Florestal_241 - Oops
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ENTREVISTA<br />
Junior Ramires, presidente da REFLORE (MS), exalta o setor florestal no Estado<br />
ISCAS FORMICIDAS<br />
HISTÓRIA DE 50 ANOS MOSTRA EVOLUÇÃO<br />
NA FABRICAÇÃO DE ISCAS FORMICIDAS<br />
ANT BAITS<br />
THE 50-YEAR HISTORY OF<br />
THE EVOLUTION OF ANT BAIT<br />
MANUFACTURING
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encarar os desafios no <strong>Florestal</strong>.<br />
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SUMÁRIO<br />
JUNHO 2022<br />
38<br />
50 ANOS<br />
UMA HISTÓRIA<br />
DE PROTEÇÃO<br />
10 Editorial<br />
12 Cartas<br />
14 Bastidores<br />
16 Notas<br />
24 Coluna Cipem<br />
26 Frases<br />
28 Entrevista<br />
36 Coluna<br />
38 Principal<br />
44 Minuto Floresta<br />
46 Legislação<br />
50 Informe<br />
52 Especial<br />
56 Coluna<br />
58 Feira<br />
68 Economia<br />
72 Pesquisa<br />
78 Agenda<br />
82 Espaço Aberto<br />
52<br />
58<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
51 Aplic Certo<br />
09 Bayer<br />
11 BKT<br />
15 Carrocerias Bachiega<br />
80 Congresso <strong>Florestal</strong><br />
17 Corteva<br />
73 D’Antonio Equipamentos<br />
84 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
23 DRV Ferramentas<br />
35 Engeforest<br />
06 Euroforte<br />
67 Expoforest<br />
77 Fischer Máquinas<br />
21 Francio Soluções Florestais<br />
79 Imflor<br />
71 J de Souza<br />
04 John Deere<br />
75 Lion Equipamentos<br />
83 Log Max<br />
19 Manos Implementos<br />
49 Mill Indústrias<br />
45 Planflora<br />
26 Prêmio REFERÊNCIA<br />
13 Rotary-Ax<br />
31 Rotor Equipamentos<br />
29 Tecmater<br />
37 Unibrás<br />
25 Vantec<br />
27 Watanabe<br />
33 WDS Pneumática<br />
08 www.referenciaflorestal.com.br
EDITORIAL<br />
Futuro verde<br />
A atividade de base florestal é essencial para a construção<br />
de um futuro sustentável e forte economicamente. Incentivar,<br />
valorizar e defender o uso correto da madeira é uma das<br />
chaves para que possamos alcançar um mundo melhor para as<br />
próximas gerações. A madeira estará cada dia mais presente no<br />
nosso cotidiano, em todas as suas formas, produtos e soluções<br />
para uma vida cada vez melhor. Nesta edição o leitor poderá<br />
conhecer a história da UNIBRÁS Agro Química, empresa que<br />
completou 50 anos em 2022 e é uma das líderes do mercado de<br />
formicidas, o PROFLORESTA, plano estadual que guiará o setor<br />
florestal no Mato Grosso do Sul pela próxima década, novidades<br />
científicas sobre carbono no solo de reflorestamento, a cobertura<br />
completa da Show <strong>Florestal</strong> e uma entrevista exclusiva com<br />
Junior Ramires, presidente da REFLORE (MS), falando sobre<br />
o trabalho da associação e futuro do setor no Estado. Ótima<br />
leitura.<br />
2<br />
1<br />
Na capa dessa edição a<br />
Unibrás fabricante da isca<br />
formicida ATTA MEX-S<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXIV • N°<strong>241</strong> • Junho 2022<br />
ENTREVISTA<br />
Junior Ramires, presidente da REFLORE (MS), exalta o setor florestal no Estado<br />
ISCAS FORMICIDAS<br />
HISTÓRIA DE 50 ANOS MOSTRA EVOLUÇÃO<br />
NA FABRICAÇÃO DE ISCAS FORMICIDAS<br />
ANT BAITS<br />
THE 50-YEAR HISTORY OF<br />
THE EVOLUTION OF ANT BAIT<br />
MANUFACTURING<br />
A GREEN FUTURE<br />
The forest-based activity is essential for building a sustainable<br />
and economically strong future. Encouraging, valuing,<br />
and defending the correct use of wood is one of the keys to<br />
achieving a better world for future generations. Wood will be<br />
more and more present in our daily lives, in all forms, products,<br />
and solutions for an ever-better life. In this issue, the reader will<br />
learn about the history of UNIBRÁS Agro Química. This company<br />
completed 50 years in 2022 and is one of the leaders in the ant<br />
bait market. Also, there is Profloresta, a plan that will guide the<br />
Forestry Sector in the State of Mato Grosso do Sul for the next<br />
decade, scientific news on carbon in the reforestation soil, the<br />
complete coverage of Show <strong>Florestal</strong>, and an exclusive interview<br />
with Luiz Calvo Ramires Jr., President of the Mato Grosso<br />
do Sul Association of Planted Forest Producers and Consumers<br />
(Reflore-MS), talking about the work of the Association and the<br />
future of the Sector in the State. Pleasant reading.<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXIV - EDIÇÃO <strong>241</strong> - JUNHO 2022<br />
Entrevista com Luiz Calvo<br />
Ramires Jr., presidente da<br />
REFLORE-MS (Associação<br />
Sul-Mato-Grossense de<br />
Produtores e Consumidores<br />
de Florestas Plantadas)<br />
Governo de Mato Grosso do Sul lança plano<br />
para potencializar cadeia produtiva que gera<br />
27,2 mil empregos no Estado<br />
3<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Gabriela Bogoni<br />
Larissa Purkotte<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Midias Sociais / Social Media<br />
Cainan Lucas<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal - Carlos Felde<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
Knop<br />
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Cristiane Baduy<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
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textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
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to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
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10 www.referenciaflorestal.com.br
A LONG WAY<br />
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CARTAS<br />
ENTREVISTA<br />
Mariana Lisbôa, primeira mulher presidente da ABAF fala sobre planos de sua gestão<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
UM PASSO À FRENTE<br />
SISTEMAS DE SUPRESSÃO DE INCÊNDIO<br />
PROTEGEM MÁQUINAS, OPERADORES E FLORESTAS<br />
A STEP FORWARD<br />
A FIRE PROTECTION SYSTEM<br />
SAFEGUARDS MACHINES,<br />
OPERATORS, AND FORESTS<br />
Capa da Edição 240 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de maio de 2022<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXIV • N°240 • Maio 2022<br />
CAPA<br />
Por Samuel Pereira, Diadema (SP)<br />
A segurança do produtor e da floresta é essencial para o sucesso do nosso<br />
setor. Que equipamento importante e que deveria ser obrigatório.<br />
ENTREVISTA<br />
Por Marcos de Araújo, Vitória da Conquista (BA)<br />
Muito sucesso para a Mariana à frente da ABAF! A associação<br />
é importante para o Estado e essa nova liderança traz novos<br />
horizontes para o setor florestal da Bahia.<br />
Foto: Emanuel Caldeira<br />
ECONOMIA<br />
Por André Oliveira, Ribeirão Preto (SP)<br />
Minas Gerais é um Estado historicamente ligado à produção do agro e agora<br />
com as florestas plantadas tem um potencial de desenvolvimento ainda maior.<br />
Foto: divulgacão<br />
ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
12 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
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Foto: divulgação<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
SHOW FLORESTAL<br />
Durante a Show <strong>Florestal</strong>, o diretor comercial<br />
da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio<br />
Machado, esteve visitando o grande parceiro<br />
Denis Cimaf, do diretor da Alamo Group,<br />
Tomas Jones. Recentemente, a Alamo Group<br />
adquiriu a empresa Denis Cimaf.<br />
VISITA<br />
O comercial da Revista REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL, Carlos Felde, esteve<br />
visitando o parceiro Gilberto Souza, da<br />
empresa Felipe Diesel, especializada em<br />
recondicionamento de bombas, bicos<br />
injetores e turbos para maquinário pesado.<br />
ALTA<br />
MAIS EMPREGO<br />
O desemprego caiu 0,7 ponto percentual no<br />
trimestre encerrado em abril em comparação com<br />
o trimestre anterior e 4,3 pontos percentuais na<br />
comparação anual, e fechou o período em 10,5%<br />
- menor taxa para um trimestre encerrado em<br />
abril desde 2015, quando a desocupação ficou em<br />
8,1%. Os dados são da PNEAD Contínua (Pesquisa<br />
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada<br />
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia<br />
e Estatística). O número de pessoas ocupadas<br />
chegou ao recorde histórico de 96,5 milhões - a<br />
maior taxa da série iniciada em 2012, com um<br />
aumento de 1,1% na comparação trimestral. A alta<br />
foi de 1,1 milhão de pessoas no trimestre e de 9<br />
milhões de ocupados no ano.<br />
JUNHO 2022<br />
RENTABILIDADE DOS TRANSPORTES<br />
O IPCA do setor de transportes alcançou 19,7% nos últimos 12<br />
meses, significativamente maior que os 11,47% acumulados<br />
até abril/2021 e que os 12,13% do IPCA geral. Segundo dados<br />
da Confederação Nacional dos Transportes, desde março de<br />
2021, a variação do setor tem superado o índice geral, sendo o<br />
maior pico nesse intervalo o percentual de 21,97%, registrado<br />
em novembro de 2021. Em uma análise específica para o IPCA<br />
de abril deste ano para os subgrupos que integram o grupo<br />
transportes, o maior aumento no mês se deu para os combustíveis<br />
(3,20%). O óleo diesel teve inflação de 4,74% em abril,<br />
atrás apenas do etanol (8,44%), e acumula alta de 23,88%<br />
no ano e de 53,58% em 12 meses. A persistência da inflação,<br />
preocupa as empresas transportadoras, em função da dificuldade<br />
de se renegociar contratos e repassar o aumento de<br />
custos do frete de cargas e transporte de passageiros.<br />
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NOTAS<br />
Minas diminui desmatamento<br />
Às vésperas do Dia Nacional da Mata Atlântica, dados de monitoramento<br />
contínuo do IEF (Instituto Estadual de Florestas) mostram que o<br />
desmatamento ilegal reduziu em 9% em áreas de bioma da Mata Atlântica<br />
em Minas Gerais. Considerando o ano agrícola 2020/2021, foram desmatados<br />
3.515 há (hectares) de Mata Atlântica no Estado, 9% a menos do que<br />
no período de 2019/2020, quando foram 3.871 ha impactados. A aposta<br />
do Governo de Minas Gerais em monitoramento constante, aumento nas<br />
fiscalizações e agilidade nos atendimentos são apontados como fatores<br />
responsáveis pela redução. Nesse período de 2020/2021, foram feitas<br />
pela SEMAD (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento<br />
Sustentável), em parceria com a Polícia Militar de Meio Ambiente, 4.185<br />
fiscalizações de combate à supressão de vegetação, 10% a mais do que o<br />
período anterior, quando foram 3.808 ações. Das 4.185, houve 2.225 infrações,<br />
o que gerou R$ 24,2 milhões em multas. Além do esforço do poder<br />
público, a população vem contribuindo com o combate ao desmatamento,<br />
por meio de denúncias aos órgãos competentes. Em 2020/2021, foram cadastradas<br />
pela SEMAD 1.985 denúncias dos cidadãos sobre ocorrências no<br />
