Janduís - Fundação Jose Augusto

Esculpindo a fé
Hamilton Ferreira de Lima, 19 anos, estudante
e devoto de Nossa Senhora da Conceição,
busca inspiração para suas esculturas lendo
livros de história geral e a Bíblia. O gosto pelas
artes plásticas começou aos 10 anos, quando
aprendeu a ler na escola Daniel Gurgel. “A
primeira escultura que fiz era uma mulher com
trajes da década de 20”, recorda.
A família de Hamilton tem dotes artísticos. O
irmão Aldair faz parte do grupo de capoeira
da Ciranduís e o outro irmão, Marcos Lima, é
cantor. “Meu interesse maior é pela arte sacra,
estou pensando em fazer um presépio para a
igreja este ano”, destaca.
O paraíso dos mocós
Julho 2003
Janduís
O nome é fazenda Cangaíra, lugar de sombras, mas poderia
se chamar museu tamanho é o valor histórico dos objetos e
mobília do casarão do início do século passado. Paulo Targino,
proprietário, gosta mesmo é de mostrar a abundância de mocós
correndo entre as caraíbas e subindo os rochedos.
A fazenda, antiga morada de João Praxedes, foi adquirida por
Messias Targino da Cruz em 1934. Pelos cômodos espaçosos
do casarão já passaram os ex-governadores José Varela, Sílvio
Pedrosa, Dix-Sept Rosado e Aluízio Alves.
“Temos entre 8 a 10 mil mocós por aqui, sem exagero”,
destaca Targino. “É um bicho em extinção”, salienta. O mocó
assemelha-se com o preá, mas é maior e possui a cabeça mais
comprida. O sertanejo considera a carne do mocó mais nobre
que a do preá. O queijo de coalho, seguindo sua receita original,
era feito com o coalho do mocó. Os principais predadores do
animal são raposa, águia, teju e cobras.
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