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Florestal_256Web

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ENTREVISTA<br />

Cacique Ronaldo Zokezomaiake destaca a importância da liberdade do uso da terra indígena<br />

DNA INOVADOR<br />

55 ANOS DE PIONEIRISMO NO<br />

COMBATE A FORMIGAS CORTADEIRAS<br />

INNOVATIVE DNA<br />

55 YEARS OF PIONEERING IN THE<br />

FIGHT AGAINST LEAF-CUTTER ANTS


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Rebaixamento, rente ao solo, de tocos e raízes de eucalipto, acácia, pinus, laranja, café, etc;<br />

Trituração de rebrotas de eucalipto, limpeza de áreas com as sobras de galhadas e tocos para<br />

a continuidade ou renovação da plantação e troca de atividades como pecuária e agricultura<br />

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SUMÁRIO<br />

OUTUBRO 2023<br />

56<br />

SINÔNIMO DE<br />

EXCELÊNCIA<br />

10 Editorial<br />

12 Cartas<br />

14 Bastidores<br />

16 Notas<br />

40 Coluna CIPEM<br />

42 Frases<br />

44 Entrevista<br />

54 Coluna<br />

56 Principal<br />

62 Dia da Árvore<br />

70 Mercado<br />

72 Minuto Floresta<br />

74 Plantações<br />

78 Equipamento<br />

80 Integração<br />

86 Incêndios<br />

92 Pesquisa<br />

96 Agenda<br />

98 Espaço Aberto<br />

62<br />

86<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

11 BKT<br />

13 Bruno<br />

21 Carrocerias Bachiega<br />

83 D’Antonio Equipamentos<br />

31 Denis Cimaf<br />

95 Dicionário de Meio Ambiente<br />

02 Dinagro<br />

41 DRV Ferramentas<br />

33 Engeforest<br />

100 Envimat<br />

09 Envu<br />

69 Exposul <strong>Florestal</strong><br />

91 Feldermann<br />

25 Fex<br />

97 Fratex<br />

55 H Fort<br />

39 Hennings<br />

04 Himev<br />

19 Ihara<br />

51 J de Souza<br />

99 Log Max<br />

67 Mill Indústrias<br />

77 Prêmio REFERÊNCIA<br />

65 Reflorestar Serviços Florestais<br />

53 Richetti Madeiras e Biomassa<br />

29 Rocha Facas<br />

89 Rodotrem<br />

15 Rotary-Ax<br />

27 Rotor Equipamentos<br />

49 Sergomel<br />

06 Sparta Brasil<br />

23 Sumitomo<br />

17 SuperTek/Nokia Tires<br />

73 Tech Forestry<br />

37 Tecmater<br />

43 Unibrás<br />

85 Unidas Locação<br />

93 Valfer Ferramentas<br />

35 Vantec<br />

45 Watanabe<br />

47 WDS Pneumática<br />

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EDITORIAL<br />

Celebrar é preciso<br />

Entramos no quarto trimestre de 2023. Mesmo vivendo um cenário<br />

político e judicial pautados pela insegurança, estamos diante de um ano<br />

também desafiador de muito trabalho, dedicação e conquistas para o setor<br />

florestal. Para nossa equipe, esse é um dos momentos mais importantes<br />

do ano, quando escolhemos os vencedores do Prêmio REFERÊNCIA. São<br />

inúmeras indicações e sugestões para que dez cases de empresas sejam<br />

selecionados a receber a honraria. Em um setor tão pujante, com empresas<br />

inovando e evoluindo constantemente, o trabalho para chegar aos vencedores<br />

é árduo, porém extremamente gratificante. São mais de duas décadas<br />

trabalhando para fortalecer a indústria de base florestal e madeireira, e<br />

poder valorizar essas empresas é uma alegria de todos que fazem o sucesso<br />

da REFERÊNCIA. Na capa desta edição a Dinagro, especialista na fabricação<br />

de formicidas que completa 55 anos em 2023, informações sobre plantio de<br />

teca, o combate a incêndios na Bahia, pesquisas sobre produtividade florestal<br />

e uma entrevista exclusiva com o cacique Ronaldo Zokezomaiake, líder<br />

indígena Paresí, que expõe a importância da liberdade do indígena no uso<br />

das suas terras para a melhoria de sua qualidade de vida e fortalecimento<br />

de uma nova identidade para os povos originários. Até a próxima!<br />

Manipuladores<br />

Hidráulicos<br />

Peneiras,<br />

Picadores, Trituradores,<br />

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1<br />

Destocadores,<br />

Mulchers<br />

capa dessa edição a<br />

DINAGRO, especialista na<br />

fabricação de formicidas, que<br />

completa 55 anos, em 2023<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXV • Nº256 • Outubro 2023<br />

ENTREVISTA<br />

Cacique Ronaldo Zokezomaiake destaca a importância da liberdade do uso da terra indígena<br />

DNA INOVADOR<br />

55 ANOS DE PIONEIRISMO NO<br />

COMBATE A FORMIGAS CORTADEIRAS<br />

INNOVATIVE DNA<br />

55 YEARS OF PIONEERING IN THE<br />

FIGHT AGAINST LEAF-CUTTER ANTS<br />

REASON TO CELEBRATE<br />

We enter the fourth quarter of 2023. While still living in an insecure political<br />

and judicial scenario, we face a challenging year of hard work, dedication,<br />

and achievements for the Forest-based Sector. For our team, this is one of the<br />

most critical moments of the year when we choose the winners of the REF-<br />

ERENCIA Award. There are numerous nominations and suggestions for the<br />

ten companies to be selected to receive the honor. In such a thriving industry,<br />

with companies constantly innovating and evolving, deciding the winners is<br />

an arduous but extremely rewarding task. More than two decades working to<br />

strengthen the Forest-based Sector, and being able to value these companies<br />

is a joy for all who contribute to the success of REFERENCIA. On the cover of<br />

this issue, we feature Dinagro, a specialist in the manufacture of ant baits<br />

which will complete 55 years in 2023, information on teak planting, firefighting<br />

in Bahia, research on forest productivity, and an exclusive interview with<br />

Chief Ronaldo Zokezomaiake, Paresí indigenous leader, who talks about the<br />

importance of indigenous freedom in the use of their lands to improve their<br />

quality of life and strengthen a new identity for the indigenous peoples. Until<br />

next time!<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXV - EDIÇÃO 256 - OUTUBRO 2023<br />

Entrevista<br />

com o cacique<br />

Paresí Ronaldo<br />

Zokezomaiake<br />

Trabalho de proteção dos<br />

plantios florestais<br />

3<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Guilherme Augusto Oliveira<br />

Sofia Carlesso<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Cainan Lucas<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal - Carlos Felde<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

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ASSINATURAS<br />

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Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

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CARTAS<br />

Manipuladores<br />

Hidráulicos<br />

ENVIMAT<br />

Peneiras,<br />

Picadores, Trituradores,<br />

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Destocadores,<br />

Capa<br />

Revolvedores<br />

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de Composto<br />

Edição 255 da Mulchers<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

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Ano XXV • Nº255 • Setembro 2023<br />

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CONNECTIVITY, AND SUSTAINABILITY TO<br />

MEET THE FOREST CYCLE END-TO-END<br />

PRINCIPAL<br />

Por Marcos Oliveira, Irati (PR)<br />

Para fazer o setor crescer é muito importante dar condições para isso. O que a<br />

Komatsu faz é indispensável para fazer o motor do segmento florestal se mover.<br />

ENTREVISTA<br />

Por Carla Lopes, Uberlândia (MG)<br />

A universidade tem importância de primeiro escalão no<br />

desenvolvimento do setor. Ver alguém apaixonado pelo que faz e<br />

preocupado com o futuro da profissão é muito positivo.<br />

Foto: divulgação<br />

EXPOFOREST<br />

Por André Moreira, Campinas (SP)<br />

Como é bonito ver o mercado florestal aquecido e voltando a se reunir. A<br />

feira gera muitos contatos, reencontros e negócios, que seja um marco de<br />

crescimento do setor.<br />

Foto: divulgacão<br />

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12 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

@revistareferencia9702<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

VISITA<br />

A Revista REFERÊNCIA FLORESTAL fez visita ao<br />

parceiro Supertek, empresa do setor florestal, que<br />

atualmente representa os pneus Nokian Tires. Na<br />

foto, o comercial da Revista, Carlos Felde (à esq.),<br />

Giovane Savian (centro) que é responsável pelas<br />

operações da Supertek, e Fábio Machado (à dir.),<br />

diretor comercial da REFERÊNCIA.<br />

CAPA<br />

O diretor comercial da REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio<br />

Machado (centro), foi fazer a entrega oficial da edição<br />

de Setembro/23 onde a Komatsu Forest foi capa. Na<br />

foto, a entrega foi feita ao gerente comercial Carlos<br />

Borba (à esq.), e Rafael Milarch (à dir.), marketing da<br />

empresa.<br />

INDÚSTRIA FORTE<br />

ALTA<br />

A produção industrial do país cresceu 0,4% em agosto<br />

deste ano, na comparação com julho. O resultado veio<br />

depois de uma queda de 0,6% em julho. Os dados são<br />

da PIM (Pesquisa Industrial Mensal), divulgada pelo IBGE<br />

(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O setor<br />

apresentou alta de 0,5% na comparação com agosto de<br />

2022. No entanto, ele soma quedas de 0,3% no acumulado<br />

do ano e de 0,1% no acumulado de 12 meses. “Mesmo<br />

com o resultado de crescimento em agosto de 2023,<br />

a indústria permanece distante de recuperar as perdas do<br />

passado recente, estando, nesse momento, 1,8% abaixo<br />

do patamar pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020, e<br />

18,3% abaixo do ponto mais elevado da série histórica,<br />

que foi alcançado em maio de 2011”, alertou o gerente da<br />

pesquisa, André Macedo.<br />

OUTUBRO 2023<br />

FLORESTA EM CHAMAS<br />

O Amazonas experimentou um setembro particularmente<br />

devastador com as queimadas. De acordo com o Programa<br />

Queimadas, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas<br />

Espaciais), o Estado registrou 6.871 focos de incêndio,<br />

o segundo pior índice para o mês desde 1998, quando<br />

começou a série histórica. O número é parcial, já que<br />

contabiliza os focos até o último dia 29. O acumulado no<br />

último mês só não é maior que o de setembro de 2022,<br />

quando o Amazonas registrou 8.659 focos de incêndio.<br />

O total deste ano, no entanto, já está bem superior à<br />

média histórica anual no Estado: de janeiro a setembro,<br />

foram contabilizadas 14.682 queimadas, superior à<br />

média de 9.617 dos últimos 25 anos.<br />

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NOTAS<br />

Conhecimento em pauta<br />

De 17 a 19 desse mês, Curitiba (PR) será palco do IUFRO 2023 América Latina, evento que vai discutir o manejo sustentável da<br />

paisagem: o papel das florestas, das árvores, dos sistemas agroflorestais e suas interações com a agricultura. Durante os três dias,<br />

especialistas da América Latina vão debater temas que vão de análises que envolvem florestas em contextos mundial e regional, até<br />

nas propriedades rurais, entre outros assuntos técnicos relevantes para o setor. A conferência vai reunir diferentes especialistas, de<br />

formuladores de políticas públicas e cientistas ao setor privado e comunidades rurais.<br />

Serão seis painéis que vão tratar de: madeira sustentável para um mundo sustentável (programa da FAO/ONU); florestas plantadas<br />

com espécies nativas e exóticas na propriedade rural; manejo florestal sustentável em microbacias, incluindo a regulação do fluxo<br />

hídrico, corredores ecológicos e indicadores de biodiversidade; mosaicos florestais sustentáveis na paisagem; manejo de florestas<br />

naturais, incluindo florestas secundárias e restauração florestal para a promoção da bioeconomia; e sistemas integrados da produção<br />

agrícola, sistemas agroflorestais e integração lavoura-pecuária-floresta.<br />

Mas afinal, o que é manejo de paisagem? A paisagem pode ser definida como um conjunto de áreas contíguas, espacialmente<br />

heterogêneas e interativas, onde a cobertura da terra (florestas, por exemplo) convive com diferentes usos do solo (agricultura, por<br />

exemplo). Abrange agrupamentos rurais e urbanos e seus limites extrapolam as propriedades e os limites das áreas de conservação.<br />

Normalmente, são analisadas no contexto de unidades como as bacias hidrográficas, em diferentes escalas espaciais. Uma paisagem<br />

sustentável é aquela em que a maioria dos processos ecológicos e produtivos são regidos pelos preceitos que levam à perenidade<br />

com qualidade e obedecem à normatização e legislação ambiental.<br />

O evento será realizado pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e pela IUFRO (União Internacional de Organizações<br />

de Pesquisa <strong>Florestal</strong>), e conta com patrocínio do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do<br />

Estado de Mato Grosso) FNBF (Fórum Nacional das Atividades de Base <strong>Florestal</strong>) e Berneck; apoio master da Fundação Araucária, Governo<br />

do Estado do Paraná, Capes e CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná); apoio do Serviço <strong>Florestal</strong><br />

Brasileiro, universidades federais de Goiás, Amazonas, Paraná; Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Universidade<br />

Tecnológica Federal do Paraná, Unicentro, Instituto de Engenharia do Paraná, Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais, Klabin,<br />

Boulle Móveis, Instituto Municipal de Turismo de Curitiba, Prefeitura Municipal de Curitiba, Curitiba Convention e Visitors Bureau.<br />

Foto: divulgação<br />

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Telefone: (42) 9105-2655<br />

Curitiba (PR)<br />

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Telefone: (41) 99105-1023


NOTAS<br />

Prêmio REFERÊNCIA 2023<br />

O Prêmio REFERÊNCIA será realizado este ano no dia 4 de dezembro em Curitiba (PR), no jantar de confraternização, que começa a<br />

partir das 19h (horas). O tradicional evento chega em sua vigésima primeira edição e é organizado pela JOTA Editora, responsável pela<br />

publicação das Revistas REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE MADEIRA, REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL,<br />

REFERÊNCIA BIOMAIS, e REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />

Neste ano, o evento conta com uma atividade muito especial: a gravação de um podcast ao vivo com grandes nomes do segmento<br />

de base florestal. Na edição anterior do prêmio, tivemos o Painel Sustentabilidade, que contou com a presença de Rafael Mason, então<br />

presidente do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), Evaldo Muñoz Braz,<br />

pesquisador da EMBRAPA Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Deryck Pantoja Martins, diretor técnico da AIMEX<br />

(Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará) e Paulo Pupo, superintendente da ABIMCI (Associação Brasileira<br />

da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente). Os convidados para o podcast serão revelados na próxima edição e podem ter<br />

certeza de que será uma noite imperdível.<br />

O Prêmio REFERÊNCIA 2023 conta com o apoio de: ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente),<br />

ACIMDERJ (Associação do Comércio e Indústria de Madeiras e Derivados do Estado do Rio de Janeiro), AIMEX (Associação das<br />

Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará), CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado<br />

de Mato Grosso), DRV Ferramentas, Effisa, Formóbile, Himev, Montana Química, MSM Química e Vale do Tibagi.<br />

Os interessados em participar do evento deverão adquirir seu ingresso entrando em contato através do telefone (41) 3333-1023 ou<br />

pelo e-mail comercial@revistareferencia.com.br.<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

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principais plantas daninhas.<br />

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CONTROLE: floresta<br />

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AMBIENTE; USO AGRÍCOLA; VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO;<br />

CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE<br />

PRAGAS; DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS PRODUTOS;<br />

LEIA ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA;<br />

E UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.<br />

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NOTAS<br />

Retorno anunciado<br />

O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) comemorou os 15 anos do primeiro edital de concessão florestal na Flona de<br />

Jamari, em Rondônia, e 50 anos do LPF (Laboratório de Produtos Florestais) no evento de reinauguração de sua sede e<br />

retorno à pasta do MMA (Ministério do Meio Ambiente). Garo Batamaian, diretor-geral do órgão, recebeu na comemoração<br />

feita com os servidores, Marina Silva, ministra do MMA e parceiros governamentais e não governamentais.<br />

Nas boas-vindas, Garo fez uma análise dos últimos anos do órgão e falou sobre os desafios, não só da reestruturação<br />

física, mas também da retomada da pauta ambiental, uma das prioridades do atual governo. “Agradeço a confiança que a<br />

ministra nos deu para reconstruir o SFB e à equipe que se manteve mesmo com tantas dificuldades. Após a reforma, estamos<br />

voltando à sede inicial e recriando departamentos como o jurídico e o de tecnologia. Nós estávamos também sem<br />

ouvidoria, sem a parte de comunicação institucional”, pontuou Garo.<br />

O diretor-geral destacou as competências do órgão, que, dentre outros, tem como objetivos conservar as florestas<br />

públicas, fomentar a regularização ambiental de imóveis rurais, promover o manejo florestal sustentável, além de gerir<br />

as concessões florestais em áreas públicas. “Serão realizadas novas concessões florestais até o fim do ano. Esses editais<br />

incluem a primeira gleba que seria de uma área não destinada e agora será para manejo florestal. Atualmente temos 23<br />

contratos de concessão assinados, que totalizam 1,3 milhão de ha (hectares) concedidos, gerando receita para os Estados<br />

e municípios e o mais importante: emprego e renda para a região”, afirmou Garo. O diretor-geral também valorizou a importância<br />

do LPF, que em seus 50 anos, presta diversos serviços técnicos especializados. “O laboratório realiza, por exemplo,<br />

em parceria com as polícias Federal e Rodoviária Federal, análise e identificação de madeiras ilegais apreendidas.<br />