bioma e, mesmo com as restrições impostas pela pandemia da Covid-19,<br />
houve um incremento de 38% no atendimento feito pelo Estado (1.321)<br />
em comparação com o período anterior (958). Outro ponto positivo foi a<br />
redução do tempo médio de resposta a essas denúncias que passou de 87<br />
dias (2019/2020) para 80 dias (2020/2021).<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Recipiente ideal para eucalipto<br />
Na produção de mudas florestais, a qualidade é alcançada através de um conjunto de técnicas<br />
de manejo, empregadas durante o processo da sua formação. O uso de recipientes é um<br />
desses cuidados que deve ser observado, já que eles permitem melhor controle da nutrição<br />
e proteção das raízes, além de facilitar o manejo no viveiro, no transporte e no plantio. Atualmente,<br />
os recipientes mais utilizados para produção de mudas florestais são derivados de<br />
petróleo, porém, novas alternativas que causam menor impacto ao ambiente vêm ganhando<br />
espaço no setor. Isso porque os tubetes, como são chamados os recipientes derivados do petróleo,<br />
podem causar restrição ao desenvolvimento das raízes, favorecendo o surgimento de<br />
deformações, que podem permanecer durante o crescimento das plantas no campo. Assim,<br />
a busca por novas tecnologias, que conciliem os aspectos econômicos e ambientais, tem sido<br />
um campo fundamental para a garantia da competitividade e da sustentabilidade do setor<br />
florestal brasileiro. Com vários trabalhos de pesquisa e de avaliação tecnológica de recipientes<br />
alternativos em andamento no país, um estudo científico desenvolvido no Programa de<br />
Pós-Graduação em Agronomia da Uesb está se destacando. O trabalho: Recipientes biodegradáveis<br />
e composto orgânico na produção de mudas de eucalipto; avaliou a qualidade das<br />
mudas de eucalipto produzidas em recipientes biodegradáveis (chamados de paperpots) e<br />
em tubetes, associadas à incorporação de composto orgânico. De acordo com o pesquisador<br />
Vinícius Rodrigues, responsável pelo estudo, as características físicas dos paperpots propiciam<br />
condições favoráveis ao livre desenvolvimento das mudas, permitindo que elas apresentem<br />
desempenho adequado no campo. “Resumidamente, o alto padrão de qualidade das mudas é<br />
determinado, principalmente, pela mensuração dos parâmetros morfofisiológicos, a capacidade<br />
de regeneração das raízes e a ausência de deformações”, explica Vinícius.<br />
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Auxílio no reflorestamento<br />
Eucalipto e pinus, as duas espécies florestais mais cultivadas<br />
no Brasil, não impedem o crescimento de plantas nativas em seu<br />
sub-bosque. Pelo contrário, por um crescimento rápido e capacidade<br />
de sombrear o solo, pode favorecer o desenvolvimento<br />
de árvores e árvores nativas e com projetos de reflorestamento,<br />
seguindo as regras do Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro e legislações<br />
afins. A conclusão é de trabalhos técnicos em 1.113 árvores e em<br />
trabalhos técnicos em 1.113 empreitadas e registradas em mais<br />
de 10 estudos científicos compilados em documento . Entre essas<br />
espécies, figuram algumas ameaças de extinção, como a araucária,<br />
a imbuia, o pau-brasil e o palmito-juçara. A composição das cinco<br />
famílias com maior representatividade de espécies é similar ao<br />
encontrado em Matatica e do Cerrado do Brasil, os dois biomas ciliares<br />
no estudo. Espécies de elevado valor comercial também foram<br />
registradas, tais como cedro, cerejeira, copaíba, jatobá, jequitibás e peroba-rosa. Carlos Cesar Ronquim, autor do documento<br />
técnico e pesquisador da EMBRAPA Territorial, de Campinas (SP), conclui que esses dados mostram ser viável o uso dessas árvores<br />
como alternativa para a restauração florestal das áreas de Reserva Legal, seguindo as regras do Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro e legislações<br />
afins. O Código (Lei 12.651/2012) permite o uso de árvores exóticas dessas áreas, desde que na proporção máxima nativa de<br />
50% e intercaladas com espécies nativas regionais. O pesquisador pontua que as principais dificuldades para o desenvolvimento<br />
das espécies nativas são concorrentes com as gramíneas, eliminadas apenas com sombreamento ou herbicida. Utilizar as árvores<br />
de crescimento rápido para gerar sombra em menor tempo pode ser uma forma mais econômica de criar conforme as condições<br />
propícias para o reflorestamento. “Então, se tem uma área que precisa ser regenerada, e ela está em condições de plantio de eucalipto,<br />
avaliada como pode ser efetivada como alterada para se complementar de sub-bosques”, compara Carlos.<br />
Brasil bem representado<br />
Na primeira semana de maio, a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores) reforçou<br />
o protagonismo do setor de árvores cultivadas no mundo, com uma<br />
forte participação no XV Congresso <strong>Florestal</strong> Mundial, organizado pela FAO<br />
(Organização para Alimentação e Agricultura), órgão da ONU (Organização<br />
das Nações Unidas), realizado em Seul, na República da Coréia. O evento<br />
teve como tema principal: Construindo com as florestas um futuro mais<br />
verde, saudável e resiliente; e reuniu mais de 12 mil participantes, entre<br />
presenciais e remotos, de aproximadamente 44 países durante cinco dias.<br />
Nas apresentações da IBÁ, destaque para temas como mudanças climáticas,<br />
recursos hídricos, biodiversidade, ESG, inclusão e diversidade, defesa<br />
florestal, dentre outros assuntos muito trabalhados pelo setor. A associação<br />
realizou o lançamento mundial do Caderno de Biodiversidade do Setor<br />
de Árvores Cultivadas 2022 e também a apresentação, para o público<br />
internacional, do Relatório sobre Desempenho na Gestão de Recursos<br />
Hídricos. Além disso, a entidade compartilhou sua experiência na agenda<br />
da capacitação em diversidade e inclusão, tal como vem realizando com as<br />
empresas associadas e entidades parceiras no Brasil, em prol da criação de<br />
um ambiente no setor com mais equidade e oportunidades. Os representantes<br />
da IBÁ foram convidados para representar o setor em eventos<br />
paralelos, mesas redondas, moderar debates, apoiar na organização de<br />
diversas discussões e outras atividades do Congresso. Foram, ao todo, oito<br />
eventos, entre plenárias principais, side events e reuniões de alto nível.<br />
Imagem: reprodução<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Silvicultura em debate<br />
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do<br />
Brasil) reuniu os representantes da Comissão Nacional<br />
de Silvicultura e Agrossilvicultura para discutir as principais<br />
demandas do setor florestal. O novo presidente do<br />
colegiado, Moacir Reis, participou do encontro e destacou<br />
a importância da comissão. “Estamos fazendo um trabalho<br />
importante envolvendo as federações e os produtores. Estamos<br />
à disposição para discutir os assuntos que defendem<br />
o produtor”, destacou Moacir. A assessora técnica da CNA,<br />
Eduarda Lee, apresentou o plano de ação da comissão, que<br />
tem pautas como a estruturação do mercado de carbono<br />
para espécies florestais cultivadas e a ampliação do uso de<br />
fontes renováveis na matriz energética brasileira. Também<br />
fazem parte da lista de prioridades a otimização da produção<br />
e a ampliação da competitividade da borracha natural<br />
brasileira. Segundo Eduarda, em relação a essa cadeia, as<br />
principais ações são a discussão dos parâmetros de mercado da borracha natural, além da promoção e do apoio à realização de<br />
cursos e treinamentos de certificação para a produção integrada da borracha natural no Brasil. Outro tema da pauta da reunião foi a<br />
apresentação das ações e resultados do Projeto Florestas Energéticas, da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).<br />
Segundo o pesquisador Guilherme de Castro, o objetivo do projeto foi desenvolver, otimizar e viabilizar alternativas ao uso de fontes<br />
energéticas tradicionais não renováveis por meio da biomassa de plantações florestais, contribuindo para a ampliação da matriz<br />
energética nacional de forma sustentável. Também foram apresentadas a metodologia e a sistematização de informações do setor<br />
florestal de Santa Catarina, além de um panorama da produção e das tendências de consumo, pela ACR (Associação Catarinense de<br />
Empresas Florestais). Por fim, foi apresentada aos membros da Comissão a Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais,<br />
promovida pela REFLORE (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas).<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Foto: divulgação<br />
Congresso na Bahia<br />
A ABAF (Associação Baiana de Empresas de Base Floretal), o CEDAGRO/ES<br />
(Centro de Desenvolvimento do Agronegócio) e a UFRB (Universidade Federal do<br />
Recôncavo da Bahia) realizam de 03 a 05 de agosto de 2022, de forma online e presencial,<br />
em Salvador (BA), o VI Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental<br />
– VI CBRA. O tema central do evento híbrido – que pretende reunir 200 pessoas<br />
no auditório da FIEB (Federação das Indústrias da Bahia) – será “Potencialização<br />
<strong>Florestal</strong> – Tecnologias, estratégias e experiências para uma restauração florestal<br />
sustentável”. O CBRA é um dos mais importantes fóruns de inovação tecnológica,<br />
atualização e intercâmbio técnico e empresarial que integra os diversos agentes<br />
de desenvolvimento e meio ambiente que atuam na área florestal e ambiental. Em<br />
sua sexta edição, pretende apresentar, debater e encaminhar propostas e soluções<br />
para os principais desafios que afetam o setor de reflorestamento ambiental, focando<br />
na geração de renda com florestas ambientais e nas estratégias para ampliação<br />
da cobertura florestal. De uma forma geral, serão abordados os cuidados ambientais,<br />
sociais e a viabilidade econômica das restaurações florestais. Participarão<br />
as indústrias dos setores que utilizam madeira em seus processos produtivos, além<br />
de empresários ligados ao setor florestal, produtores rurais e florestais, entidades<br />
ambientalistas, secretários municipais de agricultura e meio ambiente, estudantes,<br />
profissionais liberais e todos os outros agentes de desenvolvimento e meio ambiente<br />
que atuam na área florestal e ambiental.<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br
PLANILHA DE FLUXO DE<br />
CAIXA FLORESTAL<br />
PLANEJAMENTO FLORESTAL:<br />
Gestão operacional e financeira utilizando<br />
uma planilha simples, prática e completa.<br />
CONTROLE FINANCEIRO:<br />
Auxiliando a análise do investimento atual<br />
e das projeções financeiras futuras.<br />
GESTÃO OPERACIONAL:<br />
Orientando o produtor na organização das<br />
operações florestais e na alocação dos recursos.<br />
