Cultura de Bancada, 19º Número
Cultura de Bancada, 19º número, lançado a 12 de outubro de 2023
Cultura de Bancada, 19º número, lançado a 12 de outubro de 2023
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deslocamo-nos rapidamente ao hotel
para arrumar a bagagem. Pelo caminho,
avistámos vários autocolantes de adeptos
do Rapid, mas de resto havia poucos sinais
de futebol. Do hotel, fomos a pé para o
Estádio Artemio Franchi. Aqui, a cor púrpura
estava claramente misturada com as roupas
das pessoas. Demorámos uma boa meia
hora a entrar. Os estádios em Itália têm
simplesmente o seu próprio encanto. A
grande superfície redonda. Nada é coberto
e tudo é um pouco antiquado. O sector dos
visitantes já estava bem cheio. Para além dos
Ultras de Nuremberga, havia também uma
bandeira dos nossos amigos de Veneza. No
dia anterior não havia nenhuma bandeira que
indicasse os visitantes vienenses pelas ruas.
Além disso, traziam na bagagem todo o tifo
“Anti Viola”. Enquanto o sector dos visitantes
já estava a aquecer meia hora antes do
pontapé de saída, os grupos da equipa da
casa só entraram no estádio 20 minutos antes
do início do jogo. Os outros lugares também
se encheram pouco antes do pontapé de
saída. Para o início, houve uma coreografia de
pequenas bandeiras no sector dos visitantes.
Do lado dos donos da casa, foram utilizadas
bandeiras e pirotecnia esporádica. No
primeiro tempo só jogou a equipa de
Florença. O Rapid estava ansioso por
defender a vantagem de 1:0 da primeira
mão. No entanto, acabou por ser demasiado
inofensivo nos momentos decisivos e a
Fiorentina não conseguiu recompensar a
sua vontade com um golo. Contudo, isso
não afectou muito as duas curvas. O sector
dos visitantes estava unido no seu apoio e
continuava a provocar os fiorentinos com
cânticos “Anti Viola”. Por outro lado, os
visitantes também estavam num bom dia e
o público aplaudiu a equipa. Pouco antes do
intervalo, o sector dos visitantes ergueu mais
três faixas. Estávamos à espera que fizessem
uma tochada agora que o sol se tinha posto,
mas era apenas imaginação nossa.
Para a segunda parte, houve outra
ação dos vienenses. Desta vez eram bandeiras
maiores, acompanhadas acusticamente
pelo conhecido cântico “Vês que temos as
bandeiras hasteadas”. A Fiorentina continuou
onde tinha parado no intervalo. De vez em
quando, uma luz de tocha ou fumo. Tudo foi
um pouco caótico e não tão “planeado”, mas
até isso foi agradável.
Depois de as bandeiras no sector
dos visitantes terem parado de tremular,
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