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Sustentável e eficaz: Curitiba encontra alternativa para aterro da Caximba<br />
SOB MEDIDA<br />
SOB MEDIDA<br />
PRODUTOS PERSONALIZADOS<br />
POTENCIALIZAM CRESCIMENTO<br />
NO MERCADO DE PELLETS<br />
FORÇA INEXPLORADA<br />
BIOMASSA CONTRIBUI<br />
NA DEMANDA RESIDENCIAL<br />
MATRIZ ENERGÉTICA<br />
ÁFRICA BUSCA SOLUÇÕES
SUMÁRIO<br />
06 | EDITORIAL<br />
Sempre em frente<br />
08 | CARTAS<br />
10 | NOTAS<br />
14 | ENTREVISTA<br />
18 | PRINCIPAL<br />
24| PELO MUNDO<br />
Alternativa urgente<br />
28| ECONOMIA<br />
Potencial ilimitado<br />
32| CASE<br />
De olho no futuro<br />
<strong>38</strong> | SUSTENTABILIDADE<br />
42 | ARTIGO<br />
48 | AGENDA<br />
50| OPINIÃO<br />
Acelerar reformas é crucial<br />
para o Brasil crescer<br />
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EDITORIAL<br />
Estampa a capa desta edição da REVISTA<br />
BIOMAIS imagens das máquinas e<br />
equipamentos da Costruzioni Nazzareno<br />
SEMPRE<br />
EM FRENTE<br />
A<br />
s energias renováveis viram sua capacidade de produção quadruplicar no mundo em dez<br />
anos, embora isso também não tenha impedido o crescimento das emissões do setor energético.<br />
E é esse setor que buscamos retratar nas páginas de cada edição da REVISTA BIOMAIS.<br />
Nesta edição, em nossa reportagem de capa, contamos a história da Costruzioni Nazzareno,<br />
empresa de tecnologia europeia atuante no Brasil. Além disso, falamos sobre a biomassa de bagaço de<br />
cana-de-açúcar onde se destaca: o insumo tem condições de suprir 80% de toda demanda residencial de<br />
eletricidade no país. Por fim, contamos a história do antigo Aterro do Caximba em Curitiba (PR), desativado<br />
desde 2010, se transformará em uma usina de produção de energia solar e de biomassa de resíduos<br />
vegetais das podas de árvores e limpeza de jardins. Tenha uma excelente leitura!<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO VII - EDIÇÃO <strong>38</strong> - ABRIL <strong>2020</strong><br />
Diretor Comercial<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
(fabiomachado@revistabiomais.com.br)<br />
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Redação<br />
Murilo Basso<br />
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Dep. Comercial<br />
Gerson Penkal,<br />
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produtores e consumidores de energias limpas e alternativas, produtores de resíduos<br />
para geração e cogeração de energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários,<br />
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didáticos.<br />
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energy producers and consumers, producers of residues used for energy generation and<br />
cogeneration, research institutions, university students, governmental agencies, NGO’s, class<br />
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CARTAS<br />
BRILHO<br />
Parabenizo toda equipe da BIOMAIS pela reportagem sobre o crescimento do número de<br />
instalações de painéis solares no Brasil. Continuem com a ótima cobertura sobre o setor!<br />
Thales Machado – Rio de Janeiro (RJ)<br />
Foto: divulgação<br />
BONS VENTOS<br />
Excelente abordagem do potencial econômico da energia eólica, cada vez mais reconhecido pelo mercado brasileiro.<br />
Rafaela Santana – Feira de Santana (BA)<br />
ABERTURA<br />
Cada vez mais as fontes de energia renováveis estão deixando de ser um nicho do setor e a REVISTA BIOMAIS sabe<br />
retratar isso como ninguém.<br />
Tiago Macedo – Santos (SP)<br />
CASE<br />
Ótimo caso sobre as medidas adotadas por Papua Nova Guiné em prol da energia limpa.<br />
Sempre é ótimo retratar os exemplos ao redor do mundo.<br />
Matheus Valêncio – Goiânia (GO)<br />
Foto: divulgação<br />
REVISTA<br />
na<br />
mídia<br />
informação<br />
biomassa<br />
energia<br />
www.revistabiomais.com.br<br />
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08 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
COMUNIDADES<br />
RIBEIRINHAS<br />
A produção de energia solar fotovoltaica vem criando<br />
oportunidades para comunidades ribeirinhas que ainda não<br />
possuíam acesso à energia elétrica no Brasil. Essa transição<br />
vem permitindo o desenvolvimento socioeconômico de<br />
regiões mais afastadas na Amazônia, por meio de projeto<br />
do WWF (Fundo Mundial da Natureza). O objetivo é fomentar<br />
o uso de energias renováveis no Brasil e bater as metas<br />
brasileiras previstas no acordo do clima em Paris. Segundo a<br />
entidade, a produção de energia renovável para micro e mini<br />
geração é uma grande oportunidade de modificar a matriz<br />
energética e permitir que ainda mais pessoas tenham acesso<br />
à energia elétrica limpa e barata. O projeto desenvolvido<br />
pelo WWF com a instalação de painéis solares na Amazônia<br />
teve como base a quantidade de pessoas nas comunidades<br />
ribeirinhas, levou treinamento para a população de como<br />
usufruir da energia gerada a partir do sol e levou energia para<br />
residências e escolas da região.<br />
Foto: divulgação<br />
TRIBOS CANADENSES<br />
Cerca de nove tribos canadenses irão receber sistemas<br />
de geração de energia de biomassa neste ano. O projeto é<br />
parte de uma iniciativa do Mltc (Conselho Tribal de Meadow<br />
Lake) e será instalado pela empresa Italiana Mitsubishi Heavy<br />
Industries, com apoio do governo canadense. O objetivo é levar<br />
energia limpa para as nações indígenas do Canadá. As comunidades<br />
receberão um sistema de gerador de energia de<br />
ciclo orgânico de 8.000 kW (kilowatts) que utilizará biomassa<br />
lenhosa residual da serraria para gerar energia. A expectativa<br />
é que o sistema gere em torno de 6.600 kW de eletricidade e<br />
abasteça cerca de cinco mil residências. O projeto do sistema<br />
de cogeração também fornecerá calor para os edifícios da<br />
serraria, bem como um novo forno a seco de madeira de alta<br />
