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proteção ao trabalhador também foram evidentes e contextualizados a cada momento histórico,
político e social, se não veremos na sequencia essas fases no item seguinte.
2. DA MEDICINA DO TRABALHO A SAÚDE DO TRABALHADOR
Com a Revolução Industrial, o trabalhador “livre” para vender sua força de trabalho, se
vê submetido aos ritmos de produção determinados pelo capital. A condição de trabalho
precária, ambiente extremamente desfavorável à saúde, frequentemente incompatíveis com a
vida, às quais se submetiam também mulheres e crianças, foi quando implantaram primeiro
serviço de medicina do trabalho nas fábricas, em 1830, sendo Robert Baker, o primeiro médico
do trabalho. Daí surgem as primeiras leis de saúde pública que marcadamente abordavam a
questão da saúde dos trabalhadores (Act Factory, 1933 na Inglaterra). A Medicina do Trabalho
tinha aí seu marco legal inicial, com as seguintes características: Serviços dirigidos por
pessoas de inteira confiança do empresário; Serviços centrados na figura do médico; Cabia ao
médico a responsabilidade exclusiva pela prevenção dos danos à saúde decorrentes dos riscos
do trabalho; A responsabilidade pela ocorrência dos problemas de saúde ficava transferida ao
médico; Paralelo ao processo de industrialização ocorreu à expansão dos serviços médicos
com esse modelo; A fragilidade dos sistemas de assistência à saúde fortaleceu os serviços
médicos da empresa, que se tornam instrumentos para manter a dependência do trabalhador e
estabelecer o controle sobre os mesmos; A partir da década de 50, a OIT, propõe o fomento à
formação de médicos do trabalho e o estudo da organização de Serviços de Medicina do
Trabalho; A Medicina do Trabalho é uma atividade exclusivamente médica e sua prática dão-se
nos locais de trabalho; Ocupa-se da adaptação física e mental dos trabalhadores no sentido de
colocá-los em lugares ou tarefas correspondentes às suas aptidões/adequação do trabalho ao
trabalhador, com o objetivo de escolher de mão de obra menos geradora de problemas,
Controlando o absenteísmo e suas consequências, garantindo o retorno mais rápido à
produção.
No período pós-guerra houve um esforço industrial para reestruturação dos países
gerando condições extremamente adversas de trabalho (aumento do número de acidentes e
doenças do trabalho), afetando a produtividade e trazendo impacto para o setor previdenciário,
com o avanço tecnológico surgem novos processos industriais, novos equipamentos, nova
organização do trabalho, nova divisão internacional do trabalho. Então somente a medicina do
trabalho se torna impotente para intervir na nova conjuntura e dessa forma aumenta a
insatisfação dos trabalhadores e empregadores, particularmente as companhias de seguro,
dados os custos das indenizações provocadas pelas indenizações por incapacidade provocada
pelos acidentes e doenças.
Surge a Saúde ocupacional com algumas características: Se configura na ampliação da
atuação médica direcionada ao trabalhador, sendo voltada para a intervenção sobre o
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