Industrial_253Web

Entrevista Euclesio Finatti, coordenador da Comissão de Estudos da ABNT esclarece sobre wood frame 

EFICIÊNCIA QUE 

ATRAVESSA FRONTEIRAS 

UMA DÉCADA DE INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA 

ATRAI NOVOS MERCADOS E PARCEIROS PARA A 

INDÚSTRIA DA MADEIRA 

EFFICIENCY THAT 

CROSSES BORDERS 

A DECADE OF INVESTMENTS IN 

TECHNOLOGY ATTRACTS NEW MARKETS 

AND PARTNERS FOR THE WOOD INDUSTRY

AGORA A MENDES É UMA 

DAS EMPRESAS INTEGRADORAS 

DO PROGRAMA FINEP INOVACRED 4.0 

Essa parceria traz oportunidades de 

financiamentos com taxas atrativas e 

segurança para ampliar os seus negócios.

O modelo de operação do Finep Inovacred 4.0, é realizado para empresas brasileiras 

com financiamento reembolsável, operado por agentes financeiros credenciados, 

utilizando recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 

O Finep aplica-se para micro, pequenas e médias empresas com 

FATURAMENTO DE ATÉ 300 MILHÕES DE BRL 

A Mendes Máquinas, como integradora desde abril de 2023, possui 6 linhas de 

financiamento junto ao Finep: 

• Linha de classificação de toras; 

• Linha de desdobro de tora; 

• Linha da refiladeira; 

• Linha de classificação de tábuas; 

• Linha de desdobro de semibloco; 

• My Mendes Manager. 

Cada projeto enviado para a análise do Agente Financeiro, pode ter o valor máximo de 15 milhões. 

A Empresa financiada pode ter mais de um financiamento ativo junto ao Finep. 

Os equipamentos dos parceiros internacionais Mendes Máquinas, (Microtec, Nicholson, Carbotech, Kadant, 

Hildedrand, Iseli, Grisley, BM&M, Syntron, Saalasti, Cross-Wrap.), incluídos ao projeto, também podem ser 

beneficiados com o financiamento. Resultando para a Empresa interessada, incremento de seu pátio fabril, 

gerando maior aproveitamento da matéria-prima, e, consequentemente melhor retorno financeiro. 

PARA TAL BENEFÍCIO, SEGUE ABAIXO AS TAXAS PARA O INVESTIMENTO: 

PORTE 

ECONÔMICO 

VALOR DE 

FINANCIAMENTO 

TAXA 

PRAZO DE 

CARÊNCIA 

PRAZO TOTAL 

PARTICIPAÇÃO 

DA FINEP 

Micro e EPP Até 90% 

Pequena 

TR + 4,236% a.a 

Até R$ 15 

Até 

Até 

milhões 

24 meses 96 meses 

Até 80% 

Média I e II 

TR + 5,575% a.a 

Entre em contato com a Mendes Máquinas. Teremos o prazer de atender sua necessidade, desenvolvendo um 

projeto otimizado, com o melhor layout e a melhor solução técnica. Auxiliando inclusive com a documentação 

técnica, necessária para a viabilização do financiamento junto ao seu Agente Financeiro, conforme as 

condições e possibilidades de sua Empresa. 

(49) 3241-0066 

vendas@mendesmaquinas.com.br

SUMÁRIO 

INDUSTRIAL 

56 

2023 

40 

52 

46 

MADEIRA 

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO 

Benecke 07 

Bruno 09 

Burntech 37 

Cipem 35 

Contraco 31 

DRV Ferramentas 11 

Effisa 39 

Engecass 19 

Impacto 21 

Indumec 33 

Mendes Máquinas 02 

Mill Indústrias 68 

Montana Química 05 

MSM Química 27 

Nazzareno 23 

Omil 17 

Prêmio REFERÊNCIA 67 

Rotteng 13 

Termolegno 25 

Vantec 15 

SUMÁRIO 

06 Editorial 

08 Cartas 

10 Bastidores 

12 Notas 

24 Aplicação 

26 Frases 

28 Entrevista 

38 Coluna Abimci 

40 Informe Evolução constante 

46 Feira 

50 Produção 

52 Marcenaria 

56 Estudo 

60 Artigo 

64 Agenda 

66 Espaço Aberto 

04 

referenciaindustrial.com.br JULHO 2023

EDITORIAL 

INVESTIMENTOS 

E PARCERIAS 

NA CAPA 

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product 

www.referenciaindustrial.com.br 

Entrevista Euclesio Finatti, coordenador da Comissão de Estudos da ABNT esclarece sobre wood frame 

EFICIÊNCIA QUE 

ATRAVESSA FRONTEIRAS 

UMA DÉCADA DE INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA 

ATRAI NOVOS MERCADOS E PARCEIROS PARA A 

INDÚSTRIA DA MADEIRA 

A 

reportagem especial desta nova edição da Revista 

REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL é sobre 

a Effisa, indústria que comemora 10 anos de 

atividades em 2023. Uma empresa jovem, mas 

com muita experiência em seu campo de atuação. 

Recentemente firmou nova parceria que possibilita a ampliação 

de sua presença no mercado internacional. Na editoria 

Entrevista conversamos com o coordenador da Comissão 

de Estudos da ABNT para construção da norma do sistema 

construtivo light wood frame, Euclesio Finatti. Outros temas 

abordados em reportagens são as vantagens da automação 

em serraria, o crescimento da participação das portas de madeira 

da indústria brasileira no mercado global e, em clima 

de contagem regressiva, antecipamos o que os visitantes e 

expositores vão encontrar na Fimma 2023, que acontece em 

agosto. A edição ainda traz os artigos de nossos colunistas, 

uma matéria sobre tendência na área de marcenaria, além de 

informações sobre economia, produção, tecnologia, política e 

etc. Desejamos uma ótima leitura! 

INVESTMENTS AND 

PARTNERSHIPS 

T 

he special report of this new issue of the REFE- 

RÊNCIA Madeira Industrial is about Effisa, a company 

celebrating ten years of activities in 2023. 

A young company, but with much experience 

in its field. It recently signed a new partnership 

that expands its presence in the international market. In this 

issue’s Interview, we talked to Euclesio Finatti, coordinator of 

the ABNT Study Commission to prepare the light wood-frame 

construction system standard. Other topics covered in the stories 

are the advantages of automation in sawmills, the growth 

of the participation of wood doors for the Brazilian industry 

in the global market, and, in a climate of a countdown, we 

anticipate what visitors and exhibitors will find at Fimma 2023, 

which takes place in August. The issue also has articles from 

our columnists on trends in woodworking and information 

on economics, production, technology, politics, etc. Pleasant 

reading! 

06 

referenciaindustrial.com.br JULHO 2023 

A CAPA DESTA EDIÇÃO RESSALTA 

A EFFISA, EMPRESA QUE ESTÁ 

COMPLETANDO 10 ANOS COM 

MAIS INVESTIMENTOS E NOVAS 

EXPEDIENTE 

ANO XXV - EDIÇÃO 253 - JULHO 2023 

Ano XXV • Nº253•Julho 2023 

PARCERIAS 

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado 

fabiomachado@revistareferencia.com.br 

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr. 

bartoski@revistareferencia.com.br 

Redação / Writing 

Gisele Rossi 

jornalismo@revistareferencia.com.br 

Colunista / Columnist 

Paulo Pupo 

Depto. de Criação / Graphic Design 

Fabiana Tokarski / Supervisão 

Crislaine Briatori Ferreira 

Guilherme Augusto Oliveira 

Sofia Carlesso 

criacao@revistareferencia.com.br 

Midias Sociais / Social Media 

Cainan Lucas 

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal - Carlos Felde 

comercial@revistareferencia.com.br 

fone: +55 (41) 3333-1023 

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop 

Tradução / Translation - John Wood Moore 

Depto. de Assinaturas / Subscription 

assinatura@revistareferencia.com.br 

0800 600 2038 

ASSINATURAS 

0800 600 2038 

Periodicidade Advertising 

GARANTIDA GARANTEED 

Veículo filiado a: 

EFFICIENCY THAT 

CROSSES BORDERS 

A DECADE OF INVESTMENTS IN 

TECHNOLOGY ATTRACTS NEW MARKETS 

AND PARTNERS FOR THE WOOD INDUSTRY 

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e 

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos 

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao 

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor Industrial Madeireiro não se responsabiliza por 

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de 

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco 

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE- 

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, 

exceto para fins didáticos. 

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and 

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students, 

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based 

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material, 

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The 

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs 

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without 

the written authorization of the holders of the authorial rights.

CARTAS 

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MILL INDÚSTRIAS 

LINHA COMPLETA DE SERRARIAS PARA EUCALIPTO, PINUS E TECA. 

Número 1 em vendas de equipamentos do setor madeireiro no Brasil 

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A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product 

Entrevista Fabiana Lopes de Oliveira comenta a organização do livro sobre madeira industrializada 

UMA DÉCADA 

DE SUCESSO 

COM ESSÊNCIA INOVADORA, 

INDÚSTRIA COMEMORA 10 ANOS NO 

MERCADO DE ENERGIA TÉRMICA 

CARTAS 

CAPA DA EDIÇÃO 252 DA 

PICADOR 

SERRA FITA HORIZONTAL 

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL MADEIRA, MÊS DE JUNHO DE 2023 

Entre em contato conosco e faç 

ócio! 

PRINCIPAL 

www.referenciaindustrial.com.br 

Ano XXV • Nº252•Junho 2023 

ENTREVISTA 

Por Fabiana Lopes 

de Oliveira – 

São Paulo (SP) 

Por Eduardo Dias – 

Jaraguá do Sul (SC) 

Muito linda a matéria principal de capa da edição 

passada, mostrando cada dia mais como nosso 

setor inova em todos os aspectos. 

Ficou linda a diagramação 

da entrevista sobre o livro: 

A Madeira Industrializada 

na Arquitetura 

Contemporânea 

Brasileira; Parabéns! 

Foto: divulgação 


Foto: Julia Herman 


REGISTRO DE MARCAS 

Por Guilherme Allan – 

Curitiba (PR) 

Ver esse aumento de 

marcas no mundo, me faz 

respirar e ver que temos 

novas oportunidades, e 

muitas pessoas pensando 

em inovar, no futuro. 

MARCENARIA 

Por Isabella Bandeira – 

São Paulo (SP) 

Meu Deus!! Que sonho de cozinha, que 

matéria extraordinária, dá até vontade de 

refazer toda a casa para móveis de madeira. 

08 

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os 

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo. 

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é 

fundamental para a Revista REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL. 

referenciaindustrial.com.br JULHO 2023 

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga: 

jornalismo@revistareferencia.com.br 

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Referência Madeira Industrial 

@referenciamadeira 

@revistareferencia9702

BASTIDORES 

BASTIDORES 


Foto: Emanoel Caldeira 


VISITA PRODUÇÃO PRESENTE 

O DIRETOR COMERCIAL DA 

REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL, 

FÁBIO MACHADO, EM JUNHO 

ESTEVE VISITANDO A EMPRESA GCM 

TRADE, QUE CRIOU A PLATAFORMA 

WOODFLOW, DO DIRETOR GUSTAVO 

MILAZZO E SUA EQUIPE. 

A JORNALISTA GISELE ROSSI DA 

REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL, 

AO LADO DO DIRETOR DA IMPACTO 

MÁQUINAS, DANIEL ENGEL, 

ACOMPANHANDO AS OPERAÇÕES 

DOS EQUIPAMENTOS EM CAMPO DO 

TENENTE (PR). 

DURANTE A FEIRA LIGNA EM 

HANNOVER NA ALEMANHA, O 

NOSSO DIRETOR COMERCIAL, FÁBIO 

MACHADO, GANHOU DE PRESENTE DO 

DIRETOR AUGUSTINO FORNASIER DA 

EMPRESA ITALIANA TERMOLEGNO, UM 

VINHO DA PRÓPRIA FAMÍLIA FORNASIER, 

CHAMADO PODERE GUSTO. O VINHO 

FOI ABERTO E APRECIADO EM PARIS 

AO LADO DA TORRE EIFFEL, DURANTE 

VIAGEM NA EUROPA. 

ALTA 

MÓVEIS E COLCHÕES 

A indústria de móveis e colchões no 

Brasil fechou o primeiro trimestre do 

ano com avanço na produção. No 

mês de março, foram fabricadas 32,3 

milhões de peças, representando um 

aumento de 17% em relação ao mês 

anterior. É o que indica a nova edição 

da “Conjuntura de Móveis”, estudo da 

Abimóvel (Associação Brasileira das 

Indústrias do Mobiliário) desenvolvido 

em parceria com o IEMI, a partir do 

levantamento de dados em fontes oficiais 

de pesquisa. Com o resultado, o 

acumulado de janeiro a março registrou 

crescimento de 4,1% em comparação 

ao mesmo período de 2022. 

BAIXA 

EMPREGO NA INDÚSTRIA 

O emprego na indústria de transformação 

recuou 0,3% em maio na comparação 

com abril de 2023. Os dados são da 

pesquisa Indicadores Industriais, da CNI 

(Confederação Nacional da Indústria) e 

mostram que dos cinco meses de 2023, 

o emprego caiu em três deles. Na avaliação 

da economista da CNI Larissa Nocko, 

um longo período de crescimento 

do emprego na indústria de transformação 

se encerrou. “A queda do emprego 

está em linha com o esgotamento dos 

impulsos de crescimento do mercado de 

trabalho que ainda estavam associados 

à recuperação pós-pandemia, caracterizada 

por uma longa sequência de avanços”, 

explica Larissa. 

10 referenciaindustrial.com.br JULHO 2023

Facas Flex 

Custo-benefício 

ideal para sua Serraria 

As Facas Flex atendem 

tanto picadores de madeira, 

como trituradores e 

moinhos. Proporcionam um 

excelente custo/benecio e 

também são personalizadas 

de acordo com a demanda 

do cliente.

NOTAS 

NOVA LINHA 

DE PAINÉIS 

Uma solução de revestimentos em barras de MDF para paredes e tetos acaba de chegar ao mercado. O 

Ripado Eucatex, traz um sistema dinâmico de fácil instalação, com encaixe macho-fêmea e uma estética que 

possibilita a personalização na decoração, além de combinações. O efeito 3D em barras oferece inovação, o 

que também resulta em um tom elegante em ambientes internos e a tão sonhada mimetização de ambientes. 

Em tempo recorde o Ripado Eucatex oferece o resultado de custo-benefício e rapidez de transformação 

na versão em barras, que pode ser aplicado em espaços residenciais, comerciais e hospitalares. Como tem 

fácil instalação, permite mudanças rápidas na decoração, sem os inconvenientes de uma obra, como sujeira 

e barulho. Para projetos, proporciona redução de tempo e mão de obra. 