eficiência, que reduzirá o consumo de gás natural e também<br />
irá melhorar a economia da instalação.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
BIOMASSA NA ÁFRICA<br />
O desenvolvimento de biomassa está crescendo na África do Sul.<br />
O objetivo é capitalizar essa fonte de energia renovável nos próximos<br />
anos. A ideia, segundo especialistas, é reduzir a emissão de carbono<br />
através da conversão de carvão em biomassa e manter o crescimento<br />
da fonte para garantir um estado neutro em carbono. A expectativa<br />
é que o desenvolvimento de projetos de biomassa mantenham um<br />
equilíbrio sustentável entre as necessidades locais e gere benefícios<br />
ambientais, segurança energética e desenvolvimento econômico<br />
através da geração de empregos. O Sanedi (Instituto Nacional de Desenvolvimento<br />
Energético da África do Sul) também destaca, além das<br />
grandes usinas, o crescimento das micro e mini redes, embora o setor<br />
ainda enfrente entraves na falta de regulamentação.<br />
10 www.REVISTABIOMAIS.com.br
COOPERATIVAS E BIOGÁS<br />
Cooperativas agropecuárias no Paraná irão implementar uma usina de<br />
biogás com projeto de Geração Distribuída. O projeto é da marca institucional<br />
das cooperativas agropecuárias Frísia, Castrolanda e Capal, Unium. O projeto<br />
prevê a produção de biogás através da biodigestão de resíduos agroindustriais.<br />
A expectativa é que a usina entre em operação no primeiro trimestre<br />
de <strong>2020</strong> e passe a produzir também outros combustíveis renováveis, como o<br />
biometano, que poderá ser utilizado para abastecer as frotas da cooperativa.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: Fabiano Mendes<br />
NOVA<br />
EMBALAGEM<br />
Nova embalagem de papel desenvolvida<br />
pela Klabin, o Eukaliner, um kraftliner<br />
feito exclusivamente com fibra de eucalipto,<br />
otimiza as áreas de florestas plantadas por<br />
utilizar apenas eucalipto. A tecnologia por<br />
trás do Eukaliner foi a vencedora da categoria<br />
Inovação em Embalagem da 11ª edição<br />
do PPI Awards, da Fastmarkets RISI, em<br />
evento realizado em Lisboa. Testes do produto<br />
mostram alta qualidade de impressão,<br />
excelente estrutura que permite a redução<br />
na gramatura e ótimo desempenho em<br />
ambientes refrigerados. O Eukaliner já foi<br />
testado por clientes na Europa, EUA (Estados<br />
Unidos da América) e América Latina e a<br />
produção em larga escala está prevista para<br />
o início de 2021 na Unidade Puma II, que<br />
está sendo construída no Paraná.<br />
VOLVO VERDE<br />
A fábrica de ônibus da Volvo localizada na cidade de Borås, na Suécia,<br />
passou a utilizar apenas energia renovável para a produção dos veículos. Todo<br />
consumo da unidade vem de fontes como geração hidroelétrica e biocombustíveis.<br />
Segundo a companhia, nos últimos anos o consumo energético geral da<br />
planta foi reduzido em 15%. A fábrica recebeu o selo de “Instalação de Energia<br />
Renovável”, certificação emitida após uma série de etapas para minimizar a<br />
pegada climática da fábrica. A fábrica da Volvo em Borås produz chassis de<br />
ônibus para a Europa e outras regiões. A capacidade de produção é de 10 mil<br />
unidades por ano, com 300 funcionários.<br />
Foto: divulgação<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
11
NOTAS<br />
QUALIDADE DE BIODIESEL<br />
Pesquisadores da Utfpr (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) analisaram<br />
a qualidade dos biodieseis produzidos a partir do óleo de soja e gordura<br />
animal. O objetivo foi investigar as propriedades dos biodieseis e acompanhar<br />
a qualidade do produto durante o processo de produção. A pesquisa destacou<br />
o comportamento das amostras em relação ao processo de termodegradação.<br />
Segundo os pesquisadores, a estabilidade à degradação é uma das características<br />
mais importantes dos combustíveis, uma vez que o processo leva em<br />
consideração a alteração das propriedades físicas e químicas do biocombustível.<br />
A pesquisa analisou duas amostras: uma de biodiesel 100% derivado do óleo de<br />
soja e outra derivada com 50% de soja e 50% de gordura animal. Os dois tipos<br />
de biodieseis se mostraram eficazes ao processo de degradação.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
BIOPRODUTOS<br />
FLORESTAIS<br />
Projeto-piloto desenvolvido em Portugal<br />
deverá criar bioprodutos a partir de<br />
resíduos florestais e agrícolas, fomentando<br />
o setor renovável do país. O objetivo é trazer<br />
sustentabilidade, diminuir riscos de incêndios<br />
e melhorar nutrientes do solo. Os bioprodutos<br />
agregam valor devido ao seu processo de<br />
fabricação como a pirólise (conversão termoquímica<br />
assistida por micro-ondas). O projeto<br />
conta com o apoio de associações portuguesas<br />
e espanholas. O desenvolvimento de<br />
testes do projeto já começou. Dentre os produtos<br />
já desenvolvidos através dos resíduos<br />
estão a produção de bio-herbicida, biobetão<br />
e carvão vegetal, que terão aplicabilidade nas<br />
propriedades agrícolas e florestais.<br />
ANÁLISE DE MADEIRA<br />
Estudo desenvolvido pela Universidade Estadual Paulista, em parceria<br />
com o Instituto de Pesquisa em Bioenergia e o Labb (Laboratório Agroflorestal<br />
de Biomassa e Bioenergia), analisou a densidade básica da madeira<br />
da espécie Banbusa Tuldoides para produção de bioenergia. O objetivo<br />
foi determinar a densidade básica da planta a fim de consolidá-la como<br />
uma alternativa no cenário energético brasileiro. A pesquisa realizou<br />
análises físicas e químicas da Bambusa Tuldoides, bem como as normas<br />
da Abnt NBR 11941 – 2003. Os resultados apontaram uma média das<br />
densidades básicas encontradas, as quais ultrapassaram o último estudo<br />
realizado sobre o assunto em 1987.<br />
Foto: divulgação<br />
12 www.REVISTABIOMAIS.com.br
MAIS BIOCOMBUSTÍVEL<br />
