15.02.2019 Views

10 - Jornal Paraná Outubro 2018

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

OPINIÃO<br />

Será possível retomar o crescimento?<br />

A vitória do reformismo traria<br />

de volta certo crescimento,<br />

e relativamente rápido<br />

JOSÉ ROBERTO<br />

MENDONÇA DE BARROS (*)<br />

Todos que acompanham<br />

o nosso dia a dia sabem<br />

que as marcas<br />

deste ano estão sendo<br />

a surpresa e a incerteza. Conflitos<br />

comerciais que atravessam<br />

o globo, greve dos caminhoneiros<br />

e a enorme incerteza política<br />

acabaram por produzir uma<br />

redução nas perspectivas de<br />

crescimento.<br />

Abrimos o ano já com alguma<br />

desaceleração em relação a<br />

2017, mas os fatores acima<br />

mencionados levaram a uma<br />

piora no desempenho e nas<br />

projeções para o ano. Embora<br />

seja claramente positivo que a<br />

atividade tenha voltado a crescer<br />

após a greve, o crescimento<br />

do corrente exercício será modesto<br />

(1,5% no máximo).<br />

Assim, a pergunta central que se<br />

faz é se existe possibilidade de,<br />

findo o processo eleitoral, voltarmos<br />

a ter melhoras em 2019.<br />

Uma primeira parte da resposta<br />

é, para mim, muito<br />

clara: esta campanha caracteriza-se<br />

por um embate entre<br />

reformistas e populistas, sendo<br />

que a novidade deste ano é<br />

a emergência de um populismo<br />

rombudo de direita. Isso<br />

porque a eventual vitória de<br />

uma das propostas populistas<br />

irá produzir, inequivocamente,<br />

uma piora significativa nas<br />

principais variáveis econômicas.<br />

No curto prazo, no caso<br />

da esquerda, e um pouco mais<br />

adiante se for a direita.<br />

Entretanto, acredito que a vitória<br />

do reformismo poderá trazer<br />

de volta certo crescimento,<br />

e relativamente rápido. Analisemos<br />

por quê. Contados os<br />

votos, veremos uma rápida<br />

melhora nas expectativas e<br />

uma queda bastante forte na<br />

cotação do dólar frente ao real.<br />

Projetar essa variável é sempre<br />

uma tarefa inglória, mas<br />

não é exagero imaginar um<br />

número da ordem de R$ 3,60<br />

por dólar.<br />

É um exercício fútil imaginar<br />

que se possa arrecadar trilhões<br />

em pouco tempo. Ou falta<br />

experiência de como funciona<br />

o setor público.<br />

Com isso, os efeitos secundários<br />

da desvalorização cambial<br />

vão desaparecer, e a inflação irá<br />

se consolidar no patamar dos<br />

4%, que resultará na manutenção<br />

da Selic na faixa atual<br />

(6,5%) por alguns meses, pelo<br />

menos.<br />

Além disso, o alívio do resultado<br />

das eleições vai destravar vários<br />

gastos empresariais no curto<br />

prazo. Muita gente tem planos<br />

que dependem apenas do cenário<br />

político e que seriam postos<br />

em marcha. Não falo de grandes<br />

projetos (exceto no caso de petróleo),<br />

mas do lançamento de<br />

novos produtos, campanhas<br />

de marketing, maior expectativa<br />

de vendas para a temporada de<br />

Natal e outros.<br />

Por exemplo, a demanda de caminhões,<br />

que vinha crescendo<br />

desde o início do ano, se acelerou<br />

após a greve de maio, uma<br />

vez que muitas empresas decidiram<br />

remontar um departamento<br />

interno de transportes. A<br />

despeito disso, novas encomendas<br />

só estarão sendo atendidas<br />

a partir do ano que vem,<br />

porque as montadoras estão<br />

hesitando em adicionar um novo<br />

turno nas linhas de produção,<br />

algo que ocorreria nesta<br />

nova situação.<br />

Embora essa melhora não<br />

deva alterar substancialmente<br />

a projeção do crescimento<br />

para <strong>2018</strong>, o resultado é que<br />

viraremos o ano olhando para<br />

cima e não para baixo. Aí vem<br />

o jogo principal, o da agenda<br />

das reformas. Aqui está em<br />

questão o número de propostas<br />

e seu desenho. Em muitos<br />

casos, a estrutura dos projetos<br />

é bastante clara, como a<br />

criação do Imposto de Valor<br />

Adicionado (IVA) em substituição<br />

a IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins,<br />

ou a unificação dos regimes<br />

de aposentadoria e a elevação<br />

da idade mínima para<br />

requerer o benefício.<br />

Daí porque a grande dúvida é a<br />

chance de aprovação das reformas.<br />

A experiência desde o<br />

primeiro governo de Fernando<br />

Henrique Cardoso é que, se o<br />

Executivo se fixar em um número<br />

pequeno de projetos,<br />

mas intensamente defendidos<br />

pelo novo presidente, sua aprovação<br />

é possível, embora nunca<br />

seja simples. É a estratégia<br />

de “poucas e boas”. Se isso<br />

ocorrer como me parece possível,<br />

o caminho estará aberto<br />

para a retomada de um crescimento<br />

mais sustentável, embora<br />

ainda inferior ao necessário<br />

e possível para o Brasil.<br />

O STF considerou constitucional<br />

a terceirização, tanto de atividades<br />

meio, quanto de atividades<br />

fim, assim como já havia<br />

feito ao validar o término do imposto<br />

sindical. É mais um<br />

exemplo da resistência à mudança<br />

por parte de corporações<br />

e cartórios. Entretanto, nesse<br />

caso, as coisas estão caminhando<br />

bem e já é possível<br />

dizer que a Reforma Trabalhista<br />

tem contribuído de forma decisiva<br />

para a redução do conflito,<br />

em favor de negociações.<br />

Qualquer privatização bem<br />

feita demora muito. Participei<br />

de muitos processos, de 1993<br />

a 1998. E isso inclui a venda<br />

de imóveis públicos. É um<br />

exercício fútil imaginar que se<br />

possa arrecadar trilhões em<br />

pouco tempo. Ou falta experiência<br />

de como funciona o<br />

setor público.<br />

(*) Economista e sócio da MB<br />

Associados<br />

2<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


TRANSPORTE<br />

Tabelamento do frete<br />

prejudica setor produtivo<br />

Além do aumento dos custos e consequente inflação, a ação é inconstitucional<br />

e os maiores prejudicados podem ser os consumidores e os caminhoneiros autônomos<br />

