />

Dos 100 respondentes do Vale<br />

Leishmaniose visceral e 27%<br />

100 respondentes não conheciam a<br />

do Paraíba, 19% conhecem as<br />

não têm seus cães vacinados.<br />

importância da eutanásia como forma<br />

medidas profiláticas e 81%<br />

De acordo com o Ministério da<br />

de controle da doença, entretanto<br />

as desconhecem. De acordo<br />

Saúde (2021), a vacina é o método<br />

de acordo com Luz (2017), 65,2%<br />

com Borges et al. (2008), 77,8%<br />

mais eficaz para evitar a infecção por<br />

dos entrevistados rondonopolitanos<br />

dos entrevistados do estado do<br />

Leishmaniose visceral (Figura 5).<br />

conhecem a importância da eutanásia<br />

Maranhão, não sabiam como prevenir<br />

em cães infectados. Figura 3,81% dos<br />

a Leishmaniose visceral (Figura 3).<br />

Com base na leitura dos gráficos<br />

100 respondentes vale paraibanos<br />

sobre a Leishmaniose visceral,<br />

dizem desconhecer as medidas<br />

Dos 100 respondentes do Vale do<br />

é possível apontar algumas<br />

profiláticas contra a Leishmaniose<br />

Paraíba, 41% dos entrevistados<br />

questões para análises e discussões<br />

visceral, enquanto Borges et al. (2008),<br />

dizem ter 1 cão, 9% dizem ter<br />

mais elaboradas a respeito do<br />

afirma que 77,8% dos entrevistados<br />

2 cães, 3% afirmam ter 3 cães<br />

conhecimento populacional em<br />

maranhenses não sabem quais são as<br />

ou mais e 47% das residências<br />

relação à doença.<br />

medidas de prevenção contra a doença.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

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Autores: Diego Lourenço Rodrigues, Leonardo de Paula Souza, Luiz Felipe da Rocha<br />

Suzuki, Marco Aurélio Mendonça Novaes, Daniela Santos Silva.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

A partir da comparação feita com<br />

outros autores, é possível perceber<br />

que os resultados são semelhantes.<br />

Sugerindo que os resultados são<br />

um panorama nacional, os quais<br />

mostram que há prevalência<br />

no desconhecimento e falta de<br />

informações acerca da doença.<br />

Nesse sentido, o fato de a população<br />

ser leiga em relação ao assunto deve<br />

ser averiguado em todo o território<br />

nacional, já que a Leishmaniose<br />

visceral é endêmica na maioria das<br />

regiões brasileiras.<br />

Conclusão<br />

O trabalho desenvolvido centrouse<br />

nos conhecimentos básicos da<br />

população vale paraibana sobre<br />

a Leishmaniose visceral obtidos<br />

através de um questionário no<br />

“Google forms” e comparando<br />

seus resultados com os de outros<br />

artigos, além do levantamento<br />

bibliográfico para conscientizar e<br />

informar o leitor.<br />

A discussão introduzida no artigo<br />

aponta que grande parte da<br />

população desconhece a doença,<br />

suas medidas profiláticas e seus<br />

riscos. Sendo assim, é necessário<br />

que medidas governamentais<br />

sejam tomadas, para que a<br />

leishmaniose visceral tenha mais<br />

visibilidade e destaque, já que<br />

se trata de uma doença de grave<br />

risco à saúde pública. (RODRIGUES,<br />

SOUZA e SUZUKI, 2021).<br />

Agradecimento<br />

O desenvolvimento deste artigo<br />

contou com o suporte da instituição<br />

de ensino, da orientadora Daniela<br />

Santos e do coorientador Marco<br />

Aurélio Novaes, os quais foram<br />

importantes para realizar a escrita<br />

deste artigo científico. Essas<br />

pessoas ajudaram e orientaram<br />

durante momentos de dúvidas e<br />

impasses, dessa forma é possível<br />

dizer que também fazem parte<br />

deste grande projeto.<br />

Referência<br />

AGUIAR, Paulo Fernando; RODRIGUES, Raíssa Katherine. Leishmaniose<br />

visceral no Brasil: artigo de revisão. Unimontes Científica, v. 19, n. 1, p.<br />

191-204, 2017. Disponível em: http://ruc.unimontes.br/index.php/<br />

unicientifica/article/view/526. Acesso em: 16 set. 2021.<br />

BOGIANI, P; OLIVEIRA, R. Boletim epidemiológico da leishmaniose<br />

visceral no estado do Mato Grosso do Sul. Secretária de Estado<br />

de Saúde, 2020. Disponível em: https://www.vs.saude.ms.gov.<br />

br/wp-content/uploads/2020/08/Boletim-Epidemiológico-<br />

Leishmaniose-SE-32.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.<br />

BORGES, B. K. A. et al. Avaliação do nível de conhecimento e<br />

de atitudes preventivas da população sobre a Leishmaniose<br />

visceral em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cadernos<br />

de Saúde Pública, v. 24, p. 777-784, 2008. Disponível em:<br />

https://www.scielo.br/j/csp/a/7fhr4tjBNNT8qR4xgnnPsgS/<br />

abstract/?lang=pt. Acesso em: 17 ago. 2021.<br />

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.<br />

Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e<br />

controle da leishmaniose visceral / Ministério da Saúde, Secretaria de<br />

Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. –<br />

Brasília: <strong>Ed</strong>itora do Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: https://<br />

bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_<br />

leishmaniose_visceral.pdf. Acesso em: 17 set. 2021.<br />

CALVA, Catherine; CORREA, Tiago Gallina. LEISHMANIOSE VISCERAL:<br />

O USO DE COLEIRAS ANTIPARASITÁRIAS COMO MEDIDA PROFILÁTICA<br />

EM UMA REGIÃO DE TRANSMISSÃO. Anais do Salão Internacional de<br />

Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 12, n. 2, 2020. Disponível em: https://<br />

ei.unipampa.edu.br/uploads/evt/arq_trabalhos/21527/etp1_<br />

resumo_expandido_21527.pdf Acesso em: 20 set. 2021.<br />

DE SOUZA, Marcos Antônio et al. Leishmaniose visceral humana: do<br />

diagnóstico ao tratamento. <strong>Revista</strong> de Ciências da Saúde Nova Esperança,<br />

v. 10, n. 2, p. 62-70, 2012. Disponível em: http://revistanovaesperanca.<br />

com.br/index.php/revistane/article/view/410. Acesso em: 17 set. 2021.<br />

FARIA, Angélica Rosa; DE ANDRADE, Hélida Monteiro. Diagnóstico<br />

da Leishmaniose Visceral Canina: grandes avanços tecnológicos e<br />

baixa aplicação prática. <strong>Revista</strong> Pan-Amazônica de Saúde, v. 3, n.<br />

2, p. 11-11, 2012. Disponível em: http://revista.iec.gov.br/submit/<br />

index.php/rpas/article/view/901. Acesso em: 22 set. 2021.<br />

GONTIJO, Célia Maria Ferreira; MELO, Maria Norma. Leishmaniose<br />

visceral no Brasil: quadro atual, desafios e perspectivas. <strong>Revista</strong><br />

Brasileira de Epidemiologia, v. 7, n. 3, p. 338-349, 2004. Disponível<br />

em: https://www.scielo.br/j/rbepid/a/R8mCHPzNCQw6n4npxBRxCtt/<br />

abstract/?stop=next&lang=pt&format=html. Acesso em: 22 set. 2021.<br />

DE SOUSA SILVA, Cláudia Marina Hachmann; WINCK, Cesar<br />

Augustus. Leishmaniose visceral canina: revisão de literatura.<br />

<strong>Revista</strong> da Universidade Vale do Rio Verde, v. 16, n. 1,<br />

2018. Disponível: http://periodicos.unincor.br/index.php/<br />

revistaunincor/article/view/3383. Acesso em: 22 set. 2021.<br />

LUZ, J. G. G. et al. Percepções e conhecimentos populacionais sobre<br />

a Leishmaniose visceral em um município endêmico brasileiro. In:<br />

UFMT, IX Mostra da Pós-Graduação. 2017. Disponível em:https://<br />

eventosacademicos.ufmt.br/index.php/mostradaposgraduacao/<br />

ixmostra/paper/view/5131. Acesso em: 17 ago. 2021.<br />

M.S. - MINISTÉRIO DA SAÚDE. Leishmaniose visceral. Governo Federal,<br />

2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/<br />

saude-de-a-a-z/l/leishmaniose-visceral. Acesso em: 17 ago. 2021.<br />

ROGRIGUES, Diego Lourenço et al. Leishmaniose visceral, uma doença<br />

endêmica. Conhecer para prevenir. INIC JR. 2021. Acesso em: 30 set. 2021.<br />

SILVA, Francinaldo S. Patologia e patogênese da leishmaniose visceral<br />

canina. Rev Trop Cienc Agr Biol, v. 1, n. 1, p. 20-31, 2007. Disponível<br />

em:https://www.researchgate.net/profile/FrancinaldoSilva/<br />

publication/220000420_Patologia_e_patogenese_da_<br />

leishmaniose_visceral_canina/links/54610d070cf2c1a63bff7bdb/<br />

Patologia-e-patogenese-da-leishmaniose-visceral-canina.pdf.<br />

Acesso em: 21 set. 2021.<br />

40<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Kits RealStar® Malaria PCR Kit 1.0 e<br />

RealStar® Malaria Screen & Type PCR Kit 1.0<br />

Temos o prazer de compartilhar um estudo publicado no “Pan American Journal of Public Health”<br />

cujo tema é “Testes moleculares ultra-sensíveis para detecção de Plasmodium: aplicabilidade em<br />

programas de controle e eliminação e laboratórios de referência”, que foi desenvolvido utilizando os<br />

kits RealStar® Malaria PCR Kit 1.0 e RealStar® Malaria Screen & Type PCR Kit 1.0, ambos<br />

desenvolvidos pela altona Diagnostics.<br />

Kits RealStar®<br />

Malaria PCR Kit 1.0<br />

RealStar® Malaria<br />

Screen & Type PCR Kit 1.0<br />

Esse estudo foi realizado em 2019 e 2020, pela pesquisadora Dr. Silvia Maria<br />

Fatima Di Santi, junto com sua equipe de pesquisadores do Instituto de<br />

Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e<br />

seu objetivo é avaliar ferramentas de biologia molecular para detectar<br />

parasitemia de baixo nível e as cinco espécies de Plasmodium que infectam<br />

humanos, para utilização em programas de controle e eliminação e em<br />

laboratórios de referência.<br />

Acesse o link pelo QRcode<br />

e conheça o estudo:<br />

Para mais informações sobre os nossos produtos e para o portfólio completo,<br />

entre no nosso site www.altona-diagnostics.com, nos envie uma mensagem pelo e-mail vendas.brasil@altona-diagnostics.com e<br />

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www.altona-diagnostics.com


ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

RELAÇÃO DA VITAMINA D<br />

COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: REVISÃO DA LITERATURA<br />

RELATIONSHIP BETWEEN VITAMIN D AND SYSTEMIC LUPUS ERYTHEMATOSUS: LITERATURE REVIEW<br />

Autores:<br />

Karoline de Oliveira1, Allyne Cristina Grando1<br />

1 - Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas, RS, Brasil<br />

* Imagem ilustrativa * image: Freepik.com<br />

Resumo<br />

Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica,<br />

autoimune, caracterizada pela produção de autoanticorpos, que causam lesões<br />

em diversos órgãos e tecidos. A deficiência da vitamina D também é apontada<br />

como um dos fatores desencadeadores para o LES, visto que a literatura sugere<br />

que a vitamina D e seus análogos não só previnam o desenvolvimento de<br />

doenças autoimunes, como também podem ser utilizados no tratamento<br />

da doença. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura sobre a relação da<br />

vitamina D com o LES. Métodos: Foi realizada uma revisão da literatura<br />

através das plataformas SciELO, NCBI, PubMed, BVS, LILACS, nos idiomas<br />

português e inglês de 2009 a 2019. Resultados: Foi selecionado três<br />

estudos que comprovam as evidências sobre os benefícios da suplementação<br />

com a vitamina D. Conclusões: Apesar de haverem evidências científicas que<br />

mostram a associação da vitamina D com o LES, ainda é necessário que hajam<br />

mais estudos que comprovem esse fato.<br />

Palavras-Chave: doenças autoimunes, vitamina D, lúpus eritematoso<br />

sistêmico, tratamento e diagnóstico.<br />

Abstract<br />

Introduction: Systemic Lupus Eytematosus (SLE) is a chronic,<br />

autoimmune disease characterized by the production of autoantibodies,<br />

which cause damage to various organs and tissues. Vitamin D deficiency<br />

is also identified as one of the triggering factors for SLE, as the<br />

literature suggests that vitamin D and its analogues not only prevent<br />

the development of autoimmune diseases, but can also be used in the<br />

treatment of the disease. Objective: To carry out a literature review on<br />

the relationship of vitamin D with SLE. Methods: A literature review<br />

was performed using the SciELO, NCBI, PubMed, BVS, LILACS platforms,<br />

in Portuguese and English from 2009 to 2019. Results: Three studies<br />

were selected that prove the evidence on the benefits of supplementation<br />

with vitamin D. Conclusions: Although there is scientific evidence<br />

showing the association of vitamin D with SLE, there is still a need for<br />

more studies to prove this fact.<br />

Keywords: autoimmune diseases, vitamin D, systemic lupus erythematosus,<br />

treatment and diagnosis.<br />

42<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Introdução<br />

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é<br />

uma doença considerada autoimune,<br />

que causa inflamação em diferentes<br />

órgãos e apresenta anticorpos reativos<br />

a antígenos nucleares, citoplasmáticos<br />

e de membrana celular (1) . Embora<br />

a etiologia do LES ainda não esteja<br />

totalmente esclarecida, é sabido que<br />

a sua patogênese está associada<br />

tanto com predisposições genéticas<br />

quanto com influências ambientais,<br />

resultando em um desequilíbrio<br />

no sistema imunológico, levando<br />

à produção de autoanticorpos e<br />

(2)<br />

formação de imunocomplexos .<br />

Esses imunocomplexos depositamse<br />

em diversos tecidos do organismo,<br />

sendo responsáveis pela ativação de<br />

células do microambiente tecidual<br />

e células do sistema imune, que<br />

consequentemente, em cascata, liberam<br />

inúmeros mediadores inflamatórios,<br />

contribuindo para exacerbação da<br />

resposta inflamatória (3) .<br />

O LES apresenta-se como uma<br />

das doenças reumatológicas<br />

autoimunes mais frequentes na<br />

população (4) . A incidência mundial<br />

estimada é de aproximadamente<br />

22 casos novos para cada 100.000<br />

habitantes ao ano (5) . Embora possa<br />

ocorrer em qualquer faixa etária,<br />

a maior frequência é dada em<br />

indivíduos entre os 15 e 40 anos<br />

de idade (6) . Essa enfermidade é<br />

três vezes mais frequente em afroamericanos<br />

do que em brancos e<br />

dez vezes mais em mulheres (7) .<br />

Os critérios de classificação do LES<br />

são essenciais para a identificação<br />

de grupos relativamente<br />

homogêneos de pacientes para<br />

inclusão em pesquisas e ensaios<br />

(8)<br />

. Os critérios de classificação do<br />

American College of Rheumatology<br />

(ACR) proposto em 1982 e<br />

revisados em 1997, têm sido<br />

usados universalmente. Desde<br />

então, a compreensão da doença<br />

avançou (9) . Manifestações cutâneas<br />

específicas adicionais foram<br />

descritas, alguns sintomas clínicos<br />

foram melhor compreendidos e os<br />

testes imunológicos, como níveis<br />

diminuídos dos componentes<br />

do complemento sérico C3 e C4<br />

ou teste para anticorpos anti-β<br />

2 -glicoproteína I, entraram<br />

na prática clínica de rotina.<br />

Uma melhor compreensão<br />

acerca do envolvimento de<br />

sistemas de órgãos, bem como<br />

anormalidades mucocutâneas,<br />

levou a questionamentos sobre<br />

se alguns dos critérios contados<br />

independentemente eram de<br />

fato manifestações do mesmo<br />

fenômeno (10) .<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

43


Autoras: Karoline de Oliveira1, Allyne Cristina Grando1<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

A aplicação dos critérios de<br />

classificação de LES existentes têm<br />

melhor desempenho em pacientes<br />

com doença, de longa data do<br />

que nos casos de LES de início<br />

recente, e há um reconhecimento<br />

e demanda crescentes de que os<br />

indivíduos com LES inicial devem<br />

ser incluídos em estudos e ensaios<br />

clínicos (11) . Por tanto os critérios<br />

de classificação para o LES, com o<br />

apoio conjunto da Liga Europeia<br />

contra o Reumatismo (EULAR) e do<br />

American College of Rheumatology<br />

(ACR), foram revisados em 2019,<br />

para definir o diagnóstico e criou-se<br />

os vinte e três critérios, candidatos<br />

resultantes e organizados em 7<br />

domínios clínicos e 3 imunológicos,<br />

com agrupamento hierárquico,<br />

conforme descrito na Tabela 1 (12) .<br />

os específicos englobam o fator<br />

antinuclear fluorescente (FAN), a prova<br />

da célula Lúpus Eritematoso (LE) e os<br />

autoanticorpos específicos (destacandose:<br />

anti DNA, anti-Sm, antiRNP, anui- o,<br />

anti-La, anti-Histonas, anti-P, anticorpos<br />

anti-membrana e anti-fosfolípides) (15) .<br />

Comparado a outros testes<br />

imunológicos, o surgimento do FAN,<br />

um teste mais sensível e específico,<br />

tomou lugar da pesquisa de células<br />

LE, anteriormente utilizada como<br />

critério de diagnóstico em ampla<br />

escala<br />

(16)<br />

. Diante de diagnósticos<br />

muito prováveis, os autoanticorpos<br />

específicos requisitados inicialmente<br />

contribuem para avaliação<br />

da probabilidade de lesão de<br />

determinados órgãos. Estes podem<br />

ser solicitados também após o exame<br />

de FAN, o qual sugere a tipagem de<br />

antígenos acometidos, direcionando<br />

melhor a pesquisa laboratorial (17) .<br />

Diante de desfechos de casos de<br />

diagnósticos muito prováveis de<br />

LES, os autoanticorpos específicos<br />

Tabela 1: Definições dos Critérios de Classificação do Lúpus Eritematoso Sistêmico (2019).<br />

O dignóstico do Lúpus é realizado por<br />

meio de vários exames, porém deve-se<br />

levar em conta a história do indivíduo,<br />

além da associação necessária dos<br />

resultados de tetes laboratoriais<br />

(13)<br />

.<br />

Dentre esses testes inespecíficos,<br />

pode-se citar o hemograma, valor<br />

de hemossedimentação (VHS) e<br />

proteína C reativa (14) . Por sua vez,<br />

Fonte: Critérios de classificação do lúpus eritematoso sistêmico (LES) segundo o EULAR/ACR de 2019.<br />

44<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


equisitados inicialmente contribuem<br />

para avaliação da probabilidade de<br />

lesão de determinados órgãos. Estes<br />

podem ser solicitados também após o<br />

exame de FAN, o qual sugere a tipagem<br />

de antígenos acometidos, direcionando<br />

melhor a pesquisa laboratorial (18) .<br />

O controle da atividade da doença<br />

é realizado principalmente pelo uso<br />

de corticoides e imunossupressores,<br />

fármacos estes, que possuem vários<br />

efeitos colaterais, como por exemplo<br />

hipertensão arterial, diabetes,<br />

osteoporose e neoplasias, entre<br />

outros. Dessa forma, identificar e,<br />

até mesmo, predizer a atividade da<br />

doença é de extrema importância<br />

para um planejamento adequado do<br />

tratamento da doença (19) .<br />

O tratamento é realizado conforme<br />

a extensão e gravidade da doença,<br />

considerando os órgãos e sistemas<br />

acometidos. Estudos recentes têm<br />

evidenciado o papel da vitamina<br />

D no desenvolvimento de doenças<br />

autoimunes e tratamento destas (20) .<br />

Portanto, o objetivo deste trabalho foi<br />

realizar uma revisão da literatura sobre<br />

a relação da vitamina D com o LES.<br />

Metodologia<br />

Este estudo consistiu em uma revisão<br />

da literatura científica descritiva, onde<br />

a seleção dos materiais foi realizada<br />

através da busca em plataformas de<br />

bancos de dados, tais como: Scientific<br />

Eletronic Library Online (SciELO), US<br />

National Library of Medicine National<br />

Institutes of Health (NCBI/PubMed),<br />

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),<br />

Literatura Latino-Americana e do<br />

Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).<br />

Os descritores utilizados no estudo<br />

foram os seguintes: Doenças<br />

Autoimunes (Autoimmune Diseases),<br />

Vitamina D (D Vitamin), Lúpus<br />

Eritematoso Sistêmico (Systemic<br />

Lúpus Erythematosus), Tratamento<br />

(Treatment) e Diagnóstico (Diagnosis).<br />

Foram selecionadas publicações<br />

científicas que contemplassem o<br />

objetivo do presente estudo e que<br />

compreendessem o período dos<br />

últimos 12 anos. As informações que<br />

não tiveram significância para o estudo<br />

e foram descartadas. Também foram<br />

inseridos nos critérios de exclusão os<br />

artigos disponíveis em outros idiomas<br />

que não português e inglês.<br />

Vitamina D<br />

A atuação da Vitamina D em<br />

processos metabólicos é pesquisada<br />

desde o século XVII, e foi objeto<br />

do prêmio Nobel em 1938 para o<br />

químico alemão Adolf Otto Reinhold<br />

Windau. Atualmente são conhecidos<br />

aproximadamente quarenta e um<br />

metabólitos de Vitamina D, sendo o<br />

1,25-dihidroxicalciferol [1,25(OH)2D]<br />

um importante hormônio que<br />

atua como ligante para o fator de<br />

transcrição nuclear por meio do<br />

Receptor de Vitamina D (RVD), que<br />

regula a transcrição gênica e a função<br />

celular em diversos tecidos (21) .<br />

Na década de 1930, descobriu-se<br />

que a exposição da pele à luz solar e<br />

aos raios ultravioleta (UV) artificiais,<br />

era capaz de estimular a produção<br />

de vitamina D3 (colecalciferol) a<br />

partir da conversão de um precursor,<br />

o 7-deidrocolesterol (7-DHC ou<br />

provitamina D) (22, 23) . A luz UV de<br />

290 a 315 nm desencadeia clivagem<br />

fotoquímica e produz pré-vitamina<br />

D na membrana plasmática de<br />

queratinócitos e fibroblastos nas<br />

camadas basal e suprabasal da<br />

epiderme. Em aproximadamente 24<br />

horas, forma homodímeros, que se<br />

transformam em vitamina D12 (24, 25) .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

45


Autoras: Karoline de Oliveira1, Allyne Cristina Grando1<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Conforme a Figura 1, a Síntese da 1,25<br />

(OH) vitamina D. O 7-deidrocolesterol<br />

(7- DHC), por ação da luz ultravioleta e<br />

do calor, isomeriza-se em colecalciferol<br />

na pele. É então transportado<br />

ao fígado, onde sofre ação da<br />

25-hidroxilase, transformando-se<br />

em 25- hidroxivitamina D 25(OH)-D.<br />

Quando essa moleculas chega ao rins,<br />

pode tanto transformar-se na forma<br />

ativa quanto inativa desse hormônio<br />

pela ação da 1-alfa- hidroxilase ou<br />

24,25-hidroxilase, respectivamente (26) .<br />

Figura 1: Síntese da 1,25(OH)vitamina D<br />

Metabolismo da Vitamina D<br />

A vitamina D, ou colecalciferol, é um<br />

hormônio esteroide, cuja principal<br />

função consiste na regulação da<br />

homeostase do cálcio, formação e<br />

reabsorção óssea, através da sua<br />

interação com as paratireoides, os<br />

rins e os intestinos (27) . É produzida,<br />

de forma endógena, nos tecidos<br />

cutâneos após a exposição solar, bem<br />

como obtida pela ingesta de alimentos<br />

específicos ou por suplementação<br />

(28)<br />

. Os receptores de vitamina D<br />

estão presentes em vários tipos<br />

celulares e, nos últimos anos, várias<br />

ações não calcêmicas da vitamina<br />

D estão sendo estudadas. Como por<br />

exemplo, o sistema imunológico,<br />

ciclo celular e neoplasias, gônadas,<br />

sistema cardiovascular, sistema<br />

musculoesquelético, controle do<br />

metabolismo glícidico e cérebro (29,30) .<br />

Fonte:(GALVÃO et al, 2013)<br />

46<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Autoras: Karoline de Oliveira1, Allyne Cristina Grando1<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Existem duas formas de vitamina<br />

D: a vitamina D2 e a vitamina D3.<br />

A segunda provém de duas fontes:<br />

síntese cutânea em seres humanos<br />

e ingesta de alimentos de origem<br />

animal, como peixes com alto teor de<br />

gordura, como salmão, cavala e atum,<br />

assim como gema de ovo e óleo de<br />

peixe. A vitamina D2 é produzida por<br />

plantas, como cogumelos expostos<br />

a raios UV (31,32) . A Vitamina D obtida<br />

através da dieta é absorvida no<br />

intestino delgado, no fígado e no<br />

sistema linfático, sendo transportada,<br />

em sua maior parte, pela proteína<br />

ligada à Vitamina D (DBP, vitamin D<br />

binding protein) e outra pequena<br />

parte pela albumina, conforme a<br />

Figura 2 ao lado (33,34) .<br />

A ação clássica da 1,25(OH)2 D é a<br />

regulação do metabolismo do cálcio<br />

e fósforo por meio do controle dos<br />

processos de absorção intestinal<br />

e reabsorção renal desses íons,<br />

mantendo-os em concentrações<br />

plasmáticas suficientes para<br />

assegurar a adequada mineralização<br />

e o crescimento ósseo em crianças e<br />

adolescentes e a saúde óssea global<br />

em todas as etapas da vida. Entretanto,<br />

Figura 2: Metabolismo da Vitamina D<br />

Fonte: Alves, 2012<br />

a quase universal distribuição da<br />

Vitamina D receptor (VDR) nas células<br />

do organismo humano e a presença<br />

ativa de cálcio no duodeno e absorção<br />

passiva no jejuno. A absorção ativa é<br />

regulada pelo estímulo à expressão<br />

da CYP27B1 em vários tipos celulares de proteínas responsáveis pela<br />

mostram que a 1,25(OH)2 D está captação do cálcio pelos enterócitos<br />

envolvida em uma ampla gama de (TRPV5 e TRPV6), de proteínas<br />

funções envolvendo a homeostase<br />

sistêmica (35) .<br />

envolvidas no transporte intracelular<br />

do cálcio (calbindina) e dos canais<br />

de membrana ATP-dependentes<br />

Entre os principais órgãos-alvo da<br />

1,25(OH)2 D estão o intestino e os rins,<br />

integrantes do sistema de controle<br />

para extrusão do cálcio para o fluido<br />

extracelular. No jejuno, esse hormônio<br />

estimula a expressão de paracelinas,<br />

do metabolismo osteomineral, proteínas intercelulares que formam<br />

sobretudo do cálcio e fósforo. Nas canais por onde o cálcio é transferido<br />

células endoteliais do intestino, a passivamente por gradiente de<br />

1,25(OH)2 D estimula a absorção concentração (36) .<br />

48<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Ação da Vitamina D Sobre o<br />

Sistema Imunológico<br />

Estudos têm relacionado a deficiência<br />

de vitamina D com várias doenças<br />

autoimunes, incluindo diabetes melito<br />

insulinodependente (DMID), esclerose<br />

múltipla (EM), doença inflamatória<br />

intestinal (DII), Lúpus Eritematoso<br />

Sistêmico (LES) e artrite reumatoide<br />

(AR) (37) . A vitamina D parece interagir<br />

com o sistema imunológico através<br />

de sua ação sobre a regulação e a<br />

diferenciação de células como linfócitos,<br />

macrófagos e células natural killer<br />

(NK), além de interferir na produção de<br />

citocinas in vivo e in vitro (38) .<br />

De maneira geral, o efeito da<br />

Vitamina D no sistema imunológico<br />

se traduz em aumento da imunidade<br />

inata associada a uma regulação<br />

multifacetada da imunidade<br />

adquirida. Um estudo randomizado<br />

controlado por placebo, realizado<br />

em 2013, concluiu que a ingestão<br />

de vitamina D (2000 UI/dia por 12<br />

meses) em pacientes com lúpus<br />

erite- matoso sistêmico, melhorou os<br />

níveis de marcadores inflamatórios e<br />

hemostáticos e reduziu a atividade da<br />

doença. Os autores concluíram que<br />

o efeito benéfico da vitamina D no<br />

em pacientes com LES e com<br />

envolvimento renal e lesões cutâneas<br />

fotossensíveis (42) . Baixos níveis séricos<br />

de Vitamina D podem, ainda, estar<br />

relacionados com outros fatores<br />

como o envolvimento renal, que pode<br />

favorecer a hipovitaminose D, pois<br />

a hidroxilação da vitamina em sua<br />

forma ativa, que ocorre no rim, pode<br />

ser interrompida na doença renal (43) .<br />

A deficiência de vitamina D parece<br />

estar associada à atividade do LES<br />

em parte devido à desregulação no<br />

balanço na produção de citocinas. A<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

lúpus eritematoso sistêmico pode ser<br />

fotossensibilidade e a recomendação<br />

Nos linfócitos, as principais ações da<br />

vitamina D são a alteração na secreção<br />

de citocinas pró inflamatórias, como<br />

a diminuição de Interferon-Gama<br />

(IFN-ϒ) e a Interleucina-2 (IL-2),<br />

bloqueando assim o principal sinal de<br />

retroalimentação das células dendríticas,<br />

gerando uma diminuição da capacidade<br />

de apresentação de antígenos aos<br />

linfócitos e diminuição da ativação<br />

e expansão clonal dos linfócitos. Ao<br />

mesmo tempo, ela aumenta a produção<br />

de IL-4, IL-5 e IL-10, e gera uma<br />

mudança de fenótipo T helper 1(Th1)<br />

para T helper 2(Th2), o que leva a uma<br />

maior tolerância imunológica (39) .<br />

devido à sua capacidade de expandir<br />

as células T reguladoras e à sua<br />

capacidade de reduzir a frequência de<br />

células Th1, células Th17, linfócitos B e<br />

autoanticorpos (40) .<br />

Ações da Vitamina D sobre o<br />

Lúpus Eritematoso Sistêmico<br />

Pacientes com LES tem demonstrado<br />

maior prevalência de deficiência<br />

de Vitamina D em comparação<br />

com indivíduos portadores de<br />

outras doenças reumatológicas (41) .<br />

Níveis críticos de Vitamina D foram<br />

encontrados de forma mais frequente<br />

do uso de protetor solar, e outras<br />

medidas para menor exposição ao<br />

sol, podem favorecer a diminuição da<br />

síntese cutânea da vitamina D (44) .<br />

Ensaios in vitro mostraram que<br />

a suplementação de Vitamina D<br />

diminui a anomalias características do<br />

LES (45) . Sugere-se que as alterações<br />

imunológicas causadas pelo déficit<br />

de Vitamina D possam levar a uma<br />

diminuição da tolerância imunológica,<br />

permitindo o desenvolvimento de<br />

doença autoimune em indivíduos<br />

geneticamente predispostos (46) .<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

49


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Autoras: Karoline de Oliveira1, Allyne Cristina Grando1<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Portanto, embora a suplementação e<br />

o tratamento possam ser feitos com<br />

ambos os metabólitos da vitamina D,<br />

deve-se dar preferência para a vitamina<br />

D3 pelas vantagens sobre a manutenção<br />

de concentrações mais estáveis. (47) .<br />

Atualmente, os métodos ideais para<br />

dosagem de 25(OH)D3 são os baseados<br />

na cromatografia líquida de alta<br />

eficiência (HPLC) ou na espectrometria<br />

de massa em sequência, acoplada à<br />

cromatografia líquida (LC-MS/MS) (48) .<br />

Na prática, porém, os imunoensaios<br />

automatizados são os métodos<br />

mais comumente utilizados pelos<br />

laboratórios clínicos. Esse método<br />

dosa concomitantemente as vitaminas<br />

25(OH)D2 e 25(OH)D3. Já o HPLC<br />

e a espectrometria de massa têm<br />

a capacidade de distinguir as duas<br />

formas, fornecendo resultados distintos<br />

para cada uma das frações (49) .<br />

O nível sérico ideal de 25(OH)D3<br />

ainda não é consensual na literatura.<br />

Em teoria, o nível ótimo de vitamina<br />

D seria aquele necessário para manter<br />

o paratormônio em níveis adequados.<br />

A queda da absorção de cálcio pelo<br />

intestino gera uma redução da<br />

concentração plasmática, o que ativa<br />

os receptores sensíveis a cálcio da<br />

membrana da paratireoide, liberando<br />

PTH e aumentando a expressão do<br />

gene de PTH (50) .<br />

A Tabela 2 apresenta os níveis<br />

séricos relacionados ao status de<br />

25- hidroxivitamina D atualmente<br />

considerados para adultos, crianças<br />

e gestantes. A maioria dos autores<br />

considera que os níveis séricos de<br />

25-hidroxivitamina D devam ser maiores<br />

que 20 ng/mL (50 nmol/l), mas alguns<br />

têm recomendado níveis mais elevados,<br />

acima de 30 ng/mL (75 nmol/l) ou<br />

mesmo 30 ng/mL (100 nmol/l) (51) .<br />

Não existem, ainda orientações<br />

oficiais para a dosagem específica<br />

de suplementação de Vitamina D<br />

nos pacientes portadores de LES. O<br />

American College of Rheumatology<br />

recomenda uma ingestão diária de<br />

800-1000 UI apenas para pacientes<br />

Figura 2: Metabolismo da Vitamina D<br />

que estão iniciando o uso dos<br />

glicocorticóides. Porém, o uso dessa<br />

medicação pode interferir na absorção<br />

da Vitamina D, sendo necessárias doses<br />

diárias mais elevadas para que se tenha<br />

uma suplementação eficaz (52) .<br />

Os dados apresentados na tabela 3<br />

integram os resultados dos artigos<br />

revisados, inclusive autores, ano de<br />

publicação, local da pesquisa, tamanho<br />

da amostra do estudo, dose, duração da<br />

suplementação e principais desfechos.<br />

Observou- -se que os ensaios clínicos<br />

foram feitos em diferentes países. As doses<br />

de suplementação de vitamina D variaram<br />

de 400 UI a 50.000 UI e a duração da<br />

intervenção foi de 12 semanas a um ano.<br />

Um estudo de Abou-Raya et al. (2013)<br />

utilizou 2.000 UI de colecalciferol por<br />

via oral ao dia em um grupo controle<br />

e placebo em outro grupo durante12<br />

meses, o resultado foi o aumento<br />

Fonte: HOLICK, 2007; HOLICK et al, 2011; ROSS et al, 2011; BAILEY et al, 2013.<br />

