Editorial

Tiger Woods
reencontra o
caminho da
vitória após dois
anos e meio de
jejum, conquista
o Arnold Palmer
Invitational com
autoridade e coloca
fogo na briga pelas
primeiras posições
do ranking
mundial
Ilustração: Marco Antonio Rodrigues
A
expectativa de todos
os amantes do
golfe mundial para
esse momento era
enorme e crescia
a cada final de semana que
ele entrava em campo. Quando
Tiger Woods voltará a vencer? A
pergunta que ficou no ar por 30
meses foi respondida na tarde do
dia 25 de março, no Bay Hill Club
& Lodge, na Flórida, onde o exnúmero
1 do mundo finalmente
sorriu de novo ao conquistar o
Arnold Palmer Invitational.
Desde setembro de 2009,
quando venceu o BMW
wChampionship, o norte-americano
de 36 anos não sentia a
emoção de ser campeão de um
torneio oficial do PGA Tour, algo
que ele sempre esteve bastante
acostumado a fazer nos anos
anteriores. Tanto que foi a vitória
de número 72 dele no circuito
- sendo 14 majors - e a sétima
só no Arnold Palmer, torneio em
que ele se sente muito à vontade.
A crise de Tiger Woods começou
pra valer no final de 2009,
quando sua vida pessoal foi devassada
com a revelação de seus
casos extraconjugais, o que culminou
com a sua separação e o
início de um momento pessoal
e psicológico terrível, agravados
pelas inúmeras contusões que
ele continuava sofrendo e tentando
superar. Mesmo durante o
jejum, Tiger nunca deixou de ser
assunto, mas seu jogo se mostrava
muito abaixo do esperado e os
resultados não vinham.
Ele começou 2012 conquistando
algumas boas colocações
e mostrando que a vitória poderia
estar próxima. E ela veio
com autoridade, com um score
de respeito, jogando 13 tacadas
abaixo do par, o suficiente
para colocar cinco de vantagem
para o vice-campeão Graeme
McDowell, norte-irlandês campeão
do US Open de 2010. “Hoje
foi pura alegria. O sentimento
é muito bom. Foi um trabalho
duro para chegar até aqui. Sou
muito agradecido a todas as
pessoas que me ajudaram nesta
longa jornada. Eles sabem
quem são”, disse o campeão,
que levou mais de US$ 1 milhão
pela conquista.
Número 1 do mundo durante
anos, Tiger caiu muitas posições
no ranking durante os últimos
meses, mas bastou esta vitória
para que ele subisse da 31ª para
a sétima colocação e voltasse
a figurar entre os primeiros, o
que esquentou a briga pela ponta
da tabela contra os jogadores
que dominam a classificação
no momento; os britânicos
Luke Donald e Lee Westwood, e
principalmente o norte-irlandês
Rory McIlroy, campeão US Open
2011 e grande sensação do golfe
mundial dos últimos anos. Agora
Tiger está de volta e vai entrar
nesta briga novamente para recuperar
o lugar que foi dele por
tanto tempo. Ou será que alguém
ainda duvida?
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