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Florestal_241 - Oops

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LEGISLAÇÃO<br />

AComissão de Meio Ambiente aprovou,<br />

no dia 11 de maio, o Projeto de Lei do<br />

Senado n° 214, de 2015, de autoria<br />

do senador Alvaro Dias, que exclui a<br />

silvicultura da lista de atividades potencialmente<br />

poluidoras. Vale ressaltar que entende-se<br />

por silvicultura o cultivo de florestas para extração de<br />

matérias-primas. Agora, a proposta segue para a análise<br />

do plenário.<br />

Durante a reunião da CMA, o senador Alvaro Dias<br />

reforçou que a atividade é benéfica ao meio ambiente<br />

e gera renda e emprego aos brasileiros. O senador<br />

afirmou que manter a silvicultura no rol de atividades<br />

potencialmente poluidoras atravanca o desenvolvimento<br />

econômico, impede a aceleração da atividade<br />

e obviamente isso significa perder empregos, renda,<br />

receita pública, além do que, a preservação ambiental<br />

é essencial também nesse plantio de florestas. “O projeto<br />

desonera, desburocratiza, facilita o avanço dessa<br />

atividade essencialmente econômica, mas também<br />

preservadora do meio ambiente”, pontuou Alvaro.<br />

Para o presidente da APRE (Associação Paranaense<br />

de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), Zaid Ahmad<br />

Nasser, essa era uma pauta antiga do setor e um tema<br />

que trazia muita preocupação. Segundo ele, o setor<br />

de florestas plantadas movimenta, anualmente, o comércio<br />

e os serviços locais dos municípios onde estão<br />

instalados os plantios, bem como as indústrias e toda<br />

a cadeia de suprimentos que fazem desta uma das atividades<br />

de grande contribuição para a transformação<br />

social e econômica de diferentes regiões do Estado do<br />

Paraná. O Estado do Paraná, lidera o ranking de área<br />

plantada de pinus, como 39,7% da área total, seguido<br />

por Santa Catarina, que possui 34,5% de um total de<br />

1.562.783 hectares de plantios florestais de pinus no<br />

Brasil. Além disso, as empresas do setor estão atentas<br />

à agenda mundial de sustentabilidade e a cadeia de<br />

florestas cultivadas tem sido uma das agentes fundamentais<br />

quando o assunto é conservação no Brasil.<br />

Zaid explica que no Paraná, somente com as associadas<br />

à APRE , para cada hectare de floresta plantada,<br />

existe mais um hectare de floresta nativa destinada<br />

à conservação. Porém, mesmo importante para<br />

a economia do Estado e do Brasil, o setor enfrenta,<br />

hoje, muitas burocracias para realizar a atividade, assim<br />

como o fato de a silvicultura estar incluída no rol<br />

de atividades potencialmente poluidoras, dificuldades<br />

que acabam travando o crescimento do segmento<br />

como um todo. “A aprovação do projeto de Lei 214<br />

na Comissão de Meio Ambiente é uma vitória, notícia<br />

muito comemorada pelo setor de base florestal paranaense”,<br />

completou Zaid.<br />

RESULTADOS PRÁTICOS<br />

Caso seja aprovada em plenário, a silvicultura<br />

estará isenta da cobrança da Taxa de Controle e Fiscalização<br />

Ambiental, que é aplicada em atividades consideradas<br />

potencialmente poluidoras e que utilizam<br />

recursos naturais. Os recursos obtidos com essa taxa<br />

custeiam as ações de fiscalização do IBAMA (Instituto<br />

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

Renováveis).<br />

Em entrevista à Agência Senado, o relator da matéria,<br />

senador Roberto Rocha (PTB-MA), disse que um<br />

dos benefícios da silvicultura é a recuperação de áreas<br />

degradadas, que permite a recomposição da cobertura<br />

vegetal, a contenção da erosão e o aproveitamento<br />

econômico futuro de madeira e entre outros produtos<br />

florestais. “A silvicultura é uma atividade muitas vezes<br />

menos impactante do que a agricultura convencional,<br />

que exige manejo muito mais intensivo, com maquinário<br />

e uso de agrotóxicos”, argumentou Roberto.<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br

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