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Mercado de carbono em alta<br />
Preservar o meio ambiente tem se tornado um grande negócio<br />
mundial, e o produtor brasileiro é referência neste quesito. Prova disto,<br />
é o percentual do que é emitido de CO2 (gás carbônico) pelo país,<br />
em referência ao restante do mundo – segundo dados da Climate<br />
Watch, o Brasil é responsável por 2,9% da emissão de CO2 do planeta.<br />
Diante disto, a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) recebeu<br />
recentemente o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, para<br />
debater o Decreto 11.075/22, que regulamenta o mercado de crédito<br />
de carbono. Segundo o ministro, o decreto mostra o Brasil na direção<br />
correta. “Seremos um grande exportador de crédito de carbono,<br />
temos que inovar e crescer em direção ao verde”, sugere Joaquim. O<br />
ministro cita ser necessário criar planos setoriais ajustados à realidade<br />
de cada território e de cada setor “para chegarmos à neutralidade<br />
climática até 2050”, completou. Para o presidente da FPA, deputado<br />
Sérgio Souza (MDB-PR), o grande desafio do Brasil é mitigar a onda<br />
negativa, da narrativa do continente Europeu, de que não produzimos<br />
ativos ambientais. “Esse é um grande mercado, tem espaço para<br />
isso e o Brasil tem estoque para suportar esse mercado e nós queremos<br />
que isso chegue para o produtor rural”, afirmou Sérgio.<br />
Financiamento de bioeconomia<br />
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />
Econômico e Social) lançou um edital<br />
para apoiar projetos e programas nas áreas<br />
de bioeconomia florestal, economia circular e<br />
desenvolvimento urbano. Segundo a instituição,<br />
trata-se de chamada pública para uma solução<br />
financeira híbrida, conhecida internacionalmente<br />
como blended finance. Segundo informações da<br />
Agência Brasil, o banco espera gerar um impacto<br />
de pelo menos R$ 400 milhões. O blended finance<br />
envolve o uso estratégico de recursos filantrópicos<br />
para mobilizar novos fluxos de capital privado.<br />
Segundo o BNDES, por buscar um equilíbrio entre<br />
risco e retornos dos investimentos, este é um<br />
caminho que pode ajudar a destinar recursos<br />
para viabilizar a Agenda 2030, um plano de ação<br />
global formulado pela ONU (Organização das<br />
Nações Unidas) que reúne objetivos e metas de desenvolvimento sustentável. O diretor de crédito produtivo e socioambiental da<br />
instituição, Bruno Aranha, diz que o desafio ambiental precisa ser enfrentado a partir de parcerias que envolvam Poder Público,<br />
empresas, investidores, terceiro setor e academia. Segundo ele, esse é o primeiro edital de blended finance do BNDES, mas outros<br />
já estão nos planos. Nesta primeira experiência, serão escolhidas até 12 propostas, sendo até quatro de cada uma das áreas temáticas:<br />
bioeconomia florestal, desenvolvimento urbano, economia circular. Os projetos podem combinar instrumentos diversos de<br />
financiamento. As inscrições estão abertas até o dia 8 de julho.<br />
Foto: divulgação<br />
22 www.referenciaflorestal.com.br
TECNOLOGIA,<br />
PERFORMANCE, RESITÊNCIA<br />
E PRODUTIVIDADE<br />
Nem as madeiras mais<br />
duras do Brasil resistem<br />
as facas para picadores<br />
ENERGY.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
COLUNA<br />
Alinhando Planejamento<br />
Terceira reunião de diretoria traz pauta de melhorias<br />
para o segmento florestal de Mato Grosso<br />
Foto: divulgação<br />
Nosso intuito é<br />
o de propor um<br />
Plano de Ação<br />
com sugestões de<br />
medidas sólidas<br />
para agregar<br />
melhorias à<br />
gestão florestal do<br />
estado<br />
https://cipem.org.br<br />
O<br />
CIPEM realizou em sua sede e da FIEMT (Federação das<br />
Indústrias do Estado de Mato Grosso), em 27 de abril, a<br />
Terceira Reunião de Diretoria de 2022. Organizada de forma<br />
mensal, a agenda tem por finalidade promover a discussão<br />
em torno dos principais assuntos que permeiam o setor de<br />
base florestal do Estado de Mato Grosso.<br />
Dentre as pautas discutidas, destacam-se: o desenvolvimento do Estudo<br />
de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável do Ipê, a elaboração do Plano de Ação destinado<br />
ao gabinete de Estado, os encaminhamentos de agendas com a SEMA-<br />
-MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso), dentre outros.<br />
A priori, Rafael Mason, presidente do CIPEM explanou o progresso do<br />
Estudo Científico do Ipê, o qual é conduzido pela renomada Instituição de<br />
Pesquisa Embrapa Florestas Colombo desde 2019 e tem por objetivo fornecer<br />
informações atualizadas dos estoques florestais.<br />
“O levantamento de dados, uma das etapas mais complexas do estudo,<br />
foi finalizada. Este é, sem dúvidas, um momento decisivo, pois em breve todos<br />
poderão testemunhar mais um espectro do desempenho destacável do<br />
setor florestal no que tange a manutenção da floresta em pé, por meio do<br />
manejo florestal”, disse Rafael.<br />
Além disso, visando a contínua busca pelo fortalecimento do segmento,<br />
Mason fomentou um produtivo debate com relação a determinados tópicos<br />
que perpassam cotidianamente as atividades de base florestal. “Nosso intuito<br />
é o de propor um Plano de Ação com sugestões de medidas sólidas para agregar<br />
melhorias à gestão florestal do Estado”, explicou o dirigente.<br />
Nesse sentido, a exemplo do item o qual se encontra transcrito abaixo, os<br />
presidentes e representantes do CIPEM e dos sindicatos associados propuseram<br />
diversas medidas, que atuam sob diferentes focos, de modo a atender as<br />
necessidades do setor florestal em médio e longo prazos.<br />
A realização de manutenção preventiva periodicamente e corretiva nas<br />
estradas não pavimentadas para assegurar o escoamento dos produtos florestais,<br />
principalmente nas rodovias MT-198; MT-206; MT-208, MT-313, MT-<br />
160 (trecho de São José do Rio Claro até divisa de Juara), MT-174 e MT-183.<br />
Com relação aos encaminhamentos de agenda com a SEMA (MT) para<br />
tratar da implantação do Sisflora 2.0, Valdinei Bento dos Santos, diretor-executivo<br />
do CIPEM informou que o grupo de trabalho constituído pelo IBAMA<br />
e SEMA (MT) está sanando questões relacionadas com a fase de testes, a fim<br />
de eliminar eventuais erros na operacionalização do novo Sistema.<br />
Ao final da agenda, foi dedicado espaço para as principais reivindicações<br />
dos Sindicatos e para a prestação de contas.<br />
24 www.referenciaflorestal.com.br
FRASES<br />
Foto: Caciano Paludo/ChapecóOnline<br />
Santa Catarina é o maior produtor e<br />
exportador de madeira serrada do<br />
Brasil e o quinto maior Estado com<br />
base florestal plantada. Em 2020,<br />
os produtos florestais responderam<br />
por 18,7% do total de exportações<br />
do Estado, com US$ 1,52 bilhão de<br />
faturamento”<br />
Nelson Krombauer, vereador de Chapecó, sobre<br />
moção estadual para incentivo à silvicultura em<br />
Santa Catarina<br />
“Monetizar o<br />
reflorestamento é<br />
uma das melhores<br />
formas de diminuir<br />
os impactos do<br />
aquecimento global”<br />
Edward Rumsey , diretor da<br />
Permian Global , durante o<br />
Congresso Mercado Global de<br />
Carbono – Descarbonização &<br />
Investimentos Verdes<br />
“O eucalipto vem sendo melhorado<br />
há mais de 100 anos, para crescer<br />
rapidamente, mesmo em solo de baixa<br />
fertilidade. Então, se tem uma área que<br />
precisa regenerar, e ela está degradada,<br />
o plantio de eucalipto, avaliando as<br />
condições locais, pode ser efetivo para<br />
surgimento de sub-bosques”<br />
Carlos Cesar Ronquim, pesquisador da Embrapa Territorial, sobre a<br />
possibilidade de uso do eucalipto para restauração de áreas devastadas<br />
VEM AÍ!<br />
E D I Ç Ã O<br />
A N O S<br />
PATROCINADORES:<br />
ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />
MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />
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ENTREVISTA<br />
Trabalho e<br />
CRESCIMENTO<br />
Work and growth<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
O<br />
Estado do Mato Grosso do Sul tem na indústria<br />
de base florestal um dos pilares da sua economia.<br />
Hoje já é o maior exportador de celulose<br />
do país e busca ampliar a atuação do setor<br />
expandindo a produção madeireira para outros fins. Junior Ramires,<br />
presidente da REFLORE (Associação Sul-Mato-Grossense<br />
de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) comenta<br />
sobre os planos para o futuro da produção de madeira no<br />
Estado, necessidades para alcançar o crescimento e importância<br />
da associação.<br />
I<br />
n the forest-based industry, the State of Mato Grosso<br />
Sul has one of the pillars of its economy. Today, it is<br />
already the largest exporter of pulp in Brazil and seeks<br />
to expand the Sector’s activity by expanding timber<br />
production for other purposes. Luiz Calvo Ramires Jr., President<br />
of the Mato Grosso do Sul Association of Planted Forest<br />
Producers and Consumers (Reflore/MS), comments on the plans<br />
for the future of timber production in the State, the needs to<br />
achieve growth, and the importance of the Association.<br />
Check out below.<br />
Luiz Calvo<br />
Ramires Jr.<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Sócio Diretor das Empresas Ramires e CEO da Ramires Reflortec<br />
S/A, presidente da REFLORE/MS (Associação Sul-Mato-Grossense<br />
de Produtores e Consumidores de Florestas<br />
Plantadas), foi coordenador da Câmara Setorial de Florestas<br />
Plantadas no Mato Grosso do Sul e vice-presidente da IBÁ<br />
(Indústria Brasileira de Árvores), atualmente é presidente<br />
da Câmara Setorial de Florestas Plantadas no MAPA (Ministério<br />
da Agricultura, Planejamento e Abastecimento)<br />
Managing Partner of Empresas Ramires and CEO of Ramires<br />
Reflortec S/A, President of the Mato Grosso do Sul Association<br />
of Planted Forest Producers and Consumers (Reflore/<br />
MS). He was the Coordinator of the Sector Chamber for<br />
Planted Forests in Mato Grosso do Sul, and Vice-president<br />
of Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). Currently, he is<br />
President of the Sector Chamber for Planted Forests in the<br />
Ministry of Agriculture, Planning, and Supply (Mapa)<br />
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COLUNA<br />
Colheita florestal:<br />
O que diz a<br />
legislação<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Eng. <strong>Florestal</strong> e Seg. do Trabalho<br />
Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />
gabrielberger.com.br<br />
gabriel@gabrielberger.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
Por si só a colheita causa uma série de impactos sobre o meio<br />
ambiente, cabendo à equipe de gestão minimizar esses danos<br />