52<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


dos níveis de vitamina D no grupo<br />

suplementado e melhoria significativa<br />

nos níveis de marcadores inflamatórios<br />

e hemostáticos, bem como no escore<br />

da atividade da doença medida pelo<br />

Sledai (SystemicLupus Erythematosus<br />

Disease Activity Index), no qual os<br />

pacientes com deficiência de vitamina<br />

D tinham pior escore Sledai (53) .<br />

Tabela 3: Síntese dos estudos avaliados quanto ao efeito de suplementação da<br />

vitamina D nos pacientes com LES.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Durante 24 semanas Lima et al.<br />

(2016) mediram os níveis séricos de<br />

25 (OH) D e avaliaram a atividade<br />

da doença e a fadiga para receber<br />

a suplementação de colecalciferol<br />

oral, 50.000 UI/semana ou placebo.<br />

No primeiro grupo que recebeu a<br />

suplementação observou-se eficácia<br />

na diminuição da atividade da doença<br />

e melhora da fadiga em pacientes com<br />

LES juvenil. A atividade da doença foi<br />

avaliada com o Sledai e a fadiga<br />

foi avaliada com o escore de baixa<br />

intensidade, durante o exercício e<br />

no médio esforço, mostrando- se<br />

diminuída após a suplementação (54) .<br />

No estudo de Reynolds et al. (2016)<br />

a suplementação de colecalciferol<br />

oral (400.000 UI seguido por<br />

20.000 UI semanal) em pacientes<br />

com deficiência de vitamina D<br />

modulou positivamente a função<br />

endotelial nos indivíduos com<br />

LES estável, independentemente<br />

da atividade da doença. Essas<br />

observações apoiam um papel para<br />

a vitamina D na melhoria da saúde<br />

cardiovascular, que reduz o risco<br />

dessa enfermidade no LES (55) .<br />

Conclusão<br />

Evidências sugerem que a vitamina<br />

D tem um importante papel no sistema<br />

imunológico e, provavelmente na<br />

prevenção das doenças imunomediadas.<br />

Consequentemente os níveis séricos<br />

baixos de vitamina D têm relação<br />

em várias doenças autoimunes, em<br />

especial o LES. Com base nos artigos<br />

analisados, concluiu-se que existem<br />

evidências científicas que mostram a<br />

associação da vitamina D com o LES,<br />

mas é necessário que hajam mais<br />

estudos que comprovem esse fato,<br />

a fim de mostrar que a vitamina D<br />

pode contribuir tanto para prevenção<br />

quanto para tratamento da doença.<br />

Por tanto outros estudos ainda<br />

são necessários para determinar<br />

os riscos e benefícios da reposição<br />

de vitamina D, quando e em quais<br />

pacientes mensurar a 25(OH)D, os<br />

valores de referência para considerar<br />

a deficiência/insuficiência, as ações<br />

clínicas a serem tomadas, podendo,<br />

assim, oferecer melhor qualidade<br />

de vida aos pacientes com LES,<br />

possibilitando maior segurança no<br />

curso de seu tratamento.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

53


ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

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54<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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GESTÃO LABORATORIAL<br />

MERCADO DAS ANÁLISES CLÍNICAS:<br />

QUE FUTURO ESPERAR?<br />

Por Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Este artigo, de certa forma, é uma<br />

sequência do publicado em março<br />

de 2022, intitulado “Breve análise<br />

comportamental do mercado das<br />

análises clínicas”. Decorreu de<br />

um webinar onde apresentei um<br />

pequeno estudo sob o impacto<br />

econômico causado pela COVID<br />

19 nos laboratórios clínicos, bem<br />

com suas repercussões posteriores.<br />

Ao responder perguntas, dúvidas<br />

de participantes do evento, notei<br />

que as respostas constituíam<br />

uma continuação natural do<br />

tema “Mercado”, fato gerador do<br />

presente artigo. Resguardando a<br />

individualidade pessoal, fiz uma<br />

síntese das questões levantadas<br />

pelo público: a pandemia trouxe a<br />

oportunidade de ampliar o mercado<br />

com novos clientes e médicos<br />

assistentes, contudo, junto, vieram<br />

também, NOVOS CONCORRENTES,<br />

por exemplo, farmácias e clínicas<br />

médicas. Isto está causando impacto<br />

significativo no mercado. Ainda,<br />

os laboratórios, em geral, fizeram<br />

investimentos consideráveis para<br />

atender estes novos clientes, com<br />

necessidades específicas. Então,<br />

após o fim da pandemia, que riscos<br />

e como agir quando cessarem os<br />

benefícios financeiros decorrentes<br />

da pandemia? Adicionalmente, qual<br />

a importância dos laboratórios de<br />

apoio e a repercussão da alteração<br />

gradual na forma de atuação destes<br />

antes, durante e após pandemia?<br />

Ainda, como serão os novos tempos<br />

com a chegada da inflação em<br />

patamares consideráveis, gerando<br />

cenários que a nova geração de<br />

profissionais nunca vivenciou?<br />

Finalmente, qual será o novo perfil<br />

de demanda dos exames? Que<br />

acontecerá com as contas médicas?<br />

Minha opinião sobre estas questões,<br />

portanto, sujeita a falhas e qualquer<br />

tipo de crítica, é relatada conforme<br />

tópicos a seguir.<br />

• Após a euforia financeira proveniente<br />

da elevada margem de contribuição<br />

dos exames relativos a COVID-19, está<br />

chegando, usando um eufemismo,<br />

uma síndrome de abstinência.<br />

Nesta, fica evidente, de uma forma<br />

geral, que os investimentos feitos<br />

para atender a demanda de exames<br />

gerada pela pandemia, elevou o<br />

grau de alavancagem operacional<br />

dos laboratórios, evidenciando um<br />

desequilíbrio entre a capacidade<br />

instalada e a força de trabalho frente<br />

ao “novo” mercado pós-covid 19. Isto<br />

gerou um “novo” ponto de equilíbrio,<br />

uma “nova” margem de segurança,<br />

uma “nova” margem de contribuição,<br />

uma “nova” competitividade, enfim,<br />

um “novo” risco de insolvência. Esta<br />

situação é preocupante, tendo em<br />

vista que a pandemia incentivou,<br />

acelerou a entrada no mercado<br />

das análises clínicas, de “novos”<br />

concorrentes: farmácias, clínicas<br />

médicas, laboratórios de apoio com<br />

56<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


desvios de funções etc., bem como<br />

o incremento e diversificação dos<br />

pelo contrário, deve continuar a ser<br />

praticado, até com mais veemência,<br />

existir. Por ela é que os clientes<br />

serão fidelizados nestas empresas,<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

testes rápidos e autotestes. Tudo<br />

fazendo mais do mesmo, todavia,<br />

que deverão ter competência para<br />

isto facilitado por brechas ou falhas<br />

a atenção dos gestores precisa se<br />

manter os referidos diferenciais<br />

na legislação vigente, bem como<br />

voltar para fora da organização, para<br />

ao longo do tempo, do contrário,<br />

impulsionado pela grande mídia que<br />

o “novo” mercado, fazendo agora<br />

não sobreviverão. Estes são os<br />

apoiava abertamente a realização<br />

algo a mais, gerando, por assim dizer,<br />

atributos que devem estar presentes<br />

massiva dos testes nas farmácias<br />

um “novo” modelo de laboratório,<br />

nos “laboratórios metaverso”.<br />

em detrimento aos laboratórios,<br />

que convencionei chamar de<br />

Neles, todos os seus processos<br />

num evidente desprestígio à<br />

“LABORATÓRIO<br />

METAVERSO”.<br />

estão corretamente identificados,<br />

qualidade dos exames. Tudo em<br />

Neste, será necessária a imersão na<br />

metrificados por itens de controles<br />

nome do atendimento emergencial<br />

“nova” realidade do mercado. Não<br />

e verificação (indicadores de<br />

da população, fato, de certo modo,<br />

existe mais espaço para lamentações,<br />

desempenho) estabelecidos nas<br />

compreensível, contudo, muito<br />

para a terceirização da solução<br />

dimensões pertinentes da qualidade<br />

prejudicial aos laboratórios. A<br />

dos problemas dos laboratórios,<br />

total, com metas determinadas<br />

pandemia pode estar passando,<br />

buscar a culpa destes, nos outros,<br />

pela concorrência, fundamentando<br />

entretanto, os “novos” concorrentes<br />

teimando em identificar todas as<br />

todo o planejamento estratégico<br />

vieram para ficar e, com eles, uma<br />

causas somente como conjunturais.<br />

de forma competitiva. Ainda, em<br />

“nova” maneira de recepcionar,<br />

É imprescindível uma gestão<br />

cada processo estarão identificados<br />

coletar e produzir exames. Esta<br />

econômica e financeira<br />

seus clientes (internos e externos),<br />

“nova” realidade, catalisada pela<br />

profissional. Não basta investir<br />

fornecedores, responsáveis e forma<br />

ameaça da volta da inflação, vai<br />

unicamente na gestão técnica, ela<br />

de monitoramento dos resultados.<br />

exigir dos laboratórios clínicos uma<br />

é um atributo mandatório. É como<br />

Em suma, deve-se girar o ciclo<br />

transformação radical. Sobreviverão<br />

voar para os aviões, é o mínimo<br />

PDCA de gestão, incansavelmente,<br />

os que perceberem isto e tiverem<br />

que se exige deles, isto nos aviões e<br />

com resiliência, determinação,<br />

a capacidade de se adaptar mais<br />

companhias aéreas é como exames<br />

obstinação, SEMPRE! Não há outra<br />

rapidamente às mudanças no<br />

exatos e precisos nos laboratórios,<br />

forma para enfrentar as “novas”<br />

mercado. O modelo de gestão<br />

configuram a essência da existência<br />

exigências do mercado: uma<br />

focado nos custos está exaurindo sua<br />

destas organizações. A vantagem<br />

“nova” maneira de recepcionar,<br />

capacidade como solução em gestão.<br />

competitiva está na qualidade<br />

coletar e produzir exames, a não<br />

Não que deva ser abandonado,<br />

dos serviços agregados à razão de<br />

ser com competência total.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

57


GESTÃO LABORATORIAL<br />

• Praticamente, a demanda já retomou<br />

aos níveis normais da pré-pandemia,<br />

conforme os perfis de solicitação<br />

anteriormente existentes. Pode-se<br />

notar uma diferença no que tange<br />

aos exames de controle dos efeitos da<br />

COVID 19 bem como das vacinas, tais<br />

como D dímero, fibrinogênio, DHL,<br />

ferritina etc. O impacto está descrito<br />

minuciosamente no tópico anterior.<br />

• Laboratório de apoio é<br />

que nem impostos. Não há o<br />

que discutir sobre a necessidade<br />

deles. São imprescindíveis aos<br />

laboratórios de pequeno e médio<br />

porte, sem os quais, não poderiam<br />

atender ao diversificado menu de<br />

exames que a evolução tecnológica<br />

produz cada vez mais rapidamente.<br />

Somente concentrando grandes<br />

os pequenos e médios laboratórios<br />

podem atender as necessidades dos<br />

seus clientes e, ainda, serem viáveis.<br />

Dito isto, todavia, é fundamental<br />

abordar o outro lado da equação.<br />

Lembrem-se que comparei os<br />

laboratórios de apoio aos impostos,<br />

assim como estes são necessários<br />

ao funcionamento do Estado e,<br />

por conseguinte, da sociedade<br />

• A queda brusca no número de<br />

exames demandados nos primeiros<br />

tempos da pandemia, correlacionase<br />

com o pânico gerado na<br />

população. Esta tinha medo de se<br />

deslocar pela cidade, bem como<br />

de entrar em um laboratório, onde,<br />

provavelmente estaria repleto de<br />

pessoas, em princípio, supostamente<br />

contaminadas pela COVID 19. Este fato<br />

aliado as determinações emanadas<br />

das autoridades públicas no sentido<br />

de serem vetados os procedimentos<br />

eletivos, sendo privilegiados<br />

somente urgências e emergências,<br />

foram os fatores determinantes para<br />

redução na procura por exames<br />

ambulatoriais. No caso de clínicas de<br />

imagem, não tenho dados suficientes<br />

para avaliar o impacto nas receitas<br />

dessas organizações durante o<br />

período da COVID 19.<br />

demandas é possível manter um<br />

parque produtivo atualizado.<br />

Os investimentos exigidos são<br />

de grande monta, ainda que, o<br />

volume de exames concentrado<br />

nos laboratórios de apoio justifique<br />

contratos favoráveis em termos<br />

de operações tipo aluguel,<br />

comodato, leasing e outros. Não<br />

só em equipamentos o ganho<br />

de escala ocorre, mas, também<br />

em todos os tipos de insumos:<br />

reagentes, controles, calibradores,<br />

consumíveis, descartáveis etc.,<br />

bem como minimizando as<br />

perdas. Isto garante o poder de<br />

barganha e explica a viabilidade<br />

do apoio, “ganhando pouco de<br />

muitos”, proporcionando preços<br />

efetivamente reduzidos, além de um<br />

amplo menu de exames. Resulta que<br />

em geral, os laboratórios de apoio<br />

são imprescindíveis ao “cluster”<br />

das análises clínicas. Não há o que<br />

discutir sua existência, porém,<br />

há muito o que debater na<br />

sua forma de operação! Neste<br />

quesito, atualmente está ocorrendo<br />

uma ruptura na equação justa do<br />

funcionamento do mercado. Não<br />

custa lembrar que do mercado<br />

é que advém a tão desejada e<br />

imprescindível RECEITA que<br />

sustenta qualquer modalidade<br />

de negócio. Desnecessário se faz<br />

dissertar sobre a importância<br />

da receita. Pois bem, da nobre e<br />

inquestionável razão de existir dos<br />

laboratórios de apoio, ou seja, sua<br />

missão de viabilizar o atendimento<br />

da necessidade da população em<br />

ter acesso a exames especializados,<br />

58<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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GESTÃO LABORATORIAL<br />

os ditos “esotéricos”, através da<br />

capilaridade dos pequenos e médios<br />

laboratórios espalhados por todas as<br />

regiões, inclusive as mais longínquas<br />

do País, que recepcionam, coletam<br />

e despacham as amostras, até a<br />

própria razão de existirem como<br />

alternativas de investimento<br />

para os grandes empresários, os<br />

laboratórios de apoio estão<br />

mudando radicalmente sua<br />

forma de atuação no mercado.<br />

De uma missão inicial nobre, estão<br />

se tornando predadores dos que<br />

lhes sustentaram até então, desde<br />

o seu nascimento, quando eram<br />

dependentes dos pequenos e médios<br />

laboratórios até os tempos atuais,<br />

onde, num processo autofágico,<br />

estão matando quem os alimentou<br />

e sustentou quando ainda eram<br />

bebês frágeis e necessitados de<br />

“apoio”. Porém, hoje está tudo<br />

mudando, e, quem sustentou no<br />

passado, está sendo simplesmente,<br />

gradualmente, descartado. Mas,<br />

quem disse que o mundo é justo?<br />

A ganância é um dos vícios do<br />

egoísmo, sendo este, a origem<br />

de todos os males da decadência<br />

moral da humanidade. O algoz é<br />

implacável e, podendo, subtrai<br />

sem piedade os parcos clientes<br />

dos pequenos e médios<br />

laboratórios, que no passado<br />

foram a base do seu sustento<br />

empresarial. Como? De todas as<br />

formas possíveis, desde em clínicas,<br />

simulacros de laboratórios, passando<br />

por concorrência direta de porta, até<br />

quaisquer lojas que se disponham<br />

a agendar coletas de exames.<br />

Ainda, contam com a ajuda de<br />

muitos dos pequenos e médios<br />

laboratórios, que num primeiro<br />

momento são seduzidos, cooptados<br />

com tabelas privilegiadas (até<br />

laboratórios de hospitais estão<br />

terceirizando suas rotinas!) e, não<br />

percebem que, com o passar do<br />

tempo, vão perdendo seus próprios<br />

clientes para o leviatã mimético.<br />

Quando se derem conta, talvez,<br />

seja tarde demais. Reforçando tudo<br />

o que foi dito, existe um efeito<br />

colateral terrível, decorrente<br />

dos preços baixos praticados<br />

pelos laboratórios de apoio.<br />

Trata-se do seguinte fato: os<br />

pequenos e médios laboratórios<br />

continuam, em princípio,<br />

produzindo “in house” a rotina, e<br />

terceirizando os “especializados”,<br />

com custos muito baixos, segundo<br />

as tabelas oferecidas pelos apoios.<br />

Isto é público, de conhecimento<br />

notório, inquestionável, e serviu<br />

para manter os custos de produção<br />

(custos variáveis, marginais), de<br />

uma forma geral, sob controle, nos<br />

últimos anos. Até então, tudo bem,<br />

mas, causou uma repercussão<br />

nefasta no mercado, na medida<br />

que os grandes compradores de<br />

exames, ou seja, os convênios<br />

e clientes institucionais de uma<br />

forma geral, usam este fato para<br />

justificar a contenção e até a<br />

redução dos valores pagos pelos<br />

exames. Ignoram ou esquecem<br />

eles por conveniência, todos os<br />

custos fixos enfrentados pelos<br />

pequenos e médios laboratórios.<br />

Estes são os mais relevantes<br />

em valores absolutos e ocorrem<br />

fazendo ou não exames, com pouca<br />

ou nenhuma receita. Ainda, tais<br />

custos estão sendo inflacionados<br />

de forma implacável, inclusive<br />

os chamados “chapa branca”,<br />

controlados pelo Governo.<br />

Esquecem os convênios que<br />

transferem para os preços dos<br />

60<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


planos pagos pelos usuários,<br />

percentuais muito acima da inflação<br />

(caso dos planos empresariais).<br />

Isto é facilmente comprovado<br />

fazendo uma comparação nos<br />

últimos dez anos. Mas, e os<br />

pequenos e médios laboratórios,<br />

como ficam nesta situação?<br />

Com raríssimas exceções, não<br />

conseguem atualizar pela<br />

inflação, os valores recebidos.<br />

Muito antes, pelo contrário, não<br />

é raro serem chamados para<br />

reduzirem os valores pagos<br />

pelos convênios. Estes, usam<br />

que argumento? Exatamente os<br />

baixos valores das tabelas dos<br />

apoios! Este comportamento faz<br />

parte dos “novos” tempos do<br />

mercado, da “nova” maneira<br />

de recepcionar, coletar e<br />

produzir exames. Repito,<br />

somente laboratórios padrão<br />

“Metaverso” deverão sobreviver.<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

CONCLUSÃO:<br />

Não canso de repetir, de uma coisa eu tenho certeza, se não fizermos o BÁSICO, o MÍNIMO QUE SE ESPERA, que é<br />

uma GESTÃO ECONÔMICA PROFISSIONAL, não teremos grandes chances de vislumbrar um futuro auspicioso. Os<br />

laboratórios são alternativas de investimentos, portanto, devem ser geridos de forma profissional, por especialistas<br />

na área (afinal, quem faz implante dentário com um ferreiro?) e com suporte tecnológico às decisões. Não há<br />

alternativa honesta possível a não ser gestão baseada em evidências científicas. Esperando termos<br />

contribuído para os negócios na área das análises clínicas, nos despedimos até a próxima edição da revista NewsLab.<br />

Boa sorte e sucesso!<br />

Humberto Façanha<br />

51-99841-5153<br />

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Desafios econômicos durante e pós pandemia?<br />

Humberto Façanha<br />

TEMOS A SOLUÇÃO AO ALCANCE DOS LABORATÓRIOS:<br />

Sistema de gestão profissional para<br />

identificar problemas, causas e soluções<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

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GESTÃO PROFISSIONAL ACESSÍVEL<br />

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*Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />

da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />

(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />

do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),<br />

curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />

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61


PUBLIEDITORIAL<br />

EM DESTAQUE<br />

EUROLABPOLARIS: A CONECTIVIDADE<br />

ENTRE TECNOLOGIA E EXPERTISE HUMANA INOVANDO O DIAGNÓSTICO<br />

POR IMUNOFLUORESCÊNCIA<br />

O Software EUROLAB Polaris é o<br />

mais recente desenvolvimento da<br />

EUROIMMUN e consiste em uma<br />

plataforma que conecta laboratórios<br />

de diferentes localidades com uma<br />

central para avaliação de testes de<br />

imunofluorescência indireta (IIFT).<br />

O sistema permite que laboratórios<br />

que realizam os testes possam enviar<br />

de forma segura e rastreável para uma<br />

central onde especialistas em IIFT terão<br />

acesso as imagens para avaliação dos<br />

padrões de marcação fluorescente.<br />

Os resultados classificados são então<br />

disponibilizados para o laboratório<br />

solicitante.<br />

• Oferece maior flexibilidade<br />

permitindo a entrada de resultados<br />

independentemente do local<br />

• Possui codificação segura e<br />

rastreabilidade total de dados para<br />

todo processo de transferência de<br />

dados entre os diferentes locais,<br />

garantindo a integridade de dados<br />

• Permite maior padronização<br />

de diagnósticos de IIFT devido à<br />

avaliação centralizada dos dados por<br />

especialistas selecionados<br />

• Oferece acesso seguro e flexível a<br />

todos os dados e ao respectivo status<br />

de avaliação via navegador da web a<br />

qualquer momento e de qualquer local<br />

• Aumenta a eficiência: melhor<br />

planejamento do fluxo de trabalho<br />

com identificação de amostras<br />

urgentes, relatórios IFT agrupados<br />

e divisão de trabalho cooperativo<br />

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reduzir a logística de transporte das<br />

amostras entre os laboratórios e a<br />

mobilidade de especialistas<br />

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armazenamento digital de dados de IIFT,<br />

bem como transmissão de resultados<br />

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62 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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sua localização geográfica.<br />

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MATÉRIA DE CAPA<br />

DB TOXICOLÓGICO INAUGURA SEDE<br />

EXCLUSIVA COM CAPACIDADE DE MAIS DE UM MILHÃO<br />

DE EXAMES MENSAIS.<br />

Laboratório faz parte do complexo DB Diagnósticos, localizado em Sorocaba-SP.<br />

O DB Diagnósticos é uma empresa com 11<br />

anos de mercado e líder no segmento de<br />

apoio laboratorial. Ao longo dos anos, a<br />

empresa, que tem sua matriz na cidade<br />

de Curitiba - PR, ampliou os negócios e<br />

descentralizou o laboratório para mais<br />

duas unidades que funcionam nas cidades<br />

de Sorocaba - SP e Recife - PE, ambas<br />

espelhadas na matriz e estrategicamente<br />

localizadas para atender a todo o país.<br />

Além dessas, a empresa também dedicou<br />

laboratórios separados e exclusivos por áreas<br />

de especialização. Hoje, o DB conta com o<br />

DB Molecular, em São Paulo - SP, que se<br />

dedica aos testes de alta complexidade,<br />

envolvendo Genética, Biologia Molecular<br />

e Citogenética. O DB Patologia, na cidade<br />

de Sorocaba-SP, conta com uma unidade<br />

exclusiva para o processamento de<br />

análises patológicas. Com prédio próprio e<br />

um corpo clínico de médicos patologistas<br />

especializados nas mais diversas<br />

patologias clínicas, a sede é especializada<br />

em testes de Anatomopatologia, Citopatologia,<br />

Imuno-Histoquímica e Patologia Molecular. E<br />

agora, a nova sede do DB Toxicológico, na mesma<br />

cidade, compõe o complexo DB Diagnósticos.<br />

Ao todo, o DB realizou mais de 120 milhões<br />

de exames no ano de 2021 e já começou o<br />

ano quebrando seus próprios recordes. No<br />

mês de março, o laboratório bateu a marca<br />

de 13 milhões de testes em um único mês e<br />

a perspectiva é fazer muito mais.<br />

Além do lançamento do DB Toxicológico,<br />

o grupo já anunciou outras duas sedes de<br />

análises clínicas, na cidade de Aparecida de<br />

Goiânia-GO e em Contagem-MG. O intuito<br />

é atender com mais rapidez aos clientes<br />

próximos dessas regiões e expandir a<br />

capacidade produtiva.<br />

64<br />

DB Toxicológico www.dbtoxicológico.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


NOVA INFRAESTRUTURA<br />

O setor do DB Toxicológico já existia dentro da<br />

empresa, bem como a marca dele. Mas agora<br />

ganhou uma unidade própria. Foram mais de R$<br />

25 milhões investidos no novo empreendimento,<br />

inaugurado em abril deste ano.<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Localizada próxima aos principais aeroportos<br />

do país, a unidade terá capacidade produtiva<br />

de mais de um milhão de exames por mês,<br />

abrangendo a Toxicologia Forense, que<br />

analisa drogas terapêuticas e drogas de<br />

abuso, e as análises ocupacionais, clínicas e<br />

de metais, oferecendo um extenso menu<br />

de exames. Tudo isso em uma área de<br />

mais de 5.000m², a maior dentro deste<br />

segmento no país.<br />

“Quando a gente fala em infraestrutura,<br />

logo pensamos em prédios grandes<br />

e equipamentos robustos. O novo DB<br />

Antonio Fabbron, diretor-geral do DB Diagnósticos.<br />

Nova sede do DB Toxicológico em Sorocaba – SP<br />

Toxicológico é assim, mas não é só isso.<br />

Há vários elementos que compõem<br />

a construção do negócio: um time de<br />

profissionais qualificados e especializados,<br />

como médicos, biomédicos, farmacêuticos,<br />

biólogos, químicos e técnicos experientes<br />

em Toxicologia, formando equipes à frente<br />

do atendimento, do comercial e da área<br />

técnica”, diz Antonio Fabbron, diretor-geral<br />

do grupo DB Diagnósticos.<br />

O laboratório fica inserido em um modelo<br />

de mercado de terceirização de exames.<br />

Com isso, consegue atender ao cliente<br />

em nível nacional. São mais de 6.000<br />

clientes em todo Brasil. O DB Toxicológico<br />

fornece os kits para coleta, a logística,<br />

a análise completa e um sistema de<br />

liberação de laudo integrado ao sistema<br />

do cliente e ao DETRAN. “Temos um fluxo<br />

complexo para alinhar. Desde o cliente lá<br />

na ponta, no posto de coleta, até o nosso<br />

laboratório. São muitas áreas envolvidas”,<br />

reforça o diretor, que conta que o serviço<br />

do exame laboratorial não termina<br />

no laudo final. “Há ainda o apoio do<br />

marketing, do jurídico e do comercial, que<br />

traz um relacionamento contínuo com o<br />

nosso parceiro”, finaliza. A empresa ainda<br />

colabora com a capacitação dos parceiros,<br />

fornecendo cursos e treinamentos<br />

gratuitos, por meio da Universidade<br />

Corporativa do DB - UniDB.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

DB Toxicológico www.dbtoxicológico.com.br<br />

65


MATÉRIA DE CAPA<br />

TOXICOLÓGICO DE LARGA JANELA<br />

DE DETECÇÃO<br />

Desde o ano de 2016, os Exames de toxicologia<br />

de larga janela de detecção aumentaram de<br />

demanda exponencialmente. Isso porque o<br />

exame que detecta o hábito de consumo<br />

de drogas passou a ser exigido por lei.<br />

Aprovada em março daquele mesmo ano,<br />

a Lei n. 13.103 ordenou que motoristas<br />

profissionais, classificados nas carteiras<br />

de habilitação C, D e E realizassem o teste<br />

na renovação da CNH, em mudanças de<br />

categoria, no momento da retirada da<br />

primeira habilitação e ao contratar ou<br />

dispensar motoristas profissionais.<br />

Com o objetivo de reduzir os acidentes de<br />

trânsito e propor melhorias trabalhistas<br />

aos profissionais, o projeto demonstrou ser<br />

promissor logo nos primeiros anos, com<br />

resultados positivos. Em apenas alguns anos<br />

com a lei em vigor, uma nova atualização foi<br />

Tobias Thabet Martins, diretor-comercial do DB Diagnósticos.<br />

proposta: uma redução do prazo do teste.<br />

Agora, ele é exigido a cada dois anos e meio<br />

para grande parte dos trabalhadores, a<br />

depender da idade do motorista.<br />

De olho na necessidade do mercado, o DB<br />

Toxicológico expande e investe pesado em<br />

novas tecnologias, na capacidade produtiva e no<br />

capital humano. Segundo o diretor-comercial<br />

Tobias Martins, a nova unidade pretende suprir<br />

Antes, o exame era realizado na renovação da essa demanda, cumprindo as exigências<br />

CNH, a cada 5 anos. Esse prazo também sofreu<br />

legislativas. “O DB Toxicológico tem um<br />

compromisso grande com o Brasil.<br />

alteração para grande parte dos motoristas,<br />

Afinal, moramos em um país vasto,<br />

passando a ser exigida somente a cada 10 anos.<br />

em que o transporte depende dos<br />

motoristas profissionais de caminhão.<br />

O nosso serviço faz parte desse ciclo.<br />

Por isso, priorizamos qualidade e<br />

entrega. É o que precisamos ter para<br />

fazer tudo funcionar”, diz o diretor.<br />

Martins ainda explica que o processo<br />

de análise de pelos e cabelos são todos<br />

certificados pelo INMETRO (ISO 17.025).<br />

“Para nós, o teste toxicológico do cabelo é<br />

um grande desafio. Realizamos exames de<br />

todas as áreas, como Genética, Análises<br />

Clínicas, Patologia entre outras. Mas o<br />

toxicológico nos exige um outro olhar.<br />

Lidamos com pessoas que precisam do<br />

teste em dia para trabalhar em um ofício<br />

essencial para o país”, finaliza o diretor.<br />

66<br />

DB Toxicológico www.dbtoxicológico.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


TECNOLOGIA DE ÚLTIMA GERAÇÃO<br />

Para dar conta da demanda que não para<br />

de crescer, o DB Toxicológico investiu em<br />

equipamentos de última geração, como é o caso<br />

da Phytronix, da Luxon. Uma máquina que<br />

consegue processar 180.000 amostras<br />

por mês. Com isso a capacidade de<br />

produção aumenta em 200%.<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

“A nova tecnologia não traz só ganhos nos<br />

prazos, qualidade elevada e competividade no<br />

mercado. Devido à alta capacidade analítica,<br />

este equipamento será explorado para validações<br />

de analitos que expandirão a gama de exames<br />

fornecidos pelo Setor de Toxicologia Forense,<br />

Ocupacional e Ambulatorial”, explica o gerentegeral<br />

do DB Toxicológico, Polinércio Casarini.<br />

MUITO MAIS QUE O TESTE DO CABELO<br />

Além da Toxicologia Forense, a unidade<br />

do DB Toxicológico também conta com a<br />

Toxicologia Ocupacional, um setor dedicado<br />

para análises ocupacionais, análises clínicas e<br />

marcadores tumorais.<br />

Os ensaios realizados são regidos pela Norma<br />

Regulamentadora nº 7, Programa de Controle<br />

Médico de Saúde Ocupacional (NR-7/PCMSO),<br />

e a Portaria nº 24 da Secretaria de Segurança<br />

e Saúde no Trabalho, de 29 de dezembro<br />

de 1994, que estabelecem os parâmetros<br />

Polinércio Casarini, gerente-geral do DB Toxicológico.<br />

biológicos para o controle da exposição<br />

a agentes químicos em trabalhadores de<br />

diversos segmentos da indústria.<br />

“Há muitos agentes químicos envolvendo<br />

processos industriais. Uma vez que o trabalhador<br />

faz parte dessas empresas, ele está sujeito à<br />

contaminação, seja por chumbo, arsênio, ou<br />

cádmio por exemplo. Quando em níveis elevados,<br />

essa exposição pode levar a doenças e sequelas<br />

sérias no corpo humano. Por isso, o controle<br />

deve ser realizado com rigidez”, explica Maria<br />

Clara Sampaio, Coordenadora Operacional da<br />

Toxicologia do DB Toxicológico.<br />

São diversos agentes químicos localizados em<br />

fábricas de borracha, petroquímicas, metalúrgicas,<br />

entre outras.<br />

A Coordenadora ainda reforça que com o<br />

controle adequado da exposição, as chances de<br />

efeitos maléficos ao corpo humano são mínimas.<br />

Portanto, o importante é manter o controle<br />

conforme as exigências trabalhistas e manter a<br />

saúde e qualidade de vida dos trabalhadores.<br />

Com o novo complexo do DB Toxicológico, as duas<br />

áreas da Toxicologia ganham ainda mais espaço<br />

para atender à demanda, com qualidade e agilidade<br />

que nossos clientes merecem e precisam.<br />

Acesse e conheça o novo DB Toxicológico.<br />

Maria Clara Sampaio - Coordenadora Operacional da Toxicologia do DB Toxicológico.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

DB Toxicológico<br />

www.dbtoxicológico.com.br<br />

DB Toxicológico www.dbtoxicológico.com.br<br />

67


NEUROCIENCIA EM FOCO<br />

COMO A GENÉTICA PODE INTERFERIR<br />

NO TRANSTORNO POR USO DE PSICOATIVAS<br />

Nos dias atuais diversos tipos de vícios são estudados pelos especialistas, entre eles, aqueles que são provocados pelas substâncias psicoativas.<br />

Diante disso, ficou comprovado que existe, sim, uma relação constante entre as substâncias psicoativas e os vícios.<br />

