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A afirmação da positividade da constituição dos Institutos Federais, não nega neste contexto, outras
disputas em curso na educação brasileira. A esta positividade, serão necessárias outras iniciativas
como o fortalecimento da Universidade Aberta do Brasil; a ampliação dos Centros Profissionalizantes
pelos estados e municípios e uma redefinição de metodologias e objetivos pelo governo federal quanto
ao PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). Pensado como
ferramenta para melhorar o ensino médio, com a formação do aluno em cursos profissionalizantes
integrados ao ensino regular, o programa sofre pressões privatistas no sentido do fortalecimento da
escola dual.
Esse é um debate que o movimento sindical e o SINASEFE em particular, precisam abraçar em toda
a sua complexidade. A Conferência Nacional de Educação - CONAE, produziu as diretrizes do Plano
Nacional de Educação – PNE e que deverá estabelecer compromissos e metas para a próxima década.
Em maio de 2012 será realizada a I Conferencia Nacional de Emprego e Trabalho Decente, pautando a
geração de mais e melhores empregos, a erradicação do trabalho escravo e a eliminação do trabalho
infantil.
A conclusão destes debates e uma nova e efetiva relação entre educação e trabalho poderão
associar-se a positividade da constituição dos Institutos Federias na superação do ambiente
neoliberal na educação brasileira.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ainda que seja difícil prever o desfecho das transformações em curso na cena mundial, é evidente
que um mundo distinto está surgindo, mais democrático, multilateral e multipolar. Como expressão
política de um período de globalização financeira, o neoliberalismo vive hoje um impasse. Há, de um
lado, uma enorme dimensão econômica da crise e por outro, uma evidente dimensão política. Os EUA
não mais lideram a cena mundial e o dólar perde peso como padrão monetário. A crise de perspectivas
da social democracia europeia é resultado da opção de integração hegemonicamente liberal. Diante
estas crises, cresce o poder geopolítico do Brasil, da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul,
denominados BRICS.
Ao longo dos anos, além da intervenção militar e da guerra, o imperialismo provocou aumento do
aquecimento global e das desigualdades. Os movimentos sociais resistem às barbáries capitalistas
desde a guerra do Vietnam na década de 60. A derrubada das ditaduras militares na América Latina, as
vitórias eleitorais e a construção do Fórum Social Mundial, a partir das mobilizações em Seattle (1999)
marcaram fortes disputas com o neoliberalismo. Somadas as manifestações desde dezembro passado
na Tunísia passando pelos estudantes chilenos e jovens londrinos de Agosto até o Fórum Social
temático de Porto Alegre em janeiro de 2012, já passam de milhões os manifestantes pelo fim do
neoliberalismo.
Assim, o movimento sindical brasileiro, precisa aprofundar seu dialogo com a juventude e a nova
classe média formadora de opinião e detentora de enorme força social e econômica. A expansão da
EPT em plena crise de 2008 é um elemento que o SINASEFE precisa compreender visando seu
fortalecimento. É fato que em cada recanto do país as atenções para as novas Instituições, seus novos
campi e concursos são muito fortes. Nas reuniões dos colegiados territoriais do Programa Territórios
da Cidadania, nos fóruns das associações dos municípios, na imprensa, nas redes sociais e na
motivação de jovens e seus familiares. A perspectiva de ingresso na Instituição seja como estudante,
servidor concursado ou mesmo como trabalhador terceirizado constitui-se fator de autoestima, orgulho
e sucesso profissional.
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