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MICROSCÓPIO<br />
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EDITORIAL<br />
<strong>Revista</strong><br />
Ano 20 - <strong>Edição</strong> <strong>120</strong> - Setembro 2022<br />
<strong>Edição</strong> de Aniversário<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> chega ao número <strong>120</strong>! E isso pede uma comemoração… Significa que triunfamos em nossa missão inicial, definida há 20 anos atrás,<br />
quando decidimos acompanhar a evolução do controle de qualidade industrial e contribuir para a formação de novos realizadores. Brindamos a mais esse<br />
aniversário, oferecendo aos leitores uma edição especialíssima, com assuntos tão diversos quanto interessantes.<br />
Estreamos a participação da Fundação CERTI com a ilustre colaboração do Coordenador da área de Sistemas<br />
para Qualidade e Inovação do Centro de Referência em Metrologia e Instrumentação, André Luiz Meira de<br />
Oliveira, com o artigo: Quando vale a pena internalizar um laboratório de metrologia na sua empresa?<br />
Outro assunto interessante desta edição é o artigo da seção Nanotecnologia que abordará A tecnologia de<br />
nanopartículas na agricultura.<br />
Finalizo, neste mês de aniversário, com a boa notícia de que a confiança da Indústria sobe em agosto, levada<br />
pela queda nos custos e o resultado fica acima do nível de neutralidade do setor. O Índice de Confiança da<br />
Indústria (ICI) registrou alta de 0,8 ponto percentual para 100,3 pontos, segundo o Instituto Brasileiro de<br />
Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).<br />
Dados do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) mostram que o Brasil precisará, até 2025,<br />
formar e requalificar 4,2 milhões de trabalhadores para economia digital e novas tecnologias. E uma parceria<br />
da instituição com o Fórum Econômico Mundial irá incluir o Brasil num mundial, que busca a aceleração de<br />
competências para formar, em oito anos, 1 bilhão de pessoas em todo mundo.<br />
O que nos mostra que a <strong>Analytica</strong> tem muito trabalho pela frente!<br />
É isso aí: sejam muito bem-vindos à nossa festa, obrigada a todos que nos acompanharam nestes 20 anos,<br />
e que venham as próximas edições! É “pique, é pique”...<br />
Boa leitura!<br />
Fale com a gente<br />
Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar:<br />
Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />
Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />
Para novidades na área de instrumentação analítica, controle<br />
de qualidade e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />
/<strong>Revista</strong><strong>Analytica</strong><br />
/revista-analytica<br />
/revistaanalytica<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS | MEIO AMBIANTE | BIOTECNOLOGIA | LIFE SCIENCE<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />
EXPEDIENTE<br />
Realização: Newslab<br />
Editora Responsável : Luciene Almeida | editoria@revistaanalytica.com.br<br />
Para assinaturas / renovação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />
Coordenação de Arte: FC DESIGN - contato@fcdesign.com.br<br />
Impressão: Gráfica Hawaii | Periodicidade: Bimestral
<strong>Revista</strong><br />
Ano 20 - <strong>Edição</strong> <strong>120</strong> - Setembro 2022<br />
ÍNDICE<br />
01<br />
Editorial<br />
ARTIGO 1<br />
08<br />
06<br />
Publique na <strong>Analytica</strong><br />
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS DE<br />
AMENDOINS COMERCIALIZADOS NO<br />
MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.<br />
Por: Felipe José Ferreira Gomes, Rondinele Ribeiro Motta<br />
ARTIGO 2<br />
12<br />
BARRA DE CEREAL VEGANA DE ORA<br />
PRO NOBIS E BAGAÇO DE MALTE<br />
Por: Cleyton Aparecido Gabeloni, Henrique Pires Teodoro, Kamile Manuelli Santos Miguel,<br />
Maiara Pereira dos Santos, Pedro Leonardo Ferreira de Mello, Ricardo Kenji Hamada Bendrath,<br />
Marcos Roberto Ruiz, Paulo Roberto da Silva Ribeiro, Rafael Rebes Zilliani.<br />
ARTIGO 3<br />
18<br />
PIVE: COMO É REALIZADA A PRODUÇÃO<br />
IN VITRO DE EMBRIÕES?<br />
2<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
Fonte: Blog Kasvi<br />
Metrologia 26<br />
Nanotecnologia 32<br />
Logística Laboratorial 40<br />
22<br />
28<br />
36<br />
42<br />
Blog dos Cientitas<br />
Metrologia, Qualidade e Tecnologia<br />
Análise de Minerais<br />
Em Foco
<strong>Revista</strong><br />
Ano 20 - <strong>Edição</strong> <strong>120</strong> - Setembro 2022<br />
ÍNDICE REMISSIVO DE ANUNCIANTES<br />
ordem alfabética<br />
Anunciante pág. Anunciante pág.<br />
ARENA TÉCNICA 07<br />
BCQ<br />
4ª CAPA<br />
GREINER 43<br />
GRUPO PRIME<br />
3ª CAPA<br />
KASVI<br />
2ª CAPA<br />
NOVA ANALITICA 47<br />
PENSABIO 03 E 35<br />
SBM 31<br />
VEOLIA 17<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS | MEIO AMBIANTE | LIFE SCIENCE<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />
4<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
Conselho Editorial<br />
Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da Escola de<br />
Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografia (CROMA)<br />
do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos E berlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional<br />
de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de<br />
Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS<br />
da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness.<br />
Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />
Eduardo Pimenta, Felipe José Ferreira Gomes,Rondinele Ribeiro Motta, Cleyton Aparecido Gabeloni, Henrique Pires Teodoro, Kamile Manuelli Santos Miguel, Maiara Pereira dos Santos, Pedro Leonardo<br />
Ferreira de Mello, Ricardo Kenji Hamada Bendrath, Marcos Roberto Ruiz, Paulo Roberto da Silva Ribeiro, Rafael Rebes Zilliani, Ingrid Ferreira Costa, André Luiz Meira de Oliveira, Ivo Ázara e Thiago Menegotto.
agenda<br />
in-cosmetics Latin America<br />
Data: 21 e 22 de setembro de 2022<br />
Expo Center Norte– Vila Guilherme/São Paulo<br />
Informações: www:in-cosmetics.com/latin-america/pt-br.html<br />
8º Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica<br />
Data: 24 e 25 de setembro de 2022<br />
Espaço Apas - Alto da Lapa - São Paulo / SP<br />
Informações: sbmicrobiologia.org.br/eventos/8o-simposio-internacional-de-microbiologia/<br />
Congresso Internacional De Celulose E Papel<br />
Data: 4 a 6 de outubro de 2022<br />
Transamerica Expo Center<br />
Informações: abtcp2022.org.br/<br />
X ENCONTRO TECNOLÓGICO - Inovação Industrial - <strong>Edição</strong> Especial<br />
Data: 5 e 6 de outubro de 2022<br />
SEDE DA BENER - VINHEDO - SP<br />
Informações: encontrotecnologico.com.br/<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
5
<strong>Revista</strong><br />
Ano 20 - <strong>Edição</strong> <strong>120</strong> - Setembro 2022<br />
PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />
Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para publicação de artigos, aos<br />
autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Informações aos Autores<br />
Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong> publica<br />
editoriais, artigos originais, revisões, casos<br />
educacionais, resumos de teses etc. Os editores<br />
levarão em consideração para publicação toda<br />
e qualquer contribuição que possua correlação<br />
com as análises industriais, instrumentação e o<br />
controle de qualidade.<br />
Todas as contribuições serão revisadas e<br />
analisadas pelos revisores.<br />
Os autores deverão informar todo e<br />
qualquer conflito de interesse existente, em<br />
particular aqueles de natureza financeira<br />
relativo a companhias interessadas ou<br />
envolvidas em produtos ou processos que<br />
estejam relacionados com a contribuição e o<br />
manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo de<br />
compromisso assinado por todos os autores,<br />
atestando a originalidade do artigo, bem<br />
como a participação de todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em<br />
português, mas com Abstract detalhado em<br />
inglês. O Resumo e o Abstract deverão conter as<br />
palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />
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original, para uma perfeita reprodução. Se o<br />
autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos<br />
que a resolução do escaneamento seja de 300<br />
dpi’s, com extensão em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados e<br />
enviados por e-mail, ordenados em título,<br />
nome e sobrenomes completos dos autores e<br />
nome da instituição onde o estudo foi realizado.<br />
Além disso, o nome do autor correspondente,<br />
com endereço completo fone/fax e e-mail<br />
também deverão constar. Seguidos por<br />
resumo, palavras-chave, abstract, keywords,<br />
texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos,<br />
Parte Experimental, Resultados e Discussão,<br />
Conclusão) agradecimentos, referências<br />
bibliográficas, tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto com o<br />
sobrenome do devido autor, seguido pelo ano<br />
da publicação, segundo norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada<br />
referência citadas no texto devem vir listadas<br />
no fim, com o sobrenome do autor em<br />
primeiro lugar seguido pela sigla do prenome.<br />
Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes. Título:<br />
subtítulo do artigo. Título do livro/periódico,<br />
volume, fascículo, página inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências.<br />
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publicadas deverão ser mencionadas como<br />
“no prelo” ou “in press”.<br />
Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado. Isso se deve ao fato que, tendo em<br />
vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico -, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além<br />
disso, por questões estratégicas, a revista é bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma<br />
média de três artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem seu material<br />
em outras publicações.<br />
6<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
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Artigo 1<br />
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS DE AMENDOINS<br />
COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.<br />
Por: Felipe José Ferreira Gomes 1 , Rondinele Ribeiro Motta 1<br />
1<br />
Universidade Paulista/Instituto de Ciências da Saúde, Rod.<br />
Presidente Dutra, km157, Pista sul, 12240-420, São José dos Campos<br />
Brasil,felipe.jogfer@gmail.com, rondinele.ribeiro@hotmail.com<br />
Amostra 11 em meio Sabouraud Dextrose<br />
Amostra 11 em microscopia óptica corado com lactofenol de algodão azul<br />
Fonte: Laboratório da Universidade Paulista – UNIP (SJ.Campos); 2021 Fonte: Laboratório da Universidade Paulista – UNIP (SJ.Campos); 2021<br />
Resumo<br />
Através das análises microbiológicas em amendoins comercializados no município de São José dos campos<br />
foi verificado a presença de Aspergillusflavus, através do seu crescimento em Agar PDA Dextrose e Sabouraud<br />
Dextrose. Foi coletada amendoim a granel, sendo 2 amostras de cada pontos de comércio diferentes, totalizando<br />
13 pontos de coletasno município de São José dos campos, (totalizando 26 amostras coletadas). As amostras<br />
foram separadas em grupos (grupo A com 13 amostras), (Grupo B com 13 amostras), logo o grupo A foi semeado<br />
em meio de cultura PDA Dextrose acidificado pH 6,5 e o grupo B em meio de cultura Sabouraud Dextrose, foram<br />
incubados por 7 dias a temperatura de 30º C. Obtivemos como resultados os meios de cultura positivo em 2<br />
amostras do grupo A e 2 amostras com resultados positivo no grupo B, observando assimo crescimento de<br />
Aspergillusflavus. Conclui-se desta forma que 4 pontos de venda de amendoim comercializado no município<br />
de São José dos campos continham amostras de contaminadas por fungos Aspergillusflavus, apresentando um<br />
grande risco de contaminação patológica aos consumidores desses produtos.<br />
8<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
Palavras chave: Aspergillusflavus, Aflatoxinas, Amendoin.<br />
Área do Conhecimento: Ciências da saúde.
