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ENTREVISTA<br />

Junior Ramires, presidente da REFLORE (MS), exalta o setor florestal no Estado<br />

ISCAS FORMICIDAS<br />

HISTÓRIA DE 50 ANOS MOSTRA EVOLUÇÃO<br />

NA FABRICAÇÃO DE ISCAS FORMICIDAS<br />

ANT BAITS<br />

THE 50-YEAR HISTORY OF<br />

THE EVOLUTION OF ANT BAIT<br />

MANUFACTURING


Soluções Conectadas para você<br />

encarar os desafios no <strong>Florestal</strong>.<br />

Ser incansável é a força que nos inspira para criarmos soluções<br />

que otimizam seu trabalho de um jeito inteligente e eficiente<br />

por meio da tecnologia.<br />

Porque, mais que reconhecer seu esforço, estamos a seu lado<br />

para encarar qualquer desafio.


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SUMÁRIO<br />

JUNHO 2022<br />

38<br />

50 ANOS<br />

UMA HISTÓRIA<br />

DE PROTEÇÃO<br />

10 Editorial<br />

12 Cartas<br />

14 Bastidores<br />

16 Notas<br />

24 Coluna Cipem<br />

26 Frases<br />

28 Entrevista<br />

36 Coluna<br />

38 Principal<br />

44 Minuto Floresta<br />

46 Legislação<br />

50 Informe<br />

52 Especial<br />

56 Coluna<br />

58 Feira<br />

68 Economia<br />

72 Pesquisa<br />

78 Agenda<br />

82 Espaço Aberto<br />

52<br />

58<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

51 Aplic Certo<br />

09 Bayer<br />

11 BKT<br />

15 Carrocerias Bachiega<br />

80 Congresso <strong>Florestal</strong><br />

17 Corteva<br />

73 D’Antonio Equipamentos<br />

84 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

23 DRV Ferramentas<br />

35 Engeforest<br />

06 Euroforte<br />

67 Expoforest<br />

77 Fischer Máquinas<br />

21 Francio Soluções Florestais<br />

79 Imflor<br />

71 J de Souza<br />

04 John Deere<br />

75 Lion Equipamentos<br />

83 Log Max<br />

19 Manos Implementos<br />

49 Mill Indústrias<br />

45 Planflora<br />

26 Prêmio REFERÊNCIA<br />

13 Rotary-Ax<br />

31 Rotor Equipamentos<br />

29 Tecmater<br />

37 Unibrás<br />

25 Vantec<br />

27 Watanabe<br />

33 WDS Pneumática<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


EDITORIAL<br />

Futuro verde<br />

A atividade de base florestal é essencial para a construção<br />

de um futuro sustentável e forte economicamente. Incentivar,<br />

valorizar e defender o uso correto da madeira é uma das<br />

chaves para que possamos alcançar um mundo melhor para as<br />

próximas gerações. A madeira estará cada dia mais presente no<br />

nosso cotidiano, em todas as suas formas, produtos e soluções<br />

para uma vida cada vez melhor. Nesta edição o leitor poderá<br />

conhecer a história da UNIBRÁS Agro Química, empresa que<br />

completou 50 anos em 2022 e é uma das líderes do mercado de<br />

formicidas, o PROFLORESTA, plano estadual que guiará o setor<br />

florestal no Mato Grosso do Sul pela próxima década, novidades<br />

científicas sobre carbono no solo de reflorestamento, a cobertura<br />

completa da Show <strong>Florestal</strong> e uma entrevista exclusiva com<br />

Junior Ramires, presidente da REFLORE (MS), falando sobre<br />

o trabalho da associação e futuro do setor no Estado. Ótima<br />

leitura.<br />

2<br />

1<br />

Na capa dessa edição a<br />

Unibrás fabricante da isca<br />

formicida ATTA MEX-S<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIV • N°<strong>241</strong> • Junho 2022<br />

ENTREVISTA<br />

Junior Ramires, presidente da REFLORE (MS), exalta o setor florestal no Estado<br />

ISCAS FORMICIDAS<br />

HISTÓRIA DE 50 ANOS MOSTRA EVOLUÇÃO<br />

NA FABRICAÇÃO DE ISCAS FORMICIDAS<br />

ANT BAITS<br />

THE 50-YEAR HISTORY OF<br />

THE EVOLUTION OF ANT BAIT<br />

MANUFACTURING<br />

A GREEN FUTURE<br />

The forest-based activity is essential for building a sustainable<br />

and economically strong future. Encouraging, valuing,<br />

and defending the correct use of wood is one of the keys to<br />

achieving a better world for future generations. Wood will be<br />

more and more present in our daily lives, in all forms, products,<br />

and solutions for an ever-better life. In this issue, the reader will<br />

learn about the history of UNIBRÁS Agro Química. This company<br />

completed 50 years in 2022 and is one of the leaders in the ant<br />

bait market. Also, there is Profloresta, a plan that will guide the<br />

Forestry Sector in the State of Mato Grosso do Sul for the next<br />

decade, scientific news on carbon in the reforestation soil, the<br />

complete coverage of Show <strong>Florestal</strong>, and an exclusive interview<br />

with Luiz Calvo Ramires Jr., President of the Mato Grosso<br />

do Sul Association of Planted Forest Producers and Consumers<br />

(Reflore-MS), talking about the work of the Association and the<br />

future of the Sector in the State. Pleasant reading.<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIV - EDIÇÃO <strong>241</strong> - JUNHO 2022<br />

Entrevista com Luiz Calvo<br />

Ramires Jr., presidente da<br />

REFLORE-MS (Associação<br />

Sul-Mato-Grossense de<br />

Produtores e Consumidores<br />

de Florestas Plantadas)<br />

Governo de Mato Grosso do Sul lança plano<br />

para potencializar cadeia produtiva que gera<br />

27,2 mil empregos no Estado<br />

3<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriela Bogoni<br />

Larissa Purkotte<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Cainan Lucas<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal - Carlos Felde<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

10 www.referenciaflorestal.com.br


A LONG WAY<br />

TOGETHER<br />

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Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, FS 216 é o seu melhor aliado para<br />

todas as operações com autocarregadoras e máquinas de arrasto. Este pneu silvicultura<br />

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e mais larga, para potencializar a performance no campo da tração. FS 216 proporciona<br />

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possíveis danos em qualquer momento.<br />

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Email: chetang@bkt-tires.com<br />

Mobile: +917021000031


CARTAS<br />

ENTREVISTA<br />

Mariana Lisbôa, primeira mulher presidente da ABAF fala sobre planos de sua gestão<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

UM PASSO À FRENTE<br />

SISTEMAS DE SUPRESSÃO DE INCÊNDIO<br />

PROTEGEM MÁQUINAS, OPERADORES E FLORESTAS<br />

A STEP FORWARD<br />

A FIRE PROTECTION SYSTEM<br />

SAFEGUARDS MACHINES,<br />

OPERATORS, AND FORESTS<br />

Capa da Edição 240 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de maio de 2022<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIV • N°240 • Maio 2022<br />

CAPA<br />

Por Samuel Pereira, Diadema (SP)<br />

A segurança do produtor e da floresta é essencial para o sucesso do nosso<br />

setor. Que equipamento importante e que deveria ser obrigatório.<br />

ENTREVISTA<br />

Por Marcos de Araújo, Vitória da Conquista (BA)<br />

Muito sucesso para a Mariana à frente da ABAF! A associação<br />

é importante para o Estado e essa nova liderança traz novos<br />

horizontes para o setor florestal da Bahia.<br />

Foto: Emanuel Caldeira<br />

ECONOMIA<br />

Por André Oliveira, Ribeirão Preto (SP)<br />

Minas Gerais é um Estado historicamente ligado à produção do agro e agora<br />

com as florestas plantadas tem um potencial de desenvolvimento ainda maior.<br />

Foto: divulgacão<br />

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CURTA NOSSA PÁGINA<br />

12 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


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Revista<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

SHOW FLORESTAL<br />

Durante a Show <strong>Florestal</strong>, o diretor comercial<br />

da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio<br />

Machado, esteve visitando o grande parceiro<br />

Denis Cimaf, do diretor da Alamo Group,<br />

Tomas Jones. Recentemente, a Alamo Group<br />

adquiriu a empresa Denis Cimaf.<br />

VISITA<br />

O comercial da Revista REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL, Carlos Felde, esteve<br />

visitando o parceiro Gilberto Souza, da<br />

empresa Felipe Diesel, especializada em<br />

recondicionamento de bombas, bicos<br />

injetores e turbos para maquinário pesado.<br />

ALTA<br />

MAIS EMPREGO<br />

O desemprego caiu 0,7 ponto percentual no<br />

trimestre encerrado em abril em comparação com<br />

o trimestre anterior e 4,3 pontos percentuais na<br />

comparação anual, e fechou o período em 10,5%<br />

- menor taxa para um trimestre encerrado em<br />

abril desde 2015, quando a desocupação ficou em<br />

8,1%. Os dados são da PNEAD Contínua (Pesquisa<br />

Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada<br />

pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia<br />

e Estatística). O número de pessoas ocupadas<br />

chegou ao recorde histórico de 96,5 milhões - a<br />

maior taxa da série iniciada em 2012, com um<br />

aumento de 1,1% na comparação trimestral. A alta<br />

foi de 1,1 milhão de pessoas no trimestre e de 9<br />

milhões de ocupados no ano.<br />

JUNHO 2022<br />

RENTABILIDADE DOS TRANSPORTES<br />

O IPCA do setor de transportes alcançou 19,7% nos últimos 12<br />

meses, significativamente maior que os 11,47% acumulados<br />

até abril/2021 e que os 12,13% do IPCA geral. Segundo dados<br />

da Confederação Nacional dos Transportes, desde março de<br />

2021, a variação do setor tem superado o índice geral, sendo o<br />

maior pico nesse intervalo o percentual de 21,97%, registrado<br />

em novembro de 2021. Em uma análise específica para o IPCA<br />

de abril deste ano para os subgrupos que integram o grupo<br />

transportes, o maior aumento no mês se deu para os combustíveis<br />

(3,20%). O óleo diesel teve inflação de 4,74% em abril,<br />

atrás apenas do etanol (8,44%), e acumula alta de 23,88%<br />

no ano e de 53,58% em 12 meses. A persistência da inflação,<br />

preocupa as empresas transportadoras, em função da dificuldade<br />

de se renegociar contratos e repassar o aumento de<br />

custos do frete de cargas e transporte de passageiros.<br />

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NOTAS<br />

Minas diminui desmatamento<br />

Às vésperas do Dia Nacional da Mata Atlântica, dados de monitoramento<br />

contínuo do IEF (Instituto Estadual de Florestas) mostram que o<br />

desmatamento ilegal reduziu em 9% em áreas de bioma da Mata Atlântica<br />

em Minas Gerais. Considerando o ano agrícola 2020/2021, foram desmatados<br />

3.515 há (hectares) de Mata Atlântica no Estado, 9% a menos do que<br />

no período de 2019/2020, quando foram 3.871 ha impactados. A aposta<br />

do Governo de Minas Gerais em monitoramento constante, aumento nas<br />

fiscalizações e agilidade nos atendimentos são apontados como fatores<br />

responsáveis pela redução. Nesse período de 2020/2021, foram feitas<br />

pela SEMAD (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento<br />

Sustentável), em parceria com a Polícia Militar de Meio Ambiente, 4.185<br />

fiscalizações de combate à supressão de vegetação, 10% a mais do que o<br />

período anterior, quando foram 3.808 ações. Das 4.185, houve 2.225 infrações,<br />

o que gerou R$ 24,2 milhões em multas. Além do esforço do poder<br />

público, a população vem contribuindo com o combate ao desmatamento,<br />

por meio de denúncias aos órgãos competentes. Em 2020/2021, foram cadastradas<br />

pela SEMAD 1.985 denúncias dos cidadãos sobre ocorrências no<br />

bioma e, mesmo com as restrições impostas pela pandemia da Covid-19,<br />

houve um incremento de 38% no atendimento feito pelo Estado (1.321)<br />

em comparação com o período anterior (958). Outro ponto positivo foi a<br />

redução do tempo médio de resposta a essas denúncias que passou de 87<br />

dias (2019/2020) para 80 dias (2020/2021).<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Recipiente ideal para eucalipto<br />