A<br />
s empresas rurais e florestais, para realizar<br />
as suas atividades de campo, precisam<br />
atender várias condicionantes e regras,<br />
entre elas aquelas aplicadas ao próprio<br />
empreendimento e ao seu funcionário, podendo<br />
ser próprio ou terceiro. O não atendimento pode<br />
trazer uma série de prejuízos e transtorno aos envolvidos.<br />
Aqui vou me deter nos requisitos que tem relação<br />
direta com as empresas e aos seus parceiros na colheita<br />
florestal, seja aquela realizada de maneira semimecanizada<br />
ou mecanizada.<br />
Quando falamos em manejo florestal, também tratamos<br />
da execução da atividade de colheita florestal, que<br />
pode ser de espécies nativas ou exóticas.<br />
Por mais bem planejada, programada e executada<br />
que seja, a etapa da colheita é o momento mais crítico,<br />
tanto pelo lado ambiental, quanto pela segurança dos envolvidos.<br />
Por si só a colheita causa uma série de impactos<br />
sobre o meio ambiente, cabendo à equipe de gestão formada<br />
por engenheiros, técnicos, operadores e auxiliares a<br />
mitigarem e minimizarem esses danos.<br />
Nesse sentido é importante termos conhecimento<br />
sobre algumas das legislações que se aplicam para a supressão<br />
e corte de árvores, e acerca do uso das máquinas<br />
e equipamentos utilizados.<br />
A Lei Federal nº 12.651 de 2012 que instituiu o novo<br />
Código <strong>Florestal</strong> trata sobre a preservação da vegetação<br />
nativa. Todas as demais leis, sejam estaduais ou municipais<br />
tem como ela a sua base de construção e aplicação.<br />
Essa lei trata por exemplo de importantes temas e definições<br />
como por exemplo áreas de preservação permanente.<br />
Essas áreas são protegidas por lei e o seu uso e exploração<br />
tem que ser autorizada pelos órgãos ambientais.<br />
A Tabela 1 exemplifica as principais delimitações das<br />
áreas de preservação permanente. Nesses locais, conforme<br />
a lei, existe restrição quanto ao uso dessas áreas para<br />
plantios comerciais.<br />
A lei trata ainda de outras áreas a serem protegidas,<br />
como nascentes, entorno de lagos e lagoas naturais, encostas,<br />
restingas, manguezais, bordas de tabuleiros, topos<br />
de morros, veredas e áreas de altitude superior a 1.800m<br />
(metros).<br />
Nesse sentido é muito importante que a empresa<br />
ou o empreendedor tenha em mãos as licenças ou as<br />
autorizações florestais para que se possa realizar as intervenções<br />
nas vegetações, principalmente nas espécies<br />
nativas. O Brasil é um país continental, possui uma grande<br />
heterogeneidade de espécies espalhadas pelos diversos<br />
biomas brasileiros.<br />
Para realizar a colheita das árvores, além dos operadores<br />
estarem capacitados e autorizados para a execução,<br />
quando tratamos da colheita semimecanizada utilizamos<br />
a motosserra. Essa máquina também tem que atender a<br />
lei.<br />
A portaria do IBAMA nº 149 de 1992, determina que<br />
toda a motosserra movida a combustão e que tenha sabre<br />
e corrente tem que estar registrada junto ao IBAMA.<br />
É importante colocar aqui que essa obrigatoriedade<br />
do registro, além do controle unitário de máquinas por<br />
parte do órgão ambiental, também se dá devido a motosserra<br />
quando utilizada causa um dano ao meio ambiente<br />
através do corte e supressão de árvores.<br />
A obtenção da LPU (Licença de porte e uso) da motosserra<br />
ocorre na internet no site do IBAMA (https://www.<br />
gov.br/ibama). Por primeiro o proprietário da máquina<br />
realiza um cadastro pessoal dele, que pode ser por meio<br />
de pessoa física ou pessoa jurídica. Após é feito preenchimento<br />
de um segundo cadastro com as informações da<br />
motosserra que são marca, modelo, número de série e<br />
número da nota fiscal. Realizado o preenchimento dessas<br />
informações, é gerada uma guia para pagamento. Somente<br />
após o pagamento é obtido a LPU.<br />
É muito importante que as empresas e os trabalhadores<br />
tenham conhecimento das leis para poderem executar<br />
as suas atividades sem percalço, atendendo as condicionantes<br />
que são impostas em cada projeto. Assim indiretamente<br />
será assegurado um trabalho produtivo, com foco<br />
e seguro.<br />
36 www.referenciaflorestal.com.br
PRINCIPAL<br />
50 ANOS<br />
uma história de proteção<br />
Fotos: divulgação<br />
UNIBRÁS AGRO QUÍMICA, fabricante das iscas<br />
formicidas ATTA MEX-S celebra 50 anos de<br />
história com muito trabalho, dedicação,<br />
seriedade e amor no que faz, produzindo e<br />
fornecendo produtos com a mais alta qualidade<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
50 years,<br />
a story of protection<br />
UNIBRÁS AGRO QUÍMICA, the maker of Atta MEX-S ant<br />
bait, celebrates 50 years of operation with hard work,<br />
dedication, seriousness, and love in what it does,<br />
producing and supplying products with the highest quality<br />
P<br />
roteger os plantios é essencial para garantir os<br />
melhores resultados de produtividade e qualidade<br />
na colheita. A história da humanidade nos ensinou<br />
que os defensivos sempre estiveram presentes no<br />
controle de pragas para proteção das plantações,<br />
garantindo, assim, a produtividade e o abastecimento para a sobrevivência<br />
do homem. As formigas cortadeiras são consideradas<br />
as pragas mais nocivas para a agricultura brasileira e para países<br />
tropicais, pois elas atacam qualquer tipo de cultura, desde café,<br />
laranja, soja, florestas plantadas, entre outros.<br />
Controlar formiga exige conhecimento, técnica e produto de<br />
qualidade e a UNIBRÁS há 50 anos trabalha ao lado do agricultor,<br />
compartilhando seus conhecimentos e fornecendo seu produto<br />
Isca Formicida ATTA MEX-S com a mais alta qualidade. Há 50<br />
anos a UNIBRÁS tem como missão fornecer o que há de melhor<br />
e mais inovador em iscas formicidas para o controle de formigas<br />
cortadeiras e está presente nas maiores reflorestadoras do Brasil.<br />
Toda empresa para alcançar sucesso deve ter metas e objetivos<br />
e neste caminho com tantos desafios, está sempre ao lado do<br />
cliente, pois o sucesso do cliente é o sucesso da UNIBRÁS.<br />
P<br />
rotecting plantations is essential to ensure the<br />
harvest’s best productivity and quality results.<br />
The history of humanity has taught us that insecticides<br />
have always been present in pest control<br />
for the protection of plantations, thus ensuring<br />
productivity and supply for man’s survival. Leaf-cutting ants<br />
are considered the most harmful pests for Brazilian agriculture<br />
and other tropical countries. They attack any crop, from coffee,<br />
orange, and soybeans, to planted forests. Controlling ants requires<br />
knowledge, technique, and quality products. For 50 years,<br />
UNIBRÁS has worked alongside the farmer, sharing its expertise<br />
and supplying its high-quality product Atta MEX-S ant bait. For<br />
50 years, UNIBRÁS has provided the best and most innovative<br />
baits to control leaf-cutting ants and is present in Brazil’s most<br />
extensive planted forests. To be successful, every company must<br />
have goals and objectives. On this path with so many challenges,<br />
the Company is always on the customer’s side because our<br />
customer’s success is our success.<br />
The Company was founded on June 27, 1972, in Ribeirão<br />
Preto-SP, the capital of Brazilian agribusiness. Since the begin-<br />
Junho 2022<br />
39
PRINCIPAL<br />
Foi fundada no dia 27 de junho de 1972, na cidade de Ribeirão<br />
Preto (SP), conhecida por muitos como a capital do agronegócio<br />
brasileiro. Desde o início das atividades dedicou seu negócio na<br />
fabricação de isca formicida granulada para controle de formigas<br />
cortadeiras. Naquela época, o produto era formulado com o<br />
princípio ativo Heptacloro, indicado para controle de formigas<br />
cortadeiras. O espírito inovador está presente desde os primeiros<br />
anos da empresa e na busca de produtos mais eficientes, lançou<br />
seu novo produto, a isca formicida a base do princípio ativo Dodecacloro,<br />
devidamente registrado nos órgãos federais e estaduais<br />
competentes. Com detenção desta nova tecnologia, a UNIBRÁS<br />
sintetiza em sua planta própria este novo princípio ativo.<br />
Dez anos após a fundação, com visão no futuro e aumento<br />
de demandas, principalmente no segmento florestal, a UNI-<br />
BRÁS inovou mais uma vez e investiu em novos equipamentos<br />
e tecnologia para expandir seus horizontes. Foram adquiridas e<br />
instaladas novas máquinas embaladoras automáticas e uma nova<br />
peletizadora que possibilitou a empresa triplicar sua capacidade<br />
de produção, preparando-se para atender o crescimento da<br />
demanda e, consequentemente, um expressivo volume de iscas<br />
formicidas produzidos. O movimento veio de encontro a demanda<br />
sempre maior do mercado, que havia identificado no produto da<br />
UNIBRÁS, a Isca Formicida ATTA MEX-S, as características ideiais<br />
para o combate das formigas cortadeiras.<br />
Ainda na década de 1980, a expansão foi para além das máquinas<br />
e a empresa adquiriu o terreno vizinho à sua sede, ampliando<br />
sua área para aproximadamente 30 mil m² (metros quadrados).<br />
Essa nova área recebeu os investimentos necessários para que a<br />
capacidade produtiva da UNIBRÁS fosse cada vez maior.<br />
A década de 1990 abriu mais portas para a empresa, que passou<br />
a exportar para países da América Latina e América Central.<br />
A construção de parcerias com grandes reflorestadoras aliadas à<br />
ning of its activities, the Company has dedicated its business to<br />
manufacturing granular ant bait to control leaf-cutting ants. At<br />
that time, the product was formulated with Heptachlor as the<br />
principal active ingredient for controlling leaf-cutting ants, considered<br />
one of the main pests that hinder the growth of any crop.<br />
The innovative spirit has been present since the first years of the<br />
Company. In the search for more efficient products, it launched<br />
its new product, the ant bait based on the active ingredient,<br />
Dodecachlor, duly registered in the competent federal and state<br />
agencies. With this new technology, UNIBRÁS began to synthesize<br />
this new active ingredient in its plant.<br />
Ten years after its foundation, with a vision of the future<br />
and increased demands, especially in the forestry segment,<br />
UNIBRÁS once again innovated and invested in new equipment<br />
and technology to expand its horizons. As a result, new automatic<br />
packaging machines and pelletizer were acquired and installed,<br />
leading to the Company tripling its production capacity to meet<br />
the growth in demand. Consequently, an expressive volume of<br />
formed baits began to be produced. As a result, the Company was<br />
able to meet the ever-increasing market demand for the UNIBRÁS<br />