Outro projeto muito relevante que o LPF está produzindo é um protótipo de habitação popular em madeira que poderá<br />

ser utilizado para construção de casas na zona rural” exaltou o diretor.<br />

Foto: Felipe Werneck/MMA Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Experiência compartilhada<br />

Com os registros constantes de queda no desmatamento tendo alcançado a diminuição de 70% de redução dos alertas<br />

de áreas desmatadas em agosto de 2023, o Pará vai compartilhar métodos da implementação dessa política pública ambiental<br />

com o Estado do Mato Grosso, por meio da SEMAS (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade ).<br />

“O Pará vem implementando êxitos na sua política de combate ao desmatamento com as operações: Amazônia Viva e<br />

Curupira; estratégias, que juntas já trazem importantes resultados, garantindo mais de 38 mil ha (hectares) de áreas ilegais<br />

embargadas e mais de 300 equipamentos apreendidos, somente este ano. Portanto, essa troca de experiências com o Mato<br />

Grosso é fundamental para que boas práticas sejam replicadas pelo país”, defendeu Mauro O’de Almeida, titular da SEMAS.<br />

Representantes da Polícia Civil do Mato Grosso e da DEMA (Delegacia Especializada do Meio Ambiente) já estiveram na<br />

sede da SEMAS, em Belém (PA), este mês, para conhecer a estrutura jurídica, física, tecnológica, procedimental de operações<br />

e de inteligência utilizada pela secretaria, além do aparato logístico da Polícia Civil do Pará.<br />

No seminário: Políticas Públicas Inovadoras, Comando e Controle e Mudanças Climáticas; que será realizado no mês de<br />

outubro em Cuiabá (MT), a SEMAS vai apresentar os cases de sucesso no enfrentamento aos crimes ambientais para que<br />

Mato Grosso considere adotar essas estratégias em suas ações. O evento terá participações de representantes do IPAM<br />

(Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais e<br />

Renováveis).<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Dentro das regras<br />

Em vigor desde dezembro de 2022, o Sistema DOF+ Rastreabilidade é a ferramenta de emissão, gestão e monitoramento do<br />

DOF (Documento de Origem <strong>Florestal</strong>), licença obrigatória para transporte e armazenamento de produtos florestais de espécies<br />

nativas do Brasil. A nova ferramenta foi desenvolvida para substituir o sistema DOF Legado, que esteve em funcionamento de<br />

2006 a 2022.<br />

O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) recomenda que os empreendedores<br />

do setor produtivo da madeira cadastrem seus pátios no novo sistema para garantir que novos créditos florestais possam ser<br />

comercializados. O pátio é denominado como o local de armazenamento dos produtos florestais do empreendimento. É nele<br />

que o usuário realiza as diferentes transações florestais relacionadas à emissão e ao recebimento de DOFs, conversão de produtos<br />

ou destinação final.<br />

Entre as seguranças providas pelo sistema está a garantia da origem legal de seu produto, pois o código de rastreio implantado<br />

no sistema é permanente e estará sempre indicando, de modo explícito e eficaz, o empreendimento e o local exato da origem<br />

do produto, além do atual ponto da cadeia produtiva e as transformações sofridas ao longo do caminho. O produto nunca<br />

perde a identificação e é, também, vantajoso para quem vende. O sistema também propicia a comercialização com os Estados<br />

que mais produzem madeira que é aplicado para as cargas que saem de Estados com sistema próprio e que não utilizam o DOF,<br />

como ocorre em Mato Grosso. O mesmo acontece com o Pará, que está em fase final de testes para a integração com o sistema<br />

DOF+; Além deles, com o sistema novo a burocracia foi diminuída consideravelmente na emissão do DOF.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Visto de cima<br />

A ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais) realizou o workshop: Utilização de drones na silvicultura. O treinamento,<br />

que aconteceu na sede da associada Agroflorestal Campo Alto, em Santa Cecília (SC), reuniu mais de 40 profissionais<br />

dos três Estados da região sul.<br />

A programação foi dividida em dois momentos. Pela manhã, quatro apresentações teóricas trouxeram temas como<br />

legislação, equipamentos, tecnologia e produtos utilizados pelos drones. Já na parte da tarde ocorreram duas dinâmicas. A<br />

primeira tratou do comportamento das moléculas utilizadas como herbicidas na silvicultura. A segunda foi uma demonstração<br />

de aplicação com drone em um plantio de pinus. O diretor-executivo da ACR, Mauro Murara Jr. agradeceu a associada,<br />

Agro <strong>Florestal</strong> Campo Alto, e as empresas Lavoro/Futuragro <strong>Florestal</strong> e Timber/Xag, por apoiarem a realização do evento.<br />

O workshop iniciou com a apresentação de Josué Andreas Vieira. O engenheiro agrônomo, aplicador aeroagrícola remoto<br />

e agente de desenvolvimento regional do SINDAG (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola) apresentou: Regulamentação<br />

para utilização de drones na silvicultura; que tratou, entre outros assuntos, sobre a legislação. O SINDAG atua em<br />

todo o território brasileiro e representa as empresas de serviços aéreos especializados de proteção à lavoura.<br />

O pesquisador e ex-professor, Pedro Christofoletti, abordou o tema: Comportamento dos herbicidas no solo e nas plantas.<br />

Christofoletti é mestre em agronomia, na área de especialização em fitotecnia pela Universidade de São Paulo – ESALQ e<br />

PhD em Weed Science (Ciência das Plantas Daninhas) pela Colorado State University. Tem pós-doutorado pela Colorado State<br />

University e é membro honorário da Weed Science Society of America. Pesquisador e professor aposentado, tem mais de 150<br />

trabalhos publicados.<br />

Fechando a programação técnica, o geógrafo e técnico em agropecuária, José Augusto de Almeida, apresentou: Qualidade<br />

da água e uso de adjuvantes no preparo e eficiência da calda para pulverização. José Augusto é técnico em agropecuária e<br />

geógrafo com 23 anos de carreira no agronegócio. Acumula experiências como consultor técnico e gerente de vendas.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Incentivo estatal<br />

A SEAPI-RS (Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul) promoveu, o primeiro<br />

curso de capacitação para cadastradores florestais, com a presença de cerca de 50 participantes. A atividade foi realizada<br />

pela DDV (Departamento de Defesa Vegetal), pois, a partir do dia 21 setembro, os novos cadastros de plantios florestais<br />

serão realizados exclusivamente por profissionais cadastradores florestais, através do SDA (Sistema de Defesa Agropecuária).<br />

Segundo Ricardo Felicetti, diretor do DDV, a secretaria tem na sua competência a manutenção do cadastro florestal, com<br />

todas as espécies de florestas plantadas e cultivadas no Estado. “Os produtores têm a obrigação de alimentar este cadastro<br />

através da SEAPI e a gente identificar a matriz florestal gaúcha para planejamentos de investimentos e uso dos recursos<br />

madereiros”, explica Ricardo.<br />

O ministrante do curso, Fabrício Azolin, chefe da divisão de florestas plantadas do DDV, tem expectativa de ampliar os<br />

cadastradores florestais. “É para que todos os profissionais vinculados a esta área - engenheiro agrônomos, engenheiros<br />

florestais, técnicos agrícolas, biólogos, agrimensores - tenham conhecimento de como vão utilizar a plataforma da SDA para<br />

fazer os cadastros online. Hoje temos 170 cadastradores na plataforma. Nossa meta é alcançar mais de mil para atingir todo<br />

o território do Rio Grande do Sul”, projetou Fabrício.<br />

Segundo a última edição da revista da Radiografia da Agropecuária Gaúcha (2023), o Rio Grande do Sul possui área de<br />

966,5 mil ha (hectares) de florestas plantadas, sendo o quarto maior exportador da área do Brasil, gerando US$ 1,9 bilhão e<br />

65 mil empregos diretos, em especial, nas regiões sul, campos de cima da serra e depressão central. As espécies predominantemente<br />

plantadas são eucalipto, pinus e acácia negra.<br />

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NOTAS<br />

Retorno anunciado<br />

Com o objetivo de fornecer recomendações sobre as melhores combinações de espécies madeireiras e não madeireiras<br />

para cada local e condição do Estado de São Paulo, a SEMIL (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística) desenvolveu<br />

e está lançando a plataforma digital Refloresta-SP. A ferramenta integra o Programa Refloresta-SP e traz, entre outras<br />

funcionalidades, a devida contrapartida já comunicada ao fim de cada consulta.<br />

“Com o Refloresta-SP os proprietários rurais e técnicos que os assistem têm acesso às melhores informações disponíveis,<br />

de forma rápida e objetiva”, garante a secretária Natália Resende. “É uma consultoria gratuita oferecida pela Semil a todos<br />

os interessados, facilitando a implantação de florestas multifuncionais, um importante objetivo estruturante para a questão<br />

ambiental”, completa. A ferramenta facilita eliminar a necessidade, por exemplo, de consultas a especialistas em silvicultura<br />

de espécies nativas para orientar a questão dessas florestas.<br />

Por trás da aparente simplicidade da plataforma está um investimento ambicioso, com quase 10 anos de estudos e coleta<br />

de informações para a criação do banco de dados e definição das premissas usadas nos cálculos. Outra preocupação foi com<br />

a qualidade da informação, tendo sido formado um comitê técnico científico, com representantes de Semil, universidades e<br />

sociedade civil, para zelar pela integridade do banco de dados. O Comitê deverá aprovar a incorporação de novas informações<br />

produzidas pela ciência e pelo monitoramento das florestas implantadas, e todas as alterações que forem necessárias.<br />

Assim, a ferramenta não ficará desatualizada nem será alterada sem critérios.<br />

O objetivo do Programa Refloresta-SP é o de incentivar a mudança do uso do solo em regiões de baixa cobertura vegetacional,<br />

em especial em áreas de pouca aptidão agrícola. Dentre os usos do solo e sistemas de produção fomentados pelo<br />

Programa destacam-se as florestas multifuncionais – plantadas para conciliar objetivos econômicos e ecológicos –, que visam<br />

à produção de madeira e produtos florestais não madeireiros, e à geração de serviços ecossistêmicos importantes para a<br />

sustentabilidade da atividade agropecuária e o bem-estar das pessoas.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Mais força na luta<br />

Diante da situação de emergência ambiental decretada pelo Estado do Amazonas, o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio<br />

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) firmou acordo de cooperação com o governo do Amazonas, por meio do<br />

SEMA (Secretário de Estado do Meio Ambiente), Eduardo Costa Taveira. Ficou acertada a participação do IBAMA para compor<br />

a sala de crise do Estado. O instituto acordou ainda o aumento no número de brigadas especialistas em fogo e a doação de<br />

equipamentos de combate a incêndios.<br />

Atualmente, 140 brigadistas do IBAMA e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), divididos<br />

em sete brigadas de incêndio, atuam no combate às chamas que atingem, principalmente, o sul do Estado e a região<br />

metropolitana de Manaus.<br />

No período de 1º a 27 de setembro de 2023 ocorreram 6.597 focos de calor no Amazonas, segundo o Inpe, 18% a menos<br />

do que no mesmo período do ano anterior. Apesar da queda no número de focos, o aumento da estiagem está sendo provocado<br />

pela influência do fenômeno climático El Niño. Segundo levantamento realizado pela defesa civil do Amazonas, por<br />

meio do CEMOA (Centro de Monitoramento e Alerta), 15 municípios das calhas do Alto Solimões, Juruá e Médio Solimões<br />

estão em situação de emergência. Outros 40 estão em estado de alerta e cinco em atenção. Ainda segundo a defesa civil do<br />

Estado, a previsão é que, devido o El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva, a estiagem deste ano seja prolongada e<br />

mais intensa se comparada a anos anteriores, podendo ultrapassar 50 o número de municípios afetados.<br />

Neste ano, o IBAMA aumentou em 18% o número de brigadistas em relação ao ano de 2022, com atuação de 2.101. Desses,<br />

57% das brigadas são de indígenas e quilombolas. No Amazonas três brigadas de incêndio são compostas por indígenas,<br />

duas em Humaitá e outra em Apuí. Em Apuí, o número de brigadistas era de 15 em 2022, agora são 29.<br />

Foto: MMA/Assessoria de Comunicação do Ibama<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Desde pequenos<br />

A educação ambiental é parte importante das estratégias do governo de Minas Gerais na prevenção ao desmatamento<br />

ilegal no Estado. Durante a Semana <strong>Florestal</strong> 2023, celebrada entre os dias 18 e 22 de setembro, em comemoração ao Dia da<br />

Árvore, o IEF (Instituto Estadual de Florestas) abordou esse tema em debates virtuais abertos à população. Além disso, o Estado<br />

doou 17 mil mudas de árvores e cerca de 6 mil foram plantadas por crianças, no mês de setembro, em todo o território<br />

mineiro. O objetivo é, por meio do plantio, promover a consciência sobre a preservação do meio ambiente.<br />

O combate ao desmatamento foi o foco da edição especial do XXVI SISEMA (Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos<br />

Hídricos) ComCiência, que fez parte da programação da Semana <strong>Florestal</strong>. O programa, apresentado pelo analista ambiental<br />

Alexandre Magrineli, abordou os avanços no trabalho de controle e monitoramento da cobertura vegetal do Estado<br />

com a utilização de novas tecnologias. Na oportunidade, o diretor de Controle, Monitoramento e Geotecnologia do IEF, Flávio<br />

Aquino, apresentou a plataforma Brasil Mais, que permite o compartilhamento de imagens de satélite diárias, acelerando,<br />

assim, a capacidade de resposta no combate ao desmate. Também durante o XXVI Sisema ComCiência, o superintendente de<br />

Fiscalização Ambiental da SEMAD (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), Gustavo Endrigo<br />

de Sá Fonseca, explicou como os dados do IEF subsidiam o planejamento e o trabalho de fiscalização das equipes do SISEMA.<br />

“A Polícia Militar de Meio Ambiente e a própria SEMAD fazem a fiscalização dos polígonos”, apontou Gustavo.<br />

O superintendente destacou que, em 2023, o atendimento foi de 75% das ocorrências. “Em 2022, foram feitas 10.634<br />

operações de fiscalização com um aumento de 51% em relação a 2021. Foram 45 mil ha (hectares) de área fiscalizados, com<br />

a identificação de 6.530 infrações”, afirmou, destacando ainda a reformulação da identidade visual das equipes de fiscalização,<br />

com a aquisição de uniformes.<br />

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NOTAS<br />

Manejo incentivado<br />

No mês de outubro, o IDAM-AM (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e <strong>Florestal</strong> Sustentável do Estado do Amazonas)<br />

vai dar início às tratativas para a implantação de dois PMFSPE (Planos de manejo florestal sustentável em pequena<br />

escala) nos municípios de Nova Olinda do Norte e Canutama, a 135 e 619 km (quilômetros) distante da Manaus, respectivamente.<br />

A iniciativa visa a exploração de madeira de forma legal e sustentável no Estado, além da geração de emprego e renda<br />

na região.<br />

Em Nova Olinda do Norte, o projeto é voltado à comunidade Monte Horebe e deve beneficiar 15 famílias na localidade<br />

com quem já realizaram reuniões. A ação acontece de 09 a 13 de outubro, e o encontro será realizado no PAE (Projeto de Assentamento<br />

Agroextrativista) Curupira. Já em Canutama, a ação para elaboração do PMFSPE acontece na Reserva Extrativista<br />

Canutama (Resex Canutama), de 14 a 27 de outubro. Dez famílias da comunidade Nova Vista serão beneficiadas com o plano.<br />

As atividades tem como objetivo a redução dos impactos ambientais para produtores rurais das regiões, segundo o diretor-presidente<br />

do IDAM, Vanderlei Alvino. O diretor-presidente explicou que o manejo florestal é uma técnica de extração<br />

voltada à redução do impacto ambiental e a exploração madeireira de forma sustentável. “O manejo florestal é a única forma<br />

do agricultor utilizar o recurso de RL (Reserva Legal), que, na Amazônia, representa 80% da área de sua propriedade. Por<br />

isso, os planos de manejo elaborados pelo IDAM serão utilizados para beneficiamento e melhor aproveitamento da madeira<br />

extraída de forma sustentável”, explicou Vanderlei.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Controle total<br />