Na produção de mudas florestais, a qualidade é alcançada através de um conjunto de técnicas<br />

de manejo, empregadas durante o processo da sua formação. O uso de recipientes é um<br />

desses cuidados que deve ser observado, já que eles permitem melhor controle da nutrição<br />

e proteção das raízes, além de facilitar o manejo no viveiro, no transporte e no plantio. Atualmente,<br />

os recipientes mais utilizados para produção de mudas florestais são derivados de<br />

petróleo, porém, novas alternativas que causam menor impacto ao ambiente vêm ganhando<br />

espaço no setor. Isso porque os tubetes, como são chamados os recipientes derivados do petróleo,<br />

podem causar restrição ao desenvolvimento das raízes, favorecendo o surgimento de<br />

deformações, que podem permanecer durante o crescimento das plantas no campo. Assim,<br />

a busca por novas tecnologias, que conciliem os aspectos econômicos e ambientais, tem sido<br />

um campo fundamental para a garantia da competitividade e da sustentabilidade do setor<br />

florestal brasileiro. Com vários trabalhos de pesquisa e de avaliação tecnológica de recipientes<br />

alternativos em andamento no país, um estudo científico desenvolvido no Programa de<br />

Pós-Graduação em Agronomia da Uesb está se destacando. O trabalho: Recipientes biodegradáveis<br />

e composto orgânico na produção de mudas de eucalipto; avaliou a qualidade das<br />

mudas de eucalipto produzidas em recipientes biodegradáveis (chamados de paperpots) e<br />

em tubetes, associadas à incorporação de composto orgânico. De acordo com o pesquisador<br />

Vinícius Rodrigues, responsável pelo estudo, as características físicas dos paperpots propiciam<br />

condições favoráveis ao livre desenvolvimento das mudas, permitindo que elas apresentem<br />

desempenho adequado no campo. “Resumidamente, o alto padrão de qualidade das mudas é<br />

determinado, principalmente, pela mensuração dos parâmetros morfofisiológicos, a capacidade<br />

de regeneração das raízes e a ausência de deformações”, explica Vinícius.<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Auxílio no reflorestamento<br />

Eucalipto e pinus, as duas espécies florestais mais cultivadas<br />

no Brasil, não impedem o crescimento de plantas nativas em seu<br />

sub-bosque. Pelo contrário, por um crescimento rápido e capacidade<br />

de sombrear o solo, pode favorecer o desenvolvimento<br />

de árvores e árvores nativas e com projetos de reflorestamento,<br />

seguindo as regras do Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro e legislações<br />

afins. A conclusão é de trabalhos técnicos em 1.113 árvores e em<br />

trabalhos técnicos em 1.113 empreitadas e registradas em mais<br />

de 10 estudos científicos compilados em documento . Entre essas<br />

espécies, figuram algumas ameaças de extinção, como a araucária,<br />

a imbuia, o pau-brasil e o palmito-juçara. A composição das cinco<br />

famílias com maior representatividade de espécies é similar ao<br />

encontrado em Matatica e do Cerrado do Brasil, os dois biomas ciliares<br />

no estudo. Espécies de elevado valor comercial também foram<br />

registradas, tais como cedro, cerejeira, copaíba, jatobá, jequitibás e peroba-rosa. Carlos Cesar Ronquim, autor do documento<br />

técnico e pesquisador da EMBRAPA Territorial, de Campinas (SP), conclui que esses dados mostram ser viável o uso dessas árvores<br />

como alternativa para a restauração florestal das áreas de Reserva Legal, seguindo as regras do Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro e legislações<br />

afins. O Código (Lei 12.651/2012) permite o uso de árvores exóticas dessas áreas, desde que na proporção máxima nativa de<br />

50% e intercaladas com espécies nativas regionais. O pesquisador pontua que as principais dificuldades para o desenvolvimento<br />

das espécies nativas são concorrentes com as gramíneas, eliminadas apenas com sombreamento ou herbicida. Utilizar as árvores<br />

de crescimento rápido para gerar sombra em menor tempo pode ser uma forma mais econômica de criar conforme as condições<br />

propícias para o reflorestamento. “Então, se tem uma área que precisa ser regenerada, e ela está em condições de plantio de eucalipto,<br />

avaliada como pode ser efetivada como alterada para se complementar de sub-bosques”, compara Carlos.<br />

Brasil bem representado<br />

Na primeira semana de maio, a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores) reforçou<br />

o protagonismo do setor de árvores cultivadas no mundo, com uma<br />

forte participação no XV Congresso <strong>Florestal</strong> Mundial, organizado pela FAO<br />

(Organização para Alimentação e Agricultura), órgão da ONU (Organização<br />

das Nações Unidas), realizado em Seul, na República da Coréia. O evento<br />

teve como tema principal: Construindo com as florestas um futuro mais<br />

verde, saudável e resiliente; e reuniu mais de 12 mil participantes, entre<br />

presenciais e remotos, de aproximadamente 44 países durante cinco dias.<br />

Nas apresentações da IBÁ, destaque para temas como mudanças climáticas,<br />

recursos hídricos, biodiversidade, ESG, inclusão e diversidade, defesa<br />

florestal, dentre outros assuntos muito trabalhados pelo setor. A associação<br />

realizou o lançamento mundial do Caderno de Biodiversidade do Setor<br />

de Árvores Cultivadas 2022 e também a apresentação, para o público<br />

internacional, do Relatório sobre Desempenho na Gestão de Recursos<br />

Hídricos. Além disso, a entidade compartilhou sua experiência na agenda<br />

da capacitação em diversidade e inclusão, tal como vem realizando com as<br />

empresas associadas e entidades parceiras no Brasil, em prol da criação de<br />

um ambiente no setor com mais equidade e oportunidades. Os representantes<br />

da IBÁ foram convidados para representar o setor em eventos<br />

paralelos, mesas redondas, moderar debates, apoiar na organização de<br />

diversas discussões e outras atividades do Congresso. Foram, ao todo, oito<br />

eventos, entre plenárias principais, side events e reuniões de alto nível.<br />

Imagem: reprodução<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Silvicultura em debate<br />

A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do<br />

Brasil) reuniu os representantes da Comissão Nacional<br />

de Silvicultura e Agrossilvicultura para discutir as principais<br />

demandas do setor florestal. O novo presidente do<br />

colegiado, Moacir Reis, participou do encontro e destacou<br />

a importância da comissão. “Estamos fazendo um trabalho<br />

importante envolvendo as federações e os produtores. Estamos<br />

à disposição para discutir os assuntos que defendem<br />

o produtor”, destacou Moacir. A assessora técnica da CNA,<br />

Eduarda Lee, apresentou o plano de ação da comissão, que<br />

tem pautas como a estruturação do mercado de carbono<br />

para espécies florestais cultivadas e a ampliação do uso de<br />

fontes renováveis na matriz energética brasileira. Também<br />

fazem parte da lista de prioridades a otimização da produção<br />

e a ampliação da competitividade da borracha natural<br />

brasileira. Segundo Eduarda, em relação a essa cadeia, as<br />

principais ações são a discussão dos parâmetros de mercado da borracha natural, além da promoção e do apoio à realização de<br />

cursos e treinamentos de certificação para a produção integrada da borracha natural no Brasil. Outro tema da pauta da reunião foi a<br />

apresentação das ações e resultados do Projeto Florestas Energéticas, da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).<br />

Segundo o pesquisador Guilherme de Castro, o objetivo do projeto foi desenvolver, otimizar e viabilizar alternativas ao uso de fontes<br />

energéticas tradicionais não renováveis por meio da biomassa de plantações florestais, contribuindo para a ampliação da matriz<br />

energética nacional de forma sustentável. Também foram apresentadas a metodologia e a sistematização de informações do setor<br />

florestal de Santa Catarina, além de um panorama da produção e das tendências de consumo, pela ACR (Associação Catarinense de<br />

Empresas Florestais). Por fim, foi apresentada aos membros da Comissão a Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais,<br />

promovida pela REFLORE (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas).<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Foto: divulgação<br />

Congresso na Bahia<br />

A ABAF (Associação Baiana de Empresas de Base Floretal), o CEDAGRO/ES<br />

(Centro de Desenvolvimento do Agronegócio) e a UFRB (Universidade Federal do<br />

Recôncavo da Bahia) realizam de 03 a 05 de agosto de 2022, de forma online e presencial,<br />

em Salvador (BA), o VI Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental<br />

– VI CBRA. O tema central do evento híbrido – que pretende reunir 200 pessoas<br />

no auditório da FIEB (Federação das Indústrias da Bahia) – será “Potencialização<br />

<strong>Florestal</strong> – Tecnologias, estratégias e experiências para uma restauração florestal<br />

sustentável”. O CBRA é um dos mais importantes fóruns de inovação tecnológica,<br />

atualização e intercâmbio técnico e empresarial que integra os diversos agentes<br />

de desenvolvimento e meio ambiente que atuam na área florestal e ambiental. Em<br />

sua sexta edição, pretende apresentar, debater e encaminhar propostas e soluções<br />

para os principais desafios que afetam o setor de reflorestamento ambiental, focando<br />

na geração de renda com florestas ambientais e nas estratégias para ampliação<br />

da cobertura florestal. De uma forma geral, serão abordados os cuidados ambientais,<br />

sociais e a viabilidade econômica das restaurações florestais. Participarão<br />

as indústrias dos setores que utilizam madeira em seus processos produtivos, além<br />

de empresários ligados ao setor florestal, produtores rurais e florestais, entidades<br />

ambientalistas, secretários municipais de agricultura e meio ambiente, estudantes,<br />

profissionais liberais e todos os outros agentes de desenvolvimento e meio ambiente<br />

que atuam na área florestal e ambiental.<br />

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PLANILHA DE FLUXO DE<br />

CAIXA FLORESTAL<br />

PLANEJAMENTO FLORESTAL:<br />

Gestão operacional e financeira utilizando<br />

uma planilha simples, prática e completa.<br />

CONTROLE FINANCEIRO:<br />

Auxiliando a análise do investimento atual<br />

e das projeções financeiras futuras.<br />

GESTÃO OPERACIONAL:<br />

Orientando o produtor na organização das<br />

operações florestais e na alocação dos recursos.<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Mercado de carbono em alta<br />