product with the characteristics ideal for combating leaf-cutting<br />
ants - the Atta MEX-S ant bait.<br />
Also, in the 1980s, the expansion went beyond acquiring new<br />
machines. And the Company acquired the land next to its plant,<br />
expanding its area to approximately 30 thousand m². This new<br />
area received the necessary investments to increase UNIBRÁS’<br />
production capacity. The 1990s opened more doors for the<br />
Company, which began exporting to countries in Latin America<br />
and Central America. In addition, the construction of commercial<br />
partnerships with large reforesting companies allied to its high<br />
quality consolidated its Atta MEX-S brand in the market, which<br />
was the key to this new project and new challenges.<br />
40 www.referenciaflorestal.com.br
Junho 2022 41
Junho 2022 43
MINUTO FLORESTA<br />
Novidades e<br />
REENCONTROS<br />
Foto: divulgação<br />
Bayer deixa sua marca na<br />
Show <strong>Florestal</strong> com um<br />
lançamento de produto e<br />
valorização dos clientes<br />
AShow <strong>Florestal</strong> foi o primeiro grande evento<br />
do setor desde 2019 e a Bayer aproveitou<br />
esse evento para valorizar o contato com<br />
seus clientes, destacar seus serviços e ter<br />
como principal chamariz seus produtos para o<br />
controle das plantas daninhas, como Block®, Esplanade® e,<br />
principalmente, o grande lançamento do evento: o Fordor<br />
Flex, nova versão do Fordor, que já é referência no setor<br />
de florestas plantadas.<br />
A Bayer levou um time altamente qualificado para a<br />
feira. Representantes dos times de marketing, desenvolvimento<br />
de produtos, eventos, vendas, técnicos e tantos<br />
outros que fizeram do stand da Bayer uma experiência<br />
sobre soluções completas para as culturas florestais.<br />
Este herbicida pré-emergente é indicado para o tratamento<br />
preventivo da infestação das plantas daninhas<br />
e de plântulas recém-emergidas, nas culturas do pinus e<br />
eucalipto. Fabricio Sebok, gerente de desenvolvimento da<br />
Bayer, explica quais os principais diferenciais do Fordor Flex<br />
em relação à versão anterior do produto. “Agora temos<br />
a flexibilidade do tratamento tanto em pré quanto em<br />
pós-plantio, além da flexibilidade da faixa de doses para<br />
adequar ao histórico do banco de sementes da área a ser<br />
tratada”, destaca Fabricio. Nas palavras da empresa, é o<br />
mesmo Fordor que os clientes já conhecem, mas com mais<br />
flexibilidade de uso.<br />
Fabricio ainda comenta que o portfólio de herbicidas<br />
oferecido pela Bayer permite a proteção contra as plantas<br />
daninhas, em praticamente todo o ano, oferecendo<br />
soluções completas para os clientes. “Nosso portfólio de<br />
herbicidas e também de inseticidas continua muito forte<br />
e continuamos inovando para cobrir as necessidades do<br />
silvicultor”, complementa Fabricio.<br />
Além dos produtos, a Bayer trouxe para a feira um<br />
serviço que vem ganhando muito espaço entre os silvicultores.<br />
O ForestView, que é um programa de prestação de<br />
serviço com ênfase no combate a plantas daninhas. Ricardo<br />
Cassamassimo, Head de Marketing ES Brasil, explica que o<br />
ForestView apresenta o controle de plantas daninhas de<br />
uma maneira inovadora para os clientes. “É um conceito<br />
inovador que busca resolver as principais dores no controle<br />
de plantas daninhas em florestas plantadas, esse conceito<br />
traz toda nossa expertise para gerar os melhores resultados<br />
na aplicação de nossos produtos, aliado a uma plataforma<br />
digital que permite controle, monitoramento e rápida tomada<br />
de decisão na operação florestal”, garante Ricardo.<br />
Além disso, o Head de Marketing ES Brasil destacou a<br />
importância do contato com os clientes depois de tanto<br />
tempo distante. “Para nós é um prazer muito grande reencontrar<br />
amigos e parceiros, ver negócios acontecendo e<br />
fortalecer as parcerias”, sublinha Ricardo.<br />
Fabricio Sebok exaltou a importância do evento não<br />
apenas para a Bayer, mas para todo o setor florestal, que<br />
estava ansioso para se reencontrar e que a Bayer não poderia<br />
ficar de fora. “Além dos negócios, é importante para<br />
avaliar o mercado, perceber as necessidades dos clientes e<br />
apresentar o setor florestal para a sociedade, que convive<br />
com as florestas, mas que talvez não conheça a complexidade<br />
do setor”, ressalta Fabricio.<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br
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+genética<br />
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NA PRODUÇÃO DE MUDAS<br />
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LEGISLAÇÃO<br />
AVANÇO LEGAL<br />
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Aprovada em comissão<br />
do senado, nova lei muda<br />
entendimento sobre a<br />
silvicultura<br />
Fotos: divulgação<br />
Junho 2022<br />
47
LEGISLAÇÃO<br />
AComissão de Meio Ambiente aprovou,<br />
no dia 11 de maio, o Projeto de Lei do<br />
Senado n° 214, de 2015, de autoria<br />
do senador Alvaro Dias, que exclui a<br />
silvicultura da lista de atividades potencialmente<br />
poluidoras. Vale ressaltar que entende-se<br />
por silvicultura o cultivo de florestas para extração de<br />
matérias-primas. Agora, a proposta segue para a análise<br />
do plenário.<br />
Durante a reunião da CMA, o senador Alvaro Dias<br />
reforçou que a atividade é benéfica ao meio ambiente<br />
e gera renda e emprego aos brasileiros. O senador<br />
afirmou que manter a silvicultura no rol de atividades<br />
potencialmente poluidoras atravanca o desenvolvimento<br />
econômico, impede a aceleração da atividade<br />
e obviamente isso significa perder empregos, renda,<br />
receita pública, além do que, a preservação ambiental<br />
é essencial também nesse plantio de florestas. “O projeto<br />
desonera, desburocratiza, facilita o avanço dessa<br />
atividade essencialmente econômica, mas também<br />
preservadora do meio ambiente”, pontuou Alvaro.<br />
Para o presidente da APRE (Associação Paranaense<br />
de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), Zaid Ahmad<br />
Nasser, essa era uma pauta antiga do setor e um tema<br />
que trazia muita preocupação. Segundo ele, o setor<br />
de florestas plantadas movimenta, anualmente, o comércio<br />
e os serviços locais dos municípios onde estão<br />
instalados os plantios, bem como as indústrias e toda<br />
a cadeia de suprimentos que fazem desta uma das atividades<br />
de grande contribuição para a transformação<br />
social e econômica de diferentes regiões do Estado do<br />
Paraná. O Estado do Paraná, lidera o ranking de área<br />
plantada de pinus, como 39,7% da área total, seguido<br />
por Santa Catarina, que possui 34,5% de um total de<br />
1.562.783 hectares de plantios florestais de pinus no<br />
Brasil. Além disso, as empresas do setor estão atentas<br />
à agenda mundial de sustentabilidade e a cadeia de<br />
florestas cultivadas tem sido uma das agentes fundamentais<br />
quando o assunto é conservação no Brasil.<br />
Zaid explica que no Paraná, somente com as associadas<br />
à APRE , para cada hectare de floresta plantada,<br />
existe mais um hectare de floresta nativa destinada<br />
à conservação. Porém, mesmo importante para<br />
a economia do Estado e do Brasil, o setor enfrenta,<br />
hoje, muitas burocracias para realizar a atividade, assim<br />
como o fato de a silvicultura estar incluída no rol<br />
de atividades potencialmente poluidoras, dificuldades<br />
que acabam travando o crescimento do segmento<br />
como um todo. “A aprovação do projeto de Lei 214<br />
na Comissão de Meio Ambiente é uma vitória, notícia<br />
muito comemorada pelo setor de base florestal paranaense”,<br />
completou Zaid.<br />
RESULTADOS PRÁTICOS<br />
Caso seja aprovada em plenário, a silvicultura<br />
estará isenta da cobrança da Taxa de Controle e Fiscalização<br />
Ambiental, que é aplicada em atividades consideradas<br />
potencialmente poluidoras e que utilizam<br />
recursos naturais. Os recursos obtidos com essa taxa<br />
custeiam as ações de fiscalização do IBAMA (Instituto<br />
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />
Renováveis).<br />
Em entrevista à Agência Senado, o relator da matéria,<br />
senador Roberto Rocha (PTB-MA), disse que um<br />
dos benefícios da silvicultura é a recuperação de áreas<br />
degradadas, que permite a recomposição da cobertura<br />
vegetal, a contenção da erosão e o aproveitamento<br />
econômico futuro de madeira e entre outros produtos<br />
florestais. “A silvicultura é uma atividade muitas vezes<br />
menos impactante do que a agricultura convencional,<br />
que exige manejo muito mais intensivo, com maquinário<br />
e uso de agrotóxicos”, argumentou Roberto.<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br
INFORME<br />
Negócio FECHADO<br />
Multinacional japonesa fecha contrato de fornecimento de<br />
equipamentos e treinamentos para operadores<br />
AKomatsu, líder na fabricação e fornecimento de<br />
equipamentos, tecnologias e serviços para os<br />
mercados de mineração, construção, industrial e<br />
florestal, acaba de fechar um contrato comercial<br />
com a Suzano para o fornecimento de equipamentos<br />
florestais, que trabalharão do plantio à colheita nas<br />
operações florestais da nova fábrica que a Suzano está construindo<br />
no município de Ribas do Rio Pardo (MS).<br />
As primeiras máquinas serão entregues ainda em 2022 para<br />
apoiar na formação de mão de obra e iniciar algumas atividades<br />
que precisam ocorrer antes do início da operação da fábrica,<br />
prevista para o segundo semestre de 2024. Dentre os diferenciais<br />
dos equipamentos florestais da Komatsu na indústria<br />
está a recém-lançada Planter D61, uma inovação do mercado.<br />
Fabricada no Brasil para atender o mercado florestal mundial,<br />
a plantadeira D61 é um equipamento que realiza até cinco<br />
atividades do processo do plantio de árvores com qualidade<br />
e georreferenciadas em uma única vez, efetuando atividades<br />
como abertura de cova, criação da bacia de irrigação, plantio,<br />
georreferenciamento da muda, e irrigação georreferenciada em<br />
quantidade desejada. Carlos Borba, gerente geral de Marketing<br />
e Vendas da Komatsu Forest conta que o maior diferencial da<br />
plantadeira é a velocidade e produtividade do equipamento,<br />
“O preparo de solo e o plantio são etapas super importantes do<br />
processo de formação da floresta, e a Planter D61 é um equipamento<br />
já produzido em série que garante confiabilidade nesta<br />
etapa do plantio”, garante Carlos.<br />
Além da Planter D61, dentre os equipamentos que fazem<br />
parte do escopo de operação na nova unidade da Suzano estão<br />
também os harvesters de esteira PC200F – versão update equipadas<br />
com os cabeçotes 370E, e os forwarders modelo 895,<br />
