po<strong>de</strong> ser utilizado para a composição <strong>de</strong> rações, biodiesel, entre outros produtos. Outra indústria é a refinaria <strong>de</strong> óleo, que refina o óleo bruto e o transforma em produto alimentício para consumo humano. Para o gerente da indústria <strong>de</strong> óleo, Wagner Arcaro Pescador, a instalação do complexo em Dourados trouxe mais valor à produção dos cooperados da região. De acordo com Pescador, com a expansão da <strong>Coamo</strong> no Mato Grosso do Sul, sentiu-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter um processo <strong>de</strong> industrialização. “O município <strong>de</strong> Dourados foi escolhido por estar bem centralizado, ter um gran<strong>de</strong> potencial e estar na rota da industrialização. O cooperado está produzindo bons números. Então, além <strong>de</strong> industrializar, também temos volumes para ven<strong>de</strong>r e exportar.” Além <strong>de</strong> agregar valor à soja produzida, o cooperado é beneficiado com a indústria facilitando a operação dos entrepostos. Pescador conta que esse ano, por exemplo, com a supersafra <strong>de</strong> milho, os cooperados não tiveram problemas para entregar a produção. “Se não fosse a indústria recebendo e processando soja dos cooperados, um escoamento forte nos entrepostos, com certeza teríamos dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber todo o milho produzido pelos cooperados. O trigo também. Então o complexo industrial acaba agregando valor à soja, mas também ajudando no processo dos entrepostos e, por consequência, facilitando o dia a dia dos cooperados.” O complexo <strong>de</strong> Dourados tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenar 105 mil toneladas <strong>de</strong> soja e a indústria tem capacida<strong>de</strong> para proagroindustrialização Agregar valor à produção dos cooperados. Esse é um dos objetivos da industrialização dos produtos recebidos pela <strong>Coamo</strong>, diretamente do campo dos mais <strong>de</strong> 30 mil cooperados espalhados pelo Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Des<strong>de</strong> 2019, a <strong>Coamo</strong> conta com o Complexo Industrial <strong>de</strong> Dourados, construído à margem da BR 163, entre Dourados e Caarapó, no Mato Grosso do Sul, colaborando para o <strong>de</strong>senvolvimento da região e fortalecendo o agronegócio brasileiro. Uma estrutura mo<strong>de</strong>rna, que começou a ser projetada em 2016, por uma equipe multidisciplinar. Segundo o coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> manutenção mecânica do complexo industrial <strong>de</strong> Dourados, Arthur Moura Rodrigues, a equipe buscou o que existe <strong>de</strong> melhor no mercado, tanto em tecnologia como equipamentos mais robustos. “Nossa indústria está preparada para ser 4.0. Nossos processos têm todo o reaproveitamento <strong>de</strong> energia, seja <strong>de</strong> vapor, <strong>de</strong> água ou <strong>de</strong> produto. Trabalhamos bastante na eficiência energética, no ponto <strong>de</strong> reduzir o consumo não só com reaproveitamento, mas com os melhores equipamentos do mercado. Os processos são 100% automatizados. Portanto, a eficiência energética do projeto <strong>de</strong> Dourados é muito maior que as <strong>de</strong>mais plantas”, afirma Rodrigues. O complexo <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> soja em Dourados é composto por duas indústrias. Uma estrutura <strong>de</strong> esmagamento da oleaginosa, responsável pela produção do farelo <strong>de</strong> soja, fonte <strong>de</strong> proteína para nutrição animal; casca <strong>de</strong> soja, fonte <strong>de</strong> fibra para nutrição animal; e o óleo bruto, que também 16 revista outubro/<strong>2022</strong>
Gerentes Wagner Arcaro Pescador, da indústria <strong>de</strong> óleo, e Eduardo Xavier do Nascimento, do entreposto em Dourados, com o cooperado Jaci e a esposa Luiza Mochi outubro/<strong>2022</strong> revista 17