Osetor sucroenergético,<br />

o agronegócio<br />

como um todo, a indústria,<br />

os exportadores<br />

e vários outros segmentos<br />

têm se posicionado<br />

contra o tabelamento do frete,<br />

instituído por medida provisória<br />

pelo presidente Michel Temer,<br />

para por fim a greve dos<br />

caminhoneiros em maio deste<br />

ano.<br />

Responsável por definir os<br />

preços, a Agência Nacional<br />

de Transportes Terrestres<br />

(ANTT) publicou a primeira<br />

tabela em maio. Com as críticas<br />

dê todo setor produtivo,<br />

que argumentava que os preços<br />

haviam dobrado e que<br />

havia varias distorções na tabela,<br />

foi editada uma nova,<br />

que, com a crítica dos caminhoneiros,<br />

foi descartada e<br />

voltou a vigorar os valores da<br />

primeira. Diante da recente<br />

alta do diesel, a tabela foi reajustada<br />

e a ANTT quer aplicar<br />

multas pesadas para<br />

quem contratar frete por valor<br />

abaixo do fixado. A proposta<br />

está em audiência pública até<br />

<strong>10</strong> de outubro.<br />

Como o País é altamente dependente<br />

do modal rodoviário<br />

para o escoamento de boa<br />

parte de tudo o que produz, e<br />

consome, o tabelamento tem<br />

se tornado um grave problema<br />

em algumas esferas da economia<br />

e um duro golpe no<br />

projeto brasileiro de voltar a<br />

crescer, trazendo ainda insegurança<br />

para a cadeia produtiva<br />

e risco de aumento da<br />

inflação e o aumento no desemprego.<br />

A expansão do<br />

Produto Interno Bruto (PIB)<br />

desacelerou e a previsão para<br />

o aumento neste ano recuou<br />

de 2,7% para 1,4%.<br />

O setor mais duramente afetado<br />

pelo tabelamento, porém,<br />

é o do agronegócio. As entidades<br />

do setor apontam prejuízos<br />

de milhões ou bilhões, dependendo<br />

da cultura e da distância<br />

da região produtora até o local<br />

destinado, além de encarecer a<br />

produção com o aumento dos<br />

insumos.<br />

Para a economia como um todo,<br />

as perdas foram estimadas<br />

em R$ 53 bilhões, segundo estudo<br />

elaborado pela Fundação<br />

Getúlio Vargas, mas associações<br />

apontam aumento de<br />

custos de R$ 73,9 bilhões sobre<br />

o conjunto da economia,<br />

mostrando que os efeitos negativos<br />

sobre o setor produtivo<br />

se mostram mais profundos<br />

que o esperado.<br />

Algumas empresas exportadoras<br />

de grãos do Brasil avaliam<br />

paralisar atividades se<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 3


TRANSPORTE<br />

Muitas empresas<br />

estão adquirindo<br />

frota própria<br />

para resolver<br />

o problema do<br />

tabelamento<br />

não forem tomadas<br />

medidas para acabar com a tabela<br />

de fretes mínimos rodoviários<br />

que inviabiliza negócios e<br />

resulta em custos adicionais<br />

para o setor de pelo menos 5<br />

bilhões de dólares ao ano, disse<br />

um representante da Associação<br />

Nacional dos Exportadores<br />

de Cereais. As projeções<br />

de exportação de milho, em<br />

plena safra, já foram reduzidas<br />

de 32 milhões de toneladas de<br />

milho este ano para 20 milhões.<br />

O cenário de incertezas e de<br />

insegurança jurídica que prejudica<br />

o planejamento do<br />

agronegócio e da indústria poderia<br />

ser solucionado pelo Supremo<br />

Tribunal Federal.<br />

Existem várias ações para que<br />

a corte julgue se o tabelamento<br />

fere a Constituição,<br />

mas não há data para avaliar o<br />

tema. Segundo o ministro Luiz<br />

Fux, o STF deverá julgar os<br />

questionamentos em plenário<br />

o mais rápido possível.<br />

Alcopar diz que medida foi “tiro no pé”<br />

Em nome da Alcopar, o seu<br />

presidente Miguel Tranim diz<br />

que não há condições técnicas<br />

para se praticar o tabelamento<br />

uniformizante, num cenário<br />

de excesso de caminhões,<br />

falta de cargas, condições<br />

desiguais de estradas e<br />

de distâncias, necessidade de<br />

completar viagens sem carga<br />

de retorno, tipos de cargas e<br />

as inúmeras outras especificidades<br />

de cada setor e região<br />

do Brasil.<br />

Num País onde é comum<br />

ocorrer a sonegação tributária,<br />

que é muito mais grave,<br />

como controlar o cumprimento<br />

da tabela do frete, questiona<br />

o presidente da Alcopar.<br />

“Essa, no mínimo, deveria ser<br />

baseada nas inúmeras especificidades<br />

técnicas e realidade<br />

de cada setor, caso<br />

contrário, pode gerar problemas<br />

futuros muito maiores”.<br />

Tranin aponta, entretanto, que<br />

a medida é inconstitucional<br />

por ferir o direito de livre negociação<br />

do frete rodoviário. Ao<br />

longo dos anos, o mercado<br />

vem operando em harmonia e<br />

permanente adequação de<br />

condições econômicas e operacionais<br />

típicas de um mercado<br />

de livre competição, não<br />

precisando de interferências.<br />

“É necessário se respeitar os<br />

contratos, que estão em andamento,<br />

contratos que davam<br />

segurança para ambos os lados.<br />

Esta é uma prática habitual<br />

que vinha sendo realizado<br />

de forma eficiente e a custos<br />

competitivos graças ao equilíbrio<br />

operacional e financeiro<br />

de todos os elos da cadeia logística”,<br />

defende, ressaltando<br />

que com o tabelamento aumentou-se<br />

os preços em plena<br />

safra, um custo não previsto.<br />

“O que pedimos é o respeito<br />

aos contratos vigentes”,<br />

Segundo o presidente da Alcopar,<br />

a realidade de oferta e<br />

demanda de transporte de<br />

cargas no Brasil atualmente<br />

aponta para uma média de<br />

cinco caminhões para três<br />

cargas. “Não é tabelamento<br />

de frete que vai resolver esta<br />

situação. Só vai piorar. Há superoferta<br />

de caminhões no<br />

mercado. Neste cenário, a<br />

tendência é de queda do preço<br />

no livre mercado. Não é uma<br />

situação criada por nós”,<br />

afirma.<br />

Tranin ressalta ainda que o percentual<br />

de caminhoneiros autônomos,<br />

que é o alvo desse<br />

tabelamento, chega a 30% dos<br />

caminhoneiros no Brasil. Além<br />

disso, a frota deles é mais<br />

velha, com idade média de 23<br />

anos e meio, onde o consumo<br />

de combustível é bastante alto<br />

e é menor a capacidade de<br />

carga dos veículos, o que faz<br />

com que esses profissionais<br />

percam espaço na concorrência<br />

por carga. Da mesma<br />

forma, diz, as facilidades criadas<br />

pelo governo para aquisição<br />

de caminhões novos<br />

foram aproveitadas mais pelas<br />

transportadoras do que pelos<br />

autônomos.<br />

Depois do decreto do governo,<br />

cita o presidente da Alcopar,<br />

aumentou a aquisição<br />

de frota própria pelas empresas<br />

demandadoras de transporte<br />

de carga. Tanto que as<br />

indústrias já estão com demanda<br />

50% maior no mesmo<br />

período do ano anterior e com<br />

o prazo de entrega dos veículos<br />

para março de 2019.<br />

Tranin disse que frota de autônomos é antiga<br />

e de baixa capacidade de transporte<br />

“É um efeito colateral que vai<br />

restringir ainda mais o mercado<br />

em dois ou três anos, e<br />

que prejudica principalmente<br />