O relatório Annual Energy Outlook <strong>2020</strong> da Administração<br />
de Informações sobre Energia dos EUA<br />
(Estados Unidos da América) anunciou que a produção<br />
de biocombustível no país crescerá consideravelmente<br />
até 2050. A produção será impulsionada por questões<br />
políticas e econômicas, bem como as leis e regulamentos<br />
atuais propostos pelo governo, segundo o relatório.<br />
Atualmente a produção de combustível renovável no<br />
país é 18% maior que o ano passado. O etanol combustível<br />
e biodiesel vem tendo aumento de consumo como<br />
substitutos dos derivados de petróleo, resultando em<br />
um crescimento de 55% na produção até 2050, aponta o<br />
documento. O consumo de biocombustíveis nos EUA totalizou<br />
1,09 milhão de barris por dia e representou 7,3%<br />
do consumo total de gasolina, destilado e combustível<br />
de aviação.<br />
Foto: divulgação<br />
HIDROGEL DE BIOMASSA<br />
Estudo desenvolvido pelo Instituto de Química da Universidade<br />
de Brasília analisou biogel criado a partir de biomassa do<br />
cerrado brasileiro. O produto tem vantagens ambientais e de<br />
custo em relação ao hidrogel tradicional. O biogel é uma alternativa<br />
ao hidrogel, polímeros capazes de absorver grandes quantidades<br />
de água e serem aplicados em produtos de higiene e para<br />
usos médicos como lentes de contato. A alternativa sustentável<br />
é biocompatível, biodegradável e atóxico. O biogel criado a partir<br />
do cerrado apresentou muitas características de um hidrogel<br />
ideal, com alta taxa de absorção e com preço mais baixo por utilizar<br />
matéria prima obtida de forma natural.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
DIESEL VERDE<br />
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)<br />
iniciou consulta pública sobre a resolução que trata da especificação de<br />
diesel verde, um novo biocombustível a ser comercializado no Brasil.<br />
O diesel verde é um combustível renovável para motores a combustão<br />
de ciclo diesel, produzido a partir de matérias-primas renováveis, como<br />
gorduras de origem vegetal e animal, cana-de-açúcar, álcool e biomassa.<br />
O novo combustível será adicionado ao diesel de origem fóssil. Hoje, o<br />
diesel tradicional tem obrigatoriamente 12% de biodiesel. O resultado<br />
da nova composição será uma mistura ternária, ou seja, um combustível<br />
composto pelos três produtos. A proposta de regulamentação está em<br />
linha com a RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis), que visa<br />
à expansão do uso de biocombustíveis na matriz energética brasileira,<br />
promovendo segurança energética, previsibilidade para a participação<br />
competitiva dos diversos biocombustíveis no mercado nacional e mitigação<br />
das emissões dos gases geradores do efeito estufa.<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
13
ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
TONY<br />
REAMES<br />
Formação: Engenheiro Civil e phD em<br />
Administração Pública, Universidade<br />
Estadual do Kansas<br />
Cargo: Diretor do Urban Energy Justice<br />
Lab, da Universidade de Michigan<br />
A HORA DA<br />
ENERGIA LIMPA<br />
U<br />
ma a cada três famílias norte-americanas sofrem para pagar em dia suas contas de<br />
luz. Em um país com uma crescente desigualdade social, em que muitos deixam<br />
de adquirir produtos essenciais para cumprir suas obrigações com aquecimento e<br />
eletricidade, o debate sobre a ampliação do acesso às energias limpas e renováveis<br />
se torna cada vez mais essencial. Pelo menos é o que defende a pesquisa do engenheiro civil<br />
e phD em administração pública, Tony Reames, responsável pelo Laboratório de Justiça Energética<br />
Urbana da Universidade de Michigan. Em entrevista, ele conta detalhes do estudo que<br />
constatou que o custo de atualização para lâmpadas econômicas era duas vezes mais caro em<br />
bairros de baixa renda do que em áreas mais ricas. Confira:<br />
14 www.REVISTABIOMAIS.com.br
No ano passado, você e seus colegas publicaram<br />
um estudo que constatou que o custo de atualização<br />
para lâmpadas econômicas era duas vezes mais caro<br />
em bairros de baixa renda do que em áreas mais ricas.<br />
Como surgiu a ideia para esse estudo?<br />
Era dono de uma casa de aluguel em Kansas City.<br />
Muitas das minhas ideias de justiça energética vieram de<br />
ter aquela casa por vários anos e entender os problemas<br />
de energia de meus inquilinos. Essa ideia em particular<br />
surgiu porque uma inquilina ligou e perguntou se<br />
poderia comprar algumas lâmpadas para a casa, porque<br />
ela tinha ido à loja local e só tinham, segundo ela, "as<br />
lâmpadas rabiscadas" (lâmpadas fluorescentes compactas)<br />
e eram muito caras. Esse choque de preço para um<br />
inquilino de baixa renda a levou a me perguntar se poderia<br />
encontrá-los a um preço mais baixo. Mantive essa<br />
ideia comigo por alguns anos. Estava lendo os estudos<br />
de justiça alimentar, analisando o custo de frutas frescas<br />
em bairros pobres e urbanos e bairros de minorias. Então<br />
ouvi uma história sobre farmácias cobrando mais por<br />
medicamentos em áreas mais pobres e principalmente<br />
comunidades não brancas. Reunindo todas essas<br />
ideias, queria tentar analisar esta questão do acesso e da<br />
acessibilidade das tecnologias com eficiência energética.<br />
Quando falamos sobre maneiras simples de melhorar a<br />
eficiência energética nas casas das pessoas, se algo tão<br />
simples quanto uma lâmpada custar duas vezes mais,<br />
então temos outros desafios que precisamos enfrentar.<br />
Acredita que os formuladores de políticas e o<br />
setor de energia estão cientes dessas disparidades?<br />
Uma das coisas interessantes que me levou a essa<br />
área é que temos esses dois grandes programas federais<br />
de assistência energética: o Programa de Assistência<br />
Energética Domiciliar de Baixa Renda, conhecido como<br />