Introdução<br />
Beneficiando os seres humanos,<br />
o amendoim hoje é um alimento<br />
consumido com muita frequência pelos<br />
brasileiros, estando empregado como um<br />
alimento que faz parte da nossa cultura,<br />
em culinárias típicas, petiscos, doces,<br />
óleos e manteigas em geral (WILKIN et<br />
al., 2014).Considerando a necessidade de<br />
nossa população enriquecer a qualidade<br />
da dieta, o amendoim se apresenta<br />
como um alimento benéfico para o<br />
sistema cardiovascular, pois apresenta<br />
em sua composição os fitoesteróides,<br />
que contribuem com a prevenção de<br />
doenças cardiovasculares como exemplo<br />
a aterosclerose, essa contribuição vem do<br />
aumento do colesterol bom (HDL), além<br />
de apresentar tocoferol e B-caroteno,<br />
substâncias que apresentam outros efeitos<br />
benéficos a saúde. Junto a estes benefícios<br />
o amendoim também é um composto<br />
rico em alta quantidade de aminoácidos<br />
essenciais, importantes minerais e sais<br />
essenciais (KIM et al., 2015).<br />
A grande preocupação é o grão de<br />
amendoim ser considerado uma<br />
semente oleaginosa, conforme<br />
classificação segundo Anvisa (BRASIL,<br />
2015), desta forma apresenta grande<br />
possibilidade de colonização por fungos,<br />
como Aspergillus. flavus, isso pode<br />
causar grande impacto toxicológico<br />
e patológico a os seres humanos e<br />
animais. Esses fungos estão localizados<br />
preferencialmente em solos, ar e no<br />
próprio alimento como o amendoim,<br />
asituação da colonização pode ser<br />
agravada pela utilização de práticas<br />
agrícolas inadequadas e quando ocorre<br />
secagem e armazenamento de maneira<br />
incorreta do alimento. O Aspergillusflavus<br />
são fungos produtores de aflatoxina B1,<br />
uma micotoxina (DRUMOND, 2012;<br />
BANDE et al., 2012; RAMOS et al., 2012).<br />
A aflatoxina pode desencadear no<br />
indivíduo patologias impactantes,<br />
acarretando intoxicações agudas ou<br />
crônicas, entre os sintomas estão<br />
citados náuseas, febre, fadiga, dor na<br />
Figura 1. Amostras coletadas<br />
Fonte: próprio autor, 2021.<br />
região abdominal, falta de apetite,<br />
com possibilidade de agravamento<br />
(Carvalho, 2013). Outros quadros<br />
que podem estar presentes em um<br />
indivíduo contaminado são necrose,<br />
hemorragia hepática, hemorragia<br />
gástrica, icteríca, letargia e até mesmo<br />
o óbito (MURUNGA et al., 2014;<br />
CARDOSO FILHO et al., 2011).<br />
Desta forma o objetivo do presente<br />
trabalho foi avaliar a presença de<br />
Aspergillusflavusem amostras de<br />
amendoim comercializadas no<br />
município de São José dos Campos,<br />
bem como alertar sobre os riscos<br />
desta infecção fúngica.<br />
Metodologia<br />
Para o estudo proposto, foram coletadas<br />
cerca de 26 amostras de grãos de<br />
amendoim in natura, cerca de 50g<br />
de amendoim em cada amostragem,<br />
sendo coletados nos principais pontos<br />
de comércios de especiarias á granel<br />
do município, em cada ponto de<br />
coleta foiadquirido 2 amostras dos 13<br />
estabelecimentos comerciais edivididas<br />
em (grupo A) e (grupo B).<br />
As amostras de amendoins foram<br />
acondicionadas em temperatura<br />
ambiente, os amendoins coletados<br />
foram analisados no período de<br />
agosto de 2017, através da técnica<br />
de plaqueamento direto em placas<br />
Figura 2. Grãos semeados em placa<br />
Fonte: próprio autor, 2021.<br />
de Petri, contendo o meio de cultura<br />
Agar batata dextrose (PDA) acidificado<br />
Ph 6,5 para o (grupo A) e no (grupo<br />
B) em meio de cultura Saboraund<br />
Dextrose,cada placa conteve 5 grãos de<br />
amendoim, inseridos com o auxílio de<br />
uma pinça esterilizada. A incubação foi<br />
realizada em estufa bacteriológica na<br />
temperatura de 30ºC, por um período<br />
de sete dias (SAVI et al., 2014).<br />
Foram realizadas as avaliações<br />
macroscópicas nos meios de<br />
cultura, avaliando e acompanhando<br />
o crescimento dos fungos, após<br />
identificada as placas positivas para<br />
o crescimento, ocorreu a transferência<br />
das colônias do meio de cultura para<br />
as lâminas de microscopia, logo em<br />
seguida as mesmas foram coradas<br />
com lactofenol de amanne avaliadas<br />
em microscópico óptico, para a<br />
confirmação positivado crescimento<br />
de Aspergillusflavus (BARTON, 2013).<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
9
Artigo 1<br />
10<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
Resultados<br />
Das 26 amostras coletas 4 obtiveram<br />
os resultados positivos para colônias<br />
de Aspergillusflavus, onde foram<br />
confirmadas em microscopia óptica. A<br />
Tabela 1 mostra os grupos coletados<br />
e os resultados obtidos em meios<br />
de cultura positivos e na análises da<br />
coloração com lactofenol de amann.<br />
Discussão<br />
A presença de amostras positivas no<br />
comércio de amendoins no município<br />
de São José dos Campos, alerta e<br />
abre a discussão sobre a possível<br />
deficiência em fiscalizações, fato que<br />
pode favorecer o manejo inadequado<br />
e o desenvolvimento de colônias<br />
fúngicas, o que agrava-se ainda mais<br />
devido a possibilidade permitida<br />
de contaminação pela sociedade<br />
que consome esses produtos. Vale<br />
ressaltar que o valor estipulado<br />
para contaminação de amendoim<br />
com aflatoxina já foi estabelecido<br />
pela Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária (ANVISA, 2011), o que<br />
permite a atuação de equipes de<br />
fiscalização com embasamento<br />
teórico para esta prática, aumentando<br />
a salvaguarda da população em geral.<br />
No presente trabalho a obtenção de<br />
4 amostras positivas reforça ainda<br />
mais esta linha de discussão, pois<br />
as amostras foram obtidas e estão<br />
sendo comercializadas em uma<br />
cidade considerada com um bom<br />
aporte tecnológico no interior de<br />
São Paulo. O problema maior a ser<br />
discutido não é só a presença dos<br />
Amostras coletadas<br />
(Grupo A , Grupo B)<br />
Agar Saboraund<br />
Agar PDA<br />
Dextrose<br />
Coloração com<br />
Lactofenol de<br />
aman azul<br />
(AV.M.O)<br />
Amostra (1A,1B) ( - ) ( - ) ( - )<br />
Amostra (2A,2B) ( - ) ( - ) ( - )<br />
Amostra (3A,3B) (+ ) ( - ) ( + )<br />
Amostra (4A,4B) ( - ) ( + ) ( + )<br />
Amostra (5A,5B) ( - ) ( - ) ( - )<br />
Amostra (6A,6B) ( - ) ( - ) ( - )<br />
Amostra (7A,7B) ( - ) ( - ) ( - )<br />
Amostra (8A,8B)<br />
Amostra (9A,9B)<br />
Amostra (10A,10B)<br />
Amostra (11A,11B)<br />
Amostra (12A,12B)<br />
Amostra (13A,13B)<br />
( - )<br />
( - )<br />
( - )<br />
(+ )<br />
( - )<br />
( - )<br />
( - )<br />
( - )<br />
( + )<br />
( - )<br />
( - )<br />
( - )<br />
( - )<br />
( - )<br />
( + )<br />
( + )<br />
( - )<br />
( - )<br />
Total amostras: 13 13 = 26<br />
Tabela 1- Fungos encontrados em amostras de amendoins coletadas no município de São José dos Campos - SP.<br />
Fonte: próprio autor, 2021.<br />
Figura 3. Amostra positiva 3A<br />
Fonte: próprio autor, 2021.<br />
Figura 5. Amostra positiva 10B.<br />
Fonte: próprio autor, 2021.<br />
fungos nas amostras, mas sim a<br />
liberação da aflatoxina pelos mesmos,<br />
evento que se torna consequência<br />
das contaminações, desta forma<br />
um desdobramento do presente<br />
Figura 4. Amostra positiva 4B.<br />
Fonte: próprio autor, 2021.<br />
Figura 6. Amostra positiva 11A.<br />
Fonte: próprio autor, 2021.<br />
trabalho seria a a identificação e<br />
a quantificação de aflatoxinas nas<br />
amostras, técnicas realizadas com o<br />
auxílio de cromatografia em camada<br />
delgada (CCD) e espectrofotometria,
espectivamente. (COLAKOGLU et<br />
al., 2012).É possível encontrar em<br />
literaturas a descrição que a aflatoxina<br />
B1 é uma das substâncias mais tóxicas<br />
já produzidas por seres microscópico,<br />
desta forma a intoxicação por<br />
aflatoxinas em humanos, através da<br />
ingestão de alimentos contaminados<br />
pelo fungo Aspergillusflavus, tem o<br />
potencial de acarretar prejuízos graves<br />
a população, induzindo quadros<br />
clínicos de alta complexidade, com<br />
prevalência de distúrbios renais e<br />
hepáticos, além de possibilidade de<br />
efeitos teratogênicos, bem como<br />
carcinogênicos e a real possibilidade<br />
de óbito (ANVISA, 2011). Fato que<br />
fortalece a discussão principal do<br />
presente trabalho, que se apoia<br />
na necessidade de maior controle<br />
e fiscalização de alimentos como<br />
o amendoim, que apresentam a<br />
possibilidade de contaminação pelo<br />
fungo. Desta forma o trabalho em<br />
questão alcança o seu objetivo em<br />
demonstrar a real possibilidade de<br />
contaminação pelo consumo de<br />
amendoim, obtido do comércio do<br />
município de São José dos Campos,<br />
bem como induzir a discussão e<br />
salientar a necessidade de maior<br />
atuação dos órgãos pertinentes de<br />
fiscalização atuante no município.<br />
Conclusão<br />
Conclui-se que a possibilidade de<br />
contaminação por fungos Aspergillus<br />
flavus através do consumo de<br />
amendoins, comercializados no<br />
município de São José dos Campos<br />
é real. Desta maneira a necessidade<br />
de maior fiscalização controle e<br />
orientação se faz necessária para<br />
aumentar a segurança da população<br />
que consome o referido alimento.<br />
Referências<br />
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resultado de predição. Scientifica, 2013.Disponivelem:. Acesso em: 13. Ago. 2017.<br />
BRASIL. Agência Nacional de vigilância SanitáriaClassificação<br />
dos Alimentos para o estabelecimento dos limites máximos de<br />
resíduos ou tolerâncias. Disponível em:<br />
. Acesso em: 2 abr. 2015.<br />
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). RDC7,<br />
de 18 de fevereiro de 2011. Disponível em:.<br />
Acesso em: 3. Set.2014.<br />
CARDOSO FILHO, F. C. et al. Ocorrência de Aspergillus spp.,<br />
Penicillium spp. e aflatoxinas em amostras de farinha de milho<br />
utilizadas no consumo humano, Piauí, Brasil. Arq. Inst. Biol. V. 78,<br />
N. 3, p. 443-447, 2011.<br />
COLAKOGLU, F; DONMEZ, H, H. Efeitos da Aflatoxina no Fígado e<br />
Eficácia Protetora do Glucomanano Esterificado em Ratos Merinos.<br />
ScientificWorld Journal. V.4, N.2, p. 37-46, 2012.<br />
DRUMOND V. L. M. M. Presença de aflatoxinas em arroz e cereais<br />
importados na União Européia – Revisão bibliográfica e análise de<br />
dados RASFF. 2012. 78f.(Dissertação de Mestrado). Universidade<br />
Nova Lisboa, 2012.<br />
KIM, J.K; LIM, H.J; SHIN, D.H;SHIN, E.C.Comparação da qualidade<br />
nutricional eEstabilidade térmica entre o óleo de amendoim e<br />
óleos de fritura comuns.Jornal de química biológica aplicada. V.<br />
58, N. 4, p. 527-532, 2015.<br />
MURUNGA, I; LEBELO, S.L; RHEEDER, J.P; KATERERE, D. R. Ocorrência<br />
natural de aflatoxinas em amendoim e manteiga de amendoim de<br />
Bulawayo, no Zimbabwe.Journal of Food Protection. V. 77, N. 10,<br />
p.1814-1818, 2014.<br />
RAMOS, M.L.G; KONRAD,M.L.F; SILVA,D.E; RIBEIRO, E.M. Diversidade<br />
de fungos micorrízicos e colonização radicular em forrageiras<br />
solteriras e em consórcio com milho.Bioscience Journa. V.28,<br />
p.235-244, 2012.<br />
SAVI, G.D; PIACENTINI, K.C; BITTENCOURT, K.O; SCUSSEL, V.M;<br />
Efeito do tratamento do ozônio sobre a degradação de Fusarium<br />
graminearum e deoxynivalenol e seus efeitos sobre a qualidade<br />
e germinação de grãos de trigo integral (Triticum aestivum L.).<br />
JournalofStoredProductsResearch. V.59, p.245-253, 2014.<br />
WILKIN, J.D; ASHTON I.P; FIELDING L.M;TATHAM, A.S.Estabilidade<br />
de armazenamento de Amendoim inteiro e nibd, convencional e<br />
alto oleico. Arachis hypogeae. V. 7, N. 1, p. 105-113, 2014.<br />
Complemento Normativo - Artigo 1<br />
Referente ao artigo 1<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS DE AMENDOINS COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.<br />
ISO 6478<br />
Peanuts — Specification<br />
Norma publicada em: 12/1990. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Frutas e legumes e seus derivados<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS DE AMENDOINS COMERCIALIZADOS<br />
NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suíça.<br />
https://www.iso.org/standard/12842.html<br />
ISO 16050<br />
Foodstuffs — Determination of aflatoxin B1, and the total<br />
content of aflatoxins B1, B2, G1 and G2 in<br />
cereals, nuts and derived products — High-performance<br />
liquid chromatographic method<br />
Norma publicada em: 09/2003. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Cereais, leguminosas e produtos derivados.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS DE AMENDOINS COMERCIALIZADOS<br />
NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suíça.<br />
https://www.iso.org/standard/29628.html<br />
DIN EN 17855<br />
Foodstuffs - Minimum performance requirements for<br />
quantitative measurement of the food allergens milk, egg,<br />
peanut, hazelnut, almond, walnut, cashew, pecan nut, brazil<br />
nut, pistachio nut, macadamia nut, wheat, lupine, sesame,<br />
mustard, soy, celery, fish, molluscs, and crustaceans<br />
Projeto de Norma em desenvolvimento<br />
Artigo: ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS DE AMENDOINS COMERCIALIZADOS<br />
NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.<br />
Entidade: DIN.<br />
País de procedência/Região: Alemanha.<br />
https://www.beuth.de/en/draft-standard/din-en-17855/351077717<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
11
Artigo 2<br />
BARRA DE CEREAL VEGANA<br />
DE ORA PRO NOBIS E BAGAÇO DE MALTE<br />
Por: Cleyton Aparecido Gabeloni 1 ,<br />
Henrique Pires Teodoro 1 , Kamile<br />
Manuelli Santos Miguel 1 ,<br />
Maiara Pereira dos Santos1,<br />
Pedro Leonardo Ferreira de Mello1,<br />
Ricardo Kenji Hamada Bendrath1,<br />
Marcos Roberto Ruiz1,<br />
Paulo Roberto da Silva Ribeiro1,<br />
Rafael Rebes Zilliani1.<br />
1Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI “Santo<br />
Paschoal Crepaldi” - Presidente Prudente-SP.<br />
Resumo<br />
As barras proteicas são fontes alternativas e práticas de alimentação saudável devido as suas propriedades<br />
nutritivas, suprindo a necessidade de uma refeição intermediária. O fato de conceder energia rápida ao<br />
metabolismo humano, a torna ideal para o consumo antes e após atividades físicas.<br />
Tendo em vista o alto consumo e o apelo comercial de tais produtos, caracteriza-se por ser de origem vegetal<br />
e sustentável, promovendo o bem-estar nutricional, sendo uma fonte rica em proteínas, fibras e carboidratos.<br />
Para isso, apresentará uma formulação à base de ora pro nobis, bagaço de malte, farinha de semente de<br />
melão, banana nanica, uva passa, melado (ou açúcar mascavo), cacau.<br />
Desta feita, ao concluir a produção da barra de cereal de acordo com a formulação supracitada, o êxito do presente<br />
trabalho se dará ao avaliar a capacidade do produto em conferir os valores nutricionais necessários, empregando<br />
os Princípios da Sustentabilidade e da Economia Circular ao utilizar produtos naturais não convencionais como a<br />
ora pro nobis e outros que serão reaproveitados, como semente de melão e o bagaço de malte.<br />
12<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
Palavras chave: Barra proteica. Nutricional. Ora pro nobis. Bagaço de malte. Semente de melão.