Preservar o meio ambiente tem se tornado um grande negócio<br />

mundial, e o produtor brasileiro é referência neste quesito. Prova disto,<br />

é o percentual do que é emitido de CO2 (gás carbônico) pelo país,<br />

em referência ao restante do mundo – segundo dados da Climate<br />

Watch, o Brasil é responsável por 2,9% da emissão de CO2 do planeta.<br />

Diante disto, a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) recebeu<br />

recentemente o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, para<br />

debater o Decreto 11.075/22, que regulamenta o mercado de crédito<br />

de carbono. Segundo o ministro, o decreto mostra o Brasil na direção<br />

correta. “Seremos um grande exportador de crédito de carbono,<br />

temos que inovar e crescer em direção ao verde”, sugere Joaquim. O<br />

ministro cita ser necessário criar planos setoriais ajustados à realidade<br />

de cada território e de cada setor “para chegarmos à neutralidade<br />

climática até 2050”, completou. Para o presidente da FPA, deputado<br />

Sérgio Souza (MDB-PR), o grande desafio do Brasil é mitigar a onda<br />

negativa, da narrativa do continente Europeu, de que não produzimos<br />

ativos ambientais. “Esse é um grande mercado, tem espaço para<br />

isso e o Brasil tem estoque para suportar esse mercado e nós queremos<br />

que isso chegue para o produtor rural”, afirmou Sérgio.<br />

Financiamento de bioeconomia<br />

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social) lançou um edital<br />

para apoiar projetos e programas nas áreas<br />

de bioeconomia florestal, economia circular e<br />

desenvolvimento urbano. Segundo a instituição,<br />

trata-se de chamada pública para uma solução<br />

financeira híbrida, conhecida internacionalmente<br />

como blended finance. Segundo informações da<br />

Agência Brasil, o banco espera gerar um impacto<br />

de pelo menos R$ 400 milhões. O blended finance<br />

envolve o uso estratégico de recursos filantrópicos<br />

para mobilizar novos fluxos de capital privado.<br />

Segundo o BNDES, por buscar um equilíbrio entre<br />

risco e retornos dos investimentos, este é um<br />

caminho que pode ajudar a destinar recursos<br />

para viabilizar a Agenda 2030, um plano de ação<br />

global formulado pela ONU (Organização das<br />

Nações Unidas) que reúne objetivos e metas de desenvolvimento sustentável. O diretor de crédito produtivo e socioambiental da<br />

instituição, Bruno Aranha, diz que o desafio ambiental precisa ser enfrentado a partir de parcerias que envolvam Poder Público,<br />

empresas, investidores, terceiro setor e academia. Segundo ele, esse é o primeiro edital de blended finance do BNDES, mas outros<br />

já estão nos planos. Nesta primeira experiência, serão escolhidas até 12 propostas, sendo até quatro de cada uma das áreas temáticas:<br />

bioeconomia florestal, desenvolvimento urbano, economia circular. Os projetos podem combinar instrumentos diversos de<br />

financiamento. As inscrições estão abertas até o dia 8 de julho.<br />

Foto: divulgação<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


TECNOLOGIA,<br />

PERFORMANCE, RESITÊNCIA<br />

E PRODUTIVIDADE<br />

Nem as madeiras mais<br />

duras do Brasil resistem<br />

as facas para picadores<br />

ENERGY.<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


COLUNA<br />

Alinhando Planejamento<br />

Terceira reunião de diretoria traz pauta de melhorias<br />

para o segmento florestal de Mato Grosso<br />

Foto: divulgação<br />

Nosso intuito é<br />

o de propor um<br />

Plano de Ação<br />

com sugestões de<br />

medidas sólidas<br />

para agregar<br />

melhorias à<br />

gestão florestal do<br />

estado<br />

https://cipem.org.br<br />

O<br />

CIPEM realizou em sua sede e da FIEMT (Federação das<br />

Indústrias do Estado de Mato Grosso), em 27 de abril, a<br />

Terceira Reunião de Diretoria de 2022. Organizada de forma<br />

mensal, a agenda tem por finalidade promover a discussão<br />

em torno dos principais assuntos que permeiam o setor de<br />

base florestal do Estado de Mato Grosso.<br />

Dentre as pautas discutidas, destacam-se: o desenvolvimento do Estudo<br />

de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável do Ipê, a elaboração do Plano de Ação destinado<br />

ao gabinete de Estado, os encaminhamentos de agendas com a SEMA-<br />

-MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso), dentre outros.<br />

A priori, Rafael Mason, presidente do CIPEM explanou o progresso do<br />

Estudo Científico do Ipê, o qual é conduzido pela renomada Instituição de<br />

Pesquisa Embrapa Florestas Colombo desde 2019 e tem por objetivo fornecer<br />

informações atualizadas dos estoques florestais.<br />

“O levantamento de dados, uma das etapas mais complexas do estudo,<br />

foi finalizada. Este é, sem dúvidas, um momento decisivo, pois em breve todos<br />

poderão testemunhar mais um espectro do desempenho destacável do<br />

setor florestal no que tange a manutenção da floresta em pé, por meio do<br />

manejo florestal”, disse Rafael.<br />

Além disso, visando a contínua busca pelo fortalecimento do segmento,<br />

Mason fomentou um produtivo debate com relação a determinados tópicos<br />

que perpassam cotidianamente as atividades de base florestal. “Nosso intuito<br />

é o de propor um Plano de Ação com sugestões de medidas sólidas para agregar<br />

melhorias à gestão florestal do Estado”, explicou o dirigente.<br />

Nesse sentido, a exemplo do item o qual se encontra transcrito abaixo, os<br />

presidentes e representantes do CIPEM e dos sindicatos associados propuseram<br />

diversas medidas, que atuam sob diferentes focos, de modo a atender as<br />

necessidades do setor florestal em médio e longo prazos.<br />

A realização de manutenção preventiva periodicamente e corretiva nas<br />

estradas não pavimentadas para assegurar o escoamento dos produtos florestais,<br />

principalmente nas rodovias MT-198; MT-206; MT-208, MT-313, MT-<br />

160 (trecho de São José do Rio Claro até divisa de Juara), MT-174 e MT-183.<br />

Com relação aos encaminhamentos de agenda com a SEMA (MT) para<br />

tratar da implantação do Sisflora 2.0, Valdinei Bento dos Santos, diretor-executivo<br />

do CIPEM informou que o grupo de trabalho constituído pelo IBAMA<br />

e SEMA (MT) está sanando questões relacionadas com a fase de testes, a fim<br />

de eliminar eventuais erros na operacionalização do novo Sistema.<br />

Ao final da agenda, foi dedicado espaço para as principais reivindicações<br />

dos Sindicatos e para a prestação de contas.<br />

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FRASES<br />

Foto: Caciano Paludo/ChapecóOnline<br />

Santa Catarina é o maior produtor e<br />

exportador de madeira serrada do<br />

Brasil e o quinto maior Estado com<br />

base florestal plantada. Em 2020,<br />

os produtos florestais responderam<br />

por 18,7% do total de exportações<br />

do Estado, com US$ 1,52 bilhão de<br />

faturamento”<br />

Nelson Krombauer, vereador de Chapecó, sobre<br />

moção estadual para incentivo à silvicultura em<br />

Santa Catarina<br />

“Monetizar o<br />

reflorestamento é<br />

uma das melhores<br />

formas de diminuir<br />

os impactos do<br />

aquecimento global”<br />

Edward Rumsey , diretor da<br />

Permian Global , durante o<br />

Congresso Mercado Global de<br />

Carbono – Descarbonização &<br />

Investimentos Verdes<br />

“O eucalipto vem sendo melhorado<br />

há mais de 100 anos, para crescer<br />

rapidamente, mesmo em solo de baixa<br />

fertilidade. Então, se tem uma área que<br />

precisa regenerar, e ela está degradada,<br />

o plantio de eucalipto, avaliando as<br />

condições locais, pode ser efetivo para<br />

surgimento de sub-bosques”<br />

Carlos Cesar Ronquim, pesquisador da Embrapa Territorial, sobre a<br />

possibilidade de uso do eucalipto para restauração de áreas devastadas<br />

VEM AÍ!<br />

E D I Ç Ã O<br />

A N O S<br />

PATROCINADORES:<br />

ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />

MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

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ENTREVISTA<br />

Trabalho e<br />

CRESCIMENTO<br />

Work and growth<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

O<br />

Estado do Mato Grosso do Sul tem na indústria<br />

de base florestal um dos pilares da sua economia.<br />

Hoje já é o maior exportador de celulose<br />

do país e busca ampliar a atuação do setor<br />

expandindo a produção madeireira para outros fins. Junior Ramires,<br />

presidente da REFLORE (Associação Sul-Mato-Grossense<br />

de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) comenta<br />

sobre os planos para o futuro da produção de madeira no<br />

Estado, necessidades para alcançar o crescimento e importância<br />

da associação.<br />

I<br />

n the forest-based industry, the State of Mato Grosso<br />

Sul has one of the pillars of its economy. Today, it is<br />

already the largest exporter of pulp in Brazil and seeks<br />

to expand the Sector’s activity by expanding timber<br />

production for other purposes. Luiz Calvo Ramires Jr., President<br />

of the Mato Grosso do Sul Association of Planted Forest<br />

Producers and Consumers (Reflore/MS), comments on the plans<br />

for the future of timber production in the State, the needs to<br />

achieve growth, and the importance of the Association.<br />

Check out below.<br />

Luiz Calvo<br />

Ramires Jr.<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Sócio Diretor das Empresas Ramires e CEO da Ramires Reflortec<br />

S/A, presidente da REFLORE/MS (Associação Sul-Mato-Grossense<br />

de Produtores e Consumidores de Florestas<br />

Plantadas), foi coordenador da Câmara Setorial de Florestas<br />

Plantadas no Mato Grosso do Sul e vice-presidente da IBÁ<br />

(Indústria Brasileira de Árvores), atualmente é presidente<br />

da Câmara Setorial de Florestas Plantadas no MAPA (Ministério<br />

da Agricultura, Planejamento e Abastecimento)<br />

Managing Partner of Empresas Ramires and CEO of Ramires<br />

Reflortec S/A, President of the Mato Grosso do Sul Association<br />

of Planted Forest Producers and Consumers (Reflore/<br />

MS). He was the Coordinator of the Sector Chamber for<br />

Planted Forests in Mato Grosso do Sul, and Vice-president<br />

of Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). Currently, he is<br />

President of the Sector Chamber for Planted Forests in the<br />

Ministry of Agriculture, Planning, and Supply (Mapa)<br />

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COLUNA<br />

Colheita florestal:<br />

O que diz a<br />

legislação<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Eng. <strong>Florestal</strong> e Seg. do Trabalho<br />

Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Por si só a colheita causa uma série de impactos sobre o meio<br />

ambiente, cabendo à equipe de gestão minimizar esses danos<br />

A<br />

s empresas rurais e florestais, para realizar<br />

as suas atividades de campo, precisam<br />

atender várias condicionantes e regras,<br />

entre elas aquelas aplicadas ao próprio<br />

empreendimento e ao seu funcionário, podendo<br />

ser próprio ou terceiro. O não atendimento pode<br />

trazer uma série de prejuízos e transtorno aos envolvidos.<br />

Aqui vou me deter nos requisitos que tem relação<br />

direta com as empresas e aos seus parceiros na colheita<br />

florestal, seja aquela realizada de maneira semimecanizada<br />

ou mecanizada.<br />

Quando falamos em manejo florestal, também tratamos<br />

da execução da atividade de colheita florestal, que<br />

pode ser de espécies nativas ou exóticas.<br />

Por mais bem planejada, programada e executada<br />

que seja, a etapa da colheita é o momento mais crítico,<br />

tanto pelo lado ambiental, quanto pela segurança dos envolvidos.<br />

Por si só a colheita causa uma série de impactos<br />

sobre o meio ambiente, cabendo à equipe de gestão formada<br />

por engenheiros, técnicos, operadores e auxiliares a<br />

mitigarem e minimizarem esses danos.<br />

Nesse sentido é importante termos conhecimento<br />

sobre algumas das legislações que se aplicam para a supressão<br />

e corte de árvores, e acerca do uso das máquinas<br />

e equipamentos utilizados.<br />

A Lei Federal nº 12.651 de 2012 que instituiu o novo<br />

Código <strong>Florestal</strong> trata sobre a preservação da vegetação<br />

nativa. Todas as demais leis, sejam estaduais ou municipais<br />

tem como ela a sua base de construção e aplicação.<br />

Essa lei trata por exemplo de importantes temas e definições<br />

como por exemplo áreas de preservação permanente.<br />

Essas áreas são protegidas por lei e o seu uso e exploração<br />

tem que ser autorizada pelos órgãos ambientais.<br />

A Tabela 1 exemplifica as principais delimitações das<br />

áreas de preservação permanente. Nesses locais, conforme<br />

a lei, existe restrição quanto ao uso dessas áreas para<br />

plantios comerciais.<br />

A lei trata ainda de outras áreas a serem protegidas,<br />

como nascentes, entorno de lagos e lagoas naturais, encostas,<br />

restingas, manguezais, bordas de tabuleiros, topos<br />

de morros, veredas e áreas de altitude superior a 1.800m<br />

(metros).<br />

Nesse sentido é muito importante que a empresa<br />

ou o empreendedor tenha em mãos as licenças ou as<br />

autorizações florestais para que se possa realizar as intervenções<br />

nas vegetações, principalmente nas espécies<br />

nativas. O Brasil é um país continental, possui uma grande<br />

heterogeneidade de espécies espalhadas pelos diversos<br />

biomas brasileiros.<br />

Para realizar a colheita das árvores, além dos operadores<br />

estarem capacitados e autorizados para a execução,<br />

quando tratamos da colheita semimecanizada utilizamos<br />

a motosserra. Essa máquina também tem que atender a<br />

lei.<br />

A portaria do IBAMA nº 149 de 1992, determina que<br />

toda a motosserra movida a combustão e que tenha sabre<br />

e corrente tem que estar registrada junto ao IBAMA.<br />

É importante colocar aqui que essa obrigatoriedade<br />

do registro, além do controle unitário de máquinas por<br />

parte do órgão ambiental, também se dá devido a motosserra<br />

quando utilizada causa um dano ao meio ambiente<br />

através do corte e supressão de árvores.<br />

A obtenção da LPU (Licença de porte e uso) da motosserra<br />

ocorre na internet no site do IBAMA (https://www.<br />

gov.br/ibama). Por primeiro o proprietário da máquina<br />

realiza um cadastro pessoal dele, que pode ser por meio<br />

de pessoa física ou pessoa jurídica. Após é feito preenchimento<br />

de um segundo cadastro com as informações da<br />

motosserra que são marca, modelo, número de série e<br />

número da nota fiscal. Realizado o preenchimento dessas<br />

informações, é gerada uma guia para pagamento. Somente<br />

após o pagamento é obtido a LPU.<br />

É muito importante que as empresas e os trabalhadores<br />

tenham conhecimento das leis para poderem executar<br />

as suas atividades sem percalço, atendendo as condicionantes<br />

que são impostas em cada projeto. Assim indiretamente<br />

será assegurado um trabalho produtivo, com foco<br />

e seguro.<br />

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PRINCIPAL<br />

50 ANOS<br />

uma história de proteção<br />

Fotos: divulgação<br />

UNIBRÁS AGRO QUÍMICA, fabricante das iscas<br />

formicidas ATTA MEX-S celebra 50 anos de<br />

história com muito trabalho, dedicação,<br />

seriedade e amor no que faz, produzindo e<br />

fornecendo produtos com a mais alta qualidade<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


50 years,<br />

a story of protection<br />

UNIBRÁS AGRO QUÍMICA, the maker of Atta MEX-S ant<br />

bait, celebrates 50 years of operation with hard work,<br />

dedication, seriousness, and love in what it does,<br />

producing and supplying products with the highest quality<br />

P<br />

roteger os plantios é essencial para garantir os<br />

melhores resultados de produtividade e qualidade<br />

na colheita. A história da humanidade nos ensinou<br />

que os defensivos sempre estiveram presentes no<br />

controle de pragas para proteção das plantações,<br />

garantindo, assim, a produtividade e o abastecimento para a sobrevivência<br />

do homem. As formigas cortadeiras são consideradas<br />

as pragas mais nocivas para a agricultura brasileira e para países<br />

tropicais, pois elas atacam qualquer tipo de cultura, desde café,<br />

laranja, soja, florestas plantadas, entre outros.<br />

Controlar formiga exige conhecimento, técnica e produto de<br />

qualidade e a UNIBRÁS há 50 anos trabalha ao lado do agricultor,<br />

compartilhando seus conhecimentos e fornecendo seu produto<br />

Isca Formicida ATTA MEX-S com a mais alta qualidade. Há 50<br />

anos a UNIBRÁS tem como missão fornecer o que há de melhor<br />

e mais inovador em iscas formicidas para o controle de formigas<br />

cortadeiras e está presente nas maiores reflorestadoras do Brasil.<br />

Toda empresa para alcançar sucesso deve ter metas e objetivos<br />

e neste caminho com tantos desafios, está sempre ao lado do<br />

cliente, pois o sucesso do cliente é o sucesso da UNIBRÁS.<br />

P<br />

rotecting plantations is essential to ensure the<br />

harvest’s best productivity and quality results.<br />

The history of humanity has taught us that insecticides<br />

have always been present in pest control<br />

for the protection of plantations, thus ensuring<br />

productivity and supply for man’s survival. Leaf-cutting ants<br />

are considered the most harmful pests for Brazilian agriculture<br />

and other tropical countries. They attack any crop, from coffee,<br />

orange, and soybeans, to planted forests. Controlling ants requires<br />

knowledge, technique, and quality products. For 50 years,<br />

UNIBRÁS has worked alongside the farmer, sharing its expertise<br />

and supplying its high-quality product Atta MEX-S ant bait. For<br />

50 years, UNIBRÁS has provided the best and most innovative<br />

baits to control leaf-cutting ants and is present in Brazil’s most<br />

extensive planted forests. To be successful, every company must<br />

have goals and objectives. On this path with so many challenges,<br />

the Company is always on the customer’s side because our<br />

customer’s success is our success.<br />

The Company was founded on June 27, 1972, in Ribeirão<br />

Preto-SP, the capital of Brazilian agribusiness. Since the begin-<br />

Junho 2022<br />

39


PRINCIPAL<br />

Foi fundada no dia 27 de junho de 1972, na cidade de Ribeirão<br />

Preto (SP), conhecida por muitos como a capital do agronegócio<br />

brasileiro. Desde o início das atividades dedicou seu negócio na<br />

fabricação de isca formicida granulada para controle de formigas<br />

cortadeiras. Naquela época, o produto era formulado com o<br />

princípio ativo Heptacloro, indicado para controle de formigas<br />

cortadeiras. O espírito inovador está presente desde os primeiros<br />

anos da empresa e na busca de produtos mais eficientes, lançou<br />

seu novo produto, a isca formicida a base do princípio ativo Dodecacloro,<br />

devidamente registrado nos órgãos federais e estaduais<br />

competentes. Com detenção desta nova tecnologia, a UNIBRÁS<br />

sintetiza em sua planta própria este novo princípio ativo.<br />

Dez anos após a fundação, com visão no futuro e aumento<br />

de demandas, principalmente no segmento florestal, a UNI-<br />

BRÁS inovou mais uma vez e investiu em novos equipamentos<br />

e tecnologia para expandir seus horizontes. Foram adquiridas e<br />

instaladas novas máquinas embaladoras automáticas e uma nova<br />

peletizadora que possibilitou a empresa triplicar sua capacidade<br />

de produção, preparando-se para atender o crescimento da<br />

demanda e, consequentemente, um expressivo volume de iscas<br />

formicidas produzidos. O movimento veio de encontro a demanda<br />

sempre maior do mercado, que havia identificado no produto da<br />

UNIBRÁS, a Isca Formicida ATTA MEX-S, as características ideiais<br />

para o combate das formigas cortadeiras.<br />

Ainda na década de 1980, a expansão foi para além das máquinas<br />

e a empresa adquiriu o terreno vizinho à sua sede, ampliando<br />

sua área para aproximadamente 30 mil m² (metros quadrados).<br />

Essa nova área recebeu os investimentos necessários para que a<br />

capacidade produtiva da UNIBRÁS fosse cada vez maior.<br />

A década de 1990 abriu mais portas para a empresa, que passou<br />

a exportar para países da América Latina e América Central.<br />

A construção de parcerias com grandes reflorestadoras aliadas à<br />

ning of its activities, the Company has dedicated its business to<br />

manufacturing granular ant bait to control leaf-cutting ants. At<br />

that time, the product was formulated with Heptachlor as the<br />

principal active ingredient for controlling leaf-cutting ants, considered<br />

one of the main pests that hinder the growth of any crop.<br />

The innovative spirit has been present since the first years of the<br />

Company. In the search for more efficient products, it launched<br />

its new product, the ant bait based on the active ingredient,<br />

Dodecachlor, duly registered in the competent federal and state<br />

agencies. With this new technology, UNIBRÁS began to synthesize<br />

this new active ingredient in its plant.<br />

Ten years after its foundation, with a vision of the future<br />

and increased demands, especially in the forestry segment,<br />

UNIBRÁS once again innovated and invested in new equipment<br />

and technology to expand its horizons. As a result, new automatic<br />

packaging machines and pelletizer were acquired and installed,<br />

leading to the Company tripling its production capacity to meet<br />

the growth in demand. Consequently, an expressive volume of<br />

formed baits began to be produced. As a result, the Company was<br />

able to meet the ever-increasing market demand for the UNIBRÁS<br />

product with the characteristics ideal for combating leaf-cutting<br />

ants - the Atta MEX-S ant bait.<br />

Also, in the 1980s, the expansion went beyond acquiring new<br />

machines. And the Company acquired the land next to its plant,<br />

expanding its area to approximately 30 thousand m². This new<br />

area received the necessary investments to increase UNIBRÁS’<br />

production capacity. The 1990s opened more doors for the<br />

Company, which began exporting to countries in Latin America<br />

and Central America. In addition, the construction of commercial<br />

partnerships with large reforesting companies allied to its high<br />

quality consolidated its Atta MEX-S brand in the market, which<br />

was the key to this new project and new challenges.<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