Foto: divulgação<br />

A tecnologia utilizada pela SEMA-MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso) no combate aos<br />

crimes ambientais conta com o uso do geoprocessamento para monitorar todo o território estadual. A ferramenta<br />

reúne imagens de satélite de alta definição de diversas fontes e fornece em poucos minutos dados precisos de todo<br />

o uso do solo no Estado, incluindo de desmatamento.<br />

As informações estão reunidas no portal de metadados geográficos da SEMA-MT (Geoportal), que sistematiza<br />

e disponibiliza os dados geográficos produzidos pela secretaria. A tecnologia auxilia ainda em ações externas de<br />

fiscalização, a exemplo da Operação Amazônia, que combate crimes ambientais.<br />

“Além de áreas em desmatamento, por meio do geoprocessamento é possível realizar o monitoramento de focos<br />

de calor e de áreas queimadas, entre outras situações como casos de degradação e exploração florestal”, explicou<br />

a analista da Coordenadoria de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental, Olga Kummer, ao acrescentar<br />

que antes do uso dessa tecnologia, denominada Sistema Planet, só era possível acessar imagens de média resolução<br />

e de uma mesma área a cada cinco dias.<br />

A rotina do monitoramento da cobertura vegetal do Estado envolve a integração de dados cadastrais da Sema<br />

(MT) e informações provenientes de várias plataformas, como os alertas do Sistema Planet, do Sistema de DETER<br />

(Detecção do Desmatamento em Tempo Real), dados de focos de calor do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas<br />

Espaciais) e de cicatrizes de áreas queimadas da NASA (Agência Espacial dos EUA - Estados Unidos da América).<br />

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ecológico<br />

Potencial da biomassa florestal<br />

como fonte de energia para a<br />

indústria nacional<br />

Resíduos de serrarias e<br />

da colheita de madeira,<br />

que antes eram<br />

descartados a céu<br />

aberto, se tornaram um<br />

produto importante,<br />

tanto para as indústrias<br />

de base florestal, como<br />

para outras empresas<br />

que o adquirem com a<br />

finalidade de geração<br />

de energia<br />

A<br />

indústria florestal tem evoluído em muitos aspectos e adaptado<br />

seus processos às novas exigências do mercado. Neste percurso,<br />

passou a converter resíduos florestais, que antes eram considerados<br />

um passivo ambiental, em fonte de geração de energia<br />

renovável.<br />

A Lei Complementar nº 233/2005 que dispõe sobre a política florestal e<br />

também versa sobre a reposição florestal, acompanhada da Instrução Normativa<br />

Sema nº 06/2022, marcou uma mudança significativa, pois os resíduos<br />

florestais, que costumavam ser queimados a céu aberto após a supressão vegetal,<br />

passaram a ser aproveitados e transformados em bioenergia.<br />

Um exemplo notável é a indústria Madfreitas, localizada em Nova Maringá<br />

(MT), que adotou o direcionamento dos resíduos para a geração de energia.<br />

Desde a instalação de um picador em 2007 esses resíduos têm sido destinados<br />

a outras grandes indústrias, incluindo a produção de etanol de milho e cana-<br />

-de-açúcar, como Inpasa, FSC, Libra, além da Votorantim Cimentos.<br />

O estudo detalhado realizado pela SEMA-MT (Secretaria do Meio Ambiente<br />

de Mato Grosso), e com o apoio do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras<br />

e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso) sobre o CRV (Coeficiente de<br />

Rendimento Volumétrico) se mostrou fundamental para viabilizar projetos de<br />

manejo florestal sustentável. Aproveitar os tocos, raízes e galhos promove um<br />

uso mais completo e equilibrado dos recursos florestais. Resíduos de serrarias<br />

e da colheita de madeira, que antes eram descartados a céu aberto, se tornaram<br />

um produto importante, tanto para as indústrias de base florestal, como<br />

para outras empresas que o adquirem com a finalidade de geração de energia.<br />

É crucial enfatizar que a demanda por esse produto da madeira nativa<br />

continua crescendo em Mato Grosso, criando oportunidades promissoras para<br />

a indústria florestal. Nesse contexto, o valor equivalente ao total produzido<br />

em 2022 superou os volumes anuais anteriores (2020 e 2021), conforme<br />

levantamento realizado pelo CIPEM com base nos indicadores reunidos pela<br />

FIEMT (Federação das Indústrias de Mato Grosso), a partir de série histórica<br />

iniciada em 2015. No ano passado, foram faturados R$ 310,1 milhões com a<br />

produção anual de 3,5 milhões de m3 (metros cúbicos), representando alta<br />

anual de 119,53%.<br />

Diante da alta demanda, é imperioso que o órgão ambiental licenciador<br />

estabeleça procedimentos com prazos de análise condizentes com a realidade<br />

dos empreendimentos que produzem biomassa para geração de energia, pois<br />

estes possuem processos e tempos diferentes, muito mais curtos em relação<br />

ao manejo. Caso o corpo técnico do órgão ambiental competente não consiga<br />

ajustar o atendimento aos prazos demandados pelo mercado consumidor, outras<br />

indústrias serão penalizadas, principalmente aquelas de base florestal.<br />

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Foto: Fábio Queiroz/Agência Alesc<br />

“Temos uma grande cadeia<br />

produtiva, mas não há um<br />

plano de governo para<br />

o incremento e para a<br />

discussão de questões<br />

ambientais. Vamos criar<br />

projetos neste sentido”<br />

Deputado José Milton Scheffer (PP),<br />

coordenador da frente parlamentar de<br />

silvicultura de Santa Catarina<br />

“Os custos logísticos estabelecem<br />

que, cada vez mais, a indústria,<br />

especialmente da celulose, esteja<br />

próxima da floresta. Com essa<br />

atualização que esperamos,<br />

é um caminho que se abre<br />

para destravar investimentos<br />

em novas plantas industriais.<br />

Temos um diferencial, além das<br />

áreas para o plantio, que é a<br />

proximidade com o Porto de Rio<br />

Grande”<br />

Luiz Augusto Alves, presidente da AGEFLOR<br />

(Associação Gaúcha de Empresas Florestais),<br />

sobre a situação atual da silvicultura no Estado<br />

“O quanto antes você<br />

identificar a probabilidade<br />

desse incêndio ocorrer,<br />

pode mobilizar as<br />

instituições responsáveis<br />

para apagar o fogo. É uma<br />

ferramenta auxiliar para<br />

essas instituições. Padrões<br />

meteorológicos podem indicar<br />

que vai ocorrer o incêndio.<br />

Seria relevante para as<br />

instituições, que monitoram<br />

e trabalham com esse tipo de<br />

acidente”<br />

Fábio Teodoro de Souza, pesquisador da PUC (PR),<br />

em entrevista a Agência Brasil sobre o sistema de<br />

inteligência artificial desenvolvido com o intuito<br />

de prevenir incêndios florestais<br />

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ENTREVISTA<br />

Donos da<br />

TERRA<br />

Owners of the lands<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

M<br />

uito antes do descobrimento os indígenas<br />

já estavam no Brasil. Plantando, colhendo e<br />

aproveitando tudo que a terra podia oferecer.<br />

Mais de 500 anos depois essa realidade mudou<br />

e o indígena busca por melhoria de vida e adequada inserção<br />

na sociedade. O cacique Paresí Ronaldo Zokezomaiake,<br />

fala da importância da liberdade dos indígenas de explorarem<br />

suas terras, das possibilidades do manejo sustentável e como a<br />

abertura da economia pode elevar a qualidade de vida dentro<br />

das comunidades.<br />

Ronaldo<br />

Zokezomaiake<br />

L<br />

ong before its discovery by the Portuguese, Indians<br />

were already living in Brazil, planting, harvesting,<br />

and taking advantage of all the land could<br />

offer. More than 500 years later, this reality has<br />

changed, and the search for life improvement and<br />

insertion into society. Paresí Chief Ronaldo Zokezomaiake talks<br />

about the importance of indigenous peoples’ freedom to exploit<br />

their lands, the possibilities of sustainable management, and<br />

how opening up the economy can raise the quality of life within<br />

indigenous communities.<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Cacique Paresí<br />

Paresí Chief<br />

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ENTREVISTA<br />

>> É o líder de uma das aldeias Paresí. Em qual região estão<br />

localizados?<br />

Sou líder indígena do povo Háliti Paresis, moro na aldeia<br />

Vale do Rio Papagaio, no município de Sapezal (MT), terra<br />

indígena Utiariti.<br />

>> Qual a importância da liberdade de uso da terra para os<br />

indígenas?<br />

É importante para continuar a nossa existência como um<br />

povo que preza por sua cultura e essência. Dentro da terra<br />

indígena são feitas as nossas celebrações, festividades, porque<br />

é na terra indígena que temos as nossas identidades e<br />

características. É bom lembrar que a terra indígena é diferente<br />

das áreas de reservas indígenas. As reservas são terras<br />

demarcadas para aqueles povos que perderam por um ou<br />

outro motivo as suas terras tradicionais e não têm mais<br />

como a retomar de volta.<br />

>> Recentemente foi derrubada uma normativa que liberava<br />

o manejo florestal sustentável em terras indígenas. Qual<br />

sua visão sobre essa decisão?<br />

É uma decisão precipitada, pois vejo que um plano de manejo<br />

sustentável poderia gerar condições viáveis econômicas<br />

dentro da legalidade e das normas ambientais para aquelas<br />

populações que buscam o seu desenvolvimento econômico<br />

nas terras. Uma vez que não tem esse plano, a população<br />

indígena vai continuar na informalidade e na ilegalidade,<br />

trazendo mais problemas para a questão ambiental e até<br />

mesmo para o governo federal. Acredito que a melhor alternativa<br />

é criar um plano que seja viável para a população<br />

indígena, pois nós, as comunidades indígenas, dependemos<br />

do meio econômico e do meio ambiente natural. Nada melhor<br />

que o próprio índio preservar o seu território também<br />

tirando dele o seu sustento.<br />

>> Sua comunidade se destaca muito pelo agro, mas se<br />

tivesse a possibilidade de realizar o manejo florestal, ele<br />

seria aplicado?<br />

Nós habitamos o Chapadão, uma região de cerrado, e aqui<br />

não tem floresta, mas se for preciso e for uma fonte econômica<br />

viável claro que a gente estaría buscando essa alternativa.<br />

Para nós não é uma alternativa o manejo florestal por<br />

questões naturais, mas é uma alternativa possível para os<br />

outros povos indígenas, que têm floresta em suas terras.<br />

You are the leader of one of the Paresí villages. In which<br />

region is your village located?<br />

I am an indigenous leader of the Háliti Parecis people; I live<br />

in the village Vale do Rio Papagaio, in the municipality of<br />

Sapezal (MT), Utiariti indigenous land.<br />

What is the importance of freedom of land use for indigenous<br />

peoples?<br />

Freedom of land use is vital to continue our existence as a<br />

people who cherish their culture and essence. Within the<br />

indigenous land, our celebrations and festivities are held because<br />

it is on the indigenous land that we have our identities<br />

and characteristics. It is good to remember that indigenous<br />

land differs from indigenous reserve areas. The reserves are<br />

demarcated lands for those peoples who have lost their traditional<br />

lands for one reason or another and can no longer<br />

take them back.<br />

Recently, a regulation that freed up sustainable forest<br />

management on indigenous lands was overturned. What is<br />

your view on that decision?<br />

It is a hasty decision because a Sustainable Management<br />

Plan could generate viable economic conditions within the<br />

environmental norm legality for those populations seeking<br />

economic development within their lands. If this plan no<br />

longer exists under this decision, the indigenous people<br />

will continue in informality and illegality, creating more<br />

environmental problems and even problems for the Federal<br />

Government. I believe that the best alternative is to create a<br />

viable plan for the indigenous population because we, the indigenous<br />

communities, depend on the economic and natural<br />

environments. Nothing is better than the Indians preserving<br />

their lands and taking their sustenance from them.<br />

Your community stands out a lot for its agriculture, but<br />

would Forest Management be carried out if it could be<br />

carried out?<br />

We live in the Chapadão, a Region in the Cerrado, and here,<br />

there is no forest, but if it is necessary and a viable economic<br />

source, we would be looking into this alternative. For us,<br />

Forest Management is not an alternative for natural reasons<br />

but a possible alternative for other indigenous peoples with<br />

forests on their lands.<br />

Nada melhor que o próprio índio preservar o seu<br />

território também tirando dele o seu sustento<br />

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ENTREVISTA<br />

>> Em seu contato com outras tribos, o manejo florestal é<br />

discutido por outras lideranças? Essa prática é uma porta<br />

para o desenvolvimento econômico e social de outras tribos?<br />

O povo Rikbaktsá, de etnia Caiapó do Sul do Pará, já tinha o<br />

projeto de manejo florestal pronto só aguardando a aprovação<br />

e se sentiram muito frustrados com a decisão, pois já<br />

havia um planejamento da vida deles baseado nesse projeto<br />

de manejo florestal. É uma alternativa viável para a população<br />

indígena e também até para o meio natural, pois uma<br />

árvore velha não sequestra carbono como uma árvore nova,<br />

então quando se faz o manejo a possibilidade de sequestro<br />

de carbono é muito maior do que permanecer com uma floresta<br />

sem manejo. Isso traria melhorias para a comunidade<br />

e para a floresta.<br />

>> Como é feito o combate ao madeireiro ilegal na área da<br />

sua comunidade?<br />

Na verdade existe uma experiência que o veneno da cobra<br />

é curado com o próprio veneno. Criar um projeto viável,<br />

legal, que dá autonomia para a própria comunidade fazer<br />

esse combate, isso cria um sentimento de defesa da comunidade<br />

sobre a floresta. Quem está fazendo o certo não vai<br />

concordar com terceiros cometendo ilegalidades e retirando<br />

madeira de forma criminosa. A única forma de se combater<br />

o desmatamento seria regulamentando essas atividades e<br />

dando essa autonomia para a própria comunidade indígena.<br />

>> Quais as maiores dificuldades enfrentadas por sua comunidade?<br />

Que o governo nos reconheça como povos capazes de fazer<br />

sua gestão própria e que possa subsidiar os nossos projetos<br />

através de linhas de créditos. Reconhecer os nossos produtos<br />

como produção saudável e sustentável.<br />

>> Existe muita resistência por parte de ONGs em relação<br />

ao trabalho feito por vocês?<br />

Sim, pois essas organizações se sustentam das nossas incapacidades.<br />

Atuam como se fossem nossas babás. Acredito<br />

que isso ocorre quando o governo não assume os seus compromissos<br />

com a população indígena e com meio ambiente.<br />

As ONGs não gostam de que os indígenas sejam autônomos,<br />

In your contact with other tribes, is Forest Management<br />

discussed by other leaders? Is this practice a gateway to<br />

economic development?<br />

The Rikbaktsá people of the Caiapó ethnic group from the<br />

south of Pará already had a Forest Management Project<br />

ready, just waiting for approval, and felt very frustrated<br />

with the decision because there was already a plan for<br />

their lives based on this Forest Management Project. It is<br />

a viable alternative for the indigenous population and the<br />

natural environment because an old tree does not sequester<br />

carbon like a new tree, so when management is carried<br />

out, the possibility of carbon sequestration is much greater<br />

than staying with an unmanaged forest. This would bring<br />

improvements to the community and the forest.<br />

How is the fight against illegal harvesting being carried out<br />

on your community’s lands?<br />

There is truth in an experience where the venom of the<br />

snake was cured with the venom itself. Creating a viable, legal<br />

project that gives autonomy to the community to do this<br />

fighting creates a feeling of defense by the community over<br />

the forest. Those who are carrying out the right thing will<br />

not agree with third parties committing illegalities and criminally<br />

removing timber. The only way to combat deforestation<br />

would be to regulate these activities and give autonomy<br />

to the indigenous community.<br />

What are the most significant difficulties faced by your<br />

community?<br />

The Government must recognize us as people capable of<br />

doing their own management and that we can subsidize our<br />

projects through lines of credit. Recognize our products as<br />

healthy and sustainable production.<br />

Is there a lot of resistance from NGOs to the work you do?<br />

Yes, because these organizations sustain themselves from<br />

our incapacities. They act as if they were our nannies. This<br />

occurs when the Government does not assume its commitments<br />

to the indigenous population and the environment.<br />

NGOs do not like indigenous people to be autonomous<br />

because we will not need them anymore. In our case, we are<br />

not against these institutions. We believe we can be partners<br />

As ONGs não gostam de que os indígenas sejam<br />

autônomos, pois aí não precisaremos mais deles<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