Liheap (sigla em inglês), e o Programa de Assistência à<br />
Climatização, conhecido como WAP (sigla em inglês).<br />
Fazemos isso desde os anos 70 e 80. Na época da crise do<br />
petróleo dos anos 70, reconhecemos essa disparidade de<br />
acessibilidade entre famílias pobres e não pobres. A ação<br />
do governo naquela época foi criar esses programas de<br />
longa duração. Mas acho que há uma falta de reconhecimento<br />
de que precisamos ser um pouco mais inovadores<br />
e que não podem existir apenas esses programas<br />
federais.<br />
As pesquisas mostraram que minorias e comunidades<br />
de baixa renda são frequentemente os grupos<br />
de pessoas mais preocupadas com os impactos das<br />
mudanças climáticas, mas também enfrentam obstáculos<br />
significativos se querem tornar-se mais verdes.<br />
Quais são os maiores desafios?<br />
Um dos primeiros estudos que fiz para minha dissertação<br />
foi analisar as barreiras que continuam a existir<br />
no funcionamento do Programa Federal de Assistência<br />
à Climatização de baixa renda. As pessoas costumam<br />
dizer que a primeira barreira para tornar a sua casa mais<br />
O termo: justiça energética; ainda é relativamente<br />
novo. Como exatamente define esse conceito?<br />
A justiça energética começou com uma ideia ampla<br />
de nação “desenvolvida” versus “em desenvolvimento”,<br />
pensando na responsabilidade das nações desenvolvidas<br />
em garantir o acesso à moderna tecnologia energética<br />
nos países em desenvolvimento. Mas vimos que, mesmo<br />
em países desenvolvidos como os EUA (Estados Unidos<br />
da América), existem disparidades que devem ser<br />
abordadas e compreendidas da perspectiva da justiça.<br />
Quando penso nisso, penso em acesso justo e equitativo<br />
à tecnologia de energia, participação justa e equitativa<br />
na tomada de decisões sobre energia e também a ideia<br />
de energia como um direito básico, porque é muito importante<br />
para tudo o que fazemos na vida. Isso significa<br />
que a energia precisa ser acessível e também limpa e<br />
eficiente.<br />
Quando falamos sobre<br />
maneiras simples de<br />
melhorar a eficiência<br />
energética nas casas<br />
das pessoas, se algo tão<br />
simples quanto uma<br />
lâmpada custar duas<br />
vezes mais, então temos<br />
outros desafios que<br />
precisamos enfrentar<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
15
16 www.REVISTABIOMAIS.com.br
PRINCIPAL<br />
QUALIDADE<br />
EUROPEIA<br />
EMPRESA EUROPEIA INVESTE CADA VEZ<br />
MAIS NO BRASIL E CONQUISTA ESPAÇO NO<br />
SEGMENTO DE PELLETS DE MADEIRA<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
18 www.REVISTABIOMAIS.com.br
A<br />
Costruzioni Nazzareno sempre priorizou<br />
a qualidade de seus produtos e o atendimento<br />
aos clientes. Com esses pilares muito<br />
bem definidos desde o começo de suas<br />
atividades, em 1988, na região do Vêneto, na Itália, a<br />
companhia se transformou em referência no mercado<br />
de biomassa na Europa. Com a inevitável expansão de<br />
suas atividades, chegou ao Brasil em 2012 construindo<br />
a primeira unidade produtiva de pellets no município<br />
de Farroupilha (RS), e, desde então, se tornou líder no<br />
fornecimento de equipamentos para a fabricação de<br />
pellets de madeiras.<br />
Mas apesar do conhecimento técnico adquirido<br />
ao longo das décadas de atuação, diversas foram as<br />
dificuldades encontradas na chegada ao mercado<br />
brasileiro. O país ainda engatinhava no setor da biomassa<br />
e o pouco conhecimento fez com que algumas<br />
confusões tomassem o setor. Nem mesmo o conceito<br />
de pellet havia sido disseminado aos consumidores.<br />
“O maior desafio – e que depois de anos ainda<br />
existe –, é a certa confusão entre pellet e pallet. Na<br />
maioria dos casos parece simples a fabricação desse<br />
material. Mas ele deve ter determinadas características,<br />
deve estar dentro da normativa existente, vinda<br />
da Europa”, revela o diretor comercial da Nazzareno,<br />
Francesco Stella.<br />
Para entrar no mercado da União Europeia, os<br />
pellets de madeira provenientes do Brasil precisam<br />
ser aprovados no sistema de certificação europeu EN-<br />
-plus; a maioria das empresas que exporta busca essa<br />
certificação para aumentar o valor agregado do seu<br />
produto e certificar a qualidade da sua produção.<br />
PRESENTE E FUTURO<br />
Após quase 8 anos no Brasil, o diretor vê grande<br />
potencial de crescimento. “Estamos neste ramo há<br />
mais de 30 anos e esse é um grande momento dos<br />
nossos produtos em todo o mundo”, acredita o empresário.<br />
“Cientes disso, atualmente temos investido muito<br />
nos países emergentes, como os do Leste Europeu e<br />
aqui, no Brasil, claro, não seria diferente”, explica.<br />
Por isso, a Costruzioni Nazzareno também irá<br />
ampliar em breve suas operações em terras brasileiras,<br />
com o objetivo de oferecer cada vez mais soluções.<br />
“Estamos muito atentos ao mercado brasileiro, tanto<br />
que vamos ampliar nossas operações, com uma nova<br />
unidade de depósito no país, para trazer peças de<br />
reposição a pronta entrega aos nossos clientes”, almeja<br />
Francesco Stella.<br />
QUALIDADE EUROPEIA<br />
A Nazzareno é referência na fabricação de briquete,<br />
nos sistemas de pellets, nos secadores de esteira<br />
e de tambor, assim como trituradores, moinhos de<br />
martelos, filtros, sistemas de cogeração de biomassa,<br />
agropellet, misturadores horizontais e sistemas de<br />
alimentação, armazenagem e transporte.<br />
Além deste vasto mix de produtos, a companhia<br />
é empenhada no desenvolvimento, aperfeiçoamento<br />
e construção de fábricas exclusivas de pellets de<br />
madeira. “Investimos muito em pesquisa e tecnologia,<br />
focados exclusivamente em fábricas de pellets de madeira.<br />
Nosso foco de mercado é exclusivo em pellets<br />
de madeira. Não trabalhamos com outros mercados",<br />