Junho 2022 41


Junho 2022 43


MINUTO FLORESTA<br />

Novidades e<br />

REENCONTROS<br />

Foto: divulgação<br />

Bayer deixa sua marca na<br />

Show <strong>Florestal</strong> com um<br />

lançamento de produto e<br />

valorização dos clientes<br />

AShow <strong>Florestal</strong> foi o primeiro grande evento<br />

do setor desde 2019 e a Bayer aproveitou<br />

esse evento para valorizar o contato com<br />

seus clientes, destacar seus serviços e ter<br />

como principal chamariz seus produtos para o<br />

controle das plantas daninhas, como Block®, Esplanade® e,<br />

principalmente, o grande lançamento do evento: o Fordor<br />

Flex, nova versão do Fordor, que já é referência no setor<br />

de florestas plantadas.<br />

A Bayer levou um time altamente qualificado para a<br />

feira. Representantes dos times de marketing, desenvolvimento<br />

de produtos, eventos, vendas, técnicos e tantos<br />

outros que fizeram do stand da Bayer uma experiência<br />

sobre soluções completas para as culturas florestais.<br />

Este herbicida pré-emergente é indicado para o tratamento<br />

preventivo da infestação das plantas daninhas<br />

e de plântulas recém-emergidas, nas culturas do pinus e<br />

eucalipto. Fabricio Sebok, gerente de desenvolvimento da<br />

Bayer, explica quais os principais diferenciais do Fordor Flex<br />

em relação à versão anterior do produto. “Agora temos<br />

a flexibilidade do tratamento tanto em pré quanto em<br />

pós-plantio, além da flexibilidade da faixa de doses para<br />

adequar ao histórico do banco de sementes da área a ser<br />

tratada”, destaca Fabricio. Nas palavras da empresa, é o<br />

mesmo Fordor que os clientes já conhecem, mas com mais<br />

flexibilidade de uso.<br />

Fabricio ainda comenta que o portfólio de herbicidas<br />

oferecido pela Bayer permite a proteção contra as plantas<br />

daninhas, em praticamente todo o ano, oferecendo<br />

soluções completas para os clientes. “Nosso portfólio de<br />

herbicidas e também de inseticidas continua muito forte<br />

e continuamos inovando para cobrir as necessidades do<br />

silvicultor”, complementa Fabricio.<br />

Além dos produtos, a Bayer trouxe para a feira um<br />

serviço que vem ganhando muito espaço entre os silvicultores.<br />

O ForestView, que é um programa de prestação de<br />

serviço com ênfase no combate a plantas daninhas. Ricardo<br />

Cassamassimo, Head de Marketing ES Brasil, explica que o<br />

ForestView apresenta o controle de plantas daninhas de<br />

uma maneira inovadora para os clientes. “É um conceito<br />

inovador que busca resolver as principais dores no controle<br />

de plantas daninhas em florestas plantadas, esse conceito<br />

traz toda nossa expertise para gerar os melhores resultados<br />

na aplicação de nossos produtos, aliado a uma plataforma<br />

digital que permite controle, monitoramento e rápida tomada<br />

de decisão na operação florestal”, garante Ricardo.<br />

Além disso, o Head de Marketing ES Brasil destacou a<br />

importância do contato com os clientes depois de tanto<br />

tempo distante. “Para nós é um prazer muito grande reencontrar<br />

amigos e parceiros, ver negócios acontecendo e<br />

fortalecer as parcerias”, sublinha Ricardo.<br />

Fabricio Sebok exaltou a importância do evento não<br />

apenas para a Bayer, mas para todo o setor florestal, que<br />

estava ansioso para se reencontrar e que a Bayer não poderia<br />

ficar de fora. “Além dos negócios, é importante para<br />

avaliar o mercado, perceber as necessidades dos clientes e<br />

apresentar o setor florestal para a sociedade, que convive<br />

com as florestas, mas que talvez não conheça a complexidade<br />

do setor”, ressalta Fabricio.<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


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+genética<br />

+ciência<br />

NA PRODUÇÃO DE MUDAS<br />

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LEGISLAÇÃO<br />

AVANÇO LEGAL<br />

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Aprovada em comissão<br />

do senado, nova lei muda<br />

entendimento sobre a<br />

silvicultura<br />

Fotos: divulgação<br />

Junho 2022<br />

47


LEGISLAÇÃO<br />

AComissão de Meio Ambiente aprovou,<br />

no dia 11 de maio, o Projeto de Lei do<br />

Senado n° 214, de 2015, de autoria<br />

do senador Alvaro Dias, que exclui a<br />

silvicultura da lista de atividades potencialmente<br />

poluidoras. Vale ressaltar que entende-se<br />

por silvicultura o cultivo de florestas para extração de<br />

matérias-primas. Agora, a proposta segue para a análise<br />

do plenário.<br />

Durante a reunião da CMA, o senador Alvaro Dias<br />

reforçou que a atividade é benéfica ao meio ambiente<br />

e gera renda e emprego aos brasileiros. O senador<br />

afirmou que manter a silvicultura no rol de atividades<br />

potencialmente poluidoras atravanca o desenvolvimento<br />

econômico, impede a aceleração da atividade<br />

e obviamente isso significa perder empregos, renda,<br />

receita pública, além do que, a preservação ambiental<br />

é essencial também nesse plantio de florestas. “O projeto<br />

desonera, desburocratiza, facilita o avanço dessa<br />

atividade essencialmente econômica, mas também<br />

preservadora do meio ambiente”, pontuou Alvaro.<br />

Para o presidente da APRE (Associação Paranaense<br />

de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), Zaid Ahmad<br />

Nasser, essa era uma pauta antiga do setor e um tema<br />

que trazia muita preocupação. Segundo ele, o setor<br />

de florestas plantadas movimenta, anualmente, o comércio<br />

e os serviços locais dos municípios onde estão<br />

instalados os plantios, bem como as indústrias e toda<br />

a cadeia de suprimentos que fazem desta uma das atividades<br />

de grande contribuição para a transformação<br />

social e econômica de diferentes regiões do Estado do<br />

Paraná. O Estado do Paraná, lidera o ranking de área<br />

plantada de pinus, como 39,7% da área total, seguido<br />

por Santa Catarina, que possui 34,5% de um total de<br />

1.562.783 hectares de plantios florestais de pinus no<br />

Brasil. Além disso, as empresas do setor estão atentas<br />

à agenda mundial de sustentabilidade e a cadeia de<br />

florestas cultivadas tem sido uma das agentes fundamentais<br />

quando o assunto é conservação no Brasil.<br />

Zaid explica que no Paraná, somente com as associadas<br />

à APRE , para cada hectare de floresta plantada,<br />

existe mais um hectare de floresta nativa destinada<br />

à conservação. Porém, mesmo importante para<br />

a economia do Estado e do Brasil, o setor enfrenta,<br />

hoje, muitas burocracias para realizar a atividade, assim<br />

como o fato de a silvicultura estar incluída no rol<br />

de atividades potencialmente poluidoras, dificuldades<br />

que acabam travando o crescimento do segmento<br />

como um todo. “A aprovação do projeto de Lei 214<br />

na Comissão de Meio Ambiente é uma vitória, notícia<br />

muito comemorada pelo setor de base florestal paranaense”,<br />

completou Zaid.<br />

RESULTADOS PRÁTICOS<br />

Caso seja aprovada em plenário, a silvicultura<br />

estará isenta da cobrança da Taxa de Controle e Fiscalização<br />

Ambiental, que é aplicada em atividades consideradas<br />

potencialmente poluidoras e que utilizam<br />

recursos naturais. Os recursos obtidos com essa taxa<br />

custeiam as ações de fiscalização do IBAMA (Instituto<br />

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

Renováveis).<br />

Em entrevista à Agência Senado, o relator da matéria,<br />

senador Roberto Rocha (PTB-MA), disse que um<br />

dos benefícios da silvicultura é a recuperação de áreas<br />

degradadas, que permite a recomposição da cobertura<br />

vegetal, a contenção da erosão e o aproveitamento<br />

econômico futuro de madeira e entre outros produtos<br />

florestais. “A silvicultura é uma atividade muitas vezes<br />

menos impactante do que a agricultura convencional,<br />

que exige manejo muito mais intensivo, com maquinário<br />

e uso de agrotóxicos”, argumentou Roberto.<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


INFORME<br />

Negócio FECHADO<br />

Multinacional japonesa fecha contrato de fornecimento de<br />

equipamentos e treinamentos para operadores<br />

AKomatsu, líder na fabricação e fornecimento de<br />

equipamentos, tecnologias e serviços para os<br />

mercados de mineração, construção, industrial e<br />

florestal, acaba de fechar um contrato comercial<br />

com a Suzano para o fornecimento de equipamentos<br />

florestais, que trabalharão do plantio à colheita nas<br />

operações florestais da nova fábrica que a Suzano está construindo<br />

no município de Ribas do Rio Pardo (MS).<br />

As primeiras máquinas serão entregues ainda em 2022 para<br />

apoiar na formação de mão de obra e iniciar algumas atividades<br />

que precisam ocorrer antes do início da operação da fábrica,<br />

prevista para o segundo semestre de 2024. Dentre os diferenciais<br />

dos equipamentos florestais da Komatsu na indústria<br />

está a recém-lançada Planter D61, uma inovação do mercado.<br />

Fabricada no Brasil para atender o mercado florestal mundial,<br />

a plantadeira D61 é um equipamento que realiza até cinco<br />

atividades do processo do plantio de árvores com qualidade<br />

e georreferenciadas em uma única vez, efetuando atividades<br />

como abertura de cova, criação da bacia de irrigação, plantio,<br />

georreferenciamento da muda, e irrigação georreferenciada em<br />

quantidade desejada. Carlos Borba, gerente geral de Marketing<br />

e Vendas da Komatsu Forest conta que o maior diferencial da<br />

plantadeira é a velocidade e produtividade do equipamento,<br />

“O preparo de solo e o plantio são etapas super importantes do<br />

processo de formação da floresta, e a Planter D61 é um equipamento<br />

já produzido em série que garante confiabilidade nesta<br />

etapa do plantio”, garante Carlos.<br />

Além da Planter D61, dentre os equipamentos que fazem<br />

parte do escopo de operação na nova unidade da Suzano estão<br />

também os harvesters de esteira PC200F – versão update equipadas<br />

com os cabeçotes 370E, e os forwarders modelo 895,<br />

equipamentos que garantem a qualidade necessária na operação<br />

de colheita para suportar esse grande projeto.<br />

SUPORTE E TREINAMENTO LOCAL<br />

Já com uma filial em Três Lagoas (MS), a Komatsu Forest investirá<br />

em sua segunda unidade no Estado, na cidade de Ribas<br />

do Rio Pardo (MS), para atender de perto à demanda por peças<br />

e oferecer assistência imediata para a nova linha de produção<br />

de celulose da Suzano e os clientes da região. Essa filial contará<br />

com um Centro de Treinamento de Manutenção e Operação<br />

com foco em capacitar técnicos e instrutores. Carlos Borba afirma<br />

que a empresa tem como objetivo aproximar profissionais<br />

da região a máquinas de plantio e colheita florestal da Komatsu,<br />

criando oportunidades de formação e trabalho na região<br />

junto ao projeto. “Entendemos que multiplicar o conhecimento<br />

técnico e operacional é uma forma de garantir que o uso dos<br />

equipamentos ocorra da melhor maneira, explorando o potencial<br />

ao máximo, sem comprometer a longevidade do produto”,<br />

afirma Borba.<br />

Foto: divulgação<br />

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Pesquisa atualiza dados de estoque<br />