INTRODUÇÃO:<br />
Hodiernamente, a oferta de alimentos<br />
é vasta para o ser humano, todavia,<br />
não reflete necessariamente em uma<br />
alimentação saudável e equilibrada.<br />
O consumo demasiado caracteriza-se<br />
por ser insustentável, a matéria prima<br />
não é reposta na mesma intensidade<br />
de sua extração, o que ocasiona a<br />
degradação ambiental. Percebe-se<br />
que há um alto consumo de alimentos<br />
industrializados, muito calóricos e com<br />
altos teores de aditivos químicos.<br />
Deste modo, a barra de cereal a<br />
ser desenvolvida visa atender à<br />
necessidade corpórea com valores<br />
nutricionais adequados, utilizando<br />
matéria prima sustentável que será<br />
reutilizada, tomando por exemplo<br />
o bagaço do malte da produção<br />
cervejeira e a semente de melão<br />
(extraída da fruta).<br />
A ora pro nobis (considerada uma Planta<br />
Alimentícia Não Convencional - PANC),<br />
detém em sua composição (em uma<br />
porção de 100g), alto teor de proteínas<br />
21g, valor energético de 160kcal, 1,3g<br />
de lipídeos, 17g de carboidratos, 39g<br />
de fibras, 3.128mg de cálcio, 1.900mg<br />
de magnésio, 1,3mg de zinco, 27mg de<br />
ferro, 19,3mg de ácido fólico. (1)<br />
É digno de apreço esclarecer, segundo<br />
a literatura científica, que o bagaço de<br />
malte possui “teores de 29,92% de<br />
hemiceluloses, 21,16% de proteínas,<br />
20,80% de lignina total, 15,99% de<br />
celulose, 8,33% de extrativos e 3,76%<br />
de cinzas”. (2)<br />
Figura 2: Bagaço de malte.<br />
A semente de melão amarelo, por<br />
sua vez, utilizada na forma de farinha<br />
integral, detém “um considerável<br />
valor nutricional, apresentando (em<br />
cada porção de 100g) 19,64g de<br />
proteína; 26,18g de lipídios; 29,31g de<br />
carboidratos; 19,57 de fibra bruta; 3,04g<br />
de cinzas e 2,26g de água (umidade).(3)<br />
100g de melado possui 297 kcal, 22,1%<br />
de umidade, 76,6g carboidrato, 1,3g de<br />
cinzas e não são aplicadas medidas de<br />
fibra alimentar e colesterol, e não contém<br />
proteína, lipídeos e fibras. Quanto aos<br />
minerais, possui cálcio (102mg) e o<br />
magnésio (115mg). (4)<br />
Por conseguinte, a uva passa (a<br />
cada porção de 100g) contém,<br />
segundo a Tabela Nutricional do IBGE,<br />
considerável quantidade de vitamina<br />
A (3,29g), 279 kcal em energia,<br />
proteína (3,07g), Carboidratos<br />
(78,18g) e fibra alimentar (3,7g). (5)<br />
A banana nanica é composta por<br />
nutrientes (porção de 100g), proteínas<br />
(1,4g), lipídios (0,1g), magnésio (28 mg),<br />
potássio (376 mg), fosfato (27 mg), zinco<br />
(02 mg) carboidratos (23,8 g). (6)<br />
O óleo de coco, produto de grande<br />
apelo comercial, possui ácidos graxos,<br />
condizendo com outro ingrediente,<br />
o amendoim, por sua vez rico em<br />
proteínas (25,80g), lipídios (49,24g),<br />
carboidratos (16,13g) para cada<br />
100g de porção. A glucose e o açúcar<br />
mascavo, possuem respectivamente,<br />
0,7g e 0,8g de proteínas; 21,5g e<br />
94,5g de carboidratos; e valores<br />
energéticos de 110kcal e 369 kcal. (7)<br />
Figura 1: Ora pro nobis em moída<br />
Figura 3: Farinha de semente de melão.<br />
O melado de cana (obtido através da<br />
evaporação do caldo de cana), produto<br />
enraizado na cultura de muitos Estados<br />
brasileiros, é encontrado em abundância<br />
e de acordo com a Tabela Brasileira<br />
de Composição de Alimentos – TACO<br />
(UNICAMP, 2011, revisado em 2017) em<br />
Por fim, para agregar ao produto<br />
caráter marcante, será incorporado em<br />
sua formulação o Cacau em pó 100%,<br />
consubstanciando que “há relatos<br />
de que o cacau tem propriedades<br />
antioxidantes e anti-inflamatórias.<br />
Atuando também na diminuição<br />
do LDL-colesterol e na queda da<br />
prevalência e incidência de doenças<br />
cardiovasculares. Isso porque contém<br />
altos níveis de compostos fenólicos.” (8)<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
13
Artigo 2<br />
MATERIAIS E MÉTODOS:<br />
A barra proteica é composta de bagaço<br />
de malte, semente de melão, banana,<br />
uva passa, melado de cana de açúcar<br />
(obtido da evaporação da cana-deaçúcar),<br />
amendoim torrado, cacau em<br />
pó (100%) e açúcar mascavo.<br />
• Análise de proteínas pelo<br />
método de Kjedahl. Executada<br />
por meio de um destilador de<br />
nitrogênio, na qual uma amostra da<br />
barra será analisada para quantificar<br />
as proteínas.<br />
Em uma balança semi- analítica<br />
MARTE UW6200H, pesar o bagaço<br />
de malte previamente desidratado<br />
na estufa de secagem CIENLAB a 60<br />
graus célsius por 48 horas.<br />
Em seguida, adicionar na panela<br />
o bagaço de malte, ora pro nobis,<br />
melado de cana, semente de melão,<br />
óleo de coco, banana, uva passa,<br />
glucose e amendoim. Misturar<br />
até formar uma liga entre os<br />
ingredientes.<br />
Transferir o conteúdo da panela, para uma<br />
forma untada com óleo de coco, assar a<br />
180 graus por 20 minutos.<br />
Figura 4: Análise gravimétrica Velp Scientifica e vidraria Dovil.<br />
• Análise de carboidratos<br />
pelo método de Lane Eynon.<br />
Também é conhecido como<br />
método de Fehling, utilizado<br />
para verificar a quantidade de<br />
carboidratos (reação dos açúcares<br />
redutores) de uma amostra.<br />
Figura 5: Destilador de nitrogênio Velp Scientifica do<br />
Método de Kjedahl<br />
• Análise de extrato etéreo pelo<br />
método de Soxhlet. Utilizado para<br />
obter o teor de lipídios da amostra,<br />
através de solvente orgânico (Hexano)<br />
e que ao entrar em contato com o<br />
produto ocorre a decantação de toda<br />
matéria orgânica da amostra.<br />
14<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
Para o preparo da calda, levar ao<br />
banho maria o óleo de coco, até seu<br />
derretimento, adicionar o cacau em<br />
pó e o açúcar mascavo, misturar bem<br />
para sua homogeneização.<br />
Ato contínuo, cortar e encaminhar a<br />
barra proteica para a forma e aguardar<br />
o resfriamento, após mergulhar os<br />
pedaços na calda de chocolate. Por<br />
fim, prosseguir com as análises:<br />
• Análise sensorial. Empreendida<br />
para interpretar as reações sensoriais<br />
e gustativas na apreciação do<br />
produto finalizado.<br />
Figura 5: Solução de Fehling do método Lane Eynon.<br />
• Análise gravimétrica de<br />
fibras bruta. Realizada para<br />
determinar a quantidade de fibras<br />
brutas (FB). Utiliza ácido sulfúrico<br />
para extrair as fibras da amostra,<br />
determinando a sua porcentagem.<br />
Figura 6: Extrato etéreo pelo Soxhlet (Marconi), com manta<br />
térmica Cienlab e condensador.<br />
RESULTADOS:<br />
A Figura 7 apresenta o produto final.<br />
Figura 7: Barra Proteica.
Uma barra de proteína com produtos<br />
naturais e outros reaproveitados<br />
que tem propriedades nutricionais e<br />
medicinais, além de ser vegana.<br />
Além de tais benefícios, a formulação<br />
final apresenta fácil aceitação quanto<br />
à análise sensorial do público.<br />
Com relação ao valor atribuído para<br />
uma unidade, R$ 2,50 (dois reais e<br />
cinquenta centavos), com a produção<br />
artesanal, sabendo que na escala<br />
industrial seria mais acessível. O valor<br />
foi contabilizado de acordo com o<br />
expresso da Tabela 1.<br />
Tabela 1: Matéria-prima e custos para produção<br />
da barrinha.<br />
Matéria-prima<br />
Valor para<br />
uma<br />
unidade de<br />
30g<br />
(R$) 2,50<br />
Ora pro nobis 0,70<br />
Óleo de coco 0,62<br />
Semente de melão 0,30<br />
Banana 0,06<br />
Uva passa 0,04<br />
Açúcar Mascavo 0,04<br />
Melado de cana 0,18<br />
Cacau em pó 0,43<br />
Glucose 0,05<br />
Amendoim 0,08<br />
Total 2,50<br />
As Figura 8, 9, 10, 11 e 12 são referentes<br />
as análises e apresenta os dados obtidos no<br />
questionário na análise sensorial.<br />
Título do Eixo<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Gostei<br />
muito<br />
Sabor<br />
Gostei<br />
modera<br />
dament<br />
e<br />
Não<br />
gostei<br />
Sabor 18 0 0<br />
Figura 8: Análise sensorial sabor.<br />
Título do Eixo<br />
Figura 9: Análise sensorial odor.<br />
Título do Eixo<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Gostei<br />
muito<br />
Sabor<br />
Gostei<br />
modera<br />
dament<br />
e<br />
Não<br />
gostei<br />
Sabor 18 0 0<br />
Figura 10: Análise sensorial aparência.<br />
Título do Eixo<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Gostei<br />
muito<br />
Gostei<br />
moder<br />
adame<br />
nte<br />
Não<br />
gostei<br />
Aparência 17 1 0<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Aparêcia<br />
Textura<br />
Gostei<br />
muito<br />
Figura 11: Análise sensorial textura.<br />
Gostei<br />
modera<br />
dament<br />
e<br />
Não<br />
gostei<br />
Textura 16 1 0<br />
Título do Eixo<br />
16<br />
14<br />
12<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
Gostei<br />
muito<br />
Cor<br />
Figura 12: Análise sensorial cor.<br />
Gostei<br />
moderad<br />
amente<br />
Não<br />
gostei<br />
Cor 15 2 0<br />
Com isso, evidencia-se que o<br />
produto atende ao principal<br />
objetivo, ou seja, fornece uma<br />
escala satisfatória de proteína<br />
vegetal, advinda da ora pro nobis,<br />
semente de melão e bagaço de<br />
malte, totalizando 8,31%. O teor<br />
proteico corresponde com valores<br />
de outras barrinhas do mercado. [9]<br />
O resultado obtido na análise de<br />
carboidratos foi satisfatório, pois<br />
apresenta um teor de 49,82%,<br />
porcentagem que se observa nas<br />
barras proteicas do mercado. Com<br />
relação ao resultado obtido na<br />
análise de fibras (26%), também<br />
foi satisfatório, contendo no<br />
presente trabalho um pouco mais<br />
do que as barras de proteínas<br />
comuns, conforme citação do<br />
parágrafo anterior.<br />
Por fim, o resultado obtido na<br />
análise de extrato etéreo (teor de<br />
lipídeos), totalizando 17,01%.<br />
Sabe-se, outrossim, que é uma<br />
quantidade considerada adequada<br />
para alimentos. [10]<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
15
Artigo 2<br />
CONCLUSÃO:<br />
Após um longo processo de pesquisas,<br />
análises e aprimoramentos, que<br />
apresentou desafios principalmente<br />
no que diz respeito ao equilíbrio que<br />
buscava-se estabelecer entre aroma,<br />
sabor e produtos exclusivamente de<br />
origem vegetal, torna-se válido dizer<br />
que a barra de proteínas desenvolvida<br />
foi satisfatória para o objetivo<br />
estipulado, o que foi comprovado por<br />
meio dos testes tratados nos temas<br />
anteriores. Além disso, o mesmo se<br />
encontra dentro dos parâmetros de<br />
qualidade estabelecidos, levando em<br />
consideração os resultados obtidos nas<br />
análises realizadas.<br />
Dessa forma, a validação final da<br />
formulação desenvolvida para a barra<br />
proteica vegana se completa por meio<br />
de excelente feedback com os 18<br />
(dezoito) alunos de ambas as salas da<br />
turma de técnico em química do SENAI,<br />
que provaram a barra, apresentando<br />
com os dados fornecidos pelos usuários<br />
que participaram da análise sensorial,<br />
comprovando assim, a sua aceitabilidade<br />
diante de seu público-alvo.<br />
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DAS FOLHAS DE “ORA-PRO-NOBIS” (PERESKIA ACULEATA MILL,<br />
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[6] Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO,<br />
UNICAMP, 2011, atualizado em 2017). Disponível em: Acesso em: 06 de abril de 2022.<br />
[7] Tabela Nutricional IBGE. Disponível em: < https://biblioteca.<br />
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Acesso em: 15 de maio de 2022.<br />
Complemento Normativo - Artigo 2<br />
Referente ao artigo 2<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />
BARRA DE CEREAL VEGANA DE ORA PRO NOBIS E BAGAÇO DE MALTE<br />
NBR 10004<br />
Resíduos sólidos – Classificação<br />
Norma publicada em: 05/2004. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Resíduos sólidos<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Barra de Cereal Vegana de Ora Pro Nobis e Bagaço de Malte<br />
Entidade: ABNT<br />
País de procedência/Região: Brasil<br />
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?Q=V1BmejNuejBUdzkwM2FxZ<br />
09VU2FYWENMVmlSb1NVeVU=<br />
NBR 11161<br />
Grãos — Procedimentos de amostragem<br />
Norma publicada em: 06/2016. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Cereais, legumes e produtos derivados. Processos da indústria alimentícia<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Barra de Cereal Vegana de Ora Pro Nobis e Bagaço de Malte<br />
Entidade: ABNT<br />
País de procedência/Região: Brasil<br />
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx ?Q=OFZjQXUzU0psY0lKV 2xEaFlwSlRJdzRsRTJKbXV1NnRmV0xMdVJLMzYwND0=<br />
16<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022
Artigo 3<br />
PIVE: COMO É REALIZADA A PRODUÇÃO<br />
IN VITRO DE EMBRIÕES?<br />
Na última década o Brasil se tornou<br />
referência na produção in vitro de<br />
embriões (PIVE) bovinos. Nos anos<br />
de 2012 e 2013 o país chegou a<br />
ser líder mundial nesse segmento,<br />
tornando-se vanguarda em técnicas<br />
como aspiração folicular orientada por<br />
ultrassonografia transvaginal (OPU)<br />
para obtenção de oócitos (células<br />
reprodutivas da fêmea bovina).<br />
18<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
Países europeus e os Estados Unidos<br />
passaram a investir a mesma técnica<br />
ganhando mais espaço com o passar<br />
dos anos. Atualmente, o Brasil<br />
responde por 34,8% da produção<br />
global dos embriões, sendo ainda uma<br />
fatia importante do mercado.<br />
O que é a PIVE?<br />
A produção in vitro de embriões (PIVE)<br />
é uma técnica de reprodução assistida<br />
que consiste na preparação e co-cultivo<br />
de gametas em ambiente laboratorial<br />
para geração do zigoto, e seu cultivo<br />
até o estádio de desenvolvimento<br />
embrionário desejado.<br />
A técnica contém uma série de<br />
procedimentos integrados, que<br />
vão desde o manejo reprodutivo<br />
das doadoras e receptoras, punção<br />
folicular guiada por ultrassom,<br />
procedimentos no laboratório até a<br />
transferência dos embriões.<br />
A PIVE tem sido muito utilizada para<br />
maior aproveitamento de animais<br />
mais aptos à reprodução. A fêmea em<br />
condições fisiológicas, tem a produção<br />
de até 10 bezerros durante sua vida<br />
produtiva. Por aspiração folicular, são<br />
recuperados, em média, 30 oócitos<br />
viáveis, chegando a 2.880 oócitos<br />
viáveis por ano por animal.<br />
As principais aplicações da PIVE<br />
envolvem:<br />
1. Reprodução assistida de<br />
animais (fêmeas) de alto valor<br />
genético portadores de patologias<br />
reprodutivas adquiridas;<br />
2. Melhoramento genético animal,<br />
ou seja, o aumento da intensidade<br />
de seleção e redução do intervalo<br />
entre gerações;<br />
3. Pesquisa dos processos envolvidos<br />
na fecundação de gametas e no<br />
desenvolvimento embrionário inicial;<br />
4. Possibilidade de formação de<br />
um banco de germoplasma para<br />
conservação de espécies.<br />
Preparação dos gametas<br />
Para que a técnica tenha o resultado<br />
desejado, é necessária a preparação<br />
adequada dos gametas feminino e<br />
masculino, assim como meios de<br />
cultivo e condições favoráveis para que<br />
ocorra a fertilização.
