20
Serviço de moradia por assinatura chega a Bento GonçalvesMetaverso e o futuro do varejo –Por:Raphael Mello é CEO da LT-MDesde que Mark Zuckerberg, fundadore CEO do Facebook (agora Meta),deixou clara sua intenção de investirsignificativamente na construção dometaverso, em meados do ano passado,praticamente todos os setores da economiaestão procurando uma formade participar dessa experiência virtualimersiva e interativa.Já existem alguns exemplos do quechamam de metaverso, como as plataformas‘Decentraland’ e ‘The Sandbox’,que produzem experiências de simulaçãovirtual, ou seja, permitem que umavatar se encontre com outras pessoas,participe de jogos, compre e vendabens virtuais e se engaje em diversasatividades. Porém, são sistemas individuaisque não se comunicam entre si.Mesmo assim, 6% dos brasileiros (5milhões de pessoas) já transitam poralguma versão do metaverso, de acordocom o Kantar Ibope Media. Segundo aGartner, um em cada quatro usuáriosde internet vai gastar ao menos umahora por dia nesses mundos virtuaisaté 2026.Embora esses números sejam animadores,o desafio é criar um ambientevirtual neutro (sem dono), único e integrado,como uma cidade, em que aspessoas, por meio de seus avatares oupor óculos de realidade virtual, possamentrar e interagir. Para isso, a tecnologiae dispositivos ainda precisamevoluir bastante, já que a criação desteuniverso vai depender da combinaçãode avanços em realidade virtual, blockchain,inteligência artificial, aumentode conectividade, assistentes de voz,programas de tradução simultânea deidiomas, ambiente 3D e gamificação,entre outros.Isso não impede que algumas marcas,como Louis Vuitton, Gucci e Nike, jáfaçam negócios no Metaverso. Por enquanto,muitas empresas estão vendendoNFTs, e não produtos do mundoreal. A Bloomberg Intelligence jáprevê que, em dois anos, o Metaversotransacione US$ 800 bilhões.Porém, no futuro, nada impede que ousuário compre bens físicos no metaverso.Vai ser possível ir a um supermercado,escolher e colocar produtosno carrinho de forma muito mais fácil,dinâmica e rápida, programando a entregaem casa. Roupas, calçados, viagense até carros poderão ser comercializadosno universo virtual.Housi oferece plataforma para locação100% digital e sem burocracia, comimóveis mobiliados e diversos serviçosagregados, como limpeza semanal epay-per-useNestes estágios iniciais de sua concepção,não sabemos ainda como o metaversotomará forma. Mas, para os grandesvarejistas, já fica o questionamentode como gerar rentabilidade neste ambiente.Para o pequeno e médio empresário,tudo isso pode parecer ficçãocientífica. Muitos ainda estão começandoa sua jornada digital e ainda nãoexploraram plenamente todas as oportunidadesdo e-commerce. Porém, defato, há a possibilidade concreta docomércio, como conhecemos hoje, serbem diferente. Basta lembrar que as geraçõesZ e Alpha, os grandes consumidoresdo futuro, são compostas por nativosdigitais que já estão acostumadoscom os ambientes imersivos dos jogosonline.21