cadeia produtiva do frango de corte - Infoteca-e - Embrapa
cadeia produtiva do frango de corte - Infoteca-e - Embrapa
cadeia produtiva do frango de corte - Infoteca-e - Embrapa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Uni<strong>do</strong>s e da França. Com essa perspectiva, o Brasil<br />
incrementou, a partir <strong>de</strong> 1985, as exportações <strong>de</strong> <strong>frango</strong>s em<br />
partes que passaram <strong>de</strong> 14 % <strong>do</strong> total exporta<strong>do</strong> em 1985,<br />
para 48 % em 1995. As exportações <strong>de</strong> partes alcançam<br />
preços maiores, uma vez e meia à cotação <strong>do</strong> <strong>frango</strong> inteiro<br />
(Lima et al. 1995). Atualmente, são exporta<strong>do</strong>s para o Japão<br />
60 tipos diferentes <strong>de</strong> <strong>corte</strong>s <strong>do</strong>s, aproximadamente, 150<br />
existentes. Essa mudança <strong>de</strong> estratégia merca<strong>do</strong>lógica é o que<br />
possibilita ao Brasil concorrer competitivamente contra os<br />
subsídios americano e europeu. A gran<strong>de</strong> vantagem é que<br />
produtos <strong>de</strong> maior valor agrega<strong>do</strong>, como partes, exigem maior<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produto, o que<br />
favorece aqueles países ricos em mão-<strong>de</strong>-obra.<br />
É interessante notar o aumento da participação da China e<br />
Hong Kong no merca<strong>do</strong> mundial, porém, ao se analisar o<br />
balanço das importações e exportações <strong>de</strong>sses <strong>do</strong>is países, nos<br />
últimos anos, percebe-se que as importações superam as<br />
exportações em to<strong>do</strong>s os anos, o que significa que estes são<br />
importa<strong>do</strong>res líqui<strong>do</strong>s e reexportam parte das importações.<br />
Apesar da eficiência <strong>do</strong> setor exporta<strong>do</strong>r brasileiro <strong>de</strong><br />
carne <strong>de</strong> <strong>frango</strong> e <strong>de</strong> sua evi<strong>de</strong>nte presença consolidada, os<br />
da<strong>do</strong>s da Tabela 3 mostram involução da participação <strong>do</strong><br />
produto brasileiro no comércio mundial, a partir <strong>de</strong> 1985.<br />
Nesse ano, o Brasil participava com 17,94% <strong>do</strong> volume total<br />
comercializa<strong>do</strong> e, em 1995, participou com apenas 9,5% das<br />
exportações mundiais. Por sua vez, os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, em<br />
1985, que possuíam apenas 13,94% <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> mundial,<br />
passaram, com a implantação <strong>do</strong> subsídio (EEP), a conquistar<br />
fatias crescentes <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s daqueles países que não<br />
possuem capacida<strong>de</strong> financeira para concorrer com os<br />
recursos <strong>do</strong> Tesouro Americano.<br />
Os efeitos, sobre o Brasil, <strong>de</strong>ssa alteração da posição<br />
americana no merca<strong>do</strong> trouxeram sérios prejuízos, em termos<br />
<strong>de</strong> divisas pois, se o “market share” tivesse permaneci<strong>do</strong> nos<br />
35