os caminhoneiros autônomos<br />

que haviam exigido a medida<br />

do governo. É um tiro no pé<br />

da categoria, porque vai reduzir<br />

o tamanho do mercado de<br />

transporte rodoviário à medida<br />

que as empresas deixem<br />

de terceirizar o serviço”,<br />

afirma Tranin. Infelizmente o<br />

maior prejudicado nisso, será<br />

o cidadão consumidor final,<br />

pois afeta diretamente o custo<br />

da cesta básica.<br />

Ele lembra que os problemas<br />

de infraestrutura e logística no<br />

Brasil se arrastam há anos e<br />

que a melhor forma de resolver<br />

o problema é investir em<br />

outros moldais de transporte<br />

de cargas, o que não vem<br />

sendo feito aumentando custos,<br />

riscos e a frota de caminhões.<br />

4 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


SEGURANÇA<br />

Pedro Caldas é homenageado na Alcopar<br />

Objetivo foi reconhecer seu trabalho e contribuição para o setor.<br />

Reconhecido nacionalmente, o engenheiro tem um vasto currículo<br />

Na última reunião do<br />

Comitê de Segurança,<br />

Saúde do Trabalho<br />

e Meio Ambiente,<br />

realizada dia 28 de agosto na<br />

sede da Alcopar, foi feita uma<br />

homenagem ao engenheiro de<br />

segurança e consultor na área,<br />

Pedro Lopes Caldas, que atua<br />

no mercado há cerca de 40<br />

anos. “Há <strong>10</strong> anos iniciamos<br />

esse trabalho, com apoio das<br />

usinas e da Alcopar, e que tem<br />

rendido bons frutos. Só temos<br />

a agradecer essa homenagem.<br />

Estamos na luta nesta causa de<br />

segurança no trabalho”, afirma<br />

Pedro.<br />

O homenageado foi um dos<br />

fundadores do Comitê de Segurança,<br />

Saúde e Meio Ambiente<br />

do Trabalho, da Alcopar,<br />

e o primeiro coordenador técnico<br />

do comitê, junto com<br />

coordenador geral, Wesley<br />

Martins de Lima, engenheiro de<br />

Segurança do Trabalho da Cooperval,<br />

de Jandaia do Sul.<br />

“Objetivo da homenagem é reconhecer<br />

seu trabalho e contribuição<br />

para o setor. Quando<br />

iniciei carreira, foi ele que me<br />

orientou. No comitê, sempre<br />

trazia palestras técnicas de alto<br />

nível. Seu trabalho e contribuição<br />

foram fundamentais e hoje<br />

é reconhecido nacionalmente<br />

por seu profissionalismo”, afirmou<br />

Wesley.<br />

“É um profissional que contribui<br />

muito para a segurança dos<br />

trabalhadores e do próprio setor<br />

sucroenergético e outros. A<br />

Alcopar reconhece o serviço<br />

prestado em função de sua dedicação<br />

e carinho e do trabalho<br />

realizado”, disse o presidente<br />

da Alcopar, Miguel Tranin.<br />

Para o coordenador técnico de<br />

Segurança da Santa Terezinha,<br />

Ariel dos Santos, que auxiliava<br />

Pedro quando ele exercia a função<br />

atual de Ariel no período<br />

em que trabalhava na usina, foi<br />

uma honra ser companheiro de<br />

serviço e diz que aprendeu<br />

muito com o “mestre”.<br />

“Em nome da diretoria da usina<br />

agradeço pelo seu trabalho e<br />

digo que aprendemos muito<br />

contigo. É um mestre que a<br />

gente respeita. Quando o assunto<br />

é pesquisa, é um profissional<br />

que vai fundo e que nunca<br />

se furtou de passar o profunndo<br />

conhecimento que<br />

tem”, reconhece o gerente de<br />

RH da Santa Terezinha, Waldomiro<br />

Baddini.<br />

Uma vida de estudo e ensino<br />

Ariel, Pedro, Wesley e Waldomiro com o quadro de homenagem<br />

Da direita para a esquerda, os quatro engenheiros que iniciaram o<br />

comitê, Luciano, Gilmar, Pedro e Wesley, em foto histórica<br />

Além da homenagem a Pedro,<br />

a reunião do Comitê de<br />

Segurança, Saúde do Trabalho<br />

e Meio Ambiente teve palestra<br />

sobre “Avaliação do<br />

Agente Vibração para Caracterização<br />

ou não de Insalubridade<br />

para fins Trabalhistas e<br />

Previdenciários e Tópicos sobre<br />

Ruido Ocupacional”, com<br />

Olivio Lunardeli, da Enseg Engenharia<br />

de Segurança e<br />

Consultoria Jurídica, e uma<br />

apresentação de Pedro Caldas,<br />

da Paranasesmt Segurança<br />

do Trabalho, sobre “Segurança<br />

do Trabalho aplicada<br />

ao e-Social”.<br />

Formado em Engenharia<br />

Agronômica pela Universidade<br />

Estadual do Maranhão,<br />

há 40 anos, Pedro Caldas estudou<br />

ainda Engenharia de<br />

Segurança do Trabalho na<br />

Faculdade de Engenharia<br />

Química Osvaldo Cruz (SP),<br />

se formou advogado pela<br />

Unipar (PR) e tem mestrado<br />

em Engenharia Ambiental<br />

pela Funiber/Universidade de<br />

Las Palmas de Gran Canaria,<br />

na Espanha.<br />

Reconhecido nacionalmente,<br />

o homenageado participou<br />

dos seminários nacionais<br />

para elaboração das Normas<br />

Regulamentadoras, em especial<br />

da NR 20, que trata sobre<br />

líquidos inflamáveis, sendo o<br />

representante da Alcopar. Ele<br />

fez parte também de diversos<br />

trabalhos pertinentes a<br />

melhorias do setor de segurança<br />

e saúde do trabalhador<br />

nas discussões nas comissões<br />

tripartite (governo federal,<br />

representantes das empresas<br />

e dos empregados)<br />

para elaboração de várias<br />

Normas Regulamentadoras.<br />

Pedro trabalhou por muitos<br />

anos no Grupo Santa Terezinha,<br />

onde participou desde<br />

o início do processo da implantação<br />

das normas de segurança<br />

do trabalho, tendo<br />

conseguido, com a diretoria<br />

e funcionários, conquistar<br />

um elevado nível de excelência<br />

na melhoria da saúde e<br />

das condições de trabalho.<br />

Em paralelo ao trabalho na<br />

Santa Terezinha, há 20 anos,<br />

Pedro montou sua empresa<br />

de consultoria, Paranasesmt<br />

Segurança do Trabalho. E há<br />

três anos, com o crescimento<br />

da demanda da empresa<br />

de consultoria, saiu da<br />

Santa Terezinha para concentrar<br />

sua atenção na empresa.<br />

Atualmente, como<br />

consultor técnico, presta<br />

serviços para empresas em<br />

todo o país.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 5


CAPACITAÇÃO<br />

Resistência de pragas da cana é crescente<br />

FMC oferece curso on line sobre<br />

tema. Palestra de abertura foi dia<br />

5\9 e aulas estão disponíveis aos<br />

profissionais das usinas do <strong>Paraná</strong><br />

Um dos principais desafios<br />

para o aumento<br />

da produtividade<br />

em cana-deaçúcar<br />

está ligado ao controle<br />

de pragas. Conhecer profundamente<br />

as que ocorrem na região,<br />

monitorar e adotar as<br />

melhores estratégias são fatores<br />

fundamentais para o sucesso<br />

no controle. Por isso, foi<br />

realizada no último dia 5 de setembro,<br />

na sede da Alcopar,<br />

em Maringá, a aula inaugural<br />

do curso de Manejo Integrado<br />

de Pragas (MIP), patrocinada<br />

pela empresa FMC, com o<br />

apoio da Alcopar.<br />

A palestra, feita pela doutora<br />

Leila Luci Dinardo Miranda foi<br />

sobre introdução ao MIP e resistência<br />

de insetos a inseticidas.<br />

Esta faz parte do curso<br />

online completo sobre pragas<br />

da cana-de-açúcar que está<br />

disponível aos profissionais<br />

das usinas do <strong>Paraná</strong> que participaram<br />

do evento.<br />

O curso terá seis módulos realizados<br />

