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Serial Killers - Anatomia do Mal_ Entre na - Harold Schechter

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Alguns anos depois, durante a Primeira Guerra Mundial, oficiais da

cidade húngara de Czinkota descobriram os corpos de 23 mulheres

assassinadas dentro e ao redor da casa abandonada de um funileiro

aposentado chamado Bela Kiss. Infelizmente, parecia não haver maneira de

punir o assassino, já que Kiss (que se alistou no exército) teria morrido em

combate. Relatos de sua morte, no entanto, foram muito exagerados. Como

se viu, Kiss - enquanto se recuperava de seus ferimentos em um hospital

militar - trocou placas de identificação com um soldado moribundo e

desapareceu sob o nome do outro homem. Daquele ponto em diante, seu

rastro desapareceu. Supostos avistamentos em ambos os lados do Atlântico

– de Budapeste a Nova York – mantiveram sua lenda viva.

O compatriota de Kiss, Sylvestre Matuschka, foi um dos assassinos em

série mais bizarros de todos os tempos, um maníaco que obtinha intenso

prazer sexual ao bombardear trens ferroviários e ouvir os gritos moribundos

dos passageiros. Matuschka foi realmente condenado e preso na década de

1930, mas de alguma forma ele conseguiu se libertar durante a turbulência

da Segunda Guerra Mundial. O que aconteceu com ele em seguida é uma

incógnita. De acordo com alguns historiadores do crime, no entanto,

Matuschka foi forçado a se juntar ao exército soviético, que reconheceu

seus talentos especiais e lhe deu um trabalho para o qual ele era qualificado

de maneira única: especialista em explosivos.

MULHERES _

Uma das questões mais debatidas entre as pessoas que estudam crimes

violentos é: existe uma assassina em série feminina? A resposta simples é

sim . . . e não. Tudo depende de como você define assassinato em série.

Se você seguir a definição do FBI — três ou mais assassinatos separados

com um período de reflexão emocional entre cada homicídio —, a resposta

é claramente afirmativa. Os anais do crime estão cheios de mulheres fatais

que mataram um grande número de vítimas — noivas Viúvas Negras que

despacham uma sucessão de maridos; Enfermeiras homicidas que

administram a morte a dezenas de pacientes; Governantas malvadas que se

desfazem de famílias inteiras. O enciclopedista serial-killer Michael

Newton compilou um volume chamado Bad Girls Do It! que retrata quase

duzentas assassinas múltiplas do sexo feminino – um conjunto quase

imponente o suficiente para confirmar a famosa frase de Rudyard Kipling:

“A fêmea da espécie é mais mortal que o macho”.

É claro que muitos especialistas – incluindo Newton – acreditam que o

verdadeiro assassinato em série sempre envolve outro elemento,

especificado na definição apresentada pelo Instituto Nacional de Justiça em

1988: a presença de “conotações sádicas e sexuais”. Mesmo quando você

adiciona esse ingrediente, há um número considerável de mulheres que se

encaixam na conta, desde a “Lonely Hearts Killer” Martha Beck, até a

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