quem apanha nunca esquece: um estudo de caso sobre a violência ...

Trabalhar com a temática da violência se configura em algo delicado, pois
restringir um tema amplo e polêmico como esse é bastante complexo. O fenômeno da
violência é alvo de estudos que abrange vários aspectos a ele enraizados. Atemo-nos nesse
trabalho às manifestações da violência ocorridas dentro da escola e mais precisamente nas
aulas de Educação Física.
Pretendemos analisar o fenômeno da violência na Escola Estadual Secretário de
Estado Francisco Rosa Santos, Zona Norte de Aracaju-SE, no que diz respeito às
manifestações reconhecidas e consideradas, pelos alunos e professores, como fatores de
ocorrência violenta nas aulas de Educação Física e no ambiente escolar como um todo.
Mais especificamente nosso objetivo é analisar o conceito que cada entrevistado
tem acerca da violência; apresentar e investigar no contexto escolar os entendimentos sobre a
violência e possíveis manifestações no interior da escola; e também, compreender e analisar
essas possíveis manifestações nas aulas de Educação Física.
Perspectivamos, no decorrer do nosso estudo, responder ao seguinte problema de
pesquisa: Como os jovens percebem as diferentes manifestações de violência inseridas em
nosso convívio escolar e mais precisamente nas aulas de Educação Física?
Escolhemos trabalhar com o tema da violência na escola justamente pela grande
parcela de compromisso que lhe é dada, já que é neste local que os indivíduos aprendem a ler,
escrever, são alfabetizados, são instigados a desenvolver seu pensamento lógico-matemático,
a desenvolverem-se corporalmente e principalmente a formarem-se cidadãos conhecedores de
seus direitos e deveres, enfim, socializar-se e tomar contato com as “coisas do mundo”. A
escolha se dá também, e principalmente, por ser a escola (e a disciplina de Educação Física)
nossa futura área de atuação profissional.
Acreditamos que essa pesquisa fará com que possamos perceber, cada vez mais,
manifestações de violência ao nosso redor (desnaturalizando-a) e principalmente em nosso
campo de trabalho, para que possamos entender, diagnosticar e trabalhar de maneira mais
apropriada sobre esse tema com os nossos alunos. Almejamos que essa pesquisa nos sirva de
alerta, assim como para os demais profissionais da educação (e outras áreas) que lidam todo o
tempo com esse fato em seu cotidiano.
Cremos que a pesquisa terá relevância aos futuros interessados em estudar o tema
que tratamos e mais ainda, no tocante à nossa área especificamente, perspectivamos que esse
trabalho venha servir de alerta para os professores de Educação Física no sentido de atentar
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