via internet, à distância,<br />

e mais uma palestra de encerramento,<br />

em novembro,<br />

onde serão apresentados casos<br />

de resistência de insetos a<br />

inseticidas e outros assuntos,<br />

sendo também uma oportunidade<br />

de tirar dúvidas dos participantes<br />

do curso.<br />

Os módulos, que estarão disponíveis<br />

na plataforma indicada<br />

por 60 dias, são: nematoides,<br />

broca comum, cigarrinha<br />

das raízes, sphenophorus levis,<br />

migdolus e outras pragas,<br />

além de perguntas e respostas<br />

práticas para o dia a dia. O objetivo<br />

é fornecer a base para<br />

implantação de programa de<br />

Manejo Integrado de Pragas e<br />

de nematoides em áreas cultivadas<br />

com cana-de-açúcar.<br />

Leila disse que as diversas<br />

pragas que afetam a cultura da<br />

cana-de-açúcar muitas vezes<br />

coexistem no campo, devendo<br />

se pensar nos produtos e práticas<br />

de controle usados dentro<br />

do manejo integrado porque<br />

o que for usado para uma<br />

praga pode afetar outras, aumentando<br />

ou diminuindo o<br />

problema.<br />

O uso indiscriminado dos defensivos<br />

tem levado a uma<br />

crescente resistência de algumas<br />

pragas, alertou. Além do<br />

uso repetido do mesmo produto,<br />

que exerce a pressão de<br />

seleção, a evolução da resistência<br />

pode ser influenciada<br />

pela quantidade de gerações<br />

que a praga tem no ano, o número<br />

de descendentes por geração,<br />

a capacidade reprodutiva,<br />

as características do inseto,<br />

a sua mobilidade na lavoura,<br />

e a presença de refúgio,<br />

entre outros.<br />

Fatores operacionais também<br />

afetam, como a relação do inseticida<br />

com outros aplicados<br />

previamente, a persistência do<br />

inseticida, número de aplicações<br />

por ciclo e a dose usada,<br />

tanto quando for menor do que<br />

o recomendado, quanto quando<br />

é maior, podendo aumentar<br />

a velocidade da evolução da<br />

resistência.<br />

“Isso evidencia a necessidade<br />

de integrar outras ferramentas<br />

Aula inaugural feita pela doutora Leila Miranda foi sobre introdução<br />

ao MIP e resistência de insetos a inseticidas<br />

para ajudar no controle. Não se<br />

pode pensar só em inseticida”,<br />

afirmou a doutora, ressaltando<br />

que o Manejo Integrado de<br />

Pragas é baseado em um tripé<br />

que envolve nível de dano econômico,<br />

controle e amostragem,<br />

“e sem a equipe de<br />

amostragem que é a base de<br />

tudo, não tem MIP. Como<br />

tomar decisão de controle, que<br />

envolve muito dinheiro, se não<br />

tiver amostragem, sem conhecer<br />

o que tem no campo”. Na<br />

amostragem, citou, é que se<br />

verifica os locais onde a praga<br />

ocorre e estima-se a população<br />

das pragas para poder definir<br />

a medida de controle, “só<br />

adotando-as onde e quando<br />

forem necessárias”, enfatizou.<br />

Segundo Leila, tem que se<br />

conhecer a eficiência de cada<br />

medida de controle adotada,<br />

seja inseticida ou nematicida<br />

químico, biológico ou medidas<br />

físicas e culturais como destruição<br />

de soqueira para controle<br />

de pragas de solo, afastamento<br />

da palha, rotação de<br />

culturas ou variedades resistentes.<br />

“Muitos fazem aplicação<br />

em área total contra o nematoide,<br />

o que poderia ser<br />

economizado, mas não aplicam<br />

em cana soca, que é fundamental.<br />

Tem que controlar<br />

onde realmente é necessário.<br />

Se não tem praga de solo não<br />

tem necessidade de fazer e<br />

não se sabe se não fizer amostragem”.<br />

Para a doutora a grande vantagem<br />

do MIP é o uso racional<br />

de táticas de controle, além de<br />

diminuir a velocidade de evolução<br />

da resistência de insetos.<br />

Ela disse que se comparar<br />

com a soja ou o algodão, a<br />

cana-de-açúcar quase não utiliza<br />

inseticidas, mas o seu uso<br />

vem aumentando muito nos<br />

últimos anos e há insetos<br />

como a cigarrinha que já tem<br />

resistência aos inseticidas.<br />

“Tem que pensar em alternativas<br />

de controle e fazer rotação<br />

de principio ativo”, orientou.<br />

Outro manejo recomendado<br />

para evitar a resistência é ter<br />

áreas de refugio não tratadas<br />

para permitir migração de indivíduos<br />

sucessíveis, visando diminuir<br />

a resistência. Além de<br />

reduzir número de aplicações,<br />

só controlando quando necessário,<br />

é preciso usar dose de<br />

bula, preservar os inimigos naturais<br />

com produtos de baixo<br />

impacto, usar inseticida pouco<br />

persistente com residual não<br />

muito longo, rotacionar produtos<br />

e usar outros métodos de<br />

controle como biológico e cultural.<br />

“É interesse do produtor<br />

trabalhar para ter longevidade<br />

do produto. Tem que cuidar<br />

das moléculas para ter vida<br />

longa e não comprometer o<br />

controle e manejo da praga”,<br />

citou.<br />

A resistência traz consequências<br />

como aplicações mais<br />

frequentes de inseticidas, uso<br />

de doses mais elevadas, uso<br />

de misturas de inseticidas,<br />

mudança de produto e comprometimento<br />

do programa<br />

de manejo de praga. “Mas é<br />

preciso avaliar bem porque<br />

nem sempre que o desempenho<br />

do produto aplicado<br />

não foi satisfatório é caso de<br />

resistência”, alertou. A falha<br />

no controle pode ter sido causada<br />

pela qualidade da aplicação,<br />

bem comum, dose errada<br />

do produto, densidade populacional<br />

da praga muito alta<br />

ou condições climáticas inadequadas.<br />

6<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


ESPORTE<br />

Santa Terezinha participa<br />

de corridas de rua em Maringá<br />

Além da XV Maratona de Revezamento Vanderlei Cordeiro de Lima<br />

marcou presença na 4° Corrida Rural Ambiental, feita em estrada rural<br />

DA ASSESSORIA<br />

DE COMUNICAÇÃO<br />

Não é segredo que a<br />

prática de esportes,<br />

seja qualquer<br />

um deles, é fundamental<br />

para a manutenção<br />

da saúde do ser humano. A<br />

corrida de rua, por exemplo,<br />

está na lista das atividades<br />

físicas preferidas de quem<br />

busca pela qualidade de<br />

vida.<br />

E os benefícios são incontáveis:<br />

aumento da longevidade,<br />

redução de riscos de doenças<br />

cardíacas, regulação do apetite,<br />

melhora da disposição e<br />

do sono. A corrida de rua é<br />

democrática e só traz resultados<br />

positivos. Basta calçar um<br />

par de tênis e sair em movimento.<br />

Em Maringá, a XV edição da<br />

Maratona de Revezamento<br />

Vanderlei Cordeiro de Lima -<br />

Pare de Fumar Correndo,<br />

realizada recentemente,<br />

contou com mais de 2.500<br />

competidores que percorreram<br />

uma distância de 42 mil<br />

metros.<br />

A Usina Santa Terezinha esteve<br />

presente com o Projeto<br />

Atletismo dando suporte e incentivo<br />

aos atletas colaboradores,<br />

seus familiares e à<br />

comunidade local. O trabalho,<br />

que tem sido feito há mais de<br />

cinco anos, visa promover o<br />

bem-estar físico, psicológico,<br />

afetivo e social.<br />

A usina foi representada por 32 homens e mulheres dentro do Projeto Atletismo<br />