Com esta solução é possível promover a transformação através do revestimento, paredes, tetos, corredores, 

bancadas, laterais de home theater para salas ou colunas de áreas gourmet, cabeceiras de cama, 

meias paredes, móveis, entre outras situações. O material é 100% reciclável, o que contribui com práticas 

ESG, com fabricação em MDF Eucatex. Dentre os oito diferentes padrões da linha, cinco são madeirados 

(Natural Oak, Freijó Brasil, Freijó âmbar, Peroba Rosa e Noce Oro) e três unicolores (Preto, Branco Max e 

Fumê Clássico). 



NOTAS 

INDÚSTRIA 

4.0 

Compreender o papel da tecnologia 

e implantar soluções que aumentam 

a eficiência, a produtividade 

e a qualidade dos produtos. Este foi 

o objetivo do Technology Day, dia 

dedicado à tecnologia e à revolução 

na indústria que foi promovido pela 

Biesse, líder mundial em soluções 

para a indústria da madeira, vidro, 

pedra, plástico e materiais avançados. 

O evento aconteceu no final 

de junho, no showroom da Biesse, 

em Curitiba (PR), em parceria com 

as empresas de software Top Solid e 

Promob. 

Profissionais e empresas do setor 

puderam explorar diferentes tecnologias 

e participar de demonstrações 

interativas em máquinas Biesse, 

experimentar os softwares e debater 

sobre a fábrica digital integrada. 

Foi o primeiro de uma série de eventos 

que a Biesse vai promover ao 

longo do ano, abordando temáticas 

atuais e relevantes para o setor. “A 

Biesse, juntamente com seus parceiros, 

quer promover discussões, 

formações e experimentações. Esses 

momentos são fundamentais para o 

desenvolvimento de nossos clientes 

e uma forma de contribuirmos com o 

desenvolvimento do setor no Brasil”, 

afirmou Alessandro. 

Fotos: divulgação Biesse 


NOTAS 

RITMO DE PRODUÇÃO 

DESACELERA 

Seguindo uma tendência nacional, a produção industrial paranaense de abril teve redução de 0,9% na comparação com o 

mesmo mês do ano passado. Esta foi a segunda queda seguida do indicador, que teve alta apenas em fevereiro, quando cresceu 

0,6%. A desaceleração da atividade na indústria nacional foi maior, ficou em -2,7%. E Estados vizinhos como Santa Catarina e 

Rio Grande do Sul tiveram queda ainda mais acentuada, de 5,9% e 7,2%, respectivamente, no mesmo período. Os dados foram 

divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

No acumulado de janeiro a abril, a indústria paranaense diminuiu seu ritmo em 0,4%, frente ao mesmo intervalo de 2022. E os 

dados nacionais já estão 1% abaixo do alcançado no ano passado. Entre as 15 regiões analisadas pelo IBGE, apenas Amazonas 

(11%), Minas Gerais (6,5%) e Rio de Janeiro (3,4%) estão crescendo este ano. 

O resultado também pode ser avaliado pelo desempenho das atividades industriais que estão com performance positiva 

desde o início do ano. Das 13 acompanhadas pelo IBGE no Paraná, cinco estão em alta até abril. É o caso do setor de petróleo 

(11,6%), moveleiro (11%), alimentício (7,4%), bebidas (1,7%) e produtos de metal (1,3%). Já entre as que estão com maior dificuldade 

neste ano de 2023 são madeira (-32%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-21%), produtos químicos (-15%), máquinas 

e equipamentos (-10%), minerais não-metálicos (-7%) e automotivo (-4%). 



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NOTAS 

ACORDADO SOBRE O LEGISLADO 

Evento promovido pela ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), SINDIMAQ (Sindicato 

da Indústria de Máquinas) e SINAESS (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos Eletrônicos e Similares) debateu o tema 

1046 do STF (Supremo Tribunal Federal) que dá prevalência dos acordos e convenções coletivas sobre o legislado. Para o 

advogado Fernando Carnavan, que realizou a apresentação sobre o tema para os associados das entidades, o julgamento do 

STF deu mais segurança jurídica, pois nem tudo aquilo que se negociava entre os sindicatos patronais e dos trabalhadores era 

validado pelo judiciário. 

De acordo com o advogado, uma das principais características da norma coletiva é o estabelecimento das regras e condições 

que vão valer para a categoria durante determinado tempo e que foram estabelecidos dentro de alguns critérios e 

concessões mútuas, o que na maioria das vezes não é compreendido pelo Ministério Público e principalmente pelo Judiciário 

Trabalhista, que não aceitam algumas das concessões feitas pelos trabalhadores, anulando-as sem considerar todo o pacote 

negociado. Assim, a decisão do STF definiu que: são constitucionais os acordos e convenções coletivas que, ao considerarem 

a adequação setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos de direitos trabalhistas, independentemente da explicitação 

especificada de vantagens compensatórias, desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis. “Com isso, 

o STF passou a entender que, garantido os direitos absolutamente indisponíveis, é possível negociar todo o restante em acordos 

ou convenções coletivas do trabalho”, afirmou Fernando. 

A conclusão do STF é de que o reconhecimento da autonomia coletiva não está sujeito aos mesmos limites que a autonomia 

individual (no caso o trabalhador, hipossuficiente), ou seja, o trabalhador quando representado pelo seu sindicato fica no 

mesmo nível de igualdade do empregador, e, portanto, o negociado tem de prevalecer, considerando a teoria do conglobamento, 

como um conjunto equilibrado de contraprestações, com concessões e compromissos mútuos. 



NOTAS 

GERAÇÃO DE ENERGIA 

Durante reunião do Coinfra (Conselho Temático de Infraestrutura) da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o 

especialista em energia Nelson Fonseca alertou que o desequilíbrio no atual modelo do setor elétrico brasileiro poderá 

acarretar numa sobreoferta de energia. “A perspectiva é de excesso de geração. Se fala que em 2029 teremos geração 

três vezes maior que o consumo”, afirmou. 

Ex-presidente da Abradee (Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica), Nelson Fonseca avalia que, 

em alinhamento com a transição energética, o país terá grande oportunidade de exportar hidrogênio verde, a partir da 

sobra de energia. “Poderíamos exportar hidrogênio verde. O Brasil tem uma vocação enorme para isso, pois há um excedente 

de energia – não há como armazenar energia eólica e solar. Trata-se de uma grande oportunidade de negócio, 

mas temos que nos preparar bem antes”, destacou o especialista. 

Fonseca mencionou que o atual modelo tem prejudicado os consumidores cativos de energia, que pagam tarifas 

cada vez mais caras da conta de luz. Ele defendeu a aprovação do Projeto de Lei 414/2021, que trata da modernização 

do setor, e propôs que todos os players – geradores, distribuidores e consumidores – entrem em acordo, renunciando a 

algumas vantagens, em busca de um novo modelo que promova mais segurança energética e preços mais justos. Para 

isso, citou que é preciso encontrar uma solução para reduzir encargos e subsídios embutidos nas tarifas de energia. 



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NOTAS 


COMÉRCIO EXTERIOR 

Visando facilitar a emissão de licenças de exportação e importação, o governo federal lançou a Licença Flex, que substitui 

centenas de documentos e permite que uma autorização seja usada em diversas trocas comerciais internacionais. A novidade 

foi instituída por decreto publicado no final de junho, no Diário Oficial da União. A Licença Flex pode ser obtida no Portal Único 

do Comércio Exterior. 

A principal diferença da Licença Flex está na emissão, que passa a ser baseada em prazos, quantidades ou valores das 

operações. Desta forma, uma licença poderá ser aproveitada em mais de uma venda ou compra externa, reduzindo custo 

para a emissão de documentos e facilitando a rotina das empresas de comércio exterior. 

O MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) forneceu exemplos de como a Licença Flex trará 

mais agilidade, principalmente de emissão de autorizações de agências reguladoras ou de órgãos de certificação. No caso 

das importações, em que a emissão da maioria dos documentos é paga, a Licença Flex trará redução de custos. Uma empresa 

que importe células fotovoltaicas, ou rodas automotivas, poderá economizar cerca de R$ 7,7 mil por ano ou R$ 30,6 mil em 4 

anos, caso este seja o prazo de validade da Licença Flex concedida. Até agora, para importar esses produtos para o Brasil três 

vezes por semana, a mesma empresa precisaria de 144 documentos por ano e 576 em 4 anos, ao custo de R$ 53,53 para cada 

um deles. 



APLICAÇÃO 

COMPENSADO 

PLASTIFICADO 

Antes de um produto ser comercializado, processos são realizados para 

aprová-lo ou não, como os testes de ensaio que avaliam, por exemplo, qualidade 

e desempenho, sendo então um produto certificado. Nesse sentido, 

a novidade é que o segmento do compensado plastificado para formas 

de concreto, produto amplamente utilizado pelo setor da construção civil, 

conta a partir de agora com um programa de certificação da qualidade do 

produto que tem a Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira 

Processada Mecanicamente) como entidade gestora, a ABNT (Associação 

Brasileira Normas Técnicas) como órgão certificador e o Instituto Senai de 

Tecnologia em Madeira e Mobiliário como laboratório que realiza os ensaios 

do produto. 

O PSQ - Compensado Plastificado (Programa Setorial de Qualidade) foi 

desenvolvido pela Abimci com o objetivo de levar ao mercado o produto 

com qualidade e desempenho comprovado, de acordo com a norma técnica 

ABNT NBR 17001 - Compensado Plastificado: Requisitos e métodos de 

ensaios. “O Programa está sendo iniciado de uma forma positiva e já conta 

com a adesão e a participação das principais empresas fabricantes do produto, 

que representam importante parcela da produção e do mercado. Temos 

convicção que a representatividade do programa tende a crescer com 

a compreensão das vantagens do uso do produto certificado pelo mercado 

da construção civil”, informou o superintendente da Abimci, Paulo Pupo. 

PROCESSO 

DE CERTIFICAÇÃO 

O compensado plastificado é composto por lâminas de madeira 

coladas de forma sobreposta e revestidas por um filme 

fenólico em ambas as faces. Amplamente utilizado pelo setor da 

construção civil, é destinado para a fabricação de formas de concreto 

para construção de vigas, lajes, pilares e fundações com a 

possibilidade de várias reutilizações. 

Para que os produtos recebam o certificado de conformidade 

emitido pela ABNT Certificadora e o selo do PSQ - Compensado 

Plastificado, um conjunto de práticas e procedimentos de controle 

são realizados. No primeiro momento, o Sistema de Gestão 

de Qualidade da empresa fabricante do produto é auditado pela 

ABNT, que coleta as chapas para serem testadas em laboratório 

independente. Na sequência, as amostras são ensaiadas para 

verificar se atendem aos requisitos de desempenho da norma técnica 

do produto. Se os testes forem positivos, o produto recebe o 

certificado de conformidade. Quando aprovados, a ABNT renova 

o certificado para o produto. 



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DESEJO ANTIGO DA SOCIEDADE, JÁ QUE UM TERÇO DAS RIQUEZAS 

PRODUZIDAS NO BRASIL SÃO DESTINADAS AO PAGAMENTO DE 

IMPOSTOS” 

PRESIDENTE DA CNC (CONFEDERAÇÃO NACIONAL 

DO COMÉRCIO), JOSÉ ROBERTO TADROS 

“PODERÍAMOS 

NÓS MESMOS 

PRODUZIR E 

BENEFICIAR 

ARTEFATOS E 

PRODUTOS DE TECA 

NACIONALMENTE, 

MAS O CHAMADO 

CUSTO BRASIL ACABA 

POR DIFICULTAR MUITO 

A IMPLANTAÇÃO DE 

UMA INDÚSTRIA LOCAL 

PARA O FORNECIMENTO E 

MANUFATURA DA MADEIRA 

DE TECA” 

FAUSTO TAKIZAWA, 

SECRETÁRIO GERAL 

DA AREFLORESTA 

(ASSOCIAÇÃO DOS 

REFLORESTADORES 

DE MATO GROSSO) 

EM ENTREVISTA 

PARA REVISTA 

REFERÊNCIA 

FLORESTAL 

“TEM QUE DESONERAR COMPLETAMENTE 

INVESTIMENTO E DESONERAR COMPLETAMENTE 

EXPORTAÇÃO. ESSA É UMA REFORMA QUE TRAZ 

EFICIÊNCIA ECONÔMICA. PODE, EM 15 ANOS, O PAÍS 

CRESCER 10% DO PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO)” 


GERALDO ALCKMIN, VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA 

E MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA, 

COMÉRCIO E SERVIÇOS, EM PALESTRA NA FIEP 

(FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARANÁ) 

SOBRE A PROPOSTA DE REFORMA TRIBUTÁRIA 

“A EXPECTATIVA É QUE, COM 

AS MEDIDAS ADEQUADAS E O 

APOIO NECESSÁRIO, O SETOR DE 

MÓVEIS POSSA CONSOLIDAR SUA 

RECUPERAÇÃO E RETOMAR UM 

RITMO DE CRESCIMENTO MAIS 

CONSISTENTE A PARTIR DOS 

PRÓXIMOS MESES” 

IRINEU MUNHOZ - PRESIDENTE DA 

ABIMÓVEL (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 

DAS INDÚSTRIAS DO MOBILIÁRIO) 


CUPIM SUBTERRÂNEO 

NORMA ASTM D:3345-74 (1999) 

AVALIAÇÃO 10 

CIPERTRIN MD foi aplicado em painéis compensados pelo processo de adição à cola e tratamento superficial, posteriormente 

estes painéis foram submetidos ao ataque de CUPINS SUBTERRÂNEOS conforme NORMA ASTM D:3345-74 (1999) 

(Stabd Test Method for Laboratory Evoluation of Wood and Other Cellulosic Materials for Resistence to Termites), obtendo 

resultados de avaliação 10, onde demonstra total eficiência contra o ataque dos CUPINS SUBTERRÂNEOS, atendendo 

assim, a Norma de Preservação de Madeira ABNT 16143 (Sistema de Categoria de Uso). 

• Líder no tratamento inseticida de painéis de 

madeira, (compensados, MDF, HDF, OSB, e outros) 

por adição à cola e tratamento superficial; 

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ENTREVISTA 

NOVO SISTEMA 

CONSTRUTIVO 

A NEW 

CONSTRUCTION 

SYSTEM 

F 

oi dentro da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do 

Paraná) que teve início a discussão para normatização do 

sistema construtivo wood frame. A experiência como vice-presidente 

de área técnica do Sinduscon (Sindicato da 

Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná), como 

membro do Conselho Setorial da Industria da Construção Civil e 

do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, ambos da FIEP, 

de diretor de construtora e assessor parlamentar e empresarial do 

Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná) 

justificaram a escolha de Euclesio Finatti para coordenar a comissão 

de estudos pela ABNT (Associação Brasileira de Norma Técnica). A 

norma - ABNT NBR 16.936: Edificação em light wood frame - foi construída 

do zero, já passou por consulta pública e aguarda análise para 

ser oficialmente concluída e publicada. Em entrevista para Revista 

REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL Euclesio destacou a importância 

do trabalho da comissão e deste sistema construtivo. 


