Maio - Cenibra

NOVO DESTINO NO MERCADO
ESPECIALISTAS PESqUISAM FORMAS DE COMERCIALIZAR RESíDUOS DA CELULOSE
Desde 1998, a CENIBRA destina uma equipe de especialistas
para atender às necessidades de desenvolvimento de
pesquisa para melhorias no processo de produção, com
o objetivo de gerar um produto de alta qualidade com o
menor custo. Os seis empregados dessa equipe são do departamento
de Meio Ambiente e Qualidade que trabalham
em sinergia com a fábrica e a pesquisa florestal.
Recentemente, a linha de pesquisa ampliou o horizonte. É
o que conta o especialista do departamento de Meio Ambiente
e Qualidade, Leonardo Souza De Caux. “A nova linha
de pesquisa tem como objetivo caracterizar os resíduos do
processo da fabricação da celulose para melhor adequação
ao mercado. Isso já é feito com o resíduo do tratamento
da água, que pode ser utilizado na fabricação de cerâmica.
Da mesma forma, pretendemos encontrar no mercado um
destino para os demais resíduos”, resume o especialista.
À frente de uma equipe composta por cinco pesquisadores,
Leonardo explica que a nova linha de investigação científica
segue uma tendência mundial. “Atualmente, as indústrias
de celulose têm adotado características de biorrefinaria.
Isso quer dizer que, além da fabricação de celulose, seus
resíduos podem ser aproveitados para a fabricação de outros
produtos”, detalha o especialista.
A pesquisa encontra-se em fase de coleta de material e
caracterização, tarefa desenvolvida em parceria com as Uni-
CONHEÇA A CENIBRA
Na primeira matéria sobre a CENIBRA, você conheceu
um pouco mais sobre o processo de fabricação da celulose.
Nesta edição, você vai saber para onde a celulose
é expedida, ou seja, enviada. Quem explica é o executivo
de Negócios do Departamento de Comercialização e
Movimentação, Marcelo Coelho.
“Depois de embalada, a celulose é expedida para o mercado
interno e externo. A retirada da fábrica segue um
planejamento mensal de vendas. No mercado interno, a
celulose é entregue diretamente para o cliente por transporte
rodoviário. Do total produzido, 7,6% destinam-se
ao mercado interno, sendo que 40% segue para o estado
São Paulo, 30% para o Paraná, 16% para Santa Catarina,
12% para o Rio de Janeiro e 2% para Minas Gerais e outros
Estados do Nordeste”, detalha Marcelo.
Para o mercado externo, a celulose parte de trem até
Portocel (ES). A CENIBRA possui 145 vagões de uso ex-
versidades Federal de Ouro Preto e Lavras (UFOP e UFLA). “O
cronograma para cada fase do trabalho deve se enquadrar
nas diretrizes da empresa, do departamento de Meio Ambiente
e Qualidade e na complexidade envolvida. O que se
espera é tratar os resíduos como materiais coprocessáveis,
reduzindo seus custos de manejo”, explica Leonardo.
FINANCIAMENTOS
Leonardo ainda acrescenta que, em nome da empresa, tem
procurado formas de beneficiar as pesquisas por meio das
linhas de financiamento oferecidas pelo Governo Federal.
“Hoje, a CENIBRA já se beneficia com a Lei do Bem. Trata-se
da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, que prevê
incentivos fiscais a empresas que desenvolverem inovações
tecnológicas, quer na concepção de produtos, quer
no processo de fabricação e/ou agregação de novas funcionalidades
ou características ao produto ou processo”,
detalha o especialista.
Os resultados dos trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores
podem ser facilmente acessados pela plataforma
NOTES. Basta acessar o link PRODUÇÃO, depois PRODU-
ÇÃO INDUSTRIAL e por último RELATÓRIOS P&D. “Todos
os estudos desenvolvidos a partir de 2009 estão disponíveis
por meio de resumos; e os trabalhos completos, no departamento
de Meio Ambiente e Qualidade para aqueles que
desejarem obter mais informações”, finaliza Leonardo.
DEPOIS DA FÁBRICA
CELULOSE SEGUE DE TREM ATÉ PORTOCEL PARA ATENDER MERCADO ExTERNO
clusivo junto à Vale para realizar o transporte da celulose.
“É um serviço realizado todos os dias. Distribuídos
em dois grupos, em média 58 vagões saem da CENIBRA
carregados com cerca de 3,2 mil toneladas de celulose.
Depois de aproximadamente 12 horas de viagem, os vagões
chegam a Portocel, são descarregados e retornam
à fábrica. Enquanto isso, outro grupo de vagões já está a
caminho de Portocel para a mesma tarefa”, explica Marcelo.
Do porto, a celulose segue de navio. Do total destinado
ao mercado externo, 47,3% para a Ásia; deste total, 48%
são destinados ao Japão, 35,1% segue para a Europa,
8,7% para os Estados Unidos e 1,3% para a América Latina.
Nas próximas edições, você vai conhecer um pouco
mais sobre a utilização da celulose pelos clientes.
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