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O Balanced Scorecard e a sua Aplicação na Escola Prática de ...

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A CONTABILIDADE DE GESTÃO NO SETOR PÚBLICO<br />

orientados ape<strong>na</strong>s como forma <strong>de</strong> apoio a outros instrumentos <strong>de</strong> gestão, como é o<br />

caso das já anteriormente referenciadas: “Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos” ou “Contabilida<strong>de</strong><br />

Industrial”.<br />

2.4. Contabilida<strong>de</strong> e controlo <strong>de</strong> gestão<br />

2.4.1. Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> apuramento <strong>de</strong> resultados<br />

Decorrente do ponto anterior, a Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão é um sistema estruturado e<br />

organizado que permite fornecer informação à gestão permitindo-lhe efetuar o controlo<br />

<strong>de</strong> gestão 36 . Recorrendo ao uso da tecnologia, nomeadamente aos sistemas<br />

integrados <strong>de</strong> informação, as organizações passam a dispor <strong>de</strong> mais do que uma<br />

perspetiva para compreen<strong>de</strong>r e interpretar os resultados por si gerados (Jordan et al.,<br />

2008:179).<br />

A <strong>sua</strong> conceção <strong>de</strong>ve refletir o estilo e as formas <strong>de</strong> gestão adotadas bem como <strong>de</strong>ve<br />

proporcio<strong>na</strong>r informação relevante tanto para a responsabilização como para a tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Rodrigues e Simões (2008:47) advogam que a mesma <strong>de</strong>ve garantir o<br />

acesso à informação referente ao nível <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong> cada segmento nos<br />

resultados da organização bem como sobre os rendimentos 37 , os gastos 38 e os Ativos<br />

Económicos 39 respetivos.<br />

Enquanto a preocupação dos mo<strong>de</strong>los tradicio<strong>na</strong>is assenta, sobretudo, <strong>na</strong> afetação<br />

dos custos aos objetos <strong>de</strong> custeio com vista a apurar o seu custo respetivo, a<br />

36<br />

Ao nível do controlo <strong>de</strong> gestão, a Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong>ve contribuir para a orientação estratégica – fornecendo<br />

informação que permita acompanhar e ajudar à realização das estratégias <strong>de</strong>finidas: Para a responsabilização -<br />

traduzindo fi<strong>na</strong>nceiramente o impacto resultante das <strong>de</strong>cisões dos gestores com incidência nos recursos que<br />

consomem: Para a melhoria contínua – através do acompanhamento da evolução fi<strong>na</strong>nceira da ativida<strong>de</strong>, conduzindo<br />

os sistemas <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão para a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor <strong>na</strong>s organizações através do conhecimento dos custos<br />

dos processos e, consequentemente, das ativida<strong>de</strong>s exercidas (Jordan et al.,2008:179-180).<br />

37<br />

Nos termos <strong>de</strong>finidos <strong>na</strong> Estrutura Conceptual do Sistema <strong>de</strong> Normalização Contabilística, o conceito <strong>de</strong> rendimento<br />

<strong>de</strong>fine o aumento dos benefícios económicos durante o período contabilístico <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> influxos ou aumentos <strong>de</strong><br />

ativos ou diminuições <strong>de</strong> passivos que resultam em aumentos no capital próprio, que não sejam relacio<strong>na</strong>dos com as<br />

contribuições dos participantes no capital próprio.<br />

38<br />

De acordo com a <strong>de</strong>finição da Estrutura Conceptual do Sistema <strong>de</strong> Normalização Contabilística, o conceito <strong>de</strong> gasto<br />

traduz a diminuição nos benefícios económicos durante o período contabilístico <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> exfluxos ou<br />

<strong>de</strong>perecimentos <strong>de</strong> ativos ou <strong>na</strong> incorrência <strong>de</strong> passivos que resultem em diminuições do capital próprio, que não<br />

sejam as relacio<strong>na</strong>das com a distribuição aos participantes no capital próprio.<br />

39<br />

Para Jordan et al., (2008:154) e Rodrigues e Simões (2008:29) o nível <strong>de</strong> investimento é traduzido pelo Ativo<br />

Económico, também <strong>de</strong>sig<strong>na</strong>do por capital ou capital económico, o qual correspon<strong>de</strong> à soma algébrica dos ativos fixos<br />

líquidos médios (excetuando investimentos fi<strong>na</strong>nceiros e investimentos em curso) com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong><br />

maneio i<strong>de</strong>ntificáveis (crédito a clientes + existências médias – crédito a fornecedores) e, por conseguinte, atribuíveis a<br />

cada um dos segmentos. O valor dos gastos com o fi<strong>na</strong>nciamento do Ativo Económico resulta da aplicação da taxa <strong>de</strong><br />

custo <strong>de</strong> capital ao valor do Ativo Económico do segmento pon<strong>de</strong>rado pelo tempo em análise. É esta a abordagem <strong>de</strong><br />

base que suporta indicadores como a Margem <strong>de</strong> Contribuição Residual ou o Valor Económico Acrescentado, entre<br />

outros.<br />

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