Os oócitos são capturados por meio<br />
de uma aspiração folicular que<br />
pode ocorrer em animais vivos ou já<br />
abatidos. A maturação dos oócitos<br />
envolve uma série de transformações<br />
nucleares, citoplasmáticas e<br />
moleculares que tornam o gameta<br />
feminino apto a ser fecundado.<br />
1 - Preparação da placa de<br />
fecundação<br />
Em uma placa de Petri preparar gotas<br />
de 10 μL de meio de fecundação,<br />
recobrí-las com óleo mineral e<br />
equilibrar em estufa incubadora por<br />
duas horas, antes do início do período<br />
de fecundação.<br />
posição inclinada. Lembrar de retirar<br />
uma pequena amostra de sêmen para<br />
analisar a motilidade e vigor do sêmen<br />
antes da incubação em estufa.<br />
- Manter o tubo Falcon com o sêmen por<br />
1 hora em estufa incubadora nas mesmas<br />
condições da maturação.<br />
Vários laboratórios utilizam o sêmen<br />
congelado. Após descongelamento, é<br />
necessário selecionar espermatozoides<br />
vivos e aptos à fecundação.<br />
O potencial de adquirir a competência<br />
para fecundar é denominada<br />
capacitação espermática. Para isso,<br />
precisa ocorrer uma desestabilização<br />
da membrana plasmática dos<br />
espermatozoides pela remoção de<br />
algumas proteínas, sem modificações<br />
morfológicas, resultando em uma<br />
hiperativação espermática.<br />
Procedimentos para a<br />
fecundação<br />
O material Biotécnicas da Reprodução<br />
em Bovinos, da Embrapa, traz<br />
algumas orientações para a realização<br />
da fecundação in vitro (FIV).<br />
2 - Preparação do Sêmen<br />
Neste momento são empregados<br />
métodos de seleção espermática<br />
para o sucesso da fertilização. O<br />
Swim-up pode melhorar alguns dos<br />
parâmetros relacionados a estrutura<br />
da cromatina do espermatozoide.<br />
Confira o passo a passo do Swim-up:<br />
- Adicionar 1 mL de SPTL em um tubo<br />
de fundo cônico de 15 mL, tampar,<br />
sem vedar, a rosca dos tubos e manter<br />
em estufa incubadora para estabilizar o<br />
meio.<br />
- Descongelar a palheta de sêmen em<br />
banho-maria a 37 ºC por 30 segundos.<br />
Em seguida, verter o conteúdo da<br />
palheta cuidadosamente no fundo<br />
do tubo contendo SPTL e mantê-lo<br />
apoiado dentro de um becker em<br />
- Após 1 hora, remover o sobrenadante<br />
e transferí-lo para um novo tubo Falcon<br />
previamente aquecido.<br />
- Remover uma segunda amostra<br />
de sêmen para analisar motilidade<br />
e vigor.<br />
- Centrifugar o tubo Falcon com o<br />
sêmen por 8 minutos a 1.200 RPM<br />
em centrífuga sorológica.<br />
- Remover o sobrenadante e<br />
ressuspender o pellet com meio<br />
FERT-TALP (previamente equilibrado<br />
na incubadora) para um volume<br />
final de 100 μL.<br />
- Deixar o tubo na incubadora enquanto<br />
se processa a contagem espermática.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
19
Artigo 3<br />
Em seguida, deve ser realizada a<br />
técnica de Percoll. Este método<br />
proporciona maior recuperação de<br />
espermatozoides móveis e com<br />
mais qualidade.<br />
Estes são os procedimentos para<br />
realizar a preparação do Mini Percoll:<br />
- Preparar um tubo cônico com<br />
capacidade de 1,5 mL com gradiente<br />
de Percoll, pela adição de 250 μL de<br />
Percoll 90% e, sobre esta camada,<br />
depositar 250 μL de gradiente Percoll<br />
45%, vagarosamente, de maneira que<br />
as duas camadas não se misturem.<br />
- Equilibrar a temperatura e atmosfera<br />
do gradiente de Percoll em incubadora<br />
por aproximadamente 1 hora antes do<br />
uso.<br />
- Após o descongelamento do<br />
sêmen, o conteúdo da palheta deve<br />
ser depositado sobre as camadas de<br />
Percoll previamente aquecidas (não<br />
deixar o sêmen se misturar com as<br />
camadas de Percoll).<br />
- Centrifugar o tubo em uma<br />
microcentrífuga a 8.000 RPM, por<br />
7 minutos.<br />
Remover o sobrenadante, ressuspender<br />
o pellet com 1 mL de meio FERT e<br />
centrifugar novamente por 5 min,<br />
utilizando a força de 3.200 RPM.<br />
- Remover 60 μL do pellet formado e<br />
transferir para outro eppendorf.<br />
- Transferir 5 μL para eppendorf<br />
contendo 50 μL de meio FERT para<br />
análise de motilidade progressiva.<br />
Após os procedimentos para<br />
descongelamento, deve-se realizar<br />
a contagem espermática e ajuste da<br />
concentração do sêmen:<br />
- Diluir 5 μL da amostra do sêmen em<br />
250 μL de água e homogeneizar bem.<br />
- Contar os espermatozóides em 5<br />
retículos da câmara de Neubauer<br />
para se determinar o volume de meio<br />
FERT-TALP a ser adicionado.<br />
Fecundação in vitro<br />
Após ajuste da concentração espermática<br />
transferir, no máximo 20 oócitos por<br />
gota, adicionar volume espermático<br />
e completar com FERT para volume<br />
final de 50 a 100 μL, de acordo com o<br />
protocolo adotado no laboratório.<br />
- Antes de transferir os oócitos<br />
para gota de fecundação, lavar, ao<br />
menos duas vezes, em meio FERT<br />
previamente equilibrado e aquecido.<br />
- Incubar os oócitos juntamente com<br />
os espermatozóides por um período de<br />
18 a 22 horas, nas mesmas condições<br />
de atmosfera, temperatura e umidade<br />
adotadas para a maturação in vitro.<br />
Desenvolvimento do embrião<br />
O período de desenvolvimento<br />
embrionário pré-implantação é<br />
marcado por importantes eventos,<br />
como clivagem, ativação do genoma<br />
embrionário, compactação dos<br />
blastômeros, diferenciação do<br />
trofoblasto e embrioblasto, formação e<br />
expansão da blastocele e rompimento<br />
da zona pelúcida.<br />
20<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022
Esses fenômenos podem ser afetados de<br />
muitas formas no cultivo in vitro, sendo<br />
o ponto crítico do desenvolvimento a<br />
ativação do genoma embrionário, que se<br />
dá por volta do estádio de 8-16 células.<br />
Desenvolvimento da PIVE no<br />
Brasil<br />
O Brasil é um país bastante competente<br />
no desenvolvimento dessas técnicas.<br />
Somente em 2014, o Brasil produziu<br />
70,8% dos embriões de FIV no mundo.<br />
Daqui em diante, é importante buscar<br />
formas de minimizar as perdas<br />
embrionárias na pré-implantação<br />
uterina, pois apenas 50% dos<br />
embriões transferidos chegam até o<br />
final da gestação.<br />
Produtos relacionados<br />
Estereomicroscópio com zoom<br />
(lançamento)<br />
Micropipetas<br />
Placas de petri<br />
Ponteiras<br />
Câmaras Neubauer<br />
Fontes:<br />
http://cbra.org.br/portal/downloads/publicacoes/rbra/v43/n2/p156-<br />
159%20(RB785).pdf<br />
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/<br />
doc/1015853/1/BiotecnicasparaProducaoem Bovinos.Documentos175.pdf<br />
https://www.revistaespacios.com/a18v39n16/a18v39n16p02.pdf<br />
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/25076/8/<br />
Influ%C3%AAnciaM%C3%A9todosSele%C3%A7%C3%A3o.pdf<br />
Complemento Normativo - Artigo 3<br />
Referente ao artigo 3<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />
COMO É REALIZADA A PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÕES?<br />
Fonte: Blog Kasvi<br />
ISO 6717<br />
In vitro diagnostic medical devices — Single-use containers for<br />
the collection of specimens from humans other than blood<br />
Norma publicada em: 08/2021. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Sistemas de teste de diagnóstico in vitro<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: PIVE: Como é realizada a produção in vitro de embriões?<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/80907.html<br />
ISO 21151<br />
In vitro diagnostic medical devices — Requirements for<br />
international harmonisation protocols establishing metrological<br />
traceability of values assigned to calibrators and human samples<br />
Norma publicada em: 05/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Sistemas de teste de diagnóstico in vitro<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: PIVE: Como é realizada a produção in vitro de embriões?<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/69985.html<br />
NBR 16075<br />
Diagnóstico de uso in vitro - Competência de laboratórios<br />
e organização de ensaio de avaliação da conformidade de<br />
produtos - Requisitos gerais<br />
Norma publicada em: 08/2012. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Sistemas de ensaio para diagnóstico in vitro<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: PIVE: Como é realizada a produção in vitro de embriões?<br />
Entidade: ABNT<br />
País de procedência/Região: Brasil<br />
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?Q=T3hOR1dPTl<br />
RtR0xxS3grWkZ6WTNIeDdvN3ZpaVJvUnRYYm04U HRYaHM2ND0=<br />
DIN EN 13532<br />
General requirements for in vitro diagnostic medical<br />
devices for self-testing<br />
Norma publicada em: 08/2002. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma recomendada.<br />
Artigo: PIVE: Como é realizada a produção in vitro de embriões?<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Alemanha<br />
https://www.beuth.de/en/standard/din-en-13532/44554238<br />
DIN EN 13612<br />
Performance evaluation of in vitro diagnostic medical devices<br />
Norma publicada em: 08/2002. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma recomendada.<br />
Artigo: PIVE: Como é realizada a produção in vitro de embriões?<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Alemanha<br />
https://www.beuth.de/en/standard/din-en-13612/44554207<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
21
Blog dos Cientistas<br />
BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO (BPL)<br />
Por: Ingrid Ferreira Costa<br />
Resumo<br />
Em qualquer tipo de laboratório,<br />
é importante criar e manter uma<br />
cultura de segurança e de controle<br />
de qualidade. Regras e normas<br />
são utilizadas para isso e elas<br />
são vistas nas Boas Práticas de<br />
Laboratório (BPL).<br />
22<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
De acordo com as normas de<br />
Boas Práticas de Laboratório<br />
(BPL), os princípios de BPL não<br />
produzem qualidades observadas<br />
apenas no resultado final – a<br />
ideia é que promovam um<br />
sistema de qualidade integrado já<br />
inicialmente. Em outras palavras,<br />
além de resultados confiáveis, as<br />
BPLs devem promover segurança<br />
nos procedimentos e processos.<br />
Sendo assim, qual é a importância das<br />
Boas Práticas de Laboratório? Prossiga<br />
com a leitura para descobrir isso e<br />
muito mais!<br />
O que são as Boas Práticas de<br />
Laboratório (BPL)?<br />
“A biossegurança se trata de um<br />
conjunto de ações que previnem e<br />
minimizam os riscos envolvendo<br />
pesquisa, produção e ensino. Ela não<br />
Imagem ilustrativa<br />
preserva apenas a qualidade dos<br />
produtos, mas também a saúde do<br />
trabalhador e das pessoas ao redor.”<br />
As Boas Práticas de Laboratório<br />
(BPL) se tratam de um conjunto de<br />
princípios que regem um sistema<br />
de qualidade. Portanto, esse sistema<br />
abrange o processo organizacional<br />
e as condições nos quais ocorrem os<br />
estudos não-clínicos.<br />
A ideia é que o planejamento,<br />
desenvolvimento, monitoramento,<br />
registro e arquivamento ocorridos no<br />
laboratório sejam feitos da maneira<br />
ideal. Sendo assim, o conceito de<br />
laboratório das Boas Práticas são:<br />
- Instalações de teste, que seriam a<br />
unidade principal;<br />
- Unidades de teste, que seriam as<br />
unidades onde uma ou mais fases de<br />
um estudo são realizadas.<br />
Em síntese, o reconhecimento da<br />
conformidade às Boas Práticas deve<br />
ser solicitado por qualquer instalação<br />
e unidade de teste. Dessa forma, o<br />
processo de reconhecimento ocorre em<br />
cada instalação, considerando a área de<br />
especialidade dos testes realizados ali.