Por: Dr. Fabiano de Abreu<br />

A genética e os vícios<br />

Os vícios são um conjunto diversificado<br />

de doenças comuns e complexas<br />

que estão, até certo ponto, ligadas<br />

por fatores etiológicos genéticos<br />

e ambientais compartilhados.<br />

Frequentemente são crônicos, com<br />

curso recidivante e remitente. O vício<br />

também pode ser considerado com<br />

um dos transtornos psiquiátricos<br />

recorrentes crônicos, caracterizados<br />

pelo uso compulsivo e descontrolado<br />

de uma droga ou atividade, com<br />

resultados desadaptativos e<br />

destrutivos. Embora o uso de agentes<br />

aditivos seja voluntário, o vício leva à<br />

perda do controle.<br />

A motivação para o comportamento<br />

de busca de drogas é inicialmente<br />

impulsionada pela impulsividade e<br />

recompensa positiva. No entanto,<br />

quando o diagnóstico é feito,<br />

uma mudança neuroadaptativa<br />

potencialmente irreversível ocorreu -<br />

mudanças que eram evitáveis em um<br />

ponto inicial da trajetória da doença.<br />

Segundo Barbanti, a identificação de<br />

genes que são centrais para a resposta<br />

a drogas e neuroadaptação também<br />

está sendo alcançada por meio de<br />

estudos em modelos animais de<br />

vertebrados e invertebrados de circuitos<br />

neuroanatômicos e redes moleculares<br />

celulares que são cruciais nos vícios.<br />

Herança de vícios: é possível?<br />

Sim! É possível. Evidências de<br />

estudos de família, adoção e gêmeos<br />

convergem sobre a relevância dos<br />

fatores genéticos no desenvolvimento<br />

de vícios, incluindo SUDs e jogos de<br />

azar. As estimativas de herdabilidade<br />

são geralmente mais altas para<br />

dependência do que para uso de<br />

substâncias; no entanto, “nenhum uso<br />

de drogas patológicas” e “início do uso”<br />

também são hereditários, indicando<br />

que as influências genéticas também<br />

desempenham um papel na iniciação.<br />

No entanto, as influências genéticas e<br />

ambientais que modulam o risco de<br />

SUDs mudam no desenvolvimento<br />

e ao longo da vida. Uma possível<br />

explicação para isso é que à medida<br />

que amadurecem, as pessoas têm<br />

cada vez mais latitude para moldar<br />

suas escolhas e ambientes sociais,<br />

aumentando assim a importância<br />

relativa do genótipo. Outra explicação<br />

é que alguns fatores genéticos são<br />

importantes apenas após a exposição<br />

repetitiva a agentes aditivos.<br />

Genes contribuem na<br />

vulnerabilidade aos vícios<br />

Um gene pode contribuir para a<br />

vulnerabilidade ao vício de várias<br />

maneiras. Uma proteína mutante<br />

(ou níveis alterados de uma proteína<br />

normal) pode alterar a estrutura ou o<br />

funcionamento de circuitos cerebrais<br />

específicos durante o desenvolvimento<br />

ou na idade adulta. Esses circuitos<br />

cerebrais alterados podem alterar a<br />

capacidade de resposta do indivíduo<br />

à exposição inicial à droga ou às<br />

adaptações que ocorrem no cérebro<br />

após a exposição repetida à droga.<br />

Da mesma forma, os estímulos<br />

ambientais podem afetar a<br />

vulnerabilidade ao vício, influenciando<br />

esses mesmos circuitos neurais. Talvez<br />

combinar abordagens genéticas com<br />

fenótipos definidos de forma mais<br />

restrita facilitaria a identificação de<br />

genes de vulnerabilidade ao vício.<br />

Autor:<br />

Dr. Fabiano de Abreu<br />

Sobre o Dr. Fabiano de Abreu<br />

PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura<br />

em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem,<br />

Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do<br />

Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de<br />

Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa e Intertel, associação de pessoas de alto QI e especialista<br />

em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.<br />

68<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


MEDICINA GENÔMICA<br />

GWAS: ESTUDOS DE ASSOCIAÇÃO GENÔMICA AMPLA<br />

Estudos de associação genômica ampla (GWAS) são métodos matemáticos que identificam associações entre<br />

regiões genômicas e traços fenotípicos.<br />

Por: Nágela G. Safady<br />

Os estudos de genética permitiram<br />

entender que diferentes características<br />

observadas nos organismos estão<br />

associadas ao nosso material genético.<br />

Com o avanço no conhecimento, novas<br />

ferramentas são desenvolvidas para<br />

desvendar os segredos do genoma.<br />

Uma das ferramentas que revolucionou<br />

a ciência nos últimos anos é conhecida<br />

como GWAS, sigla em inglês para<br />

estudos de associação genômica<br />

ampla. Esses estudos já permitiram<br />

identificar milhares de regiões do DNA<br />

associadas à susceptibilidade a doenças<br />

e ao entendimento de características<br />

genéticas complexas.<br />

O que são GWAS?<br />

Genome Wide Association Studies<br />

(GWAS) são métodos matemáticos<br />

que identificam associações entre<br />

regiões genômicas e traços fenotípicos<br />

e é utilizado principalmente no estudo<br />

de doenças.<br />

Em suma, GWAS se baseia na<br />

hipótese de que um traço comum<br />

entre indivíduos está associado a uma<br />

variação genética comum entre estes<br />

indivíduos. Ou seja, esses estudos<br />

levam em consideração a similaridade<br />

genética entre indivíduos que dividem<br />

a mesma característica.<br />

Nesse sentido, certas variantes genéticas<br />

são encontradas com maior frequência<br />

em pessoas que apresentam o fenótipo<br />

do que pessoas que não apresentam.<br />

Como GWAS funciona?<br />

Para realizar o GWAS, primeiramente<br />

indivíduos são selecionados de acordo<br />

com a caraterística de interesse. Por<br />

exemplo, pessoas com Alzheimer,<br />

com depressão ou que desenvolveram<br />

algum tipo específico de câncer. Do<br />

mesmo modo, o estudo também pode<br />

ser realizado dentro de populações,<br />

como indivíduos de um determinado<br />

país, ou também entre familiares.<br />

Após selecionar o fenótipo desejado, o<br />

DNA dos indivíduos que apresentam a<br />

característica de interesse é comparado<br />

aos indivíduos que não apresentam,<br />

chamados de controle.<br />

Uso de marcadores SNP em GWAS<br />

A variação entre regiões genômicas<br />

no estudo de associação é analisada<br />

principalmente através de marcadores<br />

SNP, sigla em inglês para polimorfismo<br />

de nucleotídeo único, ou seja, alteração<br />

de um só nucleotídeo em uma<br />

sequência de DNA. Além de serem<br />

amplamente distribuídos pelo genoma,<br />

esses marcadores representam a maior<br />

colaboração para a variabilidade genética,<br />

em uma frequência de uma ocorrência<br />

a cada 1000 pares de base. SNPs são<br />

amplamente utilizados em diferentes<br />

organismos para identificar variantes de<br />

genes relacionados a doenças e outras<br />

características de interesse.<br />

Principais técnicas de<br />

genotipagem<br />

A genotipagem dos indivíduos<br />

analisados em estudos GWAS pode ser<br />

realizada em duas principais formas:<br />

• SNP Array: é uma técnica capaz de<br />

detectar alterações genéticas em todo<br />

o genoma em um único ensaio. Nesse<br />

método é realizada a hibridização de<br />

70<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


fragmentos de DNA de fita simples em<br />

matrizes (array) contendo centenas<br />

de milhares de sonda (probes) com<br />

sequencias exclusivas de nucleotídeos.<br />

Cada sonda é desenvolvida para se<br />

ligar a uma sequência alvo de DNA.<br />

Após a hibridização, é utilizado<br />

um equipamento que mensura a<br />

intensidade do sinal de cada sonda e<br />

seu DNA alvo. A intensidade do sinal<br />

depende da quantidade de DNA alvo<br />

na amostra e a afinidade entre o alvo<br />

e a sonda. Com esse ensaio é possível<br />

detectar duplicação ou deleção de<br />

nucleotídeos, variação no número de<br />

cópias gênicas (CNVs), entre outros.<br />

• Sequenciamento de genoma<br />

completo (WGS): técnica que sequencia<br />

o genoma completo dos indivíduos<br />

em um só ensaio. WGS permite maior<br />

quantidade de informação sobre o<br />

genoma do que SNP array.<br />

Desequilíbrio de ligação<br />

Independente da técnica de<br />

genotipagem utilizada, GWAS<br />

analisa até milhões de SNPs para<br />

encontrar regiões do genoma<br />

relacionados com uma doença ou<br />

outro traço importante. O sucesso<br />

do GWAS usando SNPs como<br />

marcadores genéticos em parte<br />

depende do Desequilíbrio de ligação<br />

(LD) como um conceito de população.<br />

LD é uma propriedade que se refere<br />

ao grau em que um alelo de um SNP<br />

é herdado ou correlacionado com um<br />

alelo de outro SNP dentro de uma<br />

população. LD é importante para<br />

GWAS, pois permite a identificação<br />

de marcadores genéticos que<br />

marcam as variantes causais reais<br />

para doenças humanas complexas.<br />

Correções estatísticas<br />

Como dito anteriormente, nesse<br />

estudo é esperado que variantes<br />

associadas a característica de interesse<br />

apareçam em maior quantidade no<br />

grupo de indivíduos que apresentam<br />

a característica do que o controle.<br />

Os resultados obtidos no GWAS<br />

requerem rígidas correções estatísticas<br />

para evitar associações erradas entre<br />

variantes e as características. O P-value,<br />

por exemplo, indica a significância<br />

da diferença na frequência do alelo<br />

testado entre casos e controles, ou<br />

seja, a probabilidade de que o alelo<br />

esteja associado à característica. A<br />

seleção de um limiar (threshold) de<br />

significância estatística apropriada em<br />

GWAS é fundamental para diferenciar<br />

os verdadeiros positivos dos falsos<br />

positivos e falsos negativos.<br />

Além disso, cada SNP gera uma razão<br />

de probabilidade (Oddis Ratio- OD),<br />

que representa o tamanho do efeito<br />

da variante para a característica, ou<br />

seja, quanto é o efeito do alelo sobre<br />

o fenótipo.<br />

Na maioria dos casos, os resultados<br />

obtido em GWAS são demonstrados<br />

em um gráfico de Manhattan. Esse<br />

gráfico tem no eixo vertical (y) log10<br />

do P-value e a posição dos SNPs<br />

(cromossomos) no eixo horizontal<br />

(x). Cada ponto representa um SNP<br />

analisado e os pontos mais altos,<br />

que estão acima do threshold,<br />

são referentes aos SNPs que são<br />

significantemente associados ao<br />

fenótipo analisado, chamados de hits.<br />

GWAS no estudo de câncer<br />

Como GWAS é uma das ferramentas<br />

mais eficazes da atualidade para<br />

associar doenças a variantes, o método<br />

vem sendo amplamente utilizado para<br />

encontrar regiões do genoma que estão<br />

associadas com a susceptibilidade ao<br />

câncer. Alguns dos muitos exemplos de<br />

estudos que conquistaram resultados<br />

interessantes foram:<br />

Pulmão: Pesquisadores identificaram<br />

18 regiões de câncer de pulmão nos<br />

quais múltiplas mutações gênicas<br />

(OFBC1 e RTEL1) associadas à função dos<br />

telômeros apresentam efeito na indução<br />

de adenocarcinoma de pulmão;<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

71


MEDICINA GENÔMICA<br />

Fígado: 18 genes de susceptibilidade e<br />

10 candidatos foram associados ao gene<br />

supressor de tumor TP53, relacionado;<br />

Pâncreas: 5 regiões de susceptibilidade<br />

a câncer de pâncreas foram identificadas.<br />

Esses genes desempenham um<br />

papel importante no desenvolvimento<br />

pancreático e na estabilidade ambiental<br />

do ácino pancreático e podem explicar os<br />

mecanismos subjacentes desses locais;<br />

Câncer de mama: GWAS já<br />

identificaram mais de 100 regiões<br />

do genoma associadas a fatores de<br />

risco ao câncer de mama. Os genes<br />

C21orf58 e ZNF526, por exemplo,<br />

apresentam um importante papel no<br />

controle de crescimento de células<br />

cancerígenas de câncer de mama.<br />

Limitações dos estudos de<br />

associação<br />

Embora GWAS seja uma excelente<br />

ferramenta para identificar regiões<br />

associadas a importantes características,<br />

outras análises são necessárias para<br />

confirmar os resultados do estudo.<br />

Além disso, alguns parâmetros podem<br />

influenciar na eficácia dos resultados<br />

obtidos em GWAS. Por exemplo,<br />

algumas doenças muito prevalentes<br />

estão associadas a vários genes que<br />

causam baixo tamanho de efeito no<br />

fenótipo. Como cada gene representa<br />

um pequeno efeito, é necessário um<br />

grande tamanho amostral (casos e<br />

controles) para conseguir identificar as<br />

regiões associadas a doença.<br />

Além disso, o controle da estratificação<br />

populacional em GWAS é outro<br />

importante parâmetro da metodologia.<br />

Isso porque, dependendo da diversidade<br />

populacional da amostragem, a<br />

diferença de frequência de alelos pode<br />

ser confundida com a ancestralidade<br />

genética. Em outras palavras, em uma<br />

amostragem que contêm diferentes<br />

populações, as variantes podem se<br />

destacar apenas pelo fato de serem<br />

populações diferentes e não por estarem<br />

associadas à característica de interesse.<br />

Embora a amostragem com diferentes<br />

populações pode causar uma<br />

interpretação errada dos resultados, a<br />

diversidade genética da amostra é de<br />

extrema importância. A maioria dos<br />

estudos de GWAS divulgados foram<br />

realizados com indivíduos europeus sem<br />

a representação de outras populações.<br />

Quando o estudo é realizado com<br />

uma população muito homogênea, o<br />

resultado da associação pode não ser<br />

aplicado para outras populações.<br />

Herdabilidade perdida<br />

Com GWAS se tornou possível estimar<br />

a herdabilidade, ou seja, a proporção<br />

da variância genética em relação a<br />

fenotípica de características. Até então,<br />

o cálculo de herdabilidade era feito<br />

somente através do estudo de gêmeos,<br />

já em GWAS a estimativa é baseada<br />

nos SNPs. No entanto, GWAS explica<br />

muito pouco da herdabilidade em<br />

relação ao estudo de gêmeos. A parte<br />

não identificada da herdabilidade<br />

nos estudos genéticos é chamada<br />

de herdabilidade perdida. Várias são<br />

as hipóteses que procuram explicar<br />

o sumiço dessa informação, você<br />

pode conferir no texto: Herdabilidade<br />

perdida: Um mistério sem solução?<br />

Em suma, GWAS representam um<br />

grande passo na procura por associações<br />

entre características genéticas e<br />

fenotípicas. Embora o método ainda<br />

apresente algumas limitações, GWAS<br />

permite identificar novas associações<br />

entre variantes e traços, permite um<br />

melhor entendimento do mecanismo<br />

biológico de diversas doenças, os<br />

dados obtidos nos estudos são<br />

facilmente compartilhados e além<br />

disso, possibilita o desenvolvimento de<br />

tratamentos personalizados e melhor<br />

manejo de pacientes.<br />

Referências<br />

Altmüller, J et al. “Genomewide scans of complex human diseases:<br />

true linkage is hard to find.” American journal of human genetics<br />

vol. 69,5 (2001): 936-50. doi:10.1086/324069<br />

Barsh, Gregory S et al. “Guidelines for genome-wide association<br />

studies.” PLoS genetics vol. 8,7 (2012): e1002812. doi:10.1371/<br />

journal.pgen.1002812<br />

Liang, Baiqiang et al. “GWAS in cancer: progress and challenges.”<br />

Molecular genetics and genomics : MGG vol. 295,3 (2020): 537-<br />

561. doi:10.1007/s00438-020-01647-z<br />

Tam, Vivian et al. “Benefits and limitations of genome-wide<br />

association studies.” Nature reviews. Genetics vol. 20,8 (2019):<br />

467-484. doi:10.1038/s41576-019-0127-1<br />

Uricchio, Lawrence H. “Evolutionary perspectives on polygenic<br />

selection, missing heritability, and GWAS.” Human genetics vol.<br />

139,1 (2020): 5-21. doi:10.1007/s00439-019-02040-6<br />

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72<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Teste de Gravidez Semanal<br />

Leitura do teste com indicação de<br />

qual semana a gestação está.<br />

C C C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

Sem<br />

Gravidez<br />

T1<br />

1-2 Semanas<br />

T1<br />

T2<br />

2-3 Semanas<br />

HCG<br />

C<br />

C C C<br />

T3 T3 T4<br />

T1<br />

T2 T1<br />

T2<br />

C C<br />

T3 T4<br />

T1 T2<br />

3-4 Semanas + 4 Semanas<br />

Sem<br />

Gravidez<br />

1-2<br />

Semanas<br />

2-3<br />

Semanas<br />

3-4<br />

Semanas<br />

+4<br />

Semanas<br />

Teste de Pico de Ovulação<br />

Fértil<br />

Leitura do teste com<br />

indicação do período<br />

de ovulação.<br />

Antes do período de ovulação<br />

LH<br />

C C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C C C<br />

T3 T4<br />

T1<br />

T1<br />

T2<br />

T1<br />

T2<br />

Ovulação após 12 horas<br />

Ovulação após 6 horas<br />

C C C C<br />

T3 T3 T4<br />

T1<br />

T2<br />

T1<br />

T2<br />

Ovulação<br />

Níveis Hormonais<br />

Menstruação<br />

01 14 28<br />

LH (Hormônio Lutenizante)<br />

ES (Estrogênio/Estradiol)<br />

FSH (Hormônio Folículo Estimulante)<br />

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PUBLIEDITORIAL<br />

EM DESTAQUE<br />

OS DESAFIOS DA TEMPORADA DE GRIPE<br />

JUNTO DO SARS-COV-2<br />

Entrevista com Dr. Manoj Gandhi<br />

A temporada de gripe se aproxima agora no<br />

hemisfério sul. No passado, o período já era<br />

naturalmente desafiador, mas agora com a<br />

COVID-19 tudo se intensificou. A temporada<br />

de gripe chega enquanto o novo vírus, que já<br />

sobrecarregou muito os sistemas de saúde em<br />

todo o mundo, tende a se perpetuar como ameaça<br />

permanente à população de todo o planeta. O que<br />

podemos esperar do impacto combinado desses<br />

dois vírus à medida que os casos oriundos de<br />

ambos passam a coexistir em nossos hospitais?<br />

Para responder esta e outras perguntas,<br />

conversamos com o Dr. Manoj Gandhi, Diretor<br />

Médico Sênior para Soluções em Testes Genéticos<br />

da Thermo Fisher Scientific, que nos apresentou<br />

uma análise detalhada do cenário.<br />

O que já sabemos sobre a gripe?<br />

A gripe advém de um grupo de vírus relacionados<br />

entre si, mas que se manifestam de forma cíclica,<br />

causando infecções que coincidem com as<br />

estações do ano. A temporada de gripe que se<br />

inicia com a chegada do outono, se estendendo<br />

por todo inverno, chegará em muitos países onde<br />

ainda há incidências significativas de infecções por<br />

SARS-CoV-2. Por se tratar de um vírus que apenas<br />

recentemente passou a infectar humanos, o<br />

SARS-CoV-2 ainda não apresenta nenhum padrão<br />

sazonal e é provável que ocorra um aumento nas<br />

taxas de infecção por COVID-19 à medida que<br />

os casos de gripe também aumentarem. Esta<br />

combinação representa um desafio especial para<br />

médicos e sistemas de saúde.<br />

Em relação à gripe, o Dr. Gandhi comenta<br />

que “a gripe foi descrita pela primeira vez há<br />

cerca de 100 anos, mas há séculos está entre<br />

nós. Agora estamos munidos de vacinas e<br />

tratamentos contra a gripe, como o Tamiflu que,<br />

quando administrado nos primeiros dois dias de<br />

sintomas, pode ser muito eficaz”.<br />

No entanto, o vírus influenza continua sendo<br />

um patógeno perigoso, especialmente porque<br />

sua alta taxa de mutação não permite que<br />

a imunidade adquirida forneça proteção<br />

duradoura contra todas as classes de vírus da<br />

gripe. Além disso, novos e mais virulentos<br />

subtipos podem surgir, aumentando as taxas de<br />

mortalidade pela doença.<br />

É muito provável que o caráter sazonal dos novos<br />

subtipos de gripe e suas ondas de infecções e<br />

hospitalizações deverão ser acompanhados de<br />

uma alta incidência de infecções por SARS-CoV-2<br />

também. Essa coincidência de tempo e lugar<br />

apresenta dois grandes desafios para os médicos<br />

e sistemas de saúde: o alto volume de pacientes e<br />

a triagem correta entre gripe ou COVID-19.<br />

Gerenciamento de pacientes para<br />

influenza e SARS-CoV-2<br />

Os sistemas hospitalares costumam se preparar<br />

para a chegada da temporada de gripe, alocando<br />

recursos humanos e financeiros em antecipação<br />

à chegada dos pacientes de gripe. Porém, com<br />

*Imagem ilustrativa<br />

a pandemia de COVID-19 ainda ativa, toda a<br />

logística hospitalar adaptada permanece em<br />

grade medida ainda comprometida com os<br />

pacientes infectados pelo SARS-CoV-2. Muitos<br />

sistemas foram estendidos para e além de seus<br />

limites e não há capacidade extra disponível<br />

para atender uma nova onda de gripe como era<br />

nos anos anteriores.<br />

Vale lembrar que no último ano a crise do<br />

coronavírus causou um efeito surpreendente<br />

sobre a temporada de gripe. Ao longo de 2020,<br />

o distanciamento social, uso máscaras e outras<br />

medidas de proteção contra o SARS-CoV-2<br />

reduziu significativamente a transmissão da<br />

gripe e de outros vírus respiratórios sazonais,<br />

fazendo com que praticamente a temporada<br />

de gripe fosse interrompida. Agora, no entanto,<br />

é provável que isso não se repita em 2021,<br />

já que a retomada das atividades e o fim das<br />

restrições na maior parte do país podem tornar a<br />

permitir que os vírus influenza e SARS-CoV-2 se<br />

disseminem novamente, sendo possível mesmo<br />

um recrudescimento da pandemia de COVID-19.<br />

76 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


PUBLIEDITORIAL<br />

EM DESTAQUE<br />

*Imagem ilustrativa<br />

Como é possível diferenciar as infecções<br />

causadas por SARS-CoV-2 ou por influenza?<br />

Dr. Gandhi explica o desafio de distinguir<br />

entre essas duas condições em um contexto<br />

terapêutico: “O problema é que elas<br />

apresentam sintomas muito semelhantes,<br />

como febre, tosse, dores no corpo, coriza.<br />

Existem algumas diferenças sutis, como<br />

perda de paladar ou olfato e falta de ar, que<br />

podem ser observadas em pacientes com<br />

COVID. No entanto, [estes] podem não ser<br />

vistos em todos os pacientes e, na maioria<br />

das vezes, os sintomas entre COVID e gripe<br />

são fundamentalmente os mesmos. Então, a<br />

questão real é, como o médico pode distinguir<br />

a infecção de um ou do outro patógeno? E a<br />

resposta é que há um teste específico pra isso.”<br />

Dado que muitas das abordagens terapêuticas<br />

para as duas condições, incluindo o uso<br />

de respiradores mecânicos, são baseadas<br />

nos sintomas que eles compartilham, esse<br />

teste pode parecer desnecessário aos olhos<br />

de alguns. Isso porque o normalmente o<br />

tratamento é orientado para os sintomas, e<br />

não necessariamente requer conhecimento do<br />

patógeno causador da doença, apenas busca<br />

aliviar a enfermidade do paciente. No entanto, já<br />

existem medicamentos e protocolos designados<br />

para as infecções específicas. Estes devem ser<br />

distinguidos de acordo com o patógeno, pois<br />

seus efeitos podem ser inertes ou adversos em<br />

determinados grupos de pacientes, ou então<br />

serem determinantes para salvar a vida de outro<br />

grupo de pacientes, logo não há margens para<br />

erros nesse tipo de conduta terapêutica.<br />

Em particular, uma das principais características<br />

do SARS-CoV-2 é que ele pode induzir um<br />

grande fluxo de citocinas no organismo<br />

infectado devido à superestimulação do<br />

sistema imunológico, o que é raro em<br />

pacientes com gripe. Os medicamentos<br />

usados para tratar esse influxo de citocinas<br />

são imunossupressores, contraindicados para<br />

pacientes infectados pelo influenza. Da mesma<br />

forma, vários medicamentos antivirais foram<br />

aprovados para uso contra o SARS-CoV-2, mas<br />

ainda não foram testados quanto à eficácia ou<br />

segurança contra influenza (p.ex. remdesivir)<br />

e vice-versa (p.ex. oseltamivir, zanamivir,<br />

peramivir, baloxavir).<br />

Além disso, as recomendações de quarentena<br />

são diferentes para os dois vírus, sendo muito<br />

mais rigorosos para infectados com SARS-CoV-2.<br />

Isso permite que hospitais elaborem estratégias<br />

e otimizem seus recursos para prevenir um<br />

colapso do sistema de saúde frente a um aumento<br />

repentino de novos casos de ambas as doenças.<br />

Os diferentes aspectos do tratamento para os<br />

dois vírus colocam um desafio ainda maior<br />

para os casos de co-infecção. “Flurona”, como<br />

apelidaram a condição de infectar-se com<br />

influenza e SARS-CoV-2 simultaneamente,<br />

podem culminar em complicações graves<br />

que exigem procedimentos especializados<br />

para solucionar o problema.<br />

78 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Optilite ® melhora a eficiência<br />

Fluxo de trabalho<br />

Segurança dos resultados<br />

Menu de testes<br />

Gamopatias Monoclonais<br />

Freelite (cadeias leves livres kappa<br />

e lambda), Hevylite (cadeias<br />

leves+pesadas)<br />

Sistema Imune<br />

IgA, IgM, IgG, IgD e IgE, Suclasses de<br />

IgG e IgA, Sistema Complemento (CH50,<br />

C1 inativador, C1q, C2, C3c e C4)<br />

Sistema nervoso central<br />

Albumina, Freelite Mx, Cistatina e<br />

Imunoglobulinas no líquor.<br />

Nefrologia<br />

Cistatina, Microalbumina<br />

Beta-2-Microglobulina, Transferrina<br />

Proteínas Específicas<br />

PCR, ASO, Fator Reumatóide, Ferritina,<br />

Transferrina, Pré-Albumina, Ceruloplasmina,<br />

Haptoglobina, Alfa-1-Antitripisina,<br />

Alfa-1-Glicoproteína Ácida, Lipoproteína(a),<br />

entre outras.<br />

Freelite ® é marca registrada da empresa The Binding Site Group, Birmingham, Reino Unido


PUBLIEDITORIAL<br />

EM DESTAQUE<br />

E a vacina da gripe?<br />

A existência de vacinas contra a gripe, que são<br />

atualizadas e aprimoradas todos os anos para<br />

funcionar contra novas cepas, é uma defesa<br />

crucial contra a gripe. São as vacinas que<br />

previnem os piores impactos da gripe e limitam<br />

a propagação desse vírus na população. Mesmo<br />

quando não fornecem proteção completa contra<br />

uma infecção (sua eficácia a cada ano varia<br />

de ~ 40 a 60%), elas geralmente reduzem<br />

significativamente a gravidade da doença,<br />

ajudando a manter as pessoas infectadas fora<br />

do hospital. Quando os recursos disponíveis<br />

para tratar pessoas com casos graves de gripe<br />

são escassos, é fundamental manter altos níveis<br />

de vacinação. Altas taxas de vacinação contra<br />

influenza também reduzem a necessidade de<br />

distinguir entre infecções por influenza e SARS-<br />

CoV-2 e, consequentemente, diminuem as<br />

chances de pacientes que apresentem ambas as<br />

infecções simultaneamente.<br />

Infelizmente, as vacinas contra a gripe não são<br />

eficazes contra o SARS-CoV-2 diretamente.<br />

Como observa o Dr. Gandhi, “o vírus da gripe<br />

pertence à família Orthomyxoviridae, enquanto<br />

o SARS-CoV-2 pertence à família Coronavírus,<br />

e existem diferenças entre a estrutura dos dois<br />

vírus, de modo que cada um requer sua própria<br />

vacina específica”. Agora que já temos várias<br />

vacinas aprovadas e disponíveis também para<br />

o SARS-CoV-2, elas podem ser administradas<br />

em um plano de vacinação semelhante ao<br />

das vacinas contra a gripe, a fim de proteger a<br />

população contra ambas as doenças.<br />

Qual é o papel da Thermo Fisher Scientific e<br />

de outras empresas de testes em tudo isso?<br />

O Dr. Gandhi explica que “cabe a empresas como a<br />

Thermo Fisher Scientific produzir os testes corretos<br />

que atendam às necessidades dos médicos e,<br />

mais importante, dos pacientes”. O teste TaqPath<br />

COVID-19 da Thermo Fisher Scientific lançado<br />

em 2020 é validado para fins diagnósticos e é<br />

utilizado em todo o mundo para diagnóstico<br />

PCR de COVID-19, inclusive no Brasil.<br />

Com a chegada da temporada de gripe, a Thermo<br />

Fisher Scientific desenvolveu um novo teste de<br />

PCR multiplex que detecta simultaneamente<br />

RNA de vários vírus respiratórios, incluindo SARS-<br />

CoV-2, influenza A, influenza B e vírus sincicial<br />

respiratório. A combinação de alvos para cada um<br />

desses vírus em um único teste torna a distinção<br />

dessas infecções muito mais fácil e pode ajudar os<br />

médicos a escolher os tratamentos e protocolos<br />

apropriados para seus pacientes, salvando vidas.<br />

O Dr. Gandhi conclui: “Colocamos muito esforço<br />

e ênfase aqui na Thermo Fisher Scientific em<br />

ajudar nossos clientes a responder à pandemia de<br />

COVID-19, e estamos orgulhosos de poder colaborar<br />

também atendendo às demandas de testes de<br />

vírus respiratórios à medida que avançamos para<br />

a temporada de gripe.”<br />

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Thermo Fisher Scientific, visite-nos em www.thermofisher.com/covidflursv ou www.thermofisher.com/covid19<br />

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80 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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DIREITO E SAÚDE<br />

O RETORNO DA GESTANTE AO TRABALHO<br />

PRESENCIAL E O AMBIENTE LABORATORIAL<br />

Por Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />

Em março de 2020, os habitantes do<br />

nosso Planeta Terra se viram diante<br />

de um novo inimigo, o SARS-COV-<br />

2(Covid-19), situação pandêmica que fez<br />

com que o Brasil e o Mundo criassem<br />

regras, protocolos, POP´S em todas as<br />

áreas, porém esses foram maiores e<br />

mais sentidos na área da saúde e afins. À<br />

medida que o vírus foi sendo conhecido,<br />

aperfeiçoaram-se os métodos de<br />

tratamento e as pesquisas vacinais foram<br />

evoluindo com sérios e severos critérios<br />

de revisão e aprovação. Porém, não<br />

tardou para que o reflexo da pandemia<br />

atingisse o universo jurídico em todas<br />

suas esferas, como por exemplo, a<br />

paralização dos Tribunais, a suspensão<br />

dos atos processuais e audiências de<br />

igual forma, etc. O grande vilão do século<br />

trouxe consequências inimagináveis,<br />

tornando-nos seus reféns.<br />

Sem entrar no mérito de acertos<br />

ou erros do Governo (até mesmo<br />

porque não cabe ao subscritor essa<br />

análise), dentre as várias MEDIDAS<br />

PROVISÓRIAS que foram criadas,<br />

algumas foram transformadas em<br />

Leis, muitas delas, com impacto<br />

direto nas relações trabalhistas, cujas<br />

consequências foram sentidas na vida<br />

do EMPREGADOR e do EMPREGADO,<br />

desde a previsão de antecipação<br />

de férias até o trabalho home<br />

office. Foram muitas as alterações<br />

estabelecidas, como forma de adaptar<br />

as relações laborais a nova realidade.<br />

Nesse sentido, foi sancionada a<br />

Lei Federal nº 14.151 de 20211 de<br />

12.05.2021, que previa em seu único<br />

artigo, originalmente, em sua redação, de<br />

maneira muito sucinta e extremamente<br />

objetiva, que afastava a gestante do<br />

trabalho presencial, a colocando no<br />

sistema home office de labor.<br />

Certamente foi um choque para<br />

os Empregadores e até mesmo as<br />

colaboradoras das empresas, que<br />

talvez, por mais que o risco fosse<br />

eminente, não queriam se ver em<br />

sistema de trabalho “home office”,<br />

ainda mais na área da saúde, dentro<br />

do seu posto de coleta ou do seu<br />

laboratório, mas a Lei à época foi<br />

clara, não se tratava de uma opção<br />

ou uma faculdade do empregado<br />

e empregador, mas sim uma<br />

obrigatoriedade, como forma de<br />

proteção necessária à gestante e ao<br />

bebê, ao olhar do Legislador.<br />

Pois bem, nesse sentido, os efeitos da<br />

famigerada Lei (Lei 14.151 de 2021),<br />

perdurou até o dia 09 de Março<br />

de 2022, quando da sanção e<br />

entrada em vigor da Lei Federal<br />

nº 14.311 de 20222, que alterou o<br />

texto da Lei anterior em sua essência.<br />

A novel Lei 14.311 de 09 de Março<br />

de 2022, de maneira muito clara e<br />

bem diretiva alterou a redação da Lei<br />

14.151 de 2021, e inseriu como regra<br />

geral o retorno ao trabalho presencial<br />

da gestante, salvo duas hipóteses (em<br />

nossa análise), conforme abaixo.<br />

82<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Considerando a alteração da Lei,<br />

o novo artigo 1º passa a ter a<br />

normas do PNI (Programa Nacional<br />

de Imunização), a mesma poderá<br />

estamos no País chamado Brasil,<br />

cabendo uma detalhada análise neste<br />

DIREITO E SAÚDE<br />

seguinte redação:<br />

ficar em home office, até que<br />

caso ocorra a situação descrita.<br />

sua imunização seja realizada<br />

“Artigo 1º - Durante a emergência de<br />

na totalidade.<br />

Mas e a regra então?<br />

saúde pública de importância nacional<br />

A regra (que é o retorno ao trabalho<br />

decorrente do coronavírus SARS-<br />

Parece ainda em análise superficial<br />

presencial) está esculpida nova no<br />

CoV-2, a empregada gestante que<br />

“estranho e pouco provável” pensar<br />

§3º do Artigo 1º da Lei 14.151 de<br />

ainda não tenha sido totalmente<br />

em alguém que ainda não tenha<br />

2021 (pela nova redação) que foi<br />

imunizada contra o referido agente<br />

se imunizado, vez que, o Brasil à<br />

inserida pela Lei 14.311 de 2022.<br />

infeccioso, de acordo com os critérios<br />

frente nas campanhas de vacinação,<br />

definidos pelo Ministério da Saúde e pelo<br />

estando entre os principais Países do<br />

Como cediço, o texto vigente continua<br />

Plano Nacional de Imunizações (PNI),<br />

Mundo em quantidade de pessoas<br />

com a imperatividade e vinculação<br />

deverá permanecer afastada das<br />

imunizadas de forma completa.<br />

compulsória da Lei anterior, cabendo,<br />

atividades de trabalho presencial.”<br />

Todavia, por cautela, vamos sintetizar<br />

sim, desta forma o retorno da<br />

uma questão hipotética, na qual,<br />

gestante ao trabalho presencial<br />

Pela exceção primária do referido<br />

eventualmente possa existir aquela<br />

a empresa!<br />

Artigo 1º, temos que em análise<br />

Empregada gestante, que, por clara e<br />

conjunta com as das Notas Técnicas do<br />

expressa orientação médica, não pode<br />

Assim a Empregada gestante, totalmente<br />

Ministério da Saúde números 65/20213<br />

ser vacinada ainda (mesmo querendo),<br />

imunizada (primeira e segunda dose,<br />

e 11/20224, há de se considerar a<br />

decorrente de algum problema de<br />

acrescida da dose de reforço), deve<br />

imunização completa da empregada<br />

saúde que eventualmente tenha,<br />

retornar ao trabalho presencial, cabendo<br />

gestante, quando a mesma foi<br />

por mais remota que seja referida<br />

ao Empregador (compulsoriamente)<br />

vacinada com primeira, segunda e<br />

possibilidade, sendo essa, uma<br />

requerer à Empregada o(s) referido(s)<br />

a dose de reforço. TODAVIA, caso<br />

exceção à regra em nossa visão para<br />

comprovante(s) de vacinação, para<br />

a mesma ainda esteja no lapso<br />

a permanecia do trabalho em sistema<br />

que, arquive cópia física ou virtual do<br />

temporal entre as doses e não tenha<br />

home office, frise-se novamente,<br />

documento junto ao prontuário da<br />

sua imunização completa, conforme<br />

por mais remota que seja a hipótese,<br />

colaboradora, como documento essencial.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