explica o diretor Francesco, que se orgulha do diferencial<br />
da Nazzareno.<br />
PÓS-VENDA<br />
Como não possui filiais fora da Europa, a empresa<br />
procurou ter uma grande expertise no pós-venda e na<br />
construção de fábricas e maquinários, se adequando<br />
às demandas de cada cliente em particular.<br />
Como não possui<br />
filiais fora da<br />
Europa, a empresa<br />
procurou ter uma<br />
grande expertise<br />
no pós-venda e<br />
na construção<br />
de fábricas e<br />
maquinários<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
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20<br />
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23
PELO MUNDO<br />
ALTERNATIVA<br />
URGENTE<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
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ÁFRICA BUSCA SOLUÇÕES<br />
PARA CRISE ENERGÉTICA<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
25
PELO MUNDO<br />
A<br />
s taxas de acesso à energia e a confiabilidade<br />
na África são as mais baixas do mundo e os<br />
custos de eletricidade estão entre os mais altos.<br />
Um novo parque eólico em Djibuti levará<br />
energia renovável para o país do norte da África que tem<br />
mais de 110 mil famílias sem acesso a energia elétrica. A<br />
usina de 60 MW (megawatts) será construída na área de<br />
Ghoubet, perto do Lago Assal, em Djibuti.<br />
O projeto é parte de um consórcio que aprovou o<br />
financiamento para a construção e operação do parque<br />
eólico. O consórcio é constituído pela AFC (Africa Finance<br />
Corporation), CFM (Climate Fund Managers), FMO,<br />
o banco holandês de desenvolvimento empresarial e<br />
Great Horn Investment Holdings e tem como objetivo<br />
apoiar o Djibuti com suas crescentes necessidades de<br />
energia. “Este projeto reduzirá significativamente as<br />
emissões de gás do efeito estufa no setor de eletricidade<br />
do Djibuti”, disse Jaap Reinking, diretor de Private Equity<br />
do FMO.<br />
O projeto possui um contrato de compra e venda<br />
de energia de 25 anos com a concessionária doméstica<br />
Electricite de Djibouti e deve entrar em operação no próximo<br />
ano. Segundo a AFC, a abordagem inovadora de<br />
financiamento permitiu que a construção iniciasse dois<br />
anos após o lançamento do seu desenvolvimento, contra<br />
um ciclo de desenvolvimento típico de três a cinco anos.<br />
O desenvolvimento do projeto eólico foi iniciado em<br />
2017 pela AFC, CFM, gerenciado pela CIO (Construction<br />
Equity Fund do Climate Investor One), FMO (junto ao<br />
consórcio) e a desenvolvedora local Ghih (Great Horn<br />
Investment Holdings). O projeto pertence e é operado<br />
pela Red Sea Power Limited SAS, uma empresa de responsabilidade<br />
limitada sediada em Djibuti.<br />
“A parceria e a inovação resultaram em muitas<br />
inovações, incluindo a primeira IPP em escala de rede no<br />
país e um financiamento ponte para acelerar o desenvolvimento<br />
do país”, comemora Oliver Andrews, diretor de<br />
investimentos da AFC.<br />
A expectativa é que o projeto inicie suas operações<br />
comerciais em 2022. Segundo a AFC, este será o primeiro<br />
projeto de energia renovável em Djibuti, cujo objetivo<br />
é tornar-se 100% renovável até 2030. "Temos o prazer<br />
de ver essa transição pioneira do parque eólico para a<br />
construção, tendo desenvolvido o projeto desde 2017",<br />
orgulha-se Tarun Brahma, diretor e chefe de investimentos<br />
do CFM.<br />
“Este projeto ajudará a facilitar a transição de energia<br />
limpa no Djibuti, fornecendo energia sustentável e<br />
reduzindo a dependência da produção de energia<br />
térmica doméstica e das importações de energia. O<br />
projeto, graças aos nossos parceiros do consórcio, está<br />
agora posicionado para ajudar o Governo do Djibuti a<br />
cumprir suas ambiciosas metas de redução de emissões”,<br />
acrescenta.<br />
Localizado no chifre da África, com mais de 23 mil<br />
km2 (quilômetros quadrados), o Djibuti depende da<br />
produção de energia térmica doméstica e das importações<br />
da Etiópia para o consumo de eletricidade e precisa<br />
da adição de capacidade de energia renovável doméstica.<br />
Por isso, o projeto será um marco que promoverá<br />
a industrialização do país, reduzindo a dependência de<br />
outras fontes instáveis de alto custo e apoiará a ênfase<br />
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27
ECONOMIA<br />
POTENCIAL<br />
ILIMITADO<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
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BIOMASSA TEM CONDIÇÕES<br />
DE SUPRIR 80% DE TODA<br />
DEMANDA RESIDENCIAL DE<br />
ELETRICIDADE NO PAÍS<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
29
ECONOMIA<br />
O<br />
setor de energia renovável passa por um<br />
período de consolidar seu potencial no<br />
Brasil. Neste cenário, a biomassa de bagaço<br />
de cana-de-açúcar se destaca: o insumo<br />
tem condições de suprir 80% de toda demanda<br />
residencial de eletricidade no país, segundo informações<br />
do Projeto Sucre, iniciativa do Lnbr (Laboratório<br />
Nacional de Biorrenováveis), gerida em parceria com o<br />
Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).<br />
A energia de bagaço de cana pode suprir demanda<br />
de 100 TWh (terawatts-hora), em conjunto com<br />
50% de recolhimento da palha da cana-de-açúcar. O<br />
documento também destaca que a bioeletricidade<br />
possui papel prioritário na redução de emissões de<br />
gases de efeito estufa. “Considerando a bioeletricidade<br />
da cana em substituição parcial da potência instalada<br />
prevista para o gás natural, essa geração mitigaria<br />
11,4% das emissões de gases de efeito estufa do setor<br />
energético”, relata o Projeto Sucre.<br />
O potencial do bagaço de cana já demonstra<br />
crescimento: a produção de eletricidade a partir de<br />
biomassa de cana cresceu 4% em 2019 em comparação<br />
