quem apanha nunca esquece: um estudo de caso sobre a violência ...
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Utilizamos para tal a abordagem qualitativa. Não significa que não tivemos <strong>um</strong>a<br />
noção da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manifestações que ocorreram, porém não nos pren<strong>de</strong>mos às questões<br />
<strong>de</strong> quantas ocorreram, investigamos sim o porquê <strong>de</strong>ssas manifestações estarem acontecendo<br />
nessa escola.<br />
Junto à abordagem qualitativa empregamos o <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> como nosso tipo <strong>de</strong><br />
pesquisa. Um <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> significa fazermos <strong>um</strong> <strong>estudo</strong> aprofundado <strong>de</strong> <strong>um</strong> <strong>de</strong>terminado<br />
local, ou fato que ocorre no mesmo.<br />
No nosso <strong>estudo</strong> usamos três instr<strong>um</strong>entos para coleta dos dados, são eles: a<br />
observação simples – registrando nossos achados em <strong>um</strong> diário <strong>de</strong> campo; <strong>um</strong> questionário<br />
com os alunos (em que perguntamos – em <strong>de</strong>z questões – basicamente o que eles enten<strong>de</strong>m<br />
por <strong>violência</strong>, se vêem a ocorrência em seu bairro, na sua escola, e nas aulas <strong>de</strong> Educação<br />
Física, <strong>de</strong>ntre outras questões); e usamos do artifício da entrevista semi-estruturada com os<br />
professores (perguntamos <strong>de</strong> forma diferenciada praticamente as mesmas questões, porém<br />
inserimos a questão da exclusão <strong>de</strong> forma mais explícita que com os alunos).<br />
Para execução do trabalho, no que diz respeito à população pesquisada, visitamos<br />
todas as terças e sextas-feiras, das 13h50min às 15h30min, no período <strong>de</strong> março a maio <strong>de</strong><br />
2011, a Escola Estadual Secretário <strong>de</strong> Estado Francisco Rosa Santos – localizada no bairro<br />
Bugio, zona norte <strong>de</strong> Aracaju/SE –, sendo que, mais precisamente, acompanhamos as aulas <strong>de</strong><br />
Educação Física (teóricas e práticas) das turmas do 1º Ano “X” e do 9º Ano “Y” sendo<br />
respectivamente as turmas do ensino médio e do ensino fundamental maior.<br />
Temos então que os sujeitos da nossa pesquisa foram os 64 alunos das duas<br />
turmas investigadas e os dois professores <strong>de</strong> Educação Física <strong>de</strong>ssas mesmas turmas.<br />
Para garantir o anonimato dos alunos investigados pedimos que os alunos não<br />
assinassem a folha <strong>de</strong> questionário, porém para usarmos em nossa análise as falas dos<br />
mesmos, nomeamos as folhas <strong>de</strong> acordo com a série e a número <strong>de</strong> alunos da turma, exemplo:<br />
9º/1, 9º/2 ... 9º/34, 1º/1, 1º/2 ... 1º/30.<br />
Quanto aos Professores referimo-nos a eles como P1 e P2, sendo respectivamente<br />
os professores da turma do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.<br />
Com isso, <strong>de</strong> maneira geral, por mais que queiramos dar conta da “totalida<strong>de</strong>” do<br />
fenômeno pesquisado, dificilmente conseguimos isso, mesmo assim, pensamos que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
nossas possibilida<strong>de</strong>s coletamos os dados necessários para a análise e conclusão do nosso<br />
trabalho.<br />
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