pois aí não precisaremos mais deles. No nosso caso, não<br />

somos contras essa instituição. Acreditamos que podemos<br />

ser parceiros em várias situações quando for preciso. Só não<br />

podem ser as ONGs a decidir por nós o nosso projeto de<br />

vida. Acredito também que essas ONGs deveriam declarar<br />

suas receitas, pagar impostos e serem fiscalizados pelos órgãos<br />

de controle do governo, assim como qualquer empresa<br />

prestadora de serviço.<br />

>> Na sua visão, aproveitar os recursos da floresta de maneira<br />

econômica deveria ser um direito de toda comunidade<br />

indígena?<br />

Na constituição isso já está previsto, temos usufruto exclusivo.<br />

Só é preciso que cada povo elabore seu plano de gestão<br />

e apresente ao governo para que essas atividades tenham<br />

legitimidade. Algumas atividades, como manejo florestal,<br />

precisam ser regulamentadas para ter segurança para a comunidade<br />

e respaldo junto às autoridades.<br />

>> Qual a importância de mudar a imagem do indígena que<br />

é ensinada nas escolas, o índio da época do descobrimento?<br />

É importante que a sociedade veja os indígenas como<br />

pessoas comuns, nos diferenciando apenas por nossas<br />

identidades naturais e não nos ver como seres silvestres<br />

como é ensinado nas escolas. É importante mostrar como<br />

eram os indígenas no período colonial e como é o indígena<br />

contemporâneo. Estamos conectados com a tecnologia e<br />

temos domínio de conhecimentos técnicos em várias áreas<br />

acadêmicas. Mas isso não nos faz com que deixemos de ser<br />

indígenas nativo brasileiros.<br />

>> Em uma entrevista recente usou a frase: O índio pode<br />

ser o que quiser, sem deixar de ser quem ele é; qual sua<br />

intenção com essa frase?<br />

Nós indígenas temos o total direito de escolher o nosso formato<br />

de vida sem perder a nossa identidade. Posso ser um<br />

astronauta, mas serei um astronauta indígena Paresí. Posso<br />

ser um médico, mas serei um médico indígena Paresí. Quero<br />

dizer que podemos ser o que quiser sem deixar de ser um<br />

indígena natural brasileiro.<br />

in various situations when necessary. Just, NGOs cannot<br />

decide our life project for us. I also think these NGOs should<br />

declare their revenues, pay taxes, and be monitored by<br />

Government control bodies, just like any company providing<br />

a service.<br />

In your view, should the economical use of forest resources<br />

be a right of every indigenous community?<br />

This is already provided for in the Brazilian Constitution,<br />

where we have exclusive usufruct. It is only necessary that<br />

each indigenous community elaborate its Management Plan<br />

and present it to the Government so that these activities<br />

have legitimacy. Some activities, such as Forest Management,<br />

need to be regulated to have security for the community<br />

and support from the authorities.<br />

What is the importance of changing the indigenous<br />

people’s image taught in schools, the Indian of the time of<br />

discovery?<br />

Society must see indigenous people as ordinary people,<br />

differentiating us only by our natural identities and not<br />

seeing us as wild beings as is taught in schools. It is essential<br />

to show what the indigenous people were like in the colonial<br />

period and what the contemporary indigenous is like. We are<br />

connected with technology and have mastery of technical<br />

expertise in various academic areas. But that does not stop<br />

us from being indigenous native-born Brazilians.<br />

In a recent interview, you said, “The Indian can be whatever<br />

he wants without ceasing to be who he is.” What did<br />

you mean by that?<br />

We indigenous people have the right to choose our way of<br />

life without losing our identity. I may be an astronaut, but<br />

I will be an indigenous Paresí astronaut. I may be a doctor,<br />

but I will be an indigenous Paresí doctor. That is what I mean<br />

when I say, “We can be whatever we want without ceasing<br />

to be a Brazilian indigenous people.”<br />

Is there anything else you would like to say?<br />

I would like to thank REFERÊNCIA magazine for the space<br />

granted so that we could transmit to the Brazilian people<br />

A única forma de se combater o desmatamento seria<br />

regulamentando essas atividades e dando essa<br />

autonomia para a própria comunidade indígena<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


extremo<br />

Construídas em chapas extremamente grossas de aço<br />

certificado ASTM A572 grau 50 e aço martensítico temperado e<br />

revenido certificados, com dureza de 450 HB e limite de<br />

escoamento de aproximadamente 1200 MPa;<br />

A série SR conta com pinos e buchas maiores, com mais área<br />

de contato, e parte destes pinos produzidos em aço SAE 4140<br />

temperados por indução;<br />

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árvores inteiras em operações extremamente severas durante<br />

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ENTREVISTA<br />

>> Que mensagem espera passar para a sociedade?<br />

Quero aqui agradecer a revista REFERÊNCIA pelo espaço<br />

cedido para que possamos transmitir ao povo brasileiro o<br />

que pensamos e que essa entrevista possa contribuir para a<br />

construção de uma nova política indígena, onde o indígena<br />

seja o protagonista da sua própria autonomia econômica e<br />

social.<br />

>> O STF (Supremo Tribunal Federal) votou a revogação do<br />

Marco Temporal. Qual sua visão sobre essa decisão?<br />

A decisão do STF só manteve o que já está escrito na Constituição<br />

Federal de 1988. Para nós não muda nada, pois o<br />

que já estava na lei nos dava essa segurança. Agora, para os<br />

agricultores e produtores, que temos muito contato, abre-se<br />

uma questão relacionada a insegurança jurídica. Como serão<br />

feitos investimentos em terras que não se sabe de quem<br />

é a propriedade? Isso coloca o agronegócio em uma situação<br />

muito complicada. Os relatores dessa PEC (Proposta<br />

de Emenda Constitucional) aproveitaram de um momento<br />

onde as emoções estão mais afloradas e não se basearam<br />

na lógica e razão para definir esses pontos do Marco Temporal.<br />

Quando a Constituição de 1988 foi feita foram ouvidos<br />

os indígenas, Ailton Krenak, Marco Terena e tantos outros<br />

líderes das nossas comunidades e isso foi muito favorável<br />

para os povos originários. Nessa PEC faltou darem ouvidos e<br />

procurarem os indígenas, saber nossa visão sobre questões<br />

que envolvem nossos territórios.<br />

>> Defende que só a demarcação resolveria o problema?<br />

Não acredito que demarcar mais terras indígenas seja a solução<br />

para o problema de terras para as comunidades, mas<br />

para demarcar é necessário criar um projeto para auxiliar na<br />

manutenção dessa comunidade dentro desse território. E<br />

não falo apenas de auxílios de saúde e alimentação momentâneos,<br />

mas abrir possibilidades para o desenvolvimento<br />

econômico dessas comunidades, para que elas possam se<br />

estruturar, se sustentar com o fruto do seu trabalho. Uma<br />

medida nesse formato, na minha visão, teria o apoio dos<br />

indígenas e seria uma solução muito melhor do que a que<br />

foi proposta.<br />

what we think, and I hope that this interview can contribute<br />

to the construction of a new indigenous policy where the indigenous<br />

people are the protagonists of their own economic<br />

and social autonomy.<br />

The Supreme Court (STF) voted to repeal the Temporal<br />

Framework. What is your take on that decision?<br />

The decision of the STF only maintained what was already<br />

written in the Federal Constitution of 1988. It does not<br />

change anything because what was already in the law gave<br />

us this security. Now, a question related to legal uncertainty<br />

applies to farmers and producers with whom we have a lot<br />

of contact. How will investments be made in land that is<br />

not known to whom it is owned? This puts agribusiness in<br />

a very complicated situation. The proposers of this Proposed<br />

Constitutional Amendment (PEC) took advantage of<br />

a moment when emotions surfaced more and did not rely<br />

on logic and reason to define these points of the Temporal<br />

Framework. When the Constitution of 1988 was made, the<br />

indigenous peoples, Ailton Krenak, Marco Terena, and many<br />

other leaders of our communities were heard, which was<br />

very favorable for the indigenous peoples. For this PEC, it<br />

was necessary to listen and seek out the indigenous peoples<br />

to know our vision on issues that involve our lands, which<br />

did not happen.<br />

Do you think that only demarcation would solve the problem?<br />

I do not believe that demarcating more indigenous lands is<br />

the solution to the problem of land for communities, but to<br />

demarcate is necessary to create a project to assist in the<br />

maintenance of this community within these lands. And I am<br />

not just talking about momentary health and food aids, but<br />

the creation of possibilities for the economic development<br />

of these communities so that they can structure themselves<br />

and sustain themselves with the fruit of their labor. In my<br />

view, a measure in this format would have the support of<br />

the indigenous people and would be a much better solution<br />

than the one proposed.<br />

O povo Rikbaktsá, de etnia Caiapó do Sul do Pará,<br />

já tinha o projeto de manejo florestal pronto só<br />

aguardando a aprovação e se sentiram muito frustrados<br />

com a decisão, pois já havia um planejamento da vida<br />

deles baseado nesse projeto de manejo florestal<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


EXCELENCIA EM<br />

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COLUNA<br />

Orientações para o<br />

abastecimento seguro<br />

da motosserra (parte 2)<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />

Doutorando em Engenharia Agrícola<br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Queimaduras, explosões, alergias e contaminação do solo<br />

são alguns dos riscos ao abastecer a motosserra<br />

N<br />

a edição anterior começamos a ver as<br />

principais orientações para que o abastecimento<br />

da motosserra seja feito do modo<br />

mais seguro possível. Fazendo uma rápida<br />

recapitulação, foi destacada a importância<br />

de selecionar um local adequado, que evite o acúmulo de<br />

gases e proteja o operador; A utilização dos EPIs, que é<br />

indispensável em toda a operação e nesse momento não<br />

pode ser vista de maneira diferente;<br />

Desligar a motosserra, que evita alto volume de respingos<br />

e desperdício de combustível; e a utilização de<br />

recipientes adequados, que devem ser dedicados aos<br />

combustíveis.<br />

Confira agora mais cinco orientações para garantir que<br />

o abastecimento seja correto e seguro em todas as suas<br />

etapas.<br />

bustível próximo à abertura do tanque para evitar derramamentos.<br />

É fundamental manter um controle firme<br />

sobre o recipiente durante o abastecimento, bem como,<br />

abastecer o suficiente, mas com cuidado para não ocorrer<br />

o transbordamento.<br />

8. Certificar-se de que o tanque está bem fechado<br />

Após abastecer, deve-se fechar o tanque de combustível<br />

de forma adequada e segura, verificando se não há<br />

vazamentos e se a tampa está bem rosqueada.<br />

9. Limpeza de derramamentos<br />

Se por ventura ocorrer algum derramamento durante<br />

o abastecimento, é preciso limpá-lo imediatamente, usando<br />

os equipamentos de proteção individual adequados.<br />

Jamais se deve ligar a máquina até que o derramamento<br />

seja completamente controlado, o local esteja limpo e os<br />

vapores tenham se dissipado.<br />

5. O abastecimento deve ser feito em locais e<br />

superfícies planas<br />

É preciso acomodar a motosserra em uma superfície<br />

plana e estável antes de começar a abastecer. Isso evita<br />

derramamentos e transbordamentos acidentais e, consequentemente,<br />

a contaminação do solo.<br />

6. Limpeza do bocal do tanque<br />

Antes de abrir o tanque de combustível da motosserra<br />

para abastecer, é importante<br />

limpar qualquer resíduo ou<br />

sujeira por ventura depositado<br />

nessa região. Essas partículas,<br />

se não retiradas, caem no tanque<br />

e, com o tempo, podem<br />

entupir o filtro de combustível,<br />

trazendo prejuízos para o funcionamento<br />

da máquina.<br />

7. Abastecer com<br />

cuidado<br />

É importante abrir o<br />

tanque de combustível com<br />

cuidado e aos poucos, para<br />

tirar a pressão, dessa forma<br />

são evitados respingos. Ao<br />

abastecer, deve-se segurar o<br />

bico do recipiente de com-<br />

O abastecimento seguro da motosserra é essencial<br />

para minimizar os riscos de acidentes e garantir a segurança<br />

do operador e das pessoas que por ventura estejam<br />

próximas. Seguindo essas orientações na prática, é possível<br />

garantir um ambiente de trabalho seguro, livre de acidentes,<br />

e ainda aumentar a vida útil da máquina e cuidar<br />

do meio ambiente.<br />

Foto: divulgação<br />

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A HFort tem como missão<br />

fornecer soluções que<br />

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prosperidade e qualidade de<br />

vida das pessoas. Nossa visão<br />

é de ser um player relevante do<br />

mercado global, mantendo<br />

sempre nossos valores com<br />

amplo respeito, proximidade<br />

com o cliente, inovação e<br />

comprometimento.


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anos<br />

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Sinônimo<br />

DE EXCELÊNCIA<br />

Fabricante de formicidas celebra 55 anos de<br />

inovação no combate de pragas florestais<br />

Fotos: divulgação<br />

Synonymous with<br />

excellence<br />

An ant bait manufacturer<br />

celebrates 55 years of innovation<br />

in combating forest pests<br />

Outubro 2023<br />

57


PRINCIPAL<br />

Aatenção aos detalhes faz toda a diferença no<br />

processo da silvicultura. Medições precisas,<br />

análises minuciosas e olhar atento às novas<br />

tecnologias, refletem diretamente na produtividade<br />

do ciclo florestal. As pragas florestais<br />

são silenciosas e exigem cuidado absoluto para que um ciclo<br />

florestal não seja prejudicado ou perdido ainda nos primeiros<br />

meses do plantio das mudas. A Dinagro, especialista na<br />

fabricação de iscas formicidas, atua há 55 anos fornecendo<br />

soluções efetivas e inovadores para o combate de formigas<br />

cortadeiras, o que eleva a produção e garante os resultados<br />

ao final do ciclo florestal.<br />

Fundada em Ribeirão Preto (SP), no mês de agosto de<br />

1968, por Izidro Pedro de Freitas e Salvatore Romano, a empresa<br />

nasceu com o intuito de suprir a demanda de formicidas,<br />

que havia no mercado nacional. Na época, os formicidas<br />

eram importados dos EUA (Estados Unidos da América) por<br />

meio da Secretaria de Estado da Agricultura, que chegava ao<br />

Brasil em quantidades reduzidas e ainda sofria com a desconfiança<br />

dos produtores, pois não conheciam o produto e não<br />

acreditavam em sua eficiência. Mesmo dentro de um cenário<br />

de desconfiança, era um mercado com grande potencial e os<br />

dois sócios se lançaram nessa empreitada.<br />

Após uma série de testes, ajuda de um químico e muita<br />

perseverança, em junho de 1969, a Dinagro realizou a primeira<br />

venda de um formicida produzido nacionalmente. Entre<br />

os anos de 1969 e 1975, a Dinagro passou por sua primeira<br />

A<br />

ttention to detail makes all the difference in the<br />

forestry process. Precise measurements, minuscule<br />

analysis, and a close look at new technologies<br />

directly reflect on the productivity of the forest<br />

cycle. Forest pests are silent and require absolute<br />

care so that a forest cycle is not harmed or lost even during the<br />

first months after planting the seedlings. Dinagro, a specialist in<br />

the manufacture of ant baits, has been operating for 55 years,<br />

supplying effective and innovative solutions to combat leaf-cutting<br />

ants, which leads to increased production and guarantees results<br />

at the end of the forest cycle.<br />

Founded in Ribeirão Preto (SP) in August 1968 by Izidro Pedro<br />

de Freitas and Salvatore Romano, the Company was born to supply<br />

the demand for ant baits in the domestic market. At the time, the<br />

ant baits were imported from the United States through the Secretary<br />

of State for Agriculture. The baits arrived in Brazil in small<br />

quantities and even suffered from the distrust of forest producers<br />

because they did not know the product and did not believe in its<br />

efficiency. Even within a scenario of mistrust, it was a market with<br />

great potential, and the two partners launched into this endeavor.<br />

After a series of tests, help from a chemist, and much perseverance,<br />

in June 1969, Dinagro held the first sale of a domesticaly<br />

produced formicide. Between the years 1969 and 1975, Dinagro<br />

went through its first major expansion, with the increase in production,<br />

the purchase of a new headquarters, where it is to this<br />

day, and the change of format from powder baits to pellets, which<br />

was carried out after the purchase of equipment from Switzerland.<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