ENTREVISTA 

28 referenciaindustrial.com.br JULHO 2023 

The discussion concerning the wood-frame construction system 

standardization began within the Federation of Industries of 

the State of Paraná (FIEP). His experience as Vice-president of 

the Technical Area for the Building Construction Industry in the 

State of Paraná Business Syndicate (Sinduscon), as a member of 

the Sectorial Council of the Civil Construction Industry and of the Paranaense 

Council of Corporate Citizenship, both of FIEP, as Director of Construction 

and parliamentary and business advisor for the Regional Council 

of Engineering and Agronomy of Paraná (Crea-PR) justified the choice of 

Euclesio Finatti to coordinate the Association Brazilian Technical Standards 

(Abnt) Study Commission. The standard - ABNT NBR 16.936: Building in 

light wood-frame - was elaborated from scratch, has already undergone 

public consultation, and awaits Abnt analysis to be officially completed 

and published. In an interview with REFERÊNCIA Madeira Industrial, Finatti 

highlights the importance of the Commission’s work and this new 

construction system. 

EUCLESIO FINATTI 

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: CIÊNCIAS ECONÔMICAS PELA FESP 

(FUNDAÇÃO DE ESTUDOS SOCIAIS DO PARANÁ) E ENGENHARIA 

CIVIL PELA PUC-PR (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO 

PARANÁ), ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 

PELA USP (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) 

CARGO: COORDENADOR DA COMISSÃO DE ESTUDOS DA ABNT 

E ASSESSOR DE RELAÇÕES PARLAMENTARES E EMPRESARIAIS 

DO CREA (PR) 

PROFESSIONAL EDUCATION: GRADUATE IN ECONOMIC SCIENCE, STATE OF 

PARANÁ SOCIAL STUDIES FOUNDATION (FESP), AND CIVIL ENGINEERING, CATHOLIC 

PONTIFICATE UNIVERSITY OF PARANÁ (PUC-PR), WITH STUDIES IN PRODUCTION 

ENGINEERING, UNIVERSITY OF SÃO PAULO (USP). 

FUNCTION: COORDINATOR OF THE STUDY COMMISSION OF ABNT AND ADVISOR 

OF PARLIAMENTARY AND BUSINESS RELATIONS OF THE CREA (PR)

ESTÁ NA COORDENAÇÃO NACIONAL DA 

COMISSÃO DE ESTUDOS DA ABNT PARA A CRIA- 

ÇÃO DA NORMA QUE VAI REGULAMENTAR O 

SISTEMA CONSTRUTIVO WOOD FRAME. COMO 

TEVE INÍCIO ESTE TRABALHO? 

A norma do sistema construtivo wood frame teve 

início em junho de 2016. A norma é oriunda de um trabalho 

que desenvolvemos na FIEP (Federação das Indústrias 

do Estado do Paraná) desde 2009, quando um 

grupo começou a pensar em sistema construtivo. Esse 

grupo de trabalho foi coordenado pela então recém 

formada empresa TecVerde, e logo fui convidado para 

participar e me elegeram como coordenador. Neste 

grupo de trabalho, que começou em 2009 culminou 

com o primeiro DATecs (Documento de Avaliação 

Técnica), que é o detalhamento técnico para que a 

empresa pudesse atuar no sistema. A CEF (Caixa Econômica 

Federal) e órgãos oficiais estavam exigindo a 

DATec para poder começar a construir com este sistema. 

Em 2016 esse grupo de trabalho percebeu que 

estava na hora de começar a pensar em norma. Nos 

reunimos em Curitiba (PR), consultamos a ABNT e pedimos 

que fosse formada uma comissão de estudos. A 

ABNT veio a Curitiba, porque aqui era a origem onde 

estávamos já com 50, 60 pessoas no grupo de trabalho 

com reuniões uma vez por mês. E quando a ABNT 

veio, fui eleito coordenador da Comissão de Estudos 

do Sistema Construtivo Light Wood Frame, agora pela 

ABNT, e o Paulo Pupo, superintendente da Abimci 

(Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada 

Mecanicamente), ficou como secretário. 

COMO FOI O DESENVOLVIMENTO DO TRABA- 

LHO NO GRUPO DE ESTUDOS DA ABNT? 

Para que pudesse ter consistência e fazer com 

que o setor da madeira, que aguarda tanto a regulamentação 

do sistema, pudesse efetivamente dar um 

passo além, nós reunimos todos os interessados e 

chamamos para compor essa comissão de estudos. 

Traduzimos normas internacionais, principalmente baseado 

na experiência europeia, no caso da Alemanha. 

Fizemos visitas técnicas, várias delas com pessoal da 

madeira, com construtores, com interessados como 

um todo para que o desenvolvimento do sistema fosse 

real. Isso nos deu um embasamento claro que está 

norteando tudo que escrevemos para que essa norma 

tivesse a credibilidade que pretendíamos. Conseguimos 

trabalhar esta norma e ela está consistente em 

função de tudo aquilo que já fizemos. 

O QUE FALTA PARA ESTE SISTEMA SER REGU- 

LAMENTADO NO BRASIL? 

A norma precisa de consenso. Estamos desde 

2016 nessa conversa de buscar um consenso, porque 

estamos escrevendo linha por linha. Hoje a norma 

está com 65 páginas, uma coisa absolutamente nova 

YOU ARE PART OF THE NATIONAL COORDI- 

NATION OF THE ABNT STUDY COMMISSION FOR 

CREATING THE STANDARD TO REGULATE THE 

WOOD-FRAME CONSTRUCTION SYSTEM. HOW 

DID THIS WORK BEGIN? 

The elaboration of the standard for the wood-frame 

construction system began in June 2016. The standard 

comes from a work we developed at the Federation 

of Industries of Paraná (Fiep) that started in 2009 when 

a group began to think about a constructive system. 

This working group was coordinated by the then newly 

formed company TecVerde, and soon I was invited to 

participate and elected as coordinator. The work of this 

group, which began in 2009, culminated in the first Technical 

Evaluation Document (DATec), which is the technical 

detailing so that a company could use the system. 

The Federal Saving Bank (CEF) and official bodies 

were demanding a DATec to be able to start building 

with this system. In 2016, this workgroup realized it was 

time to consider a standard. We met in Curitiba (PR), 

consulted Abnt, and asked for a study committee to 

be formed. Abnt came to Curitiba because it was here 

that we already had 50, 60 people in the workgroup 

with meetings once a month. And afterward, I was elected 

coordinator of the Study Commission of the Light 

Wood-frame Construction System, now by ABNT. Paulo 

Pupo, Superintendent of the Brazilian Association of 

the Mechanically Processed Wood Industry (Abimci), 

became secretary. 

HOW WAS THE WORK BY THE ABNT STUDY 

COMMISSION CARRIED OUT? 

So that it could have consistency and make it so 

that the Forest Product Sector, which has been waiting 

for a long time for the regulation of the system, could 

effectively take it a step further, we gathered all those 

interested and called them in to compose this Study 

A NORMA É ORIUNDA DE 

UM TRABALHO QUE 

ESTAMOS DESENVOLVENDO NA 

FIEP DESDE 2009, QUANDO UM 

GRUPO COMEÇOU A PENSAR EM 

SISTEMA CONSTRUTIVO. EM 2016 

ESSE GRUPO DE TRABALHO 

RESOLVEU QUE ESTAVA NA HORA 

DE COMEÇAR A PENSAR EM UMA 

NORMA 

JULHO 2023 29

ENTREVISTA 

no Brasil. Construímos a norma do zero. Demorou por 

dois aspectos: começou do zero e segundo tivemos 

uma pandemia onde a ABNT parou mais de 2 anos. 

Perto de 85% do que tem na norma hoje é o que 

tínhamos em 2019. De lá para cá houve algumas mudanças, 

o que depende agora é da análise da ABNT. 

Já houve consulta pública, fizemos análise de votos 

e chegamos ao consenso sobre aquilo que se queria 

fazer. Neste momento, podemos fazer mudança de 

forma e não de técnica. Mandamos um novo texto, 

depois dessa análise de votos para a ABNT, que neste 

momento está fazendo análise para ver se não teve 

mudança de técnica. Não tendo mudança técnica vai 

para formatação e publicação. Se isso se confirmar, 

que o texto não volta mais para comissão, acreditamos 

que em 90 dias temos a norma publicada. 

QUAIS AS VANTAGENS DO SISTEMA CONS- 

TRUTIVO WOOD FRAME? 

Diria que primeiro é a qualidade de construção. 

Conseguimos fazer isso dentro da fábrica onde tudo 

é medido milimetricamente. Temos condições de entregar 

algo com absoluta qualidade. Em função de ser 

industrializado temos uma produtividade muito maior. 

Uma casa em wood frame é feita em aproximadamente 

um terço de tempo de qualquer outro processo 

construtivo conhecido. Tem tanta resistência e durabilidade 

quanto qualquer outro método construtivo. 

Apesar de ser madeira e muita gente achar que a 

madeira pode criar insetos, pode ter umidade, pode 

pegar fogo. O processo construtivo é industrializado e 

evita totalmente esses problemas. Temos garantia que 

uma casa em wood frame vai ficar 30, 40 anos sem 

problema nenhum. Evidentemente, com tudo isso tem 

uma sustentabilidade, não tem desperdício. Tudo é 

feito dentro de fábrica e aquilo que não é usado eventualmente 

volta para o processo produtivo. E é sustentável 

porque a madeira é de reflorestamento, não 

é madeira nativa. A manutenção é muito mais simples 

e uma questão interessante, estamos garantindo que 

uma casa em wood frame em local de muito calor tenha 

conforto térmico e um lugar frio também o tenha. 

Não precisa colocar ar condicionado, ou ventilador. 

Essa é uma das inúmeras vantagens. 

QUAIS AS DIFICULDADES PARA SE INICIAR 

O USO DO NOVO SISTEMA CONSTRUTIVO NO 

BRASIL? 

É uma questão cultural. Não temos essa cultura de 

execução de casas, edificações em madeira ou com 

madeira. A população que pode ter uma edificação, 

na maioria das vezes, opta por uma edificação em 

alvenaria, tradicionalmente é assim. Esta é a maior 

dificuldade, a cultura de não aceitar, nesse primeiro 

instante. De resto, não tem porque não ter uma casa 

em wood frame. 

Commission. We translated international standards, 

mainly those based on European experience, in the 

case of Germany. We made technical visits, several of 

them with forest product producer personnel, builders, 

and stakeholders as a whole so that the development 

of the system was more geared to reality. This gave us 

a clear foundation guiding everything we wrote so that 

this standard had the credibility we intended. We have 

been able to work on this standard, and it is consistent 

with everything we have done. 

WHAT IS MISSING FOR THIS SYSTEM TO BE 

REGULATED IN BRAZIL? 

The standard needs consensus. We have had this 

conversation since 2016, seeking consensus because 

we are writing the standard line-by-line. Today, the 

standard is 65 pages long, a new thing in Brazil. We 

built the standard from scratch. It took time for two 

reasons: first, we started from scratch, and second, 

we had a pandemic where Abnt shut down for more 

than two years. Close to 85% of what is in the standard 

today is what we had in 2019. Since then, there have 

been some changes; what depends now is the analysis 

by Abnt. There has already been a public consultation, 

we have analyzed votes and reached a consensus on 

what we wanted to do. Right now, we can make a change 

in form and not a change in technique. We sent a 

new text after this analysis of votes to Abnt, which is 

currently carrying out an analysis to see if there was no 

change in technique. Having no technical change, it 

goes to formatting and publishing. If this is confirmed, 

the text no longer goes back to the commission, and 

we believe that in 90 days, we will have the standard 

published. 

WHAT ARE THE ADVANTAGES OF THE WOOD- 

-FRAME CONSTRUCTION SYSTEM? 

I would say the first is the quality of construction. 

We could do this inside the factory, where everything 

is measured millimetrically. We can deliver something 

with absolute quality. Due to being industrialized, we 

have much higher productivity. A wood-frame house 

is made in approximately one-third of the time of 

any other known construction process. Also, it has as 

much strength and durability as any other construction 

method. Being wood, many people think it can create 

insect infestations, have moisture, and catch fire. The 

construction process is industrialized and totally avoids 

these problems. We guarantee that a house built using 

the wood-frame system will stay standing for 30, 40 years 

without any problem. Of course, with all this, there 

is sustainability and no waste. Everything is done inside 

the factory, and what is not used eventually returns to 

the production process. And it is sustainable because 

the wood is from reforestation. It is not native wood. 

Maintenance is a much simpler and more exciting 


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ENTREVISTA 

COM RELAÇÃO AOS EQUIPAMENTOS E MÁ- 

QUINAS NECESSÁRIAS PARA SE PRODUZIR EM 

WOOD FRAME, JÁ EXISTE UMA REDE DE FOR- 

NECEDORES PARA INICIAR ESTE NOVO SISTEMA 

CONSTRUTIVO? 

Hoje temos muita coisa no Brasil. Algo ainda tem 

que ser importado, dos países que mais desenvolveram 

esse sistema, mas isso não impede que esse sistema 

construtivo se desenvolva por aqui. Porque podemos 

desenvolver uma execução de um empreendimento 

ainda com método mais tradicional, utilizando 

mais a mão de obra. Entretanto, a intenção sempre foi 

de industrializar o processo. A ideia é fazer uma linha 

de montagem, por isso chamamos de industrializado. 

AINDA SOBRE MÃO DE OBRA, EXISTEM PRO- 

FISSIONAIS PREPARADOS? 

A mão de obra para uso desse sistema não é 

difícil de ser treinada. Um profissional que hoje trabalha 

como pedreiro, como carpinteiro passa a poder 

desenvolver montagens do sistema construtivo com 

uma velocidade muito alta. A gente tem treinado esse 

pessoal nas fábricas, e nos canteiros, mas evidente 

que na evolução, no desenvolvimento desse sistema a 

mão de obra terá que ser treinada, assim como nossos 

profissionais de engenharia, arquitetos. Precisam passar 

por uma qualificação para poder entender de que 

maneira vamos aplicar esse sistema de forma mais 

eficiente. Acreditamos que isso pode ser feito de uma 

forma objetiva e rápida. 

O QUE PODERIA MUDAR NO SETOR DE 

CONSTRUÇÃO CIVIL COM A REGULAMENTAÇÃO 

DO SISTEMA WOOD FRAME? 