Blog dos Cientistas<br />
Como é o processo de<br />
reconhecimento das Boas<br />
Práticas?<br />
A princípio, o processo de implantação<br />
das Boas Práticas de Laboratório (BPL)<br />
é individualizado e depende de como o<br />
Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)<br />
está sendo construído. Sendo assim, a<br />
garantia da qualidade deve auxiliar os<br />
outros setores nas seguintes etapas de<br />
reconhecimento:<br />
1. Solicitação do reconhecimento<br />
2. Definição do Gestor de Acreditação<br />
(GA)<br />
3. Formação da equipe de inspeção<br />
4. Análise da documentação<br />
5. Inspeção e Auditoria de Estudo<br />
6. Decisão final do reconhecimento<br />
7. Formalização do reconhecimento<br />
Imagem ilustrativa<br />
Quais são os riscos no<br />
laboratório a serem evitados<br />
pelas Boas Práticas?<br />
Primeiramente, a análise de riscos<br />
considera qualquer perigo de<br />
dano, ferimento ou doença. Dessa<br />
forma, podemos classificar os riscos<br />
existentes no laboratório em cinco<br />
categorias:<br />
1. Risco de acidente (por exemplo:<br />
matéria-prima fora de especificação,<br />
armazenamento inadequado, iluminação<br />
excessiva ou insuficiente, manuseio de<br />
substâncias químicas sem equipamentos<br />
de proteção individual, entre outros).<br />
2. Risco ergonômico (por exemplo:<br />
esforço físico intenso, jornadas de<br />
trabalhos prolongadas, repetitividade,<br />
entre outros).<br />
3. Risco físico (por exemplo:<br />
temperaturas extremas – muito calor<br />
ou muito frio, umidade excessiva,<br />
vibrações, entre outros).<br />
4. Risco químico (por exemplo:<br />
manuseio de substâncias químicas sem<br />
equipamentos de proteção individual,<br />
armazenagem incorreta, rotulagem<br />
inadequada, entre outros)<br />
5. Risco biológico (por exemplo:<br />
amostras biológicas, lixo hospitalar,<br />
entre outros). Nesse sentido, esse risco<br />
também pode se dividir em 4 classes (de<br />
baixo risco até elevado risco), e também,<br />
apresenta 4 níveis de contenção.<br />
Propósitos das BPLs: qual é a<br />
importância das Boas Práticas<br />
de Laboratório?<br />
Afinal, qual é a importância das Boas<br />
Práticas de Laboratório? Em síntese, as<br />
normas BPLs se tratam de um sistema de<br />
qualidade na organização, metodologias,<br />
procedimentos e condições de estudo em<br />
laboratório. Dessa forma, os seus Princípios<br />
trazem os seguintes propósitos:<br />
- Promoção de um nível de qualidade<br />
mais elevado e confiável nos estudos<br />
envolvendo produtos químicos,<br />
bioquímicos e biotecnológicos;<br />
- Promoção de maior eficácia nas análises;<br />
- Implementação de um sistema<br />
de controle de qualidade entre<br />
laboratórios (por exemplo, a realização<br />
de ensaios interlaboratoriais e<br />
intralaboratoriais);<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
23
Blog dos Cientistas<br />
- Geração de conhecimentos científicos<br />
com a devida segurança no laboratório;<br />
- Aumento do número de técnicos<br />
qualificados nas áreas laboratoriais;<br />
- Reconhecimento internacional dos<br />
laboratórios brasileiros (por exemplo,<br />
com a acreditação).<br />
24<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
Segurança no laboratório: quais<br />
são as Boas Práticas?<br />
As Boas Práticas de Laboratório<br />
funcionam respeitando diretrizes<br />
básicas na utilização desse tipo<br />
de espaço. Sendo assim, elas são<br />
um conjunto de ações que visam<br />
diminuir os riscos dentro do ambiente<br />
laboratorial – e essas ações se dividem<br />
em diferentes grupos.<br />
Recomendações gerais das normas<br />
BPL<br />
- Realizar uma higienização e<br />
limpeza adequada do ambiente;<br />
- Dispor um manual de biossegurança<br />
no laboratório;<br />
- Identificar e armazenar corretamente<br />
os produtos químicos tóxicos;<br />
- Manter visível e com fácil acesso as<br />
Fichas de Informações de Segurança<br />
de Produtos Químicos (FISPQ);<br />
- Dispor em áreas seguras os<br />
equipamentos de risco;<br />
- Para o armazenamento de itens<br />
pessoais, utilizar armários próprios;<br />
Imagem ilustrativa<br />
- Iluminar bem o ambiente<br />
laboratorial;<br />
- Possuir caixa de primeiros socorros e<br />
pessoal treinado no uso dela;<br />
- Possuir quantidade suficiente de<br />
EPI e EPC no laboratório;<br />
- Evitar comidas, bebidas ou<br />
cosméticos no laboratório;<br />
- Lavar as mãos antes e depois dos<br />
experimentos;<br />
- Utilizar o jaleco apenas no laboratório;<br />
- Utilizar sapato fechado, manter os<br />
cabelos presos e deixar as unhas curtas<br />
e limpas. Evitar colar, anéis, pulseiras,<br />
brincos e piercing no laboratório;<br />
- Sempre usar luvas na manipulação de<br />
materiais potencialmente infectantes;<br />
- Evitar trabalhar sozinho.<br />
Quais são os Equipamentos de<br />
Proteção Individual (EPI) no<br />
laboratório?<br />
Os principais Equipamentos de<br />
Proteção Individual (EPI) no<br />
laboratório são:<br />
- Jaleco;<br />
- Luvas (látex/látex nitrílico, PVC, fibra<br />
de vidro com polietileno reversível, fio<br />
de kevlar, térmicas de nylon e borracha);<br />
- Máscara (PFF1, PFF2, PFF3);<br />
- Touca;<br />
- Óculos de proteção/protetor facial.<br />
Quais são os Equipamentos<br />
de Proteção Coletiva (EPC) no<br />
laboratório?<br />
Os principais Equipamentos de<br />
Proteção Coletiva (EPC) são:<br />
- Chuveiro de emergência;<br />
- Lava olhos;<br />
- Autoclave;<br />
- Cabines de segurança biológica;<br />
- Extintores;<br />
- Kit de derramamento.
Blog dos Cientistas<br />
Como ocorre o processo de<br />
descontaminação?<br />
1. Primeiro vem a limpeza para a<br />
remoção de partículas/material orgânico<br />
2. Depois, a desinfecção para<br />
eliminar todos os microrganismos<br />
3. Por fim, a esterilização por calor<br />
úmido ou seco, por filtração ou por<br />
agentes químicos<br />
Diretrizes básicas: o que é a ISO<br />
17025:2017 e a RDC 512/21?<br />
A norma ISO 17025:2017 é a base para<br />
o sistema de gestão de laboratório,<br />
pois tem o intuito de garantir<br />
que opere de forma competente.<br />
Portanto, ela considera três atividades<br />
laboratoriais: calibração, ensaio e<br />
amostragem seguida de ensaio.<br />
Em outras palavras, ao seguir a ISO<br />
17025:2017, você garante a qualidade<br />
e a confiança nos resultados do seu<br />
laboratório, o que confere aceitação<br />
mundial das suas atividades.<br />
O que é a RDC Nº 512/21?<br />
A RDC 512/21 dispõe sobre as Boas<br />
Práticas para Laboratórios de Controle<br />
Imagem ilustrativa<br />
de Qualidade, apresentando um<br />
regulamento técnico que pode ser<br />
seguido pelos profissionais. Embora,<br />
essa resolução discuta alguns pontos<br />
importantes que são semelhantes<br />
a ABNT ISO/IEC 17025:2017,<br />
não temos discussões sobre os<br />
conceitos de Incerteza de Medição<br />
e Rastreabilidade Metrológica.<br />
Ressaltando que as normativas da<br />
Anvisa são complementares, por<br />
isso, há outros regulamentos que te<br />
auxiliam nesse processo de garantir<br />
às Boas Práticas. Ao final, produza os<br />
documentos e registros das BPLs<br />
Conclusão<br />
Em síntese, o laboratório deve<br />
apresentar os documentos e registros<br />
dos procedimentos operacionais e da<br />
capacitação da equipe. Os documentos<br />
que comprovam a rastreabilidade<br />
dos dados, calibração e qualificação,<br />
não conformidades e métodos<br />
analíticos, por exemplo, também<br />
devem ser apresentados. Portanto,<br />
esses documentos das Boas Práticas<br />
de Laboratório (BPL) podem e serão<br />
solicitados em auditorias internas e<br />
externas. Como resultado, se quer<br />
demonstrar conformidade, você precisa<br />
documentar tudo que fez!<br />
Ingrid Ferreira Costa<br />
Founder & CEO da Biochemie. Bacharel em Química. Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas. Mestrado em Ciências<br />
Farmacêuticas. Especialista em Growth Hacking. MBA em Marketing Estratégico Digital. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC<br />
17025:2017. Auditora Externa na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC ISO 9001:2015. Auditora Líder na ABNT<br />
ISO/IEC 17025:2017, ABNT ISO/IEC 15189:2015 e ABNT ISO/IEC 17043:2011. Para cursos e treinamentos in company, entre em contato<br />
pelo e-mail: contato@biochemie.com.br<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
25
Metrologia<br />
QUANDO VALE A PENA INTERNALIZAR UM<br />
LABORATÓRIO DE METROLOGIA NA SUA EMPRESA?<br />
Por: André Luiz Meira de Oliveira<br />
Quando se compra uma peça para<br />
o carro, um alimento para sua mesa<br />
ou um eletrônico para o dia a dia,<br />
espera-se que eles estejam com as<br />
corretas dimensões, padronizações<br />
e aspectos garantidos de segurança.<br />
Pelo lado do fornecedor, o que<br />
garante que os produtos estão aptos<br />
para a utilização é a combinação<br />
de normas, medições e avaliação<br />
da conformidade. Responsável<br />
pelo controle de qualidade dos<br />
equipamentos e pela confiabilidade<br />
e rastreabilidade da informação, a<br />
metrologia é uma área estratégica<br />
para a indústria, já que assegura que<br />
os produtos que saem estão de acordo<br />
com os parâmetros estabelecidos.<br />
Para indústrias demandantes desse<br />
serviço, uma grande dúvida é se<br />
vale a pena ter um laboratório de<br />
metrologia, visto os custos em adquirir<br />
e manter a infraestrutura. Com o fim<br />
da era do ouro do capitalismo, em<br />
meados da década de 70, a indústria<br />
passou a cortar gastos com o objetivo<br />
de se tornar mais competitiva e<br />
flexível. Neste período, um dos<br />
setores historicamente comprometido<br />
foi a metrologia, incentivando a<br />
terceirização dos laboratórios. É<br />
certo: terceirizar nem sempre é a<br />
resposta errada. Porém, com a falta<br />
da análise metrológica interna,<br />
há possíveis consequências nos<br />
produtos desenvolvidos e produzidos<br />
pela empresa, além da perda das<br />
competências essenciais que podem<br />
proporcionar vantagem competitiva<br />
e agregar valor sob a ótica do cliente.<br />
Como já mencionado, há um custo<br />
elevado em manter um laboratório<br />
interno, tecnologias que podem variar<br />
muitas vezes em custos, sistemas de<br />
gestão, rastreabilidade das medições,<br />
treinamentos de técnicos especialistas,<br />
além de pouca visualização de uso<br />
contínuo. Entretanto, existe um ponto<br />
em que ela se torna economicamente<br />
viável. Com o laboratório montado podese<br />
expandir as atuações da metrologia,<br />
indo além do controle de qualidade final,<br />
inserindo relevante apoio nas fases de<br />
desenvolvimento, controle e na melhoria<br />
contínua dos processos e dos produtos.<br />
26<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022
Metrologia<br />
Comparando-se as vantagens e<br />
desvantagens de ter um laboratório<br />
interno de metrologia, a escolha entre<br />
terceirizar ou internacionalizar torna-se<br />
um caminho sequencial de análise das<br />
variáveis impactam nesta definição.<br />
O primeiro passo é analisar a atual<br />
demanda por serviços laboratoriais.<br />
Certamente se o balanço entre o custo<br />
de terceirização e o de internalização<br />
for vantajoso, não há dúvidas quanto<br />
à manutenção deste laboratório. Um<br />
bom planejamento do laboratório,<br />
com sistemas de medição selecionados<br />
corretamente e a consideração<br />
completa dos custos de operação deve<br />
ser feita neste momento. É um stagegate<br />
mais simples de se obter.<br />
Persistindo as dúvidas, ou se o custo<br />
direto está desvantajoso, parte-se para<br />
análises de valor, com estimativas de<br />
impacto nos negócios, necessidades<br />
de internalização de conhecimento,<br />
facilidade de obtenção de respostas<br />
em curto espaço de tempo, geração<br />
de valor intangível para o cliente e<br />
outros fatores que podem compor<br />
uma matriz de decisão. Leva-se ainda<br />
em consideração a possibilidade de<br />
expandir a abrangência do laboratório<br />
para outras áreas e temas não<br />
pensados inicialmente, aproveitando<br />
todo o potencial do conhecimento<br />
metrológico internalizado.<br />
Claro que a longo prazo essa análise<br />
precisa ser refeita, pois o momento da<br />
empresa pode mudar. Mas respondendo<br />
à interrogação do título, de maneira<br />
geral, vale a pena sim internalizar a<br />
metrologia, cabendo a nós decidirmos<br />
o que e como fazer. A resposta não é<br />
universal, cada indústria é única.<br />
André Luiz Meira de Oliveira<br />
É coordenador da área de Sistemas para Qualidade e Inovação do Centro de Referência em Metrologia e Instrumentação da Fundação CERTI.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
27
Metrologia, Qualidade e Tecnologia<br />
“A IMPORTÂNCIA DO USO CORRETO DE<br />
TERMOS TÉCNICOS”.<br />
Por: Ivo Ázara e Thiago Menegotto - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro<br />
Contribuir para a utilização da correta<br />
terminologia na área de iluminação,<br />
com base nos termos e definições<br />
adotados internacionalmente, é o<br />
objetivo deste artigo.<br />
A terminologia tem papel<br />
fundamental em qualquer área<br />
do conhecimento, uma vez que<br />
estabelece uma linguagem comum<br />
para comunicação. Termos técnicos<br />
e científicos devem ser claramente<br />
definidos e corretamente utilizados.<br />
Nas áreas de luz e iluminação, a<br />
terminologia é definida e normalizada<br />
pela CIE (Comission Internationale<br />
d’Éclairage) representada no Brasil<br />
pelo CIE-Brasil (Comitê Brasileiro de<br />
Iluminação), sediado no Inmetro. A CIE<br />
é reconhecida pela ISO (International<br />
Standard Organization) e pela IEC<br />
(International Electrotechnical<br />
Commission) como organização<br />
internacional de caráter normativo [1].<br />
A IEC é uma entidade reconhecida<br />
na maioria dos países, inclusive<br />
no Brasil, onde muitas de suas<br />
normas são traduzidas pela ABNT<br />
