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A validação consensual estabelecida pelo grupo homogêneo representa um ponto de<br />

referência para a ação preventiva, isso para todas as suas fases de intervenção na<br />

organização e nas condições de trabalho: conhecimento, negociação e controle. Por validação<br />

consensual se entende o julgamento sobre o nível de bem-estar ou de incômodo, de<br />

tolerabilidade ou de intolerabilidade que uma determinada situação de trabalho é expressa<br />

pelos trabalhadores.<br />

Somente o trabalhador, ou melhor, o grupo de trabalhadores, que vive em um<br />

determinado ambiente de trabalho e sob determinadas condições oito horas ou mais por dia<br />

pode, portanto, validar a nocividade que este ambiente provoca durante as horas trabalhados,<br />

ou mais, de exposição.<br />

Trata-se da criação de um sistema eficiente, do ponto de vista científico, no qual a<br />

organização no local de trabalho e o sindicato devem assumir a responsabilidade de coordenar<br />

a ação dos diversos grupos de trabalhadores, de tal modo que o conceito de grupo seja<br />

equivalente ao conceito de classe trabalhadora. Do sindicato é que se espera o cumprimento<br />

da difícil tarefa de fazer com que a validação consensual, inicialmente um instrumento de<br />

julgamento, venha a se constituir em um instrumento de suporte para uma nova prática na<br />

ação sindical e para a implementação de uma estratégia sindical alternativa à estratégia<br />

patronal.<br />

4. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS<br />

O processo de análise, pelos trabalhadores, tanto da organização como das condições de<br />

trabalho, é fundamentado em uma concepção classista de atuação sindical, quando define e adota<br />

oito grupos de risco, onde estão aglutinados, por categoria, com diversos determinantes de<br />

nocividade no trabalho, os quais os trabalhadores estão sujeitos cotidianamente. É importante<br />

salientar que o rol de fatores, citados em cada um dos grupos, é os mais comuns e outros podem<br />

ser acrescentados.<br />

Nos oito grupos de fatores estão representados os já tradicionais: físicos, químicos e<br />

biológicos, que junto com os fatores de higiene compuseram um grupo de fatores biossanitários,<br />

além da fadiga ou esforço que foram introduzidos em um grupo de fatores chamado de<br />

ergonômicos. A estes grupos de fatores foi acrescentado outro grupo vinculado ao desgaste mental<br />

provocado pela organização do processo de trabalho, que foi chamado de fatores psicológicos. Dois<br />

outros grupos refletem as especificidades brasileiras relativas aos acidentes no trabalho e às<br />

condições de vida do trabalhador, nominados respectivamente de fatores de segurança e sociais.<br />

Por último foi criado um grupo, fatores ambientais, que aglutinou os riscos ao meio ambiente<br />

externo decorrente do funcionamento de determinados processos produtivos e de determinadas<br />

formas de organização da produção e do trabalho. Na seqüência destacamos cada um desses<br />

grupos, elencando os agentes agressivos por categoria:<br />

Grupo 1 - Fatores Físicos: Calor, Frio, Iluminação, Pressões Anormais, Radiação<br />

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