Quatro equipes formadas por<br />

oito funcionários e familiares<br />

desafiaram uma manhã fria de<br />

domingo na cidade de Maringá<br />

e percorreram o trajeto,<br />

totalizando a participação de<br />

32 homens e mulheres.<br />

A Usina Santa Terezinha ainda<br />

marcou presença na 4° Corrida<br />

Rural Ambiental - Edição<br />

Selva, onde atletas colaboradores<br />

percorreram <strong>10</strong> km de<br />

estrada rural em Maringá.<br />

Mudas frutíferas também foram<br />

distribuídas à comunidade<br />

como forma de promover<br />

a conscientização ambiental.<br />

E o incentivo ao esporte não<br />

para por aí! Em novembro,<br />

será dada a largada à XI Corrida<br />

Rústica de Iguatemi Elenilson<br />

Silva - Pare de Fumar Correndo<br />

no distrito de Iguatemi/<br />

Maringá. O evento, também<br />

promovido pelo projeto Atletismo,<br />

contará com parceria<br />

do Projeto Tabagismo, do<br />

Mudi (Museu Interdisciplinar)<br />

da UEM (Universidade Estadual<br />

de Maringá) e com a Prefeitura<br />

de Maringá por meio da<br />

Sesp (Secretaria de Esportes<br />

e Lazer).<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 7


EVENTO<br />

Fenasucro & Agrocana<br />

supera expectativas<br />

Foram R$ 4 bilhões negociados no evento, com mil marcas presentes,<br />

39 mil visitantes e compradores de 25 países e de 20 estados brasileiros<br />

A26ª Fenasucro &<br />

Agrocana, maior feira<br />

do setor sucroenergético,<br />

realizada<br />

de 21 a 24 de agosto, em Sertãozinho/SP,<br />

confirmou as expectativas<br />

projetadas pela organização,<br />

com negócios na<br />

ordem de R$ 4 bilhões iniciados<br />

no evento e que serão<br />

concretizados nos próximos<br />

meses, além de 39 mil visitantes,<br />

números que superam a<br />

edição de 2017. A feira, considerada<br />

vitrine mundial de<br />

tecnologia e investimentos para<br />

o setor sucroenergético, recebeu<br />

compradores de aproximadamente<br />

25 países e de<br />

20 estados brasileiros.<br />

feira e continuam durante os<br />

próximos meses. Somente<br />

nas reuniões direcionadas aos<br />

visitantes estrangeiros, promovidas<br />

pela Apla/Aplex, foram<br />

movimentados R$ 300<br />

milhões, com a realização de<br />

616 reuniões durante o<br />

evento.<br />

As negociações nacionais,<br />

realizadas pelo Ceise Br, contaram<br />

com um incremento importante<br />

gerado pela rodada<br />

agrícola - novidade este ano.<br />

Ao todo, 127 reuniões foram<br />

realizadas com movimentação<br />

de negócios da ordem de R$<br />

24 milhões, superando os R$<br />

13 milhões esperados.<br />

Foto Brasil: Charles Johnson<br />

O aumento, tanto em visitas<br />

quanto em negócios, em<br />

grande parte, é explicado pelo<br />

cenário mais positivo e de retomada<br />

de investimentos no<br />

segmento sucroenergético,<br />

que agora terá mais previsibilidade<br />

para investir com uma<br />

política de incentivo estruturada<br />

pelo RenovaBio, programa<br />

do Governo Federal em<br />

fase de regulamentação e que<br />

prevê aumento na produção<br />

de etanol e maior participação<br />

dos biocombustíveis na<br />

matriz energética. Como é<br />

uma feira bem setorial, atrai<br />

mais interessados em negócios,<br />

e não curiosos e é um<br />

bom evento para prospectar<br />

negócios, atraindo cerca de<br />

mil marcas.<br />

As rodadas de negócio, nacional<br />

e internacional, impactaram<br />

diretamente no volume de<br />

negociações realizadas in loco<br />

e naquelas que começam na<br />

No geral, segundo o diretor da<br />

feira, Paulo Montabone, a cogeração<br />

de energia e a produção<br />

de açúcar foram os principais<br />

temas de interesse entre<br />

fornecedores e compradores.<br />

"Tivemos uma edição que<br />

superou as expectativas da<br />

organização e dos próprios<br />

expositores, que classificaram<br />

a feira como excelente ou<br />

ótima. As rodadas também<br />

foram um sucesso, o que demonstram<br />

que nossas projeções<br />

na ordem de R$ 4 bilhões<br />

estavam corretas e alinhadas<br />

com uma retomada<br />

do setor. Percebemos um público<br />

ainda mais qualificado",<br />

diz Montabone.<br />

Para o presidente do Ceise Br,<br />

Aparecido Luiz, as expectativas<br />

foram atingidas porque<br />

trata-se de um evento completo,<br />

que integra conhecimento<br />

e negócios e por ter<br />

abordado o tema Sinal Verde<br />

para o Futuro, que destaca a<br />

bioenergia como alternativa<br />

promissora. "Os resultados<br />

demonstram que a Fenasucro<br />

& Agrocana é a grande referência,<br />

o termômetro do setor<br />

sucroenergético. Além das<br />

tradicionais empresas, estrearam<br />

30 nesta edição, o que<br />

significa que apostaram, assim<br />

como nós acreditamos na<br />

magnitude desse evento, que<br />

proporciona uma experiência<br />

Feira é considerada a vitrine mundial de tecnologia e<br />

investimentos para o setor sucroenergético<br />

única aos expositores e visitantes",<br />

diz.<br />

Montabone reforça a importância<br />

do evento diante de um futuro<br />

mais promissor para a<br />

cadeia sucroenergética. "Com o<br />

RenovaBio, o setor precisará<br />

estar preparado para elevar a<br />

produção de etanol de 30 bilhões<br />

de litros para 50 bi por<br />

safra até 2030. Outra regulamentação<br />

que já está em vigor<br />

é o percentual <strong>10</strong>% maior em<br />

relação à mistura do biodiesel<br />

no diesel vendido ao consumidor,<br />

lembrando também que a<br />

biomassa está em um cenário<br />

protagonista para a produção<br />

de bioeletrecidade. Toda essa<br />

realidade exigirá maior capacidade<br />

industrial e investimentos<br />

para o setor atender todas as<br />

demandas deste programa. A<br />

feira deu a largada rumo a este<br />

futuro", acrescenta.<br />

8<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


Propagando e exportando<br />

tecnologia e conhecimento<br />

Foto Brasil: Charles Johnson<br />

Além de brasileiros, os visitantes<br />

que mais compareceram<br />

para conhecer novidades e<br />

fazer intercâmbio técnico<br />

foram os da Argentina, atraídos<br />

por informações voltadas<br />

à indústria açucareira e, também,<br />

por uma intenção de aumentar<br />

o uso de etanol em<br />

combustíveis; os Estados Unidos,<br />

produtor forte de etanol<br />

de milho; e ainda a Tailândia,<br />

que tem alcançado recordes<br />

na produção e exportação de<br />

açúcar. Alguns países da América<br />

do Sul, como Bolívia, Colômbia<br />

e Paraguai também<br />

estiveram de forma expressiva.<br />

Como o evento rompe fronteiras,<br />

chamando a atenção do<br />

mundo para a força da canade-açúcar<br />

como matéria prima<br />

para os biocombustíveis, açúcar<br />

e suas possibilidades na<br />

cogeração de energia, também<br />

recebeu a visita de uma delegação<br />

do Sudão. Os sudaneses<br />

participaram de um<br />

intercâmbio técnico e comercial:<br />

percorreram a feira, fizeram<br />

negócios e conheceram<br />

uma planta de etanol no Senai<br />

