Cultura de Bancada, 19º Número
Cultura de Bancada, 19º número, lançado a 12 de outubro de 2023
Cultura de Bancada, 19º número, lançado a 12 de outubro de 2023
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alguma que vai continuar a ajudar a moldarme
no homem que quero ser. Contudo, fiquei
a conhecer o que de facto acontece pelos
estádios portugueses, e como se é tratado
pelas autoridades, que ajudam em tudo
menos a zelar pela segurança dos cidadãos.
Passei a verificar toda a repressão ridícula
que existe, e por muito que se cumpra a lei,
a dita autoridade abusa do poder que tem e
pode simplesmente negar a entrada de todo
o tipo de material, mesmo que venham a
perder a razão em tribunal.
Tendo em conta os tempos de ouro
que vive o SCB, é normal que a felicidade dos
associados seja notória. No entanto, há que
analisar o que está por debaixo do tapete.
A grande maioria da geração mais nova vê
com bons olhos todo o sucesso desportivo e
contratações que o clube possa vir a ter e a
fazer, e não procura informar-se sobre o que
se passa no capital da SAD. Ao acompanhar a
Bracara Legion, que desempenha um papel
fundamental em informar os associados
com participações notórias nas Assembleias
Gerais, tertúlias, protestos, etc., podemos
concluir que é parte fulcral do que é o SC
Braga. Uma questão imprescindível, que
tem sido referida e mantida sempre como
discussão dentro do seio bracarense, é a
divisão da SAD e o facto do SC Braga não
ter maioria percentual dentro da mesma,
os famosos “50+1”. Nos últimos anos, as
mudanças na detenção de percentagem
que se pode aferir, são no mínimo curiosas,
mas particularmente questionáveis e
preocupantes. Aquando da criação da SAD,
a Câmara Municipal de Braga fez questão de
adquirir 17.14%, o que custou aos cofres do
município 1 milhão de euros (200 mil ações,
5 euros/ação) devido à importância do clube
como embaixador da cidade. Quase 20
anos depois, a Câmara decidiu vender essa
mesma percentagem por 200 mil euros no
total, (o que gerou um prejuízo de 4 euros
por cada ação) e que acabaria por chegar às
mãos da “Sundown Investments Limited”,
uma sociedade de investimento sediada no
Reino Unido. O SC Braga deixou escapar uma
oportunidade única de recuperar a maioria
da SAD por uns meros 200 mil euros, ainda
que um ano antes dessa venda, António
Salvador tenha dito que iria propor uma AG
extraordinária para que os sócios pudessem
aprovar a compra dessas ações, algo que
nunca se veio a realizar, talvez pelo interesse
do presidente que, ao que se veio a saber,
está “alegadamente” envolvido com essa
sociedade.
Algo que se pode afirmar é a falta
de transparência do atual presidente do SC
Braga e todas as partes envolvidas nestas
trafulhices, com contradições do “homem
do leme” que, num espaço de apenas 3
meses, passou de “Não vamos fazer parceria
nenhuma com o PSG” para se verificar de
facto a entrada da QSI (dona do PSG) na SAD
minhota e a deixar cair por terra o objetivo
de se ser “independente de tudo e todos”.
Gostaria também de referir a quantidade
de tempo que estas ações agora referentes
à QSI pertenceram à “Olivedesportos SGPS,
SA”, que em nada contribuiu para a SAD
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