quem apanha nunca esquece: um estudo de caso sobre a violência ...

Violência na Escola
E o autor nos afirmou o mesmo pensamento da seguinte forma:
Aristóteles condena o uso das palavras de baixo calão porque, da agressão
verbal, passa-se facilmente à agressão física. (CORBISIER, 1991, p.214)
Criamos esse eixo porque nos preocuparmos com o que está sendo feito, por parte
dos professores, com os alunos agressores, no sentido de orientá-los para que não repitam tais
atos. Uma inquietação registrada pelos alunos é em relação ao local onde ocorre a violência.
É triste perceber que os alunos já consideram as suas escolas locais tão violentos a
ponto de chamarem-na até mesmo de: “o local onde mais ocorre violência”. Notemos as
reflexões sobre violência na escola pela fala abaixo:
Violência é uma coisa ruim que cada dia que passa vai crescendo no nosso
dia-a-dia. E o lugar que mais se vê isso é nas escolas, é muito triste isso
porque no lugar onde era pra ter mais união, amizade é lugar que na maioria
das vezes há mais mortes e brigas. (Aluno 1º/1)
No colégio que fizemos esse estudo de caso, a maioria dos alunos disse já ter
presenciado manifestações de violência no ambiente escolar e citaram variados motivos para
os mesmos: agressão verbal que gera a agressão física, brigas por causa de namoro,
brincadeiras de mau gosto, apelidos ou até mesmo pela disputa de uma cadeira.
Nas falas abaixo constatamos alguns desses motivos:
Foi duas meninas que começaram a brigar por causa de namorado. (Aluno
9º/5)
Tudo começou por causa de um giz que rumaram em mim, quando eu fui em
cima dele dei vários socos na cara dele. (Aluno 9º/30)
Porque quando uma pessoa passa e a outra começa a apelidar e a outra não
gosta aí começa uma briga. (Aluno 9º/33)
Percebemos que as brigas acontecem por tantos motivos irrisórios. Se colegas
chegam à agressão física por causa de uma cadeira, como conseguirão lidar com situações
conflituosas que passarão no decorrer de suas vidas?
Sabemos das dificuldades existentes, porém é nossa obrigação agir. Usamos a fala
de um dos professores entrevistados para refletirmos sobre as atitudes dos professores perante
tais situações, vejamos abaixo:
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