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Apostila de História da Indumentária - Wiki do IF-SC

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO<br />

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA<br />

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA<br />

O traje feminino<br />

apresentava um vesti<strong>do</strong><br />

constituí<strong>do</strong> <strong>de</strong> três<br />

saias, camisa bor<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

com punhos ren<strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

, corpete com <strong>de</strong>cotes<br />

baixos. Usavam leques<br />

, lenços ren<strong>da</strong><strong>do</strong>s ,<br />

pérolas , cintos <strong>de</strong> ouro<br />

, sapatos revesti<strong>do</strong>s<br />

com teci<strong>do</strong>s <strong>do</strong> vesti<strong>do</strong><br />

. Para disfarçar o<br />

o<strong>do</strong>r ruim, usavam<br />

saquinho <strong>de</strong> essência<br />

no <strong>de</strong>cote . O que mais<br />

<strong>de</strong>stacou-se, foi o uso <strong>de</strong><br />

Walter Raleigh e seu filho, extravagantes perucas e<br />

1602<br />

pentea<strong>do</strong>s a la Fontange,<br />

que possuíam altura eleva<strong>da</strong> e exagero <strong>de</strong> enfeites,<br />

dificultan<strong>do</strong> até a locomoção <strong>da</strong>s <strong>da</strong>mas. Claro<br />

que estas características eram <strong>da</strong>s classes mais<br />

privilegia<strong>da</strong>s, as trabalha<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> classe médias<br />

usavam toucas na cabeça e vesti<strong>do</strong>s menos<br />

arma<strong>do</strong>s, e com cores neutras, como o bege.<br />

Rococó<br />

O estilo rococó <strong>de</strong>senvolveu-se como sucessor<br />

<strong>do</strong> barroco numa ampla gama <strong>de</strong> manifestações<br />

artísticas, entre as quais se incluíam a arquitetura,<br />

a música e a literatura, assim como a pintura.<br />

Desenvolveu-se no sul <strong>da</strong> Alemanha e Áustria e<br />

principalmente na França, a partir <strong>de</strong> 1715, após<br />

a morte <strong>de</strong> Luís XIV. Também conheci<strong>do</strong> como<br />

“estilo regência”, reflete o comportamento <strong>da</strong> elite<br />

francesa <strong>de</strong> Paris e Versailles, empenha<strong>da</strong> em<br />

traduzir a agra<strong>da</strong>bili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. O nome vem<br />

<strong>do</strong> francês rocaille (concha), um <strong>do</strong>s elementos<br />

<strong>de</strong>corativos mais característicos <strong>de</strong>sse estilo,<br />

não somente <strong>da</strong> arquitetura, mas também <strong>de</strong><br />

to<strong>da</strong> manifestação ornamental e <strong>de</strong> a<strong>de</strong>reços.<br />

Originan<strong>do</strong>-se em Paris no início <strong>do</strong> século XVIII,<br />

o estilo conheceu gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento entre<br />

1715 e 1730, durante a regência <strong>de</strong> Filipe <strong>de</strong><br />

Orléans e não <strong>de</strong>morou a difundir-se para o resto<br />

<strong>da</strong> Europa.<br />

As cores são clara, substituin<strong>do</strong> as cores fortes<br />

<strong>do</strong> barroco, as texturas <strong>da</strong> se<strong>da</strong>, o velu<strong>do</strong> e os<br />

broca<strong>do</strong>s dão elegância às roupas, tanto nas<br />

femininas como nas masculinas, os tons pastéis<br />

pre<strong>do</strong>minam, inclusive em aplicações nas perucas<br />

brancas. Enfim uma época <strong>de</strong> festas e inspirações<br />

teatrais.<br />

Existe uma alegria na <strong>de</strong>coração carrega<strong>da</strong>,<br />

na teatrali<strong>da</strong><strong>de</strong>, na refina<strong>da</strong> artificiali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>talhes, mas sem a dramatici<strong>da</strong><strong>de</strong> pesa<strong>da</strong> nem a<br />

religiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> barroco. Tenta-se, pelo exagero,<br />

se comemorar a alegria <strong>de</strong> viver, um espírito que<br />

se reflete inclusive nas obras sacras, em que o<br />

amor <strong>de</strong> Deus pelo homem assume agora a forma<br />

<strong>de</strong> uma infini<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> anjinhos rechonchu<strong>do</strong>s.<br />

Tu<strong>do</strong> é mais leve, como a <strong>de</strong>spreocupa<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> nas<br />

gran<strong>de</strong>s cortes <strong>de</strong> Paris ou Viena.<br />

A arquitetura rococó é marca<strong>da</strong> pela sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

percebi<strong>da</strong> na distribuição <strong>do</strong>s ambientes interiores,<br />

<strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a valorizar um mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> individual<br />

e caprichoso. Essa manifestação adquiriu<br />

importância principalmente no sul <strong>da</strong> Alemanha e<br />

na França. Suas principais características são uma<br />

exagera<strong>da</strong> tendência para a <strong>de</strong>coração carrega<strong>da</strong>,<br />

tanto nas facha<strong>da</strong>s quanto nos interiores. As<br />

cúpulas <strong>da</strong>s igrejas, menores que as <strong>da</strong>s barrocas,<br />

multiplicam-se. As pare<strong>de</strong>s ficam mais claras, com<br />

tons pastel e o branco. Guarnições <strong>do</strong>ura<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

ramos e flores, povoa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> anjinhos, contornam<br />

janelas ovais, servin<strong>do</strong> para quebrar a rigi<strong>de</strong>z <strong>da</strong>s<br />

pare<strong>de</strong>s.<br />

Igreja Rococó na Bavária<br />

Deve-se <strong>de</strong>stacar também que é nessa época<br />

que surge com um vigor inusita<strong>do</strong> a indústria <strong>da</strong><br />

escultura <strong>de</strong> porcelana na Europa, material trazi<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> Extremo Oriente, na esteira <strong>do</strong> exotismo tão em<br />

voga nessa época. Esse <strong>de</strong>lica<strong>do</strong> material era i<strong>de</strong>al<br />

para a época, e imediatamente surgiram oficinas<br />

magistrais nessa técnica, em ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Itália,<br />

França, Dinamarca e Alemanha.<br />

O homem <strong>do</strong> rococó é um cortesão, amante <strong>da</strong><br />

boa vi<strong>da</strong> e <strong>da</strong> natureza. Vive na pompa <strong>do</strong> palácio,<br />

passa o dia em seus jardins e se faz retratar tanto<br />

luxuosamente traja<strong>do</strong> nos salões <strong>de</strong> espelhos e<br />

mármores quanto em meio a primorosas paisagens<br />

<strong>História</strong> <strong>da</strong> <strong>Indumentária</strong> - Professora Ursula Carvalho | email: ursulasilva@cefetsc.edu.br

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