grande expansão, com ampliação da produção, compra de<br />

uma nova sede, onde está até hoje, e também a mudança de<br />

formato da isca de farelo para pellets, que foi realizado após a<br />

compra de um equipamento vindo da Suíça. Essas mudanças<br />

fizeram com que a Dinagro conquistasse um grande mercado<br />

e o nome da empresa se estabeleceu como uma referência<br />

no segmento de formicidas.<br />

Final da década de 1970 foi um momento de grande<br />

crescimento do setor de silvicultura, que foi impulsionado<br />

por siderúrgicas e empresas de celulose e papel. E a Dinagro<br />

pôde aproveitar esse momento para crescer em conjunto. No<br />

mesmo embalo, a empresa buscou a expansão de sua marca<br />

e se tornou uma das principais fabricantes de formicidas para<br />

os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso.<br />

A personalidade inovadora e pioneira presentes desde<br />

a fundação, formam o DNA da Dinagro. Um exemplo disso<br />

foi a investimento em um computador ainda na década de<br />

1980, a melhor tecnologia disponível na época. O mesmo<br />

auxiliou no controle e levantamento de dados comerciais da<br />

Dinagro, o que aperfeiçoou processos internos da empresa.<br />

ISCA RESISTENTE À ÁGUA<br />

Para a Dinagro não basta apenas ser a primeira a produzir<br />

as iscas formicidas no Brasil, era necessário inovar e trazer<br />

algo único. Dessa busca incessante nasceu a isca formicida<br />

resistente à água, um produto que alçou a Dinagro a voos<br />

ainda mais altos. Por estar em um país tropical e com grande<br />

incidência de chuvas, esse produto surgiu suprindo uma<br />

demanda de grande valia para todo o mercado tupiniquim.<br />

Maria Fernanda Schiaveti Simões, engenheira florestal da<br />

Dinagro, explica que a atividade das formigas cortadeiras é<br />

mais intensa em períodos de alta temperatura e alta umidade<br />

relativa, o que coincide com o período do verão em algumas<br />

regiões do país. “A isca Dinagro-S resistente é a melhor op-<br />

These changes allowed Dinagro to conquer a larger market, and<br />

the Company’s name was established as a reference in the ant<br />

bait segment.<br />

The late 1970s was a time for remarkable growth in the Forestry<br />

Sector, which was driven by the demand from steel mills<br />

and pulp and paper companies. And Dinagro took advantage of<br />

this moment to grow together. In the same vein, the Company<br />

sought the expansion of its brand and became one of the leading<br />

manufacturers of ant baits for supplying the States of Minas Gerais,<br />

São Paulo, Goiás, and Mato Grosso.<br />

The innovative and pioneering personality present since the<br />

foundation forms the Dinagro DNA. An example was the investment<br />

in a computer in the 1980s, the best technology available<br />

then. The same assisted in the control and collection of commercial<br />

data of Dinagro, which improved the Company’s internal processes.<br />

WATER-RESISTANT BAIT<br />

For Dinagro, it was not enough just to be the first to produce<br />

ant baits in Brazil, it was necessary to innovate and provide<br />

something unique. From this constant search was born the<br />

water-resistant ant bait, a product that took Dinagro to an even<br />

higher level. Being in a tropical country with a high incidence of<br />

rainfall, this product emerged, meeting the demand for the entire<br />

Brazilian market. Maria Fernanda Schiaveti, a Forestry Engineer<br />

at Dinagro, explains that the activity of leaf-cutting ants is more<br />

intense in periods of high temperature and high relative humidity,<br />

which coincides with the summer period in some regions of the<br />

Country. “The water-resistant Dinagro-S bait is the best option for<br />

this situation because the application can be carried out at all times<br />

of the year, including on rainy days and with intermittent rains.”<br />

describes Simões. In the Engineer’s view, leaf-cutting ant control<br />

is essential in all forest development phases. The use of ant bait<br />

based on the active ingredient, Sulfluramid, is the most indicated<br />

method in the control of this pest because it is the most practical,<br />

Outubro 2023<br />

59


PRINCIPAL<br />

ção para essa situação, pois a aplicação pode ser realizada<br />

em todas as épocas do ano, inclusive em dias chuvosos e<br />

com chuvas intermitentes”, descreve Maria Fernanda. Na<br />

visão da engenheira, o controle de formigas cortadeiras é<br />

imprescindível em todas as fases da floresta e a utilização de<br />

isca formicida à base do ingrediente ativo, a Sulfluramida, é<br />

o método mais indicado no controle desta praga por ser o<br />

mais prático, econômico, sustentável e eficiente para todas<br />

as regiões do Brasil.<br />

O trabalho realizado no campo obtém ótimos resultados,<br />

pois um time de pesquisadores e químicos se dedica a<br />

encontrar as melhores soluções desde o laboratório. Daniel<br />

Frederico, engenheiro químico da Dinagro, ressalta que a<br />

empresa possui uma linha de pesquisa voltada à preparação<br />

de novas moléculas com potencial de aplicação na área<br />

agrícola, bem como, a modificação estrutural de moléculas<br />

com atividade biológica já definida. “Nossa pesquisa utiliza<br />

compostos orgânicos naturais e abundantes como matéria-<br />

-prima e os produtos obtidos destas modificações estruturais<br />

são enviados a universidades para o estudo de sua possível<br />

aplicação em diversas áreas”, relata Daniel.<br />

As iscas resistentes à água são um grande sucesso, mas<br />

nem por isso saem do radar do time de pesquisa. Daniel<br />

conta que esse produto, assim como toda a linha Dinagro, é<br />

alvo de constantes estudos em busca de melhorias, mas que<br />

a isca resistente à água recebe uma atenção especial por ser<br />

uma referência no mercado. “Estudos levaram a modificações<br />

no processo produtivo e que proporcionaram melhorias<br />

significativas nas características físicas da isca, aumentando<br />

ainda mais sua resistência à umidade”, complementa Daniel.<br />

economical, sustainable, and efficient for all regions of Brazil.<br />

The work done in the field has shown outstanding results because<br />

the team of researchers and chemists has dedicated itself to<br />

finding the best solutions from the laboratory. Daniel Frederico, a<br />

Chemical Engineer at Dinagro, points out that the Company has a<br />

line of research focused on preparing new molecules with potential<br />

applications in the agricultural area and structurally modifying<br />

molecules with already defined biological activity. “Our research<br />

uses natural and abundant organic compounds as raw materials,<br />

and the products obtained from these structural modifications are<br />

sent to universities to study their possible application in several<br />

areas,” says Frederico.<br />

The water-resistant bait is a great success but continues to be<br />

under the research team’s radar. Frederico says that this product<br />

and the entire Dinagro line are the target of constant studies<br />

in search of improvements. However, the water-resistant bait<br />

receives special attention because it is a reference in the market.<br />

“Studies have led to modifications in the production process that<br />

have provided significant improvements in the physical characteristics<br />

of the bait, further increasing its resistance to moisture,”<br />

adds Frederico.<br />

PRESENT AND FUTURE<br />

Those born of innovation do not lose their essence; this is<br />

clearly seen in the present and future of Dinagro. Maurício Romano,<br />

Director of Sales for Dinagro, says that the factory is being<br />

expanded to be able to meet the increased demand from the<br />

Forestry Sector. “We made a demand forecast and saw that with<br />

our current capacity, we would not be able to meet the demand,<br />

so we took this significant step of expanding our industrial park<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


PRESENTE E FUTURO<br />

Quem nasce da inovação não perde sua essência e no<br />

presente e futuro da Dinagro isso é visto de maneira clara.<br />

Maurício Romano, diretor comercial da Dinagro, relata que a<br />

fábrica está sendo ampliada para poder atender a grande demanda<br />

do setor florestal. “Fizemos uma previsão de demanda<br />

e vimos que com nossa capacidade atual não conseguiríamos<br />

atender, assim demos esse passo tão importante de ampliar<br />

nosso parque fabril para a continuidade da Dinagro”, expõe<br />

Maurício. A previsão de inauguração é ainda em 2023.<br />

Recentemente, a Dinagro ampliou sua gama de produtos<br />

e passou a oferecer o MATRINE (inseticida-acaricida)<br />

e o PHYSCION (fungicida), que abriram portas para novos<br />

segmentos e levaram o nome Dinagro para além do setor florestal.<br />

“Em 2021 decidimos entrar com tudo neste mercado<br />

agrícola através do MATRINE, que é um inseticida/acaricida<br />

natural. Trata-se de um extrato de planta, mais um produto<br />

inovador onde o agricultor aplica hoje e pode colher amanhã,<br />

sem deixar resíduos. O mesmo se aplica ao PHYSCION, um<br />

fungicida natural com os mesmos moldes do MATRINE, que<br />

estamos introduzindo e fortalecendo sua marca no mercado<br />

desde o início deste ano”, revela Maurício.<br />

Outro marco importante para a Dinagro foi a participação<br />

na V ExpoForest 2023 (maior feira florestal dinâmica do<br />

mundo), onde a empresa estava praticamente em casa e<br />

pode apresentar seus produtos inovadores para os visitantes.<br />

“Em nosso estande passaram vários clientes e amigos onde<br />

pudemos trocar ideias, contemplar novas amizades e apresentar<br />

a mais nova inovação da Dinagro, que é a aplicação<br />

de Isca Formicida por Drone, uma parceria com a Natutec e<br />

a Nexuav”, exalta Maurício.<br />

Para o futuro, o diretor é otimista e tem planos bem definidos<br />

para as próximas décadas da Dinagro. “Trabalhamos<br />

para manter fortalecida a marca da Dinagro, tanto no setor<br />

florestal, como no setor agrícola, com novos produtos, que<br />

estão por vir e pretendemos a cada ano poder inovar e contribuir<br />

com nossos conhecimentos para com o agronegócio”,<br />

enaltece Maurício.<br />

for the continuity of Dinagro,” explains Romano. The new facilities<br />

are expected to begin operating in 2023.<br />

Recently, Dinagro expanded its range of products and began to<br />

offer Matrine (an insecticide-acaricide) and Physcion (a fungicide),<br />

which opened doors to new segments and took the Dinagro name<br />

beyond the Forestry Sector. “In 2021, we entered this agricultural<br />

market with everything with Matrine, a natural insecticide/<br />

acaricide. It is a plant extract, another innovative product the<br />

farmer uses today and can harvest tomorrow without leaving<br />

residues. The same applies to Physcion, a natural fungicide with<br />

the same molds as Matrine, which we have been introducing and<br />

strengthening its brand in the market since the beginning of this<br />

year,” reveals Romano.<br />

Another significant milestone for Dinagro was its participation<br />

in ExpoForest 2023, where the Company was practically at home<br />

and could present its innovative products to visitors to its booth. “In<br />

our booth, several customers and friends passed where we could<br />

exchange ideas, contemplate new friendships, and present the<br />

newest innovation from Dinagro, which is the application of Drone<br />

Ant Bait, a partnership with Natutec and Nexuav,” exalts Romano.<br />

For the future, the Director of Sales is optimistic and has well-defined<br />

plans for the coming decades of Dinagro. “We work to<br />

strengthen the Dinagro brand, both in the Forestry and the Agricultural<br />

Sectors, with new products to come, and every year, we<br />

intend to be able to innovate and contribute with our knowledge<br />

to agribusiness,” states Romano.<br />

Trabalhamos para manter<br />

fortalecida a marca da<br />

Dinagro, tanto no setor<br />

florestal, como no setor<br />

agrícola, com novos<br />

produtos, que estão por<br />

vir e pretendemos a<br />

cada ano poder inovar e<br />

contribuir com nossos<br />

conhecimentos para com<br />

o agronegócio<br />

Maurício Romano, diretor<br />

comercial da Dinagro<br />

Outubro 2023<br />

61


DIA DA ÁRVORE<br />

PRESERVANDO A<br />

HISTÓRIA<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


Árvores que fazem parte da história do<br />

Brasil são preservadas e fortalecem o<br />

legado de proteção ambiental<br />

Foto: Luiz Costa<br />

Outubro 2023<br />

63


DIA DA ÁRVORE<br />

N<br />

o dia 21 de setembro é comemorado<br />

o Dia da Árvore. A data, exclusiva do<br />

território brasileiro, foi escolhida por<br />

anteceder a chegada da primavera<br />

no Hemisfério Sul, que costuma se<br />

iniciar entre os dias 22 e 23 do mesmo mês. Para<br />

celebrar o dia e trazer reflexões sobre a preservação<br />

ambiental, listamos cinco exemplares centenários de<br />

árvores que estão presentes em áreas de conservação<br />

do setor de árvores cultivadas e são fragmentos<br />

da história do país.<br />

O setor, que produz mais de 5 mil bioprodutos,<br />

conserva hoje no Brasil mais de 6 milhões de ha<br />

(hectares) de mata nativa, uma extensão maior que<br />

o Estado do Rio de Janeiro. As árvores selecionadas<br />

integram programas de preservação mantidos pelas<br />

empresas associadas à IBÁ (Indústria Brasileira de<br />

Árvores).<br />

A entidade representa cerca de 50 empresas<br />

produtoras de papel, celulose, painéis de madeira,<br />

embalagens e copos de papel, entre outros, a partir<br />

de árvores que são plantadas, colhidas e replantadas<br />

exclusivamente para fins industriais. Além disso, é<br />

um setor que tem forte representação no PIB (Produto<br />

Interno Bruto) brasileiro, com uma receita bruta<br />

de R$ 244,6 bilhões em 2021.<br />

Conheça algumas das árvores centenárias presentes<br />

em áreas de conservação do setor de árvores<br />

cultivadas:<br />

1. COPAÍBA (COPAIFERA LANGSDORFFII)<br />

Ao todo, há 28 espécies de copaíbas catalogadas<br />

no mundo, que podem atingir 40m (metros) de altura,<br />

4m de diâmetro e viver até 400 anos. As espécies<br />

que vivem no Brasil são produtoras de óleo-resina,<br />

elemento bastante usado na produção de cosméticos<br />

e pela indústria farmacêutica, e está presente<br />

em diversos produtos, como sabonetes, xampus,<br />

cremes e pomadas. O óleo-resina também pode ser<br />

utilizado na fabricação de tintas e vernizes.<br />

Localizada na cidade de Bofete (SP), há uma<br />

Copaíba centenária, de nome científico Copaifera<br />

langsdorffii. A árvore se encontra em um trecho de<br />

floresta nativa da Fazenda Santa Terezinha, mantida<br />

pela indústria Eucatex. No caso da árvore centenária<br />

da Eucatex, ela é uma espécie de mata atlântica. A<br />

empresa realiza temporadas de visitação por meio<br />

de seu PEA (Programa de Educação Ambiental), no<br />

qual convida alunos da rede pública de ensino de<br />

Bofete para conhecerem a Fazenda Santa Terezinha<br />

e, assim, se encantarem pessoalmente com esse<br />

exemplar imponente de copaíba.<br />

Foto: Mauro Halpern, CC BY 2.0<br />

Copaíba<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


Informe publicitário<br />

Reflorestar: investimentos turbinam atuação na silvicultura<br />

A Reflorestar acredita que um olhar atento às<br />

necessidades do mercado é fundamental<br />

para manter firme o compromisso de atender<br />

os clientes naquilo que eles precisam. E é por<br />

isso que estamos fazendo grandes<br />

investimentos para ampliar nossa atuação<br />

junto às atividades de silvicultura.<br />

“A expansão dos plantios das principais<br />

empresas florestais do país e a crescente<br />

demanda por prestadores de serviços que<br />

entregam confiabilidade operacional e<br />

segurança jurídica, nos levou a seguir por<br />

essa ampliação em nosso portfólio”, explica<br />

o Diretor <strong>Florestal</strong>, Igor Souza.<br />

Alta performance e adaptabilidade<br />

Investimentos que ultrapassam os R$ 12,5 milhões estão sendo feitos em máquinas e implementos<br />

para todas as operações mecanizadas de silvicultura. A primeira aquisição foi a plantadora Komatsu,<br />

montada em uma escavadeira PC 240 LC com o cabeçote de plantio duplo da Bracke (P22.b). Além dela,<br />

estão previstas aquisições de equipamentos como trator de pneu, trator de esteira, triturador,<br />

subsolador, adubadora, roçadeira, pulverizador, além de caminhão pipa, munck e drone.<br />

“Buscamos sempre modelos diferentes, com alta performance e marcas de referência. Assim,<br />

conseguiremos adaptar cada solução às necessidades dos nossos clientes”, afirma Igor Souza.<br />

Essa estrutura robusta, moderna e de alto desempenho, somada a uma equipe técnica<br />

qualificada, renova o compromisso da Reflorestar com seus clientes e a excelência de atuação.<br />

Descubra mais sobre a Reflorestar e suas soluções inovadoras em reflorestar.ind.br


