Jornal Paraná Novembro 2023
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CICLO <strong>2023</strong>/24<br />
<strong>Paraná</strong> já colheu mais<br />
do que na safra passada<br />
Mesmo um mês e meio antes do final da colheita, as usinas paranaenses<br />
já tinham esmagado 441,89 mil toneladas a mais do que no período anterior<br />
Com 97,2% de canade-açúcar<br />
colhida<br />
dos 32,665 milhões<br />
de toneladas esperados<br />
pela Alcopar na safra<br />
<strong>2023</strong>/24 do <strong>Paraná</strong>, as usinas<br />
sucroenergéticas do Estado já<br />
esmagaram, no acumulado<br />
desta safra, o volume de<br />
31,745 milhões de toneladas<br />
da matéria-prima até o dia 1<br />
de novembro, cerca de um<br />
mês e meio antes do final da<br />
colheita, afirma o presidente<br />
da Alcopar, Miguel Tranin. A<br />
produção já é superior ao fechamento<br />
da safra anterior<br />
(31,303 milhões de toneladas)<br />
em 441,89 mil toneladas, e<br />
faltam apenas 920,43 mil toneladas<br />
para atingir a estimativa<br />
de produção da entidade<br />
para a safra atual.<br />
Algumas unidades já encerraram<br />
a colheita ainda na segunda<br />
quinzena de outubro,<br />
mas tem usinas que planejam<br />
trabalhar até o dia 20 de dezembro,<br />
buscando esmagar<br />
toda a cana-de-açúcar disponível<br />
no campo, sem deixar cana<br />
para bisar, se as condições climáticas<br />
permitirem. As chuvas<br />
mais frequentes, típicas de<br />
anos de El Niño no Sul do Brasil,<br />
devem continuar a atrapalhar<br />
a operacionalização das<br />
máquinas no campo, o ritmo<br />
de colheita e, consequentemente,<br />
o processamento da<br />
matéria-prima.<br />
“Se as chuvas continuarem<br />
ocorrendo de forma frequente,<br />
a tendência é que as usinas<br />
deixem algumas lavouras de<br />
cana-de-açúcar bisarem, retomando<br />
a colheita já em meados<br />
de março, antes do início<br />
oficial da safra, que se dá em<br />
abril”, afirma Tranin.<br />
Na segunda quinzena de outubro,<br />
a moagem de cana-deaçúcar<br />
voltou a cair devido às<br />
chuvas ocorridas no período,<br />
atingindo a produção de apenas<br />
1,532 milhão de toneladas<br />
no <strong>Paraná</strong>. Apesar disso, no<br />
acumulado da safra, considerando<br />
o mesmo período, o total<br />
esmagado até a segunda quinzena<br />
de outubro deste ano já<br />
era 29,7% aos 24,468 milhões<br />
de toneladas moídas no<br />
mesmo período da safra<br />
2022/23.<br />
A produção acumulada de<br />
açúcar no período foi de 2,449<br />
milhões de toneladas, 41,6% a<br />
mais que os 1,729 milhão de<br />
toneladas até 1 de outubro de<br />
2022. E a de etanol total foi de<br />
1,057 bilhão de litros, sendo<br />
627,38 milhões de litros de anidro<br />
e 429,96 milhões de litros<br />
de hidratado. Esses volumes<br />
são, respectivamente, 25,4%<br />
(842,9 milhões de litros),<br />
41,8% (442,28 milhões) e<br />
7,3% (400,57 milhões de litros)<br />
a mais do que no mesmo período<br />
da safra passada.<br />
O rendimento industrial<br />
(ATR/Tc) no acumulado foi de<br />
138,42 Kgs, comparado com<br />
resultado do período anterior de<br />
133,46 Kgs/ATR, um aumento<br />
de 3,7%.<br />
O <strong>Paraná</strong> tradicionalmente já<br />
trabalha com um volume maior<br />
de cana-de-açúcar destinado a<br />
produção de açúcar. Nesta<br />
safra, entretanto, devido às<br />
condições favoráveis de mercado<br />
da commodity, o percentual<br />
de matéria-prima destinada<br />
à produção de açúcar deve ser<br />
maior, podendo chegar a 59%<br />
do mix de produção, segundo<br />
Tranin.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 3