equipamentos que garantem a qualidade necessária na operação<br />
de colheita para suportar esse grande projeto.<br />
SUPORTE E TREINAMENTO LOCAL<br />
Já com uma filial em Três Lagoas (MS), a Komatsu Forest investirá<br />
em sua segunda unidade no Estado, na cidade de Ribas<br />
do Rio Pardo (MS), para atender de perto à demanda por peças<br />
e oferecer assistência imediata para a nova linha de produção<br />
de celulose da Suzano e os clientes da região. Essa filial contará<br />
com um Centro de Treinamento de Manutenção e Operação<br />
com foco em capacitar técnicos e instrutores. Carlos Borba afirma<br />
que a empresa tem como objetivo aproximar profissionais<br />
da região a máquinas de plantio e colheita florestal da Komatsu,<br />
criando oportunidades de formação e trabalho na região<br />
junto ao projeto. “Entendemos que multiplicar o conhecimento<br />
técnico e operacional é uma forma de garantir que o uso dos<br />
equipamentos ocorra da melhor maneira, explorando o potencial<br />
ao máximo, sem comprometer a longevidade do produto”,<br />
afirma Borba.<br />
Foto: divulgação<br />
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Junho 2022 53
ESPECIAL<br />
E<br />
studos realizados pela divisão de Florestas da EM-<br />
BRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),<br />
mostram que a perda de carbono em solos<br />
convertidos para plantios florestais é de apenas<br />
5% e não de 33%, como se acreditava anteriormente.<br />
A atualização desse dado é fruto da evolução da ciência<br />
brasileira, que passou a utilizar o IAC (Índice de Alteração de<br />
Carbono no Solo) com base em informações oriundas de pesquisas<br />
nacionais. Dessa forma, o índice representa com mais<br />
fidelidade as especificidades do País e mostra maior potencial<br />
de mitigação dos GEEs (Gases de Efeito Estufa) pelos plantios<br />
florestais.<br />
O trabalho utilizou como base estudos realizados no Brasil e<br />
publicados entre os anos de 2002 e 2019, em áreas convertidas<br />
para florestas plantadas de eucaliptos, pínus e acácia-negra.<br />
Os dados envolveram informações obtidas em nove Estados:<br />
RS, SC, PR, SP, ES, MG, BA, PA e MS, que abrangem mais de 8,6<br />
milhões de hectares de plantios florestais. Josileia Zanatta, pesquisadora<br />
da EMBRAPA que coordenou o estudo, informou que<br />
no caso desse índice, o valor de cálculo não estava condizente à<br />
realidade dos plantios florestais. “No entanto, à medida que os<br />
estudos avançam, cada país pode ajustar e refinar esses índices<br />
para as realidades de seus cultivos, que foi o que fizemos com<br />
os cultivos florestais analisados”, afirmou Josileia.<br />
O tipo da planta cultivada interfere na cobertura vegetal<br />
e, portanto, pode influenciar os estoques de carbono do solo,<br />
alterando o equilíbrio entre o sequestro e as taxas de perdas de<br />
carbono. Marcos Rachwal, pesquisador da EMBRAPA, explica<br />
que o fato de usar um índice da agricultura acabava por penalizar<br />
os plantios florestais, pois indicava que cerca de 33% do<br />
carbono armazenado no solo era perdido após a retirada de vegetação<br />
nativa, pastagem ou agricultura, seguido de conversão<br />
para plantios florestais. “Comprovamos que, na realidade, esse<br />
índice é de 0,95, ou seja, considera uma perda de apenas 5%, o<br />
que representa uma grande diferença”, descreve Marcos.<br />
Josileia Zanatta, aponta que quando considerada a conversão<br />
de pastagens para plantios de eucaliptos foi observado<br />
um ganho ainda maior, de até 10% nos estoques de carbono<br />
no solo. “Historicamente, as conversões de pastagens para<br />
plantios florestais prevalecem nos biomas brasileiros, desconsiderando<br />
a Amazônia, e isso mostra a participação do setor<br />
de base florestal no enfrentamento às mudanças do clima”,<br />
discorre Josileia.<br />
Outra constatação desses estudos foi a alta performance<br />
do solo como estocador de carbono. O volume armazenado<br />
é equivalente ao carbono acumulado na biomassa florestal e,<br />
por vezes, até maior. Marcos Rachwal comenta que além disso,<br />
os solos dos plantios florestais podem agir como sumidouros<br />
de metano, por meio de microrganismos presentes no solo, as<br />
bactérias metanotróficas, que consomem o metano e contribuem<br />
para a redução da concentração desse gás na atmosfera.<br />
“Todos os solos bem aerados e sem excesso de umidade, sob<br />
florestas plantadas ou nativas, têm essa capacidade”, garante<br />
Marcos.<br />
APRESENTAÇÃO INTERNACIONAL<br />
Os estudos da EMBRAPA Florestas possibilitaram ainda que<br />
a categoria Reflorestamento, no IV Inventário Nacional de Emissões<br />
e Remoções de Gases de Efeito Estufa, parte integrante<br />
da IV Comunicação Nacional do Brasil à Convenção do Clima<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
Junho 2022 55
COLUNA<br />
Foto: divulgação<br />
Indignação<br />
Cidadã<br />
Waldemar Vieira Lopes<br />
Consultor florestal e diretor da<br />
LSS-Lopes Serviços e Soluções<br />
Contato: waldemarvieiralopes@terra.com.br<br />
A consciência quanto à indignação cidadã pode ser vista<br />
inicialmente a partir de uma citação de Platão quando<br />
diz: “O castigo dos bons que não fazem política é serem<br />
governados pelos maus”<br />
O<br />
s Verdadeiros Brasileiros têm que estar mais<br />
atentos do que nunca às armadilhas preparadas<br />
pela esquerda extremista e maniqueísta,<br />
ávida por trazer o ex presidiário novamente<br />
à cena do crime e, é chegada a hora de posicionamento,<br />
a hora de decidirmos quem queremos para<br />
governar o futuro de nosso Brasil e o futuro de nossos filhos<br />
e netos.<br />
Vejam o exemplo da França, que agora se revolta com<br />
a eleição de Macron e nada poderá fazer pelos próximos 4<br />
anos. Entretanto mais de 16 milhões de franceses não compareceram<br />
às urnas ou anularam seus votos, deixando claro<br />
de que quando se terceiriza a escolha, perde-se o direito de<br />
reclamar sobre qualquer resultado que seja.<br />
Devemos ter cuidado com discursos de “Deuses do<br />
Olimpo”, cultuadores do Álter Ego e vendo a si próprio como<br />
detentores de toda a sabedoria do mundo, cegos e surdos<br />
ao fato de que o comunismo matou mais gente que todas as<br />
guerras juntas e, grande parte usando para sua batalha diária<br />
nossas entidades de ensino, cargos públicos, meio político e<br />
grande parte da mídia, com finalidade precípua e objetivo<br />
maior de deseducar nossos filhos, incutindo-lhes raízes comunistas<br />
para que se vejam deslocados ao viverem em uma<br />
família de classe média, visando convencê-los de que prosperidade<br />
só ocorre à custa de trabalho escravizante ou meios<br />
espúrios, posto que acumular riquezas, além de politicamente<br />
incorreto é por certo pecaminoso, daí a estratégia de se incrementar<br />
votos nessa faixa etária, contando que encontrarão<br />
nesse universo mentes mais reativas e menos analíticas e,<br />
havendo desatenção de pais que não discutem política em<br />
suas casas, tornam-se um alvo facilmente cooptável para suas<br />
fileiras.<br />
Nesses tempos cinzentos nos tornamos reféns de uma<br />
Ciência Ideológica que jamais poderá ser chamada de ciência,<br />
carregada com bateria emocional e contraditória, necessitando<br />
de políticos e politização para se manter viva e acusatória,<br />
responsável pela estagnação econômica no período<br />
de pandemia e divisão por nichos pró e contra vacinas, não<br />
permitindo raciocínio próprio à população como um todo,<br />
empobrecendo o país pelo fechamento de inúmeros postos<br />
de trabalho e buscando a visão de um Estado salvador e caçador<br />
de votos.<br />
Liberdade, coerência, decisão própria e não tutela do<br />
Estado, esse é o oxigênio indispensável para sobrevivermos<br />
nesse ambiente hostil criado por defensores da ditatura<br />
do proletariado, capitaneada por inúmeros partidos que se<br />
uniram para que a qualquer custo consigam a retomada de<br />
poder, trazendo como alternativa para as próximas eleições,<br />
o ex-presidiário que surrupiou a dignidade do povo brasileiro,<br />
roubou seu futuro e quebrou inúmeras empresas do Estado<br />
para investir em economias amigas e socialistas, no seu próprio<br />
bolso e nos bolsos de seus maquiavélicos amigos. Acorde<br />
Brasil, não tivessem havido um sem número de crimes, não<br />
teria retornado tanto dinheiro para cofres públicos por parte<br />
de dirigentes sindicais, caixas partidários e amigos meliantes<br />
do governo petista.<br />
Somos reféns de uma justiça política que tenta a todo<br />
tempo nos calar e colocar viseiras, mancomunada com Câmaras<br />
de Deputados e Senado com rabo preso e que de há muito<br />
não nos representam e caberá na eleição que se avizinha<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
elegermos Presidente, Governadores, Deputados Federais,<br />
Deputados Estaduais que tenham vínculo com moral, ética e<br />
valores familiares.<br />
Vivemos uma época de culto à anormalidade com criação<br />
de situações controversas; vendidas pelos “Deuses do Olimpo”<br />
e intelectuais de plantão; como meias verdades ou quem<br />
sabe meias mentiras:<br />
• Direito à desonra;<br />
• Fofoca – através de meios de comunicação e culturais;<br />
• Proliferação do medo;<br />
• Hegemonização dos objetivos;<br />
• Fusão entre a classe revolucionária e a classe política;<br />
• Sucessão de governos análogos e corporativistas,<br />
vendidos como se opositores fossem;<br />
• Iguais se colocando em campos opostos, mas lutando<br />
pelo mesmo objetivo de doutrinação do povo e<br />
sua catequização ideológica;<br />
• Alianças espúrias entre as mais diversas vertentes<br />
políticas brasileiras com interesse de novamente lotearem<br />
o país.<br />
Fiódor Dostoiévski, pode nos fazer refletir sobre ideais<br />
que a todo custo tentam nos empurrar goela abaixo:<br />
• “Nosso grupo não consiste apenas naqueles que<br />
cometem assassinatos e incêndios criminosos, gente<br />
assim só atrapalha, eu não suporto essa falta de disciplina,<br />
ora somos vigaristas e não socialistas, ouça,<br />
seremos apoiados por todos eles”;<br />
• “O professor que ri de Deus às crianças já em seu<br />
berço, ele está conosco”;<br />
• “O advogado que defende o assassino, rico e convicto,<br />
já é dos nossos”;<br />
• “Os colegiais que matam o mujique¹ para experimentar<br />
a sensação são dos nossos”;<br />
• “Os jurados que absolvem criminosos a torto e direito,<br />
são dos nossos”;<br />
• “O promotor que treme no tribunal por não ser suficientemente<br />
liberal, é dos nossos”;<br />
• “Há administradores, escritores, um assombroso número<br />
dos nossos e eles nem sabem disso ainda”;<br />
• “Hoje em dia ninguém tem idéias próprias, o Deus<br />
russo foi derrotado pela vodca barata, as camponesas<br />
estão bêbadas, as mães estão bêbadas e as igrejas<br />