DIA DA ÁRVORE<br />

Foto: Mateusbotanica2020, CC BY-SA 4.0<br />

Pequi<br />

2. CUMIXAVA (MICROPHOLIS<br />

CRASSIPEDICELLATA)<br />

Essa árvore, em particular, sobreviveu ao período<br />

extrativista da década de 1940. Ela foi apelidada<br />

de Árvore Mãe pela comunidade local, por ser uma<br />

das árvores mais antigas da Trilha da Cachoeira e por<br />

abrigar uma grande diversidade de espécies em sua<br />

copa, como micro-orquídeas, musgos, bromélias,<br />

além de vários insetos. Ela está localizada entre as<br />

cidades de Mogi das Cruzes (SP) e Bertioga (SP),<br />

onde está localizada mais uma árvore centenária:<br />

uma Cumixava (Micropholis crassipedicellata), preservada<br />

no Parque das Neblinas, área de preservação<br />

da Suzano.<br />

3. PEQUI-PRETO, PEQUIÁ (CARYOCAR EDULE)<br />

Árvore mais antiga desta lista, o pequi-preto<br />

possui mais de 600 anos, segundo pesquisadores.<br />

Esse exemplar centenário se encontra na Costa do<br />

Descobrimento, zona turística do Estado da Bahia<br />

que reúne praias, baías, recifes de coral, manguezais<br />

e rios navegáveis. Para visitá-lo, basta comparecer à<br />

RPPN Estação Veracel, reserva particular do patrimônio<br />

natural de Mata Atlântica no nordeste brasileiro,<br />

mantida pela Veracel Celulose.<br />

Chamado de pequi-preto ou pequiá, essa é uma<br />

espécie ameaçada, o que demanda políticas de<br />

conservação. Pode variar de porte médio a grande,<br />

com altura entre 20m e 30m. No caso do exemplar<br />

centenário, estima-se que ele já existia quando o navegante<br />

português Pedro Álvares Cabral descobriu o<br />

Brasil, no ano de 1500. Ele possui 30m, o que corresponde<br />

a um prédio de 10 andares e, para abraçá-lo,<br />

é necessário reunir mais de 10 pessoas.<br />

4. PEQUI (CARYOCAR SPP)<br />

Presente no cerrado e na mata atlântica, o pequi<br />

é uma espécie com muita importância econômica,<br />

social e ambiental, já que a extração de seu fruto<br />

é a principal atividade de comunidades locais. A<br />

diversidade de uso do fruto do pequizeiro é que faz<br />

ele ser importante em economias regionais. Ele está<br />

presente na fabricação de licores, óleos e manteigas,<br />

além de poder ser cozido diretamente com outros<br />

alimentos, o que faz com que esteja presente na<br />

gastronomia brasileira.<br />

Além do consumo humano, seus frutos também<br />

são ingeridos por diversas espécies da fauna, o que<br />

contribui para a dispersão das sementes e sua conservação<br />

na natureza. O Mato Grosso do Sul possui<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


DIA DA ÁRVORE<br />

três árvores centenárias em áreas de preservação<br />

mantidas pela Eldorado Brasil. A Pequi (Caryocar<br />

spp) é a mais conhecida, por conta do consumo de<br />

seu fruto. Seu nome é de origem da língua Tupi e<br />

significa “pele espinhenta”.<br />

5. PINHEIRO-BRASILEIRO / PINHEIRO-<br />

DO-PARANÁ (ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA)<br />

Presente no sul e no sudeste do Brasil, o Pinheiro-brasileiro,<br />

também conhecido como Pinheiro-do-<br />

-Paraná ou apenas Araucária é considerado ameaçado<br />

de extinção nos níveis federal e estadual, e possui<br />

indivíduos distintos do sexo feminino e masculino.<br />

As do sexo feminino florescem o ano todo, já as do<br />

sexo masculino florescem apenas de agosto a janeiro.<br />

Uma curiosidade é que se estiver sozinha, a<br />

Araucária não se reproduz, ou seja, é necessário que<br />

se tenha um número plural de árvores de ambos<br />

os sexos para que as sementes produzidas possam<br />

dar continuidade à espécie. A polinização é predominantemente<br />

anemocórica, ou seja, feita pelo<br />

vento. Após dois anos, as suas pinhas amadurecem.<br />

Aves como gralha-azul e papagaio-charão também<br />

auxiliam na dispersão de sementes, que são ricas em<br />

proteínas e são apreciadas na gastronomia do sul do<br />

país.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Pinheiro-do-Paraná<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


MERCADO<br />

Conhecimento que dá<br />

RESULTADO<br />

AO CLIENTE<br />

A<br />

limpeza de área é uma das atividades mais<br />

importantes no processo da silvicultura, seja<br />

ela no controle de vegetação, na abertura de<br />

áreas, rebrota, rebaixamento de tocos, galhadas<br />

e cascas, ou mesmo no sub-bosques.<br />

Preparar os terrenos para o novo ciclo afeta diretamente<br />

nos resultados que serão obtidos ao final do processo da colheita.<br />

O segmento de base florestal conta hoje com vários<br />

equipamentos dedicados a essa função, mas entender qual<br />

a melhor forma de combiná-los influencia diretamente no<br />

rendimento do trabalho.<br />

Celso Kossaka, diretor da SPARTA BRASIL, trabalha há<br />

quase 15 anos diretamente com esses equipamentos e<br />

está trazendo para o mercado brasileiro uma nova marca<br />

de cabeçotes trituradores. Celso entende que é necessário<br />

trazer o máximo de entendimento para quem está no meio<br />

florestal sobre os tipos de equipamentos, suas finalidades<br />

e adequações à realidade do cliente, pois sem isso, tanto<br />

quem vende, quanto quem adquire, podem ficar insatisfeitos<br />

após o negócio. “Acredito que a transparência na negociação<br />

é a chave para desenvolver meu trabalho. Em outras<br />

oportunidades, preferi indicar uma outra marca do que fazer<br />

uma venda que traria resultados inadequados para o meu<br />

cliente”, destaca Celso.<br />

O diretor da SPARTA BRASIL afirma que construir uma<br />

Especialista em controle de<br />

vegetação com trituradores<br />

florestais apresenta nova linha de<br />

equipamentos dedicados à atividade<br />

Fotos: divulgação<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


eputação ilibada no mercado florestal abriu muitas portas<br />

durante sua carreira, o que o levou a representar grandes<br />

marcas no mercado nacional e no continente sul-americano.<br />

Além de trazer produtos de alta tecnologia, Celso quer<br />

desmistificar informações sobre o conceito de controle de<br />

vegetação através de trituradores florestais, sejam eles hidráulicos<br />

ou mecânicos. “Quando consigo mostrar ao meu<br />

cliente, ou possível cliente, quais são os pontos positivos e<br />

negativos para cada tipo de operação, as dificuldades que<br />

irá enfrentar e como potencializar o melhor custo x benefício,<br />

entregando sempre o melhor valor agregado da minha<br />

experiência, assim se estabelece o elo de confiança para ter<br />

sucesso nos desafios. É isso que quero, que o cliente saiba<br />

que possa contar comigo, o que é necessário e qual equipamento<br />

é o ideal”, explica Celso.<br />

A Shearex chega com tudo no<br />

Brasil. Os clientes perceberão<br />

facilmente o seu design avançado,<br />

a sua robustez e qualidade de<br />

materiais, aliado ao importante<br />

suporte e entrega técnica, para<br />

que o equipamento possa trabalhar<br />

com todo o seu potencial<br />

Celso Kossaka, diretor<br />

da SPARTA BRASIL<br />

DNA CANADENSE<br />

A marca que Celso está trazendo para o Brasil é a Shearex,<br />

uma empresa nova, mas que conta com profissionais<br />

que acumularam mais de três décadas de experiência no<br />

desenvolvimento e fabricação de um dos melhores cabeçotes<br />

já fabricados no mundo. Shearex, sediada na província<br />

do Québec no Canadá, um país com grande tradição na<br />

produção florestal, a empresa utiliza o que há de melhor em<br />

tecnologia e matérias-primas de primeira linha na fabricação<br />

dos implementos. “A Shearex chega com tudo no Brasil. Os<br />

clientes perceberão facilmente o seu design avançado, a<br />

sua robustez e qualidade de materiais, aliado ao importante<br />

suporte e entrega técnica, para que o equipamento possa<br />

trabalhar com todo o seu potencial”, exalta Celso.<br />

A linha dos trituradores florestais da Shearex que já estão<br />

disponíveis ao mercado brasileiro, são dois modelos de<br />

cabeçotes hidráulicos, ambos com acoplamento em máquinas<br />

base dos principais fabricantes do mercado. Os modelos<br />

VM (escavadeiras) e HM (frontais) foram desenvolvidos com<br />

toda a expertise da Shearex, focando no alto desempenho<br />

e durabilidade dos materiais. “Quem adquirir um cabeçote<br />

da Shearex terá a certeza de um equipamento que não vai<br />

te deixar na mão. São mais resistentes e eficientes como nenhum<br />

outro”, garante Celso.<br />

A operação da SPARTA BRASIL fica em Holambra (SP), local<br />

estratégico para o segmento florestal, pois está próximo<br />

de uma região muito expressiva na produção florestal. Para<br />

Celso, mesmo com todas as qualidades destes equipamentos,<br />

não será apenas isso que fará da Shearex uma das líderes<br />

do mercado. “O atendimento e pós-venda são fatores<br />

essenciais para mim e para a marca que represento. Teremos<br />

atendimento direto, equipe preparada para o suporte<br />

necessário, e a garantia de um estoque para que a operação<br />

florestal continue”, conclui Celso.<br />

Outubro 2023<br />

71


MINUTO FLORESTA<br />

Proteção<br />

QUE VEM<br />

DO ALTO<br />

Aplicação de herbicidas feita por<br />

drones cobre áreas maiores e com<br />

maior eficiência, em menos tempo<br />

Foto: Forest Digital<br />

A<br />

tecnologia caminha lado a lado com o mercado<br />

florestal e a Envu é especialista em<br />

trazer novidades, que facilitam o trabalho<br />

e melhoram a produção no campo. A mais<br />

recente é a aplicação do Fordor Flex através<br />

de drones, um sistema que tem ganhado muita força<br />

na silvicultura. Essa novidade foi apresentada pela Envu<br />

durante a Expoforest 2023, evento que também possibilitou<br />

interações do público com especialistas, para que<br />

pudessem conhecer de perto os formatos de aplicação e<br />

os resultados que os produtos da Envu obtêm no controle<br />

de plantas daninhas em florestas plantadas.<br />

O Fordor Flex é um herbicida pré-emergente, que<br />

chegou ao mercado recentemente como uma atualização<br />

da versão anterior do Fordor. Essa nova apresentação<br />

trouxe maior eficácia no controle de plantas pré-emergentes,<br />

mas também em gramíneas que já emergiram<br />

do solo. Com a possibilidade do uso de drone indicada<br />

na bula do herbicida, o produto tornou-se uma opção<br />

ainda mais segura, econômica e eficaz. Fabrício Sebok,<br />

gerente de desenvolvimento de produtos florestais e de<br />

usos não-agrícolas para a América Latina da Envu, explica<br />

que as caldas que antes demandavam cerca de 200 litros<br />

de água por hectare podem ser preparadas com apenas<br />

20 a 40 litros na nova versão. “O uso do drone traz mais<br />

flexibilidade no manejo. Com o equipamento, o silvicultor<br />

tem a chance de realizar a aplicação do Fordor Flex<br />

com dosagem adequada ao solo e ao banco de sementes<br />

de cada produtor, reduzindo acidentes e maximizando os<br />

resultados”, explica Fabrício.<br />

Outro diferencial bastante relevante do Fordor Flex é<br />

o efeito recarga. Segundo Fabrício, por mais que a aplicação<br />

seja realizada em um momento de baixa pluviosidade,<br />

o produto permanece no solo. “Passando o período<br />

de seca, a chuva reativa a ação do herbicida, possibilitando<br />

um manejo preventivo”, afirma Fabrício.<br />

Essa evolução do Fordor é um exemplo que ilustra<br />

o quanto a Envu trabalha de maneira dedicada e em<br />

sintonia com as necessidades do setor. No processo de<br />

desenvolvimento desta nova opção para uso com drones,<br />

foram realizados diversos estudos para compreender a<br />

altura e faixa de aplicação adequadas, de modo que o<br />

produto chegasse ao solo com máxima qualidade. “Isso<br />

prova que a inovação e a proximidade com o mercado<br />

está em tudo que a Envu realiza e não é porque um produto<br />

já foi lançado, que vamos deixar de trabalhar naquilo<br />

que pode ser melhorado”, conclui Fabrício.<br />

Isso prova que a inovação e a<br />

proximidade com o mercado<br />

está em tudo que a Envu realiza<br />

e não é porque um produto já<br />

foi lançado, que vamos deixar<br />

de trabalhar naquilo que pode<br />

Fabrício Sebok, gerente de<br />

ser melhorado<br />

desenvolvimento de produtos florestais e<br />

de usos não-agrícolas para a América Latina<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


• MERCADO<br />

• TECNOLOGIA<br />

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20 a 22 de Março de 2024<br />