(Associação Brasileira de Normas<br />
Técnicas) e são designadas como<br />
ABNT NBR IEC. Essas normas têm<br />
o mesmo status das normas ABNT<br />
NBR. A IEC mantém um vocabulário<br />
de termos de diversas áreas no site<br />
da Electropedia [2]. A Electropedia<br />
contém os termos e definições<br />
do Vocabulário Internacional<br />
Eletrotécnico (IEV), que também<br />
consta na série de publicações da IEC<br />
60050. A seção 845 da Electropedia<br />
é dedicada à área de iluminação e<br />
incorpora os termos do Vocabulário<br />
Internacional de Iluminação<br />
(ILV) elaborado pela Comissão<br />
Internacional de Iluminação,<br />
consolidado na publicação CIE S 017<br />
[3] e no E-ILV [4].<br />
Em alguns casos, devido à<br />
semelhança entre as palavras ou até<br />
mesmo entre as definições, acontece<br />
a tradução incorreta e/ou o<br />
uso indevido de alguns termos. Por<br />
exemplo, na norma ABNT NBR IEC<br />
62504:2021 [5], o item 3.26 define<br />
“eficiência luminosa ” como sen-do “quociente<br />
obtido quando o fluxo luminoso<br />
emitido é dividido pela potência<br />
consumida pela fonte”, e a Nota 1<br />
especifica a unidade lm/W. Consta<br />
também a informação “[FONTE:<br />
IEC 60050845:1987, 845.01.55,<br />
modificado …]”. A entrada citada,<br />
845-01.55 corresponde atualmente<br />
à entrada 845-21-089 da<br />
Electropedia, “luminous efficacy<br />
”, definida como<br />
“quotient of the emitted luminous<br />
flux and the power consumed”,<br />
sendo apresentada a tradução para<br />
o português “eficácia luminosa, ”.<br />
28<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022
Metrologia, Qualidade e Tecnologia<br />
Eficiência e eficácia<br />
Tabela 1 Termos da Electropedia contendo a palavra efficacy e as respectivas traduções apresentadas para o português<br />
Quando as normas IEC da área<br />
de iluminação são traduzidas,<br />
ou mesmo quando consultadas<br />
diretamente em inglês, é comum<br />
os termos efficacy e efficiency<br />
serem ambos traduzidos para o<br />
português como eficiência, o que<br />
não é correto, pois correspondem a<br />
conceitos diferentes.<br />
Consultando-se o termo efficacy na<br />
Electropedia, encontram-se diversas<br />
entradas que o contêm, listadas<br />
na tabela 1, com a correspondente<br />
tradução para o português<br />
apresentada na Electropedia. É<br />
interessante notar que todas elas<br />
se referem à área de iluminação<br />
(Lighting / Radiation, quantities and<br />
units), e a unidade é lm . W -1 , exceto<br />
para a entrada 845-26-061, cuja<br />
unidade é W.lm -1 . Nota-se que o uso<br />
do termo efficacy sempre relaciona<br />
Esfera integradora (à esquerda) e goniofotômetro (à direita, do tipo com espelho) são equipamentos que permitem medir o fluxo<br />
luminoso produzido e a potência elétrica consumida por fontes, e, portanto, determinar a sua eficácia luminosa<br />
grandezas da área de iluminação<br />
com unidades diferentes, sendo<br />
lúmen (lm) a unidade de fluxo<br />
luminoso e watt (W) a unidade de<br />
potência, que pode ser potência<br />
óptica do fluxo radiante (na entrada<br />
845-26-061), ou potência elétrica<br />
(nos demais casos).<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
29
Metrologia, Qualidade e Tecnologia<br />
O termo efficiency aparece em uma<br />
grande quantidade de entradas<br />
da Electropedia. Na tabela 2 estão<br />
apresentadas três, sendo uma de<br />
caráter geral e as demais da área<br />
de iluminação. Essas entradas têm<br />
em comum o fato de a unidade ser<br />
1 (nos casos em que a unidade é 1,<br />
é comum se dizer, erroneamente,<br />
que a grandeza não tem unidade).<br />
Muitas vezes o valor da eficiência é<br />
apresentado na forma percentual.<br />
Por exemplo, se o valor de uma<br />
eficiência é 0,80, normalmente é<br />
apresentada como 80 %.<br />
Tabela 2 Exemplos de termos da Electropedia contendo a palavra efficiency e as respectivas traduções apresentadas para o português<br />
Tabela 3 Termos e respectivas traduções para o português, da Electropedia, contendo a palavra yield, referentes à área de iluminação<br />
30<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
Rendimento<br />
A tradução preferencial de yield<br />
para o português é rendimento.<br />
Na Electropedia, pode-se observar<br />
que o seu significado é o mesmo<br />
de efficiency, podendo ser usados<br />
indistintamente, em português, os<br />
termos rendimento e eficiência. A<br />
tradução de yield adotada pela IEC<br />
para o francês é rendement.<br />
Na Electropedia existem apenas<br />
quatro entradas ativas para esse<br />
termo, sendo duas delas da área de<br />
iluminação, apresentadas na tabela 3.<br />
Tanto rendimento quanto eficiência<br />
descrevem a razão entre duas grandezas<br />
de mesma unidade. Por exemplo, a<br />
razão entre dois fluxos luminosos (845-<br />
29-052) ou a razão entre dois fluxos<br />
radiantes (845-24-034).<br />
Conclusões<br />
O termo em inglês efficacy, aplicável<br />
apenas à área de iluminação, deve<br />
ser traduzido para o português como<br />
eficácia. Sua unidade é lm.W -1 ou<br />
W.lm -1 (Tabela 1).<br />
O termo em inglês efficiency deve<br />
ser traduzido como eficiência e sua<br />
unidade é 1. Normalmente a eficiência<br />
é apresentada em forma percentual.<br />
Os termos em inglês efficiency<br />
e yield são equivalentes entre<br />
si e podem ser traduzidos por<br />
eficiência ou rendimento, de acordo<br />
com o mais usual em cada área,<br />
incluindo-se a área de iluminação,<br />
onde, por exemplo, o termo<br />
rendimento óptico é usado em<br />
relação a luminárias com lâmpadas<br />
substituíveis. Como rendimento<br />
e eficiência são equivalentes, a<br />
unidade de rendimento é 1, e a<br />
apresentação é feita normalmente<br />
em forma percentual.<br />
Referências<br />
[1] Página do CIE Brasil na internet, www.inmetro.gov.br/<br />
ciebrasil, acessada em 05/08/2021.<br />
[2] Página da Electropedia na internet, www.electropedia.org,<br />
acessada em 05/08/2021.<br />
[3] Publicação CIE S 017/E – Comission Internationale d’Éclairage<br />
– ILV: International Lighting Vocabulary – 2nd Edition, 2020<br />
[4] Página do Vocabulário Internacional de Iluminação, E-ILV,<br />
www.cie.co.at/e-ilv, acessada em 05/08/2021.<br />
.[5] ABNT NBR IEC 62504:2021 - Iluminação geral - LED e módulos<br />
de LED - Termos e definições<br />
Agradecimento<br />
O coautor Ivo Ázara agradece o apoio do Inmetro através de bolsa<br />
de pesquisa pelo programa Pronametro<br />
O artigo foi publicado previamente na <strong>Revista</strong> Eletricidade<br />
Moderna, Aranda Editora, edição março/abril 2022, páginas<br />
30-33. Disponível em https://issuu.com/aranda_editora/docs/<br />
em_mar_o_2022?fr=sNTA1ODQ0OTEyODM
REALIZAÇÃO<br />
NO DIAS 24 E 25 DE SETEMBRO, NOSSO ENCONTRO<br />
SERÁ ESPECIAL E PRESENCIAL!<br />
LOCAL:<br />
INSCRIÇÕES:<br />
SBMICROBIOLOGIA.ORG.BR<br />
2 4 E 2 5 D E S E T E M B R O
Nanotecnologia<br />
A TECNOLOGIA DE NANOPARTÍCULAS NA<br />
AGRICULTURA<br />
A nanotecnologia é resultado de<br />
inúmeros avanços e surgiu decorrente<br />
da combinação e evolução de diversas<br />
áreas do conhecimento humano,<br />
incluindo a química, a ciência dos<br />
materiais, a biologia, a eletrônica,<br />
a computação e a física. Podemos<br />
afirmar que a nanotecnologia é<br />
um conjunto de atividades ou<br />
mecanismos que ocorrem em uma<br />
escala extremamente pequena,<br />
esses mecanismos estão além da<br />
percepção dos olhos humanos em<br />
uma escala chamada nanométrica.<br />
A necessidade efetiva e promissora<br />
de aumento da produção<br />
agrícola é um grande desafio,<br />
principalmente quando se trata de<br />
um aumento de produção, atrelado<br />
ao desenvolvimento sustentável<br />
sem aumento de área plantada. A<br />
nanotecnologia oferece a perspectiva<br />
de avanços expressivos que<br />
permitirão melhorar a qualidade de<br />
vida preservando o meio ambiente.<br />
Nesse sentido, a nanotecnologia<br />
Escala nanométrica – Fonte: Embrapa Agropecuária<br />
Nanotecnologia aplicada ao manejo agrícola - Fonte: blog.agrointeli.com.br<br />
32<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022
Nanotecnologia<br />
aplicada a agricultura é uma aliada<br />
no desenvolvimento tecnológico<br />
sustentável e eficiente.<br />
O uso de nanopartículas na<br />
agricultura pode ser encontrado em<br />
nanofertilizantes, nanopesticidas e<br />
nanossensores que são algumas das<br />
ferramentas utilizadas atualmente.<br />
A formulação de nanofertilizantes é<br />
uma tecnologia aplicada para garantir<br />
a nutrição equilibrada das culturas<br />
agrícolas, portanto, podem ser<br />
utilizadas nanopartículas de nitrogênio,<br />
fósforo, potássio, bem como outros<br />
micronutrientes que possuem funções<br />
fisiológicas específicas de extrema<br />
importância no metabolismo vegetal.<br />
Um exemplo é o elemento metálico<br />
Magnésio (Mg), componente central<br />
da molécula de clorofila.<br />
Os nanofertilizantes apresentam maior<br />
facilidade de absorção e translocação<br />
A – Molécula da Clorofila a; B – Molécula da Clorofila b.<br />
no sistema vascular dos vegetais,<br />
melhorando o desenvolvimento e<br />
potencializando seu desempenho. Os<br />
nanofertilizantes são formulações, no<br />
todo ou em parte, de nanoestruturas<br />
que podem ser aplicadas em plantas,<br />
permitindo à absorção eficiente e/<br />
ou a liberação lenta de ingredientes<br />
ativos. As propriedades únicas das<br />
nanopartículas podem influenciar as<br />
atividades metabólicas da planta em<br />
diferentes níveis.<br />
A aplicação de nanofertilizantes na<br />
produção agrícola, permite a otimização<br />
do processo e melhor aproveitamento<br />
do produto, que pode estimular e<br />
desencadear reações bioquímicas nas<br />
plantas, essas reações possuem efeito<br />
sinérgico, causando impactos positivos<br />
como aumento da resistência a fatores<br />
bióticos e abióticos, aumento da<br />
produtividade através da potencialização<br />
da fotossíntese, melhor qualidade de<br />
frutos e diversos outros benefícios:<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
33
Nanotecnologia<br />
Melhor aderência dos<br />
micronutrientes nos grânulos de<br />
fertilizantes NPK;<br />
Elimina a segregação dos<br />
micronutrientes;<br />
Maior eficiência nutricional,<br />
possibilitando que as plantas<br />
expressem todo o seu potencial<br />
genético;<br />
Uniformidade e praticidade no<br />
processo de aplicação;<br />
Aumento da produtividade e<br />
rentabilidade ao produtor rural<br />
sem necessidade do aumento de<br />
área plantada.<br />
Nesse contexto, há muitas lacunas<br />
que podem ser preenchidas com<br />
novas formulações tecnológicas, e<br />
uma das alternativas são formulações<br />
nanotecnológicas com elementos<br />
químicos, que podem potencializar o<br />
metabolismo vegetal. Como exemplo,<br />
podemos citar os elementos químicos<br />
Fe, Zn, Cu, Ni, que são classificados<br />
como micronutrientes, por serem<br />
aplicados em pequenas quantidades,<br />
mas, são de extrema importância,<br />
pois possuem funções específicas<br />
essenciais diretamente ligadas à<br />
fotossíntese e consequentemente a<br />
produção final.<br />
Esquema simplificado da fotossíntese - Fonte: Adaptado de https://pt.vecteezy.com.<br />
agricultura, e é uma das apostas<br />
mais promissoras de pesquisa, para<br />
atenuar os problemas de aplicação de<br />
fertilizantes, via foliar (a volatilização<br />
e a lixiviação), bem como auxiliar<br />
no aumento de produtividade das<br />
culturas agrícolas de enorme impacto<br />
econômico na sociedade.<br />
Referências:<br />
CAMPOS, M. M.; GUIMARÃES, M. V. A. F.; FERREIRA, L. J. A.;<br />
ALVARES, L. M. A. R. Estudo da rede de colaboração científica em<br />
nanotecnologia na empresa brasileira de pesquisa agropecuária.<br />
Transinformação, v. 29, n. 1, p. 115-123, 2017.<br />
Nanotecnologia na agricultura: realidade ou tendência? Disponível<br />
em: https://blog.agrointeli.com.br/blog/nanotecnologia-na-<br />
agricultura/. Acesso em Agosto, 2022.<br />
Diagrama mostrando o processo de fotossíntese na planta.<br />
Disponível em: https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/1972165-<br />
diagrama-mostrando-o-processo-de-fotossintese-na-planta.<br />
Acesso em Agosto, 2022.<br />
HERRMANN, P. S. P.; COLNAGO, L. A.; MATTOSO, L. H. c., CRUVrNEL, P.;<br />
FROMMER, J. NanotechnoIogy and nanosciences, perspectives<br />
and potential applications in agricultura I research. In: CRUVINEL,<br />
P.E.; MASCARENHAS, S.. (Org.). Advanced Studies in Agricultural<br />
Instrumentation. São Carlos: Rima Editora, v. Capo 3, p. 53-74;<br />
2002.<br />
KUZMA, J; VERHAGE, P. Nanotechnology in Agriculture and<br />
Food Production: Anticipated Applications, Woodrow Wilson<br />
International Center for Scholars or The Pew Charitable Trusts,<br />
September, 2006.<br />
TOMA, HENRIQUE E.. Magnetic nanohydrometallurgy: a<br />
nanotechnological approach to elemental sustainability. Green<br />
Chemistry (Print), v. 17, p. 2027-2041, 2015.<br />
U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY (EPA), STAR Progress<br />
Review Workshop, "Nanotechnology and the Environment:<br />
Applications and Implications", 2002: http://es.epa.gov/ncer/<br />
publications/workshop/nano_proceed.pdf. Acesso em Agosto, 2022.<br />
TAIZ L & ZEIGER. Fisiologia Vegetal. 3° ed. Porto Alegre, Artmed.<br />
559p. 2004.<br />
34<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
A nanotecnologia esta em constante<br />
evolução, sempre com o objetivo<br />
de trazer novos benefícios para<br />
Prof. Dr. Rafael Rebes Zilliani<br />
Químico, Mestre em Fisiologia e Bioquímica Vegetal e Doutor<br />
em Biotecnologia Vegetal, docente do Curso Técnico em<br />
Química do SENAI-SP.<br />
Prof. Dr. Marcos Roberto Ruiz<br />
Químico, Mestre em Química Analítica e Doutor em Ciência<br />
e Tecnologia dos Materiais, docente do Curso Técnico em<br />
Química do SENAI-SP, com atuação no desenvolvimento de<br />
Projetos Inovadores.