A madeira pode ser usada para tudo, para prédios, 

escolas, barracões, grandes vãos. A madeira tem essa 

enorme capacidade de se adaptar a qualquer tipo de 

obra. Voltando a falar da nossa cultura, ela não é uma 

cultura que enxergue isso ainda. Mas tenho absoluta 

convicção de que aos poucos a madeira vai participar 

de uma forma maior no desenvolvimento da construção 

civil brasileira, não só na construção, mas em outros 

aspectos. Um dos grandes sonhos, por exemplo, 

é fazer que nossos prédios públicos, que as escolas 

possam ser feitas de madeira tratada, madeira de qualidade, 

porque proporciona um outro tipo de conforto. 

O que é mais importante é que a gente divulgue 

a importância da madeira e a sua qualificação, para 

tirar da cultura brasileira de que precisa ter concreto, 

areia e ferro. Cada qual tem sua utilidade, mas vamos 

ter um novo componente estruturado, ajustado para o 

desenvolvimento de todos os setores. A madeira veio 

para ficar. 

APESAR DO BRASIL SER UM PAÍS COM GRAN- 

DES ÁREAS DE FLORESTAS E SER REFERÊNCIA 

issue. We are ensuring that a house using the wood- 

-frame system in a place of very high heat has thermal 

comfort, and a cold place also has it. There is no need 

to put in air conditioning or a fan. This is one of the 

many advantages. 

WHAT ARE THE DIFFICULTIES IN USING THE 

NEW CONSTRUCTION SYSTEM IN BRAZIL? 

It is a cultural issue. We do not have this culture of 

building houses or buildings in wood or with wood. 

Most of the time, the population that wants a building 

opts for a masonry building; traditionally, it is so. This is 

the most significant difficulty, the culture of not accepting 

off-hand. Besides, there is no reason not to have a 

wood-frame house. 

REGARDING THE EQUIPMENT AND MACHI- 

NES NEEDED TO BUILD IN WOOD-FRAME, IS 

THERE ALREADY A NETWORK OF SUPPLIERS TO 

START THIS NEW CONSTRUCTION SYSTEM? 

Today, we produce a lot in Brazil. Yet, some things 

must be imported from the countries that have developed 

this system the most, but that does not prevent 

this constructive system from developing here. Because 

we can execute a job even with a more traditional 

method, using more labor. However, the intention has 

always been to industrialize the process. The idea is to 

create an assembly line, which we call industrialized. 

NOW ABOUT LABOR, ARE THERE PREPARED 

PROFESSIONALS? 

The human resources to use this system are not difficult 

to train. A professional who today works as a mason, 

as a carpenter, is now able to develop assemblies 

of the construction system at a very high speed. We 

have trained these people in the factories and on construction 

sites. Still, it is evident that in the evolution, in 

development of this system, the workforce will have 

to be trained, as well as our engineering professionals 

and architects. They need to go through a qualification 

A MAIOR 

DIFICULDADE PARA SE 

CONSTRUIR EM WOOD FRAME 

HOJE É UMA QUESTÃO 

CULTURAL. NÃO TEMOS ESSA 

CULTURA DE EXECUÇÃO DE 

CASAS, EDIFICAÇÕES EM 

MADEIRA OU COM MADEIRA 


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ENTREVISTA 

NA ÁREA DE SILVICULTURA, AINDA EXISTE PRE- 

CONCEITO NA SOCIEDADE COM EDIFICAÇÕES 

EM MADEIRA. ACREDITA QUE A REGULAMENTA- 

ÇÃO DO SISTEMA WOOD FRAME CONTRIBUIRÁ 

PARA VENCER ESTA BARREIRA? 

Ao regulamentar o sistema construtivo wood frame 

estará regulamentando o uso da madeira para o 

sistema. Não vai ser qualquer madeira que será usada. 

Será madeira tratada. Esse preconceito de que não 

se pode usar madeira, de que edificação em madeira 

é ruim, vai cair por terra aos poucos. Estamos falando 

de executar obra com estrutura em madeira. Estamos 

aprovando o sistema wood frame. A obra, ela terá 

componente com madeira e terá outros materiais 

como drywall, outros produtos que vão compor o sistema 

como um todo. Nossa preocupação é fazer com 

que essa madeira, que vem de um reflorestamento e 

depois é tratada, que venha para o sistema corretamente. 

Muitas edificações já estão sendo feitas com 

madeira, as pessoas entram na casa e nem percebem. 

E adoram! Porque o conforto térmico é imenso. Isso 

vai acontecer naturalmente, as pessoas vão entrar nas 

edificações e sentir o conforto térmico. 

A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO 

BRASIL ESTÁ PREPARADA PARA AMPLIAR O NÚ- 

MERO DE EDIFICAÇÕES COM MADEIRA? 

Temos no Brasil hoje um déficit de aproximadamente 

7 milhões de habitações. Se passássemos a 

construir, tivéssemos capacidade de construir de uma 

vez só, quanto tempo levaria para reduzir esse déficit? 

Muito tempo. Quando fizermos muito, será feito um 

milhão de habitação por ano. Se posso fazer 1 milhão 

por ano, e hoje tenho déficit de 6 milhões, não consigo 

baixar o déficit. Portanto, tem lugar para todo 

mundo. O construtor tradicional não precisa se preocupar 

com o wood frame, e quem vai trabalhar com 

wood frame tem um mar de oportunidades, porque o 

déficit habitacional é uma realidade. É esse o motivo 

que nos estimula a fazer com que esse processo construtivo 

industrializado e sustentável aconteça imediatamente 

no nosso país. 

OS CURSOS DE ENGENHARIA OFERECEM 

CONTEÚDO NECESSÁRIO PARA CONSTRUÇÕES 

E EDIFICAÇÕES COM MADEIRA? 

Tenho conversado com várias universidades estimulando 

para que os cursos de engenharia e arquitetura, 

cursos de elétrica e hidráulica comecem a pensar 

o wood frame como uma opção de carreira. As universidades 

não têm isso preparado. Nosso profissional 

não está preparado ainda para desenvolver o sistema 

construtivo wood frame corretamente. Ou se coloca 

na grade curricular normal de 4,5 anos ou se faz cursos 

paralelos para qualificar esses profissionais. Com o 

tempo isso vai acontecer. 

step to be able to understand how we will apply this 

system more efficiently. We believe that this can be 

done in an objective and fast way. 

WHAT COULD CHANGE IN THE CONSTRUC- 

TION INDUSTRY WITH THE REGULATION OF THE 

WOOD-FRAME SYSTEM? 

Wood can be used for everything, buildings, schools, 

sheds, and large spans. Wood has this incredible 

ability to adapt to any job. Returning to our culture, it 

is not a culture that sees that yet. But I am absolutely 

convinced that gradually wood will participate more 

significantly in the development of Brazilian building 

construction, not only in construction but in other aspects. 

One of my big dreams, for example, is to make 

our public buildings, such as schools, be made of treated 

wood, quality wood because it provides another 

kind of comfort. Most importantly, we disclose the 

importance of wood and its qualification to change the 

Brazilian culture that needs concrete, sand, and steel. 

Each has its usefulness, but we will have a new structural 

component adjusted to develop all sectors. Wood 

has come to stay! 

ALTHOUGH BRAZIL IS A COUNTRY WITH LAR- 

GE AREAS OF FORESTS AND IS A REFERENCE IN 

THE AREA OF FORESTRY, THERE IS STILL PREJU- 

DICE IN SOCIETY AGAINST WOOD BUILDINGS. 

DO YOU BELIEVE REGULATING THE WOOD-FRA- 

ME SYSTEM WILL CONTRIBUTE TO OVERCOMING 

THIS BARRIER? 

By regulating the wood-frame construction system, 

you will be regulating the use of wood for the system. 

It is not going to be any wood that is going to be used. 

It will be treated wood. This prejudice that you cannot 

use wood, that building in wood is terrible, will gradually 

be torn down. We are talking about executing work 

with wood structures. We are approving the wood-frame 

system. The construction job will have components 

with wood and other materials such as drywall and 

other products that compose the system. Our concern 

is using this wood, which comes from reforestation and 

then is treated, correctly. For many houses already built 

using wood, people enter the house and do not even 

notice. And they love it! Because the thermal comfort 

is immense. This will happen naturally. People will enter 

the houses and feel the thermal comfort. 

IS BRAZIL’S BUILDING CONSTRUCTION INDUS- 

TRY PREPARED TO INCREASE THE NUMBER OF 

WOOD-BUILT BUILDINGS? 

Today in Brazil, we have a deficit of approximately 7 

million homes. If we were to build, if we could build all 

at once, how long would it take to reduce that deficit? 

Too long. A million homes a year can be made when 

we work hard. If I can make 1 million a year, and today 


Programa REM MT financia capacitações do IFT em parceria com 

o CIPEM para fortalecer o manejo florestal sustentável 

O Programa REM MT (Programa REDD+ para 

Pioneiros) está atualmente financiando um projeto 

de capacitações com o objetivo de fortalecer o 

manejo florestal sustentável em propriedades rurais. 

Em parceria com o IFT (Instituto Floresta Tropical), 

responsável por ministrar os cursos, e o CIPEM (Centro 

das Indústrias Produtoras e Exportadoras de 

Madeira do Estado de Mato Grosso), está encarregado 

de mobilizar os participantes e indicar propriedades 

rurais com Planos de Manejo Florestal Sustentável 

em andamento. O projeto tem como meta 

aprimorar as habilidades e conhecimentos dos 

colaboradores em diferentes áreas do manejo florestal. 

As temáticas abordadas nas capacitações incluem: 

operador de motosserra, técnicas pré-exploratórias, 

planejamento de arraste de toras e planejamento de 

infraestruturas. O objetivo principal é aperfeiçoar as 

técnicas de operações florestais no manejo florestal 

na Amazônia, contribuindo para práticas mais sustentáveis 

e eficientes. 

Serão organizadas sete turmas para as capacitações, 

cada uma focada em uma temática específica, 

totalizando 98 alunos beneficiados. Essas capacitações 

têm como objetivo aprimorar e atualizas as habilidades 

dos colaboradores que já possuem conhecimento 

prévio sobre o tema, proporcionando uma 

oportunidade de reciclagem. 

Um dos principais desafios enfrentados pelo projeto 

é localizar propriedades rurais que estejam em 

operação de manejo florestal sustentável em Mato 

Grosso para viabilizar a realização dos cursos. Além 

disso, há a necessidade de preencher todas as vagas, 

considerando que as capacitações têm duração de 4 a 

5 dias úteis seguidos. Nesse sentido, o CIPEM desempenha 

um papel fundamental como parceiro, selecionando 

associados e indicando propriedades que se 

enquadrem nos critérios necessários. 

As capacitações são gratuitas, mas as vagas são 

limitadas. Os participantes selecionados terão a oportunidade 

de receber treinamento teórico e prático, 

contando com instrutores qualificados do IFT, especializados 

em manejo florestal sustentável. 

A iniciativa visa promover a melhoria contínua das 

práticas de manejo florestal, fortalecendo a sustentabilidade 

das atividades desenvolvidas em Mato 

Grosso. Com a formação desses profissionais, busca- 

-se a disseminação de conhecimentos e técnicas que 

possam contribuir para a conservação da Amazônia e 

o uso responsável de seus recursos naturais. 

O Programa REM MT, o IFT e o CIPEM reafirmam 

seu compromisso conjunto com o desenvolvimento 

sustentável do setor florestal e a preservação dos 

ecossistemas amazônicos. A colaboração entre essas 

instituições desempenha um papel importante no 

aprimoramento de práticas de manejo florestal na 

região. 

O trabalho do CIPEM já está em pleno andamento, 

e a expectativa é de que os participantes adquiram 

novos conhecimentos e habilidades que contribuam 

para o fortalecimento do manejo florestal sustentável, 

promovendo um futuro mais resiliente para a 

Amazônia. 

Interessados que preencham os pré-requisitos 

podem entrar em contato para obter mais informações 

pelo e-mail: superintendente@cipem.org.br e 

assessor@cipem.org.br. 

CipemdeMT CipemMT cipemmt 

(65) 3644-3666 

Manejosustentavel

ENTREVISTA 

COMO O CREA-PR (CONSELHO REGIONAL DE 

ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANÁ), VÊ 

O FUTURO DAS ENGENHARIAS COM A POSSIBI- 

LIDADE DE SE IMPLANTAR ESSE NOVO SISTEMA 

CONSTRUTIVO COM MADEIRA? 

O sistema CREA Confeas é um grande estimulador 

para novas tecnologias. No caso do wood frame, 

evidentemente precisamos de profissionais para o desenvolvimento 

desse processo. Onde tem uma obra, 

tem que ter um profissional das áreas que englobam o 

Crea: todas engenharias, todas geociências, e vemos 

com bons olhos, porque o profissional será melhor 

qualificado. E quando temos profissionais mais qualificados, 

quem ganha é a sociedade. 

RECENTEMENTE VIMOS EXEMPLOS DE CONS- 

TRUÇÕES COM MADEIRA NA SUÉCIA, QUE SÃO 

VALORIZADAS. NA SUA OPINIÃO, O QUE FALTA 

NO BRASIL PARA QUE AS CONSTRUÇÕES COM 

MADEIRA SEJAM MAIS VALORIZADAS? 

A Suécia e vários outros países do mundo como 

Áustria, Alemanha, França, EUA (Estados Unidos 

da América) e Canadá, já há algum tempo, vêm desenvolvendo 

obras altas, arranha-céus com madeira 

engenheirada, que é diferente do wood frame. É uma 

madeira especial que permite que grandes estruturas 

sejam feitas em madeira abandonando totalmente o 

aço, ferro, cimento, concreto. É uma quebra de paradigma 

que com certeza vai acontecer no Brasil, talvez 

um pouco mais demorado, mas a experiência nos diz 

que isso vai acontecer. Basta que a gente tenha realmente 

esse conhecimento, que a academia entenda e 

comece a colocar isso na grade curricular dos nossos 

cursos, que os empresários entendam que isso é um 

fator importante. E então a população vai entender 

que é mais um sistema construtivo que vai crescer e 

acontecer no Brasil. 

UMA CASA EM WOOD 

FRAME É FEITA EM 

APROXIMADAMENTE UM TERÇO 

DE TEMPO DE QUALQUER OUTRO 

PROCESSO CONSTRUTIVO 

CONHECIDO. TEM TANTA 

RESISTÊNCIA E DURABILIDADE 

QUANTO QUALQUER OUTRO 

MÉTODO CONSTRUTIVO 

I have a deficit of 6 million, I cannot reduce the deficit. 