83


DIREITO E SAÚDE<br />

De outra banda, caso, por convicções<br />

pessoais, a Empregada gestante não<br />

tenha optado pela imunização (de<br />

forma completa ou não), a mesma,<br />

nos termos do inciso III do §3º (citado<br />

acima) em conjunto com §6º, ambos<br />

do artigo 1º da Lei, deverá preencher<br />

um termo de responsabilidade<br />

e de livre consentimento,<br />

declarando o perigo que por sua conta<br />

e risco resolveu assumir, sendo referido<br />

documento (termo), um documento<br />

obrigatório para a Empregada assinar e<br />

o empregador manter, de igual forma,<br />

junto aos arquivos e rol de documentos<br />

da empregada em seu RH/DP.<br />

A Lei prevê ainda a hipótese do<br />

Empregador optar em deixar a<br />

Empregada gestante no sistema home<br />

office de trabalho, cabendo a empresa<br />

a decisão, exclusivamente, salvo as<br />

exceções elencadas neste artigo.<br />

Corolário resultante das interpretações<br />

acima, notadamente, na hipótese<br />

de não imunização completa<br />

da Empregada (a qual, frise-se,<br />

obrigatoriamente tem que preencher<br />

o termo de responsabilidade) consiste<br />

em o Empregador, continuar adotando<br />

e mantendo todos os protocolos e<br />

medidas preventivas, para se evitar a<br />

transmissão do SARS-CoV-2, tal como<br />

higienização do ambiente, fornecimento<br />

de EPI´s adequados, disponibilização de<br />

álcool gel, entre outros, cabendo, neste<br />

ponto, ao empresário fazer, ou melhor,<br />

continuar fazendo, “a lição de casa”, em<br />

seu laboratório, posto de coleta, setor<br />

administrativo, junto a equipe interna<br />

e externa, incluindo terceirizados e<br />

prestadores de serviços.<br />

No que pese, no último dia 18.04.2022<br />

o Ministro da Saúde – MARCELO<br />

QUEIROGA tenha se manifestado<br />

por decretar o fim do estado da<br />

Emergência de Saúde Pública de<br />

Importância Nacional (Espin)5 por<br />

conta da Covid-19, temos que a OMS –<br />

Organização Mundial da Saúde, ainda<br />

não decretou o fim da pandemia<br />

global, fato este, que, por prevenção<br />

jurídica e como medida de proteção<br />

a saúde, não desonera o Empregador<br />

de continuar mantendo todos os<br />

cuidados de prevenção, fornecimento<br />

e disponibilização de equipamentos de<br />

proteção aos seus Empregados.<br />

Obrigado e um grande abraço<br />

a todos!<br />

Referências:<br />

1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/<br />

lei/L14151.htm<br />

2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/<br />

lei/L14311.htm<br />

3 https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/vacinas/planonacional-de-operacionalizacao-da-vacina-contra-a-covid-19/<br />

notas-tecnicas/2021/sei_ms-0024429242-nota-tecnica-65-<br />

antecipacao-da-dose-de- reforco.pdf/view<br />

4 https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/vacinas/planonacional-de-operacionalizacao-da-vacina-contra-a-covid-19/<br />

notas-tecnicas/2022/nota-tecnica-no11.pdf/view<br />

5 https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/<br />

abril/fim-da-espin-ministerio-da-saude-explica-quaiscriterios-levaram-o-governo-federal-a-tomar-decisao<br />

Autor:<br />

Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />

Advogado em São Paulo, especialista em direito e processo do trabalho, especialista em direito contratual, especializando em advocacia consultiva, é sócio do escritório<br />

CIRIACO ADVOGADOS, localizado em São Paulo – Capital, é Professor de Pós Graduação em São Paulo-SP; São Luis do Maranhão-MA; Goiânia-GO e Palestrante, atuando<br />

na área da saúde, na defesa de empresas, clinicas e laboratórios.<br />

84<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


DIREITO E SAÚDE<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

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MINUTO LABORATÓRIO<br />

TESTE DE PATERNIDADE<br />

SEM A PRESENÇA DA MÃE, PODE ?<br />

Por Fábia Bezerra, Louise Fabri.<br />

Este tema é bem polêmico dentro<br />

dos Laboratórios clínicos, cada Gestor<br />

acaba definindo suas próprias políticas<br />

e ainda encontramos quem deixe de<br />

atender para evitar conflitos judiciais.<br />

Conversei com a Biomédica e<br />

Bacharel em Direito, Dra. Louise<br />

Fabri que explica o seguinte:<br />

“O Código Civil de 1916 usava a<br />

expressão “pátrio poder" pois o poder<br />

era exercido exclusivamente pelo pai.<br />

Atualmente denominado como “poder<br />

familiar”, é exercido em igualdade<br />

de condições pelo pai e pela mãe, na<br />

forma do que dispuser a legislação,<br />

assegurado a ambos o direito de<br />

recorrer à autoridade judiciária para a<br />

solução de eventuais divergências.<br />

A Constituição Federal, o Estatuto da<br />

Criança e do Adolescente, o Código<br />

Civil Brasileiro e a lei nº 8.560/92,<br />

asseguram o interesse da criança<br />

acima do interesse dos pais, dessa<br />

forma o judiciário ampara a busca pela<br />

paternidade e todas as obrigações que<br />

dela advém.<br />

O Exame ou Teste de DNA é o único<br />

método existente para investigação<br />

da paternidade. Pode ser feito a partir<br />

da coleta de sangue, fios de cabelo,<br />

saliva, fragmentos de pele ou unha.<br />

Na maioria das vezes, a mãe, como<br />

representante do filho, busca amparo<br />

no judiciário para que seja reconhecida<br />

a paternidade através da “Ação de<br />

Reconhecimento de Paternidade”.<br />

Cumpridas as formalidades<br />

processuais, o juiz pode determinar<br />

a realização do teste de DNA pelo<br />

suposto pai. Esse último, em se<br />

negando comparecer para coleta<br />

da amostra sem justificativa, resta<br />

presumida a paternidade, aplicandose<br />

assim, todos os direitos e obrigações<br />

advindos dessa relação.<br />

Ainda em menor número, os pais também<br />

buscam confirmar a paternidade assumida<br />

e recorrem aos laboratórios para realização<br />

do exame de DNA.<br />

Diante dessa situação, os laboratórios<br />

de análises clínicas se questionam<br />

sobre a realização do teste de<br />

paternidade sem a presença e<br />

autorização expressa da mãe.<br />

A realização de exame de DNA pelo<br />

pai sem autorização da mãe que<br />

exclua a paternidade não constitui, por<br />

si, ato ilícito e ofensivo ao patrimônio<br />

imaterial da mãe e do próprio menor,<br />

sendo desse último o direito de ter<br />

reconhecido o verdadeiro pai.<br />

A legislação permite a realização<br />

do exame somente com a presença<br />

do pai, desde que o filho já esteja<br />

registrado em seu nome. Lembrando<br />

que a mãe terá direto de contestar<br />

o resultado emitido por não ter<br />

participado do processo.<br />

88<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Cabe ao laboratório que realiza a coleta<br />

do material biológico para o exame,<br />

garantir a conferência cuidadosa de<br />

todos os documentos, avaliando a<br />

veracidade a partir dos documentos<br />

originais com foto, certificando-se que<br />

o suposto pai é o pai registral, ou seja,<br />

que figura no registro de nascimento.<br />

Encontram-se no judiciário ações<br />

movidas em face de laboratórios<br />

clínicos que realizaram exames sem<br />

a presença da mãe, requerendo<br />

indenização por danos morais, no<br />

entanto, todas as decisões foram<br />

unânimes no sentido de que a<br />

autorização da mãe é prescindível e<br />

que não cabe ao laboratório exigir do<br />

pai a comprovação do conhecimento e<br />

anuência da mãe. “<br />

Dúvidas esclarecidas?<br />

Espero que sim.<br />

Vale ainda ressaltar que os testes de<br />

paternidade podem ter resultados<br />

falsos - tanto positivos, quanto<br />

negativos. Portanto, se você terceiriza<br />

este exame, seja muito exigente na<br />

escolha do seu Prestador de Serviço<br />

– estas situações abaixo é que podem<br />

gerar processos para um laboratório:<br />

Resultados falso-negativos - que<br />

podem ocorrer devido a fatores como<br />

falta de atenção no momento da<br />

coleta ou fase analítica, ocasionando<br />

troca de amostras por exemplo.<br />

Embora rara, a ocorrência de mutações<br />

genéticas, acontecem – mas, nestes<br />

casos, os geneticistas utilizam uma<br />

maior quantidade de marcadores<br />

genéticos, até que o resultado esteja<br />

acima de 99,999%.<br />

Quanto aos resultados falso-positivos,<br />

são raríssimos e quando acontecem, é<br />

devido a uma interpretação equivocada<br />

ou até mesmo utilização de técnicas<br />

inadequadas e quantidade do número<br />

de marcadores genéticos insuficientes.<br />

Atualmente, os laboratórios de<br />

referência utilizam um maior número<br />

de marcadores genéticos para<br />

garantir uma excelência de resultados<br />

confiáveis próximo dos 100%.<br />

Portanto, não economizem quando<br />

oferecerem testes de paternidade<br />

em seus laboratórios. O número de<br />

marcadores genéticos analisados, é<br />

sinônimo de extrema credibilidade<br />

para o seu laboratório.<br />

Referência:<br />

https://bd.tjmg.jus.br/jspui/bitstream/tjmg/7328/1/0208-TJ-JC-044.pdf<br />

https://www.dna-worldwide.com/most-accurate-advanced-dna-test<br />

https://my.clevelandclinic.org/health/diagnostics/10119-dnapaternity-test<br />

https://www.sciencedirect.com/topics/agricultural-andbiological-sciences/genetic-markers<br />

https://www.cdc.gov/genomics/gtesting/genetic_testing.htm<br />

Autoras:<br />

Fábia Bezerra<br />

Biomédica - Gerente Nacional da<br />

Qualidade na Hapvida Diagnósticos.<br />

Louise Fabri<br />

Biomédica e Bacharel em Direito -<br />

Gerente do Núcleo Técnico Operacional<br />

da Hapvida Diagnósticos.


BIOQUÍMICA<br />

A IMPORTÂNCIA DA DOSAGEM DA<br />

HEMOGLOBINA GLICADA NO CONTROLE DE PATOLOGIAS<br />

Por Juliana Oliveira - Blog da Erba Mannheim Brasil<br />

www.erbabrasil.com.br/blog/a-importancia-da-dosagem-da-hemoglobina-glicada-no-controle-de-patologias/<br />

A monitorização do controle de<br />

glicose sanguínea através do método<br />

da hemoglobina glicada trouxe um<br />

avanço e melhoria em resultados<br />

laboratoriais e uma garantia de<br />

prevenção a complicações causadas<br />

por índices glicêmicos altos.<br />

Atualmente, existem alguns testes<br />

laboratoriais que são realizados para<br />

fins de diagnóstico e monitoramento<br />

com análises laboratoriais, utilizando<br />

marcadores como a glicemia de<br />

jejum, glicemia aleatória, glicemia<br />

pós-prandial, teste de tolerância oral a<br />

glicose e a dosagem da hemoglobina<br />

glicosilada (HbA1C). A hemoglobina<br />

glicosilada, vem sendo introduzida na<br />

prática clínica desde 1958, mas passou<br />

a ser realmente aceita pela comunidade<br />

científica apenas em 1993, após a<br />

realização de diversos ensaios clínicos,<br />

que vieram a comprovar a sua eficácia,<br />

pelo Diabetes Control ComplicationsTrial<br />

(DCCT), e o United Kingdom Prospective<br />

Diabetes Study (UKPDS).<br />

A hemoglobina glicosilada ou glicada<br />

é uma fração da hemoglobina<br />

(HbA1C), presente nos eritrócitos<br />

humanos (hemácias), que se liga à<br />

glicose que ela incorpora a partir do<br />

sangue. Este tipo de hemoglobina<br />

é formado a partir de reações não<br />

enzimáticas entre a hemoglobina e a<br />

glicose. Portanto, quanto maior a taxa<br />

de glicose livre no sangue, maiores os<br />

valores de hemoglobina glicosilada.<br />

Já a hemoglobina é uma proteína<br />

presente nos glóbulos vermelhos<br />

(compõe o sangue), que possuí como<br />

função o transporte de oxigênio<br />

para os tecidos, auxiliando assim, no<br />

metabolismo no organismo.<br />

O exame da hemoglobina glicosilada é<br />

usado no diagnóstico e monitoramento<br />

da Diabetes mellitus tipo 1e tipo<br />

2, mas também pode ser utilizado<br />

como checkup normal em uma<br />

consulta clínica, pois a diabetes pode<br />

permanecer assintomática por algum<br />

tempo. O nível de hemoglobina<br />

glicosilada é aumentado nas células<br />

vermelhas(eritrócitos), de pessoas<br />

com diabetes mal controlada, uma<br />

vez, que a glicose permanece ligada à<br />

hemoglobina por toda a vida da célula<br />

vermelha no sangue, em período de 90<br />

a 120 dias, o que irá refletir os últimos<br />

três meses do aumento da glicose.<br />

Este exame é coletado no tubo roxo,<br />

onde será realizado a dosagem da<br />

hemoglobina glicosilada, após a coleta<br />

o material deve ser homogeneizado<br />

e acondicionado para a etapa<br />

posterior de triagem e a realização<br />

do exame. Figura 1: Tubo de coleta da<br />

hemoglobina glicosilada.<br />

Este exame pode ser solicitado devido<br />

alguns relatos clínicos observados em<br />

alguns sintomas ou condições como,<br />

sede excessiva, fome excessiva, glicemia<br />

de jejum acima do normal, desidratação,<br />

tonteiras, mal-estar, urinar diversas<br />

vezes ao dia ou a perda de peso apesar<br />

da ingestão de alimentos, náuseas,<br />

desmaios etc. Após a realização do<br />

exame, o médico irá avaliar, levando-se<br />

em conta fatores como idade, tempo<br />

de diabetes, presença de complicações,<br />

riscos de hipoglicemias.<br />

É importante a realização do diagnóstico<br />

e acompanhamento precoce, pois a<br />

elevação da taxa de glicemia sanguínea<br />

ocasiona complicações, afetando assim,<br />

os rins, nervos e problemas macro<br />

e microvasculares e de coagulação<br />

sanguínea. Vale ressaltar que qualquer<br />

exame deve ser avaliado por um<br />

médico, para acompanhamento do<br />

paciente e direcionamento de fins<br />

profiláticos que venham contribuir com<br />

a melhora do mesmo.<br />

Autor(a): Juliana Oliveira<br />

Referências bibliográficas:<br />

DIEHL, L.A. Diabetes: hora de rever as metas? Arquivos Brasileiros de<br />

Endocrinologia Metabobolia, v.57, n.7, p.545-549, 2013.<br />

DCCT Research Group. Diabetes Control and Complications Trial (DCCT).<br />

The effect of intensive treatment of intensive treatment of diabetes<br />

on the development and progression of long-term complications in<br />

insulin-dependent diabetes mellitus. N Engl J Med. 1993; 329:977-986<br />

MENEZES, M.G.S et al. Determinação de HbA1C por CLAE:<br />

interferência de variantes de hemoglobinas S e C e alta<br />

concentração de HbF. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina<br />

Laboratorial, v.48, n.5, p. 337-344, 2012.<br />

Site do DB Diagnóstico do Brasil.<br />

90<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

MÁQUINAS E MENTES,<br />

PENSANDO JUNTAS NA SAÚDE<br />

Sistema automatizado para detectar diabetes mostra que inteligência artificial<br />

vai ser cada vez mais central para a medicina.<br />

Por Giovanni G. Cerri e César Nomura<br />

Inteligência artificial, ainda que continue<br />

a parecer elemento de ficção científica,<br />

está cada vez mais integrada a nossas<br />

vidas cotidianas, das compras feitas<br />

on-line até os serviços de saúde. Estes,<br />

inclusive, vão incorporar cada vez mais<br />

recursos da IA em todos os segmentos,<br />

da gestão hospitalar até os diagnósticos.<br />

E sobre diagnósticos, inclusive, há<br />

um avanço recente com potencial<br />

para beneficiar muito os portadores<br />

de diabetes. A revista especializada<br />

“Radiology” publicou, em 5 de abril, um<br />

artigo que mostra os resultados do uso<br />

de um sistema de IA “deep learning”<br />

totalmente automatizado para auxiliar<br />

a diagnosticar o diabetes tipo 2 em<br />

tomografias computadorizadas de<br />

abdômen. “Deep learning” é um tipo de<br />

aprendizado de máquina que permite a<br />

computadores executar tarefas de alta<br />

complexidade – como reconhecimento<br />

facial e de voz, por exemplo – e que<br />

se aperfeiçoem em tais tarefas. As<br />

máquinas usam algoritmos para operar<br />

de modo similar ao cérebro humano.<br />

image: Freepik.com<br />

Segundo os pesquisadores, os<br />

resultados apresentados são muito<br />

animadores: o sistema avalia a<br />

quantidade de gordura no pâncreas<br />

e em estruturas adjacentes – o que<br />

economiza muito tempo do médico<br />

radiologista, que pode chegar a um<br />

diagnóstico mais rápido e se dedicar<br />

mais cedo ao tratamento do paciente.<br />

Trata-se de um avanço que num futuro<br />

próximo irá auxiliar de forma mais<br />

rotineira no diagnóstico da diabetes<br />

– doença que, no Brasil, acomete<br />

9% da população com mais de 18<br />

anos de idade, segundo dados do<br />

Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco<br />

e Proteção para Doenças Crônicas<br />

por inquérito Telefônico) 2021,<br />

divulgado em abril. Em 2020, essa<br />

proporção era de 8,2%. Estimativa<br />

da IDF (Federação Internacional de<br />

Diabetes, na sigla em inglês) mostra<br />

que, até 2045, o Brasil deverá ter<br />

cerca de 23 milhões de portadores.<br />

92<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Se não tratado, o paciente com<br />

diabetes pode sofrer uma miríade<br />

de problemas e complicações – em<br />

particular nos olhos. O diabetes,<br />

no entanto, é uma condição para<br />

a qual há tempos se trabalha em<br />

avanços tecnológicos para apoiar os<br />

tratamentos. Vão desde as chamadas<br />

“smartpens” (“canetas inteligentes”),<br />

com recursos que auxiliam a acertar<br />

a dosagem de insulina e outros, até<br />

as bombas de insulina, cada vez mais<br />

compactas e eficientes. Quanto mais<br />

cedo se diagnosticar a condição, mais<br />

eficientes e bem-sucedidos podem ser<br />

os tratamentos.<br />

E aí a inteligência artificial, como bem<br />

mostra o estudo da “Radiology”, se<br />

torna um instrumento que será cada<br />

vez mais valioso no trabalho médico.<br />

Capazes de aprender à medida em<br />

que processam mais e mais casos, as<br />

máquinas vão viabilizar diagnósticos<br />

mais precisos e cada vez mais cedo.<br />

A utilização da IA na medicina<br />

diagnóstica já existe – embora no<br />

Brasil isso seja ainda incipiente – para<br />

detectar casos de AVC, em exames de<br />

tomografia e ressonância magnética,<br />

para detectar nódulos de pulmão em<br />

Raio-X de tórax ou nódulos suspeitos<br />

em mamografias. Exames de imagem<br />

serão realizados cada vez mais, com<br />

maiores precisão e velocidade.<br />

A incorporação de avanços<br />

tecnológicos à área da saúde envolve,<br />

sem dúvida, questões éticas e legais.<br />

O Legislativo vem discutindo o<br />

marco regulatório da IA, e iniciativas<br />

semelhantes estão em curso em<br />

outros países – a União Europeia<br />

deve votar seu marco regulatório<br />

em outubro deste ano. Mas no Brasil<br />

ainda são necessários investimentos<br />

em pesquisa e desenvolvimento<br />

– inclusive para que os avanços<br />

também estejam disponíveis na<br />

saúde pública brasileira.<br />

Para o tratamento e prevenção contra<br />

diabetes (mas não só), diagnosticar<br />

Autores:<br />

Cesar Higa Nomura<br />

Diretor do Departamento de Radiologia do<br />

Instituto do Coração do Hospital das Clinicas da<br />

Faculdade de Medicina da Universidade de São<br />

Paulo (HC-FMUSP).<br />

de forma precoce é estratégico – e a<br />

inteligência artificial se mostra uma<br />

possibilidade de apoio consistente<br />

nesse esforço. E isso poderá ser levado<br />

para a detecção de outras doenças.<br />

O elemento humano não deixará<br />

de ser indispensável – as máquinas<br />

não substituirão os médicos em<br />

nenhum futuro além dos imaginados<br />

no cinema ou na literatura –, mas o<br />

apoio que receberá das máquinas que<br />

aprendem e auxiliam será cada vez<br />

mais bem-vindo, e mesmo essencial.<br />

Referência:<br />

Fully Automated Abdominal CT Biomarkers for Type 2 Diabetes<br />

Using Deep Learning<br />

Hima Tallam; Daniel C. Elton; Sungwon Lee; Paul Wakim; Perry J.<br />

Pickhardt; Ronald M. Summers.<br />

Radiology. Publicado online em: 5/4/2022<br />

Disponível em: https://pubs.rsna.org/doi/10.1148/radiol.211914<br />

Giovanni Guido Cerri<br />

Presidente do Conselho do Instituto de Radiologia<br />

(InRad) e presidente do Conselho de Inovação<br />

(InovaHC), ambos do Hospital das Clínicas da<br />

Faculdade de Medicina da USP, e vice-presidente do<br />

Instituto Coalizão Saúde (ICOS).<br />

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

93


CITOMETRIA DE FLUXO<br />

O QUE SÃO ANTICORPOS<br />

MONOCLONAIS?<br />

Por: Rafaele Loureiro de Azevedo, Helena Varela de Araújo e Bruna Garcia Nogueira<br />

Anticorpos monoclonais são<br />

proteínas, muito conhecidas por<br />

serem produzidas pelo nosso corpo<br />

para ajudar a combater infecções.<br />

Mas você sabia que anticorpos<br />

monoclonais podem ser produzidos<br />

in vitro para com outras finalidades?<br />

Esses anticorpos ligam-se especificamente<br />

ao epítopo de uma molécula, que<br />

conhecemos também como antígeno.<br />

Com essa capacidade de ligação,<br />

podemos então usar os anticorpos a<br />

nosso favor. Mas como? Em diagnóstico<br />

e imunoterapias, por exemplo.<br />

Vamos explicar…<br />

Nos diagnósticos, anticorpos<br />

monoclonais podem ser produzidos<br />

in vitro em determinados tipos<br />

de células. Essas células passam<br />

por uma engenharia genética e<br />

são modificadas para produzir o<br />

anticorpo de interesse, que vai se<br />

ligar e reconhecer especificamente<br />

o antígeno desejado (Figura 1). Na<br />

Citometria de Fluxo, por exemplo,<br />

utilizamos anticorpos monoclonais<br />

anti-CD para identificar e quantificar<br />

células que tenham especificamente<br />

o CD de interesse. Caso estejamos<br />

procurando um antígeno CD4 na<br />

superfície celular, utilizamos um<br />

anticorpo monoclonal anti-CD4.<br />

Nas imunoterapias, anticorpos<br />

monoclonais são desenvolvidos para<br />

ligar-se especificamente a antígenos<br />

in vivo, ou seja, são aplicados na<br />

Figura 1 - Imunização do camundongo com antígeno de interesse para produção de células híbridas produtoras de anticorpos monoclonais e sua subsequente utilização<br />

em Imunodiagnóstico, como a Citometria de Fluxo.<br />

94<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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CITOMETRIA DE FLUXO<br />

Figura 3 - Ação neutralizante de anticorpos monoclonais, impedindo a entrada do vírus na célula do hospedeiro.<br />

pessoa que necessita da terapia.<br />

Neste caso, os anticorpos ligam-se<br />

ao antígeno de interesse e poderão<br />

recrutar células do sistema imune<br />

para que estas destruam a célula<br />

oncológica, por exemplo.<br />

Também podemos citar o uso de<br />

anticorpos monoclonais com ação<br />

neutralizante. O que isso significa?<br />

Significa que esse anticorpo<br />

monoclonal liga-se ao antígeno de<br />

interesse na superfície de um vírus,<br />

por exemplo, impedindo sua entrada<br />

na célula humana, já que a proteína<br />

na superfície do vírus é responsável<br />

pela sua entrada na célula. Assim, a<br />

infecção não se estabelece e o vírus é<br />

eliminado pelo corpo (Figura 3).<br />

Autoras:<br />

Helena Varela de Araújo<br />

Biomédica graduada pela UFRN e pela University of Kent.<br />

Especialista em hematologia e citometria de fluxo pelo<br />

Hospital Albert Einstein. Tem MBA em Gestão de Saúde e<br />

diploma em Comunicação e Marketing. Assistente técnica<br />

do laboratório de citometria de fluxo do Whitehead<br />

Institute, MIT. Fundadora, administradora, criadora de<br />

conteúdo e professora do @HemoFlow.<br />

Rafaele Loureiro de Azevedo<br />

Bióloga graduada pela Universidade Estácio de Sá,<br />

CRBio/RJ 121828/02-D. Especialista em hematologia<br />

pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em<br />

Imunobiológicos por BioManguinhos/Fundação Oswaldo<br />

Cruz. Atualmente é analista de inovação e operações<br />

farmacêuticas da Fiocruz/RJ. Tem experiência em<br />

Controle de Qualidade, Citometria de Fluxo e expressão de<br />

anticorpos monoclonais in vitro. É criadora de conteúdo e<br />

professora do @HemoFlow.<br />

Bruna Garcia Nogueira<br />

Farmacêutica graduada pela UnB, CRF/SP 95286.<br />

Especialista em Hematologia pelo Hospital Albert<br />

Einstein, com aperfeiçoamento em Citometria de<br />

Fluxo pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Analista<br />

especializada em citometria de fluxo no Hospital<br />

Albert Einstein. Criadora de conteúdo e professora<br />

do @HemoFlow<br />

96<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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COLETA DE SANGUE<br />

NÃO CONFORMIDADES NA<br />

COLETA DE SANGUE<br />

*Continuação da Serie Publicada na <strong>Newslab</strong> <strong>Ed</strong>ição 170<br />

Por: Suzimara Tertuliano e Luciane Sarahyba<br />

Quando mencionamos o termo não<br />

conformidade, estamos nos referindo<br />

ao “não atendimento de um requisito<br />

pré-estabelecido”, podendo variar<br />

desde um requisito interno ou externo,<br />

estabelecido conforme a necessidade<br />

da instituição ou normas nacionais ou<br />

internacionais.<br />

O objetivo de tratar Não Conformidades<br />

é para evitar erros na coleta de<br />

amostras que ameaçam a qualidade<br />

das amostras, proteger os profissionais<br />

de saúde contra exposição acidental<br />

e impedir pacientes de lesões,<br />

complicações e erros médicos que<br />

possam resultar de amostras coletadas<br />

de maneira inadequada.<br />

É realmente preciso tratar as<br />

não conformidades?<br />

• Sim, é fundamental.<br />

11 - Erros pré Analiticos<br />

O laboratório de análises clínicas tem<br />

papel fundamental diante das decisões<br />

médicas, proporcionando segurança<br />

ao paciente ao implementar medidas<br />

de controle de qualidade.<br />

imagem: Freepik.com<br />

A fase pré-analítica é mais vulnerável<br />

a erros e acidentes e mais propensa a<br />

influenciar ações durante o tratamento<br />

do paciente. As principais não<br />

conformidades durante a fase préanalítica<br />

estão associadas ao volume<br />

da coleta insuficiente, coleta em tubos<br />

errados e a hemólise da amostra.<br />

Assim, ocasionam-se desconexões<br />

de resultados, gerando nova coleta<br />

que acarreta em um desconforto ao<br />

paciente como também um gasto<br />

supérfluo ao laboratório. O objetivo<br />

geral aqui é apontar as principais<br />

não conformidades durante a fase<br />

pré-analítica de um laboratório<br />

de análise clinica que interferem<br />

diretamente no correto diagnóstico<br />

e tratamento médico.<br />

Segretti, Fábio Rafael. Não conformidades<br />

laboratoriais na fase pré-analítica. 2020.<br />

32 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso<br />

(Graduação em Biomedicina) – Centro<br />

Universitário Anhanguera, Santo André, 2020.<br />

12 - Onde você está falhando<br />

Monitoramento do processo<br />

Deve ser constantemente acompanhado<br />

pelo gestor da fase pré-analítica, por meio<br />

de indicadores de desempenho, que<br />

devem ser bem detalhados, com metas<br />

bem estabelecidas, proporcionando<br />

melhor visualização do serviço, análise<br />

e atuação na prevenção de falhas, e que<br />

devem ser demonstrados a partir de<br />

gráficos: propiciando a adequação de<br />

metas dos processos, além de permitir o<br />

benchmarking entre os pares.<br />

98 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


São alguns exemplos de indicadores:<br />

porcentagem de recoletas, porcentagem<br />

de erro de identificação, porcentagem de<br />

hematomas, porcentagem de proporção<br />

inadequada de sangue para anticoagulante,<br />

porcentagem de condições inadequadas de<br />

transporte, entre outros.<br />

Todos os processos do laboratório devem<br />

ser embasados nas Diretrizes e Normas<br />

vigentes e definir a visão estratégica,<br />

missão e valores da empresa.<br />

13- Falha em situação de risco<br />

Gestão da equipe pré-analítica<br />

Ressaltamos a importância do<br />

gerenciamento em todas as etapas do<br />

pré-analítico, identificar e solucionar<br />

conflitos, dar e receber feedbacks<br />

de forma construtiva, planejamento<br />

eficaz, otimizando os processos e<br />

obtenção de resultados, tornando-se<br />

o diferencial no mercado.<br />

Capacitar profissionais, gerenciar e<br />

motivar equipes de alta performance,<br />

realizar padronização de procedimentos<br />

descritos de maneira clara sobre<br />

protocolos, através de ferramentas<br />

e técnicas de atendimento, coleta e<br />

transporte da amostra biológicas para<br />

monitorar e aumentar a eficiência e o<br />

desempenho da equipe e benefícios no<br />

clima organizacional.<br />

Treinamentos contínuos da equipe de<br />

coleta contribuem para evitar riscos<br />

e complicações associados à punção<br />

venosa, evitando eventos adversos. O<br />

MISSÃO E VALORES<br />

DIRETRIZES E NORMAS<br />

gestor deve prover treinamento, insumos<br />

e equipamentos necessários e preparar<br />

a equipe para lidar com situações de<br />

urgências e emergências que podem<br />

ocorrer na coleta de sangue, como<br />

síncope, convulsões, hipotensão postural,<br />

acidente vascular cerebral (AVC) e parada<br />

cardiorrespiratória, habilitando a equipe a<br />

atuar de maneira rápida e sistemática.<br />

14- Evitando evento adverso<br />

Experiência do paciente<br />

Experiência e satisfação do paciente<br />

são expressões distintas, que estão<br />

interligadas e em determinados<br />

momentos são codependentes.<br />

Excelência<br />

Precisão<br />

Qualidade<br />

Confiança<br />

Agilidade<br />

Credibilidade<br />

Segurança<br />

Diagnósticos corretos<br />

CLSI – Clinical and Laboratory Standards Institute<br />

SBPC- Sociedade Brasileira de Patologia Clínica - PALC -Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos<br />

SBAC - Sociedade Brasileira de Análises Clínicas - DICQ -SISTEMA NACIONAL DE ACREDITAÇÃO<br />

OMS- Organização Mundial de Saúde<br />

PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013-Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).<br />

RESOLUÇÃO - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013- Institui ações para a segurança do paciente em serviços<br />

de saúde e dá outras providências<br />

PORTARIA Nº 2.095, DE 24 DE SETEMBRO DE 2013Aprova os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente.<br />

PORTARIA Nº 1.377, DE 9 DE JULHO DE 2013 Aprova os Protocolos de Segurança do Paciente.<br />

