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perfil<br />
Uma história a<br />
ser escrita<br />
TRABALHANDO COMO PORTEIRO,<br />
PROFISSIONAL TEVE OPORTUNIDADES<br />
PARA DESENVOLVER LETRAMENTO, E<br />
POSSIBILITAR UMA FACULDADE PARA<br />
O FILHO<br />
Foto: CONDOMINIUM<br />
O<br />
porteiro Antônio Alemão da Costa,<br />
conquistou o apreço dos moradores<br />
do Edifício Condomínio Aurora Santarém<br />
pelo seu carisma e simpatia. Natural de<br />
Antonina, cidade litorânea ao leste de Curitiba,<br />
não sabia com o que ia trabalhar quando veio<br />
para a capital. Conta que era semiletrado, não<br />
sabia ler nem escrever, mas foi com o trabalho<br />
na portaria que pôde praticar e se desenvolver.<br />
Antônio trabalha no edifício há 21 anos<br />
e revela que guarda com bastante carinho a<br />
oportunidade que teve de trabalhar no condomínio.<br />
Lembra até a data que começou, no dia<br />
5 de maio de 2003. Exercendo sua função em<br />
um prédio extenso, dividido em dois blocos<br />
com 16 andares cada, o edifício conta com 64<br />
apartamentos. “É um para cada ano da minha<br />
vida”, brinca Antônio.<br />
Anteriormente, havia trabalhado como<br />
guarda em um banco da cidade, e para ele, os<br />
anos neste emprego foram de muita experiência<br />
e aprendizado, que o levou para o trabalho<br />
na portaria. Após realizar um curso de vigilância,<br />
desenvolveu mais sua leitura e escrita,<br />
e ao deixar o antigo emprego, pôde praticar<br />
trabalhando no condomínio. “Com o tempo,<br />
aprendi muita coisa como porteiro. Tinha que<br />
olhar os registros, checar encomendas, e fui<br />
me esforçando, me dedicando e melhorando”,<br />
explica Antônio. Ele garante que não só<br />
o trabalho impactou sua vida, mas também<br />
a vida de toda sua família. Com o emprego,<br />
conseguiu sustentar e cuidar de sua mulher e<br />
filho. Conta, que com o passar dos anos houve<br />
maiores benefícios como aumento salarial, vale-alimentação<br />
e vale-mercado. Foi assim, que<br />
economizou parte do seu salário para pagar a<br />
educação de seu filho, que hoje, com 20 anos,<br />
está prestes a frequentar uma faculdade.<br />
Antônio também deixa uma marca no local<br />
onde trabalha, no qual mantém um vínculo<br />
de anos com os moradores. “Têm pessoas<br />
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