So, there is a place for everybody. The traditional 

builder does not have to worry about wood-frame, and 

those who will work with wood-frame have a sea of 

opportunities because the housing deficit is there. This 

is the reason that encourages us to make this industrialized 

and sustainable construction process happen 

immediately in our Country. 

DO ENGINEERING COURSES OFFER THE NE- 

CESSARY CONTENT FOR BUILDING CONSTRUC- 

TION USING WOOD? 

I have been talking to several universities encouraging 

engineering, architecture, and electrical and 

hydraulic courses about considering the wood-frame 

system as a career option. Universities are not prepared 

for that. Our professional is not yet prepared to develop 

the wood-frame construction system correctly. It 

needs to be placed in the regular 4 to 5-year curriculum 

or offer parallel courses to qualify those interested professionals. 

In time this will happen. 

HOW DOES THE REGIONAL COUNCIL OF EN- 

GINEERING AND AGRONOMY OF PARANÁ (CRE- 

A-PR) SEE THE FUTURE OF ENGINEERING WITH 

THE POSSIBILITY OF A NEW CONSTRUCTION SYS- 

TEM WITH WOOD? 

The Crea Confeas System is an excellent stimulator 

for new technologies. In the case of wood-frame, of 

course, we need professionals to develop this process. 

Where there is a job, you have to have a professional 

from the areas encompassing Crea: all engineering, all 

geosciences, and we see this being good because the 

professional will be better qualified. And when we have 

more skilled professionals, it is society that wins. 

RECENTLY WE HAVE SEEN EXAMPLES OF 

WOOD BUILDINGS IN SWEDEN, WHICH ARE 

VALUED. IN YOUR OPINION, WHAT IS MISSING 

IN BRAZIL SO THAT THE CONSTRUCTIONS WITH 

WOOD ARE MORE VALUED? 

Sweden and several other countries in the world, 

such as Austria, Germany, France, the USA, and Canada, 

for some time now, have been developing tall 

buildings, skyscrapers with engineered wood, which 

is different from wood-frame. It is a special wood that 

allows large structures to be made of wood totally 

abandoning steel, iron, cement, and concrete. A paradigm 

shift will undoubtedly happen in Brazil, perhaps 

a little slower, but experience tells us it will happen. It 

is enough that we have this knowledge, that the academic 

world understands this and begins to put this in 

the curriculum of our courses, and that entrepreneurs 

understand that this is an essential factor. And then, 

the population will realize that it is another constructive 

system that will grow and happen in Brazil. 


COLUNA ABIMCI 

CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS EM 

MADEIRA: OPORTUNIDADES PARA O BRASIL 

Paulo Pupo 

Superintendente da Associação 

Brasileira da Indústria de Madeira 

Processada Mecanicamente 

Contato: abimci@abimci.com.br 

O 

Brasil vive hoje um dos momentos mais 

positivos referente ao desenvolvimento e 

consolidação de construções com madeira. 

São vislumbradas amplas oportunidades 

para o desenvolvimento de projetos sustentáveis 

e escala de negócios, tanto no sistema construtivo 

wood frame, quanto em projetos com utilização de 

madeira engenheirada (mass timber). 

Recentemente, a Abimci promoveu juntamente com 

a FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) 

uma missão técnica que teve como destino a Alemanha, 

Áustria e Suécia. Ela contou com a participação de empresários 

do setor industrial madeireiro, representantes 

da construção civil e de empresas brasileiras que já estão 

produzindo edificações com madeira, tendo como objetivo 

ampliar o conhecimento a respeito dos sistemas 

construtivos, ter acesso à novas tecnologias e aprimorar 

os entendimentos sobre os conceitos de construções sustentáveis 

em diversos tipos de empreendimentos. 

A ampla agenda da missão, com visitas em diferentes 

cenários e oportunidades, reforçou as evidências que o 

Brasil possui enorme potencial para desenvolver, executar 

e gerar escala em obras tanto no sistema construtivo 

wood frame, quanto utilizando madeira engenheirada, 

como por exemplo, em estruturas utilizando CLT (Cross 

Laminated Timber) e LVL (Laminated Veneer Lumber), entres 

outros. 

A programação também englobou visitas em: serrarias 

que produzem madeira engenheirada, com produção 

de peças utilizadas em obras como vigas, colunas, lajes 

e paredes; diversos tipos de obras e empreendimentos, 

como exemplo, em edifícios de madeira com mais de 20 

pavimentos; e outros tipos de edificações em madeira, 

fábricas e unidades industriais de casas no sistema wood 

frame, projetos de habitação e revitalização de áreas em 

construções em madeira, instituto de pesquisa e inovação 

em madeira, onde foi possível observar como o material 


e os sistemas construtivos com madeira estão sendo utilizados 

de forma inovadora e em larga escala, que além 

da geração de negócios vem a contribuir como solução 

habitacional para diferentes faixas de mercado. 

Esse novo e real cenário para a indústria madeireira 

no Brasil irá proporcionar oportunidades diversas para 

toda a cadeia florestal e madeireira, em especial às florestas 

plantadas, aplicando tecnologias já consolidadas, 

sustentáveis, gerando escala de negócios, com potencial 

de atuação em vários segmentos de empreendimentos 

imobiliários e em diferentes tipos de mercado. 

Certamente, há muito o que fazer e são vários os 

desafios para potencializar o avanço destes sistemas no 

Brasil. É necessário investir em unidades produtoras e 

otimização da produção do parque fabril; disseminar e 

melhorar o conhecimento e entendimento do sistema 

junto ao mercado da construção civil, levar as informações 

e potencialidades para engenheiros, arquitetos e especificadores, 

assim como melhorar o acesso às tecnologias, 

treinamento e formação de mão de obra para execução 

de obras, arranjos econômicos para financiamentos públicos, 

assim como um certo reordenamento na condução 

florestal e suprimento de matéria-prima para este tipo de 

uso estrutural da madeira em maior escala. 

Várias ações já estão sendo realizadas para melhorar 

este cenário. Esta recente missão técnica foi mais um 

exemplo real de que quando reunimos os vários segmentos 

interessados no processo construtivo - quem produz, 

quem específica, quem executa, quem comercializa, unindo 

agendas, esforços e estratégias, poderemos desenvolver 

e otimizar a consolidação do sistema wood frame e de 

obras com utilização de madeira engenheirada no Brasil. 

As oportunidades estão aí, postas à mesa. Basta não 

achar que está tudo pronto ou ficar esperando alguém 

fazer. Mãos à obra! 

ESSE NOVO E REAL CENÁRIO 

PARA A INDÚSTRIA MADEIREIRA 

NO BRASIL IRÁ PROPORCIONAR 

OPORTUNIDADES DIVERSAS PARA TODA 

A CADEIA FLORESTAL E MADEIREIRA, EM 

ESPECIAL ÀS FLORESTAS PLANTADAS, 

APLICANDO TECNOLOGIAS JÁ 

CONSOLIDADAS, SUSTENTÁVEIS, 

GERANDO ESCALA DE NEGÓCIOS 


HÁ 10 ANOS A EFFISA INVESTE 

EM TECNOLOGIA, ESTANDO EM 

CONSTANTE EVOLUÇÃO 

+55 (48) 3658-2242 | +55 (48) 3658-6134 | effisa@effisa.com.br 

Rua Olavio Cardoso, 567 Uruguaia Braço do Norte / SC - Brasil 

www.effisa.com.br

INFORME 

EVOLUÇÃO 

CONSTANTE 

Fotos: divulgação 

EMPRESA ESPECIALIZADA EM ENTREGAR 

SOLUÇÕES PARA TRATAMENTOS DE 

SUPERFÍCIE COMPLETA 10 ANOS COM 

NOVAS PARCERIAS E INVESTIMENTOS 


G 

arantir bons resultados para seus clientes, 

otimizar processos, reduzir custos e ampliar 

o mercado são uma constante em qualquer 

atividade. Foi em busca da evolução eficiente 

que surgiu em 2013 a EFFISA Indústria de 

Máquinas e Equipamentos. Sediada em Braço do Norte 

(SC), a empresa está comemorando 10 anos de atividades 

com forte presença no mercado nacional e internacional, 

exportando seus equipamentos para mais de 25 países, 

fortalecendo e consolidando cada vez mais parcerias com 

empresas de renome internacional. 

Uma empresa jovem, porém, isso não significa falta de 

experiência, pois a companhia reúne profissionais com mais 

de 30 anos de atuação no segmento. “A criação da empresa 

foi impulsionada pela experiência, perseverança e espírito 

empreendedor dos seus fundadores. A EFFISA surgiu para 

transformar o cenário atual do mercado e dar continuidade 

em algo que já estava em curso, desenvolvendo produtos 

com padrão internacional, utilizando as melhores tecnologias 

existentes no mercado mundial”, atesta Valdinei 

Monteiro Elizeu, um dos diretores/CEO da companhia. 

“Somos uma empresa especializada em entregar soluções 

para tratamentos de superfície para perfilados e painéis e 

tem se fortalecido cada vez mais na área de movimentação. 

Hoje, nosso carro chefe está na linha de laminação, que se 

destaca como um processo prático e rápido de tratamento 

de superfície. Além disso, oferecemos linhas de pintura 

dedicadas a produtos perfilados como molduras, rodapés, 

roda tetos e meias paredes. Essas linhas de pintura também 

são acompanhadas por sistemas de automação avançados 

na etapa final, que seriam nossas linhas de embalagem”, 

explica Valdinei. 

CONSTANT EVOLUTION 

A COMPANY SPECIALIZING IN DELIVERING 

SOLUTIONS FOR SURFACE TREATMENTS 

COMPLETES TEN YEARS WITH NEW 

PARTNERSHIPS AND INVESTMENTS 

ATENTA AO MERCADO 

A EFFISA teve sua origem com quatro colaboradores 

nos dois primeiros meses de operação, trabalhando nas 

dependências da residência de um dos diretores, até que 

passou a ocupar seu primeiro galpão, onde atualmente a 

empresa está situada. A primeira venda de exportação da 

empresa ocorreu sete meses após sua fundação, para a Argentina. 

No mês subsequente, realizou sua segunda venda 

de exportação, desta vez para o Chile. Quando completou 

2 anos, a EFFISA já contava com cerca de 60 colaboradores, 

e ao completar 10 anos, conta com aproximadamente 220 

colaboradores entre funcionários e terceiros, que direta e 

indiretamente ajudam a conquistar cada vez mais espaço. 

A EFFISA possui oito diferentes linhas de produtos: 

laminação/recobrimento, corte, polimento, embalagem, 

pintura, secagem, movimentação e extrusão/gravação, 

além do setor de peças de reposição e assistência técnica. 

“Nos primeiros 2 anos, a empresa definiu sua atuação em 

oito distintas linhas de produtos, buscando consolidar-se 

como uma especialista no tratamento de superfícies para 

perfilados e painéis. Com o passar do tempo, fomos aprimorando 

os equipamentos nas diferentes linhas fazendo 

com que estes se interligassem entre si, formando uma 

solução completa de todo o processo de movimentação, 

acabamento e embalagem final. Hoje, as vendas de equi- 

E 

nsuring good results for its customers, optimizing 

processes, reducing costs, and expanding 

the market are a constant in any activity. EFFISA 

Indústria de Máquinas e Equipamentos emerged 

in search of efficient evolution in 2013. 

Headquartered in Braço do Norte (SC), the Company is 

celebrating ten years of activities with a strong presence 

in the national and international markets, exporting its 

equipment to more than 30 countries and further strengthening 

and consolidating partnerships with internationally 

renowned companies. 

As a young company, however, this does not mean a 

lack of experience because the Company brings together 

professionals with more than 30 years of experience in the 

segment. “The creation of the Company was driven by its 

founders’ experience, perseverance, and entrepreneurial 

spirit. EFFISA emerged to transform the current market 

scenario and give continuity in something already underway, 

developing products up to international standards, 

using the best technologies existing in the world market,” 

says Valdinei Monteiro Elizeu, one of the Directors and 

CEO of the Company. “We are a company specialized in 

delivering solutions for surface treatments for profiles and 

panels and have been increasingly strengthening the area 

of materials handling. Our flagship is in the lamination line, 

a practical and fast surface treatment process. In addition, 

we offer painting lines dedicated to profiled products such 

as frames, baseboards, crown moldings, and wainscoting. 

Advanced automation systems accompany these painting 

lines in the final stage, which would be our packaging lines,” 

explains Elizeu. 

ATTENTIVE TO THE MARKET 

EFFISA had its origin with just four employees in the first 

two months of operation, working on the premises of the 

residence of one of the directors until it began to occupy 

its first shed, where the Company is currently located. The 

Company’s first export sale occurred seven months after its 

founding to a customer in Argentina. The following month, it 

held its second export sale to Chile. When it completed two 

years in operation, EFFISA already had about 60 employees. 

When it turns ten, it has approximately 220 workers among 

employees and third parties, who directly and indirectly help 

the Company conquer more space in the market. 

EFFISA has eight product lines: lamination/coating, 

JULHO 2023 41

INFORME 

pamentos isolados para um único processo se tornaram 

minoria”, destaca Valdinei. “Com estes desenvolvimentos 

as nossas soluções estão aumentando a produtividade, reduzindo 

custos, diminuindo o número de pessoas envolvidas 

no processo, aumentando a rentabilidade nos produtos 

que as linhas estão produzindo e criando maior fidelização 

do cliente, e com isso se distanciando cada vez mais dos 

possíveis concorrentes”, garante o CEO. 

CLIENTES PELO MUNDO 

O empresário Miguel Ángel Fuentes, CEO da empresa 

chilena B&C LUMBER, é cliente da EFFISA há mais de 7 

anos, de quem adquiriu linhas de pintura, mecanização de 

calibração, entre outros produtos e destaca os benefícios 

das máquinas. “A economia com mão de obra e o aumento 

da produtividade são os principais benefícios que tive com 

os equipamentos EFFISA”, comenta Miguel. 

A empresa SÓLIDA BRASIL, sediada em Rio Negrinho 

(SC), que produz molduras, rodapés, roda meios, roda tetos, 

requadros e batentes de portas, entre outros produtos, é 

cliente há mais de 5 anos. O gerente de Engenharia e Processos, 

Cristian Álvarez, salienta a proatividade e abertura 

para a solução de problemas e melhorias. “Com a EFFISA 

foi um trabalho conjunto, porque o que desejávamos não 

existia no mercado. Precisávamos ser mais eficientes na 

operação e conseguir resultados para aumentar a qualidade 

e a oferta de produtos. Como solução, a EFFISA realizou a 

implementação de uma unidade automática assistida para a 

produção de molduras pintadas, aumentando efetivamente 

a capacidade e diminuindo e otimizando nossa mão de 

obra”, explica Cristian. 

cutting, polishing, packaging, painting, drying, handling, 

and extrusion/engraving, as well as the spare parts and 

technical assistance departments. “In the first two years, 

the Company defined its operations in these eight different 

product lines, seeking to consolidate itself as a specialist 

in treating surfaces for profiles and panels. Over time, we 

have been improving the equipment in the different lines, 

making them interconnect, and forming a complete solution 

for the entire handling, finishing, and final packaging 

process. Today, sales of isolated equipment for a single 

process have become a minority,” says Elizeu. “With these 

developments, our solutions are to increase productivity, 

reduce costs, decrease the number of people involved in 

the process, increase profitability in the products that the 

lines are producing, and create greater customer loyalty, 

and with that distancing themselves more and more from 

the possible competitors,” guarantees CEO Elizeu. 