ONA Organização Nacional de Acreditação<br />

Joint Commission International (JCI)<br />

Experiência do paciente<br />

É traduzida em estabelecer um cuidado<br />

seguro, de alta qualidade, atenção<br />

centrada ou cuidado centrado na<br />

pessoa e a excelência na experiência,<br />

manter o paciente satisfeito.<br />

Segundo The Beryl Institute, A<br />

Experiência do Paciente é o mais<br />

recente capítulo da humanização dos<br />

cuidados de saúde. Corresponde à<br />

soma de todas as interações, moldadas<br />

pela cultura da organização, que<br />

influenciam a percepção do paciente<br />

através da continuidade do cuidado.<br />

www.theberylinstitute.org<br />

COLETA DE SANGUE<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

99


COLETA DE SANGUE<br />

Seguem os três pilares da<br />

experiência do paciente<br />

• Cuidado seguro e de qualidade – não<br />

adianta área física linda e ter evento<br />

adverso – Segurança e qualidade<br />

estudos e práticas para eliminação<br />

de riscos na assistência em saúde que<br />

podem causar dano aos pacientes.<br />

• Atenção centrada no paciente<br />

ou cuidado centrado na pessoa<br />

(paciente ser tratado com dignidade<br />

e respeito, ter cuidado coordenado,<br />

paciente estar no centro e ter<br />

coordenação do cuidado com toda<br />

a equipe multiprofissional, cuidado<br />

coordenado, cuidado personalizado.<br />

Temos que seguir o protocolo da<br />

Instituição, porém individualizar o<br />

atendimento padronizado.<br />

• Excelência na experiência, é<br />

avaliar todos os pontos de contato<br />

com o paciente: ver o acesso físico<br />

facilitado junto à Instituição e aos<br />

profissionais de saúde, atendimento<br />

de forma ágil, interação humana<br />

(como ela acontece), as informações<br />

e orientações necessárias para o seu<br />

preparo, qual a oportunidade de<br />

melhorar e surpreender o paciente.<br />

15 - Identificando fragilidades<br />

Pesquisa de satisfação<br />

Ferramenta que recebe e fornece<br />

informações relevantes de seu cliente/<br />

paciente, e possibilita conhecimento,<br />

rastreamento dos seus processos e avalia<br />

pontos que não atingiram o resultado<br />

esperado, fornece subsídios para realizar<br />

as ações corretivas que visa abarcar a<br />

experiência do cliente/paciente com a<br />

Instituição, aumentar a produtividade e<br />

a satisfação dos clientes.<br />

Constantemente fornecer feedback de<br />

seus pacientes/clientes de atender às<br />

necessidades e expectativas.<br />

A pesquisa também nos proporciona<br />

conhecimento do mercado, definir o<br />

market share e desenvolver estratégias<br />

com foco em resultados.<br />

Como benefício, é possível citar<br />

a possibilidade de identificar<br />

fragilidades na estratégia e corrigilas,<br />

conhecer novos nichos e perfis de<br />

clientes que podem ser contemplados<br />

PREVENÇÃO DE ERROS<br />

e, principalmente, evitar equívocos<br />

nos investimentos futuros.<br />

16 - Gargalhos na produção<br />

Qualificação de fornecedor<br />

É a confirmação de que o fabricante<br />

cumpre com as especificações de<br />

acordo com as legislações vigentes<br />

e detém a qualidade de seus<br />

produtos ou serviços ofertados e<br />

que estes são realizados por meio<br />

de processo definido, com critérios<br />

e registros de avaliação e análise<br />

crítica estabelecidos no sistema de<br />

qualidade, garantindo a qualidade<br />

e qualificação de matérias primas -<br />

insumos nos serviços prestados.<br />

A qualificação do fornecedor traz<br />

benefícios na melhoria dos processos<br />

internos, diminuição dos gargalos na<br />

produção e atividades, minimiza o<br />

retrabalho, os desperdícios de recursos<br />

e aprimoramento do atendimento<br />

entre fornecedor e empresa, a<br />

rastreabilidade dos produtos e serviços<br />

e auxilia na prevenção de riscos.<br />

É importante verificar a relevância de<br />

atuar na revisão de processos com<br />

as áreas envolvidas, a interrelação<br />

paciente/ família, laboratório e equipe<br />

multiprofissional tendo como foco o<br />

olhar do cliente, sua jornada durante<br />

o atendimento e, consequentemente,<br />

o impacto em sua experiência.<br />

Qualificação dos fornecedores e a avaliação<br />

periódica dos insumos;<br />

Qualificação dos materiais e equipamentos;<br />

Controle de qualidade, calibração e validação dos<br />

equipamentos.<br />

100 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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COLETA DE SANGUE<br />

17 - Evitando variação<br />

significativa no resultado<br />

Não observância da influência<br />

do ritmo biológico<br />

A variação biológica dos parâmetros<br />

avaliados no laboratório clínico pode<br />

sofrer variação ao longo da vida,<br />

por estar relacionada às mudanças<br />

fisiológicas inerentes ao crescimento,<br />

envelhecimento, gravidez, menopausa<br />

e outras circunstâncias normais<br />

na vida de qualquer ser humano.<br />

Variações cíclicas previsíveis ocorrem<br />

em parâmetros laboratoriais que são<br />

afetados por influências ambientais,<br />

como por exemplos, as variações<br />

decorrentes das estações do ano, dos<br />

horários do dia e da noite, como a<br />

determinação do cortisol no sangue,<br />

que sofre alterações no decorrer do dia,<br />

sendo que dependendo do horário em<br />

que é feita a coleta pode haver variação<br />

significativa no resultado.<br />

18 – Apresentação equivocada<br />

Apresentação dos profissionais<br />

O atendimento ao cliente, preza por uma<br />

padronização de identidade institucional<br />

e deve atender requisitos das legislações<br />

e normas em vigor, como:<br />

Fatores que compõem a variação biológica:<br />

Idade<br />

Sexo<br />

Menarca<br />

Puberdade<br />

Ciclo menstrual<br />

Gravidez<br />

Pós parto<br />

Lactação<br />

Menopausa<br />

Consumo de etanol<br />

Consumo de café<br />

Tabagismo<br />

Exercício físico<br />

Variação intraindividual<br />

19 - Exposição a riscos<br />

Uso de Adornos<br />

R32 item 32.2.4.5 determina que<br />

o empregador deve vedar o uso de<br />

adornos nos postos de trabalho de<br />

todos os trabalhadores do serviço.<br />

São considerados adornos: alianças,<br />

anéis, pulseiras, relógios de uso<br />

Estresse<br />

Exposição à luz<br />

Permanência no leito<br />

Frio<br />

Jejum<br />

Deficiências nutricionais<br />

Dieta vegetariana<br />

Deficiências vitamínicas<br />

Xenobióticos<br />

Pressão sanguínea<br />

Polimorfismo<br />

Fatores étnicos<br />

Variações geográficas<br />

pessoal, colares, brincos, broches,<br />

piercings expostos, gravatas e crachás<br />

pendurados com cordão.<br />

Retirar adornos (anéis, pulseiras,<br />

relógio, brinco, piercing), uma<br />

vez que estes objetos acumulam<br />

microrganismos que podem não ser<br />

removidos; com a lavagem das mãos.<br />

• Manter cabelos compridos presos;<br />

• Usar calçados limpos, fechados e<br />

laváveis;<br />

• Manter as unhas naturais, limpas e<br />

curtas, não usar unhas postiças, evitar<br />

o uso de esmaltes nas unhas.<br />

imagem: Freepik.com<br />

102 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


20- Ausência ou falha na<br />

Higienização das mãos<br />

A Organização Mundial da Saúde<br />

(OMS), na sua iniciativa para a<br />

segurança do paciente, lançou<br />

em outubro de 2005 o primeiro<br />

desafio global para a segurança do<br />

paciente: Cuidado Limpo é Cuidado<br />

Seguro. Um dos objetivos deste<br />

desafio foi promover a segurança<br />

dos pacientes e profissionais, além<br />

de prevenir a infecção, por meio<br />

do aprimoramento de práticas de<br />

higienização das mãos.<br />

COLETA DE SANGUE<br />

A higienização das mãos é<br />

reconhecida mundialmente como<br />

uma medida primária, mas muito<br />

importante, no controle de infecções<br />

relacionadas à assistência à saúde.<br />

Por esse motivo, tem sido considerada<br />

como um dos pilares da prevenção<br />

e do controle de infecções nos<br />

serviços de saúde, incluindo aquelas<br />

decorrentes da transmissão cruzada<br />

de microrganismos multirresistentes.<br />

Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária – Anvisa (https://bvsms.<br />

saude.gov.br/bvs/publicacoes/<br />

seguranca_paciente_servicos_<br />

saude_higienizacao_maos.pdf)<br />

O processo de higienização das<br />

mãos não envolve somente a<br />

lavagem propriamente dita, mas<br />

requer infraestrutura, equipamentos,<br />

capacitação constante dos profissionais<br />

e verificação periódica desta prática.<br />

Referência Bibliográfica<br />

• Suzimara A. Oliveira; SARAHYBA, L. C. . Ações para evitar erros na coleta de sangue. In: Nairo Massakazu Sumita. (Org.). Recomendações<br />

da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial (SBPC/ML) Boas práticas em laboratório clínico. 1ªed.Barueri SP<br />

Brasil: <strong>Ed</strong>itora Manole Ltda, 2020, v. 1º, p. 1-594.<br />

• Oliveira SAVT, Silva LCS, Valor do pré-analítico para amostras de sangue. São Paulo: Sarvier; 2015.<br />

• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Nacional de Segurança do Paciente: Protocolo de identificação do paciente. 2013.<br />

Autoras:<br />

Suzimara Aparecida Vicente Tertuliano de Oliveira<br />

Enfermeira. Habilitação Médico-Cirúrgico e Licenciatura pela UNIARARAS. Sócia<br />

fundadora da Empresa Suzimara & Sarahyba Consultoria e Treinamento Ltda.<br />

Consultora para projetos em Patologia Clínica, Gestão Laboratorial e Gestão da<br />

Qualidade. Atuou como Gestora e Coordenadora de Enfermagem da Divisão<br />

de Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da<br />

Universidade de São Paulo (DLC-HCFMUSP) e do Laboratório do Instituto do<br />

Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Co- Fundadora da coleta ambulatorial no<br />

Laboratório do Insituto do Cancer do Estado de São Paulo (ICESP). Auditora Interna<br />

em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001: 2015, ISO 14001: 2015, OHSAS<br />

18001:2007, Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos da Sociedade<br />

Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (PALC-SBPC/ML) e Programa<br />

de Acreditação do College of American Pathologists (CAP).<br />

Luciane de Carvalho Sarahyba da Silva<br />

Biomédica. Graduada pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Sócia Fundadora<br />

da Empresa Suzimara & Sarahyba Consultoria e Treinamento Ltda. Co-fundadora<br />

da Seção de Biologia Molecular da Divisão de Laboratório Central do Hospital das<br />

Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DLC-HCFMUSP).<br />

Especialista em gestão e coordenação em processos de biologia molecular e<br />

administração laboratorial. MBA em Gestão em Saúde pela Fundação Getúlio<br />

Vargas (FGV). Pós-graduação lato senso em Patologia Clínica pela Universidade<br />

de São Paulo (USP). Pós-graduação lato senso em Administração Hospitalar pela<br />

EAESP-FGV. Membro do Comitê da Qualidade da Sociedade Brasileira de Patologia<br />

Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML). Auditora pelo Programa de Acreditação<br />

do Colégio Americano de Patologistas (CAP) em Biologia Molecular, auditora nos<br />

Sistemas de Gestão da Qualidade: Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos<br />

da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (PALC-SBPC/ML),<br />

ISO 9001:2015, ISO 14001:2015, OHSAS 18001:2007.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

103


BIOSSEGURANÇA<br />

BIOSSEGURANÇA EM FOCO:<br />

APARELHOS CELULARES E OS RISCOS À SAÚDE<br />

Por: Gleiciere Maia Silva e Jorge Luiz Silva Araújo-Filho.<br />

Os aparelhos celulares fazem parte<br />

da rotina diária da maior parte das<br />

pessoas, desde a criação do telefone,<br />

em 1973 em Nova Iorque (EUA),<br />

até os dias atuais houveram várias<br />

modificações inclusive na forma da<br />

sociedade lidar com esse tipo de<br />

tecnologia. Passou a ser além de<br />

entretenimento, forma de trabalho,<br />

entretanto existem riscos atrelados ao<br />

mau uso deste item indispensável.<br />

Pesquisas indicam que a cada 10<br />

brasileiros, 7 usam o celular com<br />

frequência. Esse número tendo<br />

a aumentar no público da faixa<br />

etária entre 16 aos 37 anos, e ficar<br />

muito tempo no celular é capaz de<br />

causar problemas tanto posturais,<br />

sobrecarregando a coluna e podendo<br />

levar a fadiga muscular, quanto<br />

interferir na qualidade do sono.<br />

O uso do celular com alta frequência<br />

reduz o sono por interferir nos níveis<br />

de melatonina, contribuindo para<br />

a fadiga, mal humor e cansaço.<br />

Pesquisas indicam que a longo prazo<br />

o descanso inadequado contribui para<br />

doenças crônicas, tais como: diabetes,<br />

infarto desenvolvimento do câncer a<br />

problemas psicossomáticos, incluindo<br />

estresse, ansiedade, depressão.<br />

De forma cientifica, quando o contexto<br />

é biossegurança e microbiologia, o ato<br />

de estarmos constantemente usando<br />

aparelhos celulares e eletrônicos,<br />

contribui para contaminação dos<br />

mesmos com microrganismos que<br />

fazem parte da microbiota normal<br />

do individuo ou microrganismos<br />

patógenos.<br />

O principal fator para proliferação<br />

microbiológica nos aparelhos celulares<br />

é o fato de serem objetos pequenos e<br />

fáceis de serem transportados para<br />

quaisquer locais, tais como banheiros<br />

e lugares que tenham resíduos de<br />

grande quantidade de contaminação.<br />

Atrelado a isso, o hábito de não lavar<br />

as mãos ao manusear o dispositivo,<br />

emprestá-los para outras pessoas,<br />

contribuem para diversidade<br />

microbiológica nesses aparelhos.<br />

Dentre os principais microrganismos<br />

encontrados nos aparelhos<br />

telefônicos por diversos estudos,<br />

podemos destacar Staphylococcus<br />

aureus meticilina resistente (MRSA),<br />

Staphylococcus aureus meticilina<br />

sensível (MSSA), Staphylococcus<br />

coagulase negativo, Micrococcus ssp.,<br />

Streptococcus viridans, Enterococcus<br />

feacalis, Escherichia coli, Kleibsiella<br />

pneumoniae, Bacillus spp e<br />

Pseudomonas aeruginosa.<br />

104<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


BIOSSEGURANÇA<br />

Os diversos trabalhos disponíveis<br />

sobre essa problemática são unanimes<br />

Evidenciou o aparecimento da<br />

bactéria Staphylococcus aureus como<br />

de aparelhos celulares de profissionais<br />

de saúde de diferentes setores em um<br />

em afirmar que independendo dos<br />

uma contaminação comum por estar<br />

hospital da região metropolitana do<br />

hábitos de cada pessoa, há presença<br />

presente na microbiota normal da<br />

Recife, Pernambuco-Brasil, foram<br />

de uma grande diversidade de<br />

pele, porém a presença de bactérias<br />

investigados dados microbiológicos<br />

patógenos.<br />

fecais associa-se pela ausência de<br />

provenientes de 10 isolados de<br />

higienização do aparelho.<br />

aparelhos celulares de profissionais de<br />

Diante disso, alguns cuidados são<br />

saúde e avaliados quanto ao agente e<br />

importantes para manter esses<br />

Outra análise realizada no Município<br />

o potencial de formação de biofilme.<br />

aparelhos limpos, e dessa forma<br />

de Marília SP, na qual foram analisados<br />

reduzir o processo de contaminação.<br />

52 aparelhos celulares, constataram<br />

Diante dos resultados encontrados,<br />

O ato de higienização das mãos reduz<br />

o crescimento microbiológico em<br />

os microrganismos isolados<br />

significativamente a carga microbiana,<br />

todas as amostras. Nesta pesquisa foi<br />

foram as espécies Acinetobacter<br />

uma vez que, existem estudos<br />

comparada dois públicos diferente:<br />

baumannii, Klebsiella pneumoniae,<br />

comparando a quantidade de UFC<br />

Comunidade e Hospitalar; os celulares<br />

Pseudomonas<br />

pseudoalcaligenes,<br />

(Unidades Formadoras de Colônias)<br />

que teve origem comunitária (uso da<br />

Pseudomonas putida, Staphylococcus<br />

observadas antes e depois da limpeza.<br />

população) teve uma predominância<br />

aureus e Staphylococcus epidermidis.<br />

de bactérias Gram positivas, e as de<br />

O estudo concluiu que os aparelhos<br />

Um estudo realizado por Teixeira<br />

origem hospitalar (uso interno do<br />

celulares são fontes importantes da<br />

e Silva (2017) mostra que após<br />

hospital) apareceu em maior número<br />

propagação da resistência bacteriana,<br />

as análises de 30 celulares de<br />

as bactérias Gram negativas.<br />

sendo necessário melhores processos<br />

universitários e docentes da Faculdade<br />

de higienização para o seu uso no<br />

de Apucarana identificou que<br />

No estudo de Silva e colaboradores<br />

ambiente clínico e terapêutico, para<br />

houve crescimento microbiológico<br />

(2022), no qual foram analisados o<br />

que o mesmo não ponha em risco os<br />

em 100% das amostras testadas.<br />

perfil de isolados bacterianos oriundos<br />

pacientes nos leitos de UTI’s.<br />

106<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Outro estudo, aponta a questão<br />

da distração dos profissionais que<br />

manuseiam esses aparelhos durante<br />

o atendimento, não só na área da<br />

saúde, como em outras atividades<br />

ocupacionais.<br />

Com isso, medidas de Biossegurança<br />

na higienização desses aparelhos são<br />

essenciais, contudo, o uso de alguns<br />

produtos químicos, como cloro,<br />

água sanitária ou álcool líquido com<br />

alta concentração, podem danificar<br />

a tela do smartphone. Ao realizar<br />

a higienização, certifique que seu<br />

aparelho se encontra desligado. É<br />

também necessário retirar a capa e<br />

desconectar cabos e acessórios. O<br />

produto muito utilizado e eficiente é o<br />

álcool isopropílico com concentração<br />

de 70%, uma vez que tem na sua<br />

composição tem pouca água, o que<br />

evita a oxidação das peças.<br />

A higienização deverá ser realizada<br />

com um pano apropriado, de<br />

preferência macio que não solte<br />

fiapos. Como por exemplo pano<br />

de microfibra. As capas também<br />

são ferramentas de limpeza uma<br />

vez que elas podem acumular<br />

microrganismos.<br />

Para tanto, medidas como higienização<br />

das mãos constantemente e a<br />

higienização dos telefones, bem<br />

como protocolos de uso correto do<br />

aparelho celular no ambiente clínico<br />

podem contribuir com a diminuição<br />

dessa problemática e manter a saúde<br />

dos usuários, evitando assim veículo<br />

de propagação de microrganismos,<br />

inclusive aqueles resistentes aos<br />

antimicrobianos.<br />

Biossegurança precisa estar presente<br />

em todos os ambientes, incluindo os<br />

locais de trabalho, até nossa casa. É<br />

uma cultura que precisamos fortalecer.<br />

Referências<br />

•Sousa, F. D. C. A., Mineiro, A. C. B., de Melo Araújo, R. F., de<br />

Oliveira, E. H., da Silva, W. C., de Sousa Rodrigues, L. A., & de<br />

Siqueira Coelho, L. (2020). Detecção de bactérias em diversos<br />

locais em um centro universitário de ciências da saúde. Research,<br />

Society and Development, 9(2), e120921966- e120921966.<br />

•Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Detecção e Identificação<br />

de Bactérias de Importância Médica. mod.5. Brasília: Anvisa, 2004.<br />

Disponível em: acessado em 08 de março de 2018.<br />

•Person, O. C. et al. Avaliação da flora bacteriana dos fones de<br />

ouvido de telefones públicos e hospitalares de Marilia. <strong>Revista</strong><br />

Arquivo Médico ABC, v.30, n.1, p.34-38, Jan/Jun., 2005. Disponível<br />

em: acessado em 09 de novembro de 2018.<br />

•Teixeira, F. N.; silva, C. V. da. Análise Microbiológica em Telefones<br />

Celulares. <strong>Revista</strong> F@pciência. Apucarana, PR, v.11, n. 3, 2017.<br />

Disponível em: acessado em 25 de março de 2018.<br />

•Silva E.L; Macedo, L.S; .alcão de Lima, M.S; Silva, G,M. Avaliação<br />

Microbiológica de aparelhos celulares como fonte de propagação<br />

da resistência bacteriana. Research, Society and Development, v.<br />

11, n. 3, e49011326759, 2022.<br />

Gleiciere Maia Silva<br />

(@profa.gleicieremaia)<br />

Biomédica, Especialista em Micologia, Mestre em Biologia<br />

de Fungos e Doutoranda em Medicina Tropical.<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, mestre em patologia, doutor em biotecnologia;<br />

palestrante e consultor em biossegurança.<br />

Contato: jorgearaujofilho@gmail.com


LADY NEWS<br />

MERCADO DIAGNÓSTICO<br />

A PALAVRA DE ORDEM É INTERAÇÃO!<br />

Por: Silvania Ramalho<br />

Quando deixamos de participar<br />

ativamente de atualizações, dos<br />

eventos da nossa categoria, estamos<br />

permitindo que o abismo do<br />

individualismo nos distancie cada vez<br />

mais de um mercado tão competitivo.<br />

Encontros que promovem reuniões<br />

importantes para o mercado<br />

laboratorial com pautas e assuntos<br />

atemporais, como por exemplo a<br />

reformulação da RDC 302, ação tão<br />

urgente e tão desejada, acontecem<br />

debaixo dos nossos olhos e, por<br />

acharmos que não vamos conseguir<br />

aproveitar nada destes eventos,<br />

simplesmente os ignoramos.<br />

Oportunidades diversas de ouvir<br />

soluções encontradas por modelos<br />

de negócios tão semelhantes e às<br />

vezes fórmulas encontradas em<br />

centros tão diversos. Quem disse<br />

que o interior também não pode<br />

sugerir para a capital e vice versa?<br />

Vivenciamos ativamente nos<br />

últimos tempos o quanto o<br />

isolamento pode nos causar danos<br />

irrecuperáveis em alguns casos.<br />

Quantos colegas de profissão<br />

se viram obrigados a alterar<br />

suas estruturas, fechar unidades<br />

de coleta em função de uma<br />

pandemia inesperada que causou<br />

incertezas no mundo todo.<br />

E agora estamos diante do retorno<br />

aos congressos, feiras, hora de<br />

receber visita presencial e conciliar<br />

também reuniões on-line. Hora de<br />

buscar ações concretas em soluções<br />

diagnósticas. Muitas palavras estão<br />

em alta como atualizar, evoluir,<br />

avançar, diversificar, reinventar, mas<br />

nunca uma palavra fez tanto sentido<br />

nos últimos tempos … a palavra<br />

parceria. Abrir parcerias, somar<br />

esforços, multiplicar ideias, estas<br />

ações nunca estiveram tão em uso<br />

como agora neste pós pandemia.<br />

E nós, os sobreviventes, temos muito<br />

que ensinar e aprender com essa<br />

experiência. Somos responsáveis<br />

diretos por nossa continuidade<br />

no mercado de análises clínicas<br />

quanto à adaptação em novos<br />

modelos que proporcionem<br />

uma experiência diferenciada e<br />

fidelizadora aos pacientes. Que por<br />

hora também são clientes, quando<br />

eles vêm em busca de soluções<br />

em diagnóstico. Aquelas opções a<br />

mais que temos tirado da cartola,<br />

oferecer uma vacina, um brinde<br />

surpresa para a futura mamãe,<br />

um cartão de aniversário, oferecer<br />

uma experiência com tecnologia<br />

(teleconsulta, óculos virtuais,<br />

avaliação do equilíbrio), a tão<br />

esperada inteligência artificial que<br />

chegou para mudar parâmetros e<br />

alcançar novos espaços.<br />

Deixamos de ser atendimento<br />

receptivo há muitos anos, quando as<br />

108<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


LADY NEWS<br />

primeiras experiências de encontro às<br />

de trabalho ou pela oportunidade<br />

E o que este estande oferecia?<br />

necessidades do paciente começaram<br />

de oferecer uma experiência<br />

Simples, objetivo e prático.<br />

a aparecer no mercado, o formato<br />

diferenciada ao paciente.<br />

Entretenimento, network, educação<br />

de coleta domiciliar hoje já é uma<br />

continuada e a vontade de interação.<br />

necessidade básica onde proporciona<br />

Dentro da OFAC Brasil conheci o<br />

Ver o mesmo com outros olhos.<br />

ao paciente a segurança de não se<br />

grupo OFAC Business, um grupo<br />

expor a uma contaminação quando a<br />

de negócios. Neste grupo ouvimos<br />

Oferecendo uma plataforma com<br />

imunidade deste paciente compromete<br />

dores, soluções, medos, mas acima<br />

ensino à distância com assuntos<br />

sua segurança. Precisamos pensar em<br />

de tudo a vontade de reunir forças<br />

como "Estratégias para Amplificar<br />

alternativas que customizem os nossos<br />

e esforços para alcançarmos muito<br />

o seu negócio", com uma didática<br />

serviços às necessidades físicas do<br />

mais que um negócio, por que<br />

de abordagem de mercado e o<br />

nosso público alvo.<br />

acima de sermos empresários,<br />

compartilhamento de cases de<br />

negociadores, gestores, somos<br />

regiões diversas. Um outro assunto<br />

Quantos laboratórios durante a<br />

cientistas, fomentadores de<br />

que me chamou atenção foi o<br />

pandemia ofereceram serviços de<br />

dados bioestatísticos, fornecendo<br />

curso sobre "Equipamentos de<br />

coleta domiciliar, drive thru de<br />

informações muito além do que<br />

Hematologia" com um olhar técnico<br />

coleta para COVID, vendo que este<br />

somente o apoio diagnóstico.<br />

científico mais profundo que<br />

formato seria uma interessante<br />

questões relacionadas ao laudar, ao<br />

forma que limitava o grande<br />

E você já esteve em um desses<br />

reconhecimento de estruturas, mas<br />

número de pacientes na sala de<br />

grupos? Já se permitiu revisitar<br />

exemplificando na prática com um<br />

espera, evitando notificações da<br />

feiras e eventos da área? No último<br />

olhar mais crítico entre o científico<br />

vigilância por aglomeração de<br />

CONGIPLAB, um estande me<br />

e o técnico.<br />

pessoas, reduzindo a circulação do<br />

chamou a atenção pela capacidade<br />

vírus e contaminação da equipe<br />

de atração, o estande da OFAC Brasil.<br />

Todos estes cursos com um modelo<br />

110<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


de associativismo de fácil acesso,<br />

paciente, o scanner de veias estava<br />

diagnóstico. Não aceitar e mergulhar<br />

LADY NEWS<br />

custo acessível e oferecendo além<br />

no Congresso para demonstração,<br />

nessas mudanças é não garantir<br />

do teórico a oportunidade de ouvir<br />

soluções em biologia molecular<br />

a prosperidade da sua estrutura.<br />

colegas de outras regiões.<br />

para pequeno e médio porte,<br />

É hora de abrir para o novo, ouvir,<br />

soluções em coleta, entre outras<br />

falar, buscar, experimentar, adaptar,<br />

Foram dois dias com promoção<br />

empresas, entre outros modelos<br />

oferecer e o mais importante<br />

de interação. E por ali passaram<br />

de parcerias. Basta olhar com olhos<br />

interagir … agir. Ação!<br />

gestores, técnicos, formadores<br />

de prosperidade, visitar uma feira<br />

de opiniões e de negócios com a<br />

ou um congresso ou passear por<br />

E nada mais oportuno que o<br />

disponibilidade de abrir espaço para<br />

um estande. Mesmo que ali esteja<br />

momento atual, aproveitem os<br />

o novo formato de negócios que o<br />

uma oportunidade já conhecida, é<br />

eventos, aproveitem a temporada<br />

mercado tem nos requisitado.<br />

grandioso confirmar que a nossa<br />

de Congressos que se abre agora<br />

expectativa também mudou. Esse<br />

no primeiro trimestre de 2022, com<br />

Porque a nossa transformação vem<br />

outro olhar pode sim ser uma<br />

calendários até o final do ano.<br />

desse termômetro que é o mercado<br />

oportunidade de negócio.<br />

diagnóstico, a quanto tempo se<br />

Congressistas sejam bem<br />

fala em soluções que provoquem<br />

É importantíssimo flexibilizar para<br />

vindos ao novo momento, nos<br />

uma nova experiência para o<br />

atender às mudanças do mercado<br />

vemos em breve!!!<br />

Autora:<br />

Silvania Ramalho<br />

Bioquímica Farmacêutica - Gerente de Novos Negócios e Estratégias e Assessora Científica.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

111


HEMATOLOGIA<br />

HIPOCROMIA, AFINAL O QUE DEVEMOS<br />

VER, HCM OU CHCM?<br />

Por: Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite. PhD<br />

A quantidade de hemoglobina por<br />

eritrócito é calculada por equipamentos<br />

hematológicos, dividindo a dosagem<br />

de hemoglobina (Hgb) pelo número<br />

de eritrócitos presentes em um<br />

mesmo volume de sangue. O HCM<br />

(hemoglobina corpuscular média)<br />

é um índice exato e bom para<br />

definição de hipocromia (HCM


S-Monovette ®<br />

Citrato<br />

SISTEMA FECHADO PARA<br />

COLETA DE SANGUE<br />

PARA EXAMES DE<br />

COAGULAÇÃO<br />

VOLUMES DISPONÍVEIS<br />

1.4 até 8.2 ml<br />

+<br />

+<br />

+<br />

+<br />

Vida útil estendida que auxilia na prevenção de desperdícios<br />

O vácuo fresco garante a quantidade correta e resultados confiáveis<br />

Boa qualidade de amostra garantida sem contaminação por magnésio<br />

Compatibilidade com os principais analisadores<br />

+ De acordo com as exigências da Organização Mundial da Saúde (OMS)<br />

e do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)<br />

SARSTEDT LTDA<br />

Rodovia Marechal Rondon, Km 126<br />

CEP 18546-412 - Bairro Avecuia - Porto Feliz - SP<br />

Tel: +55 11 4152-2233


LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

AS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DO<br />

GRUPO PRIME ESTÃO A TODO VAPOR NO RIO DE JANEIRO!<br />

A unidade situada em Duque de Caxias, na Baixada<br />

Fluminense, conta com uma estrutura moderna<br />

para garantir um fluxo de estoque organizado e<br />

contínuo, principalmente na área da saúde.<br />

Quando falamos de logística para a saúde, a<br />

organização é um item indispensável. Ainda<br />

mais em um cenário como o Rio de Janeiro e<br />

sua região metropolitana, que juntos somam<br />

aproximadamente 10 milhões de habitantes. Nesse<br />

contexto, a gestão do transporte e armazenamento<br />

dos equipamentos médicos hospitalares deve ser<br />

feita por mãos especializadas no assunto.<br />

Com quase duas décadas de experiência e<br />

uma equipe altamente capacitada, o Grupo<br />

Prime é especialista na logística de materiais<br />

e equipamentos relacionados à área da saúde,<br />

com certificação ANVISA. E a filial carioca segue<br />

o mesmo padrão de qualidade nas operações,<br />

garantindo a distribuição logística dos grandes<br />

hospitais e laboratórios do Rio de Janeiro.<br />

A Unidade Grupo Prime - Duque de<br />

Caxias está estabelecida em uma<br />

área total de 4.115m², sendo destes,<br />

3.600m² de área fabril. E esse tamanho<br />

todo permite mais versatilidade nas<br />

operações de armazenagem, com opção<br />

de organização para até 5.000 posições<br />

paletes que solucionam o fluxo de<br />

pequenos, médios e grandes estoques.<br />

114<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

Além do amplo espaço que garante mais<br />

segurança nas atividades, a filial ainda<br />

conta com equipamentos de última geração<br />

e softwares inteligentes que automatizam<br />

processos operacionais, otimizando a<br />

produtividade em cada etapa.<br />

Mas a logística focada na área da saúde<br />

requer alguns cuidados especiais em relação<br />

aos serviços de transporte e armazenamento<br />

convencionais. E quem se disponibiliza<br />

a atender esse mercado precisa ter uma<br />

estrutura preparada com controle da<br />

temperatura ambiente.<br />

A filial carioca do Grupo Prime dispõe de<br />

uma frota com veículos refrigerados e câmara<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

fria de 150 m² para receber cargas com<br />

necessidades específicas de conservação.<br />

E não é só no assunto saúde que o Grupo<br />

Prime tem autoridade. A unidade de Duque<br />

de Caxias também é especializada na<br />

logística de equipamentos de tecnologia<br />

para a área das telecomunicações, com<br />

soluções especializadas no transporte e<br />

armazenamento desses materiais.<br />

A unidade do Grupo Prime no Rio de<br />

Janeiro está estrategicamente localizada<br />

no Condomínio GLP, que fica na Rodovia<br />

Washington Luiz, 20755 - Galpão 24, Módulo<br />

4, Vila Santo Antônio, em Duque de Caxias.<br />

Quer conhecer as operações logísticas do<br />

Grupo Prime de perto?<br />

Acesse www.grupoprimecargo.com.br<br />

e saiba mais!<br />

Tel.: +55 11 4280-9110<br />

E-mail: comercial@primecargo.com.br<br />

115


INFORMES DE MERCADO<br />

Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />

dos produtos e lançamentos do setor.<br />

Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />

Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />

QUICKSTAR E LINHA QUICKTEST:<br />

EFICIÊNCIA E QUALIDADE<br />

A In Vitro Diagnóstica sempre foi destaque no<br />

mercado brasileiro de diagnóstico in vitro por<br />

ser inovadora. Portanto, lança no mercado<br />

um equipamento moderno, adaptável as<br />

necessidades do mercado brasileiro e com<br />

configurações diferenciadas que otimizam a<br />

rotina laboratorial.<br />

O QuickSTAR é um equipamento de<br />

imunofluorescência, para leitura quantitativa e<br />

qualitativa, que alinha alta tecnologia, qualidade<br />

e praticidade em todas as suas funcionalidades.<br />

O seu portfólio de produtos – linha QuickTEST<br />

é exclusivo e apresenta características<br />

diferenciadas e seguras.<br />

Além de esteticamente bonito e leve, a bateria<br />

interna garante mobilidade e alta eficiência<br />

longe das tomadas, o que possibilita um<br />

rápido e confiável diagnóstico em qualquer<br />

lugar. Pensando ainda na agilidade, embora<br />

seja pequeno e semiautomático, possui<br />

uma tecnologia inigualável através da sua<br />

funcionalidade que permite a leitura simultânea<br />

de testes multiparâmetros. Todas as suas<br />

características foram desenhadas utilizando<br />

alta tecnologia e o seu software em português<br />

permite um fácil entendimento e manuseio.<br />

Pensando ainda em facilitar a rotina laboratorial,<br />

através de resultados confiáveis e seguros, mas<br />

mantendo as características que diferem testes<br />

comuns de um verdadeiro “point of care testing”,<br />

a linha de produtos QuickTEST, dedicada para<br />

uso no equipamento QuickSTAR, apresenta<br />

vantagens que facilitam a coleta de amostra<br />

e a execução do teste. Dentre essas vantagens<br />

destacamos que não é necessário pré-diluição<br />

de amostras, que é possível utilizar sangue total<br />

e que os protocolos para execução e leitura dos<br />

testes são padronizados.<br />

O QuickSTAR foi desenvolvido nos mínimos<br />

detalhes, com diferenciais exclusivos que<br />

garantem o seu destaque como um produto<br />

moderno, competitivo e de alta qualidade. Com<br />

um portfólio completo, a linha QuickTEST<br />

engloba diversos parâmetros: marcadores<br />

cardíacos, marcadores inflamatórios, marcadores<br />

tumorais, doenças respiratórias, doenças<br />

infecciosas, função renal, função digestiva,<br />

tireoide, diabetes, alergia, vitamina, derrame<br />

cerebral e detecção de drogas.<br />

Como parte da linha que contribui neste<br />

cenário de enfrentamento da COVID-19, a<br />

In Vitro destaca:<br />

COVID-19 Ag - Kit para detecção do antígeno<br />

SARS-CoV-2 causador da COVID-19.<br />

COVID-19 nAb - Kit para detecção de anticorpos<br />

neutralizantes anti-SARS-CoV-2, importante<br />

para o monitoramento do nível de anticorpos<br />

que neutralizam a virulência do vírus causador<br />

da COVID-19.<br />

D-Dímero – Kit para detecção de<br />

D-Dímero, fundamental para diagnóstico e<br />

acompanhamento do quadro trombótico de<br />

pacientes com COVID-19.<br />

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telefone (31) 99973-2098<br />

