Viver em equilíbrio – um projeto de intervenção naprevenção de quedas nos idososFilipa Moreira 1 , Daniela Santareno Marques 2 , Rita Brochado 21 Interna de Formação Específica de Medicina Geral e Familiar, USF Lápias, ACES Sintra.2 Médica Assistente de Medicina Geral e Familiar, USF Lápias, ACES SintraIntrodução:Os acidentes estão associados a uma elevada taxa de internamentos e de morbimortalidade empessoas com idade superior a 60 anos, muitos são causados por quedas durante a realização deatividades de vida diária. Na sua etiologia podem estar associadas patologias como alterações davisão, hipotensão postural, problemas cardiovasculares, tonturas/vertigens, neuropatias,alterações da marcha e músculo-esqueléticas, medicação (sedativos, antidepressivos, entreoutros), uso de calçado inadequado e a presença de obstáculos na via pública e em casa.Objetivos:Este trabalho visa relatar um projeto de educação para a saúde desenvolvido na comunidade porum grupo de médicas de uma Unidade de Saúde Familiar, com ações de formação numaEstrutura Residencial Para Idosos (ERPI) da região.Pertinência:A maioria das quedas são evitáveis. Os médicos de família, pela sua ligação à comunidade eatuação na prevenção, devem capacitar os idosos para a prevenção primária das quedas e suasconsequências. Por outro lado, sendo Portugal um país envelhecido e com uma esperança médiade vida crescente, o conceito de envelhecimento saudável assume maior relevância e apromoção do exercício físico e da reabilitação física tem de ser um assunto prioritário da nossaprática clínica.Descrição:Com a colaboração dos profissionais da ERPI onde se realizou o projeto, foram organizadassessões informativas e práticas sobre este tema, onde abordámos a relevância e prevalência doproblema, ensinámos medidas gerais para a sua prevenção e praticámos com os utentesexercícios de Otago, concebidos especificamente para a prevenção de quedas.Discussão:Os utentes demonstraram um grande interesse na prática de exercício regular, adaptado às suaslimitações individuais, revelando os conhecimentos adquiridos e progressos na mobilidade nacontinuidade das sessões. Observou-se também um decréscimo de 50% das quedas na médiados 8 meses subsequentes à primeira intervenção, comparativamente à média das quedasregistadas nos 8 meses antes da mesma.9as Jornadas GIMGAS| Grupo de Internos de Medicina Geral e Familiar de Almada Seixal
9as Jornadas GIMGAS| Grupo de Internos de Medicina Geral e Familiar de Almada Seixal