Análise de Minerais<br />
EUREKA!<br />
PUBLICADA A NORMA ABNT NBR ISO 12154<br />
DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE POR DESLOCAMENTO<br />
VOLUMÉTRICO - DENSIDADE - ESQUELETO POR<br />
PICNOMETRIA A GÁS.<br />
36<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
“Diz a história que Herão, rei de<br />
Siracusa, contratou um artesão para<br />
fabricar sua coroa com ouro maciço.<br />
Ao ser contratado, o rei ofereceu uma<br />
bela quantia em dinheiro e forneceu<br />
o ouro a ser utilizado na coroa. Após<br />
alguns dias, o artesão entregou ao<br />
rei, a sua tão desejada coroa. Herão<br />
recebeu a coroa, mas desconfiou se o<br />
artesão teria usado todo o ouro que<br />
recebera. Para ter certeza, pediu que<br />
utilizassem uma balança no intuito<br />
de registrar a massa da coroa. Feito<br />
o procedimento, verificou-se que a<br />
massa da coroa era igual àquela do<br />
ouro fornecido pelo rei.<br />
A confirmação da igualdade das<br />
massas não convenceu o rei, que<br />
ainda desconfiava do artesão<br />
em relação à mistura de prata<br />
com o ouro. Diante do impasse<br />
e sem conhecimento adequado<br />
para desvendar o mistério, Herão<br />
contratou Arquimedes e incumbiulhe<br />
de descobrir a verdade sobre<br />
o fato. Arquimedes dedicou-se<br />
exclusivamente ao pedido do rei,<br />
mas não conseguia estabelecer<br />
uma forma de verificar a ocorrência<br />
ou não da fraude.<br />
Certo dia, quando se preparava para<br />
o banho, encheu a banheira de água<br />
e, ao adentrá-la verificou que certa<br />
quantidade de água transbordava.<br />
Em virtude dessa observação, ele<br />
concluiu que teria como verificar<br />
a dúvida do rei. Empolgado com a<br />
possível descoberta, saiu correndo<br />
pelas ruas em direção ao palácio<br />
real, gritando: Eureka! Eureka!, que<br />
em grego significa “descobri”.1<br />
Arquimedes, que viveu no período<br />
antes da Era Comum (287 a.E.C. -<br />
212 a.E.C.), período este também<br />
denominado antes de Cristo, fez uma<br />
das descobertas mais utilizadas em<br />
nossos tempos atuais, a densidade.<br />
A densidade possui inúmeras<br />
aplicações nos nossos dias atuais.<br />
Fraudes em combustíveis (uso de<br />
percentual de álcool na gasolina<br />
superior aos limites estabelecidos<br />
pelos órgãos regulamentadores),<br />
operações industriais para separação<br />
de minerais (separações do mineral<br />
de interesse da ganga por diferença<br />
de densidade), limpeza e separação<br />
de gêneros alimentícios (separação<br />
dos grãos de café e suas cascas) ou<br />
o uso de meios de transporte como<br />
navios e balões a gás.
Análise de Minerais<br />
No entanto, desde que Arquimedes<br />
a densidade seja apenas a densidade<br />
Além disso, o minério ou mineral<br />
saiu gritando “Eureka”, o conceito<br />
de Arquimedes. No caso dos minerais,<br />
não é homogêneo e alguns tipos<br />
de densidade foi ganhando vários<br />
a relação massa sobre volume tem<br />
de minérios ao serem retirados dos<br />
diferentes contornos à medida<br />
nuances muito importantes.<br />
seus locais originais apresentam<br />
que novas aplicações dele foram<br />
uma dilatação de seu volume<br />
surgindo. Inicialmente, surgiu a<br />
Uma significativa questão é que<br />
(habitualmente chamada de<br />
separação entre densidade absoluta<br />
as partículas minerais possuem<br />
grau de empolamento). Outro<br />
e densidade relativa. A densidade<br />
formatos não regulares e ao serem<br />
interferente relevante são os<br />
absoluta é a densidade efetiva da<br />
colocadas em um líquido ou gás para<br />
poros de cada partícula, que<br />
matéria que se está medindo; já a<br />
que seja medida sua densidade por<br />
podem ser comunicantes ou<br />
densidade relativa é a comparação<br />
meio do deslocamento do fluído, esta<br />
não com o fluído que está sendo<br />
entre a densidade de duas matérias<br />
não regularidade de formatos não<br />
utilizado para a determinação da<br />
diferentes e permite definir qual dos<br />
permite o adequado preenchimento<br />
densidade do minério. Baseado<br />
dois possui maior densidade. No<br />
dos espaços entre as partículas. Esta<br />
nesta multiplicidade de variáveis<br />
entanto, quando o conceito chegou<br />
é uma das particularidades mais<br />
e variações, surgiram vários<br />
no mundo da mineração ele ganhou<br />
significativas a serem consideradas<br />
conceitos de densidade. Alguns são<br />
contornos mais complexos.<br />
ao determinar a densidade de um<br />
a densidade a granel, densidade<br />
minério, uma vez que o espaço entre<br />
esquelética ou de esqueleto, peso<br />
Uma partícula mineral possui<br />
as partículas não regulares constitui<br />
específico, densidade real, densidade<br />
peculiaridades que não permitem que<br />
um interferente bastante expressivo.<br />
de polpa etc.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
37
Análise de Minerais<br />
Concomitantemente com a evolução<br />
do conceito de densidade, uma série<br />
de formas foram sendo criadas e<br />
testadas para determinar de forma<br />
cada vez mais precisa a densidade<br />
em cada uma das condições que se<br />
necessitava. Daí surgiram, a medição<br />
em proveta com água, picnômetro de<br />
vidro com água, picnômetro de vidro<br />
com mercúrio, a famosa Balança<br />
Marcy, a densidade calculada a<br />
partir dos minerais compostos, o<br />
picnômetro a gás e com vários tipos<br />
de gás e tantos outros.<br />
Com o passar do tempo, dadas as<br />
inúmeras aplicações do conceito<br />
de densidade, eles foram ficando<br />
mais claros. Manuais, livros e teses<br />
foram sendo escritos e os métodos<br />
de análise foram sendo detalhados<br />
permitindo que estudos fossem<br />
sendo conduzidos trazendo luz<br />
sobre o tema. Normas internacionais<br />
e nacionais colaboraram neste<br />
processo tornando as interfaces<br />
comerciais mais simples e justas.<br />
Mais recentemente, em especial no<br />
mundo do minério de ferro, tornouse<br />
necessário o controle do limite<br />
de umidade da carga para garantir<br />
a segurança da mesma durante o<br />
transporte transoceânico.<br />
“É fato bastante conhecido na<br />
interface comercial que um navio não<br />
pode ser carregado com minério, cujo<br />
percentual de umidade ultrapasse<br />
seu TML (Transportable Moisture<br />
Limit), para não colocar em risco a<br />
estabilidade da embarcação. Caso<br />
ultrapasse este limite, o fornecedor<br />
do minério torna-se juridicamente<br />
responsável por qualquer acidente<br />
ou incidente relacionado à perda de<br />
estabilidade do navio ao longo do<br />
transporte. Desta forma, torna-se<br />
fundamental conhecer e informar<br />
ao comandante do navio tanto a<br />
umidade, quanto o TML do minério<br />
que está sendo embarcado.”2<br />
Para a definição deste importante<br />
item de controle, faz-se necessário<br />
conhecer a densidade do minério<br />
que está sendo embarcado. No<br />
entanto, o IMSBC Code que é o<br />
código regulamentador para a<br />
determinação do TML e do seu modo<br />
de controle durante o embarque do<br />
minério de ferro, não deixa explicito<br />
qual o método para determinação<br />
de umidade deve ser utilizado.<br />
Na prática, ele deixa a critério<br />
da autoridade marítima de cada<br />
país embarcador a validação da<br />
metodologia a ser utilizada.<br />
Para eliminar eventuais conflitos<br />
ou o uso de metodologias não<br />
adequadas, a ABNT – Associação<br />
38<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022
Brasileira de Normas Técnicas por<br />
meio da Comissão de Estudo de<br />
Ensaios Físicos do Comitê Brasileiro<br />
de Minérios de Ferro (ABNT/CB-<br />
041/CE-03) e operacionalizada<br />
através do IBRAM-CONIM – Comitê<br />
para a Normalização na Mineração,<br />
desenvolveu a norma ABNT NBR<br />
ISO 12154 - Determinação da<br />
densidade por deslocamento<br />
volumétrico - Densidade-esqueleto<br />
por picnometria a gás.<br />
Com isto, agora em todo o território<br />
brasileiro fica clara qual a metodologia<br />
e como a mesma deve ser utilizada<br />
para análise de TML. Um passo<br />
importantíssimo alcançado a partir<br />
de muito trabalho dos principais<br />
especialistas brasileiros do tema. Ter<br />
uma norma respalda as empresas<br />
e os laboratórios pois demonstra<br />
tecnicamente qual o procedimento a<br />
ser seguido e evita questionamentos<br />
de partes que desejam tendenciar<br />
para um método que não possui<br />
a robustez técnica para embasar a<br />
análise e a decisão operacional ou<br />
comercial que é tomada com base na<br />
análise realizada.<br />
Agora, portos, laboratórios e<br />
empresas vão trabalhar duro<br />
para se adequar a este novo<br />
procedimento, mas sabem que<br />
após esta adequação, eles estarão<br />
mais tranquilos em relação ao<br />
ensaio de TML e principalmente,<br />
a garantia de nada acontecerá no<br />
transporte de minério ao longo dos<br />
sete mares advindo da ausência de<br />
uma metodologia clara e confiável.<br />
Excelente passo dado pela ABNT.<br />
É junto com as empresas, com os<br />
especialistas e com a sociedade<br />
brasileira como um todo que são<br />
construídas normas de qualidade<br />
que garantem um país cada vez mais<br />
saudável em sua interface comercial.<br />
Referências<br />
1 MARCOS NOÉ PEDRO DA SILVA (Brasil). A descoberta de<br />
Arquimedes: o número pi (?) foi uma das descobertas do grande<br />
matemático e físico Arquimedes. O número pi (?) foi uma<br />
das descobertas do grande matemático e físico Arquimedes.<br />
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/<br />
a-descoberta-arquimedes.htm. Acesso em: 20 ago. 2022.<br />
2 IBRAM (Brasil). A densidade do minério e a segurança do<br />
transporte marítimo. 2022. Disponível em: https://ibram.org.br/<br />
noticia/a-densidade-do-minerio-e-a-seguranca-do-transportemaritimo/.<br />
Acesso em: 20 ago. 2022.<br />
Eduardo Pimenta de Almeida Melo<br />
Engenheiro Químico, Gerente de Laboratórios da CSN Mineração, MBA em Gestão Empresarial, Pós–Graduado em Gestão de<br />
Laboratórios e Especializado em Data Science. Coordenador da Comissão de Estudos para Amostragem e Preparação de Amostras em<br />
Minério de Ferro para a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.<br />
LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/eduardo-melo-16b22722
Logística Laboratorial<br />
TECNOLOGIA A SERVIÇO DA INOVAÇÃO<br />
NO TRANSPORTE<br />
40<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
O mundo evolui todos os dias. E o<br />
transporte de cargas, responsável<br />
direto pelas conexões que geram o<br />
desenvolvimento global, também<br />
precisa acompanhar essa evolução.<br />
Há algum tempo, a tecnologia deixou<br />
de ser considerada um diferencial<br />
competitivo no mercado logístico<br />
e passou a ser um atributo crucial<br />
para a eficiência das operações. Com<br />
consumidores cada vez mais exigentes<br />
em relação aos prazos e benefícios,<br />
as transportadoras que não querem<br />
ficar pelo caminho são pressionadas a<br />
investirem em inovação de processos<br />
e ferramentas de automatização.<br />
Nesse cenário, algumas<br />
transportadoras movidas pelo<br />
desejo de evoluir constantemente<br />
acabaram ganhando destaque por<br />
sua capacidade de inovação.<br />
O Grupo Prime é um operador<br />
logístico especializado em soluções<br />
voltadas para a área da Saúde. Ativo<br />
desde 2005, oferece um atendimento<br />
humanizado no transporte e<br />
armazenagem, com operações<br />
estruturadas e serviços customizados.<br />
O grupo se diferencia no mercado<br />
por se adaptar às necessidades<br />
do cliente com uma equipe de<br />
operações estruturadas, capazes de<br />
O Motorista Rômulo Carvalho<br />
assumiu o comando de um<br />
dos primeiros caminhões<br />
elétricos do Grupo Prime.<br />
desenvolver processos e sistemas<br />
que atendem às mais diversas<br />
demandas logísticas, assim como<br />
prestar suporte legal e fiscal para a<br />
viabilidade da operação.<br />
A estrutura operacional conta<br />
com amplos galpões, localizados<br />
estrategicamente nos estados de<br />
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas<br />
Gerais, Goiás, Pernambuco e Santa<br />
Catarina. Além de bem equipadas<br />
e modernas, as unidades possuem<br />
disponibilidade de salas para<br />
clientes abrirem filiais, facilitando o<br />
fluxo fiscal nas expedições.<br />
E um dos principais diferenciais<br />
da empresa no segmento é o forte<br />
investimento em inovação logística<br />
e tecnologias de ponta.<br />
Todas as operações são conectadas<br />
à IoT, com integração sistêmica e<br />
software TMS para a automatização<br />
dos processos. E o setor operacional<br />
ainda conta com sistemas de<br />
roteirização inteligente das entregas,<br />
e gestão Mobile completa.<br />
O Grupo possui alguns veículos<br />
que são equipados com diversos<br />
tipos de sensores para garantir a<br />
segurança do motorista e da carga.<br />
As cabines possuem câmeras de<br />
inteligência artificial com sensores<br />
de gestos e reconhecimento facial<br />
que detectam fadiga, sono e<br />
fumo, acionando um alarme para<br />
evitar acidentes. As câmeras ainda<br />
percebem o uso de aparelhos
Logística Laboratorial<br />
eletrônicos com o veículo em<br />
movimento, e enviam alertas em<br />
casos de furto de combustível.<br />
Durante todo o trajeto da entrega, o<br />
sistema de telemetria recolhe dados<br />
de performance do veículo com<br />
informações precisas em tempo real,<br />
para otimizar a gestão da frota.<br />
Outra importante tecnologia da<br />
frota é o sistema de controle e<br />
monitoramento da temperatura<br />
interna, que garante a integridade<br />
dos materiais com necessidades<br />
especiais de conservação, como os<br />
produtos termolábeis.<br />
O interior dos veículos também conta<br />
com detectores de fumaça antiincêndio<br />
e antifumo. Além disso,<br />
os baús possuem uma plataforma<br />
interna e rampa pneumática de<br />
acesso, para facilitar as operações de<br />
carregamento e descarregamento.<br />
E para garantir a segurança na<br />
estrada, todos os veículos possuem<br />
sistemas de monitoramento com<br />
rastreadores 24h via satélite,<br />
que fornecem informações da<br />
localização em tempo real.<br />
Veículos elétricos abrem<br />
o caminho para um futuro<br />
sustentável<br />
Um relatório apresentado na<br />
Conferência das Nações Unidas sobre<br />
Mudanças Climáticas aponta que a<br />
queima de combustíveis fósseis é<br />
responsável por 70% das irradiações<br />
de CO2 ao redor do mundo. Outro<br />
dado impactante do relatório mostra<br />
que 14% das emissões dos gases<br />