de Sertãozinho.<br />

Entre o público nacional, os<br />

estados com maior representatividade<br />

foram São Paulo<br />

(90,5% dos visitantes), Minas<br />

Gerais, Goiás, <strong>Paraná</strong>, Mato<br />

Grosso do Sul e Santa Catarina.<br />

A Fenasucro & Agrocana também<br />

se tornou referência para<br />

a capacitação técnica dos profissionais<br />

do setor sucroenergético<br />

ao longo das edições.<br />

Este ano, ofereceu uma grade<br />

de conteúdo 16% maior, com<br />

mais de 350 horas de atividades,<br />

cerca de 5 mil congressistas<br />

e com a presença de<br />

370 palestrantes. Toda essa<br />

grade chega a se equiparar<br />

com a de cursos de especialização<br />

como um MBA, por<br />

exemplo.<br />

O Espaço de Conferências localizado<br />

dentro da feira contou<br />

com quatro auditórios, sendo<br />

três voltados para os assuntos<br />

industriais e um para os temas<br />

agrícolas, todos eles contemplando<br />

palestras e seminários<br />

com informações e novos<br />

conhecimentos também válidos<br />

para setores como Alimentos<br />

e Bebidas, Papel e<br />

Celulose, Terceiro Setor e<br />

Transporte & Logística.<br />

Já a Arena do Conhecimento -<br />

um modelo europeu de exposição<br />

em que expositores<br />

fazem palestras para pequenos<br />

grupos sobre seus produtos<br />

comerciais – apresentou suas<br />

inovações dentro dos auditórios<br />

e não fora, como aconteceu<br />

em 2017. Além dos<br />

auditórios, o Centro Empresarial<br />

Zanini também recebeu palestras<br />

e encontros durante a<br />

feira.<br />

"A feira já está consolidada<br />

como a maior plataforma comercial<br />

de tecnologias e alternativas<br />

para o setor, mas<br />

entendemos que, além disso,<br />

temos responsabilidade em fomentar<br />

conhecimento juntamente<br />

com especialistas, de<br />

Delegação do Sudão compareceu à Feira em busca de tecnologias e conhecimentos<br />

Eventos de conteúdo receberam mais de 5 mil pessoas nos quatro dias do evento<br />

modo a colaborar no aprendizado<br />

e na atualização técnica<br />

dos profissionais que nos visitam<br />

em busca de informação<br />

e aprimoramento", explica o<br />

Gerente Geral Paulo Montabone.<br />

De 2015 até 2017 a Fenasucro<br />

& Agrocana gerou aproximadamente<br />

600 horas de eventos<br />

de conteúdo para mais de 12<br />

mil pessoas. Investimento importante<br />

apontado pelo presidente<br />

do CEISE Br, Aparecido<br />

Luiz, na ampliação de temas<br />

que abrangem todas as áreas<br />

da cadeia produtiva da canade-açúcar<br />

e aquelas correlatas,<br />

apresentando novidades e<br />

tendências de mercado.<br />

"Com as constantes mudanças<br />

tecnológicas e um mercado<br />

ainda mais exigente, os<br />

eventos de conteúdo visam<br />

promover conhecimento, realizar<br />

troca de experiências, especialmente<br />

neste momento<br />

em que a Indústria 4.0 e o RenovaBio<br />

são os assuntoschave,<br />

os protagonistas da<br />

retomada do setor sucroenergético,<br />

o que reflete, diretamente<br />

na competitividade da<br />

indústria", destaca.<br />

A próxima edição da feira<br />

acontecerá de 20 a 23 de<br />

agosto de 2019. A Fenasucro<br />

& Agrocana é uma realização<br />

do CEISE Br (Centro Nacional<br />

das Indústrias do Setor Sucroenergético<br />

e Biocombustíveis),<br />

organizada e promovida pela<br />

Reed Exhibitions Alcantara Machado.<br />

Mais informações<br />

sobre o evento podem ser obtidas<br />

no site www.fenasucro.<br />

com.br .<br />

Foto Brasil: Charles Johnson<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 9


DOIS<br />

PONTOS<br />

Exportação<br />

O gerente em Bioeletricidade<br />

da Unica, Zilmar de Souza,<br />

falou que a comercialização<br />

da bioeletricidade tem sido<br />

baixa nos últimos leilões regulados,<br />

além da falta de diferenciação<br />

entre energias limpas<br />

e poluentes nos critérios<br />

de contratação. E que esta<br />

baixa comercialização pode<br />

colocar em xeque o alcance<br />

das metas indicadas para a<br />

bioeletricidade canavieira no<br />

Plano Decenal de Expansão<br />

de Energia 2026 - contratação<br />

Biomassa<br />

As exportações brasileiras<br />

de açúcar devem cair 28,6%<br />

na safra <strong>2018</strong>/19 em relação<br />

ao ano passado, para 22<br />

milhões de toneladas, conforme<br />

o país corta a produção<br />

do adoçante para aumentar<br />

a produção de etanol.<br />

A produção de açúcar<br />

do Brasil na próxima temporada<br />

pode cair quase 25%,<br />

para 31 milhões de toneladas.<br />

E a produção de etanol<br />

pode saltar de 25 bilhões de<br />

litros para 30 bilhões de litros.<br />

de 1.868 MW entre 2021 a<br />

2024. Até o momento, o ambiente<br />

regulado [leilões], que<br />

ainda é a principal porta de<br />

entrada para a indústria da<br />

cana no setor elétrico, contribuiu<br />

com apenas 20% da expansão<br />

indicada até 2024<br />

para as usinas. O que mostra<br />

que é preciso redesenhar o<br />

modelo e a forma de participação<br />

da biomassa nos certames.<br />

Atualmente, só 15%<br />

do potencial técnico do setor<br />

é aproveitado.<br />

Petrobras<br />

A Petrobras anunciou mudança<br />

na política de preços<br />

da gasolina. O anunciou<br />

ocorre após uma sequência<br />

de aumentos iniciada dia 18<br />

de agosto, que elevou o preço<br />

cobrado por suas refinarias<br />

em 12%. A estatal diz<br />

que não há mudança na política<br />

instituída em 2016 - e<br />

revista pela primeira vez em<br />

2017- e continuará acompanhando<br />

as cotações internacionais<br />

e as variações do<br />

dólar. Mas, a partir de agora,<br />

a área comercial pode propor<br />

períodos sem repasses<br />

de até 15 dias quando entender<br />

que o mercado está<br />

sendo pressionado por razões<br />

externas, como desastres<br />

naturais ou choques<br />

cambiais - razão do ciclo de<br />

alta recente. O objetivo é<br />

suavizar o repasse das volatilidades<br />

aos clientes.<br />

Açúcar<br />

O Brasil perderá para a<br />

Índia a liderança na produção<br />

de açúcar no ano-safra<br />

internacional <strong>2018</strong>/19, pela<br />

primeira vez em décadas, o<br />

que salienta um movimento<br />

em curso na indústria<br />

brasileira de direcionar cada<br />

vez mais cana para a<br />

produção de etanol, além<br />

de baixos investimentos<br />

nas lavouras que têm resultado<br />

em produtividades<br />

cada vez menores. Contando<br />

com esquemas de subsídios<br />

para um setor politicamente<br />

sensível, a Índia<br />

deve ter uma produção recorde<br />

de açúcar de 35 milhões<br />

de toneladas na nova<br />

temporada que começa em<br />

outubro, enquanto o volume<br />

do Brasil está projetado<br />

para recuar cerca de <strong>10</strong><br />

milhões de toneladas, para<br />

30 milhões de toneladas,<br />

segundo analistas.<br />

Consulta à OMC<br />

O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), aprovou pedido<br />

do Ministério da Agricultura de abertura de consultas para questionar na Organização<br />