com o ano anterior. Durante 2019 foram<br />
produzidos e ofertados para a rede de distribuição<br />
22.407 GWh (gigawatts-hora) gerados por bagaço e<br />
palha, segundo dados da Unica (União da Indústria<br />
de Cana-de-Açúcar), elaborados a partir de dados da<br />
Ccee (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).<br />
Essa produção é capaz de abastecer a 12 milhões de<br />
residências ao longo do ano.<br />
Essa forma de energia se destaca pelo potencial<br />
de redução de emissões. Os 22.407 GWh gerados em<br />
2019 evitaram a emissão de 7,6 milhões de toneladas<br />
de CO2 (gás carbônico). “Essa marca só é conseguida<br />
com o cultivo de 53 milhões de árvores nativas ao<br />
longo de 20 anos”, aponta Zilmar Souza, gerente de<br />
bioeletricidade da Unica.<br />
Segundo dados da Aneel (Agência Nacional de<br />
Energia Elétrica), a energia térmica, que inclui a biomassa<br />
de bagaço, representa 27% da matriz elétrica<br />
brasileira. As usinas que geram energia a partir da<br />
biomassa representam 34% desse total.<br />
A biomassa de bagaço é originária da sobra do<br />
processamento da cana-de-açúcar pelas usinas para<br />
a produção de etanol e açúcar. Esta fonte de energia<br />
é considerada orgânica e renovável. O resíduo é<br />
transformado em insumo para fabricação de bioeletri-<br />
cidade, que é produzida a partir da queima do bagaço<br />
em caldeiras. O processo gera calor, que passa por<br />
uma turbina e é transformado em energia mecânica,<br />
depois vai para o gerador e vira energia elétrica. A eletricidade<br />
gerada alimenta os motores das usinas, que<br />
são autossuficientes, e o excedente é disponibilizado<br />
pelas plantas ao Sin.<br />
A participação do bagaço é mais representativa<br />
em determinadas regiões do Brasil. No Mato Grosso<br />
do Sul, o bagaço de cana já gera quase 40% da energia<br />
elétrica consumida no Estado. Entre janeiro e outubro<br />
de 2019, 13 usinas do Estado disponibilizaram ao Sistema<br />
Interligado Nacional 2.262 GWh, segundo o BDE<br />
(Banco de Dados do Estado).<br />
O Mato Grosso do Sul tem 19 usinas sucroenergéticas<br />
e todas produzem energia de bagaço de cana.<br />
O Estado é o terceiro maior produtor de energia de<br />
biomassa do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Minas<br />
Gerais.<br />
O crescimento da biomassa de cana reflete o<br />
cenário positivo da geração de energia de biomassa<br />
no Brasil. As usinas de biomassa do Brasil produziram<br />
3.108,6 MW médios em 2019, o que representa um<br />
crescimento 3% ao ano em 2019. Já a capacidade<br />
instalada de energia de biomassa era de 13,09 GW no<br />
final de 2019, um aumento de cerca de 2% em relação<br />
ao mesmo período do ano anterior, de acordo com<br />
dados da Ccee.<br />
O aumento do número de projetos implementados<br />
e colocados em operação no país é apontado<br />
como o principal fator por trás do crescimento da<br />
O crescimento da biomassa<br />
de cana reflete o cenário<br />
positivo da geração de<br />
energia de biomassa no Brasil<br />
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FACAS PARA<br />
PICADORES<br />
DURABILIDADE<br />
ECONOMIA<br />
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CASE<br />
DE OLHO<br />
NO FUTURO<br />
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CHINA TENTA REDUZIR AS<br />
EMISSÕES DE CARBONO<br />
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33
CASE<br />
C<br />
om mais de 1,3 bilhões de pessoas, a<br />
China exige enorme quantidade de<br />
energia e combustível. Essa demanda<br />
levou o país a se tornar um dos maiores<br />
poluidores do mundo, mas também um país<br />
extremamente sensível a esse problema. O foco em<br />
energia renovável deve ter consequências positivas<br />
para o resto do mundo.<br />
A China prometeu aumentar seu consumo de<br />
energia renovável para 15% do seu consumo total<br />
de energia até <strong>2020</strong> e 20% até 2030. Ao tentar atingir<br />
esses objetivos, a China deve aumentar a eficiência<br />
de suas energias renováveis. A meta de <strong>2020</strong> é reduzir<br />
a perda, chamada de redução.<br />
Na medida em que a China reduzir as emissões<br />
de carbono, os impactos das mudanças climáticas<br />
globais serão reduzidos, com benefícios que<br />
incluem a criação de mais empregos no setor de<br />
energia renovável, desenvolvimento de novas tecnologias<br />
e criação de novas políticas para acomodar<br />
essas mudanças.<br />
Na medida em que<br />
a China reduzir as<br />
emissões de carbono, os<br />
impactos das mudanças<br />
climáticas globais serão<br />
reduzidos<br />
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37
SUSTENTABILIDADE<br />
SOLUÇÃO<br />
ECOLÓGICA<br />
CURITIBA (PR) ENCONTRA ALTERNATIVA<br />
PARA ATERRO DO CAXIMBA<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
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O<br />
antigo Aterro do Caximba em Curitiba<br />
(PR), desativado desde 2010, se transformará<br />
em uma usina de produção de<br />
energia solar e de biomassa de resíduos<br />
vegetais das podas de árvores e limpeza de jardins. A<br />
obra é uma parceria da Copel e da Prefeitura de Curitiba<br />
e terá capacidade de 5 MW (megawatt). A Copel<br />
arcará com 49% do investimento de R$ 31,5 milhões,<br />
enquanto a Prefeitura de Curitiba responderá pelos<br />
outros 51%.<br />
A produção anual de energia deve gerar em torno<br />
de 18,6 mil MW/h (megawatts/hora) que poderão ser<br />
utilizados para compensação de consumo de energia.<br />
A produção corresponderá a 43% do que é consumido<br />
hoje pelos prédios públicos de Curitiba ou até 7,5 mil<br />
residências.<br />
“Curitiba tem a luz em seu nome de batismo e a<br />
nossa devoção é à luz. E a rapidez com que o Governo<br />
do Estado, por meio da nossa Copel, acolheu a proposta<br />
do município nos permitirá fazer história”, disse o<br />
