Edição 32 - Revista Algomais
Edição 32 - Revista Algomais
Edição 32 - Revista Algomais
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Capa<br />
No final da década de 60, o governador<br />
Nilo Coelho, ao sentir o impacto de mais uma<br />
seca prolongada no Estado, decidiu buscar<br />
novas alternativas para a sobrevivência econômica<br />
pernambucana e autorizou o início de<br />
estudos para avaliar a viabilidade da instalação<br />
de um grande porto na área de Suape,<br />
com a perspectiva de que atraísse indústrias<br />
de porte para o seu entorno. A inspiração vinha<br />
do conceito de integração porto-indústria<br />
já existente em Marseille-Fos, na França, e de<br />
Kashima, no Japão. E o trabalho prosseguiu<br />
no governo de Eraldo Gueiros, que empresta<br />
seu nome ao complexo, passando pelas<br />
gestões de Moura Cavalcanti, Marco Maciel,<br />
Roberto Magalhães, Miguel Arraes, Joaquim<br />
Francisco, novamente Miguel Arraes e Jarbas<br />
Vasconcelos/Mendonça Filho, antecessores<br />
de Eduardo Campos.<br />
Suape tornou-se a alternativa pelo que<br />
poderia oferecer em virtude da posição geográfica<br />
privilegiada, com Pernambuco no<br />
centro da Região Nordeste.<br />
Três aspectos foram decisivos para a<br />
construção do porto naquele ponto do território<br />
pernambucano: a área estava localizada<br />
a pouco mais de 1 km do cordão de<br />
arrecifes, junto à linha da costa, possuía<br />
águas com profundidade de 17 metros; 2.<br />
Ascom/Suape<br />
n A movimentação de<br />
navios é grande e o terminal<br />
de contêineres supera<br />
marcas de movimentação<br />
de cargas a cada ano<br />
30 > > novembro<br />
Ascom/Suape<br />
n O complexo caminha a passos largos para se tornar um porto concentrador<br />
de cargas, além de propulsor do ciclo de crescimento da economia pernambucana<br />
havia um quebra-mar natural formado pelo<br />
cordão de arrecifes, existindo naquele local<br />
grandes áreas reservadas à implantação de<br />
um grande parque industrial. Outro argumento<br />
usado pelos técnicos era o caráter<br />
estratégico da escolha de Suape, que estava<br />
localizado a apenas oito horas das rotas<br />
internacionais dos grandes transportadores<br />
dos Estados Unidos e da Europa. E assim,<br />
criou-se a empresa Suape Complexo Industrial<br />
Portuário por intermédio da Lei Nº<br />
7.763/78 em 7 de novembro de 1978. Para<br />
que o empreendimento fosse concretizado,<br />
o governo desapropriou uma área de 13.500<br />
hectares, que já está ficando pequena para<br />
atender a demanda.<br />
“Suape é um projeto vencedor nao só<br />
do ponto de vista econômico, mas também<br />
politico. Num Estado que sempre teve uma<br />
história de divisões claras entre dois lados<br />
politicos, conseguir que um projeto que evoluiu<br />
ao longo de mais de 30 anos sempre na<br />
direção firmada em seu plano diretor original<br />
foi realmente uma grande vitoria para Pernambuco”,<br />
analisa Sérgio Kano, presidente<br />
do Tecon Suape, e ex-presidente do Complexo<br />
Portuário. Ele diz que nem todos os<br />
governadores ao longo dessas três décadas