do porto do funchal - APAT
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De facto deveria, porventura, haver uma figura intermédia ou autorização<br />
provisória que permitisse ao candidato a transitário iniciar a sua actividade<br />
ten<strong>do</strong> um prazo, 3 a 6 meses, por exemplo, para cumprir to<strong>do</strong>s os requisitos,<br />
não sen<strong>do</strong> obviamente permiti<strong>do</strong> que esse inicio de actividade se processasse<br />
sem essa autorização provisória. Assim, pelo menos, ficaríamos a saber que<br />
empresas teriam intenção de prosseguir a sua actividade dentro da legalidade<br />
e em igualdade de circunstâncias com o resto <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.<br />
O caminho desta estória poderia levar-me a continuar, afirman<strong>do</strong> que a<br />
solução evidente para acabar com esta concorrência desleal seria uma maior<br />
fiscalização por parte da entidade estatal competente. Mas porque não<br />
apontarmos a outras soluções como haver princípios de ética, moral, económicos<br />
e sociais a serem respeita<strong>do</strong>s por quem se vai muitas vezes aventurar sem<br />
ter consciência na complexidade que é a gestão e manutenção de uma empresa?<br />
Não há dúvida que é <strong>do</strong> mais simples criar uma empresa, o Esta<strong>do</strong><br />
Português encarregou-se de facilitar sobremaneira essa tarefa. Mas o SEGREDO<br />
da sua manutenção, valorização, <strong>do</strong> seu crescimento, não se consegue encontrar<br />
no balcão da Empresa na Hora mais próximo de si.<br />
Para os empresários que pretendam aceder a esse SEGREDO, aconselho<br />
o visionamento de um filme excepcional – O Panda <strong>do</strong> Kung Fu – onde é<br />
divulga<strong>do</strong> o segre<strong>do</strong> <strong>do</strong> Guerreiro Dragão. Vão ficar surpreendi<strong>do</strong>s com a infinita<br />
sabe<strong>do</strong>ria <strong>do</strong> segre<strong>do</strong> e sobretu<strong>do</strong> fascina<strong>do</strong>s pela história envolvente.<br />
Se considerarem uma perda de tempo estar a ver um filme de animação,<br />
então perguntem aos vossos filhos ou netos para que vos transmitam o segre<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> Guerreiro Dragão. Não deixa de ser curioso como podemos aprender com<br />
as mais improváveis situações ou nos mais varia<strong>do</strong>s veículos de informação.<br />
Agora, nem to<strong>do</strong>s estão prepara<strong>do</strong>s para a violência que é a aplicação<br />
desse segre<strong>do</strong>. Posso adiantar que eu próprio estou em formação específica<br />
para poder gerir o meu negócio desde 1989 e to<strong>do</strong>s os dias estou a aprender<br />
algo de novo. O que no meu caso ajuda muito é uma imensa curiosidade e<br />
uma maior vontade de melhorar continuamente. Mas ainda assim o segre<strong>do</strong><br />
foi apenas mais uma gota no oceano, que veio consolidar conhecimento.<br />
Antes de encerrar as hostilidades quero esclarecer que aceito e apoio a<br />
criação de novos Transitários, sempre que, pelo menos, as seguintes perguntas<br />
estejam respondidas:<br />
1- A gerência terá capacidade de gestão ou pelo menos estará vocacionada<br />
para entrar em formação permanente para adquirir essa capacidade?<br />
2- Tem ou vai ter Alvará de Transitário e por isso vai estar dentro da legalidade<br />
a que to<strong>do</strong>s os outros se sujeitam?<br />
3- É uma mais-valia para o merca<strong>do</strong>? Por exemplo, através da inovação de<br />
serviços ou méto<strong>do</strong>s de trabalho, ou vai abrir para partir e destruir?<br />
Para mim é inquestionável que para gerir qualquer negócio é preciso ter<br />
uma visão e capacidade abrangentes que contribui para uma melhor e mais<br />
acertada tomada de decisões. Quan<strong>do</strong> se abre um negócio com a leviandade<br />
de não analisar to<strong>do</strong>s os prós e contras está a condenar-se essa iniciativa a cair<br />
por terra; será apenas uma questão de tempo e dinheiro. Só é pena que na<br />
queda, ou até que caia, tenha como efeitos colaterais prejudicar outras empresas,<br />
sejam elas clientes, fornece<strong>do</strong>res ou simplesmente concorrentes. n