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Livro de resumos

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Parceria com a Direção-Geral da Saúde para a tradução de

consentimentos informados

Inês Machado 1 , Sofia Correia Pinto 2 , Alexandre Vasques 3

1- USF Almirante, ACeS Lisboa Central, 2- USF da Baixa, ACeS Lisboa Central, 3-

USF Oriente, ACeS Lisboa Central

Introdução:

A barreira linguística compromete a transmissão de informação em saúde. Existem atos médicos

onde é obrigatória a obtenção de consentimento informado, livre e esclarecido, nomeadamente

no Planeamento Familiar e na Saúde Materna. Com a população migrante, é frequente os

profissionais de saúde traduzirem oralmente o conteúdo dos consentimentos para inglês, já que

não existe material redigido nas línguas maternas destas utentes, em Portugal. Isto prejudica o

processo de decisão e autonomia das utentes.

Objetivos:

Em parceria com a Direção-Geral da Saúde (DGS), o Grupo de Literacia do Agrupamento de

Centros de Saúde (ACeS) de Lisboa Central propôs-se a criar documentos que permitam o

consentimento informado, livre e esclarecido das migrantes que não dominam a língua

portuguesa. Pretende-se a tradução escrita dos consentimentos para as 10 línguas mais faladas

na área de Lisboa Central, para a colocação de implante subcutâneo e de dispositivo intrauterino,

com levonogestrel ou de cobre, e para a administração de imunoglobulina anti-D.

Pertinência: A 31 de janeiro de 2021, estavam inscritos no ACeS 46.500 utentes de

nacionalidade estrangeira, representando 15,93% dos utentes. A criação destes documentos

colmata uma lacuna transversal a várias instituições prestadoras de cuidados, em Lisboa e em

Portugal.

Descrição:

O Grupo de Literacia disponibilizou o conteúdo dos consentimentos em português. A DGS

realizou a tradução para as línguas mais faladas em Lisboa Central. Por fim, pretende-se validar

a perceção da compreensão dos documentos traduzidos, junto de utentes migrantes.

Discussão:

O consentimento informado é um documento com importância indiscutível na capacitação do

utente no processo de decisão em saúde. A educação para a saúde deve incluir os migrantes que

não dominam a língua portuguesa e que podem ver-se impedidos de tomar decisões autónoma e

conscientemente. Esta parceria permite o aumento da Literacia em Saúde da população

migrante, contribuindo para a humanização dos cuidados prestados.

9as Jornadas GIMGAS| Grupo de Internos de Medicina Geral e Familiar de Almada Seixal

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