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PLANTAÇÕES<br />

Defesa<br />

SANITÁRIA<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


Parceira entre<br />

associação,<br />

empresas e poder<br />

público fortalece<br />

o trabalho de<br />

proteção dos<br />

plantios florestais<br />

Fotos: divulgação<br />

N<br />

o cenário dinâmico da indústria florestal,<br />

no qual pragas e doenças não<br />

conhecem fronteiras, a colaboração<br />

entre setores se torna fundamental.<br />

A Reflore/MS (Associação Sul-Mato-Grossense<br />

de Produtores e Consumidores de<br />

Florestas Plantadas) mediou um encontro entre a<br />

IAGRO (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal<br />

e Vegetal de Mato Grosso do Sul) e as empresas<br />

associadas Suzano e Eldorado, para aprimorar a<br />

vigilância e o controle fitossanitário nas regiões de<br />

Três Lagos (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS).<br />

A sequência de visitas revelou um engajamento<br />

efetivo em fortalecer o combate às pragas e doenças<br />

que podem impactar negativamente a saúde<br />

das florestas plantadas. O itinerário dessa jornada<br />

incluiu paradas estratégicas nas instalações da Suzano<br />

em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, bem como<br />

na Eldorado em Três Lagoas. Cada etapa do percurso<br />

ofereceu uma oportunidade de mergulhar nas<br />

atividades-chave de proteção e monitoramento fitossanitário,<br />

proporcionando uma visão abrangente<br />

das táticas empregadas e dos desafios enfrentados<br />

pelas empresas.<br />

Outubro 2023<br />

75


PLANTAÇÕES<br />

Na Suzano, a exploração dos laboratórios de inimigos<br />

naturais revelou as complexidades envolvidas<br />

na criação desses agentes para controle preventivo.<br />

A avaliação das armadilhas adesivas amarelas<br />

adicionou um componente prático à abordagem.<br />

A detecção, monitoramento e controle também se<br />

destacaram, com a equipe de campo demonstrando<br />

o uso de aplicativos para coleta e análise de dados.<br />

A Eldorado compartilhou desafios semelhantes no<br />

que diz respeito à criação de inimigos naturais e<br />

na avaliação das armadilhas adesivas. A ênfase na<br />

detecção e controle também se fez presente, enfatizando<br />

a importância de abordagens rigorosas para<br />

manter a saúde das florestas.<br />

O propósito central dessa colaboração é abordar<br />

de maneira proativa as ameaças fitossanitárias.<br />

Vanessa Santana, Coordenadora do Grupo de Trabalho<br />

de Fitossanidade da Reflore (MS), expressou<br />

a importância desse esforço conjunto. “Pragas e<br />

doenças não respeitam fronteiras, então para nós<br />

da Reflore (MS), essa aproximação da IAGRO com o<br />

setor de florestas plantadas do Mato Grosso do Sul<br />

é extremamente importante, pensando que combate<br />

fitossanitário é sempre um desafio”, explicou<br />

Vanessa.<br />

A IAGRO, por sua vez, reconhece que sua entrada<br />

na fiscalização agropecuária do setor florestal<br />

contribuirá significativamente para fortalecer a<br />

cadeia produtiva. Identificar e monitorar os pontos<br />

críticos de risco fitossanitário permitirá estratégias<br />

de mitigação mais eficazes em todo o Estado.<br />

Glaucy da Conceição Ortiz, Gerente de Defesa<br />

e Inspeção Sanitária Vegetal do Estado, sublinha a<br />

necessidade de cooperação. “Defesa não se faz sozinho,<br />

por isso precisamos unir esforços frente aos<br />

desafios do setor”, apontou Glaucy, que também<br />

destacou a importância de entender as dificuldades<br />

enfrentadas pelas empresas para moldar uma<br />

legislação específica que promova a sanidade das<br />

florestas.<br />

A visita reuniu equipes da IAGRO de várias<br />

regiões, incluindo a gerente Glaucy Ortiz, e contou<br />

com a presença da Coordenadora do Grupo de Trabalho<br />

Fitossanidade, Vanessa Santana, da Reflore<br />

(MS). Em Ribas do Rio Pardo, Daniel Ingold, Diretor-Presidente<br />

do IAGRO, também esteve presente,<br />

reforçando o compromisso com essa colaboração<br />

estratégica. A parceria entre Reflore (MS), IAGRO e<br />

as empresas associadas Suzano e Eldorado ilustra o<br />

poder da cooperação interdisciplinar. Ao enfrentar<br />

juntos os desafios fitossanitários, essas entidades<br />

estão pavimentando o caminho para um setor florestal<br />

mais resiliente e saudável no Estado de Mato<br />

Grosso do Sul.<br />

Pragas e doenças não respeitam<br />

fronteiras, então para nós da Reflore<br />

(MS), essa aproximação da IAGRO<br />

com o setor de florestas plantadas<br />

do Estado de Mato Grosso do Sul é<br />

extremamente importante, pensando<br />

que combate fitossanitário é sempre<br />

um desafio<br />

Vanessa Santana, coordenadora<br />

do Grupo de Trabalho de<br />

Fitossanidade, da REFLORE (MS)<br />

76 www.referenciaflorestal.com.br


VEM AÍ!<br />

04 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)<br />

PATROCINADORES:<br />

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EQUIPAMENTO<br />

SOB DEMANDA<br />

Locação de máquinas e caminhões para o<br />

segmento florestal cresce no mercado nacional<br />

Fotos: divulgação<br />

D<br />

entro do segmento florestal, a modernização<br />

dos equipamentos é fundamental para garantir<br />

a continuidade dos processos. Fabricantes<br />

lançam e atualizam máquinas para aumentar<br />

a eficácia no campo. No entanto, os custos<br />

de aquisição são altos e, em situações emergenciais, como<br />

equipamento danificado ou manutenção não programada,<br />

parar a colheita ou transporte não é opção. Nesse contexto, a<br />

locação de equipamentos florestais vem ganhando relevância<br />

como uma solução efetiva na silvicultura.<br />

Com uma ampla experiência no agronegócio, a Unidas<br />

expandiu sua atuação para as atividades florestais, e atribui<br />

grande importância para o segmento. Marluz Cariani, diretor<br />

comercial da Unidas Pesados, afirma que esse envolvimento<br />

com o mercado é parte fundamental da expansão e diversificação<br />

de serviços da Unidas Frotas. A atuação da companhia<br />

no segmento florestal tem crescido significativamente,<br />

tornando-se um pilar de seu portfólio, com mais de 2 mil<br />

equipamentos dedicados ao setor. “Reforçamos, sempre,<br />

que consideramos os clientes como parceiros estratégicos e<br />

fornecemos soluções completas e personalizadas para cada<br />

negócio, com o objetivo de otimizar custos e aprimorar a<br />

eficiência operacional”, afirma Marluz.<br />

Desde 2019, quando ingressou no segmento florestal, a<br />

Unidas registrou um crescimento expressivo, consolidando<br />

sua marca e atendendo à crescente demanda por locação<br />

de máquinas. Marluz explica que a empresa participa de<br />

projetos estratégicos em diversas regiões do Brasil, atuando<br />

no transporte de madeira, manutenção de estradas e oferecendo<br />

ainda equipamentos customizados para atividades<br />

78 www.referenciaflorestal.com.br


florestais. “Atualmente, contamos com uma equipe de mais<br />

de 400 profissionais focados em garantir a eficiência de nossos<br />

equipamentos”, afirma.<br />

A Unidas oferece uma plataforma completa de soluções,<br />

incluindo locação, assinatura, compra e terceirização de veículos,<br />

mantendo um alto padrão de equipamentos no florestal.<br />

Sua linha engloba uma variedade de veículos, máquinas e<br />

equipamentos destinados às atividades de colheita, baldeio,<br />

tratores, manipuladores, linha amarela adaptada, caminhões<br />

de apoio, cavalos mecânicos e implementos florestais.<br />

Marluz aponta que a Unidas traz serviços, que vão além da<br />

locação, oferecendo a gestão de equipamentos, motoristas e<br />

equipe de manutenção. Tudo isso com o apoio de um time de<br />

profissionais altamente técnicos para proporcionar eficiência<br />

e produtividade nas operações florestais.<br />

Além da locação, Marluz destaca que a Unidas propõe<br />

soluções integradas, englobando a gestão completa da ope-<br />

ração com equipamentos, motoristas e manutenção. Tudo<br />

isso é respaldado por uma equipe técnica especializada,<br />

garantindo a eficiência de todas as atividades. “Aqueles que<br />

optam pelo nosso serviço completo não têm que lidar com<br />

desafios operacionais, como a gestão de pessoal, manutenção<br />

ou a disponibilidade dos equipamentos, permitindo que<br />

se concentrem totalmente em melhorar a performance”,<br />

enfatiza o diretor.<br />

A Unidas participou da Expoforest 2023 e reconhece<br />

a feira como uma oportunidade valiosa para destacar sua<br />

expertise e suas soluções completas para o setor florestal.<br />

“Nossa participação na Expoforest foi extremamente positiva<br />

e significativa para a Unidas. O evento é um dos mais<br />

importantes do setor florestal e proporcionou uma excelente<br />

oportunidade para apresentar uma extensa linha de veículos,<br />

máquinas e equipamentos específicos para o segmento<br />

florestal aos principais players da indústria”, conclui Marluz.<br />

Reforçamos, sempre, que consideramos<br />

os clientes como parceiros estratégicos<br />

e fornecemos soluções completas e<br />

personalizadas para cada negócio,<br />

com o objetivo de otimizar custos e<br />

aprimorar a eficiência operacional<br />

Marluz Cariani, diretor comercial<br />

Outubro 2023<br />

79


INTEGRAÇÃO<br />

Novas<br />

OPÇÕES<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


Pesquisa desenvolve técnicas para<br />

produção de teca em sistemas<br />

integração lavoura-pecuária-floresta<br />

Fotos: divulgação<br />

P<br />

rodutores rurais contam agora com um<br />

pacote completo de técnicas de manejo<br />

para usar a teca (Tectona grandis) como<br />

componente arbóreo em sistemas de<br />

ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta).<br />

Esse conhecimento se deve, especialmente, ao<br />

pioneirismo de produtores como Arno Schneider, de<br />

Santo Antônio do Leverger (MT), e Antônio Passos, de<br />

Alta Floresta (MT), que apostaram no uso dessa árvore<br />

em sistemas silvipastoris antes mesmo de haver<br />

informações técnicas ou pesquisas que atestassem<br />

sua viabilidade.<br />

Os erros e acertos cometidos por eles em cerca de<br />

15 a 20 anos e as pesquisas desenvolvidas na última<br />

década possibilitaram a abertura de caminho para<br />

novos produtores que pensam em utilizar a espécie<br />

florestal em ILPF. As experiências desses pioneiros, os<br />

resultados obtidos por eles e as pesquisas realizadas<br />

pela Embrapa Agrossilvipastoril de Mato Grosso, estão<br />

reunidas em um capítulo dedicado ao uso da teca em<br />

Outubro 2023<br />

81


INTEGRAÇÃO<br />

Foto: EMBRAPA<br />

sistemas ILPF que acaba de ser publicado no livro:<br />

Teca (Tectona grandis L. f.) no Brasil.<br />

A publicação reúne, pela primeira vez, recomendações<br />

que vão desde o preparo da área para plantio<br />

das mudas até a condução das árvores com desbastes<br />

e desramas (podas), passando pela definição de espaçamentos<br />

e configuração dos renques de árvores. O<br />

trabalho feito pelos pesquisadores da Embrapa Maurel<br />

Behling e Flávio Wruck mostra que, ao planejar<br />

seu sistema ILPF, o produtor deve definir se utilizará<br />

o componente arbóreo como adição ou substituição<br />

de renda. “Em sistemas de ILPF, com foco na pecuária,<br />

a implantação de linhas simples facilita o manejo das<br />

árvores, exigindo menor demanda de mão de obra.<br />

Nessas configurações, o carro-chefe do sistema passa<br />

a ser a teca e pode-se assumir que as perdas de<br />

produtividade nos componentes agrícola ou pecuário<br />

serão compensadas pelas receitas geradas com as<br />

árvores, ou seja, há uma substituição de receitas”,<br />

explica Maurel.<br />

As pesquisas realizadas mostram que, considerando<br />

a meta de uso da madeira para serraria, atividade<br />

em que a teca tem o seu maior valor agregado, o<br />

plantio deve ser feito em linha simples com espaçamento<br />

de 4m (metros) entre as plantas. No caso de o<br />

plantio ser feito em linhas duplas ou triplas, deve ser<br />

adotado o arranjo quincôncio, ou seja, com as árvores<br />

de linhas vizinhas formando um triângulo. Isso evita a<br />

competição lateral. A distância entre os renques varia<br />

conforme o interesse do produtor e seu maquinário,<br />

sendo a recomendação mínima de 16m para que se<br />

mantenha a entrada de luz para a pastagem.<br />

MAIOR CRESCIMENTO NA ILPF<br />

As árvores de teca em ILPF demonstraram maior<br />

crescimento do que árvores cultivadas em plantios<br />

homogêneos. Dados mensurados na Fazenda Gamada,<br />

em Nova Canaã do Norte (MT), mostraram que,<br />

aos 11 anos, as árvores no sistema ILPF estavam mais<br />

altas e com o DAP (diâmetro à altura do peito) 52%<br />

maior do que aquelas árvores do plantio homogêneo<br />

em talhão instalado ao lado.<br />

Dependendo do número de plantas por hectare,<br />

será necessária a realização de cortes seletivos ante-<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br