estão vazias, apenas espere essa geração crescer,<br />
apenas espere que cresçam, uma ou duas gerações e<br />
o crime deixará de ser uma loucura, mas o bom senso<br />
justamente o bom senso da Rússia o transformará<br />
em dever”. Trechos retirados de Os Demônios - Dostoiévicz 1872<br />
¹ camponês pobre<br />
Despertem, se indignem! Já nos dividiram por demais,<br />
o silêncio e o comodismo deixam efeitos colaterais de difícil<br />
reversibilidade, decisão não se terceiriza e é o tijolo para<br />
construção do Brasil que queremos, mais solidário, menos burocrático,<br />
com liberdade plena de opinião e qualidade de vida<br />
compatível com as riquezas e potencial que detemos.<br />
Junho 2022<br />
57
FEIRA<br />
Show <strong>Florestal</strong><br />
2022<br />
Fotos: REFERÊNCIA / MALINOVSKI<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
A feira promoveu negócios e<br />
reencontros entre clientes,<br />
fabricantes e fornecedores do<br />
setor florestal<br />
O<br />
setor florestal estava carente de um eventopresencial.<br />
A Feira Show <strong>Florestal</strong>, realizada<br />
em Três Lagoas (MS) foi o primeiro grande<br />
evento do setor desde 2019. Segundo os<br />
organizadores o evento contou com 140<br />
expositores, 7.188 visitantes e movimentou um volume total<br />
de negócios fechados de R$ 175 milhões. Ricardo Malinovski,<br />
organizador do evento, estava mais do que satisfeito com os<br />
resultados da feira. “Show <strong>Florestal</strong> superou todas as expectativas<br />
que tínhamos para o evento”, ressalta Ricardo. Para o<br />
organizador o evento deste ano demonstra a força do setor<br />
e abre as portas para a Expoforest 2023. “Serão 2,5 milhões<br />
de metros quadrados, 250 expositores e já fechamos mais<br />
de 100 espaços durante a Show <strong>Florestal</strong>”, revelou Ricardo.<br />
Segundo os organizadores<br />
o evento contou com 140<br />
expositores, 7.188 visitantes e<br />
movimentou um volume total<br />
de negócios fechados de R$ 175<br />
milhões<br />
Junho 2022<br />
59
FEIRA<br />
APLIC CERTO<br />
Aplic Certo é uma empresa especializada em soluções de<br />
aplicação para o setor florestal e fez a sua primeira participação<br />
em uma feira deste porte. Lívia Borges, CEO da Aplic Certo,<br />
destacou que a feira foi extremamente gratificante e os produtos<br />
que foram levados para o evento facilitaram a realização<br />
de negócios da empresa. “Trouxemos controladores de vazão<br />
de operações florestais, um de adubo e outro de pulverização,<br />
que vão marcar o setor, sendo uma silvicultura antes e outra<br />
depois dos nossos equipamentos”, destacou Lívia.<br />
ARBORGEN<br />
A Arborgen, especializada em aprimoramento genético de<br />
pinus e eucaliptos aproveitou a feira para fortalecer o nome no<br />
mercado. Gabriela Monnerat, diretora da empresa, valorizou<br />
o mercado do Mato Grosso do Sul, o maior mercado de mudas<br />
do Brasil. “Essa é a terceira feira que fazemos no Estado e<br />
através de parcerias de licenciamento de materiais genéticos<br />
oferecemos mudas que se adaptam melhor para aumentar a<br />
produtividade da área produtiva”, valorizou Gabriela.<br />
BAYER<br />
A Bayer <strong>Florestal</strong> trouxe para o evento novidades de produtos e<br />
serviços. Ricardo Cassamassimo, gerente de marketing da empresa<br />
valorizou o Fordor Flex, herbicida renovado pela empresa. “Ele tem<br />
toda a qualidade já conhecida do Fordor, mas com variação de dose<br />
maior, chegando ao pré-plantio, ampliando o campo de ação do<br />
produto”, descreve Ricardo. Gustavo Marton, gerente comercial da<br />
empresa, destacou, ainda, o programa Forest View de combate às<br />
formigas. “O Forest View é um pacote de soluções com serviços e<br />
produtos personalizados para atender cada cliente de maneira especifica”,<br />
enalteceu Gustavo.<br />
BACHIEGA<br />
A Bachiega, destaque no setor de implementos rodoviários,<br />
levou para a feira um conjunto de nove eixos desenvolvido<br />
para Enebra Energia. Fábio Bachiega, diretor da Bachiega,<br />
ressaltou o mercado aquecido que pôde perceber durante o<br />
evento. “As pessoas estavam carentes de um evento como a<br />
Show <strong>Florestal</strong>. Nos surpreendemos com a presença de clientes<br />
de tantas regiões brasileiras nesse retorno dos eventos<br />
presenciais”, destacou Fábio.<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
Junho 2022 61
FEIRA
Junho 2022 63
FEIRA
Junho 2022 65
66 www.referenciaflorestal.com.br
ECONOMIA<br />
FUTURO<br />
TRAÇADO<br />
Fotos: divulgação<br />
68 www.referenciaflorestal.com.br
Governo de Mato Grosso do Sul lança<br />
plano para potencializar cadeia produtiva<br />
que gera 27,2 mil empregos no Estado<br />
Junho 2022<br />
69
ECONOMIA<br />
G<br />
overno do Mato Grosso do Sul, por meio<br />
da SEMAGRO (Secretaria de Meio Ambiente,<br />
Desenvolvimento Econômico, Produção<br />
e Agricultura Familiar) lançou o PROFLO-<br />
RESTA (Plano Estadual de Desenvolvimento<br />
Sustentável de Florestas do Estado de Mato Grosso do Sul).<br />
O evento de lançamento aconteceu durante o Show <strong>Florestal</strong><br />
– Feira da Indústria do Eucalipto, realizado no espaço<br />
Arena Mix, em Três Lagoas (MS).<br />
O secretário Jaime Verruck representou o governador<br />
Reinaldo Azambuja no lançamento e apresentou o PRO-<br />
FLORESTA, resultado do trabalho dos técnicos da SEMA-<br />
GRO, em parceria com o Sebrae-MS (Serviço Brasileiro de<br />
Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Mato Grosso do<br />
Sul), que realizaram a revisão e o aprimoramento do Plano<br />
Estadual para o setor elaborado em 2009.<br />
Jaime afirmou que essa demanda foi recebida por<br />
meio da Câmara Setorial de Florestas e a partir daí a secretaria,<br />
junto com o Sebrae, trabalhou na revisão e aprimoramento<br />
do plano estadual, por meio do qual se pretende<br />
fomentar a diversificação da produção, fortalecer o encadeamento<br />
produtivo, ampliar a indústria de base florestal<br />
de eucalipto, pinus e seringueira. ”Vamos aprimorar os<br />
incentivos fiscais e criar um clima de negócios favorável,<br />
com um nível de governança alinhado com as novas diretrizes<br />
estratégicas do Governo do Estado, com a meta de<br />
fazer o Mato Grosso do Sul ser Carbono Neutro até 2030”,<br />
destacou Jaime.<br />
De acordo com o levantamento da SEMAGRO, o setor<br />
florestal de Mato Grosso do Sul é responsável pela geração<br />
de 27,2 mil empregos sendo 14.901 diretos e 12.312 indiretos.<br />
Em 2021, o segmento gerou 6.266 empregos a mais<br />
em relação a 2020. Esse crescimento de postos de trabalho<br />
deve continuar nos próximos anos, com os investimentos<br />
já em curso no Estado, como o da nova fábrica de celulose<br />
da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS), no valor de R$<br />
14,7 bilhões.<br />
Mato Grosso do Sul conta atualmente com três fábricas<br />
de celulose instaladas e em operação no município de<br />
Três Lagoas: uma da Eldorado Brasil, com capacidade de<br />
produção de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano;<br />
duas da Suzano, que produzem 3,25 milhões de toneladas<br />
por ano. A Suzano iniciou a construção de mais uma fábrica<br />
no Estado, em Ribas do Rio Pardo, que será a maior<br />
planta industrial de celulose do mundo, produzindo 2,55<br />
milhões toneladas/ano.<br />
Jaime Verruck, ainda, comentou que o Estado conta<br />
atualmente com cerca de 480 estabelecimentos na cadeia<br />
produtiva do setor, dentre empresas de cultivo de floresta,<br />
extração de madeira, fabricação de papel, celulose e<br />
derivados. “Nosso objetivo, com o PROFLORESTA, foi o de<br />
estruturar um plano de desenvolvimento para promover a<br />
diversificação e agregação de valor nos segmentos do Setor<br />
<strong>Florestal</strong> em Mato Grosso do Sul”, acrescentou Jaime.<br />
Levantamento da SEMAGRO aponta que, na última<br />
década, as áreas de florestas plantadas com eucalipto e seringueira<br />
em Mato Grosso do Sul cresceram a taxas anuais<br />
de 14% e 18%, respectivamente. O Estado lidera a expansão<br />
florestal brasileira superando 2 milhões de hectares de<br />
florestas plantadas (somente de eucalipto, são 1,1 milhão<br />
de hectares).<br />
Atualmente, Três Lagoas é principal polo industrial do<br />
setor, com mais de 400 empresas no distrito industrial. O<br />
município tem mais de 10 mil empregos diretos gerados<br />
pela indústria. O município é o primeiro no ranking nacional<br />
de florestas plantadas, com 263 mil hectares.<br />
70 www.referenciaflorestal.com.br
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Junho 2022<br />
73
PESQUISA<br />
RESUMO<br />
O<br />
presente trabalho teve como objetivo<br />
analisar as lesões causadas nas árvores<br />
remanescentes após o ciclo operacional<br />
do trator florestal harvester, nas<br />
atividades de corte e processamento<br />
da madeira em área de primeiro desbaste. A pesquisa<br />
foi realizada em um povoamento de Pinus taeda L.,<br />
localizado na cidade de Inácio Martins (PR). O sistema<br />
de colheita avaliado foi o cut to lenght, foram instaladas<br />
24 parcelas na área onde foram avaliadas as lesões<br />
quanto a sua severidade, classificando-se em: leve,<br />
moderado e intenso, a dimensão a qual foi dividida em<br />
3 classes, frequência, posição na árvore em relação a<br />
altura. Após a coleta dos dados eles foram agrupados<br />
em três tratamentos, sendo T1 a base da árvore, T2 o<br />
fuste e T3 a copa. Seguiu-se para a análise estatística,<br />
o T3 foi descartado devido à ausência de danos, foi<br />
realizado um teste de F para verificar se as variâncias<br />
dos dados eram homogêneas, havendo homogeneidade<br />
das variâncias, prosseguiu-se com o teste de T<br />
para comparar as médias entre os tratamentos. Os<br />
resultados não apresentaram homogeneidade entre as<br />
variâncias dos tratamentos em relação ao número médio<br />
de árvores danificadas na parcela, porém para o tamanho<br />
médio do dano, houve homogeneidade, desta<br />
forma, foi aplicado o teste de T o qual indicou que os<br />
tamanhos médios das lesões entre os tratamentos não<br />
apresentaram diferença significativa ao nível de 5% de<br />
probabilidade de erro. Observou-se uma grande quantidade<br />
de danos no tratamento T1, sendo os maiores<br />
índices encontrados na severidade leve juntamente<br />
com a menor classe de tamanho.<br />
74 www.referenciaflorestal.com.br
INTRODUÇÃO<br />
A partir de 1994, com a abertura do mercado brasileiro<br />
para importações de máquinas, e a necessidade<br />
de executar as atividades de forma ergonômica, obter<br />
maior produtividade e diminuição dos custos de produção,<br />
a mecanização da colheita florestal se consolidou<br />
(MACHADO, 2014). O surgimento de equipamentos<br />
modernos e ergonômicos, como skidder, harvester,<br />
feller buncher e forwarder foram os responsáveis por<br />