116<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


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HEMATOLOGIA<br />

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• Soro Anti – B<br />

• Soro Anti – AB<br />

• Soro Anti – Humano (Anti-IgG e Anti-C3d)<br />

• Soro Anti – D (Blended)<br />

• Controle Rh<br />

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QUALIDADE<br />

GARANTIDA<br />

QUALIDADE<br />

• Anticorpos altamente específicos;<br />

• Maior sensibilidade, formando<br />

grumos coesos;<br />

• Maior avidez, tornando a leitura<br />

mais rápida;<br />

• Acima das especificações exigidas<br />

pelos Hemocentros.<br />

Qualidade e segurança para resultados precisos<br />

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VANGUARDA TRAZENDO AO MERCADO UMA LINHA DE<br />

PRODUTOS GENUINAMENTE NACIONAIS, DEDICADOS À<br />

COLETA DE DNA<br />

As descobertas no campo da genética<br />

aplicadas à saúde humana, são surpreendentes<br />

e ganham cada vez mais protagonismo na<br />

medicina, abrindo espaço já no presente e no<br />

futuro para ações de prevenção e cura jamais<br />

antes imaginados.<br />

Vivemos hoje uma era em que especificidade<br />

e precisão diagnósticas fazem da medicina<br />

menos uma arte, como se usava dizer, e mais<br />

uma verdadeira ciência, com seus melhores<br />

predicados.<br />

Tais progressos, muitos deles centrados<br />

nas técnicas de biologia molecular, elevaram<br />

diagnósticos e tratamentos a outro patamar<br />

de precisão, especificidade e sensibilidade.<br />

Aos Laboratórios de Análises Clínicas e<br />

Patologia, grandes estrelas desse novo mundo,<br />

cabe a missão de tornar acessível e viável a<br />

oferta de exames diagnósticos e prognósticos<br />

de doenças infecciosas, desordens genéticas<br />

hereditárias e câncer.<br />

Com um já longo caminho já percorrido<br />

nessa maravilhosa trilha e com muito<br />

mais ainda por vir, o Grupo Kolplast, mais<br />

uma vez, se apresenta na vanguarda,<br />

trazendo ao mercado uma linha de produtos<br />

genuinamente nacionais, dedicados à coleta<br />

de DNA, colaborando dessa forma para que,<br />

com preços adequados e acessibilidade, mais e<br />

mais pacientes, e mesmo cidadãos saudáveis,<br />

em busca de orientações preditivas, possam<br />

se beneficiar desse progresso.<br />

Destacam-se, entre outros, os kits para<br />

coleta de saliva, kits para coleta de esfregaço<br />

de mucosa oral, swabs e kits para coleta de<br />

outros materiais biológicos que constituem<br />

a base para o diagnóstico com técnica de<br />

biologia molecular. Como mandam as boas<br />

técnicas, todos esses produtos são produzidos<br />

com Boas Práticas de Fabricação, esterilizados<br />

a óxido de etileno e, consequentemente,<br />

livres de DNA humano amplificável, DNases<br />

e RNases.<br />

O Grupo Kolplast, ombreando-se aos maiores<br />

e melhores produtores mundiais desses itens,<br />

também emprega, especificamente para os<br />

swabs, as microcerdas de nylon, tecnologia<br />

considerada “padrão ouro” permitindo maior<br />

eficiência na coleta e melhor eluição do<br />

material coletado. Tais swabs tem ampla<br />

aplicação clínica e industrial, destacandose<br />

as amostras com organismos bacterianos<br />

ou virais, análise ambiental, de segurança<br />

alimentar, forense, testes de DNA, coleta de<br />

amostras de pele, uretra, nasal, anal, vaginal<br />

ou oral.<br />

Fale conosco para mais informações!<br />

Central de Relacionamento Grupo Kolplast<br />

11 4961-0900<br />

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118<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


HAGELAB, CHEGAMOS PARA SOMAR E ENTREGAR<br />

SOLUÇÕES A TODOS<br />

HAGELAB já entrega soluções ao<br />

mercado, e complementa a linha dos<br />

parceiros e fabricantes.<br />

Gerando periodicamente certificados de<br />

segurança digitais que garantem a imutabilidade<br />

dos dados.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Podemos considerar que a grande maioria<br />

das empresas surgem no mercado para<br />

implantação de serviços e produtos próprios<br />

e que praticamente na sua totalidade entram<br />

para concorrer com algo já existente, seja<br />

similarmente ou apresentando inovações.<br />

A HAGELAB vem de forma disruptiva<br />

para entregar soluções a todos os<br />

parceiros, empresas, serviços e clientes,<br />

complementando o ecossistema e acima<br />

de tudo sendo capaz de acrescentar<br />

personalização a cada necessidade.<br />

Fomos concebidos dentro da necessidade<br />

de inovação e gestão 4.0, viemos a<br />

complementar o que já está em uso para não<br />

haver a necessidade de altos investimentos<br />

e substituição de equipamentos, acessórios<br />

e periféricos.<br />

Com a experiência e a expertise adquiridas<br />

ao longo dos últimos tempos, seja com o<br />

desenvolvimento de hardwares e softwares,<br />

fizemos e fazemos o que nos diferencia do mercado:<br />

“Nós entregamos a experiência da implantação” e<br />

não só entregamos solução, como prestamos toda<br />

a assessoria e consultoria necessária.<br />

Nossas soluções podem ser instaladas em todo<br />

e qualquer equipamento o qual você deseje<br />

monitorar, rastrear, inventariar ou controlar, desde<br />

uma câmara de vacina até um sistema completo<br />

de automações.<br />

Consulte-nos para que possamos entregar o que<br />

temos de melhor a você.<br />

Nossa solução tem um sistema de segurança<br />

baseado no conceito Blockchain.<br />

Convertemos as informações em “hashes”, com<br />

provas de trabalho, com correntes para checagem<br />

da integralidade das informações assim como é feito<br />

em cadeias de blocos, porém, de forma privada.<br />

Estamos com soluções atuantes e prontas<br />

para expandir nossas parcerias com as empresas<br />

de logística, análises clínicas, pesquisa clínica,<br />

fármacos, alimentícias, vacinas, tudo e todos<br />

que necessitem de monitoramento, controle,<br />

segurança de dados e soluções para gestão.<br />

HAGELAB, SOMANDO SOLUÇÕES COM TODOS…<br />

ww.hagelab.com.br<br />

Rogério Diniz<br />

Diretor Comercial e Novos Negócios<br />

rogerio@hagelab.com.br<br />

Ailton Flavio Moreira Junior<br />

Engenheiro Eletrônico/Eletricista<br />

Especialista em Engenharia Clínica<br />

MBA FGV – Gestão Empresarial<br />

Wender Fernandes<br />

Tecnólogo em Redes e Analista de Desenvolvimento<br />

Tecnológico<br />

Pesquisa e desenvolvimento de Hardware /<br />

Processamento de Dados IoT<br />

Eliel Oliveira<br />

Engenheiro Civil / Cientista de Dados Computacionais<br />

/ Processamento de Dados IoT<br />

Carlos H. Monteiro<br />

Publicitário, Especialista em Inovação, Experiência do<br />

Usuário e Arquitetura da Informação UX<br />

Hoje a HAGELAB é uma empresa<br />

completa no mercado de soluções de<br />

georreferenciamento, monitoramento<br />

de temperatura, segurança dos dados,<br />

inventário em tempo real, BI (Business<br />

Intelligence) entre outros, pois, temos<br />

a capacidade de desenvolver o que for<br />

necessário para otimizar a sua gestão,<br />

já que o desenvolvimento e a criação de<br />

softwares são próprios.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

119


INFORME DE MERCADO<br />

LAB REDE OFERECE PLATAFORMA DE EDUCAÇÃO<br />

CONTINUADA PARA SEUS MEMBROS.<br />

Conheça o Rede Digital, plataforma de educação continuada exclusiva para membros do Lab Rede.<br />

Capacitação de equipe, consultorias especializadas,<br />

suporte de uma assessoria médica e científica<br />

que é referência no país, parcerias exclusivas. Ser<br />

membro Lab Rede é ter mais que um laboratório<br />

de apoio: é ter um parceiro caminhando junto<br />

rumo ao crescimento e melhores resultados.<br />

E, pensando nisto, o Lab Rede apresenta o Rede<br />

Digital: sua plataforma de educação continuada.<br />

O objetivo do Rede Digital é ajudar o laboratório<br />

parceiro na capacitação dos seus colaboradores. A<br />

plataforma conta com uma grade de treinamentos<br />

diferenciada e conteúdos importantes para a<br />

melhoria da rotina dos laboratórios, desde o<br />

atendimento ao cliente até os processos préanalíticos,<br />

gestão da qualidade, entre outros.<br />

Outra característica importante da plataforma<br />

é a facilidade na gestão de indicadores, onde<br />

a alta gestão consegue personalizar a grade<br />

de acordo com a necessidade do laboratório,<br />

além de acompanhar o andamento dos<br />

cursos realizados por seus colaboradores,<br />

além da emissão de certificados e relatórios<br />

importantes e essenciais para as fiscalizações<br />

e/ou Acreditações.<br />

A plataforma Rede Digital é disponibilizada de<br />

forma exclusiva e gratuita para os membros do<br />

Lab Rede. Para maiores informações entre em<br />

contato pelo e-mail rededigital@labrede.com.<br />

br ou pelo telefone (31) 2519-7500.<br />

Sobre o Lab Rede<br />

O Lab Rede nasceu há 22 anos, como uma rede de<br />

laboratórios que se uniram para ter o seu próprio<br />

laboratório de apoio. Prezando sempre pela<br />

qualidade, rapidez e melhor custo benefício para<br />

a realização de exames, hoje o grupo conta com<br />

mais de 200 associados, se tornando a maior REDE<br />

de apoio laboratorial do Brasil.<br />

Além da atuação como laboratório de apoio, o<br />

Lab Rede oferece diversos benefícios e facilidades<br />

para seus membros, como suporte técnico e de<br />

gestão, projetos para acompanhamentos pré e<br />

pós-analíticos, entre outros.<br />

120<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


INFORME DE MERCADO<br />

Ser apoio laboratorial<br />

de verdade é estar<br />

100% presente na rotina<br />

do seu laboratório.<br />

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médica e científica que é referência no país além de parcerias exclusivas.<br />

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Venha fazer parte dessa Rede de Resultados!<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

121


INFORME PUBLICTÁRIO<br />

EXC 400<br />

Analisador Automático de Bioquímica<br />

A Equip e Apparat trazem ao mercado um dos Analisadores de Bioquímica automático<br />

mais aclamados do mercado global. Todo esse desempenho acompanhado da<br />

qualidade do serviço e do suporte Equip que você já conhece.<br />

Recursos<br />

Taxa de transferência<br />

400T/H<br />

Metodologia<br />

Ponto final, Tempo fixo (dois pontos), Cinético<br />

Capacidade de amostra<br />

100 incluindo 5 posições de emergência<br />

Capacidade do reagente<br />

80 posições com sistema de refrigeração ininterrupta 24 horas<br />

O EXC400 é um analisador químico automatizado de chão que executa<br />

400t/h e combina funções avançadas e versáteis que facilitam a<br />

execução de testes de alta qualidade, melhoram o tempo de resposta<br />

e reduzem os custos operacionais. Possui 80 posições de reagentes<br />

refrigeradas um volume de aspiração reduzido para reagente e<br />

amostra economia no consumo de água e uma interface LIS<br />

bidirecional que oferece uma boa usabilidade ao usuário<br />

e está agora disponível para atender às diferentes<br />

demandas do seu laboratório.<br />

Consulte nossa equipe comercial e<br />

conheça as oportunidades de<br />

negócios para o seu laboratório.<br />

Tipo de reagente<br />

Líquido, pronto para uso<br />

Sistema de mistura<br />

Misturador independente com duas hastes<br />

Métodos de controle<br />

Controle em tempo real, dentro do dia, entre dias etc.<br />

Comprimento de onda<br />

340-800nm, no total 12 comprimentos de onda<br />

Sistema operacional<br />

Windows 10, suporte LIS<br />

#equipdiagnostica<br />

equipdiagnostica.com.br


TECNOLOGIA E PRODUTOS DE PONTA PARA APOIAR<br />

O TRATAMENTO MÉDICO<br />

Todos os equipamentos de hematologia utilizam<br />

necessariamente a tecnologia de impedância<br />

elétrica que passa por dentro de uma abertura<br />

(pedra preciosa ou cerâmica). O equipamento gera<br />

um pulso elétrico contínuo e, quando as células<br />

passam à frente desse pulso, são quantificadas. É<br />

esta tecnologia que permite contar os leucócitos,<br />

hemácias e plaquetas, e através da intensidade do<br />

pulso elétrico, determinar o seu tamanho.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A impedância é um processo que depende de um<br />

reagente com condutividade elétrica compatível<br />

com a tecnologia do fabricante e deve possuir<br />

osmolaridade igual à da célula para evitar<br />

alteração em todos os parâmetros do hemograma.<br />

O diluente é uma solução especialmente<br />

desenvolvida para proporcionar uma adequada<br />

diluição das amostras, visando a contagem e<br />

distribuição das células sanguíneas. Portanto, este<br />

reagente é um fator determinante que vai além da<br />

medição das células. Vamos conhecer um pouco<br />

mais do Reagente Isotonac-3TM.<br />

Nas células de linhagem branca, o diluente além<br />

de diluir a amostra, ele atua como solução “STOP”<br />

parando a reação das células com a o reagente<br />

o Hemolynac-5TM, fazendo com as células<br />

mantenham suas características nativas e para<br />

que posteriormente o laser faça a diferenciação e<br />

contagem dos leucócitos, diferenciando com mais<br />

precisão as 5 partes diferenciais do hemograma.<br />

Isso ocorre porque as reações químicas entre os<br />

reagentes Isotonac-3TM e o Hemolynac-5TM<br />

foram determinadas em laboratório da Nihon<br />

Kohden Corporation e aprovada por vários órgãos<br />

reguladores dos mais de 120 países onde a Nihon<br />

Kohden está presente.<br />

Já nas células vermelhas o Isotonac-3TM atua<br />

diretamente nas hemácias preparando-as para<br />

serem contadas e determinar seu tamanho. Ao<br />

entrar em contato com as hemácias o reagente<br />

Isotonac-3TM altera a forma nativa da célula,<br />

passando da forma nativa (bicôncava) para a<br />

forma de glóbulo, podendo assim ser contada e<br />

medida tridimensionalmente através da abertura<br />

elétrica da câmara de RBC/PLT. Com isso teremos<br />

os parâmetros medidos e calculados de maneira<br />

correta, obtendo um resultado dos parâmetros<br />

da série vermelha mais preciso e com maior<br />

qualidade. Essa alteração de forma nas hemácias<br />

é de extrema importância e só é possível devido<br />

as quantidades exatas de cada matéria prima<br />

utilizada em sua fabricação.<br />

Para as plaquetas, por ser uma partícula muito<br />

pequena, além de todos os requisitos de qualidade<br />

citados acima precisamos de muita qualidade<br />

que envolvem os processos de fabricação de<br />

nossos reagentes, pois quaisquer partículas de<br />

contaminação que possam estar no diluente podem<br />

alterar as contagens do hemograma, principalmente<br />

interferência nas plaquetas. Nossa fábrica localizada<br />

no Japão, possui toda a infraestrutura necessária<br />

para fabricação de reagentes hematológicos para<br />

os analisadores Celltac, utilizando matéria prima<br />

e água de excelente qualidade, passando por<br />

um rígido processo de controle de qualidade e<br />

armazenamento.<br />

A missão da Nihon Kohden é utilizar sua tecnologia<br />

e produtos de ponta para apoiar o tratamento<br />

médico em todas as áreas clínicas, desde resposta<br />

de emergência a testes, diagnóstico, tratamento e<br />

reabilitação. Além do tratamento clínico, os produtos<br />

da Nihon Kohden desempenham um papel ativo<br />

fora do hospital, como na melhoria da saúde e<br />

cuidados médicos domiciliares e de enfermagem,<br />

bem como na pesquisa médica básica.<br />

Opte pela melhor tecnologia para o<br />

seu laboratório!<br />

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Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas<br />

as novidades!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

123


INFORME DE MERCADO<br />

COMO INTERPRETAR A CONTAGEM DE RETICULÓCITOS EM<br />

CÃES E GATOS<br />

Por: Rossana Priscilla de Souza Figueira, Mariana Oliveira Silva, Fabiola de Oliveira Paes Leme - Laboratório de Patologia Clínica HV-EV-UFMG<br />

Os reticulócitos são células eritróides imaturas<br />

que contêm retículos com cadeias de RNA,<br />

mitocôndrias, ribossomos, centríolos e restos<br />

do complexo de Golgi e, apesar da diminuição<br />

da quantidade de organelas citoplasmáticas, os<br />

reticulócitos podem ser mais metabolicamente<br />

ativos do que os eritrócitos maduros e, sintetizar<br />

até 20% da concentração final de hemoglobina<br />

(COWGILL et al., 2003). A presença das organelas<br />

citoplasmáticas, especialmente os resquícios de<br />

RNA podem ser identificados através de colorações<br />

especiais da classe dos supravitais, como o novo<br />

azul de metileno (NAM) ou o azul cresil brilhante<br />

(ACB) (STOCKHAM e SCOTT, 2008).<br />

apresentam eritropoiese deprimida ou diminuição<br />

da concentração ou atividade de eritropoietina<br />

(EPO) e, dessa forma, observa-se contagem de<br />

reticulócitos normal ou diminuída (PEREIRA et al.,<br />

2008).<br />

Para executar a técnica corretamente o sangue não<br />

pode estar hemolisado, deve-se coletar a amostra<br />

em EDTA e a contagem ser feita em até 6h (COWGILL<br />

et al., 2003). Volumes iguais de sangue devem ser<br />

adicionados ao NAM, misturados e mantidos a<br />

temperatura ambiente por, pelo menos 15 minutos<br />

(STOCKHAM e SCOTT, 2008), ou submetidos a 37º<br />

por 20 minutos (DACIE et al., 2011).<br />

Figura 1: Reticulócitos pontilhados e agregado em amostras de<br />

um gato doméstico com volume globular de 21%. Azul cresil<br />

brilhante, objetiva óptica de imersão (100x).<br />

Na Medicina Veterinária observamos dois<br />

tipos de reticulócitos: o agregado e o pontilhado<br />

(FELDMAN & SINK, 2006). O reticulócito agregado<br />

é uma célula eritróide mais imatura, maior e<br />

com coleções grosseiramente agrupadas de<br />

retículo (COWGILL et al., 2003). Na maior parte<br />

das espécies domésticas este é o único tipo de<br />

reticulócito encontrado. Os gatos, no entanto,<br />

apresentam mais de um tipo de reticulócito<br />

(THRALL, et al, 2012), além do agregado,<br />

semelhante a outras espécies, possui também o<br />

pontilhado (figura 1). O reticulócito pontilhado é<br />

menor, mais maduro e quando corado apresenta<br />

dois a seis pequenos grânulos de retículos esparsos<br />

(VALLE et al., 2019; COWGILL et al., 2003). É a fase<br />

seguinte da maturação do reticulócito agregado<br />

(STOCKHAM e SCOTT, 2008).<br />

A contagem de reticulócitos é considerada o<br />

padrão ouro na avaliação da resposta medular<br />

do animal à anemia (BARGER, 2003), utilizada<br />

para classificar as anemias em regenerativa<br />

(reticulocitose) e não regenerativa (reticulocitopenia<br />

ou contagens basais em anemias intensas). Além<br />

de auxiliar na classificação da anemia, a contagem<br />

de reticulócitos também é utilizada para avaliar a<br />

integridade da medula óssea e para monitorar o<br />

efeito da terapia instituída (COWGILL et al., 2003). A<br />

reticulocitose – aumento do número de reticulócitos<br />

circulantes – ocorre em animais anêmicos, com<br />

medula óssea funcional e responsiva, como nos<br />

casos de perda de sangue, hemólise ou em pacientes<br />

que estejam respondendo a terapia. Entretanto,<br />

animais anêmicos, com distúrbios medulares,<br />

Registra-se número de reticulócitos observados a<br />

cada 1.000 eritrócitos maduros. Para gatos, alguns<br />

laboratórios contam apenas reticulócitos agregados,<br />

enquanto outros contam agregados e pontilhados<br />

e registram ambos (STOCKHAM e SCOTT, 2008). O<br />

número de reticulócitos observados a cada 1.000<br />

eritrócitos resulta na contagem percentual (RP).<br />

Alguns autores acreditam que a porcentagem de<br />

reticulócitos corrigida (PRC) seja mais adequada<br />

para a interpretação da resposta medular<br />

(STOCKHAM e SCOTT, 2008). A PRC é obtida através<br />

da multiplicação da PR pela razão entre o volume<br />

globular (VG) do paciente e do VG médio da espécie<br />

(45% para cães e 37% para gatos) (D’AVILA, 2011).<br />

O intervalo de referência, indicativo de regeneração,<br />

para a PR e para a PRC deve ser o mesmo: superior à<br />

1% para cães e 0,4% para gatos.<br />

A concentração de reticulócitos (CR), também<br />

chamada de contagem absoluta de reticulócitos<br />

é expressa pelo número de reticulócitos por µL de<br />

sangue, obtido pela porcentagem de reticulócitos<br />

multiplicada pelo número de eritrócitos do<br />

paciente e, é considerada por muitos autores, como<br />

parâmetro preferido para a interpretação (COWGILL<br />

et al., 2003). Valores acima de 60.000 reticulócitos<br />

agregados/μL de sangue em cães e acima de 15.000<br />

reticulócitos agregados/μL de sangue em gatos e<br />

200.000 reticulócitos pontilhados/μL de sangue em<br />

gatos indicam uma reticulocitose.<br />

Por fim, o índice de produção de reticulócitos (IPR)<br />

possui um cálculo que envolve a estimativa do tempo<br />

de efeito da eritropoietina sobre a medula óssea, até<br />

a liberação de reticulócitos, bem como o tempo de<br />

maturação dos reticulócitos, que está correlacionada<br />

com a gravidade da anemia (D’AVILA, 2011).<br />

Referências<br />

BARGER, A. M., The Complete Blood Cell Count: A Powerful<br />

Diagnostic Tool. Vet Clin Small Anim, v. 33, p. 1207 - 1222, 2003.<br />

COWGILL, E. S.; NEEL, J. A.; GRINDEM C. B., Clinical Application of Reticulocyte<br />

Counts in Dogs and Cats. Vet Clin Small Anim, v. 33, p. 1223 - 1244, 2003.<br />

D´AVILA, A. E. R. Parâmetros hematológicos e classificações de<br />

anemia em uma população de cães atendidos no LACVET - UFRGS.<br />

2011. Monografia (Residência Médica em Patologia Clínica<br />

Veterinária) - Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do<br />

Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.<br />

DACIE, J. V. et al. Pratical Hematology. 11. ed. [S. l.]: Elsevier, 2011.<br />

650 p. ISBN 9780702034084.<br />

FELDMAN, B.F. & SINK, C.A. Eritrócitos. In: Urinálise e Hematologia.<br />

São Paulo: Roca, 2006. p.75 – 96.<br />

PEREIRA, P.M.; SEKI, M.C.; PALMA, P.V.B., Contagem de Reticulócitos<br />

de Cães Saudáveis ou Anêmicos pela Citometria de Fluxo, Arq. Bras.<br />

Med. Vet. Zootec., v. 59, n. 1, p. 66-70, 2008.<br />

STOCKHAM, S. L.; SCOTT, M. A. Fundamentals of veterinary clinical<br />

pathology. 2. ed. Ames, Iowa: Blackwell Publishing, 908p, 2008.<br />

THRALL, M A.; BAKER D.C.; CAMPBELL T.W.; et al. Veterinary<br />

Hematology and Clinical Chemistry. 2 ed, Wiley-Blackwell, 762p, 2012.<br />

VALLE, S.F. et al. Correlações entre as contagens de reticulócitos<br />

manual e automática em amostras de felinos anêmicos. Arq. Bras.<br />

Med. Vet. Zootec., [s. l.], v. 71, n. 2, p. 577-583, 2019.<br />

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124<br />

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125


INFORME DE MERCADO<br />

TUBOS DE VIDRO OU PLÁSTICO: QUAL O MAIS SEGURO?<br />

Os tubos de coleta são parte importante<br />

da rotina de análises clínicas. Escolher o tubo<br />

adequado auxilia na agilidade e segurança de<br />

todo o processo.<br />

Atualmente, é possível encontrar na rotina<br />

tubos de vidro ou plástico. Já parou para pensar<br />

qual deles é mais seguro?<br />

Os tubos de vidro foram os pioneiros para<br />

coleta de amostras. Mas atualmente são<br />

considerados de risco, pois podem quebrar<br />

durante o transporte, centrifugação do material<br />

ou processamento da amostra, gerando<br />

acidentes ocupacionais, dano à etiqueta de<br />

identificação do material, perda de amostra com<br />

necessidade de recoleta e, no caso de quebras<br />

dentro dos equipamentos de automação, atraso<br />

na rotina laboratorial.<br />

Além disso, a utilização de tubos de vidro altera<br />

o resultado de alguns exames, como a contagem<br />

de plaquetas, pois o vidro e a agitação promovem<br />

a agregação plaquetária.<br />

Os tubos de plástico são os mais recomendados<br />

por questão de biossegurança, por serem mais<br />

resistentes desde o transporte até a automação.<br />

A resolução RDC nº 20, de 10 de abril de 2014<br />

orienta que a embalagem do material biológico<br />

seja rígida, resistente e à prova de vazamento.<br />

Por isso, muitos laboratórios de apoio recebem<br />

apenas tubos de plástico ou acrílico.<br />

A FirstLab, empresa brasileira de produtos para<br />

análises clínicas tem em seu portfólio tubos de<br />

coleta fabricados em plástico PET transparente<br />

e fechados à prova de vazamento com borracha<br />

auto selante - que representam segurança e<br />

confiabilidade em todas as fases de sua análise.<br />

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126<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


INFORME DE MERCADO<br />

GREINER BIO-ONE ETRACK: UM APLICATIVO DE<br />

RASTREABILIDADE QUE OFERECE SEGURANÇA E<br />

CONTROLE AO PRÉ-ANALÍTICO.<br />

29/04/2022 16:41 RES: Material Greiner Bio-One NEWSLAB | <strong>Ed</strong>. <strong>171</strong> - MAIO – Comercial 2 | NewsLab – Outlook<br />

Equipes de saúde precisam de tecnologias<br />

que as apoiem cada vez mais em seu diaa-dia.<br />

Dessa forma a Greiner Bio-One sai na<br />

frente trazendo um aplicativo que oferece total<br />

rastreabilidade dos materiais utilizados nas<br />

coletas, acompanhando a transformação digital<br />

na Saúde 4.0.<br />

A versão integrada com o sistema LIS/HIS tem<br />

a vantagem de gerar, automaticamente, a<br />

sequência da ordem de coleta, de acordo com<br />

os exames solicitados ao paciente, evitando<br />

assim possíveis problemas nos resultados ou<br />

contaminação cruzada da amostra.<br />

Dos materiais, são registradas as informações<br />

de lote, validade – se expirada, informa o<br />

usuário no momento da leitura e interrompe o<br />

processo – data, hora e código do responsável<br />

pela coleta. Com isso, o controle dos insumos<br />

utilizados é maior e a gestão das rotinas das<br />

equipes de coleta podem ser acompanhadas<br />

em tempo real.<br />

Além da possibilidade de visualizar a<br />

quantidade de tubos disponíveis na unidade<br />

central e filiais, quando for o caso, é possível<br />

saber, inclusive, a data e o horário em que<br />

foi realizada cada coleta de amostra, como<br />

também o código do responsável por ela.<br />

Todas as informações são atreladas ao código<br />

do paciente, aumentando a segurança na<br />

gestão dos dados capturados. Basta acessar<br />

o site www.gboetrack.com, clicar em login<br />

dashboard, digitar seu usuário e senha, para<br />

verificar os dados das coletas realizadas e da<br />

sua equipe em tempo real.<br />

Essa é a mais nova solução que a Greiner Bio-<br />

One desenvolveu para promover a praticidade<br />

na gestão completa de todo o processo de<br />

coleta de amostras biológicas, atender as<br />

exigências de rastreabilidade da ISO 15189,<br />

além de auxiliar na redução significativa dos<br />

desvios de qualidade.<br />

Como funciona?<br />

Uma vez implantado nas rotinas de coleta, o<br />

aplicativo realiza a leitura do QR Code dos materiais<br />

utilizados na coleta da amostra de um paciente<br />

e os atrela ao código desse paciente, ou seja,<br />

paciente e materiais agora estão correlacionados e<br />

podem ser facilmente rastreados.<br />

Os dados registrados via aplicativo são<br />

enviados para uma página web site, Manager<br />

Cockpit, onde é feita toda gestão, tanto dos<br />

quantitativos de materiais utilizados naquele<br />

dia ou semana, o tempo médio de coleta, como<br />

também visualizar e compartilhar relatórios de<br />

estoque entre matriz e filiais, dentre outros que<br />

sejam importantes.<br />

O aplicativo oferece flexibilidade e mobilidade<br />

na utilização, já que pode ser utilizado em<br />

diversas configurações como smartphones,<br />

tablets e agora também em desktops, sendo<br />

adaptável para laboratórios, clínicas, hospitais<br />

ou em coletas domiciliares, por exemplo.<br />

Com um processo bem simples, em caso de<br />

deslocamentos para as coletas domiciliares, o<br />

app pode utilizar a rede de internet com dados<br />

móveis para enviar os registros da coleta para<br />

a central de qualquer local desde que exista<br />

conexão disponível.<br />

Multiplataforma e pronto para utilização em<br />

qualquer dispositivo, está disponível para<br />

download nas lojas virtuais para todos os<br />

sistemas operacionais atuais comercializados<br />

no mercado e pode ser utilizado tanto online<br />

como offline.<br />

Com o uso do Greiner Bio-One eTrack na rotina<br />

de coleta, os resultados são a implementação<br />

das melhores práticas e atendimento<br />

normativo, redução significativa dos desvios de<br />

qualidade e possibilidade da gestão completa<br />

de todo o processo.<br />

about:blank 1/1<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

T: +55 19 3468 9600<br />

E-Mail: info@br.gbo.com<br />

128<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


INFORME DE MERCADO<br />

MICROLAB NIMBUS® PRESTO KINGFISHER TECHNOLOGY<br />

Extração de Ácidos Nucleicos e Proteínas<br />

de Forma Rápida e Otimizada Com Beads<br />

Magnéticas.<br />

Uso com ampla gama amostras biológicas,<br />

tais como: Sangue, plasma, tecido, saliva,<br />

FFPE e swabs bucais em aproximadamente 45<br />

minutos. Integrado com o KingFisher Presto<br />

da Thermo Fisher Scientific e pré-programada<br />

para uso com kits da Thermo Scientific, Omega<br />

Biotek, Zymo Research e Macherey-Nagel.<br />

Com duas cabeças magnéticas intercambiáveis<br />

permite o processamento paralelo em placas<br />

nos formatos de 24 e 96 poços. A entrada de<br />

amostras, com rastreabilidade total, pode ser<br />

em tubos ou placas de distintos formatos.<br />

Compatibilidade com todos os sistemas de<br />

gerenciamento de laboratorios.<br />

Descubra o que a HAMILTON COMPANY pode<br />

fazer por seu laboratorio!<br />

Mais informacoes:<br />

https://www.hamiltoncompany.com/automated-liquid-handling/<br />

assay-ready-workstations/nimbus-presto-id-nimbus-presto<br />

MAIS UM PRODUTO DE QUALIDADE BIOCON:<br />

RSV RAPID TEST<br />

O RSV Rapid Test é um imunoensaio<br />

cromatográfico rápido para detecção<br />

qualitativa de antígenos do vírus sincicial<br />

respiratório presentes em amostras de secreção<br />

nasofaríngea.<br />

Somente para uso profissional em<br />

diagnóstico IN VITRO.<br />

Amostra: Nasofaríngea<br />

Apresentação: kit com 10 testes<br />

Armazenamento: 2 a 30° C<br />

Resultado em 15min<br />

Registro Anvisa: 80638720185<br />

Contato:<br />

E-mail: comercial@biocondiagnosticos.com.br<br />

Tel.: (31) 3547-3550<br />

130<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


DYNASCATTER LASER + HEM488<br />

TECNOLOGIA INTEGRADA DE LASER, REAGENTES<br />

OTIMIZADOS E NOVOS ALGORITMOS DE ANÁLISE.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A Nihon Kohden iniciou os negócios de IVD<br />