Mundial do Comércio (OMC) as salvaguardas chinesas aplicadas, desde maio<br />

do ano passado, à importação de açúcar, além de questionar o Sistema de Licenciamento<br />

Automático de Importação praticado pela China para o açúcar, o que<br />

atinge diretamente o Brasil, que costumava ser o principal fornecedor, 60%, do produto<br />

aos chineses. Atualmente, a China vem aplicando na prática uma tarifa final<br />

de importação de 90%, reduzindo as exportações brasileiras de açúcar ao mercado<br />

chinês em 90%.<br />

ANP<br />

A diretoria da Agência Nacional<br />

do Petróleo, Gás Natural e<br />

Biocombustíveis (ANP) aprovou<br />

uma minuta de resolução<br />

que busca trazer transparência<br />

na formação dos preços<br />

dos combustíveis, biocombustíveis<br />

e gás natural para<br />

os órgãos públicos e para o<br />

público geral. Entre as principais<br />

medidas propostas estão<br />

a obrigatoriedade a todos<br />

os produtores e importadores<br />

de derivados de petróleo e<br />

biocombustíveis de informar,<br />

à ANP, o preço e todos os<br />

componentes da fórmula de<br />

preço, por produto e ponto de<br />

entrega, sempre que houver<br />

reajuste de preços ou alteração<br />

de parâmetros da fórmula.<br />

União Europeia<br />

O tempo escaldante que<br />

ressecou as regiões produtoras<br />

no norte da Europa<br />

também prejudicou as plantações<br />

de beterraba sacarina<br />

e poderia deixar a produtividade<br />

da colheita da<br />

União Europeia muito abaixo<br />

dos excelentes níveis do<br />

ano passado. Já havia projeção<br />

de queda na produção<br />

de açúcar do bloco em<br />

<strong>2018</strong>/19, depois que pesadas<br />

chuvas atrasaram o<br />

plantio de primavera. E o<br />

verão quente na França, na<br />

Alemanha, na Polônia e no<br />

Reino Unido, os maiores<br />

produtores, poderia acentuar<br />

ainda mais a redução.<br />

As condições das safras estão<br />

muito mistas, dificultando<br />

as previsões. A CGB previu<br />

que a produtividade geral<br />

deve recuar para a média<br />

dos anos recentes, reduzindo<br />

a produção de açúcar<br />

do bloco em 1,5-2 milhões<br />

de toneladas, versus 21 milhões<br />

em 2017/18.<br />

<strong>10</strong> <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


A Apple aposta no Apple Car<br />

e em um fone de realidade aumentada.<br />

A expectativa é que<br />

o carro seja lançado entre<br />

2023 e 2025, com potencial<br />

No início de agosto, Leonardo<br />

DiCaprio resolveu apostar<br />

em uma nova linha de calçados<br />

da empresa Allbirds, que<br />

substituirá o uso do plástico<br />

comum, de origem fóssil, pelo<br />

renovável na sola de sapatos<br />

e chinelos. E os atores<br />

Jade e Will Smith, pai, filho e<br />

sócios na empresa Just, especializada<br />

em embalagens<br />

Apple<br />

para revolucionar o mercado<br />

automobilístico. Os veículos<br />

autônomos se tornaram a<br />

maior aposta de mobilidade<br />

do setor.<br />

Bioplástico<br />

mais sustentáveis, lançaram<br />

uma garrafa de água que leva<br />

biomassa de cana em sua<br />

composição. Bioplásticos já<br />

são usados por multinacionais<br />

como Coca-Cola, Tetra<br />

Pak, Johnson & Johnson e<br />

Faber-Castell em mais de<br />

<strong>10</strong>0 diferentes marcas nas<br />

Américas, Europa, Ásia e<br />

Oceania.<br />

Etanol<br />

Estiagem<br />

A longa estiagem de <strong>2018</strong>,<br />

que em algumas cidades<br />

paulistas se aproximou de<br />

120 dias, pode resultar em<br />

uma redução na produção<br />

de cana de até 40 milhões<br />

de toneladas na atual safra,<br />

número que supera a produção<br />

de todo o PR. São Paulo<br />

foi o estado mais afetado<br />

pela seca. Enquanto na safra<br />

2017/18, encerrada em março,<br />

a produção alcançou<br />

596 milhões de toneladas de<br />

cana moídas, em <strong>2018</strong>/19<br />

pode ser de até 556 milhões.<br />

Etanol de milho<br />

As usinas espalhadas pelo coração agrícola do Brasil<br />

atestam que o país é o maior produtor de cana do<br />

mundo e o rei absoluto do etanol produzido a partir<br />

desse cultivo. Mas a dívida enfraqueceu o setor, o que<br />

abriu caminho para que outro biocombustível floresça.<br />

A produção brasileira de etanol de milho deve ultrapassar<br />

1 bilhão de litros pela primeira vez nesta temporada,<br />

de acordo com a INTL FCStone. E pode superar 3 bilhões<br />

de litros em cinco anos e tem o potencial de chegar<br />

a 8 bilhões de litros até 2030.<br />

Solo<br />

Avaliar o solo é um dos principais<br />

componentes para uma<br />

boa produtividade. Essa avaliação,<br />

utilizada por grandes produtores<br />

que têm, em geral,<br />

uma equipe técnica para desenvolvê-la,<br />

agora estará à disposição<br />

de pequenos e médios<br />

produtores. E com uma vantagem:<br />

resultado instantâneo. É<br />

o que promete a IBM, que lançou<br />

um sistema de avaliação<br />

que, por meio de um aplicativo<br />

no celular, permitirá ao produtor<br />

avaliar o tipo de solo que<br />

tem e a necessidade de eventuais<br />

correções: o AgroPad,<br />

permite a análise química em<br />

tempo real, usando-se a Inteligência<br />

Artificial.<br />

Safra<br />

A safra de cana <strong>2018</strong>/19 no<br />

Centro-Sul do Brasil deve<br />

terminar mais cedo do que<br />

de costume, em outubro,<br />

dado o tempo seco, e a quebra<br />

de produção superior ao<br />

estimado, não superando os<br />

550 milhões de toneladas.<br />

Com a entressafra mais longa,<br />

os preços do etanol no<br />

mercado doméstico devem<br />

reagir após o encerramento<br />

da moagem, avaliam especialistas.<br />

Uso amplo<br />

De alta e baixa densidades,<br />

o bioplástico de etanol de<br />

cana pode ser aplicado em<br />

laminados, garrafas, embalagens,<br />

brinquedos, isolamento<br />

de fios elétricos, tubos<br />

para distribuição de<br />

água e gás, materiais hospitalares<br />

ou em tanques de<br />

combustível de veículos. O<br />

Brasil é protagonista na fabricação<br />

deste produto devido<br />

à sua viabilidade comercial<br />

e os benefícios gerados<br />

ao meio ambiente.<br />

Com esta tecnologia, é possível<br />

capturar até 2,78 quilos<br />

de CO 2 da atmosfera para<br />

cada quilo de resina fabricada,<br />

isso graças ao poder<br />

de absorção da cana durante<br />

a sua fase de cultivo.<br />

O consumo médio mensal de<br />

2,2 bilhões de litros de etanol<br />

(anidro e hidratado) pela frota<br />

de veículos flex fuel do Brasil<br />

evitou a emissão de 32 milhões<br />

de toneladas de gás<br />

carbônico na atmosfera no<br />

primeiro semestre deste ano,<br />

segundo a Unica. De acordo<br />

com a entidade, as emissões<br />

evitadas entre janeiro e junho<br />

são as maiores para o período<br />

desde 2003, quando os<br />

primeiros modelos flex começaram<br />

a rodar no País. Em<br />