CUSTOMERS AROUND THE WORLD 

The entrepreneur Miguel Ángel Fuentes, CEO of the 

Chilean company B&C LUMBER, has been a customer of 

EFFISA for more than seven years, from whom he acquired 

two painting and calibration mechanization lines, among 

other products, and he highlights the benefits of the machines. 

“The labor savings and productivity gains are the main 

benefits I had with the EFFISA equipment,” says Fuentes. 

SÓLIDA BRASIL, headquartered in Rio Negrinho (SC), 

which produces frames, baseboards, wainscoting, crown 

molding, frames, and door jambs, among other products, 

has been a customer for over five years. Cristian Álvarez, 

Engineering and Process Manager, emphasizes EFFISA’s 

LINHA DUPLA DE PINTURA E GESSO PARA 

MOLDURAS COM EMBALAGEM AUTOMATIZADA 

42 referenciaindustrial.com.br JULHO 2023 

COMO SOLUÇÃO, A 

EFFISA REALIZOU A 

IMPLEMENTAÇÃO DE UMA UNIDADE 

AUTOMÁTICA ASSISTIDA PARA 

NOSSA PRODUÇÃO DE MOLDURAS 

PINTADAS, AUMENTANDO 

EFETIVAMENTE NOSSA CAPACIDADE 

E DIMINUINDO E OTIMIZANDO 

NOSSA MÃO DE OBRA 

CRISTIAN ÁLVAREZ, DA SÓLIDA BRASIL

RECOBRIDORA 

LINHA APLICADORA PLANA 

PET ALTO BRILHO 

LINHA DE RECOBRIMENTO PARA PERFIS 

COM DESTOPO 

Na Indonésia, o consultor técnico Nagaraja Jeganathan, 

da empresa SENG FONG MOLDING PERKASA, cliente da 

EFFISA desde 2021, ressalta o atendimento da empresa que 

é espetacular. “Os equipamentos EFFISA atenderam nossas 

expectativas. Estamos felizes em ter linhas de processamento 

que garantem o desempenho e a qualidade da aplicação. 

Desde que usamos máquinas EFFISA, nossos produtos acabados 

ganharam uma boa reputação no mercado devido à 

qualidade consistente”, conta Nagaraja. A SENG FONG é 

uma fábrica de pisos de madeira maciça, pisos de madeira 

engenheirada, decks, postes, vigas, componentes de móveis 

e molduras de madeira. A empresa adquiriu vários equipamentos 

EFFISA, assim como também Linhas de Gesso. 

O vice-presidente de operações e vendas da PINELLI 

UNIVERSAL, Martin Fuhrken, destaca o pós-venda. “O 

atendimento comercial é ótimo. Em qualquer necessidade 

está sempre presente com um atendimento personalizado 

e constante. Com os produtos EFFISA tivemos melhoria na 

produtividade, no desempenho dos materiais e versatilidade 

nos acabamentos”, relatou Martin, diretor da empresa 

sediada no México, cliente da EFFISA há mais de 6 anos. 

INVESTIMENTOS PARA CRESCER 

As atividades iniciaram com um parque fabril de 800 m² 

(metros quadrados), e atualmente a EFFISA conta com aproximadamente 

8 mil m² de área construída, além de possuir 

um polo de engenharia na cidade de Criciúma (SC). Nesta 

trajetória, a empresa também investiu na linha ferramental, 

onde conta com as melhores ferramentas de mercado, 

proactivity and openness to solving problems and improvements. 

“With EFFISA, it was a joint effort because what 

we wanted did not exist in the market. We needed to be 

more efficient and achieve results to increase the quality 

and product offering. As a solution, EFFISA implemented 

an automatic assisted unit to produce painted frames, effectively 

increasing capacity and decreasing and optimizing 

our workforce,” explains Álvarez. 

In Indonesia, Nagaraja Jeganathan, Technical Consultant 

for SENG FONG MOLDING PERKASA, an EFFISA customer 

since 2021, points out that the Company’s service is 

spectacular. “EFFISA equipment has met our expectations. 

We are happy to have processing lines that guarantee the 

performance and quality of the application. Since we began 

to use EFFISA machines, our finished products have gained 

a good reputation in the market due to the consistent quality,” 

says Jeganathan. SENG FONG produces solid wood 

flooring, engineered wood flooring, decks, posts, beams, 

furniture components, and wood frames. The Company 

acquired several pieces of EFFISA equipment and a Double 

Plaster Line. 

Martin Fuhrken, Vice President of Operations and Sales 

for PINELLI UNIVERSAL, highlights the aftermarket. “The 

commercial service is outstanding. Any need is always met 

with personalized and constant service. With EFFISA products, 

we had improved productivity, material performance, 

and versatility in finishes,” says Fuhrken, Director of the 

Mexico-based Company that has been an EFFISA customer 

for over six years. 

JULHO 2023 43

INFORME 

gerando maior produtividade, agilidade e conforto para os 

colaboradores. “O foco nos últimos tempos é o investimento 

no fator humano, nossa maior riqueza”, enaltece Valdinei. 

A EFFISA está no processo de certificação da ISO 9001. 

Além de desfrutar dos benefícios da padronização, procedimentos 

e cultura, a empresa estará obtendo um selo internacional 

de qualidade, o que é extremamente importante 

para alcançar os patamares almejados. 

Pensando sempre à frente, a EFFISA já iniciou a construção 

da nova fábrica, ao lado da existente. A nova estrutura 

compreenderá em um prédio administrativo de aproximadamente 

1.300 m², além de uma planta fabril projetada para 

abranger uma área construída de até 15 mil m². 

Para o futuro a direção da empresa mantém o foco para 

ser referência no segmento. “Nosso objetivo é sermos 

reconhecidos como uma empresa de referência global no 

que atuamos. Buscamos alcançar esse patamar por meio 

da excelência em nossos produtos, serviços e relações 

comerciais, tornando-nos uma referência para o setor em 

termos de qualidade, inovação e liderança”, almeja Valdinei 

Monteiro Elizeu. 

A CRIAÇÃO DA 

EMPRESA FOI 

IMPULSIONADA PELA 

EXPERIÊNCIA, PERSEVERANÇA 

E ESPÍRITO EMPREENDEDOR 

DOS SEUS FUNDADORES 

VALDINEI MONTEIRO ELIZEU, 

CEO DA EFFISA 

SELO DE CERTIFICAÇÃO ISO 9001, 

O QUAL A EFFISA ESTÁ NO PROCESSO 

DE CERTIFICAÇÃO 

INVESTMENTS TO GROW 

The activities began with a manufacturing park of 

800 m², and currently, EFFISA has approximately eight 

thousand m² of constructed area, in addition to having an 

engineering center in Criciúma (SC). Following this growth, 

the Company also invested in a tooling line with the best 

tools in the market, generating greater productivity, agility, 

and comfort for employees. “The focus in recent times is 

the investment in the human factor, our greatest wealth,” 

praises CEO Elizeu. 

EFFISA is in the process of obtaining ISO 9001 certification. 

In addition to enjoying the benefits of standardization, 

procedures, and culture, the Company will receive an 

international seal of quality, which is extremely important 

to reach the desired levels. 

Always thinking of the future, EFFISA has already started 

the construction of a new factory next to the existing one. 

The new structure will comprise an administrative building 

of approximately 13 hundred m² and a manufacturing 

plant designed to cover a constructed area of up to 15 

thousand m². 

For the future, Company management maintains its 

focus on being a reference in the segment. “Our goal is to 

be recognized as a global reference in the market where 

we operate. We seek to reach this level through excellence 

in our products, services, and commercial relationships, 

becoming a reference for the segment regarding quality, 

innovation, and leadership,” aims CEO Elizeu. 

EFFISA PARQUE FABRIL MATRIZ - UN. 01, 02, 03, 04, 05, 08, 09 

PARTE DOS COLABORADORES DA EFFISA 

NA COMEMORAÇÃO DOS 10 ANOS 

EFFISA POLO ENGENHARIA - UN. 06 EFFISA EXPEDIÇÃO - UN. 07 


DA ESQUERDA PARA A DIREITA, TIAGO CORREA DA ROSA, GERENTE 

COMERCIAL DA EFFISA, VALDINEI MONTEIRO ELIZEU, DIRETOR COMERCIAL 

DA EFFISA, CARLO DOLCIAMI, DIRETOR COMERCIAL DA MAKOR E 

DULTI MELLO, ENGENHEIRO COMERCIAL DA EFFISA 

NOVA PARCERIA - 

EFFISA E MAKOR 

Comemorando 10 anos, a EFFISA firmou parceria com a 

empresa italiana MAKOR, que soma 55 anos de atividades, uma 

das líderes de mercado no setor de tratamento de superfície. 

A MAKOR viu a EFFISA como uma empresa que tinha soluções 

técnicas e valorizada no mercado. Uma empresa jovem que 

cresceu rapidamente e, consequentemente, interessante para 

poder colaborar com a MAKOR devido aos produtos complementares. 

A possibilidade de oferecer soluções integradas de 

acabamento/embalagem sempre com o mesmo parceiro de 

qualidade foi o fator que levou a MAKOR a firmar este acordo 

de colaboração, pois as soluções serão conjuntas de dois grupos 

técnicos especializados. No que diz respeito ao envernizamento 

de painéis, que é um produto que a EFFISA não possui, 

a MAKOR viu a possibilidade de melhorar sua posição nos 

mercados brasileiro e Sul-Americano. “Desta forma, a MAKOR 

e a EFFISA passam a oferecer uma gama de produtos ainda 

maior para atender seus clientes”, enaltece Carlo Dolciami, 

Diretor comercial da empresa MAKOR. Na Fimma 2023 (Feira 

Internacional de Produtores da Cadeia Produtiva de Madeira e 

Móveis), a MAKOR estará participando no estande da EFFISA, 

onde os clientes poderão desenvolver projetos na linha de perfis 

integrados entre envernizamento e embalagens de alta tecnologia. 

Para o futuro, a MAKOR vê a possibilidade de juntas se 

tornarem um importante player no mercado graças à oportunidade 

de oferecer as máquinas de envernizamento da MAKOR. 

Da mesma forma, passa a disponibilizar ao mercado, opções de 

produtos que a EFFISA tem em revestimento e laminação, que 

atualmente, a MAKOR não oferece aos seus clientes na Europa. 

NEW PARTNERSHIP – EFFISA AND MAKOR 

Celebrating ten years, EFFISA has partnered with 

the Italian company MAKOR, which has 55 years of experience 

in the market and one of the market leaders in 

the surface treatment segment. MAKOR saw EFFISA as 

a company that had technical solutions and was valued 

in the market. EFFISA is a young company that grew quickly 

and is interested in collaborating with MAKOR due 

to its complementary products. The possibility of offering 

integrated finishing/packaging solutions always with the 

same quality partner was the factor that led MAKOR to 

sign this collaboration agreement, as the solutions will 

result from joint actions by two specialized technical 

groups. Concerning panel varnishing, a product EFFISA 

does not have, MAKOR saw the possibility of improving 

its position in the Brazilian and South American markets. 

“In this way, MAKOR and EFFISA offer an even more comprehensive 

range of products to serve their customers”, 

praises Carlo Dolci Mani, commercial director of MACOR. 

At the International Fair of Producers of the Wood and 

Furniture Production Chain (Fimma 2023), MAKOR will 

be participating in the EFFISA booth, where customers 

can develop projects with a line of integrated profiles between 

varnishing and high-tech packaging. For the future, 

MAKOR sees the possibility of together becoming a 

significant player in the market thanks to the opportunity 

to offer MAKOR varnishing machines. Likewise, MAKOR 

now makes available product options that EFFISA has in 

coating and lamination, which it does not currently offer 

to its European customers. 

A ESQUERDA, AMILTON WIGGERS MEURER, DIRETOR/CEO FINANCEIRO, 

VALDINEI MONTEIRO ELIZEU, DIRETOR/CEO COMERCIAL, NO CENTRO 

E EMÍLIO NAZARIO, DIRETOR/CEO INDUSTRIAL, A DIREITA 

NOVOS PROJETOS DA EFFISA 

JULHO 2023 45

FEIRA 

INOVAÇÃO 

PARA O SETOR MOVELEIRO 


DE 28 A 31 DE AGOSTO, A 

FIMMA BRASIL VAI REUNIR OS 

PRINCIPAIS FORNECEDORES 

DA INDÚSTRIA DE MÓVEIS 


“N 

ossa participação na Fimma é 

muito importante, pois é um momento 

onde podemos, além de 

mostrar lançamentos, fortalecer 

ainda mais o relacionamento 

com os nossos clientes”, diz o gerente Comercial 

e de Marketing da Akeo, Fabrício Petroli. Esse depoimento 

representa a motivação das mais de 200 

marcas expositoras que estarão na Fimma Brasil 

2023 (Feira Internacional de Fornecedores da Cadeia 

Produtiva de Madeira e Móveis). De 28 a 31 de 

agosto, a feira reunirá os principais fornecedores da 

indústria moveleira no Parque de Eventos de Bento 

Gonçalves (RS), promovendo oportunidades de negócios, 

parcerias e conhecimento. Com 30 anos de 

história, a Fimma Brasil é uma realização da Movergs 

(Associação das Indústrias de Móveis do Estado 

do Rio Grande do Sul), que cumpre um importante 

papel de apoiar o desenvolvimento do setor moveleiro 

por meio da integração entre fornecedores e 

fabricantes de móveis. “A dedicação das diretorias 

e da equipe técnica é constante, sempre buscando 

tornar a feira atrativa e inovadora. Os altos índices 

de satisfação dos expositores e visitantes provam 

que esse trabalho vem dando certo”, comenta o 

presidente da entidade, Euclides Longhi. 