em 1972 e tem desenvolvido equipamentos<br />

eletrônicos médicos de ponta, atendendo a<br />

linha humana e veterinária. Os analisadores<br />

hematológicos da série Celltac são distribuídos<br />

em mais de 120 países em todo o mundo.<br />

Dentre muitas tecnologias que foram<br />

desenvolvidas nesses 50 anos, a mais<br />

recente, única e exclusiva, é a tecnologia<br />

DynaScatter Laser + HEM488. A tecnologia<br />

DynaScatter Laser foi inicialmente<br />

desenvolvida para diferencial de leucócitos<br />

em 5 partes, com apenas uma fonte de laser,<br />

porém para a medição dos reticulócitos<br />

houve uma integração, à essa tecnologia, de<br />

um laser azul de 488 nm.<br />

Essa tecnologia tem a capacidade de fazer a<br />

leitura através da ação do reagente corante<br />

de DNA e RNA e a excitação gerada pelo laser<br />

azul, que origina dois tipos de fluorescência.<br />

As informações de DNA são calculadas por luz<br />

fluorescente verde e as informações de RNA são<br />

calculadas por luz fluorescente vermelha.<br />

Através do diagrama de dispersão RNP*<br />

methodTM (International Patent # :<br />

W02007/129485) minimiza-se a influência de<br />

substâncias interferentes para um resultado de<br />

reticulócitos muito mais preciso.<br />

* Y. Nagai et al. “Determination of red cells, nucleic acidcontaining<br />

cells and platelets (RNP Determination) by a<br />

crossover analysis of emission DNA/RNA light” Int. Jnl.<br />

Lab. Hem. 2009; 31: 420–429<br />

Opte pela melhor tecnologia para o<br />

seu laboratório!<br />

Opte por equipamentos hematológicos<br />

Celltac da Nihon Kohden!<br />

Por: Vanessa Santinato<br />

NIHON KOHDEN<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá<br />

São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas<br />

as novidades!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

131


INFORME DE MERCADO<br />

PAINEL RESPIRATÓRIO DE INVERNO BASE CIENTÍFICA,<br />

POR QUE O SEU LABORATÓRIO PRECISA DELE?<br />

Acesse e saiba mais<br />

sobre o nosso Painel<br />

Respiratório de Inverno<br />

As Infecções Virais Respiratórias estão<br />

diretamente relacionadas aos padrões sazonais,<br />

mas não são restritas a eles. Durante o período<br />

outono-inverno, com temperaturas mais<br />

baixas, é esperado um aumento significativo<br />

nas notificações de infecções respiratórias,<br />

reforçando assim a necessidade de cuidados<br />

específicos e muita atenção.<br />

Ainda diante do cenário da pandemia da<br />

Covid-19 e da diminuição das medidas de<br />

segurança sanitária concomitante com a abertura<br />

dos eventos públicos, continuamos a receber<br />

notificações positivas de infecções de Sars-CoV-2<br />

e observamos um aumento significativo de outros<br />

patógenos sazonais.<br />

Ao analisarmos o recente Boletim InfoGripe,<br />

publicado pela Fiocruz, referente à semana<br />

epidemiológica 17/2022, observamos um<br />

considerável aumento nos casos de Síndrome<br />

Respiratória Aguda Grave (SRAG), tanto em<br />

crianças quanto em adultos.<br />

Em crianças de 0 – 4 anos, os casos de SRAG<br />

estão diretamente relacionados ao aumento dos<br />

casos de Vírus Sincicial Respiratório (VSR)<br />

e Rinovírus, já no grupo 5 – 11 anos, há uma<br />

queda nos casos positivos para SARS-CoV-2 e um<br />

aumento no número de infecções pelo Rinovírus.<br />

Só em 2022, já foram registrados 24.202<br />

óbitos, dos quais 19.053 (78,7%) apresentaram<br />

testes positivos para vírus respiratório. Dentre<br />

esses, 3,7% são Influenza A, 0,1% Influenza<br />

B, 0,4% vírus sincicial respiratório (VSR), e<br />

94,6% SARS-CoV-2.<br />

No mês de abril, a prevalência entre os<br />

casos positivos foi de 5,0% Influenza A,<br />

0,0% Influenza B, 8,4% vírus sincicial<br />

respiratório (VSR), e 80,7% SARS-CoV-2. A<br />

previsão é que esses números aumentem nas<br />

próximas semanas.<br />

Como a população está se tornando mais<br />

consciente e preocupada com a saúde, juntos, nós<br />

podemos proporcionar os melhores cuidados e<br />

oferecer os melhores exames para todos.<br />

Por que o seu laboratório precisa do<br />

Painel de Inverno Base Científica?<br />

Sabemos que as Infecções Respiratórias,<br />

apesar de serem causadas por diversos patógenos<br />

diferentes, apresentam sintomas muito similares,<br />

dificultando o diagnóstico clínico sem nenhum<br />

tipo de confirmação laboratorial.<br />

Somente com os testes moleculares é possível<br />

obter um diagnóstico rápido e de alta precisão!<br />

As amostras enviadas para o Laboratório<br />

Base Científica são analisadas seguindo a<br />

metodologia RT-qPCR e submetidas a detecção<br />

simultânea dos principais patógenos que<br />

atingem o trato respiratório, proporcionando<br />

ao paciente maior confiabilidade e agilidade no<br />

seu diagnóstico.<br />

Esses testes ainda possuem a cobertura dos<br />

principais planos de saúde do país! E mais: os<br />

laboratórios apoiados pelo Base Científica<br />

poderão oferecer o Painel Respiratório de<br />

Inverno com o preço equivalente aos testes<br />

de antígeno.<br />

Seja um parceiro Base Científica e<br />

transforme o seu laboratório!<br />

(11) 98631-1780<br />

comercial@basecientifica.com.br<br />

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132<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Este é o próximo<br />

grande acontecimento<br />

em hematologia.<br />

Apresentamos o CellaVision ® DC-1<br />

Um novo analisador CellaVision que processa uma lâmina por vez, permitindo laboratórios<br />

de pequeno porte implementarem as melhores práticas em morfologia digital para contagens<br />

diferenciais em sangue periférico. Mesmo compacto, apresenta o mesmo conjunto de vantagens<br />

na implementação operacional e clínica dos nossos analisadores maiores.<br />

Saiba mais em www.cellavision.com/its-here<br />

O CellaVision DC-1 não se encontra disponível em todos os mercados<br />

MM-128-08 2019-03-18


INFORME DE MERCADO<br />

Teste LumiraDx PCR<br />

DIAGNÓSTICO POINT OF CARE NA QUANTIFICAÇÃO DE PCR<br />

A proteína C reativa (PCR) é uma das<br />

proteínas de fase aguda mais notáveis, cuja<br />

concentração no soro aumenta ou diminui<br />

durante condições inflamatórias agudas ou<br />

crônicas. Assim como muitas proteínas de fase<br />

aguda, a PCR está normalmente presente em<br />

níveis ínfimos no soro, mas aumenta de forma<br />

rápida e drástica em resposta a uma variedade<br />

de estímulos infecciosos e inflamatórios¹.<br />

A mensuração de PCR permite a detecção<br />

e avaliação de infecções, lesões tissulares,<br />

distúrbios inflamatórios e doenças associadas,<br />

sendo considerada um biomarcador universal<br />

de infecção e inflamação para algumas<br />

doenças e condições fisiopatológicas.<br />

O teste LumiraDx PCR consiste num ensaio<br />

rápido e totalmente automatizado, de<br />

imunofluorescência microfluídica por captura<br />

magnética, utilizado para a determinação<br />

quantitativa da proteína C reativa (PCR), para<br />

uso na Plataforma LumiraDx.<br />

Utilizando 20µl de amostra de sangue<br />

por punção digital/venosa ou plasma, a<br />

exclusiva tecnologia microfluídica multicanal<br />

empregada nos slides de testes e Plataforma<br />

LumiraDx, garante a acurácia e precisão do<br />

ensaio, fornecendo resultados em apenas 4<br />

minutos, podendo ser impresso ou enviados<br />

para o sistema de gerenciamento Connect<br />

Manager LDx, conexão por aplicativo via<br />

internet (iOS e Android), via Bluetooth através<br />

do Connect Hub LDx e conexão via cabo de<br />

rede pelo EHR Connect, através do LIS ou HIS.<br />

Para mais informações, entre em contato<br />

através do e-mail faleconosco@lumiradx.com<br />

ou (11) 5185- 8181.<br />

1. Clyne, B Olshaker JS. The C-reactive protein. J<br />

Emerg Med 1999; 17:1019–25.<br />

Rápido • Preciso • Conectado<br />

134<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


Prep: Sua Vida no Laboratorio<br />

Cada Vez Mais Simples<br />

• Mini Pipetador Robótico<br />

• Software tão fácil quanto<br />

um aplicativo de telefone<br />

• Material de laboratório<br />

identificado por câmera<br />

O Novo Pipetador<br />

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INFORME DE MERCADO<br />

A MP BIO, LÍDER EM PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS, OFERECE<br />

UMA LINHA COMPLETA DE PRODUTOS DE ALTA QUALIDADE<br />

PARA TODAS AS ETAPAS DE SUA PESQUISA!<br />

Desde a lise de células e tecidos ao<br />

isolamento de ácidos nucleicos e proteínas,<br />

nós oferecemos as melhores soluções para<br />

alcançar resultados excelentes e confiáveis<br />

para suas aplicações. O sistema FastPrep<br />

fornece alto rendimento de DNA, RNA<br />

e proteína, mesmo de amostras muito<br />

resistentes, em até 60 segundos!<br />

A família FastPrep é uma linha completa<br />

de equipamentos que otimiza o processo<br />

de lise, moagem ou homogeneização<br />

consistentes, eficientes e de alto rendimento,<br />

• Alto rendimento de DNA e RNA de qualidade;<br />

mecânica de diferentes tipos de amostra<br />

de diferentes tipos de amostras como solo,<br />

• Manutenção da integridade do DNA e<br />

para o isolamento de DNA, RNA, proteínas,<br />

fezes, tecido animal e vegetal, entre outros.<br />

RNA extraídos;<br />

metabolitos e outras moléculas. Com o<br />

• Ácidos nucleicos prontos para uso para<br />

FastPrep não há a necessidade de produtos<br />

Os Kits de Extração e Purificação de MP<br />

aplicações downstream.<br />

químicos, enzimas e detergentes, que<br />

Bio oferecem os seguintes benefícios:<br />

podem interferir em diferentes processos.<br />

• Lise e purificação de amostra rápida e<br />

Com isso, os instrumentos FastPrep, as<br />

reprodutível;<br />

matrizes de lise e kits de extração trabalham<br />

• Sistemas fechados de matriz de lise que<br />

juntos para fornecer lise e homogeneização<br />

evitam contaminação cruzada;<br />

136<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


DOIS ASPECTOS MUITO DIFERENTES DO MONITORAMENTO<br />

AMBIENTAL<br />

O cromo (Cr) (VI) é um poluente de água tóxico,<br />

mutagênico e carcinogênico bem conhecido (1). A<br />

Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu<br />

um limite máximo permitido de 50 µg/L para Cr<br />

(VI) em águas subterrânea e potável (2).<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O método padrão de cromatografia iônica (IC)<br />

para quantificação de íon cromato (CrO42-),<br />

o ânion Cr (VI) mais comum, em amostras de<br />

água é o Método EPA 218.7 (3) que envolve<br />

a separação de CrO4 2- usando uma coluna<br />

de troca aniônica, uma derivatização póscoluna<br />

do Cr(VI) com 1,5-difenilcarbazida<br />

e detecção UV-Vis do complexo colorido em<br />

530 nm (3). A difenilcarbazida e o método de<br />

detecção por UV-Vis permitem a quantificação<br />

sensível de Cr (VI) em baixas concentrações de<br />

µg/L. No entanto, o método 218.7 é específico<br />

para Cr(VI) e não quantifica outros analitos<br />

regulamentados presentes na amostra, como<br />

arseniato As(V), selenato Se(VI) ou perclorato<br />

ClO4-, nem ânions comuns como cloreto,<br />

nitrato e sulfato.<br />

Portanto, as análises de cromatografia iônica<br />

de amostras ambientais aquosas contendo Cr<br />

(VI) e ânions coexistentes requer vários métodos<br />

analíticos com diferentes colunas e composições<br />

de eluentes. Neste trabalho, Rangan et al. (4)<br />

desenvolveram um método analítico isocrático<br />

de cromatografia iônica com detecção de<br />

condutividade suprimida para quantificação<br />

simultânea de Cr (VI) e oito outros ânions<br />

ambientalmente relevantes: flúor, cloreto, nitrito,<br />

nitrato, sulfato, Se (VI), As (V) e perclorato . Eles<br />

usaram uma coluna analítica Metrosep A Supp 7<br />

(250 · 4 mm) e o eluente continha Na2CO3 10,8<br />

mM e acetonitrila de grau gradiente de 35%<br />

(v/v) em água deionizada (ELGA PureLab). O pH<br />

do eluente preparado foi de 11,9 +/– 0,02. A<br />

solução supressora de MSM continha 500 mM de<br />

H2SO4 em água deionizada. O método foi validado<br />

e utilizado para avaliar a recuperação de Cr (VI) e<br />

outros analitos em amostras de águas de torneira,<br />

superficiais, subterrâneas e efluentes industriais.<br />

O coeficiente de determinação para cada analito<br />

foi >0,99. Os limites de detecção e quantificação<br />

de Cr (VI), As (V), Se (VI) e ClO4 foram 0,1–0,6<br />

µg/L e 0,5–2,1 µlg/L, respectivamente. A<br />

recuperação de Cr (VI) em várias amostras aquosas<br />

(águas de torneira, superficiais, subterrâneas<br />

e residuais) ficou entre 97,2% e 102,8%. Um<br />

cromatograma típico dos analitos (50 µg/L cada<br />

em água purificada) é mostrado na Fig. 1. Todos<br />

os analitos foram eluídos em 20 minutos após<br />

a injeção da amostra. Para Cr (VI), o LD e o LQ<br />

foram 0,2 e 0,6 µg/L, respectivamente. Eles foram<br />

capazes de atingir este baixo limite de detecção<br />

para Cr (VI) usando um loop de injeção de 1000<br />

µL, conforme usado no Método EPA para análise<br />

de traços de ClO4- em água potável. O sulfato é<br />

um constituinte comum de amostras ambientais.<br />

Devido aos seus picos logo após o sulfato, Se (VI) e<br />

As (V) não podem ser quantificados com precisão<br />

em amostras contendo sulfato em concentrações<br />

>10 mg/L. No entanto, a recuperação de Cr (VI)<br />

e ClO4 - foi >85% na presença de até 500 mg/L<br />

de sulfato, demonstrando que o método pode<br />

ser usado para quantificar diretamente baixas<br />

concentrações de Cr (VI) e ClO4- em matrizes com<br />

alta concentração de sulfato.<br />

Por que escolher o ELGA LabWater?<br />

Na análise de traços, especialmente se for para<br />

atender aos requisitos regulatórios, é essencial ter<br />

confiança nos reagentes usados. A água é de especial<br />

importância, pois é usada em vários aspectos da<br />

preparação e análise da amostra. Rangan et al.<br />

confiaram em um sistema ELGA PureLab para darlhes<br />

a confiança necessária em seus resultados.<br />

Contate nossos especialistas local:<br />

marketingbr@veolia.com<br />

Referencias<br />

1. Cohen, M.D., Kargacin, B., Klein, C.B., and Costa, M. (1993). Mechanisms<br />

of chromium carcinogenicity and toxicity. Crit. Rev. Toxicol. 23, 255.<br />

2. WHO. (2003). Guidelines for Drinking-Water Quality j<br />

Chromium. Geneva: World Health Organization. Available at:<br />

https://www.who.int/publications/i/item/9789241549950<br />

3. Zaffiro, A., Zimmerman, M., Wendelken, S., Smith, G., and<br />

Munch, D. (2011). METHOD 218.7: Determination of Hexavalent<br />

Chromium in Drinking Water by Ion Chromatography with Post-<br />

Column Derivatization and UV-Visible Spectroscopic Detection.<br />

Cincinnati, OH: United States Environmental Protection Agency.<br />

4. Srivatsan Mohana Rangan, Rosa Krajmalnik-Brown, and Anca G.<br />

Delgado An Ion Chromatography Method for Simultaneous Quantification<br />

of Chromate, Arsenate, Selenate, Perchlorate, and Other Inorganic Anions<br />

in Environmental Media ENVIRONMENTAL ENGINEERING SCIENCE<br />

Volume 38, Number 7, 2021. DOI: 10.1089/ees.2020.0347<br />

Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />

Rafaela Rodrigues<br />

Tel. +55 11 3888-8782<br />

rafaela.rodrigues@veolia.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

137


INFORME DE MERCADO<br />

CORANTES HEMATOLÓGICOS TRADICIONAIS RÁPIDOS<br />

NEWPROV<br />

Uma nova geração de corantes rápidos,<br />

mantendo a metodologia tradicional e<br />

garantindo o desempenho.<br />

• Tempo reduzido;<br />

• Coloração tradicional;<br />

• Resposta de coloração excelente;<br />

• Acompanha tampão para o preparo de<br />

água, garantindo o ótimo desempenho;<br />

• Melhor custo x benefício.<br />

Em 1897, Paulo Erlich utilizou pela primeira<br />

vez corantes derivados da anilina para corar<br />

as células sanguíneas. Ele classificou estes<br />

corantes em ácidos, básicos e neutros. As<br />

combinações destes corantes se tornaram a<br />

base para as colorações de Romanowsky.<br />

Dimitri Leonidovich Romanowsky modificou<br />

a técnica de Erlich usando uma mistura<br />

aquosa de eosina Y e azul de metileno<br />

oxidado. Como esta solução não era estável,<br />

James Homer Wright introduziu o metanol<br />

como solvente e fixador prévio da extensão<br />

sanguínea. Gustav Giemsa padronizou as<br />

soluções corantes e adicionou glicerol para<br />

aumentar a solubilidade e estabilidade.<br />

Todas as colorações desenvolvidas por<br />

Wright, por Giemsa, por Richard May e Ludwig<br />

Grünwald e por William Boog Leishman<br />

receberam a denominação de colorações<br />

derivadas de Romanowsky.<br />

Todas estas colorações são chamadas de<br />

corantes tradicionais e utilizadas na rotina<br />

laboratorial, como descrito, há muito tempo. Mas<br />

são corantes que têm um tempo de técnica em<br />

torno de 15 a 20 minutos. Um tempo bastante<br />

prolongado em relação ao tempo em que um<br />

contador hematológico realiza o hemograma.<br />

A Newprov traz uma nova versão dos corantes<br />

de Leishman e Wright, uma versão que mantém<br />

a mesma tradição de qualidade, mas em um<br />

tempo bastante reduzido. Esta nova versão,<br />

chamada de Leishman e Wright rápidos, têm<br />

um tempo de coloração de 4 minutos. Com uma<br />

vantagem a mais, o corante (tanto Leishman<br />

como Wright) vêm acompanhados de uma<br />

solução tampão pH 6,8. O conjunto, corante<br />

+ tampão, garante a mesma qualidade de<br />

coloração que a técnica tradicional.<br />

TESTE E COMPROVE A EFICIÊNCIA<br />

Newprov- Produtos para Laboratório<br />

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Cep : 83323-020<br />

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138<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


INFORME DE MERCADO<br />

CONHEÇA O EC 90 – ANALISADOR DE ELETRÓLITOS<br />

ERBA MANNHEIM NA FEIRA HOSPITALAR<br />

Venha conferir de perto toda a tecnologia<br />

inovadora Erba já disponível no Brasil. Visite nosso<br />

estande D130 e D134 em uma das principais<br />

feiras da área hospitalar e saiba mais sobre nossas<br />

soluções para todos os portes de laboratório.<br />

Um dos nossos destaques é a nova geração de<br />

analisador de eletrólitos da Erba, o EC90. Com<br />

Biosensor, componentes de alta qualidade e<br />

rotina diária simplificada, ele reduz tempo geral e<br />

aumenta a produtividade e precisão de resultados.<br />

Ao medir Na+, K+, Cl- e iCa2+, o analisador de<br />

eletrólitos EC 90 leva medições laboratoriais a<br />

novos patamares. Utilizando a inovadora e sólida<br />

tecnologia de ponta ISE, o EC 90 foi projetado para<br />

ser fácil de usar, eficiente na operação e confiável.<br />

Baseado na rotina de trabalho, os cartuchos do<br />

EC 90 podem ajustar facilmente o rendimento<br />

do equipamento, com três tamanhos de<br />

cartuchos: P, M ou G.<br />

Principais características do EC 90:<br />

INOVADOR<br />

• Tecnologia simples de Biosensor<br />

• 35 μL de Volume de Amostra<br />

• Tecnologia sem manutenção<br />

• Consumo baixo de reagente<br />

• Conectividade e dados avançados<br />

• 35 segundos de gestão de tempo de análise<br />

PRECISO<br />

• Sensor de referência integrado<br />

• Calibrações automáticas de 1 e 2 pontos<br />

• Módulo de CQ plenamente funcional<br />

• Precisão intra-ensaio de


INFORME DE MERCADO<br />

VESÍCULAS EXTRACELULARES: CONHEÇA APLICAÇÕES<br />

E O POTENCIAL DESSAS NANOPARTÍCULAS<br />

As vesículas extracelulares (EVs) são<br />

nanopartículas encapsuladas por uma bicamada<br />

lipídica incapazes de se replicar por si próprias<br />

e secretadas naturalmente pelas células. Com<br />

diâmetros que variam de 30 a 5.000 nm, elas<br />

transportam diversas cargas e possuem papéis<br />

essenciais nas comunicações intercelulares e nos<br />

processos fisiológicos.<br />

As alterações na abundância ou composição das<br />

EVs podem refletir mudanças a nível de célula<br />

e sistema, o que as torna excelentes candidatas<br />

como biomarcadores. Elas oferecem informações<br />

sobre natureza, gravidade e prognóstico de um<br />

distúrbio específico, e mecanismos patológicos<br />

subjacentes podem ser encontrados caracterizando<br />

e analisando suas composições.<br />

Endogenamente, as EVs servem como<br />

transportadoras e entregadoras de proteínas,<br />

RNAs e DNA entre as células, o que as torna<br />

bons vetores para a entrega de medicamentos<br />

carregados exogenamente. Essas nanopartículas<br />

podem ser imunologicamente inertes e derivados<br />

do paciente, tornando-as mais biocompatíveis do<br />

que outros vetores. Elas também podem cruzar<br />

barreiras fisiológicas, melhorando a acessibilidade<br />

dos medicamentos.<br />

As EVs ainda impulsionam ativamente as<br />

propriedades fisiológicas, o que oferece potencial<br />

terapêutico para as nanopartículas produzidas<br />

endogenamente sem cargas úteis manipuladas<br />

exogenamente. Por exemplo, as EVs derivadas de<br />

células-tronco podem melhorar a regeneração dos<br />

tecidos e atenuar os sintomas patológicos em uma<br />

variedade de modelos de doenças, que variam de<br />

respiratórias a cardiovasculares.<br />

Existem diferentes formas de se estudar<br />

as microvesículas, como western blotting,<br />

ultracentrifugação ou citometria de fluxo. Nesses<br />

processos, equipamentos sensíveis têm capacidade<br />

de separar partículas de até 75nm, destacando as<br />

microvesículas das células por sorting.<br />

Contatos:<br />

Site: mybeckman.com.br<br />

E-mail: mkt@beckman.com<br />

Youtube: www.youtube.com/user/BCILifeSciences<br />

LinkedIn: www.linkedin.com/company/beckman-coulter-brasil/<br />

142<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


ALERTA<br />

COVID-19 Ag<br />

A U T O T E S T E<br />

Teste para detecção do vírus SARS-CoV-2 em amostras de swab nasal.<br />

PARA USO EM PESSOAS<br />

COM E SEM SINTOMAS<br />

ADEQUADO PARA<br />

TODAS AS IDADES<br />

AMOSTRA NASAL:<br />

MAIS CONFORTÁVEL<br />

RESULTADO<br />

EM 15 MINUTOS<br />

POSITIVO<br />

NEGATIVO<br />

1 6 3 3 7 7. 9 9 7 7<br />

S A C 0 8 0 0 7 7 2 9 9 7 7<br />

w a m a d i a g n o s t i c a


INFORME DE MERCADO<br />

KITS REALSTAR® MALARIA PCR KIT 1.0 E<br />

REALSTAR® MALARIA SCREEN & TYPE PCR KIT 1.0<br />

Temos o prazer de compartilhar um estudo<br />

publicado no “Pan American Journal<br />

of Public Health” cujo tema é “Testes<br />

moleculares ultra-sensíveis para detecção<br />

de Plasmodium: aplicabilidade em<br />

programas de controle e eliminação<br />

e laboratórios de referência”, que foi<br />

desenvolvido utilizando os kits RealStar®<br />

Malaria PCR Kit 1.0 e RealStar® Malaria<br />

Screen & Type PCR Kit 1.0, ambos<br />

desenvolvidos pela altona Diagnostics.<br />

Esse estudo foi realizado em 2019 e 2020,<br />

pela pesquisadora Dr. Silvia Maria Fatima Di<br />

Santi, junto com sua equipe de pesquisadores<br />

do Instituto de Medicina Tropical da<br />

Faculdade de Medicina da Universidade de<br />

São Paulo e seu objetivo é avaliar ferramentas<br />

de biologia molecular para detectar parasitemia<br />

de baixo nível e as cinco espécies de Plasmodium<br />

que infectam humanos, para utilização em<br />

programas de controle e eliminação e em<br />

laboratórios de referência.<br />

Kits RealStar® Malaria PCR Kit 1.0<br />

Acesse o link pelo Qrcode<br />

e conheça o estudo.<br />

RealStar® Malaria Screen & Type PCR Kit 1.0<br />

link do estudo:<br />

https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/55854/<br />

v46e1122.pdf?sequence=1&isAllowed=y<br />

Para mais informações sobre os nossos<br />

produtos e para o portfólio completo, entre<br />

no nosso site, nos envie uma mensagem por<br />

e-mail e acesse a nossa página no Linkedin: altona<br />

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Rua São Paulino, 221 – São Paulo – SP<br />

Fone: +55 11 5083-1390<br />

Cel +55 11 97066-6084<br />

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144<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


MEIO CROMOGÊNICO STREPTO B<br />

O estreptococo do grupo B (GBS) ou<br />

Streptococcus agalactiae, é uma bactéria<br />

Vantagens:<br />

• Permitem a diferenciação de colônias de<br />

gram positiva que é habitualmente Streptococcus agalactiae de outras bactérias<br />

assintomática em adultos. Em recémnascidos,<br />

não inibidas por agentes seletivos;<br />

no entanto, pode levar a graves<br />

• Resultados rápidos em 24 horas de<br />

problemas de saúde, incluindo sepse,<br />

incubação;<br />

• Inibição da microbiota saprofítica pelos<br />

pneumonia e meningite.<br />

agentes seletivos;<br />

• Fácil identificação visual das colônias,<br />

A MBiolog disponibiliza ao mercado o meio<br />

cromogênico para isolamento e identificação<br />

presuntiva de estreptococos do grupo B, o<br />

ÁGAR CROMOGÊNICO STREPTO B.<br />

devido à alta qualidade dos compostos<br />

cromogênicos;<br />

• Facilita o diagnóstico de GBS em grávidas e<br />

recém-nascidos.<br />

Streptococcus agalactiae<br />

M BIOLOG DIAGNÓSTICOS LTDA<br />

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Instagram : MBiologDiagnosticos<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Gestão laboratorial é um assunto que levamos a sério<br />

Como o InfoLAB pode melhorar os resultados do seu laboratório<br />

A LIGA Sistemas está no mercado há mais de 28<br />

anos e nossa trajetória é pautada na solidez e<br />

experiência na área de medicina diagnóstica com<br />

atualizações contínuas que acompanham todos<br />

os avanços tecnológicos sempre inovando e<br />

atendendo a legislação vigente.<br />

Padronizar e integrar os processos operacionais,<br />

gerenciais, administrativos e financeiros do seu<br />

laboratório é nossa missão.<br />

O InfoLAB é um software de gestão laboratorial<br />

completo e escalável que contempla demandas<br />

de pequenos, médios e grandes laboratórios de<br />

análises clínicas simplificando os processos<br />

que demandam tempo e fazendo<br />

uma gestão inteligente, com<br />

segurança e rastreabilidade<br />

de todas as fases laboratoriais:<br />

pré-analítica, analítica<br />

e pós analítica.<br />

Saiba mais:<br />

Nossas soluções contemplam painel de senha<br />

integrado no atendimento, biometria,<br />

autorizadores de convênios, emissão de notas<br />

fiscais, planejamento e controle da produção<br />

automatizada com painéis, interfaceamento<br />

inteligente, controle de qualidade integrado,<br />

integração com laboratórios de apoio via<br />

webservice, triagem e rastreabilidade completa<br />

entre as unidades laboratoriais, faturamento de<br />

convênios, geração de BPA do SUS, controle de<br />

fluxo de caixa, ERP financeiro, estoque integrado,<br />

certificação digital, laudos pela internet ilimitados,<br />

integração com Whatsapp (robô de atendimento),<br />

SMS, E-mail, Business Intelligence, centenas de<br />

indicadores/relatórios, integração com outros<br />

sistemas/HIS e muito mais!<br />

Todo processo de implantação é realizado de<br />

forma segura, rápido, sem traumas, e feito com<br />

todo planejamento necessário para o seu<br />

laboratório. Conte com a LIGA Sistemas para<br />

transformar expectativas em sucesso e<br />

prosperidade!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

145


INFORME DE MERCADO<br />

BIOLOGIA MOLECULAR TRAZ SOLUÇÕES INOVADORAS<br />

PARA IDENTIFICAR OS VÍRUS ZIKA, DENGUE E<br />

CHIKUNGUNYA COM TESTE REAL TIME PCR.<br />

A técnica de Biologia Molecular está<br />

crescendo cada vez mais e é utilizada para<br />

identificar uma diversidade muito grande<br />

de doenças infecciosas, hereditárias, câncer,<br />

entre outros, revolucionado o mercado de<br />

diagnóstico. Com isso, a Biomedica traz<br />

soluções inovadoras e de alta tecnologia<br />

para promover cada vez mais a técnica da<br />

Biologia Molecular.<br />

O kit VIASURE de detecção Zika,<br />

Dengue & Chikungunya Real Time PCR foi<br />

desenvolvido para detecção e diferenciação<br />

específicas dos vírus Zika, Dengue e/<br />

ou Chikungunya em amostras clínicas de<br />

pacientes com sinais e sintomas de infecção<br />

pelos vírus citados à cima. O RNA é extraído<br />

das amostras, amplificado usando RT-PCR<br />

e detectado usando sondas de corante<br />

repórter fluorescente específicas para os<br />

vírus Zika, Dengue e Chikungunya.<br />

Kit VIASURE ZDC Real Time PCR contém<br />

em cada poço todos os componentes<br />

necessários para o teste de PCR<br />

em tempo real (iniciadores/sondas<br />

específicas, dNTPS, tampão, polimerase,<br />

retrotranscriptase) em um formato<br />

estabilizado, bem como um controle<br />

interno para monitorar a inibição da<br />

PCR. Os alvos de RNA do vírus Zika são<br />

amplificados e detectados no canal Cy5,<br />

os alvos de RNA do vírus da Dengue são<br />

amplificados e detectados no canal FAM,<br />

os alvos de RNA do vírus Chikungunya são<br />

amplificados e detectados no canal ROX e o<br />

controle interno (IC) no canal HEX, VIC ou JOE.<br />

Os testes de diagnóstico laboratorial<br />

são baseados na detecção do vírus,<br />

componentes virais (antígenos ou ácido<br />

nucleico) ou na resposta imunológica do<br />

hospedeiro ao vírus. No entanto, devido à<br />

reatividade cruzada dos anticorpos desses<br />

vírus limitar o uso da sorologia, o PCR<br />

em tempo real é um método de detecção<br />

comumente usado durante a fase aguda da<br />

infecção. Para fazer isso, amostras clínicas<br />

que podem ser testadas, incluindo sangue,<br />

soro, plasma, urina e outras.<br />

O desempenho clínico do kit VIASURE ZDC<br />

Real Time PCR foi avaliado com amostras<br />

dos programas INSTAND e QCMD. O<br />

desempenho clínico do ensaio VIASURE foi<br />

testado usando 102 amostras clínicas. Os<br />

resultados mostram uma alta sensibilidade<br />

e especificidade para detectar Zika, Dengue<br />

e Chikungunya usando o VIASURE ZDC.<br />

A reatividade do kit VIASURE ZCD Real<br />

Time PCR para o vírus Zika foi avaliada<br />

contra a cepa MR 766 (Uganda, 1947), vírus<br />

Zika cepa 1 1474/16 (Polinésia Francesa),<br />

cepa 11468/16 (Polinésia Francesa), o<br />

vírus do Zika (africano) e a cepa do vírus do<br />

Zika PF13/251013-18 (asiática) mostrando<br />

resultados positivos.<br />

A reatividade do kit VIASURE ZCD Real<br />

Time PCR para o vírus Dengue foi avaliada<br />

contra vírus Dengue 1 cepa Hawaii, vírus<br />

Dengue 2 cepa New Guinea C, vírus Dengue<br />

3 cepa H87 e vírus Dengue 4 cepa H241<br />

mostrando resultados positivos.<br />

A reatividade do kit VIASURE ZCD Real<br />

Time PCR para Chikungunya foi avaliada<br />

contra vírus Chikungunya S27 Petersfield<br />

(genótipo africano), e vírus Chikungunya<br />

Martinique isolate (genótipo asiático)<br />

mostrando resultados positivos.<br />

Biomedica Equipamentos e Suprimentos LTDA.<br />

SIA trecho 03 - lotes 625 - sala 230C<br />

CEP 71200-030<br />

Telefone (61) 3363-4422 (whatsapp)<br />

Email: contato@biomedica.com.br<br />

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146<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


INFORME DE MERCADO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

147


INFORME DE MERCADO<br />

REAGENTE-ÚNICO PODE PARECER SIMPLES, MAS É RESULTADO<br />

DE UM ENORME AVANÇO EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO.<br />