15 anos, o uso do biocombustível<br />

acumula redução superior<br />

a 480 milhões de toneladas<br />

de gás carbônico, um<br />

dos responsáveis pelo aquecimento<br />

global.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 11


CONHECIMENTO<br />

Syntegração discute<br />

mecanização e estratégia digital<br />

Evento foi realizado em parceria<br />

pela Syntenta e Alcopar, dia<br />

19 de setembro em Maringá<br />

Conhecimento é algo<br />

que ninguém tira. E em<br />

momentos como este<br />

que o setor está passando,<br />

é importante estar preparado.<br />

Por isso o investimento<br />

que fazemos em eventos de capacitação.”<br />

A afirmação é de<br />

Gabriel Landell, representante<br />

Técnico de Vendas da Syngenta<br />

durante a abertura do 2º<br />

Syntegração <strong>2018</strong>, realizado<br />

pela empresa em parceria com<br />

a Alcopar, no dia 19 de setembro,<br />

em Maringá.<br />

Landell ressaltou que o evento é<br />

resultado de um trabalho em<br />

equipe e que ficou impressionado<br />

com aderência às palestras.<br />

“Buscamos trazer uma<br />

agenda recheada com temas<br />

escolhidos por vocês. O que me<br />

deixa feliz é a participação porque<br />

vocês vêm valor na proposta”.<br />

Na primeira palestra, o professor<br />

Jairo Antonio Mazza falou sobre<br />

“Estratégias e Tecnologias Sustentáveis<br />

para a Produção de<br />

Cana-de-açúcar”, com foco na<br />

mecanização da lavoura. “Através<br />

do conhecimento detalhado<br />

do meio físico e do planejamento,<br />

adotando-se estratégias<br />

e tecnologias adequadas, embasadas<br />

por uma gestão que<br />

transforma dados em informações,<br />

é possível atingir a sustentabilidade<br />

no setor sucroenergético”,<br />

resumiu.<br />

Na sequência, foram apresentados<br />

dois cases de sucesso: um<br />

abordando “Inovação no processo<br />

produtivo da cana”, com<br />

Daine Frangiosi, fornecedor de<br />

cana da região de Minas Gerais,<br />

que apresentou soluções que<br />

podem incrementar a produtividade<br />

e a longevidade do canavial.<br />

Atualmente, a produtividade<br />

média dele está nos 3 dígitos.<br />

Frangiosi comenta que “é preciso<br />

elevar a produtividade dos<br />

canaviais para suportar os preços<br />

defasados do mercado”.<br />

E o outro da Usina Açucareira<br />

Guaíra, de São Paulo, feita por<br />

Mateus Gonçalves da Silva, que<br />

tem reduzido os custos e aumentado<br />

a eficiência do controle<br />

da broca da cana com uma plataforma<br />

de inteligência agronômica<br />

digital. O evento foi fechado<br />

com a apresentação da linha<br />

de produtos da Syngenta para<br />

controle de broca, com uma<br />

proposta de manejo integrado de<br />

Ampligo + Biológico, e a nova<br />

recomendação para incremento<br />

de produtividade com a utilização<br />

do fungicida Priori Xtra.<br />

Com a alta pressão da broca,<br />

ante o manejo clássico adotado,<br />

em 2013 a Usina Guaíra decidiu<br />

investir na Gestão SmartBio. Foi<br />

aí que descobriram que o que<br />

imaginavam ser uma infestação<br />

de 3,9% era na verdade de<br />

6,1%, conseguindo com o trabalho<br />

reduzir para 1,3%. Em<br />

quatro anos conseguiram economizar<br />

R$ 50 milhões no controle<br />

e o custo de controle ficou<br />

em média de R$ 90,00 por hectare<br />

nos últimos três anos, mas<br />

deve chegar R$ 80,00 no ano<br />

que vem. Também otimizaram o<br />

rendimento da equipe de levantamento,<br />

aumentando 3,3 vezes<br />

mais a área representada com a<br />

mesma equipe de 8 pessoas,<br />

definindo os grupos de manejo<br />

e talhões representativos, com<br />

a ajuda do SMARTBIO.<br />

Com dados da própria usina, o<br />

sistema calcula e faz mapeamento<br />

da suscetibilidade para<br />

ocorrência da broca, com previsão,<br />

priorização e adequação do<br />

manejo de zonas de risco, indicando<br />

o manejo a ser adotado e<br />

onde. Com o direcionamento do<br />

trabalho, houve aumento de eficiência<br />

do levantamento e do<br />

controle e uma reestruturação da<br />

equipe de levantamento, que hoje<br />

foi reduzida para três pessoas.<br />

Plataforma digital gera economia e melhores resultados<br />

Mostrando os benefícios do digital<br />

na socialização do conhecimento,<br />

maior execução do planejado,<br />

otimização do tempo, recomendações<br />

mais assertivas,<br />

maior eficiência no controle e<br />

mostra de indicadores de desempenho,<br />

o gerente regional da<br />

área comercial da Syngenta,<br />

Santo Bonganhi, falou sobre a estratégia<br />

digital da empresa, que<br />

envolve a gestão de fazendas, mitigação<br />

de riscos e ferramentas<br />

agronômicas. “O produtor tem<br />

que estar com a mente aberta<br />

para as novas tecnologias”.<br />

Para dar mais detalhes sobre o<br />

assunto, Roberto Gonçalves, da<br />

SmartBreeder, empresa parceira<br />

da Syngenta, falou sobre<br />

a Plataforma SMARTBIO, que é<br />

uma inteligência agronômica digital<br />

para otimização da performance<br />

e gestão do manejo de<br />

culturas agrícolas, que promove<br />

a agricultura sustentável com<br />

alta eficiência agronômica de<br />

insumos, redução de custos,<br />

aumento de produtividade e racionalização<br />

do processo na tomada<br />

de decisão em todas as<br />

etapas de manejo da cultura.<br />

A plataforma de previsão e automação<br />

da tomada de decisão<br />

processa mais de <strong>10</strong>0 milhões<br />

de dados, analisa quadrilhões<br />

de combinações de<br />

mais de <strong>10</strong>0 fatores de manejo<br />

visando otimizar a performance<br />

e a gestão do manejo<br />

integrado de doenças e pragas,<br />

dando então orientação<br />

sobre onde, como e o que<br />

aplicar.<br />

As informações que estão no<br />

banco de dados da usina são<br />

organizadas pelo sistema e<br />

acrescidas de novos dados,<br />

definindo os grupos de manejo<br />

e os talhões representativos,<br />

fazendo a previsão de<br />

suscetibilidade, avaliando a<br />

predisponibilidade do hospedeiro,<br />

fazendo o modelo climático<br />

e epidemiológico, mapeando<br />

as áreas de risco, e<br />

assim definindo a agenda de<br />

levantamento e controle.<br />

O resultado disso é mais segurança<br />

e alcance, redução<br />

de custos, integração, garantia<br />

de execução do planejamento,<br />

aumento da capacidade<br />

e direcionamento correto<br />

da equipe, padronização do<br />

manejo, maior eficiência no<br />

controle, menos perdas e<br />

mais retorno econômico.<br />

Este trabalho envolve atualmente<br />

mais de 50 usinas e 2<br />

milhões de hectares sendo<br />

obtido um aumento de produtividade<br />

de 5 milhões de toneladas,<br />

além de evitar 500 milhões<br />

de perdas, e ter 25 milhões<br />

de economia em logística<br />

e aplicação.<br />

12 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!