REVISTA EMPRESARIOS EDIÇÃO JULHO AGOSTO 2022 ATUALIDADES
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Livro ajuda líderes a se tornarem protagonistas em suas carreiras
Especialista em desenvolvimento
humano Susanne Andrade lança
“Líder Protagonista - Uma Nova Atitude
na Agilidade”, que busca ajudar
gestores a se tornarem protagonistas de
suas carreiras e empresas a implementarem
na prática a gestão humana e ágil
Hoje, as chamadas “doenças da alma” -
como síndrome de burnout, ansiedade
e depressão- têm crescido no Brasil e
no mundo. Muitas vezes, essas doenças
estão relacionadas à sobrecarga no
trabalho, e nem todas as pessoas notam
essa ligação com a vivência no ambiente
profissional. Por isso, o papel dos
líderes nas empresas é cada vez mais
essencial, já que são eles que lidam
diretamente com os colaboradores.
Procurar entender o motivo da queda
repentina de rendimento de um profissional,
por exemplo, antes de pensar
em desligar o funcionário da empresa,
é essencial dentro de uma gestão humanizada.
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Para Susanne Andrade, especialista em
desenvolvimento humano e autora do
novo livro “Líder Protagonista - Uma
Nova Atitude na Agilidade”, é preciso
ter em mente que as pessoas não são
“máquinas perfeitas”, que trabalham
“sem parar” e de forma “automática”.
“Alcançar resultados e crescer na carreira
é ótimo e devemos, sim, buscar
essa ascensão, porém não podemos esquecer
de que não somos robôs e sim
seres humanos. Ter esse entendimento
e entrar no ‘modo humano’ é fundamental
para obter o equilíbrio entre
saúde mental, qualidade de vida e carreira”,
comenta a autora.
Na visão de Susanne, o papel do líder
não pode ser apenas cobrar a entrega
de resultados, mas também ajudar seus
colaboradores a desempenharem suas
funções de maneira mais leve, construindo
uma experiência positiva no
ambiente corporativo. “O gestor não
pode se esquecer de que os funcionários
têm uma vida fora do escritório.
Infelizmente, muitos líderes não conseguem
exercer seu papel de forma
adequada, por também estarem presos
à “obrigação” de produzir o tempo
todo”, analisa a especialista.
“Muitos gestores também têm certo receio
de ‘perder a autoridade’ ao se aproximar
dos colaboradores, o que leva ao
seu afastamento do time, quando seu
papel é justamente o inverso, alimentar
o entusiasmo da equipe”, alerta Susanne.
Pensando em ajudar pessoas em cargo
de liderança que passam por essas situações,
em seu livro, Líder Protagonista
- Uma Nova Atitude na Agilidade,
Susanne lista os 7 passos para fazer a
diferença na vida pessoal e na carreira,
destacando-se na empresa ao lidar melhor
com os colaboradores. “A relação
entre líder e liderado é uma das relações
sociais mais importantes a ser cultivada
no ambiente de trabalho, pois
impacta diretamente na produtividade.
Segundo estudo do centro de estudos
MIT, dos EUA, o bom relacionamento
entre gestor e liderados gera mais resultado
e dinheiro para as empresas.
Além disso, 8 em cada 10 profissionais
pedem demissão por causa da relação
com o chefe”, comenta ela.
Inteligência artificial x Inteligência
Emocional
No livro, Susanne também aborda a relevância
da Inteligência Emocional, e a
falsa crença de que a Inteligência Artificial
irá “roubar o lugar” dos colaboradores
humanos no trabalho. “Devido
a esse receio, muitas pessoas passam a
tentar ‘competir’ com a máquina, o que
é problemático, pois seres humanos
nunca irão desempenhar funções e gerar
resultados iguais aos da IA. Por isso,
essa atitude muitas vezes afeta a saúde
psicológica, causando estresse devido
à pressão excessiva no trabalho, já que
a própria pessoa se auto sabota buscando
entregar resultados como uma
máquina, coisa que nós seres humanos
não conseguimos”, ressalta a especialista
em desenvolvimento humano.
Para a autora, a IA jamais irá tirar o lugar
dos seres humanos, e, ao invés de
“competir” com a tecnologia, devemos
focar nos nossos diferenciais. “Uma
empresa não é feita apenas com recursos
de IA, é preciso pensar em como
usar a Inteligência Emocional (IE) para
se diferenciar da IA e, dessa forma, se
destacar no ambiente de trabalho”, ensina
Susanne.
“Quando o profissional não se identifica
com aquilo que faz, ou se esquece
de fazer suas escolhas de forma consciente,
aceita trabalhar em qualquer
empresa que lhe pague um salário suficiente
para ‘pagar as contas’, e faz o que
vier de demanda, ficando, profissionalmente,
sem rumo definido, o que é prejudicial”,
diz Susanne.
Protagonismo ágil como uma
nova atitude
Para a autora, um líder com postura de
protagonista usa a cultura ágil para alavancar
resultados pessoais e profissionais.
Ao desenvolver essa atitude, ele
conquista mais resultados com sucesso
e felicidade, pois entende que: habilidades
são sempre possíveis de serem
desenvolvidas; obstáculos surgem para
que sejamos perseverantes ao avançarmos
e evoluirmos; aprendemos com as
falhas e nos inspiramos com as pessoas
de sucesso; é essencial sermos flexíveis
para surfarmos nessa onda de mudanças.
“Ao agir assim, as pessoas estão assu-