alavancar este processo.<br />
Atualmente existem diferentes tipos de máquinas<br />
utilizadas nas operações de colheita de madeira, estas<br />
vão desde leves, que exigem menor grau de especialização<br />
da mão de obra como as motosserras, as médias,<br />
que englobam os tratores auto-carregáveis, mini<br />
skidder, até as pesadas onde se exige uma maior especialização<br />
do operador, devido a complexidade em se<br />
operá-las, nesta classe estão tratores como harvester,<br />
feller-buncher e forwarder.<br />
A atividade de desbaste<br />
consiste em reduzir o<br />
número de indivíduos de<br />
um determinado plantio e<br />
proporcionar, assim, uma<br />
menor competitividade, maior<br />
espaço, luz e nutrientes,<br />
melhorando o desenvolvimento<br />
das árvores remanescentes
PESQUISA<br />
A atividade de desbaste consiste em reduzir o<br />
número de indivíduos de um determinado plantio e<br />
proporcionar, assim, uma menor competitividade,<br />
maior espaço, luz e nutrientes, melhorando o desenvolvimento<br />
das árvores remanescentes. Segundo<br />
Scheneider e Schineider (2008) a competição entre as<br />
árvores causa uma diminuição no crescimento, e por<br />
tanto se deve concentrar a produção em incremento<br />
nas plantas que possuem melhores condições, e que<br />
irão constituir o corte final, realizando a retirada das<br />
que não atendam os objetivos finais. Além de gerar<br />
uma maior qualidade da madeira, os desbastes evitam<br />
perdas com árvores que não estão em uma condição<br />
adequada e certamente morreriam naturalmente no<br />
plantio (SMITH, 1962).<br />
Segundo Cabral (2014) a mecanização do desbaste<br />
é uma excelente inovação, muito importante para<br />
se alcançar numerosas vantagens no processo de<br />
produção de madeira. Em contrapartida aos estudos<br />
que apontam a importância da operação de desbaste<br />
existem as dificuldades e complexidades encontradas<br />
na realização deste processo, principalmente o método<br />
mecanizado, onde as máquinas tem dificuldades de se<br />
locomoverem dentro dos talhões, devido à densidade<br />
elevada (DROOG, 2016).<br />
Este problema de locomoção pode gerar sérios<br />
danos mecânicos às árvores remanescentes, como por<br />
exemplo, as lesões no fuste, que podem deixar as árvores<br />
susceptíveis ao ataque de pragas e doenças, causando<br />
perda da qualidade da madeira e consequente-<br />
76 www.referenciaflorestal.com.br
mente uma redução da produtividade final e prejuízo<br />
econômico (LINEIROS et al. 2003; RIBEIRO et al., 2002;<br />
VASILIAUSKAS, 2001).<br />
Na operação de desbaste em florestas de Pinus<br />
spp. no Brasil o sistema de colheita normalmente<br />
utilizado é o de toras curtas, CTL (cut-to-length). O<br />
desbaste é do tipo misto, onde é retirada de forma sistemática<br />
a 5º linha do plantio e eliminação das árvores<br />
seletivamente nas quatro linhas adjacentes (CABRAL,<br />
2014). Em estudo realizado com sistema de toras curtas,<br />
observou que o harvester durante as operações de<br />
corte, teve um contato com 19,3% das árvores, sendo<br />
que 28,2% destas foram danificadas (SIREN, 2001; VA-<br />
SILIAUSKAS, 2001).<br />
Além de gerar uma maior<br />
qualidade da madeira, os<br />
desbastes evitam perdas<br />
com árvores que não estão<br />
em uma condição adequada<br />
e certamente morreriam<br />
naturalmente no plantio<br />
Essa é apenas uma versão parcial deste artigo, para<br />
acessar o conteúdo completo, utilize o link: https://www.<br />
acervodigital.ufpr.br/handle/1884/75419
AGENDA<br />
AGENDA2022<br />
JUNHO<br />
2022<br />
Imagem: reprodução<br />
RoseWood 4.0<br />
Data: 14 e 15<br />
Local: Barcelona (Espanha)<br />
https://rosewood-network.eu/<br />
JUNHO<br />
2022<br />
JUL<br />
2022<br />
WOOD FOREST EXPERTS<br />
O Wood Forest Experts é um programa de imersão<br />
online com duração de cinco semanas e um encontro<br />
semanal. Informações sobre setor florestal e sobre a<br />
indústria da madeira são abordadas de forma inovadora<br />
e impactante. Na primeira edição, o WFE contou<br />
com a presença de 30 verdadeiros experts e formadores<br />
de opinião sobre o assunto. Nesta edição, com<br />
encontros semanais toda sexta-feira, os participantes<br />
terão palestras sobre seis temas de grande relevância<br />
para o entendimento completo do setor florestal.<br />
Galiforest<br />
Data: 30/06 a 02/07<br />
Local: Boqueixón (Espanha)<br />
www.galiforest.com<br />
Imagem: reprodução<br />
JULHO<br />
2022<br />
AGO<br />
2022<br />
VI CONGRESSO BRASILEIRO DE<br />
REFLORESTAMENTO AMBIENTAL<br />
IX Congresso <strong>Florestal</strong> Brasileiro<br />
Data: 12 a 15<br />
Local: Online<br />
https://congressoflorestal-cfb.com.br/<br />
O Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental é<br />
um dos mais importantes Fóruns de inovação tecnológica,<br />
atualização e intercâmbio técnico e empresarial<br />
que integra os diversos agentes de desenvolvimento e<br />
meio ambiente que atuam na área florestal e ambiental.<br />
Todos os assuntos e atividades importantes ligadas ao<br />
temário de reflorestamento ambiental, que envolvem o<br />
público alvo, serão apresentados e discutidos, tendo a<br />
oportunidade do (a) participante de se qualificar, trocar<br />
informações, conhecer novas tecnologias, experiências,<br />
serviços e produtos.<br />
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AGENDA2022<br />
JULHO<br />
2022<br />
JULHO<br />
2022<br />
AGOSTO<br />
2022<br />
Wood Forest Experts<br />
Data: 16/07 a 20/08<br />
Local: Online<br />
www.woodforestexperts.com.br/<br />
Interforst Munich<br />
Data: 17 a 20<br />
Local: Munique (Alemanha)<br />
https://interforst.com/de/<br />
VI Congresso Brasileiro de<br />
Reflorestamento Ambiental<br />
Data: 03 a 05<br />
Local: Salvador (Bahia)<br />
http://reflorestamentoambiental.com.br/<br />
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O software CONTROLFor (Sistema de Gerenciamento do Manejo Integrado de<br />
Formigas Cortadeiras), realiza o monitoramento e determina a necessidade<br />
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a coleta de dados rápida e eficaz.<br />
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dados coletados (dispositivo com android), gerando relatórios<br />
(Excel) das operações de monitoramento das formigas cortadeiras,<br />
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Práticas para segurança<br />
CIBERNÉRTICA<br />
Por Gustavo Leite,<br />
Country manager para o Brasil da Veritas<br />
Technologies. Gustavo é formado em<br />
Gestão e Marketing pela UNIP e tem mais<br />
de 15 anos de experiência com estratégias<br />
de vendas online<br />
Boas práticas podem fazer<br />
uma empresa muito mais<br />
segura e preparada para<br />
evitar ataques e vazamentos<br />
Para a maioria dos profissionais de TI (Tecnologia<br />
de Informação), a ameaça de um ataque de ransomware<br />
é motivo para passar noites em claro.<br />
Organizações de todos os setores, públicas ou<br />
privadas, são vítimas em potencial, se não já<br />
vitimadas. Na verdade, uma pesquisa recente da Veritas Technologies<br />
sugere que as organizações tiveram 2,57 ataques de<br />
ransomware que levaram a um tempo de inatividade significativo<br />
nos últimos 12 meses, com 10% enfrentando um tempo<br />
de inatividade que impactou os negócios mais de cinco vezes.<br />
Embora o ransomware possa causar sérios danos ao negócio<br />
e reputação das empresas, ele não é invencível. Na verdade,<br />
é tão forte quanto o elo mais fraco das organizações. A boa<br />
notícia é que há alguns passos que as empresas podem tomar<br />
para evitar serem alvos de crimes cibernéticos e diminuir a<br />
probabilidade de um ataque derrubar seus negócios.<br />
Abaixo as melhores práticas que podem ser implementadas<br />
para proteger dados e garantir a resiliência dos negócios.<br />
Atualizações imediatas de sistemas e atualizações de<br />
software - O uso de software desatualizado pode permitir que<br />
invasores explorem vulnerabilidades de segurança absolutas.<br />
Faça backup com frequência - Se você fizer backup de seus<br />
dados, imagens do sistema e configurações com frequência,<br />
sempre terá um local atualizado para retomar as operações se<br />
o ransomware ocorrer.<br />
Implemente o modelo e as políticas de confiança zero - O<br />
modelo de confiança zero é uma mentalidade que se concentra<br />
em não confiar em nenhum dispositivo - ou usuário - mesmo<br />
que estejam dentro da rede corporativa, por padrão.<br />
Segmentação de rede - Os invasores adoram uma única<br />
rede contínua. Isso significa que eles podem se espalhar por<br />
toda a sua infraestrutura com facilidade. Com este modelo,<br />
as redes são divididas em várias zonas de redes menores e o<br />
acesso é gerenciado e limitado, especialmente aos seus dados<br />
mais importantes.<br />
Armazenamento imutável e indelével - Uma das melhores<br />
maneiras de proteger seus dados contra ransomware é implementar<br />
um armazenamento imutável e indelével, que garante<br />
que os dados não possam ser alterados - criptografados ou<br />
excluídos - por um determinado período.<br />
Funcionários treinados - É do conhecimento geral que<br />
os funcionários geralmente são a porta de entrada para um<br />
ataque. Não culpe seus funcionários - erros acontecem. Ataques<br />
de phishing modernos e engenharia social agora são<br />
tão avançados que muitas vezes enganam os profissionais de<br />
segurança.<br />
Manuais de ataque cibernético - Imagine se todos em<br />
sua organização soubessem exatamente o que fazer e quando<br />
enfrentar um ataque de ransomware . Isso não é impossível<br />
se você criar um manual de ataque cibernético padrão que esclareça<br />
as funções e alinhe e capacite equipes multifuncionais<br />
com caminhos de comunicação claros e protocolos de resposta<br />
em caso de emergências.<br />
82 www.referenciaflorestal.com.br
Novo sistema de medição de<br />
comprimento ainda mais preciso;<br />
Novo projeto de chassis, mais<br />
robusto, maior durabilidade;<br />
Novos cilindros das facas de<br />
desgalhe;<br />
Pinos substituíveis do Link,<br />
simplificando sua manutenção;<br />
Novo acesso ao ponto para<br />
lubrificação, mais segurança na<br />
manutenção;<br />
Nova geometria da caixa da serra,<br />
que propicia um ciclo de corte mais<br />
rápido com menor lasque da<br />
madeira;<br />
Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />
de medição do diâmetro, que<br />
estendem a durabilidade dos<br />
componentes.<br />
Serviço: (41) 2102-2881<br />
Cabeçote: (41) 2102-2811<br />
Peças: (41) 2102-2881<br />
(41) 9 8856.4302<br />
Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02<br />
(41) 9 9232.7625<br />
Butiá-RS: Av. Perimetral Sargento Fermino Peixoto da Silva, 181<br />
(41) 9 9219.3741 Caçador-SC: Rua Victor Meireles, 90 • NOVA SEDE<br />
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