iores visando aumentar a entrada de luz no sistema<br />

e reduzir a competição entre as árvores. Nos anos<br />

iniciais, a madeira desse desbaste pode ser usada<br />

para energia ou fabricação de mourões, mas já aos<br />

12 anos é possível retirar madeira destinada à serraria.<br />

Para obtenção do melhor desempenho das árvores,<br />

os pesquisadores da Embrapa recomendam<br />

o uso de mudas clonais e não as produzidas por<br />

sementes. Mensurações feitas comparando os dois<br />

tipos de uso mostram que árvores clonadas tiveram<br />

crescimento 28% maior em DAP, 21% maior em altura<br />

total e 80% maior em volume total. “A expectativa<br />

no sistema silvipastoril, com uso de clones de teca, é<br />

realizar o corte raso das árvores entre 18 a 20 anos”,<br />

garante Maurel. Com uso de mudas seminais, a expectativa<br />

sobe para 25 anos.<br />

Outra vantagem do uso dos clones é que, ao<br />

crescerem mais rapidamente, essas mudas permitem<br />

antecipar a entrada do gado no sistema sem riscos<br />

de danificar ou quebrar as plantas. A recomendação<br />

é que animais mais jovens entrem nos pastos<br />

sombreados pela teca quando as árvores tiverem<br />

DAP entre 3 cm e 4 cm (centímetros).<br />

Nessas configurações, o carrochefe<br />

do sistema passa a ser<br />

a teca e pode-se assumir que<br />

as perdas de produtividade nos<br />

componentes agrícola ou pecuário<br />

serão compensadas pelas receitas<br />

geradas com as árvores, ou seja,<br />

há uma substituição de receitas<br />

Edilson Batista de Oliveira,<br />

pesquisador EMBRAPA<br />

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INTEGRAÇÃO<br />

DEMANDA POR TECA É MAIOR QUE OFERTA<br />

A teca é uma madeira com grande valor agregado<br />

e com um mercado amplo para uso na produção de<br />

móveis, embarcações e pisos. A demanda mundial por<br />

essa madeira é maior do que a oferta, tanto por meio<br />

de plantios comerciais quanto pela extração em áreas<br />

onde a espécie é endêmica como na Ásia.<br />

O alto valor agregado viabiliza custos com frete, o<br />

que permite o cultivo em regiões com logística mais<br />

complicada. Porém, o longo tempo para retorno do<br />

investimento acaba desestimulando o cultivo. Dessa<br />

forma, os sistemas de integração são uma alternativa<br />

para amortizar os custos, uma vez que é possível obter<br />

receitas com a lavoura e a pecuária enquanto as<br />

árvores crescem.<br />

No aspecto econômico, estudos realizados pela<br />

Embrapa Agrossilvipastoril em URT (Unidades de Referência<br />

Tecnológica) mostraram que aquelas com uso<br />

da teca foram as mais rentáveis, com lucratividade<br />

chegando a R$ 3,70 para cada R$ 1 investido e valor<br />

presente líquido anual de R$ 2.175,71 por hectare/<br />

Com esse sistema o produtor<br />

poderá manejar suas<br />

florestas para a produção de<br />

madeira direcionada ao uso<br />

mais rentável<br />

Edilson Batista de Oliveira,<br />

pesquisador EMBRAPA<br />

84 www.referenciaflorestal.com.br


ano. “A teca é uma das espécies exóticas de maior<br />

potencial econômico para uso em sistemas integrados<br />

no Brasil. As receitas adicionais geradas, a valorização<br />

da propriedade, a biodiversidade criada e inúmeras<br />

outras vantagens não deixam dúvidas quanto aos<br />

benefícios desse sistema aos proprietários e ao meio<br />

ambiente”, avalia Maurel. Porém, o pesquisador alerta<br />

sobre os cuidados necessários para obter resultados<br />

positivos com o cultivo da teca. “Apesar do mito de<br />

que a teca enriquece seu plantador, deve-se ter em<br />

mente que o mercado para a madeira da teca existe,<br />

é atrativo e seguro. Porém, o lucro só será obtido<br />

com a utilização de tecnologias apropriadas, cuidados<br />

ímpares e muita qualidade em todas as operações<br />

florestais e de logística na cadeia de suprimento”,<br />

alerta o pesquisador. Maurel ainda explica que não<br />

basta apenas plantar as árvores de teca de qualquer<br />

jeito no sistema integrado e ficar esperando que elas<br />

cresçam para que os lucros brotem para o produtor.<br />

“É necessário investir em tecnologia, insumos adequados,<br />

operações corretas e eficientes, constante<br />

monitoramento fitossanitário e garantir produtividade<br />

e qualidade da madeira ao longo de todo o ciclo de<br />

rotação”, ressalta o pesquisador.<br />

TECNOLOGIA NACIONAL<br />

Produtores interessados no plantio de teca em<br />

ILPF contam com o apoio de um software gratuito,<br />

desenvolvido pela Embrapa Florestas, que visa dar<br />

suporte às atividades de manejo, análise econômica e<br />

planejamento do componente florestal. O SisILPF Teca<br />

funciona como um simulador em que o usuário pode<br />

testar, para cada condição de clima e solo, todas as<br />

opções de manejo de teca na ILPF. Segundo o pesquisador<br />

Edilson Batista de Oliveira, da Embrapa, o produtor<br />

pode fazer prognoses de produções de madeira<br />

no presente e em condições futuras, efetuar análises<br />

econômicas e decidir sobre a melhor alternativa para<br />

conduzir sua plantação. “Com isso o produtor poderá<br />

manejar suas florestas para a produção de madeira<br />

direcionada ao uso mais rentável”, orienta Edilson.<br />

Outro aspecto importante é que o software calcula<br />

o carbono capturado pelas árvores, em equivalentes<br />

de gás carbônico e metano, e emite gráficos<br />

com estimativas do número de animais que podem<br />

ter a emissão de metano compensada pelas árvores<br />

do ILPF. “O SisILPF_Teca é uma ferramenta importante<br />

de apoio ao planejamento e manejo dos plantios”,<br />

conclui Edilson.<br />

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INCÊNDIOS<br />

BAHIA<br />

CONTRA O FOGO<br />

86 www.referenciaflorestal.com.br


Associação lança campanha<br />

de prevenção e combate aos<br />

incêndios florestais 2023<br />

Fotos: divulgação<br />

Outubro 2023<br />

87


INCÊNDIOS<br />

S<br />

egundo o Corpo de Bombeiro, nove<br />

em cada dez incêndios florestais são<br />

provocados por irresponsabilidade<br />

humana. E com a chegada das altas<br />

temperaturas e tempo seco, cresce<br />

o risco de focos de incêndios, ameaçando ainda<br />

mais a fauna, a flora, as pessoas e as cidades.<br />

Incêndio florestal é o fogo fora de controle em<br />

qualquer tipo de vegetação, seja na mata, em<br />

plantações ou em pastos.<br />

Todos os anos, esse tipo de acidente causa<br />

prejuízos não só para o meio ambiente, mas também<br />

coloca em risco o patrimônio e a vida das<br />

pessoas. Poluição do ar, redução da biodiversidade,<br />

prejuízos às nascentes e mananciais de água,<br />

morte de animais (inclusive das abelhas e outros<br />

insetos polinizadores) e problemas diversos para<br />

as pessoas e às áreas habitadas são os principais<br />

problemas causados.<br />

Para contribuir com os demais esforços - das<br />

empresas associadas e instituições públicas - na<br />

prevenção e combate aos incêndios florestais no<br />

estado, a ABAF (Associação Baiana de Florestas<br />

Plantadas) lança na semana em que se comemora<br />

o Dia da Árvore (21/09) a campanha: Floresta em<br />

fogo é problema de todos nós; que apresenta os<br />

danos causados pelo fogo sem controle, os cuidados<br />

a serem tomados, além de informar o que se<br />

deve fazer em caso de ocorrências.<br />

Segundo Wilson Andrade, diretor executivo<br />

da ABAF, o objetivo principal é sensibilizar a população<br />

em geral sobre a importância da prevenção<br />

e combate aos incêndios florestais, promovendo<br />

uma mudança de atitude. “Queremos contribuir<br />

para a conscientização da sociedade sobre os impactos<br />

negativos ao meio ambiente e à sociedade;<br />

além de promover o engajamento social para preservação<br />

das florestas”, explica Wilson.<br />

88 www.referenciaflorestal.com.br


Esta é uma iniciativa da ABAF que conta com<br />

o apoio de diversas instituições, como Corpo de<br />

Bombeiros Militar da Bahia, FAEB (Federação da<br />

Agricultura da Bahia), AIBA (Associação dos Produtores<br />

Irrigantes da Bahia) e SEMA (Secretaria do<br />

Meio Ambiente do Estado da Bahia) que lidera o<br />

BSF (Programa Bahia Sem Fogo) e o Comitê Estadual<br />

de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais<br />

da Bahia.<br />

Daniella Fernandes, diretora do INEMA (Instituto<br />

do Meio Ambiente e Recursos Hídricos),<br />

comenta que o BSF é um programa transversal<br />

que atua em caráter multidisciplinar por intermédio<br />

do nosso Grupo de Trabalho composto pela<br />

SEMA, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Casa<br />

Civil, SESAB (Secretaria de Saúde do Estado da<br />

Bahia), SSP (Secretaria de Segurança Pública), INE-<br />

MA, Ibama(Instituto Brasileiro de Meio Ambiente<br />

e Recursos Naturais Renováveis), Polícia Militar e<br />

Polícia Civil. “Estamos nessa missão desde 2010<br />

e podemos destacar como avanços, a construção<br />

do plano de ação para atuação nos incêndios<br />

florestais, elaboração de plano de comunicação,<br />

atuação preventiva e conjunta dos entes, melhoria<br />

do fluxo de comunicação entre as unidades, mo-<br />

Queremos contribuir para a<br />

conscientização da sociedade<br />

sobre os impactos negativos<br />

ao meio ambiente e à<br />

sociedade; além de promover<br />

o engajamento social para<br />

preservação das florestas<br />

Wilson Andrade, diretor<br />

executivo da ABAF<br />

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Outubro 2023<br />

89


INCÊNDIOS<br />

nitoramento sistematizado através da emissão de<br />

boletins diários, com a equipe de campo pontuando<br />

os focos de calor principalmente nas unidades<br />

de conservação, melhoria no tempo de resposta<br />

e acionamento, aquisição de EPI´S e EPC´S, ações<br />

de fiscalização, disponibilização de aeronaves para<br />

combates, além das ações de educação ambiental<br />

e prevenção que também realizamos nas unidades<br />

regionais”, detalha Daniella.<br />

Para o coronel BM Adson Marchesini, comandante-geral<br />

do Corpo de Bombeiros, é muito<br />

importante essa parceria com a ABAF, pois é uma<br />

forma de podermos aumentar as nossas atividades<br />

preventivas, que é ainda mais primordial do<br />

que o combate, pois com a prevenção não temos<br />

os incêndios florestais e é nisso que trabalhamos<br />

de forma contínua. “Nossa atuação não para,<br />

mesmo fora da operação florestal continuamos<br />

passando para a comunidade, principalmente das<br />

áreas mais afetadas pelos incêndios florestais, sobre<br />

os cuidados da prevenção. E quem ganha com<br />

essa parceria são os cidadãos”, apontou Adson.<br />

Nossa atuação não para, mesmo fora<br />

da operação florestal continuamos<br />

passando para a comunidade,<br />

principalmente das áreas mais<br />

afetadas pelos incêndios florestais,<br />

sobre os cuidados da prevenção. E<br />

quem ganha com essa parceria são<br />

os cidadãos<br />

Adson Marchesini, comandantegeral<br />

do Corpo de Bombeiros<br />

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Para o presidente da FAEB, Humberto Miranda,<br />

a campanha chega em um momento crucial:<br />

quando se aumenta o número de focos de calor<br />

e, consequentemente, as chances de incêndio.<br />

“O mês de setembro é historicamente o de maior<br />

incidência deste tipo de ocorrência. Esta iniciativa,<br />

da qual somos parceiros, vem em boa hora para<br />

se aliar a outras ações, mas com um diferencial:<br />

o cunho educativo, conscientizando a população<br />

urbana e rural de que incêndio florestal é um problema<br />

de todos, uma vez que as suas consequências<br />

refletem diretamente em todo ecossistema”,<br />

pontua Humberto.<br />

Odacil Ranzi, presidente da AIBA, aponta que<br />

todos os anos, no período mais seco, há um aumento<br />

expressivo dos incêndios florestais, com<br />

risco à produção agrícola e ao meio ambiente; por<br />

isso entendemos que é importante unir forças,<br />

por meio dessa parceria com a ABAF. “O produtor<br />

rural já tem feito, por meio da AIBA, ações de prevenção<br />

e combate, com treinamento de brigadas<br />

e pilotos de aeronaves agrícolas que são utilizadas<br />

no combate, além de manuais e cartilhas de sensibilização<br />

e boas práticas para o uso do fogo, assim<br />

essa parceria fortalece ainda mais o que já está<br />

sendo executado”, ressalta Odacil.<br />

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RESUMO<br />

N<br />

as últimas décadas os programas de<br />

melhoramento vêm contribuindo<br />

para a obtenção de ganhos significativos<br />

de produtividade para as<br />

principais espécies florestais exóticas<br />

cultivadas no Brasil. No entanto, há dúvidas quanto<br />

ao entendimento da potencialidade de sua utilização<br />

como uma ferramenta de gestão da produtividade<br />

por parte do mercado florestal. Diante disso, o presente<br />

trabalho objetivou compreender como o melhoramento<br />

genético florestal tem apoiado na gestão<br />

da produtividade florestal no país ao longo dos<br />

anos e como o mercado vem observando essa temática.<br />

Para isso, o trabalho foi conduzido em duas<br />

fases, sendo: revisão bibliográfica sobre o tema; e<br />

pesquisa do tipo survey aplicada via formulário eletrônico<br />

semiestruturado; contendo doze perguntas.<br />

A partir da revisão bibliográfica, observa-se que o<br />

melhoramento genético florestal tem colaborado<br />

para a gestão da produtividade florestal a partir de<br />

diferentes formas, com destaque para a produção<br />

de sementes melhoradas, avaliação e seleção de<br />

genótipos com tolerância e/ou resistência a pragas<br />

e a doenças, avaliação e seleção de genótipos com<br />

tolerância e/ou resistência a estresses abióticos e a<br />

alocação de materiais genéticos conforme interação<br />

genótipos x ambientes. A pesquisa realizada apontou<br />

a presença de uma área estruturada de melhoramento<br />

florestal na maioria das empresas florestais.<br />

Os entrevistados afirmaram que as informações<br />

geradas por essa área auxiliam na gestão da produtividade,<br />

bem como, são utilizadas como uma estratégia<br />

para gestão florestal. A alocação de materiais<br />

genéticos conforme interação genótipos x ambientes<br />

foi apontada como a principal linha de trabalho dos<br />

programas de melhoramento florestal.<br />

INTRODUÇÃO<br />

No Brasil, o potencial produtivo dos plantios de<br />

eucalipto é superior ao de outras regiões do mundo.<br />

Atualmente, a cultura encontra-se implantada em<br />

todas as regiões brasileiras e presente na maioria<br />

dos estados. Dada essa dispersão geográfica, os<br />

efeitos de diferentes condições fisiográficas, edáficas<br />

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PESQUISA<br />

e climáticas no crescimento do eucalipto são marcantes,<br />

fazendo com que a produtividade das plantações<br />

no país varie de 25 a 60 m3.ha-1.ano-1(Gonçalves<br />

et al., 2013). Observa-se que a produtividade<br />

média nos plantios tem evoluído bastante ao longo<br />

dos anos, sendo que 1970 era 10 m3.ha-1.ano-1e<br />

atualmente atingiu seu maior nível desde 2014, chegando<br />

a 38,9 m3.ha-1.ano-1em 2021 (IBÁ,2022).<br />

Os crescentes aumentos na produtividade das<br />

florestas de eucalipto observados nos últimos anos<br />

estão diretamente relacionados ao desenvolvimento<br />

de materiais genéticos de maior potencial produtivo,<br />

sobretudo pelo aprimoramento da hibridação e clonagem,<br />

bem como, a evolução das técnicas de manejo<br />

florestal (Assis, 2014). Os aumentos de produtividade<br />

registrados no período tinham como base<br />

principal as características relacionadas ao volume<br />

de madeira por hectare, sendo que apenas na década<br />

de 90 passam a ser observados os parâmetros<br />

tecnológicos da madeira, tais como a densidade,<br />

por exemplo (Silvaet al., 2012). Estima-se que no período<br />

de 1970 a 2008 o melhoramento genético do<br />

eucalipto proporcionou um ganho de produtividade<br />

de 5,7% ao ano (Castro et al., 2018).<br />

A seleção de populações e indivíduos mais<br />

eficientes em termos produtivos, com maior capacidade<br />

adaptativa às condições edafoclimáticas<br />

Como consequência dos<br />

ganhos observados nas<br />

últimas décadas, nota-se que<br />

cada vez mais os programas<br />

de melhoramento genético<br />

vêm ganhando espaço dentro<br />

das empresas florestais e os<br />

resultados gerados a partir<br />

deles vêm sendo utilizados como<br />

uma estratégia para gestão da<br />

produtividade florestal<br />

94 www.referenciaflorestal.com.br


adversas, é uma preocupação que está sendo implementada<br />

há alguns anos (Navarrete-Campos et<br />

al., 2013). Assim, nos trabalhos de melhoramento<br />

das últimas décadas, têm sido realizados esforços<br />

para incluir genótipos superiores que combinem as<br />

melhores características relacionadas à produtividade,<br />

com características como tolerância à seca,<br />

frio, salinidade ou determinadas pragas e doenças<br />

que afetam as plantações de eucalipto. Além disso,<br />

estudos de interação genótipos x ambientes (G x<br />

A) são fundamentais para obtenção de ganhos genéticos,<br />

uma vez que tais estudos constituem uma<br />

das etapas mais importantes em um programa de<br />

melhoramento florestal (Hardner et al., 2010). Além<br />

disso, também devem ser levadas em consideração<br />

as análises de adaptabilidade e estabilidade genotípica,<br />

que por sua vez tornam possível a identificação<br />

de genótipos com comportamento previsível e que<br />

sejam responsivos às variações do ambiente em<br />

condições específicas ou amplas (Cruzet al.,2014;<br />

Hardner et al., 2010).<br />

Como consequência dos ganhos observados nas<br />

últimas décadas, nota-se que cada vez mais os programas<br />

de melhoramento genético vêm ganhando<br />

espaço dentro das empresas florestais e os resultados<br />

gerados a partir deles vêm sendo utilizados<br />

como uma estratégia para gestão da produtividade<br />

florestal. No entanto, observa-se que a compreensão<br />

da potencialidade de utilização do melhoramento<br />

florestal como ferramenta de gestão da produtividade<br />

ainda é limitada devido ao pouco conhecimento<br />

de suas contribuições históricas e atuais.<br />

Com base no exposto, o presente trabalho tem<br />

por objetivo compreender como o melhoramento<br />

genético florestal tem auxiliado na gestão da produtividade<br />

florestal no país ao longo dos anos e como<br />

o mercado tem reagido a essa temática.<br />

Essa é uma versão parcial<br />

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AGENDA<br />

AGENDA2023<br />

VIII SIMFLOR – Simpósio <strong>Florestal</strong> Sul-<br />

Mato-Grossense<br />

Data: 20 a 22<br />

Local: Chapadão do Sul (MS)<br />

Informações:<br />

https://simflor.ufms.br/<br />

OUTUBRO<br />

2023<br />

OUTUBRO<br />

2023<br />

OUT<br />

2023<br />

WORKSHOP DE MOGNO AFRICANO<br />

O Workshop do Mogno Africano tem como objetivo<br />

apresentar o projeto do Polo <strong>Florestal</strong> como alternativa<br />

de investimento sustentável e lucrativo. Idealizado em<br />

2014, o evento entrega conteúdos de alto nível, conectando<br />

investidores com quem entende de investimento<br />

florestal para saírem à frente quando o assunto é o<br />

mercado da madeira. Consolidado, recebe mais de 100<br />

participantes a cada edição. O encontro oportuniza palestras<br />

e debates com especialistas do ramo florestal. O<br />

cenário é ideal para atração de novos empreendimentos,<br />

networking e incentivo a um investimento sustentável!<br />

Imagem: reprodução<br />

Seminário Sul Brasileiro de Silvicultura<br />

Data: 25 a 27<br />

Local: Canela (RS)<br />

Informações:<br />

https://seminariodesilvicultura.com.br/<br />

Imagem: reprodução<br />

I Reunião de Filiadas do SilviCarbo – IPEF<br />

Data: 27<br />

Local: Botucatu (SP)<br />

Informações:<br />

https://www.ipef.br/eventos/evento.<br />

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OUTUBRO<br />

2023<br />

DEZ<br />

2023<br />

CAIRO WOOD SHOW<br />

A Cairo Wood Show oferece oportunidades<br />

para profissionais de negócios não apenas conhecerem<br />

especialistas do setor, mas também aprenderem sobre<br />

as últimas tendências, tecnologias e produtos. Os<br />

expositores também terão uma plataforma aberta para<br />

vender e fechar negócios no local. Os visitantes irão<br />

desfrutar da atmosfera que prevalece e é semelhante<br />

a qualquer grande evento internacional e também<br />

estabelecer contatos valiosos para expandir o seu escopo<br />

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ExpoSul <strong>Florestal</strong> 2023<br />

Data: 5 a 7<br />

Local: Curitibanos (SC)<br />

Informações:<br />

https://www.facebook.com/<br />

codornadaflorestal/<br />

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riscos na era ASG e LGPD<br />

Agestão de riscos é um processo essencial para toda organização<br />

de qualquer tamanho, independentemente do setor em<br />

que atua. Com a crescente complexidade dos negócios e a<br />

ampliação das responsabilidades corporativas, mais as plataformas<br />

de sistemas e dados em nuvem tornam-se imprescindíveis.<br />

Diante desse ponto, as empresas precisam adotar abordagens<br />

estruturadas para identificar, avaliar e mitigar os riscos que podem afetar<br />

seus objetivos e a conformidade com leis de privacidade de dados. Além<br />

disso, precisam considerar o aspecto ASG (Ambiental, Social e de Governança),<br />

que também é prioridade, requerendo cuidados abrangentes.<br />

Esse gerenciamento é um processo sistemático que visa identificar,<br />

avaliar e priorizar os potenciais riscos que uma instituição enfrenta. Envolve<br />

a aplicação de técnicas e métodos para entender a probabilidade<br />

e o impacto das ameaças, bem como a implementação de medidas para<br />

reduzir ou controlar sua ocorrência. A gestão de riscos abrange uma ampla<br />

gama de áreas, incluindo riscos operacionais, financeiros, legais, de<br />

segurança da informação e reputacionais.<br />

Recursos específicos, como a integração, categorização de dados, gestão<br />

da qualidade e de consentimento, avaliação de impacto de privacidade<br />

e detecção de violações de dados facilitam as atividades necessárias do<br />

dia a dia para a gestão de riscos no tratamento de dados pessoais. Além<br />

disso, essas plataformas permitem o monitoramento contínuo das tarefas<br />

de tratamento de dados, geração de relatórios e adoção de medidas corretivas,<br />

garantindo que a organização esteja em diligência e em melhoria<br />

contínua em busca da conformidade, que talvez não seja um status, mas<br />

sim, uma busca constante.<br />

Já no aspecto ambiental, as plataformas podem auxiliar na gestão de<br />

processos estabelecidos relacionados à poluição, às mudanças climáticas,<br />

ao uso de recursos naturais e a outras questões ambientais críticas, além<br />

de formalizar estas atividades de forma estruturada e garantir, assim,<br />

aspectos colaborativos. Esses processos podem ser, por exemplo, para<br />

o monitoramento do consumo de energia, gestão de resíduos, conformidade<br />

com regulamentações ambientais e implementação de práticas<br />

sustentáveis.<br />

No aspecto social, as plataformas tecnológicas podem apoiar a gestão<br />

dos riscos relacionados a questões trabalhistas, como assédio moral,<br />

sexual, incluídos nos itens da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de<br />

Acidentes) e eSocial, direitos humanos, diversidade e inclusão. No aspecto<br />

de governança, as plataformas podem auxiliar na identificação e mitigação<br />

de riscos relacionados a práticas éticas, transparência, conformidade<br />

regulatória e estrutura de governança. Elas fornecem recursos para o gerenciamento<br />

de políticas, avaliação do desempenho dos órgãos de governança,<br />

detecção de conflitos de interesse e garantia da conformidade com<br />

normas e regulamentos aplicáveis.<br />

As plataformas tecnológicas também possibilitam a coleta, análise e<br />

monitoramento de KPIs (indicadores-chave de desempenho, em inglês)<br />

relacionados aos aspectos ASG, o que permite uma visão abrangente<br />

da organização e a identificação de riscos potenciais. Essas informações<br />

embasam a tomada de decisões estratégicas e a implementação de ações<br />

corretivas para mitigar os riscos identificados. Investir em soluções tecnológicas<br />

é o caminho mais seguro para as empresas estarem em diligências<br />

de ponta a ponta com o que o mercado e consumidores pedem e cobram.<br />

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