de carbono em plantios florestais e<br />

apresenta dados positivos da área<br />

Fotos: divulgação<br />

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Junho 2022 53


ESPECIAL<br />

E<br />

studos realizados pela divisão de Florestas da EM-<br />

BRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),<br />

mostram que a perda de carbono em solos<br />

convertidos para plantios florestais é de apenas<br />

5% e não de 33%, como se acreditava anteriormente.<br />

A atualização desse dado é fruto da evolução da ciência<br />

brasileira, que passou a utilizar o IAC (Índice de Alteração de<br />

Carbono no Solo) com base em informações oriundas de pesquisas<br />

nacionais. Dessa forma, o índice representa com mais<br />

fidelidade as especificidades do País e mostra maior potencial<br />

de mitigação dos GEEs (Gases de Efeito Estufa) pelos plantios<br />

florestais.<br />

O trabalho utilizou como base estudos realizados no Brasil e<br />

publicados entre os anos de 2002 e 2019, em áreas convertidas<br />

para florestas plantadas de eucaliptos, pínus e acácia-negra.<br />

Os dados envolveram informações obtidas em nove Estados:<br />

RS, SC, PR, SP, ES, MG, BA, PA e MS, que abrangem mais de 8,6<br />

milhões de hectares de plantios florestais. Josileia Zanatta, pesquisadora<br />

da EMBRAPA que coordenou o estudo, informou que<br />

no caso desse índice, o valor de cálculo não estava condizente à<br />

realidade dos plantios florestais. “No entanto, à medida que os<br />

estudos avançam, cada país pode ajustar e refinar esses índices<br />

para as realidades de seus cultivos, que foi o que fizemos com<br />

os cultivos florestais analisados”, afirmou Josileia.<br />

O tipo da planta cultivada interfere na cobertura vegetal<br />

e, portanto, pode influenciar os estoques de carbono do solo,<br />

alterando o equilíbrio entre o sequestro e as taxas de perdas de<br />

carbono. Marcos Rachwal, pesquisador da EMBRAPA, explica<br />

que o fato de usar um índice da agricultura acabava por penalizar<br />

os plantios florestais, pois indicava que cerca de 33% do<br />

carbono armazenado no solo era perdido após a retirada de vegetação<br />

nativa, pastagem ou agricultura, seguido de conversão<br />

para plantios florestais. “Comprovamos que, na realidade, esse<br />

índice é de 0,95, ou seja, considera uma perda de apenas 5%, o<br />

que representa uma grande diferença”, descreve Marcos.<br />

Josileia Zanatta, aponta que quando considerada a conversão<br />

de pastagens para plantios de eucaliptos foi observado<br />

um ganho ainda maior, de até 10% nos estoques de carbono<br />

no solo. “Historicamente, as conversões de pastagens para<br />

plantios florestais prevalecem nos biomas brasileiros, desconsiderando<br />

a Amazônia, e isso mostra a participação do setor<br />

de base florestal no enfrentamento às mudanças do clima”,<br />

discorre Josileia.<br />

Outra constatação desses estudos foi a alta performance<br />

do solo como estocador de carbono. O volume armazenado<br />

é equivalente ao carbono acumulado na biomassa florestal e,<br />

por vezes, até maior. Marcos Rachwal comenta que além disso,<br />

os solos dos plantios florestais podem agir como sumidouros<br />

de metano, por meio de microrganismos presentes no solo, as<br />

bactérias metanotróficas, que consomem o metano e contribuem<br />

para a redução da concentração desse gás na atmosfera.<br />

“Todos os solos bem aerados e sem excesso de umidade, sob<br />

florestas plantadas ou nativas, têm essa capacidade”, garante<br />

Marcos.<br />

APRESENTAÇÃO INTERNACIONAL<br />

Os estudos da EMBRAPA Florestas possibilitaram ainda que<br />

a categoria Reflorestamento, no IV Inventário Nacional de Emissões<br />

e Remoções de Gases de Efeito Estufa, parte integrante<br />

da IV Comunicação Nacional do Brasil à Convenção do Clima<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


Junho 2022 55


COLUNA<br />

Foto: divulgação<br />

Indignação<br />

Cidadã<br />

Waldemar Vieira Lopes<br />

Consultor florestal e diretor da<br />

LSS-Lopes Serviços e Soluções<br />

Contato: waldemarvieiralopes@terra.com.br<br />

A consciência quanto à indignação cidadã pode ser vista<br />

inicialmente a partir de uma citação de Platão quando<br />

diz: “O castigo dos bons que não fazem política é serem<br />

governados pelos maus”<br />

O<br />

s Verdadeiros Brasileiros têm que estar mais<br />

atentos do que nunca às armadilhas preparadas<br />

pela esquerda extremista e maniqueísta,<br />

ávida por trazer o ex presidiário novamente<br />

à cena do crime e, é chegada a hora de posicionamento,<br />

a hora de decidirmos quem queremos para<br />

governar o futuro de nosso Brasil e o futuro de nossos filhos<br />

e netos.<br />

Vejam o exemplo da França, que agora se revolta com<br />

a eleição de Macron e nada poderá fazer pelos próximos 4<br />

anos. Entretanto mais de 16 milhões de franceses não compareceram<br />

às urnas ou anularam seus votos, deixando claro<br />

de que quando se terceiriza a escolha, perde-se o direito de<br />

reclamar sobre qualquer resultado que seja.<br />

Devemos ter cuidado com discursos de “Deuses do<br />

Olimpo”, cultuadores do Álter Ego e vendo a si próprio como<br />

detentores de toda a sabedoria do mundo, cegos e surdos<br />

ao fato de que o comunismo matou mais gente que todas as<br />

guerras juntas e, grande parte usando para sua batalha diária<br />

nossas entidades de ensino, cargos públicos, meio político e<br />

grande parte da mídia, com finalidade precípua e objetivo<br />

maior de deseducar nossos filhos, incutindo-lhes raízes comunistas<br />

para que se vejam deslocados ao viverem em uma<br />

família de classe média, visando convencê-los de que prosperidade<br />

só ocorre à custa de trabalho escravizante ou meios<br />

espúrios, posto que acumular riquezas, além de politicamente<br />

incorreto é por certo pecaminoso, daí a estratégia de se incrementar<br />

votos nessa faixa etária, contando que encontrarão<br />

nesse universo mentes mais reativas e menos analíticas e,<br />

havendo desatenção de pais que não discutem política em<br />

suas casas, tornam-se um alvo facilmente cooptável para suas<br />

fileiras.<br />

Nesses tempos cinzentos nos tornamos reféns de uma<br />

Ciência Ideológica que jamais poderá ser chamada de ciência,<br />

carregada com bateria emocional e contraditória, necessitando<br />

de políticos e politização para se manter viva e acusatória,<br />

responsável pela estagnação econômica no período<br />

de pandemia e divisão por nichos pró e contra vacinas, não<br />

permitindo raciocínio próprio à população como um todo,<br />

empobrecendo o país pelo fechamento de inúmeros postos<br />

de trabalho e buscando a visão de um Estado salvador e caçador<br />

de votos.<br />

Liberdade, coerência, decisão própria e não tutela do<br />

Estado, esse é o oxigênio indispensável para sobrevivermos<br />

nesse ambiente hostil criado por defensores da ditatura<br />

do proletariado, capitaneada por inúmeros partidos que se<br />

uniram para que a qualquer custo consigam a retomada de<br />

poder, trazendo como alternativa para as próximas eleições,<br />

o ex-presidiário que surrupiou a dignidade do povo brasileiro,<br />

roubou seu futuro e quebrou inúmeras empresas do Estado<br />

para investir em economias amigas e socialistas, no seu próprio<br />

bolso e nos bolsos de seus maquiavélicos amigos. Acorde<br />

Brasil, não tivessem havido um sem número de crimes, não<br />

teria retornado tanto dinheiro para cofres públicos por parte<br />

de dirigentes sindicais, caixas partidários e amigos meliantes<br />

do governo petista.<br />

Somos reféns de uma justiça política que tenta a todo<br />

tempo nos calar e colocar viseiras, mancomunada com Câmaras<br />

de Deputados e Senado com rabo preso e que de há muito<br />

não nos representam e caberá na eleição que se avizinha<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


elegermos Presidente, Governadores, Deputados Federais,<br />

Deputados Estaduais que tenham vínculo com moral, ética e<br />

valores familiares.<br />

Vivemos uma época de culto à anormalidade com criação<br />

de situações controversas; vendidas pelos “Deuses do Olimpo”<br />

e intelectuais de plantão; como meias verdades ou quem<br />

sabe meias mentiras:<br />

• Direito à desonra;<br />

• Fofoca – através de meios de comunicação e culturais;<br />

• Proliferação do medo;<br />

• Hegemonização dos objetivos;<br />

• Fusão entre a classe revolucionária e a classe política;<br />

• Sucessão de governos análogos e corporativistas,<br />

vendidos como se opositores fossem;<br />

• Iguais se colocando em campos opostos, mas lutando<br />

pelo mesmo objetivo de doutrinação do povo e<br />

sua catequização ideológica;<br />

• Alianças espúrias entre as mais diversas vertentes<br />

políticas brasileiras com interesse de novamente lotearem<br />

o país.<br />

Fiódor Dostoiévski, pode nos fazer refletir sobre ideais<br />

que a todo custo tentam nos empurrar goela abaixo:<br />

• “Nosso grupo não consiste apenas naqueles que<br />

cometem assassinatos e incêndios criminosos, gente<br />

assim só atrapalha, eu não suporto essa falta de disciplina,<br />

ora somos vigaristas e não socialistas, ouça,<br />

seremos apoiados por todos eles”;<br />

• “O professor que ri de Deus às crianças já em seu<br />

berço, ele está conosco”;<br />

• “O advogado que defende o assassino, rico e convicto,<br />

já é dos nossos”;<br />

• “Os colegiais que matam o mujique¹ para experimentar<br />

a sensação são dos nossos”;<br />

• “Os jurados que absolvem criminosos a torto e direito,<br />

são dos nossos”;<br />

• “O promotor que treme no tribunal por não ser suficientemente<br />

liberal, é dos nossos”;<br />

• “Há administradores, escritores, um assombroso número<br />

dos nossos e eles nem sabem disso ainda”;<br />

• “Hoje em dia ninguém tem idéias próprias, o Deus<br />

russo foi derrotado pela vodca barata, as camponesas<br />

estão bêbadas, as mães estão bêbadas e as igrejas<br />

estão vazias, apenas espere essa geração crescer,<br />

apenas espere que cresçam, uma ou duas gerações e<br />

o crime deixará de ser uma loucura, mas o bom senso<br />

justamente o bom senso da Rússia o transformará<br />

em dever”. Trechos retirados de Os Demônios - Dostoiévicz 1872<br />

¹ camponês pobre<br />

Despertem, se indignem! Já nos dividiram por demais,<br />

o silêncio e o comodismo deixam efeitos colaterais de difícil<br />

reversibilidade, decisão não se terceiriza e é o tijolo para<br />

construção do Brasil que queremos, mais solidário, menos burocrático,<br />

com liberdade plena de opinião e qualidade de vida<br />

compatível com as riquezas e potencial que detemos.<br />

Junho 2022<br />

57


FEIRA<br />

Show <strong>Florestal</strong><br />

2022<br />

Fotos: REFERÊNCIA / MALINOVSKI<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


A feira promoveu negócios e<br />

reencontros entre clientes,<br />

fabricantes e fornecedores do<br />

setor florestal<br />

O<br />

setor florestal estava carente de um eventopresencial.<br />

A Feira Show <strong>Florestal</strong>, realizada<br />

em Três Lagoas (MS) foi o primeiro grande<br />

evento do setor desde 2019. Segundo os<br />

organizadores o evento contou com 140<br />

expositores, 7.188 visitantes e movimentou um volume total<br />

de negócios fechados de R$ 175 milhões. Ricardo Malinovski,<br />

organizador do evento, estava mais do que satisfeito com os<br />

resultados da feira. “Show <strong>Florestal</strong> superou todas as expectativas<br />

que tínhamos para o evento”, ressalta Ricardo. Para o<br />

organizador o evento deste ano demonstra a força do setor<br />

e abre as portas para a Expoforest 2023. “Serão 2,5 milhões<br />

de metros quadrados, 250 expositores e já fechamos mais<br />

de 100 espaços durante a Show <strong>Florestal</strong>”, revelou Ricardo.<br />