A Ebram tem despendido anos pesquisando<br />

e desenvolvendo produtos com o intuito<br />

de fornecer kits bioquímicos em sua forma<br />

monoreagente, “reagente único”, por entender<br />

que os benefícios adquiridos são enormes.<br />

A obtenção de produtos “reagente único” em<br />

Bioquímica Clínica envolve um grande esforço<br />

na produção de estabilizadores eficazes a<br />

ponto de garantir sobrevida dos substratos,<br />

íons e de enzimas importantes, como para a<br />

quantificação das Transaminases Glutâmico<br />

Oxalacética e Pirúvica (TGP e TGO), Ureia BUN,<br />

Proteína Total, Ac Úrico, Creatinina, Magnésio<br />

Arsenazo e outros.<br />

Uma das principais vantagens da utilização de<br />

reagentes únicos é com relação ao consumo nos<br />

analisadores automatizados. Os analisadores<br />

normalmente consomem volumes adicionais de<br />

reagente em cada pipetagem (por questões de<br />

segurança numa eventual aspiração de bolhas<br />

ou instabilidades dos módulos de pipetagem).<br />

Esse volume de segurança é conhecido como<br />

“Volume de GAP”. Estes volumes adicionais,<br />

dependendo do instrumento pode chegar a<br />

30% quando o volume da pipetagem for ≤<br />

40 μl, 20% para volumes próximos de 100μl,<br />

e diminui para 7% para volumes > 100μl.<br />

No protocolo dos bireagentes o volume do R2<br />

varia em torno de 25μl a 80μl, já nos “reagentes<br />

únicos” o volume varia de 200μl a 300μl, fica<br />

claro que a escolha de trabalhar com a maioria<br />

dos produtos no formato “reagente único” têm<br />

impacto direto no custo da bioquímica para o<br />

laboratório clínico.<br />

Devido a presença destes estabilizadores,<br />

outra grande vantagem na utilização<br />

destes reagentes é a maior estabilidade de<br />

armazenamento, atingindo 18 a 24 meses de<br />

validade, impactando também nos custos dos<br />

pequenos, médios e grandes laboratórios.<br />

Analisadores de pequeno porte disponibilizam um<br />

pequeno número de posições no compartimento<br />

para reagentes, onde a utilização dos reagentes<br />

únicos propicia maior produtividade instrumental e<br />

baixo consumo de soluções de lavagens.<br />

Reagentes estáveis fornecem baixíssimos CV%<br />

intra e inter-ensaios contribuindo com a precisão<br />

e reprodutibilidade instrumental analítica.<br />

Tudo isso é fabricado pela EBRAM no Brasil,<br />

uma empresa nacional que continuamente para<br />

oferecer aos laboratórios produtos diferenciados,<br />

de qualidade e com baixo custo.<br />

Abaixo os produtos MONOREAGENTES da Linha Bioquímica Ebram.<br />

1. Creatinina - Jaffé modificado, conservado de 2 a 8°C<br />

2. Acido Úrico - menor foto sensibilidade<br />

3. Magnésio Arsenazo - a melhor metodologia<br />

4. Cálcio Arsenazo III - primeiro cálcio arsenazo do Brasil<br />

5. Triglicérides - alta linearidade<br />

6. TGO/AST - único monoreagente do Brasil<br />

7. TGP/ALT - único monoreagente do Brasil<br />

8. Ureia - único monoreagente do Brasil<br />

9. Amilase - ótima estabilidade<br />

10. Fósforo<br />

11. Albumina<br />

12. Proteína Total<br />

13. Glicose Oxidase<br />

14. Colesterol<br />

15. Cloro<br />

Para mais informações:<br />

Telefone: (11) 2291-2811<br />

Site: www.ebram.com.br<br />

148<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


MAIS DE 1 MILHÃO DE MÁSCARAS POR MÊS<br />

Fabricação própria traz mais agilidade e<br />

aumento da capacidade de produção das<br />

máscaras GT Group.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Inaugurada em fevereiro de 2022, a<br />

Fábrica de Máscaras GT Group já produziu<br />

e comercializou mais de 1,8 milhões de<br />

unidades para todo o Brasil. Feitas com tripla<br />

proteção, as máscaras podem ser utilizadas<br />

em diversos segmentos, são eficazes e de<br />

baixo custo.<br />

Hoje são produzidas 90 máscaras<br />

por minuto. Com média de fabricação<br />

equivalente a 1.300 caixas diárias, cada uma<br />

com 50 unidades, em apenas um turno de<br />

produção, as máscaras têm potencial de<br />

entrega exponencial. O planejamento para<br />

os próximos meses é que a fábrica passe<br />

a operar em dois turnos, o que dobrará a<br />

produção com o mesmo maquinário.<br />

As máquinas são 100% automatizadas<br />

e possuem um sistema de ar pneumático<br />

que conduz a matéria prima por toda linha<br />

de produção passando por três processos:<br />

prensa, solda e corte simultâneos e sem a<br />

necessidade de manuseio do operador.<br />

Quando finalizadas, as máscaras são<br />

contadas, embaladas e armazenadas em<br />

nosso estoque por lotes que atendem<br />

rigorosos processos de qualidade por<br />

profissionais treinados e devidamente<br />

equipados. A completa linha de produção<br />

permite a fabricação de elástico próprio e<br />

um rigoroso controle interno da qualidade<br />

da matéria prima.<br />

Já conhece essa novidade?<br />

Comprove por você mesmo os diferenciais<br />

das máscaras descartáveis da GT Group!<br />

Deixe a experiência GT Group<br />

surpreender você!<br />

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A LaborLine é uma empresa 100% brasileira,<br />

sua credibilidade está relacionada à constante<br />

atenção e dedicação no desenvolvimento<br />

de produtos duráveis, buscando inovação e<br />

qualidade.<br />

A marca apresenta ao mercado sua loja virtual<br />

laborline.com.br, onde é possível encontrar<br />

toda a linha de centrífugas e equipamentos<br />

para laboratórios que buscam otimizar e ter<br />

maior eficiência na sua rotina.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

149


INFORME DE MERCADO<br />

ARBOVIROSES: AUMENTO DE CASOS ACENDE ALERTA SOBRE<br />

A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO RÁPIDA E PRECISA<br />

Os arbovírus são uns dos causadores das<br />

doenças tropicais que acometem a população<br />

mundial. As mais conhecidas, denominadas de<br />

arboviroses, são a Dengue, Zika e Chikungunya.<br />

Juntas, de acordo com a Organização Mundial<br />

da Saúde (OMS), elas são uma ameaça à saúde<br />

de 4 bilhões de pessoas, sobretudo das que<br />

vivem em áreas tropicais e subtropicais.<br />

Dados do Ministério da Saúde mostram que,<br />

até a primeira quinzena de abril de 2022,<br />

o país registrou uma alta de 104,5% nas<br />

notificações, em relação ao mesmo período<br />

de 2021. Foram contabilizados 464.255<br />

casos da doença. Entre os sintomas comuns<br />

da dengue, estão a febre, dores musculares,<br />

cefaleia, náusea e fadiga.<br />

Solução da Mobius<br />

O Kit Multiplex Zika, Dengue e Chikungunya<br />

da Mobius (registro ANVISA nº 80502070063)<br />

avalia de forma qualitativa a presença dos três<br />

vírus em um único teste, contribuindo para a<br />

escolha de um tratamento adequado.<br />

Um levantamento da OMS, feito para nortear<br />

ações globais de controle às arboviroses, mostra<br />

que a Dengue está presente em 130 países, a<br />

Chikungunya em 115 e o Zika Vírus em 89.<br />

De acordo com a Organização Pan-<br />

Americana de Saúde, o Brasil tem o maior<br />

número de casos registrados no mundo.<br />

Causadas pelo mosquito Aedes aegypti, as<br />

doenças possuem características diferentes.<br />

Devido à dificuldade em diferenciar<br />

essas doenças tropicais por meio de<br />

avaliação clínica e métodos tradicionais<br />

de laboratório, o diagnóstico molecular é<br />

fundamental para direcionar os pacientes<br />

para o tratamento mais adequado.<br />

Mobiuslife.com.br<br />

comercial@mobiuslife.com.br<br />

150<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


INFORME DE MERCADO<br />

HORIBA Medical Brasil inova e disponibiliza ferramenta para<br />

avaliação da identificação de células sanguíneas – QSP<br />

• Usuários ilimitados<br />

• Cada gerente de laboratório estabelece o protocolo<br />

de controle e escolhe as lâminas a serem analisadas<br />

pela equipe responsável pelo exame das lâminas.<br />

• Semanalmente, um caso pode ser examinado.<br />

• O programa QSP emite relatórios personalizados<br />

para garantir uma rastreabilidade perfeita.<br />

O software QSP é uma ferramenta para imagens<br />

de alta definição, didática e muito intuitiva.<br />

Ele oferece ao pessoal do laboratório o<br />

exame das lâminas sanguíneas, que são digitalizadas<br />

e avaliadas previamente. Permite ao<br />

laboratório avaliar a capacidade dos potenciais<br />

examinadores<br />

O QSP é mais do que um atlas citológico…<br />

Usa casos clínicos reais fornecidos por<br />

médicos aprovados.<br />

Com casos normais e patológicos.<br />

Vantagens<br />

Treinamento contínuo dos analistas de laboratório<br />

• 6 slides digitais por mês.<br />

• O laboratório pode definir sua própria classificação<br />

de células.<br />

• Avaliação de WBC, RBC e PLT classificação e /<br />

ou morfologias.<br />

• Identificação incorreta de células.<br />

• Relatórios com desempenho individual pontuação.<br />

• Fácil de usar<br />

• Não há necessidade de material adicional (baseado<br />

em PC).<br />

É elaborado um relatório individual da classificação<br />

que mostra<br />

• Um índice da sensibilidade média das células<br />

corretamente classificadas em relação<br />

à referência.<br />

• Uma classificação imediata de TP, TN, FP, FN e<br />

os cálculos associados da relação sensibilidade<br />

e precisão<br />

• Imagens de células que não combinam com a<br />

classificação de referência.<br />

• As observações do leitor e do gerente.<br />

• As ações corretivas associadas.<br />

Benefícios<br />

• Padronização da leitura manual das lâminas<br />

ao microscópio.<br />

• Aumentando a confiabilidade dos resultados<br />

finais.<br />

• Ajudar novos técnicos a melhorar seu nível e se<br />

tornarem confiantes.<br />

• Ajudando Técnicos experientes a manter<br />

seu nível.<br />

HORIBA Medical Brasil<br />

(11) 2923-5400<br />

marketing.br@horiba.com<br />

152<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


INFORME DE MERCADO<br />

LOGCARE COM MAIS DE 20 ANOS NO MERCADO DE<br />

SISTEMAS DE RASTREIO, ATUA COM EXCELÊNCIA NO<br />

AUXÍLIO DO TRANSPORTE DE MATERIAIS BIOLÓGICOS<br />

Os percursos realizados pelo material<br />

biológico retirado de clínicas e laboratórios<br />

são requeridos de avaliações extremamente<br />

restritas, é neste momento em que as coletas<br />

se tornam mais sensíveis pelo tempo da<br />

viagem e até mesmo por meio das oscilações<br />

de temperaturas nos compartimentos<br />

durante todo o transporte entre o ponto de<br />

coleta inicial até o ponto final de análise. O<br />

processo de transporte do material biológico<br />

sem a devida responsabilidade pode gerar<br />

diversos erros, entre eles a falha da análise,<br />

interferindo no resultado apresentado<br />

futuramente ao paciente.<br />

Os transportes de amostras de materiais<br />

biológicos fazem parte da fase pré-analítica,<br />

é neste momento em que se inicia a análise<br />

das amostras. O cuidado com a escolha da<br />

embalagem, acondicionamento do material e<br />

cumprimento das cautelas necessárias para o<br />

deslocamento são imprescindíveis para que o<br />

transporte seja concluído com excelência.<br />

É de responsabilidade dos laboratórios garantir<br />

qualidade e segurança nestes processos, para<br />

isso podem contar com a ajuda com serviços<br />

auxiliares como o LogCare, disponibilizado<br />

pela MPSystems do Brasil, que oferece uma<br />

plataforma extremamente qualificada, através<br />

desta excelência operacional, é possível realizar<br />

acompanhamento em tempo real de solicitações<br />

de coleta de material biológico, rastreamento do<br />

percurso do consultório ao centro de análises,<br />

obter informações sobre o transporte, além da<br />

redução de custos operacionais.<br />

Estamos disponíveis em nosso site:<br />

www.mpsystems.com.br,<br />

tels.: (11) 2985-7041, (11) 2979-6654, (11) 2973-1970 e<br />

e-mail: suporte@mpsystems.com.br<br />

Não deixe de nos contatar.<br />

154<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


INFORME DE MERCADO<br />

CAL-6000 – AUTOMATIZAÇÃO DE HEMATOLOGIA AO<br />

ALCANCE DE TODOS<br />

O CAL 6000 da Mindray define uma<br />

nova geração de linha de análise celular.<br />

Suporta configurações flexíveis com 1<br />

ou 2 unidades do BC-6000/BC-6200 e<br />

1 unidade do SC-120, oferecendo uma<br />

produção de até 220 testes por hora e 120<br />

lâminas realizadas e coradas por hora.<br />

Acompanhado pelo software LabXpert,<br />

o CAL 6000 possui a capacidade de<br />

analisar resultados e executar de<br />

forma automatizada a repetição e/ou<br />

a realização do esfregaço sanguíneo<br />

com base em regras predefinidas pelos<br />

protocolos estabelecidos por cada cliente.<br />

A esteira de carga bidirecional, com<br />

tecnologia patenteada, possibilita uma<br />

rápida distribuição da amostra, melhorando<br />

a eficiência e a produtividade do laboratório.<br />

Usuários podem adicionar amostras<br />

em qualquer área de carga e retirá-las<br />

continuamente nas áreas de descarregamento.<br />

As amostras STAT podem ser carregadas<br />

em modo aberto - para diminuir o tempo<br />

de execução do teste - ou através de racks<br />

especialmente identificadas para urgências.<br />

O sistema conta com racks de tubos<br />

personalizáveis em cores diferentes<br />

determinando os perfis de análise<br />

disponíveis no equipamento. Conta com<br />

racks específicas para controle de qualidade,<br />

calibração, urgências e execução de lâminas,<br />

otimizando a rotina laboratorial.<br />

Contato: Igor Abdalla Ragone<br />

Key Account Manager - IVD<br />

E-mail: igor.ragone@mindray.com<br />

Mobile/WhatsApp: +55 11 93209 0554<br />

156<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


INFORME DE MERCADO<br />

EXAME HEVYLITE® DA BINDING SITE COMEÇA A SER<br />

OFERECIDO NO BRASIL<br />

O Hevylite® é um teste que possibilita a<br />

quantificação do isotipo de cadeia pesada + leve<br />

das imunoglobulinas no soro, ou seja, um teste<br />

laboratorial para medição de imunoglobulinas<br />

intactas, importante para pacientes com<br />

diagnóstico de Mieloma Múltiplo (MM), em fase<br />

de monitoramento da doença.<br />

O Hospital Israelita Albert Einstein é o primeiro<br />

no Brasil a disponibilizar esta grande novidade<br />

para os médicos e pacientes, com a inclusão do<br />

exame Hevylite® na rotina do seu laboratório<br />

clínico, assim como foi com o Freelite® (exame<br />

para quantificação de cadeias leves livres kappa/<br />

lambda). Quando utilizado em conjunto com<br />

os exames do painel para Mieloma, o Hevylite®<br />

oferece uma série de vantagens no monitoramento<br />

de pacientes com Gamopatias Monoclonais.<br />

Dentre os benefícios do Hevylite®,<br />

destacam-se:<br />

• Eliminação da subjetividade dos resultados e possível<br />

dificuldade de interpretação da imunofixação e<br />

também da eletroforese em alguns casos;<br />

• Utilização em conjunto com o Freelite e os outros<br />

exames tradicionais, oferecendo o melhor painel<br />

para diagnóstico e monitoramento da doença;<br />

• Indicativo de doença residual mínima e<br />

antecipação da informação sobre possível recaída<br />

• Monitoramento mais rápido e preciso de possíveis<br />

alterações clonais.<br />

O uso do Hevylite® em conjunto com o Freelite®<br />

no monitoramento dos pacientes com MM garante<br />

maior precisão e fornece informações relevantes<br />

para a conduta médica. Para saber mais detalhes<br />

sobre o Freelite® ou o Hevylite® e conhecer os<br />

laboratórios clínicos que atualmente realizam tais<br />

exames no Brasil, entre em contato conosco.<br />

Para mais informações entre<br />

em contato com a equipe:<br />

info@bindingsite.com.br<br />

www.freelite.com.br<br />

158<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


CONTROLES E CALIBRADORES MOLECULARES<br />

PARA TESTES DE ÁCIDOS NUCLEICOS<br />

Chega ao Brasil com exclusividade através da Veritas os produtos da H.H.C., uma<br />

empresa suiça comprometida em fornecer produtos e tecnologias inovadoras para<br />

pesquisa e diagnóstico. É especializada na produção de controles moleculares e<br />

calibradores para testes de ácidos nucleicos.<br />

COVID-19<br />

SARS-CoV-2 (Isolate: USA-WA1/2020) Culture Fluid (Inactivated)<br />

NATtrol Flu/RSV/SARS-CoV-2 Positive Control<br />

NATtrol Flu/RSV/SARS-CoV-2 Negative Control<br />

NATtrol SARS-CoV-2 Negative Control<br />

NATtrol SARS-CoV-2 Positive Control<br />

NATtrol SARS-CoV-2 Variant Panel<br />

SARS-CoV-2 IgG Panel<br />

COVID-19 Cross Over Panel<br />

Influenza/Respiratory/Flu A/B/H1N1<br />

NATtrol Respiratory Panel 2 (RP2) Controls Plus<br />

NATtrol Respiratory Verification Panel 2 Plus<br />

NATtrol Flu/RSV/SARS-CoV-2 Positive Control<br />

PANÉIS RESPIRATÓRIOS<br />

NATtrol Respiratory Pathogen Panel<br />

NATtrol Respiratory Validation Panel (with H1N1)<br />

NATtrol S.pneumoniae Stock<br />

NATtrol Influenza Verification Panel<br />

NATtrol Influenza A/B Positive Control<br />

NATtrol Influenza/RSV Negative Control<br />

NATtrol Mycoplasma Pneumoniae<br />

NATtrol MTB Verification Panel<br />

NATtrol Respiratory Syncytial Virus A/B<br />

NATtrol MERS Recombinant Pack<br />

HIV<br />

Anticorpos anti-HIV<br />

MULTI-MARKER HBV-DNA/HCV-RNA/HIV-1 RNA controls<br />

HIV-1 RNA controls<br />

HIV-2 RNA controls<br />

NATtrol HIV1 External Run Control<br />

HIV-1/2 Purified Viral Lysate<br />

HIV-1 Antigen ELISA Kit<br />

CONTROLES E PADRÕES<br />

NATtrol Chlamydia trachomatis Positive Control Pack<br />

NATtrol Neisseria gonorrhoeae Positive Control Pack<br />

NATtrol Clostridium difficile Positive/Negative Control<br />

NATtrol GBS Positive/Negative Control<br />

NATtrol Enterovirus Positive Control<br />

NATtrol CMV Control<br />

NATtrol Chlamydia trachomatis Positive Control<br />

NATtrol EBV Control<br />

NATtrol HSV-1 Control Target<br />

NATtrol Salmonella typhimurium<br />

NATtrol Vaginal Panel<br />

NATtrol Rotavirus (Stool Matrix)<br />

NATtrol Zika Virus<br />

NATtrol Meningitis/Encephalitis Panel<br />

NATtrol Norovirus GI/GII Positive Control<br />

NATtrol Human Parvovirus<br />

NATtrol MRSA Positive Control<br />

NATtrol VZV Control<br />

NATtrol WNV Control<br />

NATtrol Adenovirus<br />

NATtrol Chikungunya Virus<br />

NATtrol Coxsackievirus<br />

NATtrol HHV6<br />

NATtrol HHV7<br />

NATtrol HHV8<br />

NATtrol Metapneumovirus<br />

NATtrol Human Rhinovirus<br />

Veritas Soluções Diagnósticas<br />

Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 2937 - Bloco B - Sala 215<br />

fone: +55 (11) 2338-1016 | vendas@veritasbio.com.br<br />

www.veritasbio.com.br


INFORME DE MERCADO<br />

MORFOLOGIA CELULAR DIGITAL CELLAVISION:<br />

UM CONCEITO FLEXÍVEL PARA LABORATÓRIOS DE<br />

HEMATOLOGIA DE TODOS OS TAMANHOS<br />

Quinze anos atrás, a CellaVision<br />

introduziu a automação e a imagem digital<br />

na contagem diferencial de leucócitos,<br />

criando assim o que hoje é conhecido como<br />

Morfologia Celular Digital. Hoje, oferecemos<br />

uma família de produtos que formam um<br />

conceito de automação exclusivo e flexível<br />

que ajuda os gestores de laboratório a<br />

enfrentar os principais desafios associados à<br />

análise morfológica de células.<br />

A CellaVision conta com três modelos de<br />

equipamentos, de acordo com o volume de<br />

amostras da rotina. O DM9600 é ideal para<br />

laboratórios de alto volume de exames,<br />

sendo capaz de processar trinta lâminas<br />

por hora. Já o modelo DM1200 é ideal para<br />

rotinas de médio tamanho, processando 20<br />

lâminas por hora. O modelo DC-1 é ideal<br />

para laboratórios de baixo ou médio volume<br />

de amostras. Ele processa uma lâmina por<br />

vez, sendo capaz de analisar em média 10<br />

lâminas por hora.<br />

Com a lâmina já pronta, confeccionada<br />

e corada, o microscópio automatizado<br />

embutido no sistema busca pela<br />

monocamada, que é a região ideal para<br />

se realizar a contagem diferencial de<br />

leucócitos. Em seguida, o sistema localiza<br />

e fotografa centenas de leucócitos e<br />

eritrócitos. As características morfológicas<br />

de cada elemento figurado são extraídas e<br />

processadas em uma rede neural artificial,<br />

isto é, o sistema utiliza inteligência artificial<br />

para pré classificar todos os leucócitos e pré<br />

caracterizar os glóbulos vermelhos.<br />

Na última etapa, o sistema apresenta de<br />

forma ordenada todas as células já préclassificadas<br />

na tela do computador, em<br />

imagens de altíssima resolução, onde o<br />

analista somente terá de revisar o resultado<br />

e reclassificar, se necessário, as células que<br />

ele não está de acordo.<br />

Todo este processo economiza um precioso<br />

tempo dentro do laboratório, incrementando<br />

a produtividade de forma significativa,<br />

reduzindo resultados falso-negativos e<br />

melhorando a consistência da análise.<br />

Ainda, é possível acessar remotamente sua<br />

base de dados e revisar lâminas à distância,<br />

recurso importantíssimo nos dias de hoje,<br />

sobretudo para redes de laboratórios com<br />

mais de um centro técnico operacional, o<br />

que aumenta ainda mais a produtividade<br />

laboratorial e o uso racional de recursos<br />

humanos. Bem vindos à Telepatologia!<br />

Saiba mais em www.cellavision.com<br />

Contato: Wagner Miyaura - Market<br />

Support Manager, South America<br />

wagner.miyaura@cellavision.com<br />

160<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


GELAB, EXPERT EM SOLUÇÕES TÉRMICAS.<br />

Com quase uma década de mercado, a Gelab se<br />

destaca na produção de gelos reutilizáveis como<br />

solução da manutenção da temperatura de produtos<br />

termossensíveis, proporcionando assim, um melhor<br />

acondicionamento no processo de transporte e<br />

armazenamento dos produtos da cadeia fria.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Vale destacar<br />

O investimento em pesquisas e desenvolvimento<br />

de produtos e em qualificação dos profissionais<br />

fazem parte da rotina da Gelab, que busca excelência<br />

na fabricação de seus produtos, primando pelo<br />

atendimento próximo e diferenciado a seus clientes.<br />

Produtos<br />

As almofadas térmicas Gelab são reutilizáveis e<br />

foram desenvolvidas para atender as mais diversas<br />

necessidades do mercado.<br />

A empesa destaca a produção de dois tipos:<br />

Gelo Flexível<br />

Produzido em gel atóxico, é acondicionado em<br />

sachês de tamanhos variados, e tem opção de<br />

embalagem personalizada (ver condições).<br />

Gelo Rígido<br />

Possui uma maior resistência a impactos.<br />

Ambos garantem uma performance de alto<br />

desempenho na manutenção da temperatura de<br />

produtos termossensíveis.<br />

Conheça a Gelab!<br />

A empresa está localizada estrategicamente na região metropolitana de Belo Horizonte,<br />

Minas Gerais, um dos polos industriais da biotecnologia brasileira, e atende todo<br />

território nacional.<br />

Para mais informações, faça contato em sua central de vendas:<br />

(31) 3671-5921, através do WhatsApp (31) 97121-8604<br />

ou no e-mail comercial@silab.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

161


INFORME DE MERCADO<br />

CONHEÇA O LACT-O-TEST, SOLUÇÃO DE LACTOSE<br />

PRONTA PARA USO PARA REALIZAÇÃO DE TESTE DE<br />

INTOLERÂNCIA Á LACTOSE.<br />

A deficiência de lactase, ou intolerância<br />

a lactose, é a causadora de desconfortos<br />

relacionados à digestão em mais de 40% dos<br />

brasileiros. Esta é a estimativa de pessoas<br />

intolerantes à lactose no Brasil segundo o IBGE.<br />

Os sintomas da alergia à proteína do leite<br />

são manchas vermelhas e irritação na pele,<br />

inchaço nos olhos e na boca, falta de ar,<br />

coceira, tosse, diarreia, podendo apresentar<br />

sangue nas fezes.<br />

A lactose é o açúcar presente no leite e seus<br />

derivados e o que caracteriza a intolerância à<br />

lactose é justamente a deficiência da enzima<br />

responsável pela quebra deste açúcar no<br />

organismo: a lactase.<br />

Sem este processo químico, a absorção do<br />

açúcar do leite pelo nosso corpo é prejudicada<br />

e sofremos as consequências da presença de<br />

uma maior quantidade de lactose no intestino<br />

e de sua fermentação.<br />

Diferenças entre intolerância à lactose<br />

e “alergia ao leite”<br />

Não confunda: apesar de serem causadas<br />

pelos mesmos alimentos, a alergia ao leite,<br />

cujo nome correto é “alergia à proteína do<br />

leite”, e a intolerância à lactose não são a<br />

mesma coisa.<br />

Enquanto a intolerância é a falta da enzima<br />

que digere a lactose no organismo, a alergia<br />

é uma resposta do sistema imunológico à<br />

presença de uma proteína do leite de vaca, a<br />

betalactoglobulina.<br />

Esse problema acomete principalmente<br />

bebês e pode ser provocado pelo consumo de<br />

leite de vaca antes dos quatro meses de idade.<br />

É importante lembrar que essa proteína não<br />

está presente no leite materno. Nesses casos a<br />

alergia tende a desaparecer ainda na infância,<br />

mas pode persistir até a idade adulta.<br />

Além disso, em alguns casos, até choque<br />

anafilático pode ocorrer, característica típica<br />

do desencadeamento de uma reação alérgica.<br />

Bebês que apresentam baixo ganho de peso,<br />

atraso no crescimento e desenvolvimento<br />

também devem ser avaliados para esta doença.<br />

Sintomas de intolerância à lactose<br />

Já os sintomas da intolerância à lactose são<br />

bem diferentes. Eles geralmente aparecem na<br />

idade adulta, uma vez que há a diminuição da<br />

produção da lactase ao longo da vida. Com<br />

a impossibilidade de o organismo digerir a<br />

lactose, ela entra em contato com a mucosa<br />

intestinal sem a absorção correta do açúcar,<br />

provocando uma série de reações como:<br />

• Diarreia<br />

• Excesso de gases<br />

• Náuseas e vômitos<br />

• Distensão abdominal<br />

Além do desconforto intestinal, o problema<br />

também pode causar dor de cabeça. A<br />

intolerância à lactose não causa sangramento<br />

nas fezes, portanto, caso note este sintoma, é<br />

importante procurar seu médico.<br />

É possível identificar os indícios do problema<br />

por meio destes sinais, mas o diagnóstico<br />

deve ser confirmado pelo médico. Durante<br />

a consulta, de acordo com os sintomas e<br />

o momento em que aparecem, já se pode<br />

chegar a um diagnóstico clínico.<br />

A recomendação de permanecer um<br />

período sem a ingestão de produtos lácteos,<br />

averiguando se há melhora no quadro neste<br />

período ajuda a confirmá-lo. Na grande<br />

maioria dos casos, não são necessários<br />

exames específicos para o diagnóstico.<br />

Em situações específicas, podem ser<br />

solicitados o teste de intolerância à lactose,<br />

teste genético, exame de hidrogênio expirado<br />

ou medidor de ácido láctico.<br />

Acesse nosso site e conheça o Lact-o-test,<br />

solução de lactose pronta para uso para<br />

realização de teste de intolerância á lactose.<br />

Para mais informações,<br />

Entre em contato conosco!<br />

WhatsApp : +55 32 98419-8588<br />

Tel : +55 32 3331-4489<br />

+55 32 3333-0379<br />

E-mail : sac@renylab.ind.br<br />

www.renylab.ind.br<br />

162<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


VIDA BIOTECNOLOGIA LANÇA LINHA COMPLETA DE<br />

REAGENTES DE COAGULAÇÃO<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Já se encontram no estoque da VIDA<br />

Biotecnologia os reagentes Tempo de<br />

Protrombina (TP), Tempo de Tromboplastina<br />

Parcial Ativada (TTPA) e Fibrinogênio.<br />

São reagentes responsáveis pela triagem<br />

em coagulação, sendo possível monitorar<br />

tratamentos médicos com anticoagulantes,<br />

triagem pré-operatória e avaliação inicial de<br />

anormalidades trombóticas ou de sangramento.<br />

O TP avalia os fatores de coagulação na via<br />

extrínseca e comum, seus resultados são<br />

reportados em segundos, em relação a um<br />

pool normal, % de atividade (Quick) ou RNI<br />

(índice internacional normalizado). Para<br />

garantir a qualidade VIDA, os reagentes de<br />

TP possuem ISI igual a 1. Como são usados<br />

diferentes tipos de fator tissular, a OMS<br />

preconizou o uso do índice internacional<br />

normalizado (INR, RNI ou IIN) para padronizar<br />

mundialmente o resultado obtido no teste.<br />

O TTPA avalia a via intrínseca e comum,<br />

detecta as deficiências dos fatores de<br />

coagulação, podendo ser utilizado para<br />

monitorar pacientes em terapia com heparina.<br />

O Fibrinogênio é a principal fonte de muitos<br />

fatores de coagulação, sua dosagem pode auxiliar<br />

no prognóstico de várias desordens hemorrágicas.<br />

Estes produtos possuem excelente<br />

desempenho cumprindo os requisitos de<br />

qualidade da rotina clínica. Para completar<br />

a linha, os produtos D-dímero, Tempo de<br />

Trombina (TT) e Plasma Controle já estão<br />

em processo de registro na ANVISA. A<br />

estimativa é que estes produtos estejam<br />

disponíveis para compra até junho. Para<br />

complementar sua rotina laboratorial<br />

conheça também os Analisadores de<br />

Coagulação semiautomáticos ou automáticos<br />

da VIDA Biotecnologia, acessando nosso site<br />

vidabiotecnologia.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

163


INFORME DE MERCADO<br />

MERCOLAB DIAGNÓSTICOS CHEGA AO MERCADO.<br />

Primeiro laboratório de apoio do Sistema Unimed a serviço do mercado laboratorial.<br />

Acaba de ser inaugurado o laboratório de diagnósticos<br />

de análises clínicas de grande potencial tecnológico e<br />

inovação nesta importante área da saúde no Brasil.<br />

Trata-se do Mercolab Diagnósticos, o primeiro<br />

laboratório de análises clínicas de baixa à alta<br />

complexidade do Sistema Unimed, equipado com o<br />

que há de mais atual em termos de tecnologia, e que<br />

servirá de apoio a todas as cooperativas de Norte a<br />

Sul do Brasil e ao mercado laboratorial em geral.<br />

Localizado em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC),<br />

o Mercolab é administrado pela holding da Unimed<br />

Mercosul, a Mercosul Empreendimentos e Soluções, e<br />

chega para atender, todos os laboratórios e hospitais<br />

a nível Nacional.<br />

QUALIDADE DA MARCA UNIMED<br />

O Mercolab conta com todo o suporte necessário<br />

para entregar com agilidade resultados de<br />

exames de análises clínicas, independentemente<br />

da sua complexidade. Tudo isso com os alicerces<br />

da marca Unimed.<br />

Sérgio Malburg Filho: "Mercolab vem para ser referência"<br />

“São equipamentos de genética e biologia<br />

molecular importados dos Estados Unidos, Israel e<br />

Europa com tecnologia necessária para a realização<br />

de exames complexos como exomas, NIPT e painéis<br />

oncológicos somáticos e germinativos”, afirma<br />

Sérgio Malburg Filho, Diretor de Inovação e<br />

Negócios da Unimed Mercosul.<br />

Ele observa que “esse laboratório atuará em todo<br />

território nacional com logística especializada e aberto<br />

a todos aqueles que quiserem fazer parte dessa nova<br />

forma de fazer e tratar o diagnóstico no Brasil”.<br />

“Nossos exames não são tratados como commodities,<br />

cada tubo é e sempre será uma vida. Esse valor nasceu<br />

com o Mercolab e cada colaborador tem isso como um<br />

princípio a ser seguido dentro do laboratório”.<br />

“Com tamanha capacidade de entrega, o Mercolab<br />

Diagnósticos chega para ser referência no Brasil<br />

em exames de média e alta complexidade”,<br />

aponta o Diretor.<br />

Visite: mercolabdiagnosticos.com<br />

Entre em contato:<br />

contato@mercolabdiagnosticos.com<br />

(48) 3121-0200<br />

166<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022


ANALOGIAS EM MEDICINA<br />

ANALOGIAS EM PATOLOGIA MAMÁRIA<br />

A glândula mamária feminina pode apresentar vários aspectos conforme a doença, muitos úteis na<br />

identificação do processo patológico.<br />

Alguns exemplos:<br />

• “Lago sanguíneo”: foco francamente<br />

hemorrágico no angiossarcoma<br />

• “Cúpula azul”: cisto distendido, típico<br />

de alteração fibrocística<br />

• “Comedão”: necrose central em<br />

carcinoma de alto grau<br />

• “Fila indiana”: padrão infiltrativo do<br />

carcinoma lobular invasivo<br />

Legenda: Fotografia do autor. Aspecto microscópico (HE): células em<br />

“fila indiana”<br />

• “Casca de laranja”: pele mamária no<br />

carcinoma inflamatório<br />

Legenda: Fotografia do autor. Aspecto de “casca de laranja”.<br />

• “Aspecto de folha”: tumor filoide<br />

devido a fendas epiteliais<br />

• “Chifre de veado”: aspecto citológico<br />

em punção de fibroadenoma<br />

• “Ponte romana”: disposição de<br />

glândulas tumorais em pontes<br />

José de Souza Andrade-Filho*<br />

* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />

Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da<br />

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>171</strong> | Maio 2022<br />

167


Liderança<br />

de verdade<br />

é estar à frente<br />

do seu tempo.<br />

Em 10 anos de existência, o DB revolucionou o<br />

mercado com ideias inovadoras, investimento<br />

<br />

com o futuro. Tudo isso nos tornou líderes em<br />

apoio laboratorial. Mas nós queremos ir além.<br />

<br />

É o futuro. Você vem com a gente?<br />

Acesse e conheça<br />

o novo DB<br />

M O V I D O S P E L A E V O L U Ç Ã O

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