Secretaria de Estado da Educação do Paraná
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egional, quanto em escalas nacional e global, impulsiona<strong>da</strong>s por um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>senvolvimentista,<br />
com características inerentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção ambiental.<br />
O mo<strong>de</strong>lo em questão prima pelos interesses priva<strong>do</strong>s (econômicos), frente aos bens coletivos<br />
(meio ambiente), consubstancian<strong>do</strong>-se numa visão antropocêntrica <strong>de</strong> mun<strong>do</strong>, gera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> fortes<br />
impactos socioambientais (CUNHA & GUERRA, 2005, p. 84).<br />
Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> “<strong>de</strong>senvolvimento”, que se fun<strong>da</strong>menta na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo<br />
é o responsável pela fome <strong>de</strong>, aproxima<strong>da</strong>mente, <strong>do</strong>is bilhões <strong>de</strong> pessoas (1/3 <strong>da</strong><br />
humani<strong>da</strong><strong>de</strong>), pela <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção ambiental e pelo empobrecimento <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural,<br />
procuran<strong>do</strong> <strong>do</strong>minar ou até mesmo eliminar as <strong>de</strong>mais culturas que se fun<strong>da</strong>mentam em<br />
outros valores, por isso, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s inferiores pela socie<strong>da</strong><strong>de</strong> capitalista.<br />
Outro aspecto que gostaríamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar em relação à problemática ambiental<br />
vivencia<strong>da</strong> contemporaneamente tem relação ao processo <strong>de</strong> escasseamento <strong>de</strong> água,<br />
sobretu<strong>do</strong>, no aspecto relaciona<strong>do</strong> a sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
1.2 - A Disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Água<br />
To<strong>do</strong>s os elementos naturais são fun<strong>da</strong>mentais para a manutenção <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> no<br />
planeta, sen<strong>do</strong> difícil falar sobre a maior ou menor importância <strong>de</strong> um <strong>de</strong>les, mas,<br />
merecem <strong>de</strong>staque o ar e a água, por serem elementos inexoráveis à manutenção <strong>da</strong><br />
vi<strong>da</strong>. Recurso abun<strong>da</strong>nte no planeta, a água não está distribuí<strong>da</strong> na mesma proporção<br />
sobre to<strong>da</strong> sua superfície e, apenas uma pequena parte <strong>de</strong>la é própria para o consumo<br />
humano.<br />
apresenta:<br />
Sobre a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> água que temos à disposição para o consumo, Setti (2001)<br />
Verifica-se que 97,5% <strong>do</strong> volume total <strong>da</strong> água <strong>da</strong> Terra são <strong>de</strong> água salga<strong>da</strong>, forman<strong>do</strong> os<br />
oceanos, e somente 2,5% são <strong>de</strong> água <strong>do</strong>ce. Ressalta-se que a maior parte <strong>de</strong>ssa água <strong>do</strong>ce<br />
(68,7%) está armazena<strong>da</strong> nas calotas polares e geleiras. A forma <strong>de</strong> armazenamento em que os<br />
recursos hídricos estão mais acessíveis ao uso humano e <strong>de</strong> ecossistemas é a água <strong>do</strong>ce conti<strong>da</strong><br />
em lagos e rios, o que correspon<strong>de</strong> a apenas 0,27% <strong>do</strong> volume <strong>de</strong> água <strong>do</strong>ce <strong>da</strong> Terra e cerca <strong>de</strong><br />
0,007% <strong>do</strong> volume total <strong>de</strong> água (SETTI, 2001, p. 63).<br />
A limitação <strong>do</strong> acesso à água não se <strong>de</strong>ve unicamente à sua distribuição<br />
geográfica, mas também a sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que a torna potável ou não e à <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
social.<br />
Para exemplificar, apresentamos a distribuição <strong>de</strong> água na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o seu Plano Diretor <strong>de</strong> Águas e Esgotos, no qual verificamos que<br />
as populações <strong>de</strong> altas e médias ren<strong>da</strong>s consomem até três vezes mais água <strong>do</strong> que a<br />
população pobre. Esta dispari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ve-se, sobretu<strong>do</strong>, a prepon<strong>de</strong>rância <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
consumista que estimula o consumo <strong>de</strong> extensos volumes <strong>de</strong> água embuti<strong>do</strong>s no