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REVISTA EMPRESARIOS EDIÇÃO JULHO AGOSTO 2022 ATUALIDADES

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Porquê ...

Conforme já mencionado, existe um

desequilíbrio dos preços de exames e

procedimentos mais voltados a média

e alta complexidade, nos produtos

e serviços cobrados pelas Operadoras

e Planos de Saúde, notadamente, para

aquelas coberturas que não estão fazendo

parte do “rol” aprovadas pela

ANS, junto às carteiras dos usuários/

beneficiários.

Idem, também para a incorporação de

novas drogas e medicamentos caríssimos,

ministrados pelos médicos, fora

das carteiras dos planos.

Muitos usuários estão perdendo as garantias

das suas carteiras.

Outros, não conseguem agendar cirurgias

em tempo hábil, por conta de que

suas garantias ainda não foram vencidas.

Os usuários não estão conseguindo pagar

as mensalidades de seus Planos.

Os reajustes acima da capacidade de

pagamentos dos usuários, também direcionam

estes para o judiciário.

Por outro lado, o Judiciário não conhece

as rotinas e procedimentos no Setor

da Saúde; normalmente, os advogados

invocam a condição de “risco de vida”,

para forçar as Liminares, na maioria

dos casos.

Revista Empresários - Num passado

recente, a Saúde Suplementar

(privada), chegou a atingir uma carteira

de +52 milhões de usuários;

chegou a reduzir para 47 milhões. E

hoje, como está?

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Foi uma grande verdade.

Nós que convivemos com a grande crise

de “desgovernos” nos períodos de

2010 a 2018, quando o desemprego explodiu

e a economia estava patinando,

muitos usuários não conseguiram pagar

as mensalidades dos Planos.

Depois veio a nova crise com a Pandemia.

Hoje, já existe uma recuperação tímica

da economia, e os usuários começam

a retornar para o mercado privado suplementar.

Atualmente, a carteira de Planos está

caminhando para voltar aos patamares

de 50 milhões de usuários/beneficiários.

Já temos notícias de que em 2023, teremos

mais de 52 milhões de usuários.

Importante ressaltar que, as Operadoras

estão implantando novos controles

para incentivar os usuários a cuidar

melhor da sua saúde, com foco na Prevenção

e no cuidado assistido, a fim de

evitar o sedentarismo, o fumo, realizar

atividades físicas. Esse sim é outro fator

de crescimento contínuo.

Revista Empresários - Temos

observado que a área da Saúde

é agora “A BOLA DA VEZ”. Por

quê?

Porquê ...

O mercado financeiro observou que o

Setor da Saúde Privada, se fosse melhor

administrado, teria grandes oportunidades.

É o que está acontecendo há

04 anos.

Os investidores, nacionais e estrangeiros,

procuram mercados onde se vislumbra

EBITDA saudável, melhoras

taxas de remuneração e retorno para o

capital investido.

Os novos investidores estão chegando

com novo modelo de gestão empresarial,

com recursos adequados e suficientes

para as melhorias, investindo

fortemente em tecnologia e inovação,

além de aumentar os investimentos na

qualificação de pessoas e na qualidade

e segurança dos atendimentos aos pacientes.

As grandes redes privadas já estão na

Bolsa de valores, realizando IPO e valorizando

dia após dia, suas ações no

mercado.

No momento, os Players estão concentrados

em três principais pilares:

Aumentar o acesso da população aos

tratamentos e retorno para as carteiras

de planos.

Entender a preocupação com a saúde

das classes médias / altas, público A e

B.

Atender uma grande demanda por

mais qualidade e eficiência dos serviços

de Saúde.

O que também chama atenção é o crescente

direcionamento para a Verticalização

e Consolidação dos serviços,

com a preocupação sempre crescente

em controlar e reduzir CUSTOS e redistribuir

esses recursos com a MAXI-

MIZAÇÃO DOS LUCROS.

Revista Empresários - A área da

Saúde está Investindo em Tecnologia

e Inovação?

Sim ...

Demorou, mais o Setor de Saúde Privada

vem investindo muitos recursos,

haja vista que a média de vida do brasileiro

saltou para 78 (setenta e oito)

anos, em média e vivendo mais. Já estamos

chegando a 4ª fase da vida.

São excelentes tecnologias e ferramentas

utilizadas: Inteligência artificial

(IA), Internet das coisas (IOT), robotização,

big data, machine learning), Medicina

Baseada em Evidência (MBE),

melhores práticas de Gestão Empresarial,

a exemplo do DRG, dentre outras.

Revista Empresários - Como a área

da saúde – pública e privada - está

convivendo com a LGPD, práticas

de Governança e Compliance?

LGPD:

Poucos Estabelecimentos de Saúde estão

preparados para lidar com os “dados

sensíveis”, dos pacientes.

Existe uma grande movimentação desses

dados entre vários profissionais da

saúde, com o acesso aos Prontuários

Eletrônicos. São médicos, enfermeiros,

técnicos, equipes multidisciplinares

(psicólogos, nutricionistas, dermatologistas,

etc), profissionais de TI, recepcionistas,

dentre outros.

O pior: muitas unidades de saúde convivem

ainda com Prontuários manuais.

Um grande perigo de vazamentos dos

dados pessoais e sigilosos dos pacientes.

Importante relatar que, antes da Pandemia,

o Governo Federal estava partindo

com um Projeto Piloto no Estado

de Alagoas (nordeste), para a unificação

dos Prontuários do setor público e

setor privado. Aí veio a LGPD e Pandemia,

para travar o projeto. Não temos

notícias desse retorno e dos avanços.

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