Esta Radiografia representa o intestino grosso como vasta estrutura transparente.
Difícil de digerir A representação radiográfica <strong>do</strong>s intestinos foi, durante muito tempo, uma área importante <strong>da</strong> Radiologia, precedi<strong>da</strong> somente pela representação <strong>do</strong> esqueleto e <strong>do</strong>s pulmões. Ultimamente, porém, esta técnica tem diminui<strong>do</strong> em significa<strong>do</strong> face à representação en<strong>do</strong>scópica <strong>do</strong> intestino com son<strong>da</strong>s flexíveis e às técnicas de corte <strong>da</strong> Ecografia, <strong>do</strong> TAC e <strong>da</strong> Ressonância Magnética. Para além <strong>da</strong>s vantagens para o diagnóstico <strong>do</strong> intestino grosso, com cerca de 1,5 m de comprimento, as imagens capta<strong>da</strong>s fascinam pela sua transparência e apresentação completa. Sen<strong>do</strong> difícil captar esta estrutura tubular <strong>do</strong> aparelho digestivo através de Radiografia, o intestino é previamente esvazia<strong>do</strong> e lava<strong>do</strong> com a aju<strong>da</strong> de um laxante ou de um clister, e de segui<strong>da</strong> é injecta<strong>do</strong>, através de um catéter, um meio de contraste rico em bário (clister opaco). Face ao perigo de perfurar a parede intestinal, esta medi<strong>da</strong> só pode ser executa<strong>da</strong> por um médico especializa<strong>do</strong>. Para distender o intestino, é necessário enchê-lo com ar. O meio de contraste deposita-se nas paredes <strong>do</strong> intestino que se torna visível através <strong>da</strong> radiação. Dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong> posição em que se encontra o <strong>do</strong>ente, o meio de contraste acumula-se em certas regiões <strong>do</strong> intestino, que na imagem se apresentam como áreas brancas. Ao contrário <strong>do</strong> intestino grosso, o intestino delga<strong>do</strong>, cujo comprimento pode alcançar os 5 m, apresenta-se na Radiografia como uma formação relativamente complexa e interlaça<strong>da</strong>. Tal como o intestino grosso, ele apresenta inúmeras constrições anelares ao longo <strong>da</strong> musculatura longitudinal, as quais mantêm a parede intestinal em movimento constante, necessário para o transporte <strong>do</strong> seu conteú<strong>do</strong>. Sobretu<strong>do</strong> nas <strong>do</strong>enças crónicas inflamatórias <strong>do</strong> intestino grosso, que resultam numa elastici<strong>da</strong>de reduzi<strong>da</strong> <strong>da</strong> sua parede e na ocorrência de diarreia mistura<strong>da</strong> com sangue, a Radiografia complementa a En<strong>do</strong>scopia no fornecimento de <strong>da</strong><strong>do</strong>s sobre a propagação <strong>da</strong> inflamação e possíveis complicações tais como abcessos, pólipos ou tumores. Também no caso <strong>da</strong> presença de fístulas, frequentemente diagnostica<strong>da</strong>s em pessoas de i<strong>da</strong>de avança<strong>da</strong> com queixas de prisão de ventre, a Radiologia pode fornecer indícios valiosos. 40 Após a administração de um meio de contraste, define-se o intestino delga<strong>do</strong> com 4 a 5 metros de comprimento, e suas inúmeras ansas. Doença de Crohn é a designação para constrições patológicas <strong>do</strong> intestino que prejudicam gravemente a digestão. 41 ➔