poluentes que causam o efeito estufa<br />
são gerados diretamente pelo setor<br />
de transporte.<br />
Apesar de ser fundamental para<br />
o desenvolvimento econômico<br />
dos países, o setor de transportes<br />
também possui uma grande<br />
responsabilidade com o futuro do<br />
nosso planeta. Por isso, diversas<br />
transportadoras com preocupações<br />
ambientais já iniciaram o processo<br />
de renovação de suas frotas com<br />
veículos movidos à energia elétrica.<br />
Por serem carregados com<br />
baterias, os veículos elétricos<br />
não causam emissão de CO2 na<br />
atmosfera, e ainda geram uma<br />
redução direta de custos para<br />
a operação, principalmente em<br />
momentos de alta valorização da<br />
gasolina. Além de sustentáveis e<br />
econômicos, os veículos elétricos<br />
são extremamente silenciosos,<br />
o que ajuda a reduzir o estresse<br />
causado pelo trânsito.<br />
Pensando em todos esses<br />
benefícios, o Grupo Prime<br />
realizou um investimento em<br />
dois veículos 100% elétricos, do<br />
modelo JAC iEV350T, para reforçar<br />
sua frota e ajudar a promover<br />
a sustentabilidade na logística<br />
nacional. Essa renovação gradual<br />
promete gerar ótimos frutos para<br />
o setor de transporte e logística.<br />
www.grupoprimecargo.com.br<br />
comercial@primecargo.com.br<br />
Tel.: 11 4280-9110<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
41
Em Foco<br />
RESULTADOS MAIS ROBUSTOS DE FORMA<br />
SIMPLES E RÁPIDA<br />
Sabia que é possível reproduzir in vitro características que observamos no in vivo ?<br />
Graças à cultura celular 3D, isso é real! Através<br />
Por isso, nada melhor que ter ferramentas para<br />
os equipamentos e reagentes comuns, você<br />
dessa ferramenta, podemos reproduzir parte do<br />
microambiente encontrado nos organismos vivos,<br />
criando modelos representativos de importantes<br />
características como:<br />
fazer cultura 3D. Na Greiner, te oferecemos 3 formas<br />
de fazer cultura celular 3D e você pode escolher a<br />
que melhor se enquadra em sua necessidade.<br />
pode obter esferoides compatíveis com infinitas<br />
aplicações apenas com a utilização de imãs!<br />
De 5 a 8 de setembro de 2022, estaremos na SBBq<br />
em Águas de Lindóia-SP.<br />
/ A organização celular tridimensional que<br />
permite a interação das células com as demais ao<br />
seu redor e com os componentes produzidos por<br />
elas, como por exemplo a matriz extracelular.<br />
/ A matriz extracelular é composta por diferentes<br />
componentes como colágeno, glicoproteínas e<br />
glicosaminoglicanos. Ela fornece tanto o suporte<br />
estrutural, como também sinais essenciais para a<br />
regulação de atividades celulares de proliferação,<br />
diferenciação e adesão às células.<br />
Insertos para cultura celular ThinCert®<br />
Os insertos celulares, associados às placas<br />
multipoços, criam sistemas com dois<br />
compartimentos onde podemos aplicar<br />
experimentos variados como testes de migração<br />
celular, formação de barreiras epiteliais, cocultura<br />
etc. As membranas de PET com diferentes<br />
tamanhos e densidades de poro podem ser<br />
translúcidas ou transparentes, sendo a base<br />
perfeita para o crescimento celular e compatíveis<br />
com inúmeras análises experimentais.<br />
Venha conhecer o nosso estande e conversar<br />
com nosso time de especialistas sobre as<br />
nossas técnicas de cultura celular 3D. Conte<br />
conosco para fazer a diferença e tornar seus<br />
resultados mais robustos!<br />
Greiner Bio-One<br />
A Greiner AG, sediada em Kremsmünster, Áustria, é mundialmente<br />
reconhecida pelas suas soluções em plástico e espuma. Dividi-se<br />
em três áreas de atuação: a Greiner Packaging produz embalagens<br />
plásticas para os setores alimentícios, de higiene e limpeza e<br />
/ A heterogeneidade é possibilitada pela organização<br />
tridimensional celular, onde conseguimos cultivar<br />
diferentes tipos celulares e reproduzir o microambiente<br />
tecidual encontrado naturalmente.<br />
Produtos CELLSTAR® com superfície repelente<br />
de células<br />
No mundo 3D, não queremos que as células<br />
fiquem aderidas à superfície dos recipientes<br />
plásticos. Para isso, a superfície repelente de células<br />
muitos outros. A NEVEON é líder global na produção de espumas<br />
integradas e flexíveis, compostas de poliuretano com uma ampla<br />
gama de aplicações, desde assentos de carros, aviões até colchões.<br />
A Greiner Bio-One é parceira mundial das áreas de biotecnologia,<br />
dispositivos médicos, institutos de pesquisa e life science.<br />
/ Com o gradiente de camadas, as células ficam<br />
localizadas em diferentes planos e têm acesso<br />
a diferentes gradientes de nutrientes, O2 e pH. A<br />
concentração de O2 e valor do pH são maiores na<br />
possui a tecnologia perfeita para prevenir de forma<br />
efetiva essa adesão. Assim, as células ficam livres<br />
para agregar e formar esferoides e organoides com<br />
uma arquitetura tecidual representativa.<br />
extremidade da estrutura e reduzem em direção<br />
42<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
ao centro. Essa característica é especialmente<br />
importante para os estudos de novos fármacos.<br />
Juntas, essas características tornam a cultura 3D<br />
um modelo mais relevante fisiologicamente para<br />
a realização de testes de novas terapias.<br />
Cultura Celular 3D Magnética - m3D<br />
Com a técnica de magnetização celular e a<br />
formação de esferoides e anéis de células, a<br />
tecnologia m3D da Greiner facilita o seu mundo<br />
3D. De forma rápida, fácil e reprodutível, utilizando<br />
Para mais informações:<br />
Departamento de Marketing<br />
Tel.: +55 19 3468 9600<br />
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INOVAÇÃO E PRATICIDADE:<br />
CULTURA CELULAR 3D<br />
MAGNÉTICA<br />
Você já conhece nossa tecnologia para Cultura Celular 3D?<br />
Através da magnetização celular com as nanopartículas<br />
biocompatíveis Nanoshuttle-PL é possível formar modelos 3D<br />
in vitro que sejam estrutural e biologicamente representativos.<br />
Além disso, é uma tecnologia exclusiva que permite formar cultura<br />
celular 3D em apenas 24 horas para a maioria dos tipos celulares.<br />
Suas análises otimizadas como você nunca viu.<br />
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Em Foco<br />
COMO LIMPAR O MICROSCÓPIO CORRETAMENTE?<br />
Os microscópios são parte fundamental de<br />
diversos laboratórios. Para aumentar sua vida útil<br />
e mantê-los sempre funcionais, é importante ter<br />
uma rotina de limpeza.<br />
Passo 2: Sempre mantenha a platina do<br />
microscópio limpa e seca. Se houver algum<br />
resíduo de óleo de imersão, limpar com um pano<br />
umedecido com xilol.<br />
Passo 6: Não exagere na quantidade de óleo<br />
de imersão sob as lentes. Na maioria dos casos,<br />
uma gota de aproximadamente 5,0 mm de<br />
diâmetro é suficiente.<br />
44<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
Antes de iniciar, tome cuidado para manter a<br />
ordem de montagem em que se encontram as<br />
lentes e os espaçadores.<br />
Confira nossas dicas:<br />
Passo 1: Após utilizar a objetiva com o óleo de<br />
imersão, limpe com panos especiais para lentes,<br />
como papel de óptica ou papel de filtro.<br />
Passe o papel suavemente somente em um<br />
sentido. Caso o óleo de imersão seque na objetiva,<br />
limpar com álcool-cetona (7:3) ou xilol.<br />
Não utilize solventes em excesso, pois podem<br />
danificar as lentes.<br />
Atenção: Não utilizar substâncias como acetona,<br />
xilol ou álcool para limpar as oculares.<br />
Passo 3: Limpar a superfície do equipamento<br />
com um pano umedecido em água. Não utilizar<br />
álcool, acetona ou qualquer outra substância.<br />
Passo 4: Para limpar as oculares, remova cada<br />
uma com cuidado e cubra os orifícios onde se<br />
encaixam, evitando a exposição à poeira e/ou<br />
sujeiras no prisma durante o procedimento.<br />
Passo 5: Limpe as lentes com uma haste flexível<br />
com ponta de algodão umedecida em água<br />
destilada e, em seguida, seque com algodão.<br />
Cuidado para não tocar nas lentes com os dedos.<br />
Utilizar a pera de insuflação para retirar qualquer<br />
resquício de poeira ou algodão. Monte novamente<br />
a ocular cuidadosamente.<br />
Passo 7: Nunca toque as lentes com as mãos.<br />
Se estiverem sujas, limpe suavemente com um<br />
papel de óptica.<br />
Passo 8: Sempre cubra o equipamento com capa<br />
específica para microscópio. Plásticos convencionais<br />
podem produzir calor excessivo, proporcionando o<br />
crescimento de fungos nas lentes.<br />
Microscópios Kasvi<br />
A Kasvi tem uma linha de miscroscopia completa para<br />
atender laboratórios de diferentes segmentos.<br />
O lançamento mais recente é o Microscópio<br />
Biológico Trinocular Invertido, ideal para<br />
visualização de células vivas em fundos de recipientes.<br />
No Portal da Kasvi você confere todas as informações,<br />
acesse: portal.kasvi.com.br
Em Foco<br />
ELGA VEOLIA LANÇA O PURELAB® DISPENSER<br />
Solução de dosagem e monitoramento para laboratórios modernos<br />
A ELGA VEOLIA, subsidiária do Veolia Water Technologies e especialista em água para laboratório,<br />
traz mais uma novidade ao mercado laboratorial.<br />
A companhia traz para a sua completa gama<br />
de soluções o novo Purelab® Dispenser, uma<br />
soluçãode dosagem e monitoramento para<br />
laboratórios modernos. O equipamento é<br />
projetado para dispensar água de laboratório<br />
para aplicações críticas (ultrapura) e menos<br />
críticas (pura). O dispensador PURELAB®<br />
permite a mais ampla gama de soluções<br />
de dispensação disponíveis no mercado. O<br />
dispensador se adequa a diferentes aplicações,<br />
orçamentos e configurações, oferecendo a<br />
máxima flexibilidade.<br />
• Uma gama de opções de dispensação:<br />
manual, contínua, volumétrica - gota a gota e<br />
dispensação personalizada<br />
• Adaptável às necessidades do laboratório: é<br />
ajustável em altura, possui braço giratório de<br />
até 180 graus, dispensa flexível e fone à prova<br />
d'água IPX7<br />
• Fácil de usar e manter com seu design simples<br />
e navegação intuitiva no menu<br />
• Vencedor do Good Design Award 2021<br />
*Não para todos os produtos<br />
e das indústrias. Com suas três atividades complementares,<br />
Veolia contribui ao desenvolvimento do acesso aos recursos,<br />
à preservação e renovação dos recursos disponíveis.<br />
Em 2021, o grupo Veolia trouxe água potável para 98<br />
milhões de habitantes e saneamento para 67 milhões,<br />
produziu cerca de 45 milhões de megawatt/hora e valorizou<br />
50 milhões de toneladas de resíduos. Veolia Environnement<br />
(Paris Euronext : VIE) realizou em 2019 um faturamento<br />
consolidado de 27,189 bilhões de euros. www.veolia.com<br />
Conheça suas principais características:<br />
• Medição precisa da pureza e volume da água<br />
• Conecta-se ao PURELAB® Chorus 1 (Life<br />
Science/<strong>Analytica</strong>l Research/General Science),<br />
Chorus 1 Complete, Chorus 2+ (RO/EDI/UV &<br />
RO/DI/UV) e Quest<br />
• Design compacto que economiza espaço<br />
valioso no laboratório (Até 4 dispensadores<br />
podem ser conectados juntos*)<br />
Para saber mais sobre essa inovação, assista ao vídeo:<br />
https://youtu.be/yN4ccf7opWs<br />
Sobre a Veolia<br />
O grupo Veolia é a referência mundial em gestão otimizada<br />
dos recursos. Presente nos cinco continentes com quase<br />
179000 assalariados, o Grupo concebe e implementa<br />
soluções para a gestão da água, dos resíduos e da energia,<br />
que fomentam o desenvolvimento sustentável das cidades<br />
Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />
Rafaela Rodrigues<br />
Tel. +55 11 3888-8782<br />
rafaela.rodrigues@veolia.com<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022<br />
45
Em Foco<br />
LANÇAMENTO: MIELE LANÇA PACOTE ECONÔMICO DE<br />
LAVADORA DE VIDRARIAS PARA LABORATÓRIOS<br />
A Analitica apresenta o novo pacote de lavadora<br />
de vidrarias da Miele, composto pelo modelo<br />
PG8504 já existente no portfólio e acessórios<br />
inclusos, numa configuração completa, que<br />
atende à demanda de laboratórios pequenos<br />
nas áreas de pesquisas e industriais. O<br />
objetivo é fornecer um equipamento da mais<br />
alta qualidade e tecnologia Miele em uma<br />
configuração enxuta e econômica.<br />
A PG8504 Pacote Básico inclui dois suportes<br />
com 18 bicos injetores cada, para lavagens<br />
de vidrarias como erlenmeyers, garrafas,<br />
provetas, balões e ainda uma base perfurada<br />
para lavagens de béqueres grandes, funis e<br />
tampas. Esse pacote promocional é modular,<br />
permitindo up-grades e instalação de<br />
novos acessórios. Oferece limpeza eficiente,<br />
confiabilidade, consistência e flexibilidade<br />
máximas para atender às rigorosas demandas<br />
analíticas dos laboratórios modernos. Sistema<br />
modular, permite up-grade e instalação de<br />
novos acessórios<br />
A PG8504 Pacote Básico possui câmara externa<br />
e interna totalmente em aço 304/316 e soldas<br />
laser, com cantos arredondados que previne<br />
acúmulo de resíduos e contaminações, para<br />
máxima robustez, e precisão nas lavagens.<br />
Possui programas internos com ciclos<br />
programáveis e controles inteligentes para<br />
remoção da maioria dos resíduos. Os racks,<br />
cestos e acessórios aumentam a produtividade<br />
e eficiência dos ciclos de lavagens.<br />
Há opção de oferta com uma bomba adicional<br />
para enxágue com água desmineralizada a partir<br />
de um barrilete.<br />
O sistema de secagem passiva EcoDry é<br />
econômico e eficiente. Neste sistema, no final<br />
do programa e após a temperatura decair abaixo<br />
de 70 °C na cuba, a porta abre automaticamente,<br />
retirando a umidade residual para fora da cuba,<br />
acelerando o processo de secagem.<br />
No quesito de segurança a Miele excede as<br />
expectativas: possui controle da pressão de<br />
lavagem e também do braço de lavagem a fim<br />
de prevenir quebras dos materiais e promover<br />
maior economia de água e energia. Para o<br />
fechamento da porta, basta um ligeiro toque<br />
entre a porta e a máquina e a porta fechase<br />
automaticamente. Há ainda sensores que<br />
previnem inundações e vazamentos, com<br />
emissão de avisos e mensagens de erros.<br />
Para mais informações sobre esta nova<br />
configuração não hesite em nos contatar!<br />
46<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Setembro 2022
Lavadora Miele Professional PG8504<br />
PACOTE BÁSICO<br />
Procurando uma lavadora de vidrarias ECONÔMICA,<br />
SEGURA e EFICIENTE para o seu laboratório?<br />
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