prefeito Rafael Greca.<br />
“Com uma área que já representou um passivo<br />
ambiental, vamos trazer luz e energia para Curitiba.<br />
São iniciativas urgentes e de que o planeta precisa”,<br />
acrescentou a secretária municipal do Meio Ambiente,<br />
Marilza Oliveira Dias.<br />
Segundo o projeto da usina apresentado em março<br />
de 2019, a usina solar terá a função de abastecer o<br />
futuro Bairro Novo da Caximba, que a Prefeitura está<br />
projetando para tirar cerca de 1.147 unidades habitacionais<br />
irregulares instaladas à beira dos rios da região.<br />
“Nós temos o sonho de fazer que esta usina seja<br />
um símbolo para o Brasil do novo mundo. O projeto<br />
do Bairro Novo da Caximba já foi aprovado pela AFD<br />
(Agência Francesa de Desenvolvimento)”, orgulha-se<br />
o prefeito.<br />
A usina contará com uma Unidade Geradora<br />
Fotovoltaica, com potência de 3,5 MW, com painéis<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
39
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
41
ARTIGO<br />
BIOMASSA DE ESPÉCIES FLORESTAIS<br />
PARA PRODUÇÃO DE<br />
CARVÃO VEGETAL<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
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AMANDA PINHEIRO FORTALEZA<br />
Engenheira Florestal, Mestranda em Ciências Florestais,<br />
Universidade Federal Rural da Amazônia<br />
DENES DE SOUZA BARROS<br />
Engenheiro Florestal, MSc., Professor da Universidade Federal Rural<br />
da Amazônia<br />
JOSÉ JAIME PESSOA DO NASCIMENTO FILHO<br />
Engenheiro Florestal, Secretaria Municipal de Meio Ambiente<br />
RAFAELA PATRÍCIA DA SILVA CERETTA<br />
Engenheira Florestal, Mestranda em Ciências Florestais,<br />
Universidade Federal Rural da Amazônia<br />
SIMONNE SAMPAIO DA SILVA<br />
Engenheira Florestal, MSc., Doutora em Ciência e Tecnologia da<br />
Madeira<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
43
ARTIGO<br />
RESUMO<br />
D<br />
evido à alta demanda das empresas por geração<br />
de energia oriunda de fontes renováveis,<br />
o objetivo deste estudo foi analisar as propriedades<br />
da madeira e do carvão proveniente<br />
de três espécies florestais: Ceiba pentandra (L.) Gaertn.<br />
(Sumaúma), Guatteria sp. (Envirão) e Brosimum sp. (Mumuré).<br />
O material foi coletado na Empresa Rosa Madeireira<br />
Ltda. De cada espécie foram coletadas 10 amostras para a<br />
análise das propriedades da madeira e do carvão e, destas,<br />
5 amostras foram utilizadas para a análise química. As<br />
propriedades avaliadas foram: densidade básica e teor de<br />
umidade da madeira, rendimento gravimétrico, densidade<br />
aparente e teor de umidade do carvão e, composição<br />
química. Os dados foram submetidos à Análise de Variância<br />
e médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade,<br />
assim como os efeitos da densidade básica sobre<br />
o rendimento gravimétrico e sobre a densidade aparente<br />
foram testados pela correlação de Pearson. As análises<br />
indicaram que o fator espécies apresentou efeito significativo<br />
em todos os parâmetros, exceto quanto ao teor de<br />
umidade do carvão. Sobre densidade básica da madeira,<br />
a Sumaúma apresentou o menor valor médio (0,4302 ±<br />
0,0157 g/cm3 [gramas por centímetro cúbico]) e Mumuré,<br />
o maior (0,5276 ± 0,0251 g/cm3). Entretanto, com relação<br />
ao teor de umidade, Sumaúma foi a espécie que apresentou<br />
o maior teor (47,46% ± 2,88). Os valores de rendimento<br />
em carvão variaram entre 30,03% ± 1,95 (Envirão) e 32,35%<br />
± 1,46 (Sumaúma). Houve correlação entre a densidade da<br />
madeira e o rendimento gravimétrico para a espécie Mumuré<br />
(P = -0,553), no entanto, considerada negativa. Entretanto,<br />
correlação positiva foi encontrada para Sumaúma (P<br />
= 0,058) e Envirão (P = 0,955). Nos testes de densidade do<br />
carvão, o Mumuré apresentou o maior valor médio (0,3173<br />
± 0,0116 g/cm3) e Envirão o menor (0,2654 ± 0,0407 g/<br />
cm3). Uma relação direta e positiva entre a densidade básica<br />
da madeira e a densidade relativa aparente do carvão<br />
foi encontrada. Tratando-se da composição química, o<br />
fator espécies não apresentou efeito significativo.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A cobertura florestal do território brasileiro associada<br />
às condições edafoclimáticas favoráveis para a silvicultura,<br />
confere ao país grandes vantagens para a atividade<br />
florestal quando se compara ao restante do mundo. Como<br />
consequência, a participação no contexto da geração de<br />
energia oriunda de fontes renováveis se destaca com a<br />
mesma magnitude. O uso da madeira no Brasil, visando à<br />
geração de energia, tem sido historicamente relacionado à<br />
produção de carvão vegetal, e essa, se destaca em decorrência<br />
da demanda existente pelo produto junto ao setor<br />
siderúrgico (Santos et al., 2011).<br />
O Brasil é o maior produtor mundial de carvão vegetal.<br />
Em 2010, foram produzidos 11,6 milhões de metros cúbicos<br />
de carvão vegetal a partir de florestas plantadas, dos<br />
quais 66,2% foram consumidos pelos setores de ferro-gusa,<br />
aço e ferro-liga, sendo o único país no mundo no qual<br />
o carvão vegetal tem uma aplicação industrial em grande<br />
escala, como destino principal, a produção de ferro-gusa<br />
e aço e ainda ferro-liga e silício metálico. É nesse contexto<br />
que o carvão vegetal se tornou um dos combustíveis e<br />
redutores mais importantes na indústria siderúrgica, pois é<br />
renovável, e além de ter baixo teor de cinzas, é praticamente<br />
isento de enxofre e fósforo, tendo sua tecnologia para<br />
fabricação já amplamente consolidada no Brasil (Associação<br />
Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas, 2011).<br />
Mesmo que o consumo de carvão vegetal tenha atingido<br />
seu ponto máximo em 2005, quando foram produzidos<br />
e consumidos mais de <strong>38</strong> milhões de metros cúbicos, as<br />