Segundo os organizadores<br />

o evento contou com 140<br />

expositores, 7.188 visitantes e<br />

movimentou um volume total<br />

de negócios fechados de R$ 175<br />

milhões<br />

Junho 2022<br />

59


FEIRA<br />

APLIC CERTO<br />

Aplic Certo é uma empresa especializada em soluções de<br />

aplicação para o setor florestal e fez a sua primeira participação<br />

em uma feira deste porte. Lívia Borges, CEO da Aplic Certo,<br />

destacou que a feira foi extremamente gratificante e os produtos<br />

que foram levados para o evento facilitaram a realização<br />

de negócios da empresa. “Trouxemos controladores de vazão<br />

de operações florestais, um de adubo e outro de pulverização,<br />

que vão marcar o setor, sendo uma silvicultura antes e outra<br />

depois dos nossos equipamentos”, destacou Lívia.<br />

ARBORGEN<br />

A Arborgen, especializada em aprimoramento genético de<br />

pinus e eucaliptos aproveitou a feira para fortalecer o nome no<br />

mercado. Gabriela Monnerat, diretora da empresa, valorizou<br />

o mercado do Mato Grosso do Sul, o maior mercado de mudas<br />

do Brasil. “Essa é a terceira feira que fazemos no Estado e<br />

através de parcerias de licenciamento de materiais genéticos<br />

oferecemos mudas que se adaptam melhor para aumentar a<br />

produtividade da área produtiva”, valorizou Gabriela.<br />

BAYER<br />

A Bayer <strong>Florestal</strong> trouxe para o evento novidades de produtos e<br />

serviços. Ricardo Cassamassimo, gerente de marketing da empresa<br />

valorizou o Fordor Flex, herbicida renovado pela empresa. “Ele tem<br />

toda a qualidade já conhecida do Fordor, mas com variação de dose<br />

maior, chegando ao pré-plantio, ampliando o campo de ação do<br />

produto”, descreve Ricardo. Gustavo Marton, gerente comercial da<br />

empresa, destacou, ainda, o programa Forest View de combate às<br />

formigas. “O Forest View é um pacote de soluções com serviços e<br />

produtos personalizados para atender cada cliente de maneira especifica”,<br />

enalteceu Gustavo.<br />

BACHIEGA<br />

A Bachiega, destaque no setor de implementos rodoviários,<br />

levou para a feira um conjunto de nove eixos desenvolvido<br />

para Enebra Energia. Fábio Bachiega, diretor da Bachiega,<br />

ressaltou o mercado aquecido que pôde perceber durante o<br />

evento. “As pessoas estavam carentes de um evento como a<br />

Show <strong>Florestal</strong>. Nos surpreendemos com a presença de clientes<br />

de tantas regiões brasileiras nesse retorno dos eventos<br />

presenciais”, destacou Fábio.<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


Junho 2022 61


FEIRA


Junho 2022 63


FEIRA


Junho 2022 65


66 www.referenciaflorestal.com.br


ECONOMIA<br />

FUTURO<br />

TRAÇADO<br />

Fotos: divulgação<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


Governo de Mato Grosso do Sul lança<br />

plano para potencializar cadeia produtiva<br />

que gera 27,2 mil empregos no Estado<br />

Junho 2022<br />

69


ECONOMIA<br />

G<br />

overno do Mato Grosso do Sul, por meio<br />

da SEMAGRO (Secretaria de Meio Ambiente,<br />

Desenvolvimento Econômico, Produção<br />

e Agricultura Familiar) lançou o PROFLO-<br />

RESTA (Plano Estadual de Desenvolvimento<br />

Sustentável de Florestas do Estado de Mato Grosso do Sul).<br />

O evento de lançamento aconteceu durante o Show <strong>Florestal</strong><br />

– Feira da Indústria do Eucalipto, realizado no espaço<br />

Arena Mix, em Três Lagoas (MS).<br />

O secretário Jaime Verruck representou o governador<br />

Reinaldo Azambuja no lançamento e apresentou o PRO-<br />

FLORESTA, resultado do trabalho dos técnicos da SEMA-<br />

GRO, em parceria com o Sebrae-MS (Serviço Brasileiro de<br />

Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Mato Grosso do<br />

Sul), que realizaram a revisão e o aprimoramento do Plano<br />

Estadual para o setor elaborado em 2009.<br />

Jaime afirmou que essa demanda foi recebida por<br />

meio da Câmara Setorial de Florestas e a partir daí a secretaria,<br />

junto com o Sebrae, trabalhou na revisão e aprimoramento<br />

do plano estadual, por meio do qual se pretende<br />

fomentar a diversificação da produção, fortalecer o encadeamento<br />

produtivo, ampliar a indústria de base florestal<br />

de eucalipto, pinus e seringueira. ”Vamos aprimorar os<br />

incentivos fiscais e criar um clima de negócios favorável,<br />

com um nível de governança alinhado com as novas diretrizes<br />

estratégicas do Governo do Estado, com a meta de<br />

fazer o Mato Grosso do Sul ser Carbono Neutro até 2030”,<br />

destacou Jaime.<br />

De acordo com o levantamento da SEMAGRO, o setor<br />

florestal de Mato Grosso do Sul é responsável pela geração<br />

de 27,2 mil empregos sendo 14.901 diretos e 12.312 indiretos.<br />

Em 2021, o segmento gerou 6.266 empregos a mais<br />

em relação a 2020. Esse crescimento de postos de trabalho<br />

deve continuar nos próximos anos, com os investimentos<br />

já em curso no Estado, como o da nova fábrica de celulose<br />

da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS), no valor de R$<br />

14,7 bilhões.<br />

Mato Grosso do Sul conta atualmente com três fábricas<br />

de celulose instaladas e em operação no município de<br />

Três Lagoas: uma da Eldorado Brasil, com capacidade de<br />

produção de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano;<br />

duas da Suzano, que produzem 3,25 milhões de toneladas<br />

por ano. A Suzano iniciou a construção de mais uma fábrica<br />

no Estado, em Ribas do Rio Pardo, que será a maior<br />

planta industrial de celulose do mundo, produzindo 2,55<br />

milhões toneladas/ano.<br />

Jaime Verruck, ainda, comentou que o Estado conta<br />

atualmente com cerca de 480 estabelecimentos na cadeia<br />

produtiva do setor, dentre empresas de cultivo de floresta,<br />

extração de madeira, fabricação de papel, celulose e<br />

derivados. “Nosso objetivo, com o PROFLORESTA, foi o de<br />

estruturar um plano de desenvolvimento para promover a<br />

diversificação e agregação de valor nos segmentos do Setor<br />

<strong>Florestal</strong> em Mato Grosso do Sul”, acrescentou Jaime.<br />

Levantamento da SEMAGRO aponta que, na última<br />

década, as áreas de florestas plantadas com eucalipto e seringueira<br />

em Mato Grosso do Sul cresceram a taxas anuais<br />

de 14% e 18%, respectivamente. O Estado lidera a expansão<br />

florestal brasileira superando 2 milhões de hectares de<br />

florestas plantadas (somente de eucalipto, são 1,1 milhão<br />

de hectares).<br />

Atualmente, Três Lagoas é principal polo industrial do<br />

setor, com mais de 400 empresas no distrito industrial. O<br />

município tem mais de 10 mil empregos diretos gerados<br />

pela indústria. O município é o primeiro no ranking nacional<br />

de florestas plantadas, com 263 mil hectares.<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


Unhas em verde GJ1450e;<br />

Raio das unhas mais côncavo para<br />

proporcionar um melhor ataque às toras;<br />

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UNIDADE 03<br />

LAGES - SC<br />

BR 116 - S/Nº, KM 247 - Área Industrial<br />

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO<br />

E TESTES<br />

SÃO JOSÉ DO CERRITO - SC<br />

Localidade de Bom Jesus


PESQUISA<br />

QUALIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DE DANOS<br />

EM POVOAMENTO DE PINUS TAEDA<br />

L. SUBMETIDO AO DESBASTE<br />

MISTO MECANIZADO<br />

Fotos: divulgação<br />

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Junho 2022<br />

73


PESQUISA<br />

RESUMO<br />

O<br />

presente trabalho teve como objetivo<br />

analisar as lesões causadas nas árvores<br />

remanescentes após o ciclo operacional<br />

do trator florestal harvester, nas<br />

atividades de corte e processamento<br />

da madeira em área de primeiro desbaste. A pesquisa<br />

foi realizada em um povoamento de Pinus taeda L.,<br />

localizado na cidade de Inácio Martins (PR). O sistema<br />

de colheita avaliado foi o cut to lenght, foram instaladas<br />

24 parcelas na área onde foram avaliadas as lesões<br />

quanto a sua severidade, classificando-se em: leve,<br />

moderado e intenso, a dimensão a qual foi dividida em<br />

3 classes, frequência, posição na árvore em relação a<br />

altura. Após a coleta dos dados eles foram agrupados<br />

em três tratamentos, sendo T1 a base da árvore, T2 o<br />

fuste e T3 a copa. Seguiu-se para a análise estatística,<br />

o T3 foi descartado devido à ausência de danos, foi<br />

realizado um teste de F para verificar se as variâncias<br />

dos dados eram homogêneas, havendo homogeneidade<br />

das variâncias, prosseguiu-se com o teste de T<br />

para comparar as médias entre os tratamentos. Os<br />

resultados não apresentaram homogeneidade entre as<br />

variâncias dos tratamentos em relação ao número médio<br />

de árvores danificadas na parcela, porém para o tamanho<br />

médio do dano, houve homogeneidade, desta<br />

forma, foi aplicado o teste de T o qual indicou que os<br />

tamanhos médios das lesões entre os tratamentos não<br />

apresentaram diferença significativa ao nível de 5% de<br />

probabilidade de erro. Observou-se uma grande quantidade<br />

de danos no tratamento T1, sendo os maiores<br />

índices encontrados na severidade leve juntamente<br />

com a menor classe de tamanho.<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