JULHO 2023 47

FEIRA 

NEGÓCIOS E INOVAÇÃO 

Entendendo a importância de apoiar os expositores 

na prospecção de parcerias junto ao mercado 

externo, a Fimma Brasil 2023 terá Rodadas 

de Negócios Internacionais com a presença de 

importadores vindos de países estratégicos. A ação 

será coordenada pelo Orchestra Brasil – projeto de 

fomento às exportações mantido pelo Sindmóveis 

(Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento 

Gonçalves) com apoio da ApexBrasil (Agência Brasileira 

de Promoção de Exportações e Atração de 

Investimentos). Esse estande estará localizado no 

Pavilhão F. Outra bandeira levantada pela feira é 

a inovação como diferencial competitivo. Por isso, 

o espaço Ecossistema de Inovação, no Pavilhão E, 

terá presença de startups, instituições e empresas 

parceiras apresentando o que há de mais atual em 

tecnologia. O diretor de Inovação da Movergs, Renato 

Bernardi, explica que a proposta é demonstrar 

como as indústrias podem ganhar valor, eficiência e 

competitividade. 

O alinhamento das tecnologias e dos conteúdos 

a serem apresentados no espaço terão curadoria 

dos especialistas Alex Jonas Ruaro (consultor nas 

áreas de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos, 

Marketing e Inovação); Andrei Carletto (coordenador 

estadual de projetos da cadeia moveleira no Sebrae-RS); 

Augusto Crespi (analista de Serviços Técnicos 

e Tecnológicos no Instituto Senai de Tecnologia 

em Madeira e Mobiliário); Bruno Dal Fré (fundador e 

CEO da empresa Dalca Brasil); Diego Falcão Peruchi 

(head de Inovação da empresa Todeschini); Mauricio 

Sebastião de Barros (vice-presidente de Tecnologia, 

Inovação e Novos Negócios e professor no Grupo 

Uniftec/Ecoinove); Marcelo Scotton (sócio-proprietário 

e diretor Industrial da empresa Móveis Luimar) 

e Marina Poloni (líder de Conteúdo e Experiência no 

Instituto Hélice). 


A DEDICAÇÃO DAS 

DIRETORIAS E DA 

EQUIPE TÉCNICA É 

CONSTANTE, SEMPRE 

BUSCANDO TORNAR A FEIRA 

ATRATIVA E INOVADORA 

FACILIDADES 

Pela segunda vez, as feiras Fimma Brasil e Movelsul 

Brasil ocorrerão de modo conjunto – criando 

o principal evento de negócios do setor moveleiro 

nacional. Em parceria com o provedor Via Sul, disponibilizarão 

wi-fi sem custo aos visitantes e expositores. 

Também será oferecido traslado gratuito de 

ida e volta desde o aeroporto Salgado Filho (Porto 

Alegre) até Bento Gonçalves, bem como de hotéis 

da região até o local do evento. O credenciamento 

para visitantes é gratuito e já pode ser feito no site 

fimma.com.br. 

JULHO 2023 49

PRODUÇÃO 

SERRARIA 

AUTOMATIZADA 

EQUIPAMENTO AUMENTA A EFICIÊNCIA NO 

PROCESSO E REDUZ PERDAS NO APROVEITAMENTO 

Fotos: Emanuel Caldeira 

Aautomação na indústria é importante 

para otimizar processos, aumentar a 

eficiência e garantir melhores condições 

de trabalho. Foi visando garantir 

melhoria no processo de produção no 

segmento de serraria que a Impacto Indústria de 

Máquinas e Equipamentos Ltda, com sede em Lages 

(SC), tem desenvolvido várias inovações ao longo 

do tempo. A serraria automatizada é um conjunto 

de máquinas onde o processo da linha principal 

é totalmente automatizado, desde o primeiro corte, 

até o gradeador de madeiras. “Essa é mais uma inovação 

que veio para facilitar a atividade na serraria, 

aumentando a eficiência da produção e a segurança 

dos trabalhadores”, comenta Daniel Engel, diretor 

da Impacto. 

O processo inovador da serraria automatizada 

refere-se à inserção de um scanner após o primeiro 

corte e um conjunto de componentes que evitam 

as operações manuais na linha principal. O equipamento 

permite ao cliente ter leitura volumétrica da 

produção e também escolher as dimensões que deseja 

para que o corte seja feito de maneira uniforme 

e preciso. “O objetivo é otimizar o corte, fazendo 

que não tenha retorno de material e facilitando a 

automatização no aproveitamento. A máquina faz o 


primeiro corte na tora com uma serra fita geminada 

e, no segundo corte, possui a leitura com scanner, 

que passa as informações para um conjunto de 

servo-motores instalado na serra fita bloco. As serras 

movimentam-se automaticamente de acordo 

com a leitura do scanner, estabelecendo o número 

máximo de tábuas de acordo com a tortuosidade 

daquele bloco, o que garante mais eficiência para o 

processo”, explica Daniel. 

INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO 

O desenvolvimento deste processo teve início 

há 3 anos, o qual encontra-se em pleno funcionamento. 

Com a automatização aumenta a eficiência 

do processo e o trabalho dos funcionários fica mais 

voltado para acompanhar o procedimento, com pequenas 

interferências quando necessário. 

O equipamento é voltado para madeira de reflorestamento, 

pinus e eucalipto, e tem capacidade 

para uma produção mensal de 2 a 3 mil m 3 (metros 

cúbicos) de madeira serrada. A manutenção é padrão, 

com fácil acesso, e com longa durabilidade. 

“No segmento de serraria, a Impacto começou fabricando 

gradeadores de madeira, desgradeadores 

e linha de classificação de tábuas, e agora estamos 

lançando a serraria automatizada, um novo conceito 

de automação dentro da serraria tradicional e com 

um custo benefício acessível para o mercado nacional”, 

garante o diretor da empresa. 

A Impacto tem mais de 10 anos de atuação no 

mercado e uma das características do seu atendimento 

é de desenvolver o equipamento de acordo 

com a necessidade do cliente. Outro ponto chave é 

o de auxiliar na definição do projeto do espaço físico, 

com objetivo de otimizar a produção e garantir, 

ainda mais, a eficiência. 

É MAIS UMA 

INOVAÇÃO QUE VEIO 

PARA FACILITAR A ATIVIDADE 

NA SERRARIA, AUMENTANDO A 

EFICIÊNCIA DA PRODUÇÃO E A 

SEGURANÇA DOS 

TRABALHADORES 

JULHO 2023 51

MARCENARIA 


MÓVEIS 

RÚSTICOS 

A MADEIRA DE DEMOLIÇÃO É A PRINCIPAL MATÉRIA-PRIMA PARA A 

PRODUÇÃO DE MÓVEIS RÚSTICOS 


JULHO 2023 53

MARCENARIA 

Até pouco tempo atrás os móveis rústicos 

eram destinados para casas de 

temporada como na praia ou no campo. 

Nos últimos anos este tipo de móvel 

conquistou o ambiente urbano e 

tem ganhado o mercado, devido ao fato de remeter 

a uma proximidade com a natureza e pelo aspecto 

de reaproveitamento, o que representa sustentabilidade. 

São modelos com características únicas, pois 

possuem texturas, veios, trincas, fissuras, pequenas 

rachaduras, furos que não significam defeito. Uma 

vantagem dessas peças é que elas são duráveis e 

passam de geração para geração, uma vez que são 

feitas com madeira de qualidade. 

A madeira de demolição é a principal matéria- 

-prima para produção de móveis rústicos. Além da 

madeira de demolição, os móveis rústicos podem 

conter também fibra trançada, principalmente as 

cadeiras e as banquetas. A matéria-prima é reutilizada, 

geralmente, de casas, antigas fazendas, tulhas 

ou arquiteturas antigas. A maior parte das madeiras 

de demolição estão no sul do país, porém, são provenientes 

de floresta nativa, as chamadas madeiras 

duras ou nobres. 

Conforme informações do Sebrae (Serviço Brasileiro 

de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 

quem apresentou o conceito ao Brasil foi a Alemanha, 

cuja proposta era justamente conservar a natureza. 

No entanto, há décadas, os produtos eram 

considerados de baixa qualidade e beleza, até que 

a novidade caiu no gosto dos designers. Segundo 

o Sebrae, nesses móveis podem ser utilizados tam- 

SÃO MODELOS COM 

CARACTERÍSTICAS ÚNICAS, 

POIS POSSUEM TEXTURAS, VEIOS, 

TRINCAS, FISSURAS, PEQUENAS 

RACHADURAS, FUROS QUE NÃO 

SIGNIFICAM DEFEITO 


ém outros restos de demolição, como as grades 

de ferro, ou lonas de caminhão para estofar poltronas, 

por exemplo. 

COMO PRODUZIR 

Com relação às madeiras, as mais utilizadas são 

o pinho-de-riga, a peroba-do-campo e a peroba- 

-rosa. Mas existem muitas outras, onde marceneiros 

interessados e com habilidades para este conceito 

de móvel rústico podem pesquisar e desenvolver. 

Atualmente os móveis rústicos passaram a compor 

diferentes tipos de ambientes, por isso é importante 

estar atento ao que o cliente deseja e quais são as 

tendências do mercado. 

Para ambientes que requerem aconchego, como 

os quartos, há quem escolha compor todo quarto 

com móveis rústicos, incluindo os armários, ou em 

algumas peças para dar um certo contraste, como 

cabeceira da cama, mesas de canto, escrivaninhas, 

prateleiras, sapateiras, banquetas, etc. Quando se 

pensa na sala, os móveis rústicos agregam valor, 

podendo ser vistos em racks, estantes, prateleiras, 

cristaleiras, mesas. 

CUIDADOS PARA MANTER 

Além dos tipos de madeira citados, o acabamento 

dos móveis rústicos faz toda a diferença na 

fabricação. O marceneiro pode optar por alguns 

tipos, com destaque para cera de carnaúba, seladores, 

verniz e pinturas. Cada um com suas características, 

indicações de uso e viabilidades, afinal a 

pintura parcial ou total do móvel de madeira de demolição 

pode dar um aspecto revigorante e alegre 

ao ambiente. 

Para manutenção da peça, a orientação é evitar 

excesso de líquidos e o contato direto com a água, 

bem como objetos cortantes. Também não é indicado 

utilizar produtos de limpeza quimicamente 

agressivos. 

É um mercado que está aberto, atraindo tanto 

os profissionais da marcenaria como clientes interessados 

em novidades dentro de seus espaços. 

JULHO 2023 55

ESTUDO 


PORTAS 

DE MADEIRA 

GANHAM O MUNDO 

PRODUÇÃO NACIONAL DE PORTAS TEM CONQUISTADO O 

MERCADO GLOBAL, CONFORME INDICA ESTUDO DA ABIMCI 


JULHO 2023 57

PRINCIPAL ESTUDO 

N 

a última década os produtos da indústria 

da madeira no Brasil se consolidaram no 

mercado internacional. Enquanto o compensado 

brasileiro ocupa a 4ª posição no 

ranking de países exportadores, no segmento 

portas de madeira o país ocupou a 2ª posição 

no ranking, em 2020, com 8% do mercado global. Em 

2015 o Brasil estava na 4º posição. Os EUA (Estados 

Unidos da América) são o principal comprador das portas 

brasileiras, com 81% do total exportado em 2021, 

seguido pelo Canadá e Reino Unido. 

As exportações mundiais de portas de madeira têm 

apresentado evolução nos últimos 10 anos com uma 

taxa de crescimento de 20,6% entre 2011 e 2020. A 

China se mantém como principal exportador global. 

Já as importações de portas de madeira pelo Brasil 

não são relevantes, com uma queda em média de 25% 

na série histórica dos últimos 10 anos. As informações 

constam no Estudo Setorial 2022 - Ano Base 2021 da 

Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira 

Processada Mecanicamente). 

PRODUÇÃO NACIONAL 

Em 2021, o Brasil produziu 7,6 milhões de portas de 

madeira e exportou cerca de 183 mil toneladas. A produção 

em 2020 havia sido de 7,4 milhões. Apesar do 

aumento da participação da porta brasileira no mercado 

global, a produção nacional teve uma queda de 5% 

na última década, enquanto as exportações cresceram 

134,4% entre 2012 e 2021. 

Os Estados de Santa Catarina e Paraná concentram 

a produção de portas, cujo volume tem se mantido 

estável nos últimos 5 anos. A produção nacional é voltada 

principalmente para atender o mercado interno 

que tem passado por transformações. As expectativas 

positivas em relação ao aquecimento do setor de 

construção civil se estende à indústria de portas de 

madeira, componente funcional e de acabamento na 

finalização de uma obra. 

PROGRAMA DE QUALIDADE 

O segmento de portas de madeira tem passado 

por mudanças nos últimos anos para se adequar às 

exigências do setor de construção civil. O PSQ-PME 

(Programa Setorial da Qualidade de Portas de Madeira 

para Edificações), desenvolvido e coordenador pela 

Abimci, é um dos fatores que contribuiu para essas 

transformações. 

Em 2022, o PSQ-PME completou 10 anos de atuação, 

promovendo uma evolução técnica observada a 


partir da melhora constante da qualidade dos produtos 

e entrega ao mercado de portas de madeira fabricadas 

de acordo com os padrões exigidos pelas normas técnicas 

aplicáveis. Durante a última década, o PSQ-PME 

promoveu uma mudança cultural, com novos investimentos 

realizados, introdução de novas tecnologias e 

materiais e nova forma de projetar o produto considerando 

o desempenho e vida útil, além de consolidar a 

norma de desempenho da construção civil (ABNT NBR 

15575) e da norma técnica de portas de madeira para 

edificações (ABNT NBR 15930). 

COMÉRCIO MUNDIAL DE PORTAS DE 

MADEIRA 

Cresceu 20,6% entre 2011-2020; 

Exportação brasileira de portas de madeira; 

Cresceu 134,4% entre 2012 e 2021. 

JULHO 2023 59

ARTIGO 

MADEIRAS 

DA CAATINGA 

PARA PRODUÇÃO DE POM (PEQUENOS 

OBJETOS DE MADEIRA) 


CAMILA COSTA DE SEABRA 

UNB (UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA) 

HUMBERTO ANGELO 


GISLAYNE DA SILVA GOULART 

UFMS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL) 

SANDRA AFONSO 

SFB (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO) 

GERSON HENRIQUE STERNADT 

SFB (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO) 

ALEXANDRE NASCIMENTO DE ALMEIDA 



RESUMO 

Apresente pesquisa tem como objetivo identificar 

os atributos de madeiras do bioma 

da Caatinga na percepção de produtores 

do segmento de mercado de POM (Pequenos 

Objetos de Madeira) como premissa 

para estudos mercadológicos a partir de análise exploratória 

e mista - quali-quantitativa - com uso de entrevistas 

semiestruturadas e análises com software Iramuteq. Para 

atingir o objetivo supracitado, trabalhou-se com amostras 

lenhosas do tronco de nove espécies de madeiras 

provenientes da Caatinga, região centro-oeste do Piauí, 

a saber: Pityrocarpa cf. moniliformis, Aspidosperma cf. 