plantações florestais homogêneas ainda não são capazes<br />
de suprir toda a demanda das empresas, de forma que,<br />
por ano, há um déficit anual médio de quase 50% (o que<br />
equivale no mínimo a 100 mil hectares plantados) que é<br />
suprido com o abastecimento de madeira e resíduos advindos<br />
do manejo de florestas naturais (Associação Mineira de<br />
Silvicultura, 2009).<br />
Como esta alta demanda das empresas por fontes de<br />
energia ainda não foi suprida exclusivamente por florestas<br />
energéticas, uma parte dos resíduos de madeira gerados<br />
na indústria madeireira tem sido destinada à produção de<br />
produtos de maior valor agregado como carvão, cabos,<br />
O uso da madeira no Brasil,<br />
visando à geração de energia,<br />
tem sido historicamente<br />
relacionado à produção de<br />
carvão vegetal<br />
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AGENDA<br />
AGOSTO <strong>2020</strong><br />
FENASUCRO<br />
Data: 18 a 21<br />
Local: Sertãozinho (SP)<br />
Informações: www.fenasucro.com.br/pt-br.html<br />
DESTAQUE<br />
OUTUBRO <strong>2020</strong><br />
BWEXPO<br />
Data: 6 a 8<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações: www.bwexpo.com.br<br />
BRAZIL WIND POWER<br />
Data: 28 a 30<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações: www.brazilwindpower.com.br/pt/<br />
home.html<br />
NOVEMBRO <strong>2020</strong><br />
FIEE SMART FUTURE<br />
Data: 20 a 23 de julho de 2021<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações: www.fiee.com.br/pt-br.html<br />
Imagem: divulgação<br />
FÓRUM FLORESTAL MINEIRO<br />
Data: 5 a 6<br />
Local: Belo Horizonte (MG)<br />
Informações: https://malinovski.com.br/<br />
agenda-<strong>2020</strong>/<br />
INTERSOLAR<br />
Data: 16 a 18<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações: www.intersolar.net.br/pt/inicio<br />
A Fiee (Feira Internacional da Industria de Elétrica,<br />
Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade)<br />
é um evento segmentado, focado na evolução dos<br />
setores elétrico e eletrônico, apresentando Tecnologias<br />
e Soluções para Eficiência e Produtividade,<br />
de Geração de Energia à Conectividade. Em sua 31ª<br />
edição, a Fiee Energy é um palco dedicado a toda<br />
infraestrutura do setor elétrico, onde o mercado de<br />
energia e seus consumidores encontram soluções<br />
para as principais fontes de energia<br />
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OPINIÃO<br />
Foto: divulgação<br />
ACELERAR<br />
REFORMAS É<br />
CRUCIAL PARA O<br />
BRASIL CRESCER<br />
O<br />
mundo enfrenta a mais severa crise da<br />
história recente. Os efeitos da pandemia de<br />
coronavírus são devastadores. Governos, autoridades<br />
sanitárias e profissionais da área de<br />
saúde têm atuado com eficiência para controlar a propagação<br />
da doença, tratar os infectados e preservar o bem mais<br />
importante, que é a vida.<br />
Muitos países, inclusive o Brasil, também estão adotando<br />
medidas emergenciais para minimizar os incalculáveis<br />
prejuízos econômicos da Covid-19. Tais ações são<br />
imprescindíveis, pois o isolamento da população reduziu o<br />
consumo e atingiu as cadeias de produção de tal maneira<br />
que já se espera um período de recessão global.<br />
A crise, no entanto, não pode nos paralisar. O momento<br />
exige ação e um esforço coordenado do Poder Executivo,<br />
do Congresso Nacional e da sociedade para reduzir<br />
os impactos sobre as empresas e o emprego no Brasil.<br />
Em paralelo às ações emergenciais, é necessário acelerar<br />
as reformas estruturais e atuar sobre os problemas que<br />
aumentam os custos de produção e diminuem a capacidade<br />
da indústria brasileira de competir com os principais<br />
parceiros comerciais.<br />
A principal prioridade dessa agenda é a reforma tributária.<br />
O sistema atual é complexo, burocrático e repleto<br />
de distorções. Por causa da incidência de tributos nas<br />
diversas etapas da produção, da taxação dos investimentos<br />
e das exportações, o setor é o que suporta a maior carga<br />
tributária. Com uma participação de 21,2% na economia<br />
brasileira, a indústria é responsável por 34,2% da arrecadação<br />
de impostos federais e por 30% das contribuições à<br />
Previdência.<br />
Por isso, defendemos uma reforma que simplifique<br />
o sistema, reduza o número de encargos e obrigações<br />
indiretas e desonere os investimentos e as exportações. As<br />
duas propostas em tramitação no Congresso, que serão<br />
unificadas pela Comissão Mista da Reforma Tributária,<br />
caminham nessa direção, pois reúnem diversos impostos<br />
sobre o consumo em um só tributo nos moldes do IVA (Imposto<br />
sobre Valor Agregado), reduzem a cumulatividade,<br />
desestimulam a guerra fiscal e desoneram os investimentos,<br />
aproximando o sistema brasileiro do padrão adotado<br />
nos países desenvolvidos.<br />
Uma reforma tributária ampla ajudará o país a diminuir<br />
o Custo Brasil que, conforme estudo recente do governo,<br />
atinge R$ 1,5 trilhão ao ano, o equivalente a 22% do PIB<br />
(Produto Interno Bruto). Além de atacar os atuais entraves<br />
tributários, a redução do Custo Brasil que penaliza as empresas<br />
e a população requer a modernização e a ampliação<br />
da infraestrutura, o corte dos custos dos financiamentos, o<br />
combate à burocracia, o aumento da segurança jurídica e a<br />
qualificação profissional dos trabalhadores.<br />
Os desafios são muitos, mas tenho a convicção de que,<br />
com diálogo e o empenho de toda a sociedade, o Brasil<br />
avançará na agenda de reformas e fortalecerá as bases<br />
da economia para, superada essa crise mundial, retomar<br />
o caminho do crescimento sustentado e da criação de<br />
empregos.<br />
Por Robson Braga de Andrade<br />
Presidente da CNI.<br />
Artigo originalmente publicado na Agência CNI - https://bit.ly/3bTM2sX<br />
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