INTRODUÇÃO<br />

A partir de 1994, com a abertura do mercado brasileiro<br />

para importações de máquinas, e a necessidade<br />

de executar as atividades de forma ergonômica, obter<br />

maior produtividade e diminuição dos custos de produção,<br />

a mecanização da colheita florestal se consolidou<br />

(MACHADO, 2014). O surgimento de equipamentos<br />

modernos e ergonômicos, como skidder, harvester,<br />

feller buncher e forwarder foram os responsáveis por<br />

alavancar este processo.<br />

Atualmente existem diferentes tipos de máquinas<br />

utilizadas nas operações de colheita de madeira, estas<br />

vão desde leves, que exigem menor grau de especialização<br />

da mão de obra como as motosserras, as médias,<br />

que englobam os tratores auto-carregáveis, mini<br />

skidder, até as pesadas onde se exige uma maior especialização<br />

do operador, devido a complexidade em se<br />

operá-las, nesta classe estão tratores como harvester,<br />

feller-buncher e forwarder.<br />

A atividade de desbaste<br />

consiste em reduzir o<br />

número de indivíduos de<br />

um determinado plantio e<br />

proporcionar, assim, uma<br />

menor competitividade, maior<br />

espaço, luz e nutrientes,<br />

melhorando o desenvolvimento<br />

das árvores remanescentes


PESQUISA<br />

A atividade de desbaste consiste em reduzir o<br />

número de indivíduos de um determinado plantio e<br />

proporcionar, assim, uma menor competitividade,<br />

maior espaço, luz e nutrientes, melhorando o desenvolvimento<br />

das árvores remanescentes. Segundo<br />

Scheneider e Schineider (2008) a competição entre as<br />

árvores causa uma diminuição no crescimento, e por<br />

tanto se deve concentrar a produção em incremento<br />

nas plantas que possuem melhores condições, e que<br />

irão constituir o corte final, realizando a retirada das<br />

que não atendam os objetivos finais. Além de gerar<br />

uma maior qualidade da madeira, os desbastes evitam<br />

perdas com árvores que não estão em uma condição<br />

adequada e certamente morreriam naturalmente no<br />

plantio (SMITH, 1962).<br />

Segundo Cabral (2014) a mecanização do desbaste<br />

é uma excelente inovação, muito importante para<br />

se alcançar numerosas vantagens no processo de<br />

produção de madeira. Em contrapartida aos estudos<br />

que apontam a importância da operação de desbaste<br />

existem as dificuldades e complexidades encontradas<br />

na realização deste processo, principalmente o método<br />

mecanizado, onde as máquinas tem dificuldades de se<br />

locomoverem dentro dos talhões, devido à densidade<br />

elevada (DROOG, 2016).<br />

Este problema de locomoção pode gerar sérios<br />

danos mecânicos às árvores remanescentes, como por<br />

exemplo, as lesões no fuste, que podem deixar as árvores<br />

susceptíveis ao ataque de pragas e doenças, causando<br />

perda da qualidade da madeira e consequente-<br />

76 www.referenciaflorestal.com.br


mente uma redução da produtividade final e prejuízo<br />

econômico (LINEIROS et al. 2003; RIBEIRO et al., 2002;<br />

VASILIAUSKAS, 2001).<br />

Na operação de desbaste em florestas de Pinus<br />

spp. no Brasil o sistema de colheita normalmente<br />

utilizado é o de toras curtas, CTL (cut-to-length). O<br />

desbaste é do tipo misto, onde é retirada de forma sistemática<br />

a 5º linha do plantio e eliminação das árvores<br />

seletivamente nas quatro linhas adjacentes (CABRAL,<br />

2014). Em estudo realizado com sistema de toras curtas,<br />

observou que o harvester durante as operações de<br />

corte, teve um contato com 19,3% das árvores, sendo<br />

que 28,2% destas foram danificadas (SIREN, 2001; VA-<br />

SILIAUSKAS, 2001).<br />

Além de gerar uma maior<br />

qualidade da madeira, os<br />

desbastes evitam perdas<br />

com árvores que não estão<br />

em uma condição adequada<br />

e certamente morreriam<br />

naturalmente no plantio<br />

Essa é apenas uma versão parcial deste artigo, para<br />

acessar o conteúdo completo, utilize o link: https://www.<br />

acervodigital.ufpr.br/handle/1884/75419


AGENDA<br />

AGENDA2022<br />

JUNHO<br />

2022<br />

Imagem: reprodução<br />

RoseWood 4.0<br />

Data: 14 e 15<br />

Local: Barcelona (Espanha)<br />

https://rosewood-network.eu/<br />

JUNHO<br />

2022<br />

JUL<br />

2022<br />

WOOD FOREST EXPERTS<br />

O Wood Forest Experts é um programa de imersão<br />

online com duração de cinco semanas e um encontro<br />

semanal. Informações sobre setor florestal e sobre a<br />

indústria da madeira são abordadas de forma inovadora<br />

e impactante. Na primeira edição, o WFE contou<br />

com a presença de 30 verdadeiros experts e formadores<br />

de opinião sobre o assunto. Nesta edição, com<br />

encontros semanais toda sexta-feira, os participantes<br />

terão palestras sobre seis temas de grande relevância<br />

para o entendimento completo do setor florestal.<br />

Galiforest<br />

Data: 30/06 a 02/07<br />

Local: Boqueixón (Espanha)<br />

www.galiforest.com<br />

Imagem: reprodução<br />

JULHO<br />

2022<br />

AGO<br />

2022<br />

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE<br />

REFLORESTAMENTO AMBIENTAL<br />

IX Congresso <strong>Florestal</strong> Brasileiro<br />

Data: 12 a 15<br />

Local: Online<br />

https://congressoflorestal-cfb.com.br/<br />

O Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental é<br />

um dos mais importantes Fóruns de inovação tecnológica,<br />

atualização e intercâmbio técnico e empresarial<br />

que integra os diversos agentes de desenvolvimento e<br />

meio ambiente que atuam na área florestal e ambiental.<br />

Todos os assuntos e atividades importantes ligadas ao<br />

temário de reflorestamento ambiental, que envolvem o<br />

público alvo, serão apresentados e discutidos, tendo a<br />

oportunidade do (a) participante de se qualificar, trocar<br />

informações, conhecer novas tecnologias, experiências,<br />

serviços e produtos.<br />

78 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA2022<br />

JULHO<br />

2022<br />

JULHO<br />

2022<br />

AGOSTO<br />

2022<br />

Wood Forest Experts<br />

Data: 16/07 a 20/08<br />

Local: Online<br />

www.woodforestexperts.com.br/<br />

Interforst Munich<br />

Data: 17 a 20<br />

Local: Munique (Alemanha)<br />

https://interforst.com/de/<br />

VI Congresso Brasileiro de<br />

Reflorestamento Ambiental<br />

Data: 03 a 05<br />

Local: Salvador (Bahia)<br />

http://reflorestamentoambiental.com.br/<br />

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SEU MAIOR ALIADO FLORESTAL<br />

O software CONTROLFor (Sistema de Gerenciamento do Manejo Integrado de<br />

Formigas Cortadeiras), realiza o monitoramento e determina a necessidade<br />

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O software ControlFor Mobile, tem como função principal realizar<br />

a coleta de dados rápida e eficaz.<br />

ControlFor Web- Sistema BackOffice para sincronização dos<br />

dados coletados (dispositivo com android), gerando relatórios<br />

(Excel) das operações de monitoramento das formigas cortadeiras,<br />

avaliação do combate e eficiência.<br />

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Junho 2022<br />

79


Evento online<br />

De 12 a 15 de julho 2022<br />

Estúdio de transmissão: Auditório do IBAMA Sede - Brasília(DF)<br />

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EMPRESAS ORGANIZADORAS


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Foto: divulgação<br />

Práticas para segurança<br />

CIBERNÉRTICA<br />

Por Gustavo Leite,<br />

Country manager para o Brasil da Veritas<br />

Technologies. Gustavo é formado em<br />

Gestão e Marketing pela UNIP e tem mais<br />

de 15 anos de experiência com estratégias<br />

de vendas online<br />

Boas práticas podem fazer<br />

uma empresa muito mais<br />

segura e preparada para<br />

evitar ataques e vazamentos<br />

Para a maioria dos profissionais de TI (Tecnologia<br />

de Informação), a ameaça de um ataque de ransomware<br />

é motivo para passar noites em claro.<br />

Organizações de todos os setores, públicas ou<br />

privadas, são vítimas em potencial, se não já<br />

vitimadas. Na verdade, uma pesquisa recente da Veritas Technologies<br />

sugere que as organizações tiveram 2,57 ataques de<br />

ransomware que levaram a um tempo de inatividade significativo<br />

nos últimos 12 meses, com 10% enfrentando um tempo<br />

de inatividade que impactou os negócios mais de cinco vezes.<br />

Embora o ransomware possa causar sérios danos ao negócio<br />

e reputação das empresas, ele não é invencível. Na verdade,<br />

é tão forte quanto o elo mais fraco das organizações. A boa<br />

notícia é que há alguns passos que as empresas podem tomar<br />

para evitar serem alvos de crimes cibernéticos e diminuir a<br />

probabilidade de um ataque derrubar seus negócios.<br />

Abaixo as melhores práticas que podem ser implementadas<br />

para proteger dados e garantir a resiliência dos negócios.<br />

Atualizações imediatas de sistemas e atualizações de<br />

software - O uso de software desatualizado pode permitir que<br />

invasores explorem vulnerabilidades de segurança absolutas.<br />

Faça backup com frequência - Se você fizer backup de seus<br />

dados, imagens do sistema e configurações com frequência,<br />

sempre terá um local atualizado para retomar as operações se<br />

o ransomware ocorrer.<br />

Implemente o modelo e as políticas de confiança zero - O<br />

modelo de confiança zero é uma mentalidade que se concentra<br />

em não confiar em nenhum dispositivo - ou usuário - mesmo<br />

que estejam dentro da rede corporativa, por padrão.<br />

Segmentação de rede - Os invasores adoram uma única<br />

rede contínua. Isso significa que eles podem se espalhar por<br />

toda a sua infraestrutura com facilidade. Com este modelo,<br />

as redes são divididas em várias zonas de redes menores e o<br />

acesso é gerenciado e limitado, especialmente aos seus dados<br />

mais importantes.<br />

Armazenamento imutável e indelével - Uma das melhores<br />

maneiras de proteger seus dados contra ransomware é implementar<br />

um armazenamento imutável e indelével, que garante<br />

que os dados não possam ser alterados - criptografados ou<br />

excluídos - por um determinado período.<br />

Funcionários treinados - É do conhecimento geral que<br />

os funcionários geralmente são a porta de entrada para um<br />

ataque. Não culpe seus funcionários - erros acontecem. Ataques<br />

de phishing modernos e engenharia social agora são<br />

tão avançados que muitas vezes enganam os profissionais de<br />

segurança.<br />

Manuais de ataque cibernético - Imagine se todos em<br />

sua organização soubessem exatamente o que fazer e quando<br />

enfrentar um ataque de ransomware . Isso não é impossível<br />

se você criar um manual de ataque cibernético padrão que esclareça<br />

as funções e alinhe e capacite equipes multifuncionais<br />

com caminhos de comunicação claros e protocolos de resposta<br />

em caso de emergências.<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br


Novo sistema de medição de<br />

comprimento ainda mais preciso;<br />

Novo projeto de chassis, mais<br />

robusto, maior durabilidade;<br />

Novos cilindros das facas de<br />

desgalhe;<br />

Pinos substituíveis do Link,<br />

simplificando sua manutenção;<br />

Novo acesso ao ponto para<br />

lubrificação, mais segurança na<br />

manutenção;<br />

Nova geometria da caixa da serra,<br />

que propicia um ciclo de corte mais<br />

rápido com menor lasque da<br />

madeira;<br />

Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />

de medição do diâmetro, que<br />

estendem a durabilidade dos<br />

componentes.<br />

Serviço: (41) 2102-2881<br />

Cabeçote: (41) 2102-2811<br />

Peças: (41) 2102-2881<br />

(41) 9 8856.4302<br />

Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02<br />

(41) 9 9232.7625<br />

Butiá-RS: Av. Perimetral Sargento Fermino Peixoto da Silva, 181<br />

(41) 9 9219.3741 Caçador-SC: Rua Victor Meireles, 90 • NOVA SEDE<br />

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