Multiflorum, Handroanthus cf. impetiginosus, Terminalia 

fagifolia Mart., Pterodon cf. abruptus, Diptychandra aurantiaca 

Tul., Combretum glaucocarpum Mart., Swartzia 

psilomena Harms. e Machaerium cf. Acutifolium. Observou-se 

que as nove espécies apresentadas possuem 

peculiaridades em relação ao cerne da madeira, sendo a 

característica cor o atributo importante para o mercado. 

A partir das análises gerais e individuais dessas espécies, 

pôde-se agrupá-las segundo suas peculiaridades subjetivas. 

Verifica-se que uma participação mais efetiva de 

espécies pouco conhecidas e a geração do aumento da 

JULHO 2023 61

ARTIGO 

demanda a partir de uma maior aceitação no mercado 

pode viabilizar a oferta em associação ou substituição 

às madeiras tradicionais. Cabe ressaltar que embora a 

utilização do Iramuteq na área científica florestal seja 

incipiente, mostrou-se coerente para o uso em pesquisas 

qualitativas e valorização de espécies de madeiras. 

Conclui-se que a utilização das espécies de madeiras 

da Caatinga em questão para objetos de maior valor 

agregado é uma alternativa para o mercado além do 

binômio lenha e carvão. 

INTRODUÇÃO 

O Brasil possui um setor florestal madeireiro expressivo 

que contribuiu para o saldo positivo na balança 

comercial brasileira (Sousa et al., 2010). A importância 

do setor madeireiro no Brasil é representada principalmente 

por madeiras sólidas, papel, móveis e celulose, 

produtos que contribuem para o cenário econômico nacional 

inserido no agronegócio brasileiro, e representando, 

na indústria florestal, 6,9% do PIB (Produto Interno 

Bruto) nacional (Ribaski, 2018; Rabelo et al., 2020). 

Dentre os seis biomas brasileiros, a Amazônia possui 

a maior visibilidade no mercado de produtos florestais 

brutos (madeira em tora; torete; poste não imunizado; 

escoramento; estaca e mourão; lenha, entre outros) 

(Farani; Oliveira, 2019). Contudo, o país possui outras regiões 

cujo potencial fornecimento de madeira é elevado 

e o desconhecimento em relação às espécies florestais 

é uma barreira potencial para sua aceitação (Zuchiwschi 

et al., 2010; Zanatta et al., 2018; Farani; Oliveira, 2019). 

Ainda que a indústria de base florestal consuma grande 

volume de madeira principalmente por espécies dos 

gêneros Pinus sp. e Eucalyptus sp., significativa parte da 

madeira bruta consumida possui origem em florestas 

nativas (Teixeira et al., 2009; Souza, 2019; Souza et al., 

2020). 

O bioma brasileiro da Caatinga possui uma significativa 

área de abrangência regional (735 mil km²) e comprovado 

potencial de oferta de madeira (Vasconcelos 

et al., 2019). Inventários florestais estimam um volume 

real de 112,9 m³/ha e área basal de 3,08 m 2 /ha, principalmente 

como fonte madeireira direcionada à produção 

de lenha, carvão e estacas (Andrade et al., 2019). 

Ainda assim, a Caatinga tem sofrido efeitos negativos 

resultantes da ação antrópica e retirada desordenada 

de seus recursos florestais (Bezerra et al., 2014; Farias; 

Melo, 2020). Ainda que exista o cenário atual com PMFS 

(Planos de Manejo Florestal Sustentável), estes são pautados 

no extrativismo de espécies madeireiras e majoritariamente 

para o mercado de lenha e carvão (Drumond, 

2000; Farias; Melo, 2020). 

Os POMs podem ser agrupados em artigos domésticos 

de caráter utilitário, decorativo, de uso pessoal e outros 

produtos (Bartholomeu et al., 2020) e sua produção 

de POM é importante diante da viabilidade econômica, 

pois os produtos podem ser diversificados e o preço 

final das peças poderá ser um facilitador para o escoamento 

da produção (Santos; Lopes, 2009; Pompeu et al., 

2018). 

MATERIAL E MÉTODOS 

Para alcançar o objetivo proposto, foi realizado 

um estudo exploratório com aplicação de entrevistas 

semiestruturadas junto a produtores de POM do Dis- 


PARA ALCANÇAR O 

OBJETIVO PROPOSTO, 

FOI REALIZADO UM ESTUDO 

EXPLORATÓRIO COM APLICAÇÃO 

DE ENTREVISTAS 

SEMIESTRUTURADAS JUNTO A 

PRODUTORES DE POM DO 

DISTRITO FEDERAL 

trito Federal. Assim, foi realizada a coleta do material 

lenhoso em uma parceria entre o LPF/SFB (Laboratório 

de Produtos Florestais do Serviço Florestal Brasileiro) 

e o LTMDEF (Laboratório de Tecnologia da Madeira 

do Departamento de Engenharia Florestal), da UNB 

(Universidade de Brasília). As amostras foram coletadas 

em quatro assentamentos da região centro-oeste do 

Piauí (Arizona I, Arizona II, Serra do Batista e Canaã) 

situadas no município Lagoa do Sítio (PI) (6°25’10,1”S 

41°35’16,7”W). 

Para garantir que as árvores fornecessem material 

suficiente para a preparação dos corpos de prova, o 

diâmetro mínimo de corte para retirada dos discos foi 

fixado em 20 cm (centímetros) de altura do solo e a 4,5m 

(metros) de altura comercial. Como as áreas de assentamento 

destinadas ao manejo já estavam divididas em 

parcelas, a coleta foi limitada a um indivíduo por espécie 

em cada uma, a fim de garantir uma maior representatividade 

do material coletado. O corte das árvores e o 

seccionamento foram realizados com motosserra. Devido 

às dimensões reduzidas das árvores e à demanda de 

material, análise e preparo dos corpos de prova, o seccionamento 

das toras ocorreu de forma sistemática, em 

discos com as dimensões pré-definidas (cinco árvores de 

cada espécie foram enviadas à área de anatomia e morfologia 

do LPF/SFB, totalizando quarenta e cinco indivíduos 

seccionados, contando um disco por espécime). 

RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Do total de produtores entrevistados, 72,72% eram 

do sexo masculino, com escolaridade do ensino fundamental 

à pós-graduação. Dentre eles, 63,63% faziam 

uso de marchetaria como forma de agregação de valor 

aos produtos; 90,91% sabem quais espécies de madeira 

utilizam na produção a partir do seu nome popular; e 

apenas 36,36% não compram madeira em madeireiras e 

fazem uso de madeiras provenientes de árvores abatidas 

naturalmente em áreas rurais; 90,90% dos produtores 

não conhecem as espécies da Caatinga. 

CONCLUSÃO 

O bioma Caatinga é pouco conhecido não somente 

quanto aos potenciais usos de suas espécies, mas também 

pela falta de conhecimento sobre sua aceitação no 

mercado, tornando-se uma barreira para exploração de 

forma sustentável. A utilização das espécies de madeiras 

da Caatinga para objetos de maior valor agregado, 

como em POM, é uma alternativa no mercado madeireiro. 

A identificação dos atributos-destaque na percepção 

de produtores deste segmento é uma importante 

premissa para estudos mercadológicos, uma vez que 

podem ser ressignificados, transformando preferências 

subjetivas em características tangíveis e possíveis agregadoras 

de valor. 

O atributo de destaque para a madeira descrita é a 

cor, podendo ser um diferencial na produção de POM e 

uma oportunidade de mercado pouco explorada. Uma 

participação mais efetiva de espécies pouco conhecidas, 

em associação e/ou substituição de madeiras tradicionais, 

incrementa o mercado e gera riqueza em regiões 

pouco desenvolvidas do Brasil. 

Cabe acrescentar que as análises de dados qualitativos 

com auxílio do software Iramuteq ainda são incipientes 

na área científica florestal e a presente pesquisa 

contribuiu metodologicamente na área de gestão e 

economia florestal, demonstrando que a sua utilização 

amplia o rigor da investigação e a identificação de atributos-destaque 

de espécies de madeira em específico 

as da Caatinga, sendo essa uma alternativa para o mercado, 

além do binômio lenha e carvão. 

Acesse o artigo 

completo pelo 

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JULHO 2023 63

AGENDA 

AGENDA 

2023 

SETEMBRO 2023 

05 A 08 

SETEMBRO 2023 

20 A 23 

DEZEMBRO 2023 

12 A 14 

WMF 2023 

LOCAL: SHANGHAI (CHINA) 

INFORMAÇÕES: 

WWW.WOODWORKFAIR.COM/ 

WMF23/IDX/ENG 

VIETNAM WOOD 

LOCAL: HO CHI MINH (VIETNÃ) 


WWW.CHANCHAO.COM.TW/ 

VIETNAMWOOD 

WOOD EXPO 

LOCAL: CASABLANCA 

(MARROCOS) 


HTTPS://COVERING.MA/WOOD/ 

FIMMA E 

MOVELSUL 2023 

28 A 31 DE AGOSTO 

LOCAL: BENTO GONÇALVES (RS) 


HTTPS://FIMMA.COM.BR/ 

Imagem: reprodução 

EMPRESAS E PROFISSIONAIS DA CADEIA MOVELEIRA ESTÃO EM CONTAGEM REGRESSIVA PARA UM DOS PRINCIPAIS EVENTO DE 

NEGÓCIOS DO BRASIL VOLTADO PARA O SETOR: AS FEIRAS FIMMA E MOVELSUL 2023, QUE OCORRE DE FORMA CONJUNTA 

ENTRE OS DIAS 28 E 31 DE AGOSTO, NO PARQUE DE EVENTOS DE BENTO GONÇALVES (RS). COM ESTIMATIVA DE 500 MARCAS 

EXPOSITORAS, AS FEIRAS SÃO RECONHECIDAS COMO IMPORTANTE ENCONTRO DE NEGÓCIOS E NETWORKING, ATRAINDO A 

CADEIA MOVELEIRA DE PONTA A PONTA. 


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ESPAÇO ABERTO 

ISO 28.000: 

COMO IMPLEMENTAR A NORMA E MELHORAR 

A SEGURANÇA DO SETOR LOGÍSTICO? 

O 

roubo e o desvio de cargas são problemas 

significativos no Brasil, afetando, principalmente, 

o setor de transporte e logística. 

Segundo dados da NTC&Logística (Associação 

Nacional do Transporte de Cargas e 

Logística), houve um prejuízo financeiro de aproximadamente 

R$ 1,2 bilhão no país em 2022 em perdas ocasionadas 

por cargas roubadas. Apesar da redução de 9,1% 

dos casos em relação ao ano anterior, o cenário ainda é 

uma grande preocupação entre empresários da área. 

Diante dessa realidade que atinge rodovias, ferrovias 

e portos, entre outros locais no país, empresas buscam 

medidas eficientes a fim de mitigar riscos não controláveis, 

como roubo ou desvio de cargas, assim como os 

controláveis, que se definem na vulnerabilidade dos processos 

internos das empresas. 

Para que isso ocorra, sistemas de gerenciamento de 

riscos logísticos atuam como um suporte para auxiliar 

organizações a gerenciarem a segurança destes processos 

e, assim, garantir a integridade dos bens durante o 

transporte e o armazenamento de produtos. Um deles é 

a ISO 28.000, norma internacional que foi desenvolvida 

pela ISO (Organização Internacional de Normalização) 

e estabelece diretrizes para a implementação de um 

sistema de gestão de segurança de qualidade na cadeia 

logística. 

Os pontos abordados pela norma são aplicáveis 

a qualquer tipo de empresa, de todos os tamanhos e 

segmentos de mercado. Eles visam estabelecer, implementar, 

manter e melhorar esse tipo de sistema dentro 

da organização. Ao implantar a norma, processos importantes 

entrarão em prática nas empresas, como garantia 

da conformidade com a PGR (Política de Gerenciamento 

de Risco), comprovação da conformidade a parceiros de 

negócios e busca da certificação do sistema ou autodeclaração 

de conformidade. 

Apesar do sistema demonstrar a eficiência esperada, 

alguns processos devem ser efetuados para que a norma 

seja bem executada. Na fase de implantação, por 

exemplo, é importante que haja uma análise minuciosa 

de riscos, com um diagnóstico de segurança bastante 

assertivo para entender as vulnerabilidades apresentadas 

e, com isso, identificar as possíveis ameaças existentes 

na distribuição. Ainda durante este mesmo processo, 

é necessário levantar quais probabilidades de risco da 

empresa em comparação aos números do mercado, ou 

POR 

ANDERSON 

HOELBRIEGEL 

DIRETOR DE NEGÓCIOS DA 

ICTS SECURITY, EMPRESA DE 

ORIGEM ISRAELENSE QUE 

ATUA COM CONSULTORIA 

E GERENCIAMENTO DE 

OPERAÇÕES EM SEGURANÇA 

seja, comparar a organização com empresas similares. 

Em contrapartida às etapas oferecidas pela norma, 

é seguro dizer que não há necessidade destas tarefas 

serem executadas de forma sequencial, ou seja, não é 

preciso concluir uma etapa para dar andamento a próxima. 

Isso é interessante de se observar, pois o ritmo e a 

velocidade na implantação da solução potencializam a 

melhora na percepção dos riscos e resultados obtidos. 

Uma vez elaborado o diagnóstico de segurança, é 

importante entender que qualquer sistema do gênero, 

para ser eficiente, deve ser capaz de equilibrar pilares 

essenciais do setor, como tecnologia e inovação, gestão 

de pessoas e gestão de processos. Tendo isso de forma 

linear, o próximo passo é escrever a Política de Gerenciamento 

de Riscos personalizada e nela estabelecer as 

estruturas tecnológicas e de pessoas mais adequadas 

a fim de promover a redução dos riscos e das ameaças 

identificados na análise. 

Com a implementação do sistema, indicadores são 

criados para apresentar os dados dos incidentes e quase 

incidentes. Com estas informações, o sistema orienta 

uma rotina de treinamentos internos, estabelece sinergia 

com órgãos de segurança pública e, por fim, implanta 

um núcleo de inteligência que seja capaz de interpretar 

e analisar os dados, gerando insights para mudança de 

estratégia na distribuição, revisão de processos e ajustes 

de novos parâmetros de tecnologias com a finalidade 

de suportar a estratégia de expansão de vendas ou manutenção 

da base de pontos de vendas bloqueados por 

motivo risco. 

Por fim, é vital adquirir consciência operacional para 

saber o nível de maturidade da estrutura de segurança 

responsável pela integridade do processo de gerenciamento 

de riscos e buscar continuamente a elevação 

do nível de maturidade e da percepção de riscos dos 

stakeholders. 



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